Periódico Eii- cntaiial, Humorístico e JIlustriKhj dfi...

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ASWO XI RIO DE JANEIRO, 33 DE MAIO DE 1908 ir um. ioa« Periódico Eii-_cntaiial, Humorístico e JIlustriKhj I-edacçao e administração, Siuit dfi Assem&Héet ... 73 A ÇAUDE DA MULHER J. \ KJ3S.enaed.ioi Y 1 efficaz para flores brancas, coli- j; I A' vo. d_ oia todos os estados do Brazil cas o hemorrhagiaa uteri-'! , ,or ||orio m Mo Alegre DAiflT i . 8.111 nas, obesidade o arthntis-; it Ä, „'.,„„ „..„„„ mo. Activaouter0naoc-'::Del'us,t" fiern.1 - DROGARIA PACHECO oasiao do pario.Rua dos wnd.adas. 59 vf. *¦_-' _? o ^ra__i_s_rui irapacatí_£_nwaz.i!; 3 xBttaggaaaaa_-C--cs à Tf il PfliffflW De ha muito, andava a Sophia Grelando ura guapo rapaz,, Tenente de artilharia, Por quem tinha um fatacaz. Tinha por elle desvelo, Tinna mesmo atroz paixão; Gostava iramenso de veí-o Por causa do esfadagão... Nunca, porém, conseguira Dirigir-lhe uma palavra; Seu sangue ardia... qual pyra Onde o fogo em chammas lavra. Finalmente, um bello dia. Vendo-o passar pela porta Paio entrar... pois, que Sophia tanto amor nào supporta... Amor ardente... furioso... Vibrando na intensidiade De um grande e sublime gozo.. . Na mais ampla liberdade. .. Ao ser chamado, o tenente foi tratando de entrar. . . Indo os dois, incontínente Para o ninho. . . o boudoir. Depois... o que ali se passa... Dizer aqui nâo me é dado. Mas... é de crer que se faça Um combate encarniçado,.. Tanto assim é, que, passada A luta... em volúpia tanta. .. nem mesmo a própria espada O tenente mais le.. anta. . . &i rc-Csi m ___,,. . M&-\%? r.c____—- --¦;,-, -,-¦ ...._= - „,j -W- ,m& --g^g Quem tiver gonorrhéa pode ficar bom com o GOIMOL $-> Ac. a-se á venda em todas as phanaaGi&s e drogarias ^§>I _.

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ASWO XI RIO DE JANEIRO, 33 DE MAIO DE 1908 ir um. ioa«

Periódico Eii-_cntaiial, Humorístico e JIlustriKhjI-edacçao e administração, Siuit dfi Assem&Héet ... 73

A ÇAUDE DA MULHERJ. \ KJ 3S.enaed.io i Y 1 efficaz

para flores brancas, coli- j; I A' vo. d_ oia todos os estados do Brazilcas o hemorrhagiaa uteri-'! , ,or ||orio m Mo Alegre — DAiflT i . 8.111nas, obesidade o arthntis-; it , „'.,„„ „..„„„mo. Activaouter0naoc-'::Del'us,t" fiern.1 - DROGARIA PACHECOoasiao do pario. Rua dos wnd.adas. 59 vf.

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_? o^ra__i_s_rui irapacatí_£_nwaz.i!;

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De ha muito, andava a SophiaGrelando ura guapo rapaz,,Tenente de artilharia,Por quem tinha um fatacaz.

Tinha por elle desvelo,Tinna mesmo atroz paixão;Gostava iramenso de veí-oPor causa do esfadagão...

Nunca, porém, conseguiraDirigir-lhe uma palavra;Seu sangue ardia... qual pyraOnde o fogo em chammas lavra.

Finalmente, um bello dia.Vendo-o passar pela portaPaio entrar... pois, que SophiaJá tanto amor nào supporta...

Amor ardente... furioso...Vibrando na intensidiadeDe um grande e sublime gozo.. .Na mais ampla liberdade. ..

Ao ser chamado, o tenenteLá foi tratando de entrar. . .Indo os dois, incontínentePara o ninho. . . o boudoir.

Depois... o que ali se passa...Dizer aqui nâo me é dado.Mas... é de crer que se façaUm combate encarniçado,..

Tanto assim é, que, passadaA luta... em volúpia tanta. ..Já nem mesmo a própria espadaO tenente mais le.. anta. . .

&i rc-Csi m

___ ,,. . M&-\%?r.c___ _— - --¦;,-, -,-¦ ... ._= - „,j -W- ,m&

--g^g Quem tiver gonorrhéa só pode ficar bom com o GOIMOL $->Ac. a-se á venda em todas as phanaaGi&s e drogarias

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O RIO NU-a?, DE MAIO DE 1908

BIOGRAPHOTerminara afuncçáo lá no MoulinE tudo o que ha de sntart e op to date,

A fina flor carioca,Que anota do chiqttismo ali mantém

Em nocturno deleite,Na porta desemboca.

Velhotes que os bigodes tem pitadosBlasonando vigor, mas que, coitados,Nos deixam duvidar de tal vigor...

Mocinhos dinheirosos,Que nos cobres dos pães mettendo o pau

Vão, sem grande labor,Os prazeres galgando, grau a grau...Caixeiros do commercio,sequiosos

Por uma diversãoQue não a do balcão...

Doutores, bacharéis e literatos,Delegados, supplentes, jornalistas,

Penetras... ttttti gualdi.,.Mulheres a exhalar finos extractos

A' cata de conquistas...Povo e mais povo, que n'aquelle instanteDeixa o Moulin, de gozo satisfeito.

69O Custodio, leão dos mais ousados,Entre os meninos chies, abonados,

Também um bom sujeito,De carro.para o Leme,

Lá vae, co'a bailarina Anna Zizi.E é de vel-os... No carro, aos solavancos,O nosso bom Custodio estúa, geme,Sentindo o peito em ancias, era arrancos,

Querendo mesmo ali,Mostrar á bailarina o quanto presta

Em cousas de Cupido...E a diva, por acenos, manifestaTer o seu peito a tanto amor rendido.,.

E foi-se p'la água abaixo a seriedade,Adeus,, moralidade I...

—Meu bera, meu bera,eu morro...Grita a pequena cheia... de prazer :—Ai!... não posso... querido... ai! ai! soecorro !

Comtigo vou morrer IE o Custodio, também, por sua vez,

Sentindo os paroxismosD'aquella embriaguez

De volúpia, com todos electrísmos,Não se contém e grita:—Ai! que bom... ai 1 que bom... vou para o Céo !

{Aqui a scena mais se precipitaNo duetto queixoso...)

E o bom cocheiro, ouvindo este escarcéo,Que p'ra lhe dar ura susto, assáz concorre,

Pergunta, sem pigarro,Mas, algo receioso:

—Si um vae para o Céo e a outra também morre,Quem é que paga o carro?

Barriguinha de Macaco.

COMMENTARIOS

aj^roí

assassinado era Uberaba um aeronauta.fv A principio julgaram que esse attentado era» um frueto da ignorância contra a sciencia,

mas, agora averiguou-se que o tal horaemzinho dobalão apanhou ura tiro porque andava a seduzirmulheres casadas.

Pelo que se ve, esse aeronauta não se conten-tava em subir, queria também trepar.

essoA grande questão do dia nos jornaes é o caso

das contas que—dizem elles —as autoridades fede-raes e municipaes custara muito a pagar, mesmoque pertençam ao paiz.

Pois o melhor era o governo decidir-se a pa-gar para apagar o enthusiasmo das descompos-turas.

Mesmo porque, quem deve paga.Pois até para ser feliz é preciso pagamento. O

homem não consegue ter a maior felicidade destemundo—que é uma mulherzinha—sera cahir comarame, e mesmo as mulheres não conseguem provara ventura do amor sem dar dinheiro, ainda queseja em cobre.

C_ãOA's vezes a gente paga cora língua de palmo.Ainda ha poucos dias eu prometti a uma rapa-

riga alguns momentos de felicidade. Depois puz*mea beber cerveja e quando chegou a nora de mepôr... era acção para cumprir o promettido, falta-ram-me os meios práticos-eu me sentia sem cora*gem cora o corpo todo raolle...

Pois a rapariga exigiu a ventura que eu mecompromettera a dar-lhe e tive que pagar comlingua de palmo e meio.

A policia c a Prefeitura continuam a publicareditaes prohibindo ns brincadeiras de fogos, mascomo o Santo Antônio já vem perto, o pessoalnüo faz caso das prohibições, e continua a atirarpistolas rodinhas, buscapés e bombas.

Eu uma vez já levei um foguete de ura guardanocturno por estar soltando ura balão, mas nflome posso corrigir. Gosto muito de fogos.

E quem não gosta?As mulheres são doidas por isso. Só ficam ver-

dadeiramente alegres quando pegara n'uma pis*tola.

E quando a pistola começa a esguichar ficamcomo doidas, algumas ha que até envergam nessemomento.

C8§0Demais, Santo Antônio é santo casamenteiro,

por isso os namorados gostam de festejal-o. Vãopara o jardim a pretexto de soltar buscapís eestrellinhas.

A's vezes, o noivo busca apenas a perna danoiva e esta vfi estrellas ao meio dia.

Mas que tem isso ? Que mal faz, mesmo quearrebentem algumas bombas?

Namorados juntos sempre acabam arreben-tando alguma cousa.

Zé Fidelis.

O Peitoral «le Angico 1-elotense—Acura da tisíca, das bronchites, das anginas dopeito, d'essas tosses tenazes que muitas vezes sófindam quando finda a vida de sua victima, é umproblema hoje praticamente resolvido para quemconhece o magnífico remédio tão popular no Brd-zil: o Peitoral de Angico Pelotense. — Deposito:Em Pelotas —Eduardo C. Sequeira. Rio — Dro-garia Pacheco. São Paulo—Baruel & C. Santos —Drogaria Colombo.

leírres d'un 0\usj>iúA'MUSS1!J LE DÉPUTAUÍ. LoBO, JURAMENTADE DOC-

TEUR JURUMENHA

Grand patriotique.,. dis Patriotes

1 mbóre tenande Talte honre de Ia falte de ré-lacions intimes con vôsse illustre et désco-nhécide pérsonage {enéste ponte, je mJigua-

le au éminent sénadeur Ruy Barbosa) pérmettez—raoi de vous diriger este «lettre.. de félicitacionset,.. d^desion,.,

De1 Adhésion, principalment, franquéze fran-que I...

Mussiü Ruy, cérteraent, désêje se contentercon sue indépendence de caracter... politique, etn'aspire à uneindépedence pécuniaire—de titulaireburre... et apalâcade...

II n'accepterá mil contes {en fiches du Thezôre)en recompense de sues inéstimables serviçes, com-me embaixadeur du Brézil, en Ia conférence de...Haya... Ainde si Ia bolade füsse en ôrel...

De reste, les condiecions du projécte —rédu-zinde <.t, finalément, éxtinguinde Ia mammate,ámédide que les gentiles filhes de 1'éminente séna*deur von cavande... maride—son, en mon fraqueenténdeur... absurdes.

Cadê filhe de sue Excállence perderá, consor-cíande, uniquémente WO réis; au passe que Mus-siú Ruy será désfalcade, en sue rende, dela gòrdemaquie de 250 coute» 1...

Pour unex-míniítre des Finances, en les tempsdes grandes «transaccions» de le Ensilhamente, sé-rie un désastrade négoce !...

Ainde si, á cadê ume des exderaoiselles Ruyfüsse offérecide, ã titule de «Dote Nacional» lesS5<> contous, elles sérien un bon partide...politique - financère... pour vous, ou pour raoi—rnême.

Mais (sans engrossement) lá grandeze de Ia«rende-j, é digne du compriraente de 1'auteur duprojécte monstroêuse:

Antoine Pinhêire Lôbe de Menezes Jurumenhá—200 contes pour cadê nome, soubreneme et appél-lide.

0're, corame Mussiü Ruy ne déséje ávancerem Ie milhon, et vous faisez quéstion de ne rétirervôsse projécte, faizez Ia transférence du dite, envôsse bénéfice, et... les sobres , en faveur de .

— Votre vieilhe admiradeur,

Francisque Athanaze,

T__Í.O"V-.A_S

Agora tenho a bolça endinheiradaE minha mente de surpreza estaca ISonhei comtigo minha doce amada,

Joguei tudo na vacca 1...

Trovador.

mo cIjAUStmioIntenso inverno. Ruge a ventaniaComo um leão indomito e furioso,Por uma intensa fome chacinado.Nuvens de crepc, em turbilhão raivoso,Passara correndo pelo Armamento.Eno gelado claustro do conventoErguido sobre os pincaros d'um monte,O frade scisma, a contemplar magoado,Cora os olhos desvairados, o retratoD'uma mulher... relíquia do passado...

«Pobre de mim !—diz elle—O' minha amada, iEmbora escravisado á religião,Sinto que o meu amor ainda tlararaejaComo a rubente lava d'um vulcão,Como o Vesuvio venerando ¦¦ adusto...»E, muito a medo, e pallido de susto,Chega o retrato aos lábios resequidos,N'uma anciã atroz, n'uraa anciã de loucura.E fora os machos passam, gargalhandoComo dementes, pela noite escura.

«O' minha amada, ó carne palpitante,Sangue de fogo, nectar deleitoso,Ainda o meu corpo vibra de luxuria,Quando me lembro do indizivel gozoD'aquellas noites que passamos juntos,Entre mil beijos e entre mil assumptosSobre do amor o encanto intraduzivel IO' deleitosa, ó colida creatura I»E fora os mochos passam, gargalhandoComo dementes, pela noite escura.

..Hoje, sujeito á lei austera e rudeDesta congregação a que pertenço,Sugar não posso mais, ó minha bella,N'um hausto de luxuria, mago, intensoO doce mel dos lábios teus, ardentes ;E nem nos teus mimosos seios quentesPousar a rainha fronte, como outr'ora.Tendo-te nua, sensual, impura I»E fora os raocho3 passam, gargalhandoComo dementes, pela noite escura.

«Arde-me o corpo, o sangue me referve!Picam-me a carne múltiplos desejos 1E estou sósinho, aqui, no frio claustroSem um carinho, sem amor, sem beijos,Beijos de fogo, beijos de mulher 1Invoco a morte, e a morte não rae quer !»E o pobre frade rola pelo chão,A maldizer a sua desventura...E fora os mochos passara, gargalhandoComo dementes, pela noite escura.

Hercules Bravo.ffv»«_^»

Um ptienomenoA SCIEWCIA EM APUROS

CASO GRAVÍSSIMOSSravide/. estranha

os nossos argutos collegas da imprensagrande escapou esse facto ultra-phenome-nai, e que hontem chegou ao nosso conhe-

cimento,, devido ao firo do primeiro repórter mun-dial, o nosso companheiro Escaravelho.

Trata-se de um cidadão queappareceu em umestado interessante... devido a uma quantidadeenorme de lingüiças que comeu, resultando d'ahificar com uma enorme barriga d'agua ou... de ou-de outra qualquer cousa,..

Berrando como um desesperado, pediu o au-xilio de ura medico parteiro, que fazendo uso doforceps, extrahiu da barriga do cujo, uma alenta-da cobra que o camarada havia comido pelos ca-naes competentes.

Peloadeantado da hora a que nos chegou a no-ticia, não podemos expor rapidamente o resultadototal da extracção, e por isso não sabemos o bichoque vae dar.

Era todo o caso, logo mais, depois das duas,saber-se-ã,

V» «¦_¦

Lapides moríurins(db pessoas vivas)

]_obo JurunieiiiiaFoi deputado o illustre camaradaQue hoje, afinal, p'ra catacumba veio,Só por tentar fazer a barretadaNâo com chapeo, mas... com arame alheio.

Jeremias,

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O RIO NU—23 DE MAIO DE 1908

BASTIDORES¦odas as vezes que a sra. Ophelia não tem

_._ frissura n temperar, corre a seu quarto, efaz uma oraç.lo a S. Roberto.

A Maricota, despeitada, ainda ha dias disse :—«Quero vôr o que sahiftVdesses mattos I»Quem nos contou isso foi o Conde da Intru*

jice.Y

Conversando a mesa do Bragança, a sra. Ren-tini disse :— «A única cidade que me convém é Braga. E*uma cidade velha, mas é rica, boa e generosa.»

O nosso repórter tomou nota dessa predi-lecção.

YCoraraunica-nos a corista Ermelinda, ex-cama-

reira do cantinho da Saúde (mouraria) que mudou-se da pensão Alba para a casa da Paquita (ruaJoaquim Silva), onde receberá seus amigos aqualquer hora do dia ou da noite.

Pela nossa parte estamos scientes.Y

A titia (?) da sra, Carmen Osório não estácontente com o Rio de Janeiro.—«Disseram-me, contava ella, que aqui os pre-sentes choviam do céo. Isso é mentira ; os quetenho obtido são cavados por mira e pela Carmen,que tem muitos coiôs. Felizmente ella é bem ensi-nada: come a isca e cospe no anzol.»

YNo duello entre o Grijó e o Almeida Cruz, ga-nhou este, depois de porfiada luta.A corista Bemvinda Saüva, que era o prêmiodisputado, farta do platonismo do Chiquinho, cru-

cificou-se, deixando o Grijó inconsolavel.Y

Depois que o Brisa amarrou a lata á Albertinado Miranda, o Totó não cessa dc dar á lingua.

E' talvez por isso que a Albertina Olho de Boitem estado doente.

Coitadinha 1Y

A corista Olympia Pequena vae bancar os bi-chos, aproveitando os que carrega.

O estabelecimento terá esta taboleta: «Aos bi-chinhos capillaresj).

Lord Sangalheiro sahiu de sócio e foi chama-do o tenorino Sá para substituil-o,

YO padeiro do Meyer está contentissimo.A Georgina franqueou-lhe o forno da padariae a massa cresceu tanto que o próprio padeiro fi-

cou admirado.Y

Ouvido no jardim -do. Recreio;—A titia, para salvar á fama .que tem, querpersuadir a gente que só dá a sobrinha, mediante~"um banho de igreja.

—Não creio nem mesmo n'esse.Y

A corista Albertina Arreia a Mala continua acomer miúdos de leitão... de graça.O bicho continua cada vez mais daranado.

YEstá em uso da A Saúde da Mulher a corista

Georgina, interessada em curar-se dos estragosíeitos pelo padeiro do Meyer.

Dizem que o remédio, apezar de bom, estácustando a produzir effeito.

YFala-se, a bocea pequena, do rapto de uma

actriz, posta em evidencia pelos seus dotes intclle-ctuaes.

Dizem que ura apaixonado convidou-a pararaptal-a c ella accedendo, foram ambos passar alua de mel na Tijuca.Não houve queixa á policia, porque ambos

são orphãos e maiores.Y

Apezar de ser exímia «bandurrista-i, a titia dasra. Carmen tem provado que, tanto aqui como dooutro lado, não ficava a «tocar leques por bandur*ras», dando A sua sobrinha (?) o trabalho de cuidarde uraas bellezas..,

Diabo Negro.íy->éTs»

jftti Bijou de Ia Mode-- Gr,an5" dePMÍto dcr.- »,|»« ue .- ii.uue calçados, por ata-eado e a varejo. Calçado nacional e estrangeirapara homens, senhoras e crianças. Preços bara-tiasimos, rua da Carioca ns. 74 e 76,

•r-o»*--»

A SANTA MILAGROSA(historia velha para gente nova)

_ 'aquelle anno o velho cura desejava fazer aEf

festa da Padroeira com toda a pompa;-> para isso tinha encomraendado aos seusparochianos, gallinhas, patos, carneiros, porcos emais... aves de pennas. As autoridades do locale> si não me engano, até o governador, já estavamde posse do convite «para assistirem á inaugura-ção da Virgem milaçrosa, em tamanho natural».

O velho cura tinha contratado ura pintor nacidade para pintal-a. O novo Raphael das mado-nas, era ura destes «sonhadores a quem sobrava ogênio e lhe faltava o pão...»

Aceitou de muito bom grado a empreitada erecebeu logo quinhentos paus. Passa-se ura mez:

—Então, como vae o nosso trabalhinho?—Oh 1 reverendo, maravilhosamente, está uma

perfeição.—Olhe que só faltara dez dias e já está tudoarranjado.

—Fique descançado.Ultima semana. A Villa era uma verdadeira

feira, só se trabalhava para a festa.O velho cura não dormia, não tinha appetite,

ea santa... nem principiada. Na sala do artista,lá estava esticada a grande tela, apenas com umacamada de tinta branca e uns esboços de nuvensazuladas.

Quinta-feira era o dia da entrega, o cura ama-nheceu-lhe. na porta, desejava ver a Santa. --- -

—Tenha paciência, reverendo, a santa é mila-grosa; consegui, inspirado por todos os anjos docéo, um dom. Todo aquelle que não fôr filho depães casados... sim, todo aquelle que...—Sei, sei, o que é que tem ?

— Não terá a felicidade de vel-a, por mais queabra os olhos.*-Oh, milagre do céo ! toma lá mais estes co-

brinhos.Domingo gordo. O quadro lá se achava coberto

com um panno preto, ninguém tinha-o visto ainda.Todos a postos. O cura toma a palavra :

—Queridos irmílos, chegou o momento depa-gar o tributo de vossos trabalhos. A santa queides ver não é uma santa vulgar, foi o santo Papaque nol-a mandou; é tao milagrosa que todo aquelleque não fór filho de mulher casada, não a verá I...

Foi então que o sacriata puxou o panno e...apparcccu a tela em toda a sua nudez.

Mas, como neste mundo (nem no outro) ninguémquer ser filho das hervas, todos diziam vel*a, ex-clamando: -«Que perfeição 1 nunca se viu outraiguall uma maravilha !¦ Os poucos cabellos do ve-lho cura perfilaram-se como si fossem soldadosallemães. E as exclamações continuaram: —«Quebellcz.il que olhar I»

Era demais, não era possível t Então, colérico,o cura bate palmas, chamando attenção geral:—Meus irmãos, será possível que dentre tantagente eu seja o unico filho da...

Fechou-se o tempo...

ZÉ DA BndA.

As senhoras que tem manchas pelo corpo ouno rosto, feridas ou dores no utero, gonorrhéaschronicas, fistulas, ulceras, chagas, cores pallidas.etc. devem tomar 4 ou 5 vidros da Tizana LuizAmado, que não só se tornarão córadas e sadias,como se curarão de todos os outros males. Cadavidro 6$ooo. Só é legitima a que está em caixa depapelão amarello. Remettem-se para todos os Es-tados. Correspondência ao agente coraraercial HugoMosca. Escriptorio e venda rua do Ouvidor 155,sobrado, (por cima do Café Java).

Reminiscencias...E' grande o meu rancor, o meu despeito.Desde que alegre me deixaste um dia.Da mais terrifica melancoliaHoje meu coração vive sujeito 1

Quem suppuzera, o linda cotoviaQue fosses fazer ninho n'outro peito ?K junto a mira que te amo e hoje te engeitoEsse bondoso olhar me enganaria?..,

Como te lembro, filha, cora saudade IParece que o teu lábio a bocea senteDos teus beijos na súbita orphandade !,,,

Nestas noites de frio, humidas, bravas.Em teus braços, falsários, docementeO/rio de minh*alma acalentavas !.., "

TT,COR TÍBAIMAlpha Sigma. '

DE GRANADO & C,é o depnrstlTO

mala efHcaz e reeoinmendado — Rua Pri-raeiro de Março ia.Dialogo:—Tu já foste a Pariz ?—Estive lá tres annos.—Eque tal achaste a torre Eiítel ?—Admirável t imagina tu que ella é tão alta,

que um general visto lá de cima, até parece umsoldado raso."F*OX."E3I"H]TI"1jv£

MEMÓRIAS forDB

Uma «Ciaise-Low"»Vícto-ieii di Saissaj

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zãol

estas palavras não poude deixar de ex-clamar:

— Tens razão, minha filha, tens ra-

E dirigindo-me ao leito, acerescenteí:— Rosnas, porque és ciumento. Enganar, deresto não é enganar, quando aquella a quem men-timos não duvida de cousa alguma. Apenas exis-tem mulheres que soffrem porque sabem que sãoenganadas. Anda, responde, a quem é que o nossoamo faz mal ? Pelo contrario, elle só espalha o bemem torno d'elle.

Todas aquellas que aqui vêm uma vez, nãopensam sinão em receber os beijos que elle lhesabe dar tão bem. Depois, na vida são os resulta-dos que é preciso considerar-mos. NSo vejo nestacasa sinao felicidade, e cada um de nós deve os

seus momentos mais queridos a esse amo raaravi-lhoso que deixa estupefactas pelo seu poder artis-tico, as mulheres mais desvergonhadas e sabias.Esta noite é muito provável que te vás aborrecer;e si fores leal, dir-nos-ás, amanhã, as tuas impres-soes exactas e então veremos si a tua imbecil ho-nestidade, resistiu deante dos prazeres que te es-tão reservados.

O leito soltou uma risada hypocrita que nãoqueria dizer nem «sim» nem «mão»; mas nós, a pe-quena cadeira, o armário, o tamborete e—jesuiti-caraente—o fauteuil. soltamos um «hurrah !» emcoro, que se foi reflectir na gloria de nosso amo,nas suas amigas passadas e futuras, preparando-me para registrar nas minhas tabellas, o numeroque oecuparia a rainha prima na lista das mulherescahidas nos seus bellos braços musculosos.

Devia sçr mais de meia noite quando meuamo vcltou para casa com a sua querida primi-nha.

Um e outro tinham um aspecto de cansaço.Os fatos encontravam-se cobertos de poeira. Meuamo devia soffrer muito particularmente, vistoque detesta todos esses encontrões e apertos quese produzem a cada passo nos boulevards assimque o povo tem o pretexto de se julgar rei deParis.

Tinham ido dansar a algum baile na praça pu-blica?

Tinham ido vér os ridículos cordões luminososque pendem dos fiancos dos monumentos nacio-

naes ? Em qualquer dos casos, tinham ido a algu-ma parte, e a priminha podia gabar-se—de quefora a primeira que fizera com que meu amo visi-tasse as banaes illuminações com que se celebra oanniversario da tomada da Bastilha.—. Julgo, minha Lucianazinha, que se sentirátão feliz corao eu, em fazer um pouco de «toilette».Não sei até onde a attingiu a poeira; eu, atravezdas calças, sinto um certo prurido nos joelhos. Apoeira de Paris, minha prima, não é uma poeiraordinária, é essencialmente composta de uma mui-tidão de pequenos insectos devoradores que geramtodos os males, todas as affecções...Os micróbios, disse ella.Os micróbios, é isso mesmo. Não quer irdeitar-se com os micróbios, não ê verdade ?Ella não respondeu.Dentro de cinco minutos estará preparadoura banho. A água já deve estar quente. Depoisde mergulhar o corpo em água tépida, ligeiramen-te tépida, dormirá muito bem 1,, . Logo que aprima acabe de tomar o seu banho, procederei demaneira idêntica... Adoro tomar um banho á noi-te-ou pela manhã-antes de me ir deitar. Não seio que é, mas parece-me que deixo no banho todos9S aborrecimentos, todas as fadigas. O banho pu-rifica o corpo, o coração e a alma. Recupera-seuma virgindade.

[Continua)

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O RIO NU-23 DE MAIO DE 1908

"—

Theatro d'0 RIO WE*do narl?!...

CANÇONETA

(Do repertório do apreciado e po-pular artista CEZAR Nunes, o «phonogropho humano». Um typo excen-tricô ; ores de conquistador)

Sou Felizordo Gorrido,E conforme o nome diz,

Eu sou tidoConhecido

Como um homem bem felizDe aventuras grande amante,Eu sou peior que Cupiclo,

E eleganteBem lolante,

E' o Felizardo Garrido I

(Declama): E sabem do que pro-vem o mascote que me acompanha/Estou convencido que..._

Veja, comadre,que bonita dentadura temo commendador.Mas não é d*elle !...E1 sim senhora, comprou-a ha bem pouco tempo.

ISoro BoraciCft— (adoptada no Exercito Nacional) Pomada milagrosapara a cura radicai de espinhas, assaduras, queimaduras, empingens, sarnas,eczemas, ozagres, frieiras, herpes, escoriações e todas as moléstias da pelle.As rachaduras do bico do seio que tanto atormentam as jovens mães,

curam-se com esta santa pomada que nãosuja a roupa. Vende-se era todo o BrazEl.Deposito geral. Drogaria Pacheco, rua dos

_. Andradas 59.1,

— Arre! como custa a vir-se o Conselheiro!... Si fosse o Carünhos, já aquiestaria ha muito tempo....

E' do narizE* do nariz,

E o contrario ninguém o diz,Pois se sou assim feliz,

E' do nariz,E' do natiz!

Um garoto, em pequenino,Eu já era apreciado,

Um meninoMuito fino

P'Ias vizinhas festejadoTodas, todas á porfia(Isto é para agradecer,

Co'alegriaE ufania

Todas me queriam mexer!

(Declama): Dizem ellas-mas, quelindo menino! Que mãosinhas... queperninhas.-. que... nariz... por issoê que eu digo que,..

(Canta:)

E' do nariz!Etc...

Quando em tempos namoravaA Felisberta Condor,

Só gostavaSe falava,

Com ella no corredor!Foi ali que ella jurouNum derradeiro transporte,

—Tua sou,Firme estou

Em ser tua até á morte!

(Declama:) Ai filha, dizia-lhe eu,

que felicidade, qae prazer! E ella res -

pondia muito comovida: Tambem eume sinto... muito,., fehz... e eu

julgo que...

(Canta:)

E' do nariz !...Etc...

Para a caça habilidade,Mostro, sem ser por mania,

Na verdade,Sem vaidade

Tenho boa pontaria 1Indo hontem, quasi a brincarSem o alvo distinguir,

P'ra mostrarA' Guiomar,

Dei tres tiros a seguir I

(Declamai: E como tinha sido ás es-curas, ella, depois de ver os «estra-

gos., exclamou, toda enthusiasmada:Repara Felizardo, como és feliz...deste tres tiros a seguir, e sempre noalvo... Então filha esta certeza naoé minha... isto é... é... é...

(Canta):

E' do nariz 1 Etc...

XJ%*\

A joven Margarida, que é sapeca A caixa m .Tem o costume íeio de sahir, Servindo i iNa mâo levando a caixa da rabeca As compraNo intuito dos papalvos illudir. E...oncoj)

P'ra pegar o chapéo, atrapalhada Um vdh*Levanta a caixa e zás I a dita abriu-se, Na contoE uma grande lingüiça, que, guardada i Oi quem,Ali 'stava, saltar de prompto viu-se. Recebe» a

Jm| , IBill

—Então, foi para fazer esse fiasco... q»e

vieste ?... r-Perdoa-me, filh», mas... essa maldita

dôr ao peito é que me põe inútil... „_.-Pois toma o Peitoral de Angico Pilote** v»

..<, *nmn fim» (arte do Deito e... de tudo—Herculaho Costa. e verás como ficas forte do peito e... de

s^tmàmSi

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[xa m entretanto está vasia Acontece, porém, que, n'uma tardeindo i íicamente p'ra guardar Era que ella foi fazer o sortimento...ampra qtie ella faz durante o dia. Causou grande suecesso, fez alarde, o rico rame,emSm, que vae cavar... Por artimanhas do terrível vento.

i_5 *ç ,-<l

O RIO NU-23 DE MAIO DE 1908

;¦llolln, ll.-.li-l.i, (t) rei

dos temperos) Pôde ser usa*do com toda o qualquer es*pecie de comida dc sal, coma vantagem poder de ser ad*dicionado a cada prato emmaior ou mt-nor quantidade,conforme o (rosto e os liabi-tos de cada um.

Dá muito realce ãs sopas,guisados e relogados. Ochurrasco, as costelletas, acarne de porco e a de enr-neiro, ficam excellentes quan-do adubadas com este afa-roado molho.

A' vendacasas.

/¦-fK.

nas pnncipaes

Fazendo a defeza He umcriminoso, diz da tribuna oad-vogado :

—Senhores jurados, devoantes de tudtr "¦zer-vos

queo meu constituinte é surdocomo uma porta, e portantonão pode ouvir a voz da cona-ciência,

Callopedlna — Únicoinfallivel extirpador dos cal-los, não impede andar calça-do —Rua dos Andradas 59.

_l*ití4áil^__í,\jk /1 iB^g^yihH_fe

'\ ¦':'';/ < .)'','• /, /pc: l«ra___r^™lffi_^'4*^\

i

*¦••:

—Hoje sim senhor, está com barba bem feita, até faz gosto passara mão; está cora a pelle tao macia!...

E se estivesse dura, não gostarias?Confesso, gostaria mais umbocadinho.

Bem respondidoConstança, no dia de seu anniversario na-

taticio, oflcreceu uma valente ceia ás pessoasde sua amisade que, não só encheram bem

o estômago, como também divertiram-se bastante,dançando até a madrugada.

Antes da ceia, recebeu ella uma carta de. D.Porcina, que a cumprimentava em nome da família,pedindo desculpa de nâo poder comparecer á festapor ter a sua filha Nicota peorado de sua enfermi-dade, estando com uma das vistas muito inflara-rnadá.

Agapito que tinha comparecido com a familia,logo que se retirou, coramentando a festa disse aCarailla. sua filha :

Esteve muito boa a reunião; só faltou a Ni*cota para cantar aquellas cançonetas tão engra-çadas, Si ella pudesse, certamente, não deixaria decomparecer; mas o medico recoramendou muitoresguardo e que evitasse o sereno...

—Qual a moléstia d'ella? perguntou Agapito.—Ophtalraia, disse Carailla. '

Ophgalraia ?Oph... tal... mia repetia a filha.—O nome é retesado e próprio para gatos...Os médicos deram agora para inventar certas

nomes para as moléstias que fica um homem namesma quando os ouve pronunciar.—Pois essa moléstia é muito conhecida...—Mas, afinal, interrompeu Agapito, em queparte do corpo se acha aftectada a Nicota pela talophtalmia?...

Ora, papae!... Noolho, ***..AlSfORA.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALSabbãdo^23 do corrente

, r,Ped.i,do= á Companhia de Loterias Nacionae»do Brazil.—Caixa Postal n.41—Rua i*dej_w"38.

Fulo de raiva, ao ar tendo a carecaiot&iie vinha pela proa,isil terrível e maluca Exclama:-«Aminhagana eu nâo concentron,(E>mo si fosse alguma «boa») Ao ver que n'uma caixa de rabeca

a Iguiça pela nuc;. A senhora, lingüiças leva denlro U

fm sujeito preso por injuriar outro na

publica, está sendo inquirido pelo de*iegmo:

Vamos, diga lá dc que modo se deu'a i|juriat mas diga tal qual o facto se passou-

Saiba o doutor que eu vinha muitopelo meu caminho fumando um bello

ro GAVROCHE, quando este senhor'isse o que vou repetir a v. s.

-Então o que di-.se elle ?j-Você é uma besta 1;0 delegado, virando-se para o escrivão-Sr, escrivão, escreva: «Você é uma

Pomada Secc_ira tle São T,a--Esta pomada é hoje universalmente !

ecida como a única que cura toda euer ferida sem prejudicar o sangue,

qualquer dor como a erysipela e[eumatismo — Rua dos Andradas n, 59.

_J1 Viro jornal de Lisboa noticiando que o

0 ípe d'£u tinha feito 68 annos acerescen-ti $>u que s. ex. tem o Tosão de Ouro."fora

aquella idade já é para agradecer!eus,

fl

r_«^»#°3 apreciadores de bons cigarros, re~endara-se

os afamados Caãtelldes ánas charutarias Paris, Palace Thca-

MaisonModerne^ ' '"

Agna .laponeza — Deeffeito prompto para amaciar

-a. pelle, e dar ao cabello acôr que se deseja. E' tônico,faz crescer o cabello e ex-tirpa a caspa—Rua dos An-dradas 59.

. ft, __ III iCXVZ &*< \ li-

''¦--_i-ásr||i §j1l___ \ ! li

O pae —Grande patife I Então isso era cousa que osenhor fizesse com sua avó]?... a minha raãe?t...

O FiLHO-Ora a grande cousa I O senhor também nlofez o mesmo com a minha ?

«V» V»Tônico __.po_.e_ •*¦*- E' ò melhor preparado para

perfumar o cabello e destruir parasitas, evitando com o seu_U50jjiario.todaa.as_enfermidaae3_da_cabeca=Andradas.<;o..

jH jj_____w wCr"^

— Toca aLulií: elle

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O RIO NU-23 DE MAIO DE 1908

MEMÓRIAS DE UMA MULHERO rnen.in.0

_E-T*I

3stou n'um estado de espirito imaginável, e sin-

to-me alegre, leve, radiante numa alegria decriança, de garoto que conseguiu realizar uraa tra*quinagetn arriscada e sahiu-se bem, isto é,escapou atodos os riscos prováveis.

Foi uraa verdadeira loucura coraettida a frio, aingleza, como se costuma dizer,,, raas, que digo,nao foi bem a frio.

Eu estava nervosa... n'um estado dc excitaçãoque... Mas a culpa nãoé rainha, Meu marido éura estúpido, basta dizer que é elle o responsávelpor todas as desgraças que lhe tem cabido sobre acabeça. Eu não o amo, raas de bom grado lhe seriafiel. Isso dependia d'el!e, só d'elle.

Porque eu (como em geral todas as mulheres),n3o tenho amantes por gosto. A mulher é umacreatura indolente

* por natureza; só trabalha e

luta por necessidade. Si lhe derem tudo de queellas precisam, si alimentarem todas as suas ne-cessidades, é capaz de ficar toda uma existênciafiel e calma, contentando-se em se deixar viver.

Mas os homens nao sabem. For exemplo, meumarido é como quasi todos, acha que me dandocasa, mesa e vestidos, cumpre o seu dever de bommarido e não tem mais que se preoccupar com-migo.

Isso é que me atirou nos braços do primeiroamante.

Porque é inútil negar—a parte physica é dignade consideração; para que simular moralisrnos to-los. A verdade é esta. O corpo tem necessidadesphysiologicas, tão exigentes na mulher como no ho-mem, mais talvez, porque o homem tem grandespreoccupações, grandes affazeres que o podem dis*trahir das agitações da carne, as vezes chegam aofim do dia tão fatigados que o corpo só lhes pederepouso; e as próprias preoccupações hão demuitas vezes manter-lhes as idéias alheias ao agui-lhão da volúpia.

A mulher, não; principalmente a mulher casa*da e de certa educação não tem que fazer; passa odia ociosa, e naturalmente era sua carne repousadaos nervos ganhara desenvolvimento e força incal-

—cuIaveL-E as suas^deras-gyrãínrracitaveis num cir*cülo perigoso de sensualismo.

A sua própria situação de mulher mantidapelo marido para gozo, para a posse physica, dá-lhe constantes inspirações lubricas.

Tudo, o próprio corpo da mulher é excitante,as suas roupas, os seus aprestos de vestuários fa-ceiros, suggestivos, são inspiradores de desejos aella própria.

Suas fôrmas provocantes, a sua carne modela-da para o gozo, causam exaltação a ella próprianos momentos de ócio.

Ora, um marido é quasi sempre um indifFeren*te; o meu também o foi logo após o casamento.

Deixou-me no luxo e na ociosidade, com o

cérebro a trabalhar e os nervos a invadir o corpo,a dominal-o, exaltal-o.

Tomei um amante, depois outro... depois...Mas juro que por mim mesmo, por uma quês*

tão de asseio, por simples respeito por meu pro-prio corpo, eu preferia pertencer a um só homemque me oecupasse sempre o espirito c alimentasseo calor de meu corpo.

Elle nao o quiz, e fez de mim esta creaturatorturada de desejos sempre maus antes, e agoraincapaz de conter os exaggcros da volúpia exa-cerbada já por excessos.

Ainda por cima, meu marido de quando emquando tem accessos de ternura, mas exactamen-te nesses períodos elle dá também para ciumentoe propõe assumptos, que além de disparatados,tfim o inconveniente de nos separar... suspenden-do todoe qualquer contactophysico por dias e noites.

Estávamos agora em uma d'essas crises. Ellesahira pela manhã,depois de uma noite idiota passa*da de costas para mim, e lá bem para longe, comosi lhe fizesse horror a idéia de tocar no meu cor-po mesmo dormindo. Sahiu,

Essas scenas de ciúmes, discussões e recrirai-nações, sempre tiveram para mim uma única van-tagera, a de me predispor para a reconciliação coramuitos beijos e ura amplexo tanto mais. ardentequanto longa e rude foi a luta.

Nessa noite eu contava que fizéssemos as pa-zezes e as celebrássemos com requintadas volupiasaté muito tarde,até que o sorano viesse das fadigas.

Porém, elle manteve a zanga por tanto tempoque adormeci, e no dia seguinte quando desperteivi-o já a pé ainda resmungando e irritado.

Fiz-rae indifferente e mesmo atrevida. Voltei-me para a parede e cobri a cabeça como que paranâo ouvil-o.

Cora essa attitude eu tinha dois intuitos, Pri-meiro, sustentar o meu prestigio feminino, não sero primeira a ceder, mostrar-me insolente—segundo,provocal-o. Eu bem sei quanto é suggestivo um corpode mulher inteiramente occulto por uma colchaque não deixa ver cousa alguma, mas aceusa asformas de um modo vago que ainda mais excita.--

De resto, meu marido mesmo já me tem ditoque o meu corpo deitado de lado e visto de costastem curvas deliciosas, de uma opulencia encan-tadora.,

Mas o plano não pegou. O palerma sahiu,Eu acordei tão bera disposta que estava quasi

a chamai-o. Mas isso seria uraa humilhação.Ergui-me com raiva e comecei a me vestir.

Cada peça de roupa causava-me irritação por cobriro meu corpo insatisfeito. Depois cheguei-me a ja-nella e tive uma boa impressão vendo defronte, najanella fronteira o t-menino», como eu o chamava,um rapazola, filho de familia, ainda timido, que jámais de uma vez me attrahira a attenção pela es*traordinaria belleza do rosto.

Parecia uma pintura. Louro, rosado, cora uma-pelle de raiss ingleza, e uns olhos de criança,,azues, luminosos einnocentes. Poderia ter 18 annos19 talvez, raas eu chamava-o "menino» pór causade seu aspecto de cherubira.

Vi-o a janella e pensei que devia ser agradareibeijar aquellas faces de belleza quasi feminina eque pareciam tão macias. Tive uma tentação súbita,uraa idéia louca. Estava só era casa. A minhacriada particular o rainha confidente, fiel só a mira.

Entre abri a janella, e quando o «menino» olhoupara mim, charaei-o com um gesto rápido. Elle he-sitou, olhou em torno como que para verificar queera elle o chamado.

Chamei-o de novo fazendo ao mesmo tempoum gesto de silencio.

Que engraçada a estupefacção que se pintouno seu rosto. Mas, entrou logo, e d'am a um minutovi-o atravessar a rua.

Fui esperai-o na porta do corredor para fazel-oentrar directamente no meu quarto sem que acriadagem o visse. Eu ainda não tinha plano for*raado—ou por outra—eu não queria pensar no quepretendia ou poderia fazer.

Peguei-o pela mão e levei-o para o meuquarto. No primeiro momento fiquei só a admiraro seu rosto de belleza inverosimil e cada vez maisassombrado.

Estava raais bonito o «menino» assim a fitar-mecom os lindos olhos azues cheios de espanto, que,instinetivamente segurei-lhe a cabeça e beijei-lhe aface,, os olhos e a fronte como se beija uma cri-anca bella.

Elle recuou, tremeu, balbuciava não sei o que*quiz falar mas eu murmurei apenas :

—Sahiu. %E continuei a beijal-o achando um prazer di-

vino em apoiar os lábios sobre aquella pelle frescae delicada. Porém, elle começou a beijar-me tam-bera, sem geito, sem pratica mas com ardor... «omenino» era positivamente ura homem, e mostrou-ologo com uraa exuberância magnífica...

_J*_U- estava nervosa, elle ficou logo como umdoido,,, desusamos para o divan e então deixei-ofalar coisas malucas que nem ouvi.

Vibrava tanto que ouvia apenas o murmúriode sua voz arquejante junto ao ouvido.

Depois, sem uraa palavra, puxei-o para o cor-redor mostrei-lhe a escada e fechei a porta,..

Quiz ainda vel-o na rua, e espiando pelas vene-zianas notei que elle tinha as pernas tropegas etropeçava a cada passo.

Pudera' Eu também sentia os joelhos tremu*los e a respiração tão apressada que me doía o co»ração.

Stella.»Por copia conforme.

D. Villaflor.

Sonho de uma noite de... «chuva»Ao Dom Pemalto.

Em certa noite... a tantos d'este mez...Eu tive um sonho, extravagante e lindo 1..,—Ao relembrál-o, agora, estou me rindo,E tu rirás de mira, lendo-o, talvez,,.

Nos bebestiveis, crê (modéstia á parte)Mui raro é que me exceda, ou me desregre;E apenas, na tal noite, estava alegre...Bera mais que o sonho que õra vou contar-te.

Despimo-nos; eu raais a Genoveva,Os dois ficando inteiramente nús...—Como nos deram, nossas mães á luz,Ou como, antes da parra, Adão e Eva.

Lá fora, um violentíssimo aguaeeiroTombava... E nós (peja-me, até, dizêl-o I)Ao capinsal descemos, nús em pello,Afim de tomar «banho de chuveiro...»

Depois, de volta ao quarto, eu procediA' nossa dupla, original «toilette»*"-** • "i ¦¦r' •'- : "¦> ecoquette» !.,,- ---niereri»

NoticieisEm conseqüência deestarem muito «avariadas»

e nâo terem mais cotação no Coramercio_«as varias»do «Jornal» passam a ser -dnv-Tiaveisjj era garan-tir a estabilidade dos estabelecimentos quebradose... impagáveis.

-*»>••••*•»¦

A' vista do projecto Jurumenha,mandando darmil apólices de um contéco ao mestre Ruy, outrodeputado vae propor que sejam dados dez tostõesdiários ao Rocha Alazão, para não morder maisninguém.

Diz-se que o dr. A. Bello Parente vae proporuma acção á uraa companhia de vapores, que pos-sue um paquete com o nome:—Cap Arcona, pois,allegao referido doutor que o previlegio de íazeressas capações pertence-lhe exclusivamente.

As ultimas estatísticas realizadas provara queultimamente se têm casado mais mulheres do quehomens, e que a maior parte das crianças nascidasem Pariz, falam o francez com anno e meio.

Hontem, uma carroça, carregando vinte tone-ladas de ferro, passou sobre o pé de um cidadão,obrigando-o a dar uns berros medonhos; ao passoque, momentos anjes^dita^carr-oça-havia passado-subre-a-cabeça~ae outro homem sem que elle desseura grito.

•**"•*•*¦•»•

"'ecebemos do sr. Testa Dura, a communi-

cação de que sua esposa havia dado á luz um me**nino muito parecido com o pae, que é o sr. VouteNasancas.

C*-J«X5Wersos malandros

A trefega CondessaNa pia baptismal chamada BerthaConstança Resedá Silva Nogueira,

A mais dura cabeça,Embora muito esperta,

Faziapraticar qualquer asneira.,.Era pleno resplendor dos vinte e um annos

A encantadora damaTinha nos olhos luzidia chamraa

De uns caprichos tyrannos 1Casada pela força do dinheiro

Qae traz su*alma escravaE lhe venceu o coração querido,A formosa condessa não tragavaA graça, a roupa, o modo corriqueiro

Do hydropico marido 1Pelos açougues, pela padaria

E por toda a curiosa visinhança,A fama propalava

De que uma leve e súbita nuança. _ Morosa perturbava

Ávida íelicissima do conde !Por isso é que n'um bonde_

De um velho, cuja voz o riso embarga,N'um tom repleto de perversidades,Ouvi dizer que a Bertha era tão larga...

Era prodigalidades,,.Dom Pernalto.

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O RIO Nü—23 DE MAIO DE 1908

Ç*RTEIR*pEUMPERU'D assando eu casualmente pela Praça Onze

não resisti á tentação de apanhar ura en*veloppe que estava no chão era frente a.

porta de ura Club «americanisado». Abrindo o re*ferido enveloppe, suppondo conter uma boa «bo-lado. vi com espanto que eram notas,

Umpara a

meninominha «Carteira» e assignadas por:da Lapa».—Cora certeza isto era para me ser enviado,—pensei eu—e por isso, guardei-as afim de tran-

screvel-as aqui, como o faço. Eil-as:—O moreno Romeu anda triste que faz pena,depois da partida para o Rio Grande da casadinha

de Botafogo. Já ninguém ove no mundo galante,e nem mesmo a Ofivia o distrae. Chuche, «seu»moço.

—Dizem que, depois que Emma se mudoupara a casa da Tetéa, as duas estão inseparáveisamigas... Ahi ha cousa. Que duas fan... tocho-nas!

— Chegou de S. Paulo a celebrisada Maria«quinhentos réis»,que se installou na zona Riachuelo.O Castrioto, apezar do despeito da Maria «cana-vete», abarracou com a gaja. Agora é que vamoster tourada entre as duas Marias, por causa da«soledade*) em que vivera.

—O coração da Sinhá «sente ventos* estámortinho pelos amores de ura coíó. E* de crer que,era breve a microscópica Paraense naufrague erarios de prantos e... sopapos.

—A comedia dos retratos é engraçada e bas-tante:—-A Rosalina «bedelho» e a Leopoldina«Trepa na parede», quando no Collegio da Alição,tiraram o retrato com o Castrioto no centro. A«Canavete» pilha o retrato,tira*lhe o pedaço em queestava o causador do seu «suicídio» e mandou oresto totalmente rasgado á hespanhola, que ja pas*sou uma noite era companhia do Castrioto, tra-hindo mais uma vez o «amariscado» amigo que seacha em Parahyba.

—O Eugênio «rabona» é das arábias I Ha dias,mettido em um peignoir da Guilhermina «sapa»,¦fez de criada, despejando o balde das aguaa servi-das pela gaja durante a noite... Já é!

—A Ros ei Ia «cabeça de vitella_», esteve saber-ba no Americano Club, convencida de que é real-mente actriz.

Si em vez. disso ella tratasse de fazer uso daA Saude da Mulher, faria bem melhor, porque per-dia a presurapção e concertava o utero.

—Também cercada de admiradores (?) lá ap-pareceu a «quinhentos réis». O «valiente» e >vapi-tutado« moço agarrou se a Julinha ffFon-fon» parafazer ferro á Riograndcnse, que por seu turno fezfé cora o Bissura. Si a Lulú Pombinho descobreessa falsidade do seu abonado menino, teremostourada certa,

—-A Milucia da zona Riachuelo apaixonou-sepelas «suas coisas» amorosas. O moreno Andradeestá inconsolavel.

A Kosalina «clarineta» continua fingindofamilia na avenida da zona Riachuelo. Emquanto omoreno Geraldes vae marchando, o Nunes levaas suas vantagens. Ora o Geraldes não tomarávergonha?

Dizem ser violenta a paixão da Adelaide«bebedeira» pelo «moço que toca violão.. Em-quanto o menino Sá, boia no Collegio, a incorrigi-

- vel funecionaria passa horas inteiras na tocata...apezar do desespero da Abbadessa-mõr do con-ventilho.

O Piaba anda também nas roxas cavaçõesde um pessoal da zona Men deSá.Opeor é que o «ba-toque» tem a mania de apertar o... "botão electri-co..,» no melhor da festa. A Guilhermina «sapa»que o diga. Que viciado, safa I

No ultimo baile do «Poleiro» houve umatourada e tanto; serviu de touro a Maria Bene-dieta, que foi toureada pela Esmeralda e Mariqui-nhas, que lhe fizeram uma pega á unhae... decara.

A Mariquinhas, na luta, perdeu qualquer cousa,cujo valor será pago pelo menino «Aberto').

O Chileno está cahidinho pela Pequenina, esatisfaz-lhe todos os caprichos, estando até dis-posto a sujeitar-se a tudo por via... d'ella.

Ahi, pequena, não sejas molle; ninguém omanda ser tolo !

Apezar de ser inimiga do banho, a Iracemanão dá uma folga no menino Chico, O «civil» équem guarda distancia á vista destes novos amo-res. Que belleza!

Continuam, como dois casadinhos, a raoder-nissima Adelia Gostosa e o seu inseparável Britoem certa e suburbana estação.

¦— A Julia Gonorrhéa está agora era uso daTizana Luiz Amado, pois, foi visto ,um portadorseu. ir buscar o celebre purificador, na rua do Ou-vidor n. 155, sobrado.

O Lord Presepada já prometteu ao Fan-Fan nflo sei o que... para figurar na Carteira. Poisnflo precisa, só por isto, offerecer-sc para «afilha-do» do homem; aqui está na berlinda c mesmosem padrinhos Gouveias... Não tenho geito paradar de niammar a «crianços» e logo tão feiosI

Tem causado certa apprchensão a retiradabrusca do menino Romeu, da casa da Olivia. Cousagrave passou-se por certo, pois a gaja era únicasubstituta da casadinha.

Si a mama descobre que o guarnizé Joanicoanda a passear em pleno dia pela Avenida, agar*radinho á Mercedes, obriga-o a dar as de villa Diogoe é bem feito I

Ha dias o Minguinhas dizia em seu «cham*bre» ao P. táu, que ainda era cedo para, no «botãode rosa», fazer ninho ura pica-pau.

O P, táu diz que o «viajante» entra de cabo arabo, mas que as «malas.» ficam de fora... toraan*do fresco. O «tres pernas», si lá vae, arranja logouni logar para que até as «malas» entrem...

A Maria «quinhentos réis» guarda com cui*dado umas escabrosas e ameaçadoras cartas queum «valiente» moço lhe mandou d'aqui para SãoPaulo.

Por ellas se verifica até que ponto «-pôde des*cer_ nm indivíduo despeitado e que se diz distineto;e sem duvida vae produzir ura verdadeiro escan*dalo a divulgação d'essas cartas, Emfim, ó uraprato excellente para os que gostara de eousasapimentadas.

A Zezé «portugueza» correu cora o seu «an-jinho», e elle para lhe fazer figas transferiu a sua«Terra» a ura estrepe com quem pegou de galho.

Eram estas as notas que continha aquelle pro-videncial enveloppe. Foi mesmo ura achado bemachado, não lhes parece ?

Língua de Prata.

Gnlllierme Tell.-Nova marca de cigarrosdeliciosos, cada carteira é premiada.

Abertura ^^^

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_-****- -fteios n°Í°° _ .U*==-

^S^^brevementeLICOR TIBAINA

0 melhor purificador do sangue.Granado <i! «O. Rua I". de Março, ia

Caixinha de EstalosH. Pito (S. Paulo)— Espere, tenha paciência

que o mundo não vae acabar.Pae Pródigo—A sua promessa ficou no tin-

teiro não é assim?Jove Lino—E' sim senhor, o nome do ministro

do Panamá é tal qual «O Paiz» publicou; o homemtem o nome d'aqueíle negocio... e não «-Parras»como alguns jornaes publicaram, para disfarçar.

PREÇO do __>_r_3Ea_Miar_](í. JFrttBt'adoptado na Europa e

DEPOSITO no g% _"*§, hospital da mariBrazil ^fl%a$' hemebxo ssm

A. FREITAS & COMP. _ | dura. e'114 — Ourives — 114 j__I ficazdas

S. Pedro, 90 — Na Europa,Sarlo Erba—Milão,

ridas, empingens, frieiras, suor dos" piduras, manchas, tinha, sard&s, brotenorrhéas, etc.

—Então morreu o Souza, e tu não fenterro 1

—Não porque tenho as minhas ra?—Seriamente ?—Sim jurei não ir a nenhum ente

meiro irem ao meu.

Quebra cabeçasOUaraiIa mitiga

— Menina, não vdspVa IA—iPois temos que conversar,Já tenho o membro lavado — IPara, a tal te sujeitar.

Enigma'Stou

por cima do joelho,E por baixo da cintura,Entre as juntas de ura filhoteAndo por lá bem segura.

Ando tambera penduradaE ás vezes humedecida;A*s vezes arregaçada...Outras vezes distendída.

Charadas novíssimas

E* na cama que se sente o prazer do amorcora a mulher—i-i-i.

A prima do Esberardo tera um buraco com ca-bellos—1-2.

A greta da Generosa está sempre aberta—s*i.

Versos a concluir

Eíl-a ali, no seu jardimAgitando o corpo amenoQue pallidez de marfimQue lindo rosto moreno.

E o seu pésinho pequenoE5 perfumoso jasmim;Seu olhar, casto e sereno,Não ha no mundo outro assim.

Mas, certa rosa brejeiraDeclara-se mais formosaTalvez p'ra puxar questões.

Foi castigada a roseira,Pois, arrancando a raivosaElla pisou nos ?

Aos apreciadores de bons cigarros, recommen-dam-se os afamados ©usleilões á venda nas cha*rutarias Paris, Palace Theatre e Maison Moierne.

Oayaçâos rubidas e ethereas voragens, manifesta-

das pelas mortíferas e ecumênicas exha-lações pútridas, provenientes das venti-

lações analyticas e superabundantes dos corposhumanos, são muitas vezes a causa da morte im-mediata dos seres demais férrea estruetura.

Assim, pois, devido a essas emanações, parti-ram para a eternidade a maior parte dos grandesguerreiros da antiga Srecia, quando no campo dabatalha, se entrelinham a caçar Perus para substi? _tuirem os Leões e Ursos brancos, que appareciámcorrendo como Veados esfaimados por ovos deAvestruz.

Burros não eram elles, pelo contrario, finoscomo Macacos é que eram, e tanto assim que, sinão montassem sobre os Camellos estavam no mat-to sem Cachorro,

Assim, sendo uns Cabras finos. us~-nhas de Gato, lá iam elles na luct^

Facilmente poden~guinte:

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Page 8: Periódico Eii- cntaiial, Humorístico e JIlustriKhj dfi ...memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1908_01030.pdf · mas, agora averiguou-se que o tal horaemzinho do balão apanhou ura

O RK> NU-23 DE MAIO DE 1008 _PD'ELLAS

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lho para a planta. A' qualquer uma de nós...mco me importa; Que não resisto em dizel-o¦naldade tanta Agora que estamos sós ;

quasi morta, Escuta bem, vaes sabel-o:

Como as plantas, tSo scquinhasNós estamos, quaes donzellas.A precisarmos, tresquinhas,De umas boas... regadellasl...

^ARA GENTE FRIA$%fi 1 ffli ' Rnmance escaldante até dizer, basta !-Contendo 20 gravuras d'aquellasOp |L9 que sõ mesmo vendo... porque nâo se pôde dizer o que são e os

I 1 U ii» tremeliques que fazem na gente.

S$»00, pelo Correi© 4$0OO—Aproveitem qne são jso«i«os