Ben Veniste

6
7/26/2019 Ben Veniste http://slidepdf.com/reader/full/ben-veniste 1/6 OS ESTUDOS DA ENUNCIAÇÃO E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUAS Kelly C. Granzotto erner !"#$r%ya&oo."o'.$r RESUMO Este trabalho apresenta algumas reflexões a respeito de como os estudos da enunciação,  principalmente da teoria da subjetividade de Émile Benveniste, podem contribuir para a formação de professores de línguas (estrangeiras! "creditamos #ue noções de língua$linguagem, subjetividade e sentido podem ajudar a esses profissionais na sua pr%tica  pedag&gica! ' presente estudo justificase principalmente pela busca constante de leituras e atitudes #ue venham a continuar a formação profissional, reforçando a formação reflexiva de  professores de línguas!  " primeira condição para #ue um ser possa assumir um ato comprometido est% em ser capa) de agir e refletir! (*reire, +-./+0! (. CONSIDERAÇ)ES INICIAIS Investigar... encontrar... refletir...buscar alternativas para ajudar na melhor formação do professor de língua estrangeira foi o que moveu este estudo. Como docente num curso de formação de professores, inquietações são constantes a esse respeito. Sabemos que a formação do professor vai alm da aprendi!agem durante o período de tempo do curso de licenciatura, uma ve! que não podemos pensar que o aluno est" pronto, soube o que deveria saber para desempenhar a profissão. #a verdade, neste tempo, os professores estão legalmente e institucionalmente habilitados para lecionar. $as, sempre h" a falta em relação ao conhecimento, h" a necessidade de aperfeiçoamento, do estudo e da pesquisa constante, e isso não apenas delegado pela ordem social. $uitos discursos confirmam que a sociedade %e&ige', est" %desse jeito' e, por isso que o professor (e não s) ele* precisa estar sempre se atuali!ando, continuando a sua formação. #o entanto, necess"rio reconhecer que o ser humano incompleto, um ser sempre "vido de desejos. +ntão, as vontades do pr)prio indivíduo e do meio onde se encontra determinam a nature!a da formação. artindo disso que surge a questão que vai nortear este trabalho- em que os estudos da enunciação feitos por enveniste poderiam contribuir para a formação do profissional de /etras, principalmente, na "rea do ensino de línguas (estrangeiras*0 1rabalhando com discurso e enunciação, essa inquietude constante. Sendo assim, pretendo e&plicitar conceitos e concepções dos estudos da enunciação de enveniste que venham a contribuir positivamente para o professor de línguas em formação e refletir sobre a implic2ncia disso na pr"tica docente desses futuros professores. 3credito que os estudos da enunciação de enveniste contribuíram e contribuem significativamente não s) para a ling4ística moderna, mas tambm para a formação do professor de línguas com conceitos fundamentais como o de subjetividade (que antes fora marginali!ado* e com a

Transcript of Ben Veniste

Page 1: Ben Veniste

7/26/2019 Ben Veniste

http://slidepdf.com/reader/full/ben-veniste 1/6

OS ESTUDOS DA ENUNCIAÇÃO E A FORMAÇÃO DOPROFESSOR DE LÍNGUAS

Kelly C. Granzotto erner !"#$r%ya&oo."o'.$r 

RESUMOEste trabalho apresenta algumas reflexões a respeito de como os estudos da enunciação, principalmente da teoria da subjetividade de Émile Benveniste, podem contribuir para aformação de professores de línguas (estrangeiras! "creditamos #ue noções delíngua$linguagem, subjetividade e sentido podem ajudar a esses profissionais na sua pr%tica pedag&gica! ' presente estudo justificase principalmente pela busca constante de leituras eatitudes #ue venham a continuar a formação profissional, reforçando a formação reflexiva de professores de línguas!

 " primeira condição para #ue um ser possaassumir um ato comprometido est% em ser capa) de agir e refletir! (*reire, +-./+0!

(. CONSIDERAÇ)ES INICIAIS

Investigar... encontrar... refletir...buscar alternativas para ajudar namelhor formação do professor de língua estrangeira foi o que moveueste estudo. Como docente num curso de formação de professores,inquietações são constantes a esse respeito.Sabemos que a formação do professor vai alm da aprendi!agemdurante o período de tempo do curso de licenciatura, uma ve! que nãopodemos pensar que o aluno est" pronto, soube o que deveria saber para desempenhar a profissão. #a verdade, neste tempo, osprofessores estão legalmente e institucionalmente habilitados paralecionar. $as, sempre h" a falta em relação ao conhecimento, h" a

necessidade de aperfeiçoamento, do estudo e da pesquisa constante,e isso não apenas delegado pela ordem social. $uitos discursosconfirmam que a sociedade %e&ige', est" %desse jeito' e, por isso queo professor (e não s) ele* precisa estar sempre se atuali!ando,continuando a sua formação. #o entanto, necess"rio reconhecer que o ser humano incompleto, um ser sempre "vido de desejos.+ntão, as vontades do pr)prio indivíduo e do meio onde se encontradeterminam a nature!a da formação.artindo disso que surge a questão que vai nortear este trabalho-

em que os estudos da enunciação feitos por enveniste poderiamcontribuir para a formação do profissional de /etras, principalmente,na "rea do ensino de línguas (estrangeiras*0 1rabalhando comdiscurso e enunciação, essa inquietude constante. Sendo assim,pretendo e&plicitar conceitos e concepções dos estudos daenunciação de enveniste que venham a contribuir positivamente parao professor de línguas em formação e refletir sobre a implic2ncia dissona pr"tica docente desses futuros professores. 3credito que osestudos da enunciação de enveniste contribuíram e contribuemsignificativamente não s) para a ling4ística moderna, mas tambm

para a formação do professor de línguas com conceitos fundamentaiscomo o de subjetividade (que antes fora marginali!ado* e com a

Page 2: Ben Veniste

7/26/2019 Ben Veniste

http://slidepdf.com/reader/full/ben-veniste 2/6

revisão da noção de língua5linguagem e sentido. 6esse modo,conhecer essas noções que deram uma reviravolta nos estudosling4ísticos, mudando o modo de pensar dos ling4istas, importantepara o professor de línguas, uma ve! que podem ajud"7lo a definir 

uma concepção de língua5linguagem, de sujeito, de sentido e deensino e aprendi!agem para a sua pr"tica pedag)gica.*. A TEORIA DA ENUNCIAÇÃO DE +EN,ENISTE E SUASCONTRI+UIÇ)ES PARA OS ESTUDOS LING-ÍSTICOS8s estudos sobre a enunciação, em geral, principalmente, a teoriaenunciativa proposta por enveniste, tra!em para o cen"rio daspreocupações ling4ísticas, sem desconsiderar as proposiçõesestruturalistas anteriores, o sujeito, personagem tido como secund"riopela ling4ística saussuriana. Com a noção de subjetividade, outrastambm emergiram 9 as noções de sentido e conte&to (referente* 9

que juntas possibilitaram uma nova forma de pensar alíngua5linguagem.*.(. A no/o 0e l1n#2a3l4n#2a#e'

 3 perspectiva de entendimento de língua de enveniste se diferenciada de Saussure, uma ve! que a v: como essencialmente social,concebida no consenso coletivo. ara o te)rico da enunciação (;<=<,p. >?*, 1(!!! somente a língua torna possível a sociedade! " línguaconstitui o #ue mant2m juntos os homens, o fundamento de todas asrelações #ue por seu turno fundamentam a sociedade!3  8 fundador daling4ística moderna pensava na língua como um c)digo fechado em simesmo, estruturado por signos. 3 forma como enveniste pensa alíngua advm do seu entendimento de signo. Considerando sua formade significação, propõe dois planos de sentido- o semi)tico e osem2ntico. #o primeiro, que confere com o pensamento de Saussure,est" o signo significando no sistema e, no segundo, h" a e&pressão dosentido resultante da relação do signo com o conte&to, ou seja, omodo de significar do enunciado (discurso*. ara o autor, essa formade significar a língua como trabalho social. 3ssim, enveniste v: alíngua no seio da sociedade e da cultura porque, para ele, o social

da nature!a do homem e da língua.8 entendimento de língua, mostrado por enveniste, tambm vairefletir na concepção de linguagem que defende. +sta não entendidacomo aquela que serve de instrumento de comunicação ao homem.+m seu estudo4a subjetividade na linguagem, enveniste (;<<;,p.=@* questiona e critica essa noção de linguagem di!endo que 1*alar de instrumento, 2 p5r em oposição o homem e a nature)a3 , mostrandoque não se pode mais conceber a linguagem e o indivíduo dessaforma porque 1não atingimos nunca o homem separado da linguageme não o vemos nunca inventandoa3 . #a verdade, essa concepçãodei&a o indivíduo A margem da linguagem. 8 que propõe então umaidia de linguagem que d: ao indivíduo o status de sujeito e assim

Page 3: Ben Veniste

7/26/2019 Ben Veniste

http://slidepdf.com/reader/full/ben-veniste 3/6

deve ser porque 12 um homem falando #ue encontramos no mundo,um homem falando com outro homem, e a linguagem ensina a pr&priadefinição do homem3!6essa forma, a linguagem ser" o lugar onde o indivíduo se constitui comofalante e como sujeito. +ssa noção est" desenvolvida na teoria da enunciação

postulada por enveniste, a qual direciona os estudos sobre a linguagem parauma nova situação.*.*. A no/o 0e 52$6et4740a0eenveniste, em seus estudos sobre a enunciação, não pretendia fa!er uma teoria do sujeito, como j" sabido, mas sim se preocupava coma significação. 3pesar disso, sua maior contribuição para a ling4ísticamoderna a questão da subjetividade. +la veio A tona porque inevit"vel sua presença quando se estuda a linguagem e o sentido.Sendo assim, o sujeito o cerne da sua teoria da enunciação.

Segundo enveniste (;<<;, p.B==*, a subjetividade entendidacomo 1a capacidade do locutor para se propor como 1sujeito3! +ssaproposição como sujeito tem como condição a linguagem. %É nalinguagem e pela linguagem #ue o homem se constitui como sujeito6

 por#ue s& a linguagem fundamenta na realidade, na sua realidade#ue 2 a do ser, o conceito de ego'. 3ssim sendo, essa propriedade dasubjetividade determinada pela pessoa e o seu status ling4ístico.

 3lm disso, para o referido autor, a subjetividade percebidamaterialmente num enunciado atravs de algumas formas (d:i&is,verbo* que a língua empresta ao indivíduo que quer enunciar e

quando o fa! transforma7se em sujeito. Classifica essas marcasling4ísticas, que t:m o poder de e&pressar a subjetividade, ospronomes e o verbo, integrando essas duas classes de palavras nacategoria de pessoa, proposta em ;<D>.#esse te&to de ;<D>, enveniste, ao instaurar a categoria de pessoa,define as pessoas do discurso. Considera eu5tu como as aut:nticaspessoas em oposição a ele E a não7pessoa. 3s pessoas eu5tu secaracteri!am como categorias de discurso que s) ganham plenitudequando assumidas por um falante, na inst2ncia discursiva. +ssatomada sempre Fnica, m)vel e reversível, representando a(inter*subjetividade na linguagem. 3 terceira pessoa (a não7pessoa,ele*, ao contr"rio, um signo pleno, uma categoria da língua, que temrefer:ncia objetiva e seu valor independe da enunciação, declarando,portanto, a objetividade. 3 oposição entre os participantes do di"logo eos não participantes resulta em duas correlações- personalidade esubjetividade. 3 correlação de personalidade opõe a pessoalidade,presente em eu$tu, e a não pessoalidade, presente em ele j " acorrelação de subjetividade descreve a oposição e&istente entreo eu (pessoa subjetiva* e o nãoeu (pessoa não7subjetiva*. 1ais

correlações se estendem aos pronomes no plural que, nessa teoria,significam mais que plurali!ação. +ntão, enveniste inova ao di!er 

Page 4: Ben Veniste

7/26/2019 Ben Veniste

http://slidepdf.com/reader/full/ben-veniste 4/6

que os pronomes pessoais no plural não e&pressam somente plural. Go caso de n)s e v)s. Somente %eles' 9 por não ter marca de pessoa9 indica verdadeiro plural. 3inda, define o n)s como inclusivo (uniãode um eu, pessoa subjetiva, a um tu5v)s, pessoa não subjetiva* e

como e&clusivo (eu, pessoa H ele(s*, não pessoa*. #ão podemsignificar plural porque não demonstram a repetição da mesmapessoa. #o caso do n)s, não h" soma de diferentes pessoas e não h"repetição de %eus' no caso do v)s, no sentido coletivo ou de cortesia,não h" soma de v"rios %tus'. +ntão, o fato a que chama atençãoenveniste que os pronomes não devem ser mais considerados, e osão habitualmente, como uma %classe unit"ria' quando se refere Aforma e A função, diferenciando o aspecto formal dos pronomes,pertencente A parte sint"tica da língua, do funcional, consideradocaracterístico da inst2ncia do discurso, ou seja, da enunciação. uer 

di!er, os pronomes se configuram numa classe da língua que opera noformal, sint"tico, e no funcional, pragm"tico. Sendo assim, ospronomes devem ser entendidos tambm como fatos de linguagem,pertencentes A mensagem (fala*, As categorias do discurso e nãoapenas como pertencentes ao c)digo (língua*, As categorias dalíngua, como considerava Saussure. +ssa visão dos pronomes,tambm como categoria de linguagem, dada pela posição que nelaocupam.6esse modo, acredita7se que, para encontrar e tentar entender osujeito e suas representações na teoria enunciativa de enveniste, necess"rio partir da categoria de pessoa. 6e acordo com Jomes(BKKD*, 1" subjetividade 2 vista como uma propriedade da línguareali)%vel pela categoria de pessoa3! 6a mesma forma, Santos (BKKB,p.B@*, afirma que

8 fundamento da subjetividade repousa sobre a categoria de pessoapresente no sistema da língua todavia essa subjetividade dependeda inversibilidade do par eu7tu, a qual assegura um fator fundamentalna atribuição de sentido A categoria de pessoa 7 a intersubjetividade.

Segundo enveniste (;<=<, p.=L*, %o #ue caracteri)a a enunciação 2 aacentuação da relação discursiva com o parceiro, seja este real ou imagin%rio,

individual ou coletivo3! Isso determina a estrutura do quadro figurativo daenunciação, o do di"logo, que tem obrigatoriamente um eu e um tu. 8s doisparticipantes alternam as funções, caracteri!ando7se como parceiros eprotagonistas na situação de enunciação. Isso, na verdade, vai criar umarelação intersubjetiva entre as pessoas do enunciado.8. POSSÍ,EIS CONTRI+UIÇ)ES DA TEORIA ENUNCIATI,A DE+EN,ENISTE PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUAMreire (;<=B, p.DB* afirma que %7oda pr%tica educativa implica numaconcepção dos seres humanos e do mundo3! 6essa forma, oprofessor de língua (estrangeira* tambm deve ter concepções claras

sobre língua5linguagem, sujeito e o pr)prio processo de ensino7

Page 5: Ben Veniste

7/26/2019 Ben Veniste

http://slidepdf.com/reader/full/ben-veniste 5/6

aprendi!agerm, uma ve! que o modo como são entendidos taisaspectos refletir" na sua pr"tica pedag)gica e na educação.Netomando o pensamento de enveniste sobre a concepção delíngua e linguagem, percebemos que entendida como o lugar e o

fundamento da subjetividade, e esta, por sua ve!, percebida e temvalor numa relação dial)gica, intersubjetiva. 8s sujeitos, via língua,constroem sentidos interativamente no discurso.

 3ssim sendo, considerar tais idias da teoria enunciativabenvenistiana contribui, com certe!a, para a formação do professor delíngua e para o momento de ensino7aprendi!agem porque esteprocesso tambm ser" entendido como social, interativo, intersubjetivoe construído entre um eu (professor* e v"rios tus (alunos*. uer di!er,o ensinar e o aprender s) acontecem quando são construídossocialmente. #ão h" como separar os dois p)los e pensar que algum

ensina e outros aprendem. Conforme Mreire (;<=B, p.B=*, %8ingu2meduca ningu2m' porque cada indivíduo sujeito de sua educação eisso se caracteri!a por um a relação dial)gica e interdependente. 3partir disso, necess"rio considerar o saber do aluno, muitas ve!es,empírico com o saber científico que tra! o professor, amalgamando7os, a fim de que o processo educativo seja construído pela relaçãosocial estabelecida na sala de aula. Isso ser" possível se o professor valori!ar as subjetividades, o di"logo se tiver um entendimento de queessas subjetividades t:m como condição necess"ria de e&ist:ncia aintersubjetividade, e&pressada via língua, e que, nessa situação,constroem o sentido de educação mFtua.ortanto, acreditamos que a teoria da enunciação, caracteri!ada umateoria da subjetividade na linguagem, pode contribuir significativamente na formação do professor de língua (estrangeira*,pois pode ajudar na sua concepção de língua, linguagem, de sujeito,de sentido. /astimavelmente, a teoria da enunciação, especificamentea teoria subjetiva de enveniste, não leitura freq4ente nos cursos degraduação em /etras.9. ALGUMAS CONSIDERAÇ)ES FINAIS

+ste trabalho buscou apontar noções relevantes dos estudos sobre aenunciação, especificamente de enveniste, para a formação doprofessor de língua (estrangeira*. Oulgamos que o entendimento delíngua e linguagem, de sujeito e de sentido apresentados s) podemcontribuir positivamente para o professor e para a sua pr"ticapedag)gica. ueremos concluir estas refle&ões, com o pensamentodo início deste trabalho- buscar o conhecimento, continuar a formação,refletir sobre a profissão. Isso deve ser a constante preocupação dohomem, independentemente de sua "rea de atuação. Nefletir sobre ateoria da enunciação benvenistiana na formação do professor e noensino de língua foi o objetivo deste trabalho.+I+LIOGRAFIA

Page 6: Ben Veniste

7/26/2019 Ben Veniste

http://slidepdf.com/reader/full/ben-veniste 6/6

+#P+#IS1+, +. +strutura das relações de pessoa noverbo! In- Pro$le'a5 0e L4n#:15t4"a Geral I. ? ed. São aulo-ontes, ;<<;.

 QQQ.8 aparelho formal da enunciação! In- Pro$le'a5 0e L4n#:15t4"aGeral II

. ? ed. São aulo- ontes, ;<=<. QQQ.3 nature!a dos pronomes! In- Pro$le'a5 0e L4n#:15t4"a Geral I.? ed. São aulo- ontes, ;<<;.

 QQQ.6a subjetividade na linguagem! In- Pro$le'a5 0e L4n#:15t4"aGeral I. ? ed. São aulo- ontes, ;<<;.MN+IN+, . E02"a/o e '20ana. > ed. Nio de Oaneiro- a! e 1erra,;<=?.

 QQQQQQ. A/o "2lt2ral ;ara a l4$er0a0e e o2tro5 e5"r4to5. > ed. Niode Oaneiro- a! e 1erra, ;<=B.S3#18S, +lis2ngela Nosa. S4nta<e e 54#n4=4"a/o> 2' e5t20o

en2n"4at47o 0a5 ora?e5 relat47a5 no ;ort2#2@5. RNMNJS, BKKB.6issertação ($estrado em /etras*7 Rniversidade Mederal do NioJrande do Sul, BKKB.