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     3Protocolo para Acolhimento

    com Avaliação deRisco, Necessidades e

    VulnerabilidadesMarta Angélica Iossi Silva

    Maria José Bistafa PereiraMaria do Carmo Guimarães Caccia-Bava

    Nélio Augusto Mesquita DomingosIone Carvalho Pinto

    Luciana R. Parada RedígoloJosé Sebastião dos Santos

    INTRODUÇÃO

    O acolhimento com avaliação de risco, necessidades e vulnerabilidades à saú-

    de é uma ação caracterizada pela interação sistemática entre usuários e pro-fissionais da saúde mediante escuta, coleta de dados físicos e, eventualmente,exames complementares. Essa ação tem, portanto, a atribuição de identificarproblemas de saúde nos diferentes serviços que compõem a rede assistencialou nos locais de atuação da saúde, como domicílios e logradouros públicos e,assim, garantir o melhor acesso e a melhor resposta ao problema identificado.Eventualmente, profissionais e usuários do sistema de saúde precisam recor-rer a outros equipamentos sociais (assistência social, Defensoria Pública, Mi-nistério Público, Judiciário, entre outros) com a finalidade de assegurar acessoe resolubilidade às necessidades de saúde identificadas ou para viabilizar o

    exercício do direito à assistência.No processo do acolhimento, a relação profissional/usuário deve ser pautada

    pela aceitação da diversidade e da tolerância aos diferentes com inclusão social esolidariedade. Esta forma de receber/escutar tem características singulares, poispressupõe que cada usuário tem dificuldades próprias e uma forma de identifi-car e apresentar as suas necessidades em função do seu modo de vida.

     As ações do acolhimento devem estimular o usuário a participar da identifica-ção de suas necessidades durante a prestação de serviço como forma de preser- var a sua autonomia em relação ao cuidado de sua saúde. A promoção da escutae da investigação, associada à oferta de ações no próprio serviço de saúde, na

    rede assistencial ou na sociedade, mediante ações intersetoriais, deve assegurar acontinuidade da assistência, suprir ou minimizar as necessidades apresentadas.

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     3  As iniciativas para ordenar o acesso ao sistema de saúde a partir da atençãobásica e/ou dos serviços de urgência não hospitalares (Unidades de Pronto

     Atendimento [UPA]) têm induzido, nesses locais, à organização de ambientescom maior especificidade para a prática do acolhimento com avaliação derisco, necessidades e vulnerabilidades.

    Os problemas de saúde não resolvidos no âmbito dos serviços da atençãobásica e da urgência não hospitalar podem ser acolhidos pelas Centrais deRegulação que constituem o Complexo Regulador (CR) da assistência pormeio do telefone 192 (urgência) e de guias de referência e contrarreferência. A expectativa é que, num futuro não muito distante, as pessoas possam, pormeio de telefone, fax ou internet, apresentar o seu problema de saúde a umprofissional do CR e o cotejamento da necessidade identificada com a me-

    lhor oferta assistencial possa subsidiar o agendamento de consultas, exames,procedimentos ou até viabilizar uma internação sem que as pessoas tenhamque procurar aleatoriamente os serviços de saúde. Esse ordenamento para oacesso e resposta reduziria conflitos entre a população e os serviços de saúdee tornaria o trabalho e a atenção à saúde mais humanizados.

    Por outro lado, deve ser enfatizado que o acolhimento com avaliação de ris-co, necessidades e vulnerabilidades à saúde não é uma ação pontual e isoladados processos de produção de saúde a ser desenvolvida apenas nas UnidadesBásicas de Saúde (UBSs), UPAs ou no CR, portanto deve ser capilarizado eminúmeras outras ações em todos os serviços que compõem a rede de saúde.

    OBJETIVOS DO ACOLHIMENTO

    ● Identificar riscos, necessidades e vulnerabilidades para a saúde do usuário.● Expandir as possibilidades de acesso a todos aqueles que procuram a unida-

    de de saúde.● Fortalecer os valores éticos e técnicos dos profissionais da saúde.● Melhorar as condições de trabalho nos serviços de saúde.● Melhorar a resolubilidade do sistema de saúde.

    AÇÕES DO ACOLHIMENTO

    ● Organizar fluxograma de atendimento.● Estruturar banco de dados com recursos (referência e contrarreferência da

    saúde e de outros equipamentos sociais) para orientação e encaminhamentodo usuário.

    ● Utilizar uma escuta ampliada do motivo da procura ao serviço, consideran-do a realidade e o contexto em que o usuário está inserido.

    ● Dar resolubilidade e encaminhamento aos problemas apresentados pelousuário no âmbito ou fora da unidade.

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     3● Criar um grupo-tarefa para discutir e definir os mecanismos de atuação da

    equipe de trabalho na unidade de saúde voltados para a solução dos proble-

    mas, alternativas, custos e prazos.● Oferecer soluções possíveis, com segurança para o usuário, agilidade para o

    serviço, uso racional dos recursos e tempo disponíveis.● Avaliar de forma permanente o trabalho da equipe, com a criação de instru-

    mentos e definição de indicadores.O fluxograma a seguir é uma proposta de acolhimento com avaliação de

    risco, necessidades e vulnerabilidades à saúde para unidades básicas de saú-de (UBS), centros de saúde ou unidades distritais (UD) e UPAs. O objetivodessa sistematização é apoiar as equipes no aprimoramento do seu processode trabalho, melhorar a capacidade técnica e de gestão do sistema de saúde e

    humanizar as relações que se estabelecem na produção da atenção à saúde.

    DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO ACOLHIMENTO

     Ao chegar à UB, UD ou UPA o usuário dirige-se à recepção, podendo aí seconfigurar três situações:● o usuário tem agendamento prévio que deve ser registrado no prontuário

    transdisciplinar;● o usuário busca atendimento específico sem agenda prévia (como vacinas e

    curativos) e poderá ser encaminhado diretamente para o setor pela própriarecepção;

    ● o usuário não tem atendimento agendado e apresenta demanda para con-sulta individual, em geral direcionada para as áreas médica e odontológica.Nesta situação, o usuário deve ser orientado a se dirigir à equipe responsá- vel pelo acolhimento, onde será atendido a partir de uma escuta ampliadade suas necessidades. A escuta ampliada implica considerar a singularidadedas demandas de cada sujeito presente nessa relação trabalhador/usuário.Nesse momento de interação pode emergir um conjunto de necessidades que envolvem aspectos objetivos e subjetivos – biológicos, socioculturais,

    psicológicos, entre outros.Nesse processo de escuta ampliada, o profissional da saúde identifica e clas-

    sifica as necessidades do usuário segundo riscos e vulnerabilidade. A classificação de risco é recomendada pelo Ministério da Saúde e pode ser

    orientada pelos protocolos clínicos e de regulação elaborados para os agravosmais importantes observados na rede assistencial.

     A partir dos atendimentos realizados, podem-se configurar novas condiçõesde saída do usuário envolvendo tanto a resolução do problema apresentadono âmbito da própria unidade quanto a orientação e o encaminhamento paraobtenção de atenção/recursos disponíveis em outros níveis de complexidadeda assistência da própria área da saúde (via CR da assistência) ou em equipa-mentos sociais de outros setores. O que deve ser comum a todas as condições

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    Fluxograma 3-1 Para acolhimento e avaliação de risco a partir da atenção básica.

    Usuário

    Temagendamento

    marcado?

    NãoSim

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     3são o esforço de ampliar as possibilidades de enfrentamento dos problemasapresentados e a adoção de encaminhamentos responsáveis e articulados com

    os serviços indicados em cada situação.

    Requisitos Para Realizar O Acolhimento Com Classificação deRisco

    ● Investir na educação permanente da equipe, sensibilizando-a para os aspec-tos subjetivos da relação profissional/usuário.

    ● Preparar toda a equipe conceitualmente – nas suas dimensões teóricas, ope-racionais, técnicas e políticas para acolher em todas as etapas do processo

    de trabalho.● Investir na ambiência do espaço físico e social para facilitar as relações in-

    terpessoais, a atenção acolhedora, resolutiva e humana.● Reorganizar os processos e fluxos de trabalho para incorporar uma equipe

    multiprofissional encarregada da escuta do usuário e comprometida com aresolução dos problemas.

    Prontuário Transdisciplinar

    O prontuário transdisciplinar é um instrumento que favorece o registro daassistência continuada ao usuário e à família, facilita o trabalho em equipe e valoriza a história e o contexto do usuário para além da sua queixa pontual eimediata.

    A Operacionalização Do Acolhimento

    O gerente das UBSs deve estabelecer o profissional para iniciar o acolhimentodos pacientes sem agendamento e que apresentam demandas por consultas,

    individuais, geralmente nas áreas médica e odontológica. O trabalho podeser iniciado pelo profissional de enfermagem de nível médio, que realizaráa primeira escuta, valendo-se dos recursos da ambiência, realizando proce-dimentos técnicos compatíveis com sua formação e previstos no protocolo voltado para o acolhimento (Anexo I). Os demais integrantes da equipe desaúde (médico, enfermeiro, dentista, assistente social e recepcionista) deverãoestar à disposição para serem acionados em toda e qualquer situação neces-sária. Desta forma, todos têm oportunidade de participar do acolhimento eainda exercitar a escuta ampliada requerida, também, nos outros momentos deatendimento dentro da unidade.

    Para a equipe, seguindo-se as orientações e procedimentos gerais deste con-senso, ressalta-se que a mesma deverá atentar para:

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     3 a. se for urgência: avalia o risco, atende prontamente ou encaminha peloServiço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)/192;

    b. se for rotina, examina, resolve a queixa imediata, avalia o risco e coloca noagendamento eletivo;c. se ao avaliar a necessidade constata que necessita somente de tratamento

    especializado, encaminha ao CR.

    Escuta Ampliada

    O sujeito que busca o serviço de saúde é portador de uma singularidade própriae que integra os aspectos subjetivos, socioculturais e biológicos inerentes a cada

    pessoa. As tentativas de “enquadrar” a fala do usuário em situações antigas e jápreviamente conhecidas tende a generalizar ou mesmo banalizar uma queixaque pode ser relevante para a compreensão da situação a ser caracterizada.

     A escuta ampliada pressupõe reconhecer que cada encontro entre as pes-soas é inédito e dinâmico, mesmo que também apresente aspectos que sejamcomuns, mas nunca iguais. Seu desenvolvimento requer uma postura interiorde disponibilidade “curiosa”, no sentido de buscar esses novos aspectos aserem desvendados.

    Demanda

     A demanda em saúde é o resultado da luta política em que há tensão e disputade necessidades e poder imbricados entre sujeitos. Revela potência humanade transformação para criar espaços e dispositivos que “ampliam o sentidoda vida”.

     A demanda inicialmente apresentada, ao ser elaborada com a ajuda da equi-pe de saúde, pode revelar necessidades inicialmente não identificadas, mas quepodem emergir no processo de interação por meio de uma escuta ampliada.

    Necessidades

    Necessidade é atributo do que é necessário, do que é preciso e também do quenão se pode evitar. Escrito no plural, o termo necessidades , além de referir-seàs carências naturais que o organismo humano tem de comer, beber, dormir,entre outras, define as exigências mínimas para satisfazer condições materiaise morais de vida.

     As necessidades em saúde configuram-se numa construção sócio-político-biológico-psicológica:

    a) boas condições de vida (moradia, alimentação, transporte, lazer, meio am-

    biente adequado, inclusão social, direito à diferença e respeito às necessi-dades especiais);

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     3b) de garantia de acesso às tecnologias que melhorem e prolonguem a vida;c) de ser acolhido e ter vínculos com os profissionais e uma equipe de

    saúde;d) de autonomia e autocuidado na escolha do modo de “andar a vida” (ser

    tratado como sujeito do saber e do fazer). A partir da escuta da demanda do usuário, o profissional classifica o risco

    (Apêndice I) em:  Vermelho: prioridade zero – emergência, necessidade deatendimento imediato; Amarelo: prioridade 1 – urgência, atendimento o maisrápido possível; Verde: prioridade 2 – prioridade não urgente;  Azul: priori-dade 3 – consultas de baixa complexidade – atendimento de acordo com aordem de chegada e identificação das necessidades.

    NECESSIDADES SUBJETIVAS

    Muitas vezes o paciente procura a unidade de saúde exteriorizando apenasqueixas orgânicas. No entanto podem estar presentes outros aspectos de or-dem subjetiva, como sentimento de abandono, de solidão, exclusão, apreensãoquanto ao resultado de exames, ou sobre sua condição de saúde ou de entesqueridos, sentimento de culpa ou de inutilidade. Estes itens podem influenciara queixa “objetiva” apresentada ao serviço de saúde.

    NECESSIDADES SOCIAIS

    Relacionam-se com a forma como as relações entre as pessoas se estabelecemem nossa sociedade, que configuram iniquidades a serem superadas. Comoexemplo podemos citar escolaridade familiar, principalmente das mães, con-dição de moradia, transporte, alimentação e trabalho, além da satisfação ouinsatisfação que essas condições geram na existência das pessoas: seu grau demotivação diante da vida, existência de boas expectativas, possibilidade de tere investir em seu projeto de vida.

    NECESSIDADES BIOLÓGICAS

    Embora os aspectos constitutivos da pessoa não possam ser dissociados embiológicos, sociais, subjetivos e culturais, em um serviço de saúde os profis-sionais guardam uma atenção permanente para manifestações que possamcolocar em risco a integridade da vida dessa pessoa. As manifestações maistradicionalmente apresentadas pelos usuários e reconhecidas pelos profissio-nais da saúde são as biológicas, alicerçados no fato de que estas, em suasmanifestações agudas, podem levar a comprometimentos irreversíveis em umcurto período de tempo.

    Desta forma, os protocolos clínicos buscam sistematizar as queixas, sinais

    e sintomas para classificar os risco e adotar as condutas terapêuticas compatí- veis com a gravidade identificada.

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     3Riscos

    Envolvem uma experiência acumulada sobre o perigo na ocorrência de doen-ças e agravos. São alertas sobre a probabilidade de ocorrência de um resultadodesfavorável, de um dano ou um acontecimento indesejável (relação matemá-tica). Conceito derivado da epidemiologia que diz respeito a situações reais oupotenciais que podem produzir efeitos adversos. São estimados por meio doscoeficientes de incidência e prevalência.

    Vulnerabilidade

     As características individuais e familiares (ciclo de vida, arranjo familiar, es-colaridade, renda, inserção no mercado de trabalho e condições de saúde)e as possibilidades de desfrute dos bens e serviços ofertados pelo estado,sociedade e mercado definem as efetivas condições de vida. A vulnerabilidadeé decorrente de fenômenos diversos, com causas e consequências distintas,relacionando-se com as dimensões individuais, sociais e institucionais especí-ficas dos vários segmentos populacionais, bem como das possibilidades de suasuperação ou minimização.

    Protocolos Clínicos e de RegulaçãoOs Protocolos Clínicos e Regulatórios (PCR) são roteiros que reúnem a carac-terização dos cenários clínicos mais frequentes que aparecem nas UB, UPA eCR, as respectivas diretrizes clínicas a serem adotadas nesses níveis de atenção,assim como definição de critérios e recursos a serem empregados para o en-caminhamento dos pacientes entre os serviços da rede assistencial. A previsãodas ações clínicas e de gestão dos casos na UB, UPA e CR é fundamental pelosatributos já estabelecidos para esses serviços no Sistema de Saúde. A portade entrada para a rede de saúde deve ser feita preferencialmente pela UB ou

    pelo SAMU/192 e, excepcionalmente, de forma espontânea pela UPA ou pelohospital. A atenção básica coordena o acesso aos outros níveis de assistênciaà saúde por meio do CR, que tem a atribuição de ordenar ou regular o acesso.Os PCRs auxiliam na definição das competências diagnósticas e terapêuticasnos diferentes serviços que compõem a rede assistencial e contribuem para aorganização do acesso e a solução mais adequada das necessidades de saúdeidentificadas na prática assistencial.

    Equipamentos Sociais

    Os equipamentos sociais são instituições ou organizações de apoio e solida-riedade governamentais e não governamentais alocadas em cada território e

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     3que atuam no sentido de proporcionar o direito à segurança social, à proteçãoe à seguridade social. As unidades de saúde, as escolas, as creches, as casas

    para idosos, os centros comunitários, os núcleos de atendimento à criança, aoadolescente e ao idoso, as igrejas e outras instituições religiosas, os serviços deapoio às famílias, entre outros, são exemplos de equipamentos sociais.

    BIBLIOGRAFIA

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    care from the perspective of its operational players. Interface. 2010;14(33):345-58.Lopes SL, dos Santos JS, Scarpelini S. The implementation of the Medical Regulation Office

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    Santos JS, Ueta J. A diversidade dos discursos dos agentes implicados no acesso aos bens dasaúde por via judicial. In: Bliacheriene AC, Santos JS, organizadores. Direito à vida e à saúde:impactos orçamentário e judicial. São Paulo: Atlas; 2010. p. 209-21.

    Santos JS, Kemp R, Sankarankutty AK, Salgado Júnior W, Souza FF, Teixeira AC, et al. Clinicaland regulatory protocol for treatment of jaundice in adults and elderly: a support for healthcare network and regulatory system. Acta Cir Bras. 2008;23 Supl 1:133-42.

    Santos JS, Scarpelini S, Brasileiro SLL, Ferraz CA, Dallora MELV, Sá MFS. Avaliação do modelode organização da Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, adotando como referência,as políticas nacionais de atenção às urgências e de humanização. Medicina (Ribeirão Preto).2003;36:498-515.

    Santos Junior EA, Lima DP, Rocha AFS, Almeida CT, Oliveira SCD, Andrade BQ, et al. Acolhi-mento com classificação de risco. Belo Horizonte: Prefeitura Municipal. Secretaria Municipalda Saúde [citado 2011 mar 10]. Disponível em: http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/pro-

    tocolos/AcolhimentoClassificacaodeRiscodasUpasdeBH.pdf.

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     3APÊNDICE I: CLASSIFICAÇÀO DE RISCO, SITUAÇÕES/QUEIXAS

    PRIORIDADE – 1

    PCR Parada cardiorespiratóriaParada respiratóriaRespiração agônica

    Atendimento imediato paciente típico: nãoresponsivo, dadosvitais instáveisou ausentes,desidrataçãoextrema,

    insuficiênciarespiratória.

    Trauma maior Lesão grave de únicos ou múltiplos sistemasTrauma cranioencefálico (TCE) com escala de

    coma de Glasgow (ECG) ≤ 8Grande queimado - > 26% da superfície

    corporal queimada (SCQ) ou acometimentode vias aéreas (síndrome de inalação)Trauma torácico e/ou abdominal com

    perfuração, taquidispneia, alteração mental,hipotensão, taquicardia e dor intensa

    Choque Hipotensão - Pressão arterial (PA) sistólica ≤ 80 mmHg

    Taquicardia - Frequência cardíaca (FC) ≥ 140bpm) ou bradicardia (FC ≤ 40bpm)

    Alteração do estado de consciência

    Insuficiênciarespiratória Frequência respiratória (FR) < 10 ou≥ 36incursões respiratórias por minuto (irpm)

    com incapacidade de falarCianoseLetargia e/ou confusão mentalFC ≤ 40 ou ≥ 150 batimentos por minuto

    (bpm)Saturação O

    2 < 90%

    Coma ECG ≤ 8

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESDados vitais

    alteradoscomsintomas

    PAS ≥ 220 ou PAD ≥ 130 mmHgPAS ≤ 80 mmHgFC ≤ 40 ou ≥ 150 bpmFR ≤ 10 ou ≥ 36 irpmFebre (T. axilar ≥ 38,5ºC) em

    imunocomprometidos

    Vermelho Em pacientesfebris perguntarsobreimunodepressãoe uso crônico decorticoide.

    Febre (T. axilar ≥ 38,5ºC) emimunocompetentes e comtoxemia

    Amarelo

    Febre (T. axilar ≥ 38,5ºC) emimunocompetentes e semtoxemia

    Verde

    TCE Alteração do estado deconsciência (ECG entre 9 e 13)e/ou confusão mental

    Cefaleia intensa (8-10/10) e/oudor cervical

    Perda de consciênciaOtorragia

    Náuseas/vômitosCrise convulsivaFerimento perfurante

    Vermelho Ver escala decoma deGlasgow (AnexoI), escala dedor (Anexo II) emecanismos detrauma (Anexo

    III). Avaliar início,gravidade eevolução dossintomas edeterioraçãodo quadroneurológico

    ECG 14 ou 15Cefaleia moderada (4-7/10)Sem perda de consciência,

    náuseas, vômitos, criseconvulsiva ou ferimentoperfurante.

    Amarelo

    ECG 15

    Cefaleia leve (1-3/10)Trauma de baixo impactoEvento (trauma) há mais de 6 h

    Verde

    Trauma grave Dados vitais normaisDor intensa (8-10/10)Palidez cutânea e sudorese friaSinais/sintomas menos graves em

    múltiplos sistemasEstado de consciência normal

    (alerta)

    Relato de perda de consciência

    Vermelho Ver Mecanismosde Trauma(Anexo III)

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESFraturas com deformidade ou

    luxaçõesFerimentos com sangramento

    ativo não compressívelTrama

    moderadoDados vitais normaisDor moderada (4-7/10)Fratura sem deformidadeFerimentos extensos sem

    sangramento ativo

    Amarelo

    Trama leve Dados vitais normaisDor leve (1-3/10)Contusões e escoriaçõesEvento (trauma) há mais de 6 h

    Verde

    Queimaduras Dados vitais alteradosQueimaduras de 2º/3º graus ≥ 

    10% e ≤ 25% SCQQueimaduras de 2º/3º graus em

    face e períneoQueimaduras elétricas

    Queimaduras circunferênciasQueimaduras em ambientes

    confinados

    Vermelho * Cuidado comqueimaduras empacientes comdoença crônicaou queimaduraassociada a

    outras lesõestraumáticas!

    * SCQ = superfíciecorporalqueimada (verAnexo IV).

    * Áreas críticassão face, períneo,mãos e pés.

    Dados vitais normaisQueimaduras de 2º/3º graus <

    10% SCQQueimaduras de 1º grau ≥ 10%

    SCQ em áreas não críticasQueimaduras de 1º grau em face

    e períneo

    Queimaduras de mãos e pés dequalquer grau

    Amarelo

    Queimaduras de 1º grau < 10%SCQ em áreas não críticas

    Verde

    Queimaduras de 1º graupequenas em áreas não críticase há mais de 6 h

    Azul

    Feridas,abscessos,mordeduras

    e acidentecom animais

    Dados vitais alteradosFerida com sangramento não

    compressível

    Acidente com animal peçonhentocom sinais e sintomas sistêmicos

    Vermelho Cuidado comidosos ediabéticos.

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESpeçonhentos(incluiabelhas,marimbondo,vespas,formigas elacraias).

    Acidente perfurocortante commaterial biológico

    Dados vitais normaisFerida com sangramento

    compressívelFerida infectada com sinais

    sistêmicosAcidente com animal peçonhento

    sem sinais e sintomas

    sistêmicosAbscesso com dor intensa

    (8-10/10) ou flutuaçãoMordedura (humana ou animal)

    Amarelo

    Ferida pequena, superficial e semsangramento ou hematoma

    Ferida infectada sem sinaissistêmicos

    Abscesso com dor leve-moderada(1-7/10) e sem flutuação

    Verde

    Troca de curativos ou retirada depontos

    Azul

    Intoxicaçõesagudas (viadigestiva erespiratória)

    Relato de ingestão há menos de6h com ou sem sintomas

    Relato de inalação com sintomas

    Vermelho Cuidado comingestão de an-ticonvulsivantes,antidepressivos,sulfato ferroso,paracetamol, anti- hipertensivos,antiarrítmicos,

    beta-bloquea-dores, digoxina,hipoglicemianteoral, organofos-forados, carba-matos e drogasnão conhecidas.

    Relato de ingestão há mais de 6he assintomático

    Amarelo

    Intoxicaçõesagudas (viadérmica).

    Dados vitais alteradosAlteração do estado de

    consciência

    Com estridor laríngeo oudificuldade para falar

    Vermelho

    Prurido e/ou irritação intensa emsuperfície corporal extensa apóscontato dérmico

    Amarelo

    Alterações dérmicas apenas locais VerdeContato há mais de 4 h

    e assintomático (excluircompostos tiofosforados)

    Azul

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    Protocolos Clínicos e de Regulação: Motivações para sua Elaboração e Uso

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESQueixas

    respiratórias*Falta de ar*“Asma"*Dor de

    garganta*Dor de

    ouvido*Obstrução

    nasal*Tosse

    FR ≥ 36 irpmSat. O

    2 ≤ 92% Peak Flow  < 40%

    Esforço respiratório moderadoEstridor laríngeo

    Vermelho Cuidado comuso crônicode corticoide,idosos, históriade internaçõesfrequentes ouinternação emUTI.

    FR entre 28 e 35 irpmSat. O

    2 93% ou 94%

    Peak Flow  entre 40% e 60%Esforço respiratório leveDispnéia aos esforços

    Dor torácica ventilatório-dependente com ou sem febre

    Dor de garganta com febre, complacas e com toxemia.

    Amarelo

    FR entre 17 e 27 irpmSat. O

    2 ≥ 95%

    Peak Flow  > 60%Dor torácica ao tossirSecreção nasal amareladaDor de garganta com febre e com

    placas sem toxemiaDor de ouvido com febreHistória de chiadeira noturnaTosse, coriza, obstrução nasal, dor

    de garganta ou de ouvido semfebre e sem toxemia.

    Verde

    FR > 10 e ≤ 16 irpmTosse, coriza, obstrução nasal

    crônica ou recorrente sem febree sem toxemia.

    Azul

    Dor torácica Dados vitais alteradosDor ou desconforto ou queimaçãoou sensação opressiva na regiãoprecordial ou retroesternal,podendo irradiar para o ombroou braço esquerdo, pescoçoe mandíbula, acompanhadafrequentemente de sudorese,náuseas, vômitos ou dispneia(dor isquêmica!)

    Dor intensa (8-10/10)

    Vermelho Avaliar e registrarintensidade dador, dados vitais,se espontâneaou traumática,duração,característica,localização,irradiação,uso de

    medicamentos,fatores que

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    Protocolo para Acolhimento com Avaliação de Risco, Necessidades e Vulnerabilidades

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESDados vitais normaisDor ventilatório-dependente

    ou que piora com tosse,acompanhada de febre, tosse ouexpectoração.

    Dor moderada (4-7/10)

    Amarelo pioram oumelhoram.Cuidadocom idosos,diabéticos epacientes compassado deIAM ou emboliapulmonar.

    Dados vitais normaisDor de característica muscular

    (localizada, evidenciada à

    palpação, que piora commovimentos do tronco oumembros superiores)

    Dor aguda leve (1-3/10) semoutros sintomas associados eem pacientes sem história préviade coronariopatia ou emboliapulmonar

    Verde

    Dados vitais normaisDor crônica sem característica de

    dor isquêmica

    Azul

    Queixasabdominaise urinárias

    Dados vitais alteradosDor intensa (8-10/10)Dor abdominal alta com suspeita

    de dor isquêmica (ver DorTorácica)

    Vermelho Cuidado compacientes idosos,diabéticos,pacientes compassado deIAM com dorem abdômensuperior emulheres em

    idade fértil comatraso menstrual.

    Dados vitais normaisDor moderada (4-7/10)Distensão abdominalVômitos e/ou diarreia com sinais

    de desidrataçãoDiarreia intensa (vários episódiosnas últimas horas)

    Febre ou relato de febreRetenção urinária aguda com

    bexigomaDisúria intensa com polaciúria e/

    ou hematúriaProstração, palidez cutânea ou

    sudorese.

    Amarelo

  • 8/19/2019 Protocolo Dor Toracica

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    Protocolos Clínicos e de Regulação: Motivações para sua Elaboração e Uso

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESDados vitais normaisDor leve (1-3/10)Enjoo ou relato de vômitos e/

    ou diarreia sem sinais dedesidratação

    Disúria isolada ou discreta semoutros sintomas

    Não se apresenta prostrado outoxemiado

    Verde

    Dados vitais normaisConstipação intestinal sem outros

    sintomasDor crônica ou recorrente

    Azul

    Dor cervical,dorsal,lombar ouem extremi-dades (semhistória de

    trauma

    Dor intensa (8-10/10)Com sinais de isquemia

    Vermelho Sinais de isquemiaaguda: palidezcutânea,diminuição datemperaturadistal, diminuição

    ou ausência depulso distal

    Dor moderada (4-7/10)Sem sinais de isquemiaLimitação importante dos

    movimentos/função

    FebreSinais flogísticos locais

    Amarelo

    Dor leve (1-3/10)Limitação leve dos movimentosSem perda da funçãoEdema articular sem flogose

    Verde

    Dor leve (1-3/10)Sem limitação dos movimentos ou

    perda da funçãoSem edema ou sinais flogísticos

    locais

    Azul

    Cefaléia Dados vitais alteradosDor intensa (8-10/10)

    Meningismo (rigidez de nuca)Alteração do estado de

    consciênciaSinais neurológicos focais

    (paresia, parestesia, disfasia,afasia, ataxia, distúrbio doequilíbrio)

    PAS ≥ 190 ou PAD ≥ 120 mmHg

    Vermelho Cuidado comhemorragiasubaracnóidea,hematomas,meningite,encefalites.

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    Protocolo para Acolhimento com Avaliação de Risco, Necessidades e Vulnerabilidades

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESDados vitais normaisDor moderada (4-7/10) com

    náuseas e/ou vômitos

    Amarelo

    Dados vitais normaisDor leve (1-3/10)Dor facial com rinorreia purulentaRelato de febreNão se apresenta toxemiado ou

    prostrado

    Verde

    Dados vitais normaisDor crônica ou recorrente sem

    piora recente

    Azul

    Pressão alta PAS ≥ 220 ou PAD ≥ 130 mmHgcom qualquer sintoma

    Alteração do estado de consciênciaDor torácica sugestiva de

    isquemiaSinais neurológicos focais

    (paresia, plegia, disfasia, afasia,

    ataxia, paralisia facial)Epistaxe franca

    Vermelho Cuidados comgrávidas.

    Investigar históriapregressa dehipertensãoarterial e uso/suspensão

    de anti-hipertensivos.Pacientes comníveis pressóricosclassificadoscomo AZULdevem serreferenciadospara a atençãobásica com

    garantia deatendimentoo mais brevepossível

    PAS ≥ 220 ou PAD ≥ 130 mmHgsem sintomas

    PAS entre 190-220 ou PAD entre120-130 mmHg com qualquersintoma

    Amarelo

    PAS entre 190-220 ou PAD entre120-130 mmHg sem sintomas

    Verde

    PAS < 190 e PAD < 120 e

    assintomáticoHistória de hipertensão arterial

    e precisando de medicação(receita)

    Azul

    Diabetes Dados vitais alteradosAlteração do estado mental

    (letargia, confusão mental,agitação, coma)

    Sudorese profusa (hipoglicemia)

    Vermelho Verificar glicemiacapilar. Pacientescom níveisglicêmicosclassificadoscomo AZUL

    devem serreferenciados

    Dados vitais normais

    Glicemia > 250mg% e sinais dedesidratação

    Amarelo

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    Protocolos Clínicos e de Regulação: Motivações para sua Elaboração e Uso

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESGlicemia > 250 mg% e

    assintomáticoVerde para a atenção

    básica comgarantia deatendimentomédico o maisbreve possível.

    Glicemia ≤ 250 mg% eassintomático

    História de diabetes e precisandode medicação

    (receita)

    Azul

    Queixasoculares

    Dados vitais alteradosDor intensa (8-10/10)

    Vermelho

    Dados vitais normaisDor moderada (4-7/10)Olho avermelhado com história

    de trauma ou contato comsubstâncias químicas ou solda

    Celulite periorbitáriaPerda visual súbita ou diplopia

    súbita

    Amarelo

    Dor leve (1-3/10)

    Prurido ocularOlho avermelhado sem história

    de trauma ou contato comsubstâncias químicas ou solda

    Verde

    Hemorragia na esclera sem história de trauma

    Terçol ou calázio sem celulite

    Azul

    Afecçõesde pele esubcutâneo

    Dados vitais alteradosCom estridor laríngeo ou

    dificuldade de falar

    Vermelho

    Dados vitais normaisToxemiado, prostrado ou febrilPrurido generalizado intensoCom infecção secundária e sinais

    sistêmicos

    Amarelo

    Prurido discretoSem toxemia, prostração ou febreCom infecção secundária sem

    sinais sistêmicos

    Verde

    Quadro crônico ou recorrente sem

    sinais sistêmicos

    Azul

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    Protocolo para Acolhimento com Avaliação de Risco, Necessidades e Vulnerabilidades

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     3SINTOMA/QUEIXA

    EVENTO QUALIFICADORES CLASSIFICAÇÃO

    SINAIS DE ALERTA/OBSERVAÇÕES

    IMPORTANTESOutros

    sintomas /queixas /eventosisolados:edema,icterícia,fraqueza,câimbras,

    menstruaçãoirregular,atrasomenstrual,atestadode saúde,realizaçãode exames

    Dados vitais alterados VermelhoDados vitais normaisToxemiado, prostrado, febril ou

    desidratadoIcterícia agudaEdema generalizado (anasarca)Edema localizado com flogose e

    sinais sistêmicos

    Amarelo

    Dados vitais normais

    Edema localizado com flogose esem sinais sistêmicos

    Fraqueza ou câimbras sem outrossintomas

    Verde

    Edema localizado crônico ourecorrente sem flogose e semsinais sistêmicos

    Menstruação irregular ou atrasomenstrual sem outros sintomas

    Solicitação de atestado de saúde

    ou ocupacionalRealização de exames

    complementares não urgentes

    Azul

    Situaçõesespeciais

    IdososDeficientes mentaisDeficientes físicosAcamadosCom dificuldade de locomoçãoGestantesEscoltados, algemados ou

    envolvidos em ocorrênciapolicial.Vítimas de abuso sexualRetorno em menos de 24h sem

    melhora

    Esses pacientes devem mereceratenção especial da equipe deAcolhimento/Classificação deRisco e, dentro do possível, a suaavaliação deve ser priorizada,respeitando a situação clínica dosoutros pacientes que aguardam

    atendimento.

    Em caso de apresentação de sintomas, queixas ou eventos não relacionadosnesse protocolo, a equipe de Acolhimento/Classificação de Risco deve levarem conta principalmente os dados vitais do paciente, a apresentação clínica

    (toxemiado, prostrado, febril, desidratado), o tempo de início dos sintomas ea opinião da equipe médica para definir sua classificação.

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    Protocolos Clínicos e de Regulação: Motivações para sua Elaboração e Uso

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     3ANEXO I

    SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS: PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO – SMS– SECRETARIA MUNICIPAL DA SAUDE – FICHA COMPLEMENTAR – ACOLHIMENTO

     US: ______________ Paciente:_____________________ Nº atend:_________ Escuta / queixa: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    ANTECEDENTES REFERIDOS

    Alteração de pressão ( ) Doença do coração ( ) Diabetes ( )Insuficiência renal crônica ( ) Doença infectocontagiosa ( )Doença sexualmente transmissível ( ) Alergias ( ) Distúrbio mental ( ) SINTOMAS REFERIDOSDor ( ) Febre ( ) Dificuldade para respirar ( ) Sangramento ( )Desmaio ( ) Perda da consciência ( ) Perda de movimento ( )Dificuldade para falar ( ) Tosse ( ) Vômito ( ) Diarreia ( ) Palidez ( )Sudorese ( ) Cianose ( ) Icterícia ( ) Prostracão ( )Sintomas urinários ( ) Corrimento vaginal/uretral ( ) Lesão de pele ( )

    Manchas vermelhas na pele ( ) Inchaço ( ) Agitação ( ) Gemência ( )Depressão ( ) Tentativa de suicídio ( ) Outras queixas __________ Uso de medicamentos: _______________________________________________ SINAIS VITAIS:Pressão arterial: ___x___mmHg Frequência cardíaca: ____ bpmFrequência respiratória: _____irpm Temperatura: _______ ºcPeso:__________kg Altura:____________cm IMC_____________Glicemia ________mg/dl Eletrocardiograma ( )

    Responsável: ______________________________________________________Classificacão risco (Nível Universitário):Vermelho ( ) Amarelo ( ) Verde ( ) Azul ( )

    Conduta da equipe: _________________________________________________

    Consulta: ( ) Médica ( ) Odontotológica ( ) EnfermagemAgendamento: Ub ( ) Data/Hora: _______ UBDS ( ) Data/Hora: _______Hospitalização ( ) Data/Hora: _______ Outros: ______ Data/Hora _______

    Responsável: ______________________________________________________

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    Protocolo para Acolhimento com Avaliação de Risco, Necessidades e Vulnerabilidades

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     3ANEXO I – ESCALA DE COMA DE GLASGOW

    VARIÁVEIS ESCOREAbertura ocular Espontânea 4

    À voz 3À dor 2Nenhuma 1

    Resposta verbal Orientada 5Confusa 4Palavras inapropriadas 3Palavras incompreensivas 2

    Nenhuma 1Resposta motora Obedece comandos 6

    Localiza dor 5Movimento de retirada 4Flexão anormal 3Extensão anormal 2Nenhuma 1

    TOTAL MÁXIMO TOTAL MÍNIMO INTUBAÇÃO

    15 3 8

    ANEXO - II

    Escala verbal numérica: O paciente deve ser informado sobre a necessida-de de classificar sua dor em notas que variam de 0 a 10, de acordo com a in-tensidade da sensação. Nota zero corresponderia à ausência de dor, enquantonota 10, a maior intensidade imaginável.

    Dor leve = 1 a 3 / 10 Dor moderada = 4 a 7 / 10 Dor intensa = 8 a 10 / 10

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     3ANEXO III – MECANISMOS DE TRAUMA

    Mecanismos detrauma de altorisco

    Acidente automobilístico com ejeção do veículoAcidente automobilístico com capotamentoAcidente automobilístico com tempo de resgate > 20 minAcidente automobilístico com intrusão significante do

    compartimento do motorista/passageiroAcidente automobilístico com óbito no mesmo compartimento do

    motorista/passageiroAcidente automobilístico com impacto frontal em velocidade > 40

    km/h (sem cinto de segurança) ou em velocidade > 60 km/h (comcinto de segurança)

    Acidente com motocicleta com impacto de carro em velocidademaior que 30 km/h, especialmente quando o motociclista éseparado da motocicleta

    Atropelamento de pedestre ou ciclista por carro em velocidade >10 km/h

    Queda de altura de > 3 vezes a altura do pacienteExplosão

    ANEXO IV – QUEIMADURAS

    Classificação dasqueimaduras

    1º grau – Caracterizada por eritema, dor e ausência de bolhas (nãosão contabilizadas para estimar a SCQ)

    2º grau – Pele vermelha rota, presença de bolhas, perda da soluçãode continuidade da pele, edema, extremamente dolorosas.

    3º grau – Pele pálida, brancacenta, às vezes com transparência dosvasos (coagulados), perda da solução de continuidade da pelecom exposição do tecido celular subcutâneo, ausência de dor

    Regra dos nove(Wallace)para cálculoda superfíciecorporalqueimada (SCQ)

    SEGMENTO CORPORAL PORCENTAGEM (SC)

    Cabeça e pescoço 9Cada membro superior 9 (X2)

    Cada quadrante do tronco 9 (X4)

    Cada coxa 9 (X2)

    Cada perna e pé 9 (X2)

    Cenitais e períneo 1

    Total 100

    SC – superfície corporal

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     3AGRADECIMENTOS

    O presente trabalho é fruto do projeto temático “Implantação e avaliação dedispositivos para fortalecimento da atenção básica e do sistema local de saú-de”, financiado pela Fundação Waldemar Barnsley Pessoa à qual agradecemoso apoio e a oportunidade. Agradecemos á Dra. Luciane Loures dos Santospela disponibilidade e colaboração na revisão final do texto.

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