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15 Oftalmologia em Notícias Congresso marca Jubileu de Ouro da APO Mesa da abertura: Tânia Schaefer (Co- mitê Internacional de Visão e Trabalho), Rogério Torres presidente do III Con- gresso Sul-Brasileiro de Glaucoma), José Wilson Cursino (presidente do Congres- so Brasileiro de Oncologia Ocular), Fernando Cesar Abib (presidente do XXXII Congresso da APO), Nilo Holzchuh (presidente do Congresso Sul-Brasilei- ro de Superfície Ocular e Lentes de Contato), Ademar Valsechi (presidente da Sociedade Catarinense de Oftalmo- logia) e Newton Kara José (USP) Cirurgia do Cristalino foi o Tema Oficial do XXXII Congresso da Associação Paranaense de Oftalmologia (APO), realizado de 21 a 23 de julho no Estação Embratel Convention Center, em Curitiba. O evento foi presidido por Fernando Cesar Abib e foi realizado simultaneamente ao III Congresso Sul-Brasileiro de Glaucoma, a Jornada Brasileira de Antiangiogênicos, o Congresso Brasileiro de Oncologia Ocular e Congresso Sul- Brasileiro de Superfície Ocular e Lentes de Contato. Abordando todos os aspectos da oftalmologia, o Congresso permitiu que os participantes debatessem em profundidade o tema da correção de altas ametropias e pres- biopia por meio de cirurgia do Cristalino, com ênfase para os pontos éticos da questão. O evento contou com a participaçao do físico Gabriel Martin (Argentina), autoridade em aberrometria e histeresis corneana, Fernando Fuentes Bonthoux (Argentina) que tem participado de estudos inéditos sobre biodimensio- nanento do globo ocular OCT e IOL Master, o engenheiro quí- mico Richard Young (Grã-Bretanha), que falou sobre materiais de lentes de contato e Marcelo Coria de La Hoz (Chile), que discorreu sobre indicações, técnicas de implante e seus resul- tados das lçentes de contato. O Congresso comemorou o Jubileu de Ouro da APO e foi marcado pela homenagem aos ex-presidentes da entidade: Leônidas do Amaral Ferreira Filho, Raquel Amorin Rabello, Egon Armando Kruger, Felizardo Ferreira, Carlos Augusto Moreira, Francisco de Paula Soares, Antonio Vantuil Sâmara, Aristides de Athayde Neto, Saly Maria Bugman Moreira, Mauricio Brik, Antonio Vantuil Sâmara, Carlos Augusto Moreira Júnior, José Jorge Neto, Hamilton Moreira e Tânia Schaefer. Também foi feita homenagem a Fernando Oréfice e o Decano dos Médicos Oftalmologistas do Estado do Paraná, Rubem Nogueira de França, com 62 anos de vida profissional. O III Congresso Sul-Brasileiro de Glaucoma, presidido por Rogério Torres, teve como pontos principais o diagnóstico precoce do glaucoma, a correlação entre a parte anatômica, o nervo óptico (estereofoto, OCT, HRT e GDx) e a parte funcional, campo visual (branco no branco, azul-amarelo e FDT), tópicos fundamentais para o diagnóstico precoce do glaucoma, além de “Células Tronco” e o Glaucoma. O evento prestou homena- geou a Carmo Mandia Júnior. O Congresso Sul-Brasileiro de Superfície Ocular e Lentes de Contato, presidido por Nilo Holzchuh, enfatizou a aborda- gem dos sinais e sintomas relatados pelos pacientes que po- dem estar relacionados ao uso de microcomputador e home- nageou Renato Ambrosio Júnior. Já a Jornada Brasileira de Antiangiogênicos, presidida por Carlos Augusto Moreira Júnior debateu os últimos avanços no tratamento farmacológico das doenças da retina e prestou uma homenagem a Marcos Ávila. Por fim, o Congresso Brasileiro de Oncologia Ocular, pre- sidido por José Wilson Cursino, homenageou Roberto Lorens Marback. Fernando Cesar Abib, Rubem Antônio Nogueira de França e Senhora Fernando Cesar Abib entrega homenagem a Fernando Oréfice Fernando Cesar Abib e Carlos Augusto Moreira

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Congresso marca Jubileu de Ouro da APO

Mesa da abertura: Tânia Schaefer (Co-mitê Internacional de Visão e Trabalho),Rogério Torres presidente do III Con-gresso Sul-Brasileiro de Glaucoma), JoséWilson Cursino (presidente do Congres-so Brasileiro de Oncologia Ocular),Fernando Cesar Abib (presidente doXXXII Congresso da APO), Nilo Holzchuh(presidente do Congresso Sul-Brasilei-ro de Superfície Ocular e Lentes deContato), Ademar Valsechi (presidenteda Sociedade Catarinense de Oftalmo-logia) e Newton Kara José (USP)

Cirurgia do Cristalino foi o Tema Oficial do XXXII Congressoda Associação Paranaense de Oftalmologia (APO), realizadode 21 a 23 de julho no Estação Embratel Convention Center,em Curitiba. O evento foi presidido por Fernando Cesar Abib efoi realizado simultaneamente ao III Congresso Sul-Brasileirode Glaucoma, a Jornada Brasileira de Antiangiogênicos, oCongresso Brasileiro de Oncologia Ocular e Congresso Sul-Brasileiro de Superfície Ocular e Lentes de Contato.

Abordando todos os aspectos da oftalmologia, oCongresso permitiu que os participantes debatessem emprofundidade o tema da correção de altas ametropias e pres-biopia por meio de cirurgia do Cristalino, com ênfase para ospontos éticos da questão. O evento contou com a participaçaodo físico Gabriel Martin (Argentina), autoridade em aberrometriae histeresis corneana, Fernando Fuentes Bonthoux (Argentina)que tem participado de estudos inéditos sobre biodimensio-nanento do globo ocular OCT e IOL Master, o engenheiro quí-mico Richard Young (Grã-Bretanha), que falou sobre materiaisde lentes de contato e Marcelo Coria de La Hoz (Chile), quediscorreu sobre indicações, técnicas de implante e seus resul-tados das lçentes de contato.

O Congresso comemorou o Jubileu de Ouro da APO e foimarcado pela homenagem aos ex-presidentes da entidade:Leônidas do Amaral Ferreira Filho, Raquel Amorin Rabello,Egon Armando Kruger, Felizardo Ferreira, Carlos AugustoMoreira, Francisco de Paula Soares, Antonio Vantuil Sâmara,Aristides de Athayde Neto, Saly Maria Bugman Moreira,Mauricio Brik, Antonio Vantuil Sâmara, Carlos Augusto MoreiraJúnior, José Jorge Neto, Hamilton Moreira e Tânia Schaefer.

Também foi feita homenagem a Fernando Oréfice e oDecano dos Médicos Oftalmologistas do Estado do Paraná,Rubem Nogueira de França, com 62 anos de vida profissional.

O III Congresso Sul-Brasileiro de Glaucoma, presididopor Rogério Torres, teve como pontos principais o diagnósticoprecoce do glaucoma, a correlação entre a parte anatômica, onervo óptico (estereofoto, OCT, HRT e GDx) e a parte funcional,campo visual (branco no branco, azul-amarelo e FDT), tópicosfundamentais para o diagnóstico precoce do glaucoma, alémde “Células Tronco” e o Glaucoma. O evento prestou homena-geou a Carmo Mandia Júnior.

O Congresso Sul-Brasileiro de Superfície Ocular e Lentesde Contato, presidido por Nilo Holzchuh, enfatizou a aborda-gem dos sinais e sintomas relatados pelos pacientes que po-dem estar relacionados ao uso de microcomputador e home-nageou Renato Ambrosio Júnior.

Já a Jornada Brasileira de Antiangiogênicos, presididapor Carlos Augusto Moreira Júnior debateu os últimos avançosno tratamento farmacológico das doenças da retina e prestouuma homenagem a Marcos Ávila.

Por fim, o Congresso Brasileiro de Oncologia Ocular, pre-sidido por José Wilson Cursino, homenageou Roberto LorensMarback.

Fernando Cesar Abib, Rubem AntônioNogueira de França e Senhora

Fernando Cesar Abib entregahomenagem a Fernando Oréfice

Fernando Cesar Abib eCarlos Augusto Moreira

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Da esquerda para a direta:Islane Maria Castro Verçosa,Rosane da Cruz Ferreira eMaria Aparecida Onuki Haddad

As presidentes da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica(SBOP), Rosane da Cruz Ferreira e da Sociedade Brasileira de VisãoSubnormal (SBVSN), Maria Aparecida Onuki Haddad, bem como avice-presidente da SBOP, Islane Verçosa, receberam a Medalha deOuro do CBO/Lions Club/Fundação Banco de Olhos de Goiás emsolenidade realizada em 15 de junho durante o I Seminário deEstimulação e Reabilitação Visual Infantil, realizado em Gramado (RS).

Graças à atuação das duas entidades oftalmológicas e daOrganização Não Governamental Instituto VER, a Câmara Municipalde Porto Alegre aprovou a lei que instituiu a obrigatoriedade do testedo reflexo vermelho, ou teste do olhinho, nas maternidades da capitalgaúcha.

O Instituto VER (Visão-Estimulação-Reabilitação) é uma ONG dePorto Alegre que trabalha para a prevenção da cegueira infantil. Épresidida por João Firme e tem Rosane Ferreira como vice-presidente eatualmente, através do senador Sérgio Zambiasi (PTB), está trabalhandopara que a obrigatoriedade do teste do olhinho se torne nacional.

Rubens Belfort Junior, coordenador do Conselho de Diretrizes eGestão do CBO e Professor Titular de Oftalmologia da UNIFESP, foieleito Presidente da Seção de Cirurgia da Academia Nacional deMedicina para o biênio 2007-2009.

Rubens Belfort também ganhou o Prêmio Scopus 2007, nacategoria Medicina, pelo número de pelo número de artigos publicados,citações na literatura recebidas e orientados. O Prêmio SCOPUS éuma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal deNível Superior (CAPES) que, em parceria com a Editora Elsevier,reconhece pesquisadores brasileiros que apresentam produção dedestaque e excelência retratada na base de dados Scopus, a maisampla base de referências e citações para a literatura científica mundial,e contribuem para o desenvolvimento da ciência no Brasil.

Para a seleção dos premiados, num total de quinze, sãoconsiderados os documentos encontrados na base Scopus no períodode dez anos (1997 – 2006), as citações recebidas por seus autoresfeitas por outros documentos que se encontram na base Scopus e onúmero de orientandos de cada pesquisador de acordo com osregistros da CAPES.

Da esquerda para a direita:Ministro da Saúde José Gomes Temporão,João Pedro Marques Pereira eRubens Belfort Junior

foram os pontos definidos como temas para o 1º Prêmio Latino-Americano de Oftalmologia, iniciativa da Allergan que tem o objetivode incentivar a produção científica em Oftalmologia na AméricaLatina.

Os trabalhos inscritos serão submetidos a uma comissãojulgadora, presidida por Paulo Augusto de Arruda Mello, comrepresentantes da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. Serãoescolhidas duas pesquisas e suas respectivas instituições, em cadaum dos dois temas definidos, num total de 4 premiações. O autorprincipal do trabalho que vencer em 1º lugar em cada um dos temas

As inscrições podem ser feitas até 31 de janeiro de 2008 pelo site www.premioallergan.com

“Diagnóstico do Glaucoma”“Fatores de risco em Glaucoma”

receberá US$ 4.000,00 e a instituição em que trabalha, o mesmovalor. Para o 2º lugar de cada um dos temas, os prêmios serãode US$ 2.000,00.

Os autores receberão os respectivos prêmios em cerimôniaa ser realizada no Congresso da ARVO em 2008 (FortLauderdale, Flórida, EUA). O investigador definido principal decada um dos 4 trabalhos premiados viajará com todas asdespesas pagas, inclusive sua inscrição, pela Allergan parareceber o prêmio em nome do grupo e da instituição querepresenta.

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III Congresso da SBVSN

A Sociedade Brasileira de VisãoSubnormal (SBVSN) realizou nos dias 7e 8 de junho na cidade de Salvador,Bahia, seu III Congresso. Mais de 500 pro-fissionais da área de reabilitação visual,a maior parte formada por oftalmologistas,procedentes de todos os estados brasi-leiros, participaram do evento.

Segundo a presidente MariaAparecida Onuki Haddad, a SBVSN, aolongo de seus 12 anos de existência,tem procurado desenvolver ações paraa promoção da inclusão social dapopulação com deficiência visual, pormeio do incentivo da capacitação derecursos humanos e do acesso daspessoas com deficiência visual aosrecursos da tecnologia. “O III Congresso,da mesma forma que os congressos an-teriores (2003 e 2005), foi uma grandeoportunidade para compartilhar informa-ções e promover a atualização técnico-científica dos profissionais da área dereabilitação visual”.

A programação científica foi desen-volvida na forma de conferências,cursos em áreas essenciais de atuaçãoprofissional, apresentação de trabalhoscientíficos realizados nos diversosserviços nacionais. Mereceram des-taque as conferências de Sheila Mi-randa (coordenadora da Área Técnicade Saúde da Pessoa com Deficiênciado Ministério da Saúde), Izabel MariaMadeira de Loureiro Maior (coordena-dora geral da Coordenadoria Nacionalpara Integração da Pessoa Portadora deDeficiência/ Secretaria Especial dos

Direitos Humanos da Presidência da Re-pública) e de Cláudia Gribosky (diretorade Política de Educação Especial da Se-cretaria de Educação Especial do Minis-tério da Educação), que abordaram te-mas relacionados aos avanços da polí-ticas públicas para a inclusão da pes-soa com deficiência visual.

Simultaneamente ao congresso, foirealizado o I Encontro da APALBA –Associação dos Portadores de Albinismoda Bahia, para discussão dos vários as-pectos da inclusão da pessoa com defi-ciência visual.

Durante as solenidades do evento,a SBVSN homenageou Harley EdisonAmaral Bicas (presidente do CBO),Newton Kara-José (Professor Titular daFaculdade de Medicina da USP e da UNI-CAMP), Marcos Wilson Sampaio (coor-denador do Serviço de Visão Subnormalda Clínica Oftalmológica da USP, ex-pre-sidente da Sociedade Brasileira de VisãoSubnormal e atual conselheiro da enti-dade), Mara Olímpia de Campos Siaulys(Presidente da Laramara – AssociaçãoBrasileira de Assistência ao DeficienteVisual), Victor Siaulys (Presidente doConselho da Laramara), Silvia Maria Fi-gueiredo Batista (Presidente do Instituto

de Cegos da Bahia) e os professores deOftalmologia Roberto Marback, Hum-berto de Castro Lima e EpaminondasCastelo Branco Neto.

A Comissão Científica do III Con-gresso da Sociedade Brasileira de VisãoSubnormal foi composta por MarcosWilson Sampaio (coordenador), HelderAlves da Costa Filho, Mayumi Sei, KeilaMirian Monteiro de Carvalho, AlexandreCosta Lima de Azevedo, Luciene ChavesFernandes, Danilo Dimas Monteiro deCastro, Daena Barros Leal, Maria ElibeteGasparetto, Mara de Campos Siaulys,Elvira Pires, Hsu Yun Min, Sonia MíticoGondo, Cecília Maria Oka. A ComissãoOrganizadora foi coordenada por Mariade Fátima Néri Góes e Edson Silveira,ambos de Salvador.

De 27 a 29 de abril, a SBVSN realizou em SãoPaulo o III Curso de Imersão em Baixa Visão “AtençãoOftamológica à Baixa Visão – A Reabilitação da Criançae do Adulto com Baixa Visão”, que contou com aparticipação de 50 oftalmologistas.

O III Curso de Imersão abordou os principaisaspectos da atuação oftalmológica no atendimento àpopulação infantil e adulta. De acordo com MariaAparecida Onuki Haddad, o oftalmologista, como agentecatalisador do processo de reabilitação visual, tem aresponsabilidade de possibilitar a melhor resoluçãovisual dos indivíduos com baixa visão, o que contribuirápara o seu maior desempenho nas atividades de vidadiária e promoverá sua inclusão social.

Marcos Wilson Sampaio, Edson Silveira,Maria de Fátima Neri, Maria AparecidaOnuki Hadad (presidente da SBVSN) eFabrício Lacerda

Conferência de Sheila Miranda,do Ministério da Saúde

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O ex-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e atualintegrante do Conselho de Diretrizes e Gestão (CDG) da entidade, MarcosÁvila, tomou posse em 15 de junho como membro-titular da cadeira nº 9 daAcademia Goiana de Medicina.

A solenidade da posse contou com a participação de aproximada-mente 300 pessoas, entre autoridades, alunos, colegas e amigos de MarcosÁvila. O CBO foi representado por seu ex-presidente e integrante do CDG,Suel Abujamra. Também compareceram os senadores Marconi Perillo (PSDB/GO) e Lúcia Vânia (PSDB/GO), os deputados federais Ronaldo Caiado(PFL/GO), Raquel Teixeira (PSDB/GO), Pedro Canedo (PSDB/GO), além daprofessora Milca Severino, ex-reitora da UFG e atual secretária estadual deEducação e o deputado estadual Honor Cruvinel (PSDB).

Em seu discurso de posse, Marcos Ávila afirmou que “...por me sentirresponsável pela saúde de todos, procurei estratégias para ampliar o poderde meu conhecimento e a força de meu trabalho, levando a boa oftalmologiaa todos os grupos humanos”.

Marcos Ávila é professor da Univer-sidade Federal de Goiás (UFG), onde em2000 fundou o Centro de Referência emOftalmologia (CEROF) que, em maio últi-mo, registrou o atendimento de mais de 1milhão de pessoas e a realização de 50mil cirurgias.

A cadeira nº 9 da Academia Goianade Medicina tem como patrono AntônioAustregésilo Rodrigues Lima (1876-1960), considerado Pai da NeurologiaBrasileira. Seu primeiro titular foi o neu-rologista Abdo Badin.

Depois de uma paralisação de váriosmeses, o banco de olhos da Sociedade Bancode Olhos do Rio de Janeiro voltou a funcionarnas dependências do Hospital GeralBonsucesso. A autorização foi data através daPortaria nº 376 da Secretaria de Atenção àSaúde do Ministério da Saúde, publicada noDiário Oficial da União em 11 de julho.

A Sociedade Banco de Olhos do Rio deJaneiro é uma sociedade civil sem finslucrativos e efetivou uma parceria com oHospital Geral de Bonsucesso (HGB), doMinistério da Saúde, para utilização de suasdependências. Durante anos, o banco de olhosnão funcionou devido problemas com aVigilância Sanitária, com a Secretaria de Saú-de e com o próprio hospital, relacionados comas instalações físicas.

“Efetivamos as reformas necessárias epacientemente superamos todos os obstáculosinterpostos e, finalmente, estamos captandocórneas novamente. O Rio de Janeiro merece”,concluiu Eduardo Laboissière, responsáveltécnico pelo Banco de Olhos do Rio de Janeiro.

O endereço da instituição é Av. Londres, nO

616 - Prédio 03, 2O andar, Bonsucesso, Rio de Ja-neiro (RJ) - CEP 21.041-030 e os contatos podemser feitos pelo telefone (21) 3882-1285 ou atravésda home page: www.bancodeolhos.org.br.

Marcos Ávila eArgeu Clóvis de Castro Eduardo Laboisière da Silva

Certificados de participação noCongresso Mundial de Oftalmologia

Certificados de participação noCongresso Mundial de Oftalmologia

Os congressistas que ainda não retiraram os respectivoscertificados de participação no Congresso Mundial de

Oftalmologia, realizado em fevereiro de 2006, devem enviarpedido para o e-mail [email protected]

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Cobrança da tonometria, realização ambulatorial de cirurgiasde catarata, custo de lentes intra-oculares, remuneração daBradesco Saúde e a emissão de pareceres sobre coberturas emOftalmologia foram os pontos discutidos na reunião realizada entrerepresentantes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), daSociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), da Federação dasCooperativas de Serviços Administrativos em Oftalmologia(FeCOOESO) e autoridades ligadas à Agência Nacional de SaúdeSuplementar (ANS).

Fundada em 1959 como complemento da As-sociação Pan-Americana de Oftalmologia em seusprogramas educacionais, prevenção de cegueira eintercâmbio cultural e científico entre oftalmologis-tas das Américas, informa que encontram-se aber-tas inscrições para distribuição de bolsas de pes-quisa em oftalmologia.

Serão oferecidas dez bolsas de US$ 10 milcada, com prioridade a projetos internacionais em

Para mais informações, o interessado deve acessar a home page da PAAO/PAOF’s:www.paao.org ou enviar um e-mail para [email protected]

De acordo com Nelson Louzada, a reunião foi extremamente positiva, pois as entidades oftalmológicaspuderam mostrar dificuldades que encontram no relacionamento com as diferentes operadoras de planos desaúde e, ao mesmo tempo, abriram um canal de negociação com a ANS não só para a apresentação dereivindicações, como também para colaboração com a agência nas questões referentes à saúde ocular. Novasreuniões foram agendadas com representantes das várias gerências da ANS para a continuidade das negociações.

A reunião ocorreu em 20 de junho, na sede da ANS no Rio deJaneiro e dela participaram o presidente do CBO, Harley E. A. Bicas,o assessor jurídico da entidade, Flávio Winkler, o presidente daSBO Luiz Carlos Portes, o presidente da FeCOOESO, Paulo CésarFontes, o diretor financeiro da federação, Nelson Louzada e o ge-rente administrativo, João Fernandes. Representando a ANS esti-veram Martha Regina de Oliveira, Karla Santa Cruz Coelho, JorgeLuís da Cunha Carvalho e Alex Urtado Abreu, integrantes da Diretoriade Normas e Habilitação de Produtos - DIPRO, daquele órgão.

A Fundação Pan Americana deOftalmologia, (PAOF)

andamento que necessitem ajuda financeiracomplementar. Os prazos de recebimento dasinscrições são os seguintes: 28 de fevereiro,31 de março, 31 de agosto e 30 de novembro.

O Formulário de Solicitação está ane-xo e voce pode fazer o dowlnload nowww.paao.org, link “Foundation (PAOF)”,item “I.General Research Grant Request”.

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A associação dos Portadores de Olho Seco(APOS) realizou, em 23 de junho, um mutirão deatendimento e esclarecimento da população no HortoFlorestal, um dos maiores parques de São Paulo (SP),como parte da programação do evento “Caminhandopela Qualidade de Vida”, promovido pela ONG Movere.O mutirão da APOS contou com o apoio do InstitutoSuel Abujamra. Ao todo, foram preenchidos 113formulários e realizados 19 testes de Schirmer, o quepossibilitou a detecção de 11 portadores de olho seco.

Já foi iniciado o processo de divulgação do XVI Congres-so Norte-Nordeste de Oftalmologia, que ocorrerá no recém inau-gurado Centro de Convenções Hangar, em Belém (PA) de 15 a17 de outubro de 2008.

De acordo com o presidente do evento, Luiz GonzagaCardoso Nogueira, os oftalmologistas integrantes de sua co-missão organizadora estão aproveitando os congressos esimpósios oftalmológicos que ocorrem em todo o Brasil paradivulgar a realização do congresso de Belém. Além disso, naspróximas semanas estará no ar o site do evento.

“Estamos ressaltando o fato de que o congresso será reali-zado dias após a realização do Círio de Nazaré, a maior festareligiosa do País. A participação nos dois eventos é uma oportuni-dade única que todos devem aproveitar. Por outro lado, devido ogrande afluxo de peregrinos à capital paraense por ocasião dafesta, estamos insistindo com os colegas para que comecem aplanejar sua participação desde já”, declarou Cardoso Nogueira.

Luiz Gonzaga Cardoso Nogueira e sua esposa Sônia MariaVasconcelos Nogueira

CBHPM

Em 2005, por ocasião da publicação da3ª Edição da CBHPM, após analisarmos amesma, verificamos a existência de várioserros. Pedimos então uma reunião com a AMB(Associação Médica Brasileira) para dis-cutirmos o assunto e fomos atendidos comvárias delas, sendo que, na Reunião do dia03/06/2005 foram corrigidos vários errosconforme cópia da Ata em anexo. Lamen-tavelmente até hoje ainda existem operadorasque insistem em aplicar a 3ª Ed. da CBHPMque está repleta de erros. Sendo assim,pedimos aos senhores que não aceitem talpolítica. Qualquer dúvida, favor entrarem emcontato conosco.

João FernandesGerente Administrativo da Federação das Cooperativas

Estaduais de Serviços Administrativos em Oftalmologia -FeCOOESO

Operadoras estão proibidas de exigir CID

Os planos de saúde estão proibidos de exigir o preenchimento da CID(Classificação Internacional de Doenças) como condição para realizaçãode exames e pagamentos de honorários médicos. A decisão foi tomadapelo procurador da República, Marcelo Mesquita Monte, que deu parecerfavorável à representação do Conselho Regional de Medicina dePernambuco, que informou que o texto normativo da Agência Nacional deSaúde Suplementar (ANS) estaria obrigando médicos a informar doençado paciente nas solicitações de exame. Em 21 de maio, o Conselho Federalde Medicina publicou a Resolução CFM nº1.819/2007 que proíbe acolocação do diagnóstico codificado no preenchimento das guias deconsulta das Seguradoras e Operadoras de Planos de Saúde por nãogarantirem o sigilo do paciente. O procurador enfatizou que a posturaconstitui descumprimento de ordem judicial derivada da Justiça Federal doEstado do Rio de Janeiro e que a ação deve ser respeitada em todo territórionacional.

João FernandesGerente Administrativo da Federação das Cooperativas Estaduais de

Serviços Administrativos em Oftalmologia - FeCOOESO

Comunicados da FeCOOESO

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IV Congresso Nacional da SBO e III CongressoBrasileiro de Estrabismo e Oftalmologia Pediátrica

O IV Congresso Nacional de Oftalmo-logia da SBO e III Congresso Brasileiro deEstrabismo e Oftalmologia Pediátrica reu-niu 1.312 participantes de 5 a 7 de julho,no Centro de Convenções do Hotel Glória(RJ). Cerca de 400 palestrantes de todasas regiões do País prestigiaram o evento,que contou com a presença do presidentedo CBO, Harley E. A. Bicas. Luiz CarlosPortes, presidente da SBO, ressaltou emseu discurso na abertura do evento a im-portância da Sociedade, que este 85 anosde fundação (ocorrida em 6 de setembrode 1922). Destacou ainda, a abrangênciados temas tratados no congresso, taiscomo banco de olhos, catarata, cirurgiacombinada, glaucoma, córnea, doençasexternas, doenças sistêmicas, estrabismo,lentes de contato, neuro-oftalmologia, ocu-loplástica, oftalmologia pediátrica, órbita,refração, retina, terapêutica ocular, trauma,ultra-som, uveítes e visão subnormal. Alémdisso, a programação científica do eventoabrangeu cursos promovidos pelo CentroBrasileiro de Estrabismo e pela SociedadeBrasileira de Oftalmologia Pediátrica, pre-sididos respectivamente por Geraldo Bar-ros Ribeiro e Rosane Ferreira, além de um

Antonio Giardulli recebe a homenagemde seu sobrinho, Giovanni Colombini

Eduardo Marback entrega a placae diploma a Roberto Marback

Mesa na Sessão Solene de Abertura: José Antônio Alexandre Romano (Sindicato dosMédicos do Estado do Rio de Janeiro, Laurent Schmitt (presidente da Essilor), SidneyFerreira, (vice-presidente do Cremerj), Harley E. A. Bicas (presidente do CBO), LuizCarlos Portes (presidente da SBO), Mário Motta e Luiz Nogueira (vice-presidentes daSBO), Geraldo Barros Ribeiro (presidente do CBE), Rosane Ferreira (presidente daSBOP) e Paiva Gonçalves Filho (ex-presidente da SBO e do CBO), representando aAcademia Nacional de Medicina.

Harley Bicas durante a exposiçãosobre os 40 anos do CBE

Integrantes da Academia Nacional deMedicina, Rubens Belfort Junior ePaiva Gonçalves Filho

Simpósio das duas entidades em con-junto com a SBO. Durante a Sessão So-lene de Abertura foram homenageadostrês especialistas pela sua contribuiçãoà Oftalmologia Brasileira: AntonioGiardulli, ex-presidente da SBO, RobetoMarback (BA) e Rubens Belfort Junior(SP). Pela colaboração com a SBO, fo-ram homenageados representantes detrês empresas de produtos oftalmoló-gicos: Amaury Guerrero (Alcon), HorácioVazquez (Bausch & Lomb) e NelsonMarques (Allergan). Ex-presidente daSBO, ex- professor da Faculdade deMedicina da UFRJ e de Ribeirão Preto,Almiro Pinto Azeredo, falou sobre os 85anos da Sociedade. Harley Bicas, umdos fundados do Centro Brasileiro deEstrabismo que em 2007 completa 40anos, traçou um histórico da entidade, amais antiga sociedade de especialida-de oftalmológica do Brasil.

Laurent Schmitt, presidente daEssilor, entregou o 35º Prêmio Varilux,aos vencedores Sérgio Jacobovitz (MG),Lucieni Cristina Barbarini Ferraz (SP) eLuciane Bugman Moreira (PR).

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Professor

Foi com grande pesar que recebe-mos a noticia do passamento do pro-fessor Michael Blumenthal. Para aque-les que tiveram o privilégio de o conhe-cerem e de desfrutar de sua convivên-cia, podem testemunhar a grandeza dasua amizade e a qualidade impar deensinar e inovar no campo da cirurgiade catarata. Esteve por diversas vezesfreqüentando congressos no Brasilonde fez muitos amigos. Sua clínica emTel-Aviv tinha portas abertas e pudeconstatar colegas de vários países quelá se dirigiam para aprenderem a refi-nada técnica cirúrgica do Prof. Blu-menthal.

Blumenthal idealizou a técnica decirurgia de catarata que denominou de“Mini- Nuc”, na qual a catarata era remo-vida, sem o equipamento de facoemul-sificação, através de uma incisão auto-selante. Desenvolveu o uso de um man-tenedor de câmara anterior para hidro-expressão do núcleo do cristalino, semutilizar agentes viscoelásticos. Com umnúmero reduzido de instrumentos pode-se alcançar uma técnica segura e deelevada qualidade e muito efetiva narelação custo-beneficio, para a cirurgiade catarata.

Blumenthal visitou os quatro cantosdo mundo, apresentando sua técnicacom entuasiasmo vibrante e invaria-

velmente presenteava os congressistascom demonstrações ao vivo, comprovan-do sua abilidade cirúrgica impar.

Oriundo de uma família, cujos paiseram oftalmologistas, Blumenthalcompletou a escola médica e a residên-cia em Israel. A seguir completou umfellowship em glaucoma no FlowerHospital of New York Medical College.Quando regressou a Israel foi indicadocomo chefe do Departamento de Oftal-mologia no Hospital Soroka na cidadede Beer Sheva. Neste ponto de sua suacarreira Blumenthal era o mais jovemchefe de departamento em Israel. Em1976 foi indicado como chefe do Depar-tamento de Oftalmologia no Hospital TelHashomer- Sheba. Alguns anos mais tar-de foi apontado como chefe de Oftalmo-logia na Universidade de Tel Aviv e ini-ciou o Goldschlager Eye Research Insti-tute. Foi um dos fundadores da Socie-dade Israelense de Cirurgia de Cataratatendo sido seu presidente por váriosanos. Antes de iniciar sua prática privadadedicou-se em tempo integral a carreiraacadêmica por mais de 10 anos.

Blumenthal foi membro das socie-dades, International Intraocular ImplantClub (restrita a 200 membros) e da Inter-national Ocular Microsurgery StudyGroup (limitado a 100 membros). Eramembro da ASCRS e da ESCRS tendosido presidente de 1995 a 1997. Organi-zou com sucesso o congresso EIIC emJerusalém em 1987. A ESCRS premiouBlumenthal com a Grande Medalha deMérito em Paris em 2004.

Os sábios consideram um verda-deiro amigo muito além do que umconhecido, mas sim uma pessoa quesempre estará pronto para o outro, paraajudar um amigo em dificuldades, paracelebrar em bons momentos e paraajudar a pessoa a crescer através deensinamentos e direcionamentos. Estafoi a marca registrada do Prof. Blumen-thal. Sua forma mágica de pensar, seusensinamentos e amabilidade dispen-sada a seus amigos não serão esque-cidos. Nossos sinceros votos de condo-lências a sua esposa Sra Naomi seu filhoBoaz e a seus três irmãos.

Mauro Waiswol

Paulo Suassuna foi eleito pre-sidente da Sociedade de Oftalmo-logia de Pernambuco para o biênio2007/2009. Seus colegas da dire-toria da entidade são: João Pessoade Souza Filho (vice-presidente),George de Melo Santos (tesourei-ro), Luis Armando Gondim Guima-rães Júnior (vice tesoureiro), PedroTeixeira Falcão Neto (secretário),Ana Cristina Lopes Amaral (sub-secretária), Francisco TocantinsLobato Júnior e Paulo Jorge RochaSaunders (diretores de Cursos). OConselho Fiscal será formado porVasco Torres Fernando Bravo,Theophilo José Freitas Neto eDurval Valença, tendo como suplen-tes Marcelo Ventura, Pedro Gondime Fernando Ventura.

Os contatos com aSociedade de Oftalmologiade Pernambuco podem ser

feitos pelo telefone (81) 3423-3628 ou

através do e-mail:

Eleito novo

presidente

[email protected]

Israel (1935 - 2007)

Michael Blumenthal

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Unicamp assina protocolo para

desenvolvimento de colírio para

olho secoA Unicamp assinou, em 28 de maio,

contrato de licenciamento de tecnologiacom a empresa Incrementha PD&I (Pes-quisa, Desenvolvimento e Inovação). Pe-lo acordo, com duração de 20 anos, aempresa terá direito de explorar comer-cialmente um colírio produzido à basede insulina. É a primeira parceira do gê-nero firmada entre a Unicamp e umacorporação privada no contexto da novaLei de Inovação.

O medicamento foi desenvolvidopelo oftalmologista Eduardo Melani Ro-cha, sob a orientação do professor LícioVelloso, da Faculdade de Ciências Mé-dicas da Universidade Estadual de Cam-pinas (Unicamp). O remédio deve serindicado para o tratamento de lesõesoculares e também da síndrome do olhoseco. Caso as pesquisas finais apresen-tem resultados positivos, a expectativa éque o produto chegue ao mercado emcinco anos.

A patente do colírio foi depositadapela Unicamp em 2004. As pesquisasem torno do medicamento começaram aser desenvolvidas quatro anos antes,quando Eduardo Rocha fazia o curso dedoutorado na Unicamp. Atualmente, eleé docente do Departamento de Oftalmo-logia, Otorrinolaringologia e Cirurgia deCabeça e Pescoço da Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto (FMRP), vin-culada à Universidade de São Paulo(USP). Conforme Lício Velloso, emboraa insulina tenha largo uso terapêutico,como no tratamento do diabetes, até oinício dos estudos de seu ex-orientado,tinha-se poucas informações sobre ospossíveis efeitos desse hormônio noolho humano. Entretanto, o que se sabiasobre a substância já fornecia pistasimportantes para esclarecer essaquestão.

Eduardo Rocha conta que a açãodos hormônios nos tecidos ocularessempre esteve entre os temas de suaspesquisas. Daí o natural interesse pelainsulina. A substância, explica ele, pro-move a regulação de alguns fenômenosmetabólicos, cumprindo também umimportante papel na nutrição das células.Restava saber, porém, se ela estava pre-sente nos tecidos oculares e que funçãodesempenharia em relação a eles. Pararesponder a essas perguntas, o pesqui-sador recorreu ao Departamento de Fi-siologia e Biofísica do Instituto de Bio-

logia (IB) da própria Unicamp. Lá, os cien-tistas isolaram tecidos oculares dacirculação sangüínea, para verificar seo hormônio chegava até eles.

Assim, se a insulina fosse identifi-cada, seria uma evidência de que foratransportada pelas lágrimas. “De fato,nós localizamos nos tecidos ocularesreceptores específicos para o hormônio,o que indicava a sua ação no local”, afir-ma Eduardo Rocha. A partir desse dado,o pesquisador considerou que a subs-tância poderia passar a integrar a com-posição de um colírio, que seria des-tinado ao tratamento de pessoas queapresentassem lesões oculares ou defi-ciência de lágrima. A proposta era que oremédio estimulasse tanto a cicatrizaçãoquanto a produção de fluído lacrimal porparte dos tecidos oculares. Nos ensaiosrealizados com modelos animais, a admi-nistração da insulina apresentou bonsresultados.

A partir da assinatura do contratode licenciamento com a IncrementhaPD&I, novos estudos serão realizados,dessa vez com o medicamento propria-mente dito, inclusive testes clínicos emhumanos sob rígidos protocolos de pes-quisa para salvaguardar a saúde dos vo-luntários e a garantir a segurança e aeficácia do medicamento.

As investigações que serão reali-zadas com a participação da Incremen-tha PD&I devem cumprir quatro etapas.Numa delas, o medicamento será ava-liado em indivíduos sadios, para checaro seu possível efeito tóxico. Noutra, o co-lírio será usado por um grupo reduzidode pessoas que apresentam doençasoculares. O objetivo é verificar se produzefeito positivo em pacientes seleciona-dos. Em seguida, o mesmo teste seráexpandido para grupos maiores devoluntários, inclusive com a participaçãode outras universidades e institutos depesquisa. Nesse caso, a finalidade é con-ferir se os resultados se repetem ou nãode forma homogênea. A última fase com-preende a preparação do produto paraser finalmente colocado no mercado.

Incrementha

A Incrementha PD&I (Pesquisa,Desenvolvimento e Inovação) foi cons-tituída em 2006 a partir da parceria entredois grandes laboratórios brasileiros:

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda. e Euro-farma Laboratórios Ltda. Trata-se de umaempresa independente, voltada aodesenvolvimento de novos produtos eplataformas tecnológicas na área far-macêutica. Seus laboratórios estão abri-gados no Centro Incubador de EmpresasTecnológicas (Cietec), localizado naUniversidade de São Paulo (USP).

Tanto Biolab quanto Eurofarmainvestem cerca de 8% de seu faturamen-to em pesquisas e desenvolvimentos.Somados, os dois laboratórios respon-dem por aproximadamente 6% do mer-cado nacional, com faturamento de apro-ximadamente R$1,3 bilhão por ano. Comas atividades da Incrementha PD&I, aexpectativa é ampliar essa fatia para 8%do mercado nos próximos cinco anos.

Em abril, a Incrementha PD&Ianunciou o lançamento do primeiro nano-fármaco desenvolvido no Brasil: umapomada anestésica de uso tópico, temcomo objetivo substituir anestesias inje-táveis quando da execução de pequenascirurgias na pele. A expectativa é que oanestésico passe a ser vendido comer-cialmente em 2008. O medicamento,desenvolvido com o suporte da nano-tecnologia, foi concebido em conjunto coma Universidade Federal do Rio Grande doSul (UFRGS), por meio de uma parceriaque contou com o apoio do ConselhoNacional de Desenvolvimento Científicoe Tecnológico (CNPq), órgão do Ministérioda Ciência e Tecnologia (MCT).

Sem similares no mundo, deacordo com informações da empresa, oanestésico apresenta como benefíciosa diminuição da dose recomendada,maior rapidez de ação e aumento eprolongamento dos efeitos terapêuticos.Com sua patente já depositada, o pro-duto tem seus testes desenvolvidos deacordo com os padrões das principaisentidades regulatórias mundiais dosetor: Food and Drug Administration(FDA), Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa) e European Medi-cines Agency (Emea).

O oftalmologista EduardoMelani Rocha

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Dos limites da medicinaaos mistérios da vida

Escrever sobre a cirurgia de catarata de uma formaque atingisse a todos os leitores e não apenas aos médicos.Este foi, segundo suas próprias palavras, o impulso inicialque levou o oftalmologista carioca Almir Ghiaroni àLiteratura de à expressão artística dos sentimentos e daaventura representada pela existência humana.

Com 53 anos, Ghiaroni é Mestre em Oftalmologia pelaUniversidade Federal do Rio de Janeiro e Doutor emOftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo. Temdois romances publicados, As cores da vida (no Brasil ena França) e Elos invisíveis e nesta entrevista fala umpouco de suas obras e perspectivas literárias.

Jota Zero - Quando começou a fazerliteratura? Por que?

Almir Ghiaroni - O impulso que me levouem direção à literatura foi a vontade deescrever sobre a cirurgia da catarata deuma forma que não se restringisse àcomunidade médica. Esse desejoencontrou na minha amizade com opintor Enrico Bianco a oportunidade dese expressar em uma história retratadano romance As cores da vida, publicadoem 2004, que fala de um pintor,Francesco Rinaldi, que começa a ter suaatividade prejudicada à medida que acatarata progride. Após a cirurgia, comoacontece frequentemente com ospacientes, Francesco volta a sentir umsopro de juventude que o leva de volta aRoma para apresentar uma retrospectivade sua obra. Nesta cidade, do gêniohumano exposto a céu aberto, como dizMillôr Fernandes na apresentação dolivro, encontra a filha de uma mulher porquem ele tinha sido intensamenteapaixonado e que havia falecido

precocemente em um acidente. Os acon-tecimentos, a partir daí, se desenrolamde tal forma que ele acaba tendo umpapel decisivo na vida da jovem.

Jota Zero - Como foi ter elaborado umaobra artística a partir de uma experiên-cia não tão artística assim, como é o casode uma cirurgia de catarata?

Almir Ghiaroni - Gostei muito de escreveresse livro. Consegui falar sobre a moder-na cirurgia da catarata, consegui mostraratravés da relação de amizade entre o pin-tor e o oftalmologista como é gratificantenosso contato diário com os pacientes eporque acabei contando uma história quedeixa os limites da medicina e penetra nosmistérios da vida e nos fazem tão peque-nos diante dela, principalmente por nãosabermos o que o destino nos reserva ecomo acontecimentos aparentemente semimportância podem de revelar decisivosmais adiante. Após o lançamento, comoeu já esperava, o livro deixou de me per-tencer e assumiu sua própria personali-dade. Na sua jornada, conquistou a sim-patia de uma editora francesa e foi publi-cado em Paris no final do ano passado,com prefácio escrito por Joseph Colin,atual presidente da Sociedade Francesade Oftalmologia, que faz uma alusão àamizade entre o grande pintorimpressionista Claude Monet e seu oftal-mologista, o Dr. Coutela, e destaca os an-tigos e sólidos laços de cooperação fran-co-brasileiros no campo da oftalmologia.

Jota Zero - E depois?

Almir Ghiaroni - Empolgado com a mi-nha primeira experiência literária, publi-quei meu segundo romance em outubrode 2006. Elos Invisíveis tem como per-sonagem principal um empresário

americano, Anthony Crandall, que vivecom a mulher em Boston e tem três fi-lhos adultos. Crandall sempre teve umagenuína vocação para o Bem, a tal pon-to que chegou a criar uma fundação fi-lantrópica. Em seu íntimo, divide a vidaem três fases: aprender, ganhar e devol-ver. Acredita que a primeira deve ser vol-tada para a educação e o aprendizado;a segunda para construir carreira e umestilo de vida; e a última, não menos im-portante, para devolver algo para as ou-tras pessoas, como forma de gratidãopelo alcançado. Cada estágio repre-sentaria uma preparação para o próxi-mo. Ao longo da trama, vemos a interli-gação - como elos de uma mesma cor-rente - entre as vidas dos personagens,

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“Quando os primeiros raios da ma-nhã iluminaram seu quarto, Francescoteve a primeira de uma série de sur-presas que ainda estavam por vir. Aosentar-se na cama, percebeu que podiaver nitidamente as horas no desperta-dor, o que antes só conseguia de ócu-los. Fechou os olhos alternadamente,para comparar a visão de cada um enão teve dúvida: o olho operado já esta-va enxergando bem melhor. Abriu rapi-damente a janela e olhou para o CristoRedentor. Fazia tempo não via seu ami-go com tanta nitidez. Também ficou ma-ravilhado com a luminosidade daquelamanhã. Tomou sua ducha matinal dopescoço para baixo, conforme Hugo lherecomendara, e correu até o seu ateliê.Ficou impressionado com o que viu e com o que sentiu. As cores haviam volta-do! Intensas ou tênues, vibrantes ou calmas, provocantes ou suaves, comnuances das quais nem mais suspeitava, elas haviam voltado, resgatando seumundo, sua paixão e sua alegria”

(trecho do romance As cores da vida)

As cores da vidaLivraria Argumento Rio Ltda. - Rua Dias Ferreira, 417 - Leblon

Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 2239-5294 - site: www.livrariaargumento.com.br

Elos invisíveisBom Texto Editora - Avenida das Américas, 500 / Bloco 23 / Sala 302 - Barra da TijucaRio de Janeiro - RJ - Cep 22640-100Tel.: (21) 2431-881 - site: http://www.bomtextoeditora.com.br

que nos levam a refletir sobre a família, otrabalho e as escolhas que todos nós faze-mos a cada instante e que nos definem aolongo do tempo. Talvez a mensagem maisimportante que essa história passe é queprecisamos nos tornar mais solidários, pre-cisamos nos conscientizar de que, indepen-dentemente de religião, cor ou localizaçãogeográfica nós, seres humanos, estamosunidos, ainda que por elos invisíveis.Jota Zero - Pretende continuar fazendo literatura?Já tem um novo romance engatilhado?

Almir Ghiaroni - Já comecei a escrever meuterceiro livro. Acredito que, de agora em di-ante, a literatura estará sempre presente naminha vida. É uma sensação muito boa pen-sar nos personagens que eu criei comopessoas que realmente existem. Não vouresistir à tentação de continuar exercitandoa minha imaginação.

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Expedicionários da SaúdeO pequeno indiozinho da foto tem

cinco anos, mora na região noroeste daAmazônia brasileira, na fronteira entre Bra-sil, Venezuela e Colômbia e sofria de cata-rata congênita bilateral, que o incapacita-va para a maioria das ações cotidianasque fazem as crianças de sua idade, agra-vada pela dificuldade de acesso e pelascondições sociais existentes na regiãoonde vive. Hoje, ele consegue andar sozi-nho já que, vencendo obstáculos inusita-dos representados pela distância, meiogeográfico, precariedade de infra-estrutu-ra logística e condições econômicas ad-versas, ele pode ser operado.

Essa história é uma das centenas quefazem parte do acervo da entidade Expedi-cionários da Saúde, organização social deinteresse público (oscip) que reúne médi-cos e outros profissionais, voluntários, or-ganizados para prestarem atendimentomédico-cirúrgico a populações indígenasque habitam aquela isolada região daAmazônia. A organização nasceu em 2003e, desde então, já realizou oito expediçõesnas quais são realizados atendimentos,consultas, cirurgias, com orientação para

cuidados pré e pós-operatórios. Tambémsão efetivados diagnósticos especiais e en-caminhamento de casos em que a equipenão esteja preparada para intervir.

O grupo reúne oftalmologistas, clí-nicos gerais, ortopedistas, pediatras, gi-necologistas, anestesistas, enfermeiro,pessoal de apoio, logistica e documenta-ção. A idéia da expedição surgiu em 2002,quando o médico ortopedista RicardoAffonso Ferreira e um grupo de amigosresolveram escalar o Pico da Neblina.“Percebemos a precariedade dos mora-dores da região e assim que retornamospara Campinas, começamos a desenvol-ver o projeto”, conta.

A primeira expedição aconteceu em2004. A última foi em abril passado, comuma equipe formada por 16 profissionaisque visitou as comunidades indígenasda região de Pari Cachoeira (AM). Abagagem total, com cerca de cincotoneladas, continha repelentes, remé-dios, bisturis e um moderno centro cirúr-gico moderno portátil, com ar-condicio-nado, gerador e microscópios.

“Todos os profissionais envolvidossão voluntários e dispostos a levar a me-dicina especializada para pessoas que,muitas vezes, nunca visitaram um médi-co e sequer conhecem um hospital”, des-taca Ricardo Affonso Ferreira.

O grupo tem apoio do Comando Mi-litar da Amazônia, que garante o trans-porte da equipe desde Manaus em avi-ões da Força Aérea Brasileira (FAB). OsExpedicionários da Saúde contam tam-bém com o apoio de outros profissionaisque ajudam a viabilizar a instituição eparcerias com empresas na forma deserviços e doações financeiras.

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Os procedimentos oftalmológicos são parte importante da ação dosExpedicionários da Saúde. A coordenação da parte oftalmológica das expedições éfeita por Francisco Artur de Queiroz Mais, médico oftamologista do Instituto de OlhosFrancisco Mais, integrante do corpo clínico do Centro Médico de Campinas e um dosfundadores da organização.

Francisco Mais conta que nas três primeiras expedições ele foi o único oftalmo-logista e realizava cirurgias de pterígio e catarata (extra capsular) com lupa.

“Nas expedições subseqüentes passei a ser acompanhado por outros oftalmo-logistas. Atualmente, a Alcon nos cede o aparelho de FACO (Universal II) e levo omeu microscópio”, afirma..

Já participaram das expedições do grupo os oftalmologistas Vanderlei RovigattiJúnior, José Francisco Soranz, Eduardo Martines, Alfredo Martinelli Filho, AlfredoAntonio Martinelli Neto e Alberto Gallo Neto, além do coordenador. O exame ocularé feito com a tomada da acuidade visual (tabela Snellen) e exame com lupa e, naúltima expedição, com lâmpada de fenda. O grupo está procurando patrocínio paraa obtenção de biomicrocópio, ceratômetro, biômetro e microscópio cirúrgico.

“A região que atendemos se caracteriza por ser a de maior insolação do mundoe por isso temos vários casos de pterígios enormes e de catarata precoce. Tambémtemos visto muito tracoma em algumas regiões”, explica Francisco Mais.

H á no Brasil cerca de 220 povosindígenas, originários dos mais de 1000que aqui viviam na época do descobri-mento. Representam uma população deaproximadamente 370 mil indivíduos, quefalam mais de 180 línguas diferentes. Amaior parte desta população vive emaldeias situadas dentro de terras cole-tivas, declaradas pelo governo federalpara seu usufruto exclusivo. São aschamadas Terras Indígenas, somam 583unidades de extensões variadas e estãolocalizadas em todo território nacional .

Na Amazônia Legal vive 60% dapopulação indígena e é nesta região quese concentra a maior extensão em áreademarcada.

O governo federal tenta organizarum serviço de atendimento básico à saú-de das populações indígenas através dacriação de Distritos Sanitários de SaúdeIndígena (DSEI). As dificuldades sãoenormes, envolvem desde questões ope-racionais relacionadas ao acesso àscomunidades até à dificuldade de encon-trar profissionais da área médica dispos-tos a viverem em regiões tão isoladas.

A Região do Alto Rio Negro, palcode atuação dos Expedicionários daSaúde, localiza-se no noroeste da Ama-zônia brasileira, onde estão situados doismunicípios do Estado do Amazonas: SãoGabriel da Cachoeira e Santa Isabel.

A região faz fronteira com Colômbiae Venezuela e é habitada por 22 povosindígenas. Sua população é de cerca de40 mil pessoas das quais metade estádistribuída por 750 comunidades e sítiosao longo dos principais rios.

Na área urbana de São Gabriel vi-vem 11 mil pessoas e em Sta. Isabel, 4mil, sendo 90% destes, índios.

São Gabriel da Cachoeira é o 2ºmaior município do Brasil em extensãoterritorial. Na região localizam-se cincoTerras Indígenas demarcadas contíguas,somando 10,6 milhões de hectares. A po-pulação indígena vem se organizado emassociações de base articuladas poruma federação, Federação das Organi-zações Indígenas do Rio Negro- FOIRN.

A FOIRN participa da gestão do Dis-trito Sanitário Especial Indígena do RioNegro (DSEI/RN). Os Distritos Sanitáriosforam criados pelo governo federal paracuidar do atendimento na área de saúdedos povos indígenas.

Maiores informações sobre a organização podem ser produradas no sitewww.expedicionariosdasaude.com.br

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Declaração de Buenos Aires

A íntegra do documento é a seguinte:

“No marco do XVIII Congresso Argentino de Oftalmologia“La oftalmología Basada en la Evidencia”, reunidos os repre-sentantes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, doutoresHarley E. A. Bicas e Newton Kara José; da Sociedad Uruguayade Oftalmología, doutores Alicia Martínez de Pacheco e MiguelZylberglajt; Sociedad Paraguaya de Oftalmología, doutor WalterMartínez Gill; Sociedad Boliviana de Oftalmología, doutor GustavoAguirre Pérez e o Consejo Argentino de Oftalmología, doutoresErnesto Ferrer e Isabel Fernández de Román, e depois de umaampla deliberação sobre os problemas que afetam a seusrespectivos países acordam o seguinte:

1. Os Médicos Oftalmologistas se definem como responsáveispela Saúde Visual e Ocular das populações de seus países;2. Os planos de Saúde Visual devem ser implementadospelos governos com a necessária participação dosProfissionais Oftalmologistas;3. É obrigação dos Estados consignar os recursos suficientespara o desenvolvimento dos planos de Saúde Visual;4. Os países signatários contam com oftalmologistas devidamenteformados e em permanente capacitação, em númeroadequado às necessidades da população atual e futura;

As Provas do International Council of Ophthalmology(ICO) são realizadas simultaneamente em mais de 50 países,incluindo o Brasil. O certificado de aprovação é extremamentevalorizado pelas instituições estrangeiras e facilita a obtençãode estágios no exterior.

O CBO e o Concilium têm atuado no sentido de aumentaro número de inscritos, especialmente no Brasil. Acatandoargumentação da Comissão de Ensino do CBO, o Conciliumreduziu as taxas para os brasileiros sendo que atualmenterepresentam cerca de 30% dos valores cobrados nos outrospaíses.

O candidato pode escolher o idioma (francês, inglês,alemão, espanhol, turco ou português), com exceção do ClinicalSciences, que é impresso exclusivamente em inglês.

A Prova se dará nas seguintes modalidades:

· Complete Basic Science (including Optics & Refraction):composto de 80 questões sobre Ciências Básicas emOftalmologia e 20 questões sobre Óptica e Refração, comduração de 03 h.

Provas do International Council of Ophthalmology de 2008· Basic Science without Optics and Refraction:

composto de 80 questões sobre Ciências Básicas emOftalmologia, com duração de duas horas

· Optics and Refraction: destinado apenas aosaprovados no Basic Science, é composto de 20 questõessobre Óptica e Refração, com duração de uma hora

· Clinical Sciences: destinado apenas aos aprovadosno Complete Basic Science, é composto de 200 questõescom duração de quatro horas.

¨ Inscrições: até 15 de janeiro de 2008.¨ Data da prova: 10 de abril de 2008.¨ Local: São Paulo (SP). Maiores detalhes serão divulgados oportunamente.

Mais informações, pelo telefone (11) 3266-4000 ou e-mail [email protected]

Os planos de saúde visual devem ser implementados pelos governos com a necessáriaparticipação dos profissionais oftalmologistas e os países signatários contam comoftalmologistas devidamente formados e em permanente capacitação, em numero adequado,às necessidades da população atual e futura

Estes são alguns pontos da Declaração de Buenos Aires, documento assinado porrepresentantes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, do Consejo Argentino de Oftalmología, daSociedad Uruguaya de Oftalmología, da Sociedad Paraguaya de Oftalmología e da SociedadBoliviana de Oftalmología em 20 de julho, durante o XVIII Congresso Argentino de Oftalmologia,realizado na capital portenha.

5. Que a população tem o direito de ser informada einstruída sobre o cuidado de seus olhos e a receber deforma preventiva e terapêutica atenção médica oftal-mológica, para o que o Estado deve facilitar o acessoaos serviços de Saúde Visual.

Por isto:

As entidades oftalmológicas nacionais colocam-se àdisposição das autoridades de Saúde os conhecimentos eexperiências em detecção e solução de problemas ocularese visuais, para planejar e executar conjuntamente projetostendentes a aumentar progressivamente a coberturaoftalmológica da população.

Os problemas de saúde da comunidade exigem deforma imediata soluções responsáveis, permanentes edevidamente programadas.

As entidades signatárias se comprometem a tornarconhecida esta Resolução pelas autoridades de saúde deseus respectivos países, convencidas de que unicamenteuma ação coordenada dos oftalmologistas latino-americanosgarantira a qualidade de vida dos habitantes.

”“