Corrente Existencialista

7/18/2019 Corrente Existencialista

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A Corrente Existencialista A Corrente Existencialista A existência e a liberdade A existência e a liberdade



Principais Conceitos ePrincipais Conceitos e

Definições.Definições. O termo existencialismo designa o conjunto de tendênciasO termo existencialismo designa o conjunto de tendênciasfilosóficas ue! embora di"ergentes em "#rios aspectos! têm nafilosóficas ue! embora di"ergentes em "#rios aspectos! têm naexistência o ponto de partida e o objeto fundamental de reflexões.existência o ponto de partida e o objeto fundamental de reflexões.Por isso! podemos design#$las mais propriamente de filosofias dePor isso! podemos design#$las mais propriamente de filosofias deexistência! no plural.existência! no plural.

O ue % existir&O ue % existir& 'mplica nas relações do (omem consigo! com os outros seres'mplica nas relações do (omem consigo! com os outros seres(umanos! com os objetos culturais e com a nature)a.(umanos! com os objetos culturais e com a nature)a.

Podem ser determinadas *Ex+ leis da f,sica-Podem ser determinadas *Ex+ leis da f,sica- Ou indeterminadas *resultam da nossa liberdade ou do acaso!Ou indeterminadas *resultam da nossa liberdade ou do acaso!

sendo poss,"eis acontecer ou no-sendo poss,"eis acontecer ou no- /iso dram#tica da condiço (umana/iso dram#tica da condiço (umana Albert Camus+ 0a 1nica uesto filosófica s%ria % o suic,dio2 Albert Camus+ 0a 1nica uesto filosófica s%ria % o suic,dio2



Conceitos caracter,sticos doConceitos caracter,sticos doexistencialismoexistencialismo

3er 4umano+3er 4umano+ % entendido como uma realidade imperfeita! aberta e% entendido como uma realidade imperfeita! aberta einacabada! ue foi 0lançada2 ao mundo e "i"e sob riscos e ameaças.inacabada! ue foi 0lançada2 ao mundo e "i"e sob riscos e ameaças.

5iberdade 4umana+5iberdade 4umana+ no % plena! mas condicionada 6sno % plena! mas condicionada 6scircunst7ncias (istóricas da existência. 8este sentido! uerer nocircunst7ncias (istóricas da existência. 8este sentido! uerer nose identifica com poder. 4omens e mul(eres agem no mundose identifica com poder. 4omens e mul(eres agem no mundo

superando ou no os obst#culos ue l(es apresentam.superando ou no os obst#culos ue l(es apresentam. /ida 4umana+/ida 4umana+ no % um camin(o seguro em direço ao progresso!no % um camin(o seguro em direço ao progresso!ao êxito e ao crescimento. Ao contr#rio! % marcada por situações deao êxito e ao crescimento. Ao contr#rio! % marcada por situações desofrimento! como doença! dor! injustiças! luta pela sobre"i"ência!sofrimento! como doença! dor! injustiças! luta pela sobre"i"ência!fracassos! "el(ice e morte. Assim! no podemos ignorar ofracassos! "el(ice e morte. Assim! no podemos ignorar osofrimento (umano! a ang1stia interior! a exploraço social. 9sofrimento (umano! a ang1stia interior! a exploraço social. 9preciso considerar estes aspectos ad"ersos da "ida e encar#$los.preciso considerar estes aspectos ad"ersos da "ida e encar#$los.

3urgidas propriamente no s%culo ::! as filosofias da existência3urgidas propriamente no s%culo ::! as filosofias da existênciasofreram influência do pensamento de alguns filósofos do per,odosofreram influência do pensamento de alguns filósofos do per,odoanterior! considerados! por isso pr%$existencialistas. Entre eles!anterior! considerados! por isso pr%$existencialistas. Entre eles!destacam$se 3c(open(auer! ;ier<egaard! 8iet)sc(e e 4usserl.destacam$se 3c(open(auer! ;ier<egaard! 8iet)sc(e e 4usserl.



3=ren ;ier<egaard *>?>@ >?BB-3=ren ;ier<egaard *>?>@ >?BB-

amb%m contestou a supremacia da ra)o como 1nico instrumentoamb%m contestou a supremacia da ra)o como 1nico instrumentocapa) de estabelecer a "erdade! tal como 4egel propun(a.capa) de estabelecer a "erdade! tal como 4egel propun(a.

Como pensador cristo! defendeu o con(ecimento ue se originaComo pensador cristo! defendeu o con(ecimento ue se originada f%. ;ier<egaard afirma"a ue a existência (umana possui trêsda f%. ;ier<egaard afirma"a ue a existência (umana possui trêsdimensões+dimensões+

A dimenso est%tica+ A dimenso est%tica+ na ual se procura o pra)erna ual se procura o pra)er A dimenso %tica+ A dimenso %tica+ na ual se "i"encia o problema da liberdade e dana ual se "i"encia o problema da liberdade e da

contradiço entre o pra)er e o de"ercontradiço entre o pra)er e o de"er A dimenso religiosa+ A dimenso religiosa+ marcada pela f%.marcada pela f%. De acordo com o filósofo! cabe ao (omem escol(er em ueDe acordo com o filósofo! cabe ao (omem escol(er em ue

dimenso ele uer "i"er! j# ue se trata de dimensões ue sedimenso ele uer "i"er! j# ue se trata de dimensões ue se

excluem entre si. Essas dimensões podem ser entendidas! tamb%mexcluem entre si. Essas dimensões podem ser entendidas! tamb%mcomo etapas pelas uais o (omem passa durante a sua existência+como etapas pelas uais o (omem passa durante a sua existência+primeiro "iria a est%tica! depois a %tica e! por 1ltimo! a religiosa! ueprimeiro "iria a est%tica! depois a %tica e! por 1ltimo! a religiosa! ueseria a mais ele"ada.seria a mais ele"ada.



3ua principal cr,tica em relaço a 4egel % ue3ua principal cr,tica em relaço a 4egel % uesua filosofia no le"a em consideraço asua filosofia no le"a em consideraço a

subjeti"idade (umana.subjeti"idade (umana. 'nfluenciou profundamente os irracionalistas e'nfluenciou profundamente os irracionalistas e

os existencialistas! postulando ue nen(umos existencialistas! postulando ue nen(umsistema de pensamento consegue dar conta dasistema de pensamento consegue dar conta da

experiência ampla e 1nica da "ida indi"idual.experiência ampla e 1nica da "ida indi"idual. Opondo$se a abstraço (egeliana! ;ier<egaardOpondo$se a abstraço (egeliana! ;ier<egaard

procurou destacar as condições espec,ficas daprocurou destacar as condições espec,ficas da

existência (umana e incorpor#$las 6s reflexõesexistência (umana e incorpor#$las 6s reflexõesfilosóficas ! por isso % c(amado de 0o pai dofilosóficas ! por isso % c(amado de 0o pai doexistencialismo2.existencialismo2.



Em sua obra! procurou analisar os problemasEm sua obra! procurou analisar os problemasda relaço existencial do (omem com o mundo!da relaço existencial do (omem com o mundo!consigo mesmo e com Deus+consigo mesmo e com Deus+

A relaço do (omem com o mundo outros A relaço do (omem com o mundo outrosseres (umanos e a nature)a % dominada pelaseres (umanos e a nature)a % dominada pelaang1stiaang1stia! ue % entendida como o sentimento! ue % entendida como o sentimentoprofundo ue temos ao perceber a instabilidadeprofundo ue temos ao perceber a instabilidade

de "i"er num mundo de acontecimentosde "i"er num mundo de acontecimentosposs,"eis! sem garantia de ue nossasposs,"eis! sem garantia de ue nossasexpectati"as sejam reali)adas.expectati"as sejam reali)adas.

008o poss,"el! tudo % poss,"el28o poss,"el! tudo % poss,"el2 Assim! "i"emos num mundo onde tanto % Assim! "i"emos num mundo onde tanto %

poss,"el a dor como o pra)er! o bem como oposs,"el a dor como o pra)er! o bem como omal! o amor como o ódio! o fa"or#"el como omal! o amor como o ódio! o fa"or#"el como odesfa"or#"el.desfa"or#"el.



A relaço do (omem consigo % marcada pela A relaço do (omem consigo % marcada pelainuietaçoinuietaço e peloe pelo desesperodesespero. 'sso ocorre por. 'sso ocorre por

duas ra)ões fundamentais+ ou porue o (omemduas ra)ões fundamentais+ ou porue o (omemnunca est# plenamente satisfeito com asnunca est# plenamente satisfeito com aspossibilidades ue reali)ou! ou porue nopossibilidades ue reali)ou! ou porue noconseguiu reali)ar o ue pretendia! esgotandoconseguiu reali)ar o ue pretendia! esgotando

os limites do poss,"el e fracassando diante deos limites do poss,"el e fracassando diante desuas expectati"as.suas expectati"as. A relaço do (omem com Deus seria tal"e) a A relaço do (omem com Deus seria tal"e) a

1nica "ia para a superaço da ang1stia e do1nica "ia para a superaço da ang1stia e do

desespero. Contudo! % marcada pelodesespero. Contudo! % marcada pelo paradoxoparadoxo de ter de compreender pela f% o ue %de ter de compreender pela f% o ue %incompreens,"el pela ra)o.incompreens,"el pela ra)o.



8iilismo8iilismo

3egundo a analise de 8iet)sc(e! no momento em ue o3egundo a analise de 8iet)sc(e! no momento em ue ocristianismo deixou de ser a 01nica "erdade2 para secristianismo deixou de ser a 01nica "erdade2 para setornar uma das interpretações poss,"eis do mundo! todatornar uma das interpretações poss,"eis do mundo! todaa ci"ili)aço ocidental e seusa ci"ili)aço ocidental e seus valores absolutosvalores absolutos foramforampostos em xeue. 8esse contexto! ocorre uma escaladapostos em xeue. 8esse contexto! ocorre uma escaladado 8iilismo ue de"e ser entendido como um sentimentodo 8iilismo ue de"e ser entendido como um sentimentoopressi"o e difuso! próprio 6s fases agudas deopressi"o e difuso! próprio 6s fases agudas dedecadência de uma cultura. O niilismo seria a expressodecadência de uma cultura. O niilismo seria a expressoafeti"a e intelectual da decadência.afeti"a e intelectual da decadência.

O niilismo moderno apontado por 8iet)sc(e assenta$se!O niilismo moderno apontado por 8iet)sc(e assenta$se!

entre outras coisas! na afirmaço da morte de Deus! ueentre outras coisas! na afirmaço da morte de Deus! ue% interpretada como a rejeiço 6 crença num ser% interpretada como a rejeiço 6 crença num serabsoluto e transcendental! capa) de traçar para todos osabsoluto e transcendental! capa) de traçar para todos os(umanos 0o camin(o! a "erdade e a "ida2.(umanos 0o camin(o! a "erdade e a "ida2.



Assim! por meio do niilismo! o (omem moderno Assim! por meio do niilismo! o (omem moderno"i"encia a perda de sentido dos "alores"i"encia a perda de sentido dos "aloressuperiores de nossa cultura. Por essa ótica! osuperiores de nossa cultura. Por essa ótica! o

niilismo seria o sentimento coleti"o de ueniilismo seria o sentimento coleti"o de uenossos sistemas tradicionais de "aloraço! tantonossos sistemas tradicionais de "aloraço! tantono plano do con(ecimento uanto no %tico$no plano do con(ecimento uanto no %tico$religioso! ou sóciopol,tico! ficaram semreligioso! ou sóciopol,tico! ficaram sem

consistência e j# no podem mais atuar comoconsistência e j# no podem mais atuar comoinst7ncias doadoras de sentido e fundamentoinst7ncias doadoras de sentido e fundamentopara o con(ecimento e a aço.para o con(ecimento e a aço.

00Ouse conuistar a si2 tal"e) seja a grandeOuse conuistar a si2 tal"e) seja a grande

indicaço niet)sc(eana 6ueles ue buscamindicaço niet)sc(eana 6ueles ue buscam"i"er a 0liberdade da ra)o2! sem conformismo!"i"er a 0liberdade da ra)o2! sem conformismo!resignaço ou submisso.resignaço ou submisso.



EA8$PAF5 3AGGEEA8$PAF5 3AGGE

O existencialismo de 3artreO existencialismo de 3artreafirma ue o (omem %afirma ue o (omem %

inteiramente respons#"el porinteiramente respons#"el porauilo ue %! sobre os "aloresauilo ue %! sobre os "aloresafirma ue o (omem % uem osafirma ue o (omem % uem oscria! e o "alor da "ida % o sentidocria! e o "alor da "ida % o sentidoue cada (omem escol(e para siue cada (omem escol(e para simesmo.mesmo.



HIJKLJ>BHIJKLJ>B MMM.nilson.pro.br MMM.nilson.pro.br >N>N



E:EGCC'O DE ':AQRO

Em O existencialismo % um (umanismo! 3artre cita Dostoie"s<i+ S3eDeus no existe! tudo % permitidoS. A interpretaço de 3artre sobre essa sentença est# indicada de modomais adeuado em+ A- Deus no existe e no (# essência (umana anterior 6 sua existênciao (omem! condenado 6 liberdade e lançado no mundo! % respons#"elpor tudo o ue fa).T- Ou a moral no tem um fundamento absoluto *Deus-! ou no (#moral poss,"el como essa fundamentaço moral % necess#ria! Deustem de! necessariamente! existir.C- Deus no existe e no (# essência (umana anterior 6 sua existência% necess#rio ento afirmar o relati"ismo moral para toda e ualuer

aço (umana.D- Deus no existe e no (# essência (umana anterior 6 sua existênciano entanto! % necess#rio considerar certos "alores como existindo apriori.

GE3PO3A 5EGA A



3obre a o Existencialismo! como corrente contempor7nea de pensamento! o ensa,sta AlbertCamus *HK>H-! uando analisa sobre o suic,dio! cita nesta obra O Uito de 3,sifo+ VUorrer por"ontade própria supõe ue se recon(eceu! mesmo instinti"amente! o car#ter rid,culo dessecostume! a ausência de ualuer moti"o profundo para "i"er! o car#ter insensato da agitaçocotidiana e a inutilidade do sofrimentoW. 8o mesmo sentido! Danilo Uarcondes *HKKL- afirma+ VEssa

filosofia tem origem na própria an#lise fenomenológica da consciência intencionalW e completa uetem por moti"o a reflexo Vda experiência (umana concretaW. 3obre o Existencialismo! % incorretoafirmar+a- O existencialismo % uma corrente contempor7nea de pensamento filosófico desen"ol"ido por3artre e inspirado na filosofia de 4eidegger! com o ual 3artre entrou em contato uando estudouna Aleman(a.b- Camus justifica o suic,dio! no seu ensaio existencialista! muito semel(ante ao pensador francês9mile Dur<(eim na sua cl#ssica obra O 3uic,dio! ou seja! para Camus o aspecto existencialista dosuic,dio "em da ang1stia social.c- Para o existencialismo essa Vcondiço concreta da experiência (umanaW atra"essa sualiberdade! portanto! o (omem sempre est# em situaço! nesse sentido! no escapa da ang1stia!de"ido refletir sobre o sentido da "ida.d- A consciência existencialista sabe ue no pode atingir o absoluto! como Deus mas pensar a

relaço da "ida *e morte- com o absoluto da condiço (umana! de"e ser a ati"idade filosóficaefeti"a! dada como ideal da consciência para se atingir a plena identidade consigo mesma.e- O existencialismo de Camus aposta na uesto+ V9 preciso imaginar 3,sifo feli)W! ou seja! atarefa inacab#"el de 3,sifo durante o seu regresso uando tamb%m ele tem a V(ora daconsciênciaW para no"amente rolar a roc(a *para cima-! demonstra ue a tarefa de"e sercumprida! apesar do absurdo! pois! % ela ue d# sentido 6 "ida.

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