MISSIONÁRIOS DO VERBO DIVINO · 2020. 6. 5. · Noli me tangere – não me toques é a...
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Nº 003 POSTULANTADO VERBITA – BRN CONTAGEM – MG JUNHO/2020
PÁGINA 1
MISSIONÁRIOS DO VERBO DIVINO
Festa de São João, de Alfredo Volpi -1953.
Editorial
Grandes santos e grandes profetas
Caríssimos irmãos e irmãs, viva o Coração
de Jesus no seu coração.
Um mês de grandes Santos para a Igreja se
iniciou e já corre avançado, mais um mês
que teremos que permanecer com as normas
de isolamento social, reclusos, para o nosso
próprio bem. Teríamos em junho festas,
quermesses, quadrilhas, novenas com suas
barraquinhas e tudo aquilo que nos deixa
alegres por compartilhar a vida em
comunhão fraterna. Mas a pandemia, tão
falada e tão pouco compreendida, não nos
permitiu que nos reuníssemos como irmãos,
de forma física e autêntica nas comunidades
de fé.
Se analisarmos o calendário de Santos da
Igreja, celebramos em junho mais de 15
santos populares, entre eles Santo Antônio
de Lisboa, São Barnabé Apóstolo, São João
Batista, São Luiz Gonzaga, São Pedro, São
Paulo, São José de Anchieta, etc., isso sem
falar nas Festas Móveis: do Sagrado Coração
de Jesus que tem o seu lugar especial no
coração de Santo Arnaldo Janssen e da
Congregação do Verbo Divino, do
Imaculado Coração de Maria, de Corpus
Christi e da Santíssima Trindade.
Nosso informativo deste mês traz um
pouquinho de tudo isso... O artigo do P. Ar-
Distribuição de barracas para o Povo de Rua em São Paulo. Foto cedida por: Arlindo Dias
COVID-19, UMA OPORTUNIDADE DE MUDANÇA! PÁGINA 3
lindo Pereira Dias, SVD, reflete sobre a
oportunidade de mudança que veio junto com o
COVID-19; Wesley Sousa nos relata das festas
dos santos juninos; e quem disse que futebol e
vida religiosa não se completam, Arnaldo
Lobato vai discorrer sobre o tema e nos mostra
algumas curiosidades interessantes; Dom
Helder, nosso Intercessor também está em
destaque este mês, pela notícia no avanço do
seu processo de beatificação; P. Bernardo
Asmon, SVD, nos fala sobre o amor e o toque;
P. Tomás Cheruplavil, SVD, traz a devoção ao
Sagrado Coração de Jesus como característica
de nossa espiritualidade Verbita; somado a tudo
isso, nossa seção Cultura, trazendo neste mês
novidades, e muita coisa boa.
Sigamos o exemplo de Santo Arnaldo Janssen
e sua profunda devoção ao Sagrado Coração de
Jesus que não cansava de repetir: “Viva o
Coração de Jesus no coração de toda a
humanidade”. Que todas as pessoas possam
sentir esse ardor de Cristo em seu coração.
Boa Leitura!
José Moraes
Palavra do Formador
“NOLI ME TANGERE” Não me toque
A pandemia de COVID-19 tem sido um grande e
inesperado acontecimento na história. A pandemia
vem produzindo repercussões não apenas de ordem
biomédica e epidemiológica em escala global, mas
também repercussões e graves impactos sociais,
econômicos e políticos.
Parece um paradoxo, no momento que mais
precisamos “segurar as mãos e não soltar a mão de
ninguém” e se aproximar mais das pessoas sofridas;
a ferramenta mais eficaz a combater o vírus é o
isolamento social.
Na introdução do seu novo livro “Pandemic”,
recentemente publicado, Slavoj Zizec, o filósofo
esloveno, remete ao evangelho de João 20,17. Noli
me tangere (me mou haptou em Grego)
Palavra do Formador
“NOLI ME TANGERE” Não me toque
A pandemia de COVID-19 tem sido um grande e
inesperado acontecimento na história. A
pandemia vem produzindo repercussões não
apenas de ordem biomédica e epidemiológica em
escala global, mas também repercussões e graves
impactos sociais, econômicos e políticos.
Parece um paradoxo, no momento que mais
precisamos “segurar as mãos e não soltar a mão
de ninguém” e se aproximar mais das pessoas
sofridas; a ferramenta mais eficaz a combater o
vírus é o isolamento social.
Na introdução do seu novo livro “Pandemic”,
recentemente publicado, Slavoj Zizec, o filósofo
esloveno, remete ao evangelho de João 20,17.
Noli me tangere (me mou haptou, em Grego) é
uma expressão latina que significa “não me
toque”. É a fala de Cristo ressuscitado à Maria
Madalena, na alegria de reencontrar com o Mestre
ressuscitado,
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Missionários do Verbo Divino – 125 anos no Brasil
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UM POUCO DIFERENTE
estava prestes a tocá-Lo. Zizek acredita
que a afirmação de Jesus é confusa ou
paradoxal. Como Jesus que em sua vida
sempre falou de amor, compaixão e
solidariedade, proibiu aquela que o
amava de se aproximar e tocá-Lo? Zizek
explica que Cristo estará presente não
como uma pessoa a ser tocada, mas
como a conexão entre o amor e a
solidariedade entre as pessoas. Ele está
simbolicamente presente no meio dos
que vivem o amor e a solidariedade. Por
isso diz o filósofo “Não me toque, mas
toque e viva no espírito do amor”.
É preocupante ver, que estamos
vivendo uma cultura de indiferença no
momento que precisamos unir forças e
juntos combater o vírus. O Papa Fran-
cisco nos alertou sobre “a globalização
da indiferença”.
Segundo o Pontífice, essa é a
característica que marca a sociedade
contemporânea. Esta característica se
percebe em nossa incapacidade de
estabelecer relações genuinamente
humanas, de cuidar do irmão solitário,
abandonado, doente e marginalizado. É
uma cultura que só pensa em si, que nos
faz viver dentro de uma bolha, e isso
parece ser agradável, pois podemos
"bloquear" quem nos incomoda ou nos
critica. Estamos perdendo a
sensibilidade em sentir o sofrimento do
outro e nosso senso de coletividade e
irmandade.
O Concílio Vaticano II, em seu
documento GAUDIUM ET SPES, fala
sobre a Igreja no mundo, exorta que “as
alegrias e as esperanças, as tristezas e as
angústias dos homens de hoje, sobretudo
dos pobres e de todos aqueles que
sofrem, são também as alegrias e as
esperanças, as tristezas e as angústias
dos discípulos de Cristo.” A Doutrina
Social da Igreja nos ajuda a traduzir e
encarnar os ensinamentos de Cristo em
nossa vida. Ela brota do coração do
Evangelho, brota do próprio Jesus. Ele é
em pessoa a Doutrina Social de Deus.
Enquanto família que habita a casa
comum, não podemos combater o
Covid-19 com a mesma mentalidade e
característica da indiferença. A gente se
encontra frágil frente à pandemia. O
vírus desmascara a nossa
vulnerabilidade. Isso não nos pode levar
ao desespero, mas sim a solidariedade e
a esperança. O reconhecimento da nossa
fragilidade nos une, independente das
nossas diferenças. Essa humanidade
vulnerável é a base da fraternidade e da
solidariedade entre nós.
A solidariedade global e a ética só
podem sobreviver se forem traduzidas
em um sistema sócio-político.
Precisamos rever com seriedade a nossa
atitude e posicionamento como
indivíduo social e político, pois, o
objetivo da política é o bem comum e
isso deve nortear as políticas públicas. A
pandemia nos fez reconhecer a
fragilização das estruturas sociais e
como deve ser ampliada e mais
investida,
investida, não podemos somente culpar a
COVID-19 pelas vítimas, também é
culpado o próprio sistema e as políticas
públicas não eficazes.
É urgente pensarmos e construirmos um
novo modelo político norteado pelo
objetivo principal da política, o bem
comum. Assim sendo, as palavras do Papa
Francisco nos ajudarão a reconstruir a
sociedade pós-pandemia, devemos "passar
da destruição da natureza para a sua
contemplação" e "diminuir o ritmo de
produção e consumo"; ainda mais, iniciar
“uma economia menos materialista e mais
humana, um mundo mais virtuoso em todas
as áreas".
Quando não temos o “poder que se traduz
em serviço” com o impacto muito maior,
ainda podemos fazer os pequenos gestos de
solidariedade que brota do amor ao
próximo, estes pequenos gestos
transformam a sociedade. Jesus reforça e
concretiza o mandamento do amor mútuo
na medida em que o vincula a si mesmo e à
doação da sua vida: “Amai-vos uns aos
outros como eu vos amei” (João 15,12).
Este amor é orientado tanto para a
comunidade como para a pessoa: cada um
é uma pessoa única, insubstituível e amada
por Deus. O amor de Deus é o princípio de
uma “civilização do Amor” (São João
Paulo II), para o qual todos os homens
podem contribuir.
Nesse tempo de pandemia, a nossa
comunidade de formação do Postulantado
Verbita tem se empenhado bastante na
Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo
Horizonte. Aos finais de semana saímos da
nossa comunidade e nos juntamos com
outros voluntários e vamos ao encontro dos
irmãos que estão em situação de rua. Noli
me tangere – não me toques é a orientação
principal, tanto para os voluntários quanto
para as pessoas em situação de rua.
Encontro sem toque! Prova-nos que o
amor vai além dos nossos contatos físicos.
Através das máscaras, mas, para além
delas, encontramos o olhar daqueles que
amamos, daqueles que queremos bem. O
conselho do John Wesley (1703-1791)
serve para nós hoje: “fazei o bem a quem
puderes, com todos os meios, de todos os
modos, em todos os lugares, em todos os
tempos, por todos os homens, por todo o
tempo que puderes”. Certamente, fazer o
bem nos faz bem.
Encerro com a sábia palavra do filósofo
existencialista francês Gabriel Marcel, ao
dizemos “eu te amo” significa dizer “tu não
deves morrer.” A pandemia é a
manifestação da força da morte que mata,
por isso, precisamos nos unir com a força
do amor como “anticorpo” para combater o
Covid-19 e todas outras doenças sociais e
políticas da nossa sociedade. Vamos nos
unir e continuar lutando contra o vírus, pois
o Deus da vida está ao nosso lado.
Saudações,
P. Bernardo Asmon.
Quadro Noli me tangere de Ticiano (1512).
Antônio, dia 13, São João Batista, dia 24, e São
Pedro, dia 29. As festividades do mês de junho de
norte a sul é uma das mais belas expressões culturais
do Brasil desde o século XVI.
As maiores festas juninas do país acontecem no
Nordeste, sendo as mais conhecidas as de Campina
Grande, Paraíba, e Caruaru, Pernambuco. São dias e
noites com muito forró, sorriso no rosto, muitas cores
e muitas iguarias típicas da época, como milho verde,
amendoim, bolo de macaxeira, bolo de fubá, quentão
e muitas outras.
A alegria toma conta, o coração bate a mil quando se
ouve o canto da sanfona, cada um toma seu par, a
quadrilha começa e ninguém fica parado – Isso é
“São João!” –. Infelizmente, este ano será um pouco
diferente, muita coisa mudou. Não podemos nos
aglomerar, não podemos fazer a nossa quadrilha,
dançar entre amigos e desconhecidos e nem pular
fogueira. As festas juninas foram canceladas devido
a pandemia causada pela Covid-19. Tudo aquilo que
já estava programado foi adiado na esperança de dias
melhores. E assim esperamos e confiamos.
Contudo, não podemos deixar que a nossa alegria
seja cancelada junto com as grandes festas. E como
diz a canção de Victor Espadinha, “recordar é viver” ...
Recordemos as festas juninas anteriores e vivamos a
mesma alegria. Ouça as famosas músicas de São
João, e, em casa, dance, brinque e faça a sua pequena
fogueira. Rezemos para que os nossos santos juninos
intercedam por todos nós neste momento de
enfrentamento da pandemia. E confiemos que isso
tudo vai passar. E quando o mal passar, aí sim,
poderemos dançar forró e nos encher de alegria.
Viva São João, São Pedro e Santo Antônio!
Wesley Sousa
Muita alegria e
devoção fazem parte
das tradicionais festas
juninas no Brasil.
Celebramos três
grandes santos da
Igreja Católica: Santo
f
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Missionários do Verbo Divino – 125 anos no Brasil
COVID-19, UMA OPORTUNIDADE DE MUDANÇA!
ARLINDO PEREIRA DIAS, SVD
tencemos a uma geração que nunca havia
convivido com semelhante tragédia.
De repente os nossos templos se fecham, o
medo toma conta de muitos, e, outros
observam de maneira cética. Durante uma
das principais festas de nossa Igreja, a
Semana Santa, vimos o nosso pastor maior,
o Papa Francisco, celebrando
solitariamente para Roma e o mundo,
deixando aos católicos uma única
mensagem: “é tempo de prudência.
Fiquemos em casa, cuidemos uns dos
outros! Deixemos que os profissionais da
saúde façam a sua parte e nos orientem
sobre como proceder”.
Ciência e religião ocupam lugares
importantes e diferentes no tecido social.
Para os cristãos, ouvir, respeitar e deixar-se
orientar pelos cientistas, em momentos
como este, é sinal de reverência ao Criador
que dotou suas criaturas de capacidade e
inteligência para enfrentar os problemas,
administrá-los e encontrar soluções
apropriadas.
O vírus atravessou todas as fronteiras,
derrubou todos os muros e mostrou-nos as
grandes desigualdades sociais,
especialmente nos países do chamado
“terceiro mundo”. A pandemia traz consigo
a pergunta crucial: o “dinheiro ou a vida?”
e obriga os responsáveis pelos cofres
públicos a se posicionarem. No Brasil, de
uma hora para outra, caíram todas as
teorias de que as grandes reformas, que
sempre arrancam o couro dos mais pobres,
seriam a salvação do país. Parte do dinheiro
guardado nos cofres públicos, com muito
pesar por parte dos que detêm o poder, tem
que ser disponibilizado para socorrer as
famílias que vivem da renda mínima.
Alguns afirmam de forma equivocada que
finalmente “estamos todos no mesmo
barco”. Pura falácia! O mar é o mesmo,
mas os barcos são bem diferentes. Basta
tomar os dados em relação às pessoas mais
atingidas pela pandemia.
PALAVRA-CHAVE
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Obviamente são os que vivem nas
periferias abarrotadas de gente e os que não
tem acesso a planos de saúde. Em São
Paulo, entre os membros da Rede Rua, o
qual prestamos serviços às pessoas em
situação de rua, quando se ouvia a
recomendação mais do que justa do “fique
em casa!” nos perguntávamos: para quem
vive na rua, que sentido faz esta
recomendação? Felizmente, em alguns
municípios a prefeitura decidiu contratar
hotéis e disponibilizar vagas para estas
pessoas. Em São Paulo, o decreto foi
assinado, mas acho que até que se faça a
realidade, a pandemia ja terá sido superada.
No Brasil, infelizmente, o drama do
Coronavírus (COVID-19), criou um
abismo ainda maior, gerando visões
antagônicas do problema e de como
enfrentá-lo. O mundo observa com
surpresa o modo como quem governa o
país encara o desafio. O grupo que se soma
a ele tem adotado posturas que soam como
afronta ao bom senso. A queda dos últimos
ministros da saúde diz muito a este
respeito. Os representantes desta forma de
pensar parecem querer preservar a
economia a qualquer custo, e por isso,
deixam que ocorra o inevitável, a morte dos
mais frágeis, a começar pelos idosos. O
momento pede sintonia com os
governadores e prefeitos no seu dever de
cuidar da vida dos cidadãos e cidadãs,
conforme determina a Constituição. O
respeito pelo outro começa a partir de
pequenos gestos como uso de máscaras,
distanciamento adequado, evitar
aglomerações, coisa que parece longe do
proceder de algumas autoridades.
Felizmente contamos com a grande
maioria dos brasileiros que tomam a vida
como o dom mais precioso e estão
convencidos de que a economia deve estar
a serviço do ser humano e não o contrário.
Essas pessoas estão atentas às orientações
da ciência e buscam adotar as medidas
recomendadas pelos médicos, tais como o
uso de máscaras; a prática da higiene e a
permanência em casa como forma de evitar
a propagação da doença. Tenho por
mim, que deste grupo brota enorme
número de pessoas que de forma
criativa e generosa encontram
caminhos de solidariedade e
proximidade com os que mais sofrem
através de gestos concretos de partilha
de todos os tipos. Em muitos lugares e
situações, tem saído o melhor que
temos dentro de nos!
Rogo a Deus, que depois desta
pandemia, saiamos todos melhores do
que entramos. Que a vida de todos
tenha primazia e cresça o respeito e o
cuidado pela nossa querida mãe terra.
Que saiamos imunes do Coronavírus,
mas também alunos de uma escola de
vida onde todos se amem, se
respeitem e tenham as condições
necessárias para viver com alegria e
dignidade.
E is que uma grande pandemia
surpreende-nos a todos e se alastra
por todos os rincões do planeta. Per-
PASTORAL VOCACIONAL – BRN
- WhatsApp: (31) 998171986 - Facebook/pastoralvocacionalsvdbrasil
- Tel: (31) 3913-5379 - Instagram/missionáriosdovervodivino
- E-mail: [email protected] - Facebook/postulantadoverbita-brn
P. Arlindo Pereira Dias é religioso da Congregação
dos Missionários do Verbo Divino e desenvolve
trabalho com o Povo de Rua em São Paulo.
mailto:[email protected]
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Missionários do Verbo Divino – 125 anos no Brasil
Vida Religiosa e Futebol
Sempre foi imperativo para a humanidade a
colaboração, não é diferente para a Vida
Religiosa, um dos nossos maiores testemunhos
é a colaboração entre nós. Devemos aprender
a sutil arte do colaborar para afastar de nós o
mal do individualismo, tão disseminado em
nossa sociedade competitiva.
Para quem pensa que a vida de um seminarista
é somente ler filosofia e vida de santo e rezar,
está muito enganado, também nos exercitamos
e jogamos futebol...
O futebol como paixão do brasileiro, como es-
porte coletivo, possibilita para quem dele
desfruta, não a intensa competição, todavia, a
alegre disposição do estar junto, do saber “jogar
em equipe”, de conduzir a bola, como
conduzimos a vida, driblando a tristeza e o
sofrimento com maestria, em colaboração com
todos. Porque não seria futebol se existisse
apenas um jogador, muito menos existiria
comunidade e congregação religiosa se apenas
uma única pessoa quisesse sozinha fazer o gol,
aliás, o caminho do gol, ou melhor do Céu, é
sempre ao lado do outro.
Precisamos em todas as esferas da vida, da co-
laboração do outro, o próprio Deus, contou
com a ajuda de Maria e José, imaginemos nós...
Por isso, para treinar não somente o nosso
corpo, mas a nossa habilidade colaborativa,
nós, formandos Verbitas, jogamos muito,
quem sabe para o futuro, sejamos atletas e
enfrentaremos e ganharemos de 7 a 1 o Atlético
Mineiro. Ao esperarmos por isso, exercitemos
com o futebol, o grande desafio da
humanidade: a colaboração!
Arnaldo Lobato
Em pé, da esquerda para a direita: Francisco, Marcio, Jefferson, Douglas e Arnaldo;
Agachados, da esquerda para a direita: Yulles, Darlan, P. Bernardo, Wesley e P. Tomás.
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Missionários do Verbo Divino – 125 anos no Brasil
Dom da paz
Dom Helder Pessoa Câmara é o
patrono e intercessor da Casa do
Filosofado Verbita, em Contagem,
o Dom da paz, ou simplesmente,
“Dom” como era conhecido, foi
arcebispo da Arquidiocese de
Olinda e Recife e um dos
fundadores da CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil), falecido em 1999, era
um grande defensor da não-
violên- violência, pregava uma Igreja simples voltada para os pobres, sem
luxos ou vaidades. Por conta disso, foi bastante perseguido e nos
deixou um legado sem igual.
Em 2015, a Santa Sé reconhecendo as virtudes em vida do “Dom da
paz” o declara “Servo de Deus”, que é a primeira etapa de um
processo de canonização. Cinco anos após, a Igreja e a comunidade
em geral se alegra novamente com a notícia de que a qualquer
momento a Congregação para a Causa dos Santos deve expedir o
decreto de validade jurídica reconhecendo que toda documentação
minunciosamente estudada na fase arquidiocesana está de acordo
com as normas da Igreja.
Permaneçamos em oração e pedindo a sua intercessão sobre todos
nós. Salve o “Dom da vida”, salve o “Dom da paz”!
Oração pela beatificação e canonização de Dom
Helder Câmara
Ó Deus altíssimo, boníssimo e terníssimo, que
quisestes se revelar em toda vossa plenitude, na
generosidade, doação, renúncia e criatividade do
vosso servo Dom Helder Câmara. Vivendo agora a
expectativa da beatificação e canonização do vosso
místico e Dom da Paz, suplicamos com humildade e
confiança que venhais em socorro da humanidade,
nas injustiças, dores e angústias de toda natureza por
que passa a criatura humana e todo o universo. Que
o nosso bom Deus seja sempre mais louvado, através
do Servo de Deus Dom Helder, instrumento da vossa
paz e do vosso amor. Usando as palavras do Santo
Padre, o Papa Francisco: “No fim, encontrar-nos-
emos face a face com a beleza infinita de Deus e
poderemos ler, com jubilosa admiração, o mistério
do universo, o qual terá parte conosco na plenitude
sem fim”, na mais viva esperança, ó Pai, de vermos
todas as coisas renovadas. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.
Amém.
(Pedir a graça)
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.
O Sagrado Coração na vida de Santo Arnaldo Janssen
Pequeno Mensageiro do Sagrado Coração foi uma das formas de divulgar os
trabalhos do Apostolado da Oração e ao mesmo tempo divulgar o mundo
missionário para seus assinantes.
A sua devoção ao Sagrado Coração se torna mais visível, quando ele escolhe
o dia 16 de junho de 1875 – na comemoração do 200º aniversário da aparição
do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria – para dar o pontapé espiritual
da sua obra missionária. Nesta data, ele realizou a compra do terreno para sua
obra missionária. E Arnaldo, junto com outros três futuros membros da
congregação fazem a sua consagração ao Sagrado Coração de Jesus. Sua
paixão pelo Sagrado Coração de Jesus se tornou uma das orações e um dos
lemas da família Arnaldina: Viva o Coração de Jesus no coração dos homens!
Por isso, desde o início da fundação da Congregação, como sinal de gratidão,
Santo Arnaldo deixou esta grande herança e exortou deste modo: “A Casa das
Missões nunca se esquecerá desta sua origem. Todos os seus objetivos a
orientam a trabalhar pelo cumprimento das múltiplas intenções do Sagrado
Coração de Jesus.” Deste modo, os Missionários do Verbo Divino são
chamados e convidados, constantemente e conscientemente, a renovar e viver
esta grande exortação e herança do seu Fundador.
Compilação de P. Tomás Cheruplavil
A devoção ao Sagrado
Coração na vida de Arnaldo
Janssen tomou novos rumos em 1865 quando ele se tornou
membro e logo diretor do
Apostolado da Oração na sua
diocese de Müenster, Alemanha.
Seguindo a tradição familiar de
oração à Santíssima Trindade e
uma devoção especial ao Espírito
Santo, Arnaldo aprofundou a sua
espiritualidade com a devoção ao
Sagrado Coração de Jesus e
veneração ao Verbo Divino.
Ele começou a difundir e a
divulgar com grande zelo, fervor e
entusiasmo o Apostolado da
Oração e sobretudo a devoção ao
Sagrado Coração de Jesus,
compondo muitas orações ao
Coração Divino. A revista O
Pequeno
ANIVERSARIANTES DA COMUNIDADE
14/06 – Marcio Vieira
17/06 – Jefferson Oliveira
Damos graças a Deus pelo dom da vida de nossos
irmãos e pedimos as suas orações por eles!
Parabéns!
Na onda da Transmissão ao Vivo Live
A música sempre embalou nossos sonhos e nossas mais íntimas emoções, somos seres musicais: cantamos para nos alegrar, para festejar e, também, para curar determinadas tristesas.
A música faz parte dos nossos ritos mais importantes. Ressignificando a vida e mesmo distante do povo, encontramos uma maneira de sempre estar perto dele, nossa maior missão e razão. Por isso, realizamos duas Transmissões ao Vivo, com intensa participação de nossos amigos, familiares e pessoas que conhecemos nesse nosso mundo de meu Deus, cantamos para afastar a tristeza e nos conectarmos uns com os outros.
DA REDAÇÃO
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Missionários do Verbo Divino – 125 anos no Brasil
Cultura Modo avião
Quanto tempo eu passo no meu celular?
Um filme jovem, com pegada contemporânea, é a nossa sugestão de “cine” desta edição. “Modo
avião” é um filme nacional, saindo quentinho, dirigido por César Rodrigues e tem no elenco
Larissa Manoela (Ana), Erasmo Carlos (Germano), André Frambach (João), Katiuscia Canoro
(Carola) e outros atores/artistas consagrados do cenário nacional.
A relação e a dependência do “eu” com o celular é o tema central do filme, ótimo para ser
assistindo em família para discutir as necessidades que envolvem os laços familiares: ao
deixarmos o celular descobrimos o “mundo”.
A sinopse do filme é a seguinte: o castigo de Ana – uma influenciadora digital – por ter batido
o carro enquanto falava ao celular é ser mandada à casa do avô (Germano) no campo, sem sinal
de celular e sem direito a selfie, lá numa série de acontecimentos, ela muda radicalmente a sua
vida.
“Ana entra em um profundo processo de autoconhecimento e estabelece mais proximidade e
afeto pela sua família e por ela própria”.
“Modo avião” bateu recorde de audiência via Netflix em diversos países, sendo o primeiro filme
nacional de comédia da plataforma digital. Uma pena que esteja disponível somente pelo meio
digital Netflix, pois vale muito a pena todos terem acesso a este longa que é mais uma das obras
nacionais de reflexão do “eu” que nem todos têm acesso.
Anedotas
Nunca usei bombacha, não gosto de
chimarrão e nem de me lembrar da
última vez que subi num cavalo.
Aliás, o cavalo também não gosta.
Luís Fernando Veríssimo.
Quando nasci era tão feio que
minha mãe perguntou ao meu pai:
"Ele não é um tesouro?" E meu pai
respondeu: "É sim, vamos
enterrar!" (Desconhecido)
Interatividade Nosso endereço eletrônico para críticas, sugestões e
comentários: [email protected]
Editorial
Editor e diagramador: Wesley Sousa
Editor: José Moraes
Revisão ortográfica: Arnaldo Lobato
INFORMATIVO
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