Post on 24-Jul-2015
GASTROTOMIA, GASTRECTOMIA E GASTROSTOMIA
Andressa Pereira
Constatino Duarte
Iane Karina
Sananda Kayrone
Thaline Marques
EQUIPE:
ANATOMIA DO ESTÔMAGO
GASTROTOMIA
É uma abertura na parede anterior do estômago através de uma incisão abdominal para obtenção de acesso e exploração do seu interior.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES:
Explorar sangramentos no trato gastrointestinal superior;
Realizar biópsia de tecido; Remover lesões gástricas;Retirada de corpos estranhos
GASTRECTOMIA
GASTRECTOMIA
Gastrectomia é um procedimento cirúrgico de ressecção parcial ou total do estômago e têm sua maior indicação para o tratamento do câncer gástrico.
1881 - Billroth 1887 – Schltter
PATOLOGIA:
95% dos canceres gástricos são adenocarcinoma.
FATORES DE RISCO:Região geográfica;Dieta; Idade (maior de 50 anos – 5% abaixo dos 40 anos);Sexo (principalmente masculino);Alcoolistas;Tabagistas;Histórico familiar de câncer de estômago;Pólipos gástricos;Gastrite crônica.
DIAGNÓSTICO
História ClínicaEndoscopia;Exames de imagem, especialmente raios-X e tomografia computadorizada;
Biopsia.
SINTOMAS:Dor epigástrica;Vômitos;Emagrecimento;Plenitude pós prandial;Astenia.
TRATAMENTO:
Gastrectomia parcial ou total (associadas a outros tratamentos)
TIPOS DE GASTRECTOMIA:PARCIAL:
(Billroth I): É a ressecção de uma porção doente do estômago através de uma incisão abdominal e estabelecimento de uma anastomose entre o estômago e o duodeno. Ela é realizada para remoção de uma lesão benigna ou maligna localizada no piloro ou metade superior do estômago.
(Billroth II): É uma ressecção da porção distal do estômago através de uma incisão abdominal e estabelecimento de uma anastomose entre o estômago e o jejuno. Essa manobra é realizada para remover uma lesão benigna ou maligna no estômago ou duodeno.
GASTRECTOMIA TOTAL: É a remoção completa do estômago e estabelecimento de uma anastomose entre o jejuno e o esôfago. A cirurgia é feita como procedimento possivelmente paliativo ou curativo pela remoção de uma lesão maligna do estômago e metástases nos nódulos linfáticos adjacentes.
INCISÃO:
Aberta (Laparotomia) Fechada (Laparoscopia)
NO PÓS – CIRÚRGICO O PACIENTE APRESENTA:Conseqüências nutricionais, agudas ou crônicas; anorexia; diarréia; Síndrome de Dumping; perda de peso; anemia; desnutrição protéico-energética.
CUIDADOS COM O PACIENTE SUBMETIDO A GASTRECTOMIA.PRÉ-OPERATÓRIO
Orientar sobre jejum (período mediato); Tranquilizar o paciente;
Orientar o abandono de álcool e tabaco (período mediato);
Dar informações sobre o ato cirúrgico;
Investigar medicações e alergias; Encaminhar o paciente à SO;
Orientar rotina do hospital e da SO; Retirar esmalte de unhas caso estejam pintadas;
Investigar comorbidades como DM e HAS; Orientar sobre alimentação líquida;
Realizar introdução de SNG quando necessário; Checar jejum e lavagem gástrica se necessário;
Realizar exame físico e monitorar SSVV; Realizar tricotomia se necessário;
Investigar hábitos alimentares; Investigar cirurgias anteriores;
Investigar história familiar; Administrar drogas pré-anestésicas;
CUIDADOS COM O PACIENTE SUBMETIDO A GASTRECTOMIA.PÓS-OPERATÓRIO
Colocar paciente em Fowler; Adm. alimentação pela SNG e observando possíveis obstruções;
Observar aspectos do líquidos drenados pela SNG;
Orientar o paciente quanto a retirada de pontos;
Observar aceitação ou não da dieta após retirada da SNG e anotar;
Orientar limpeza da FO;
Observar retorno do peristaltismo; Orientar sobre o tipo de alimentação que pode ser ingerida;
Administrar analgésicos se prescritos; Orientar sobre a volta às AVD;
Observar sinais flogísticos; Orientar sobre novas rotinas dependendo do tipo de cirurgia;
Realizar curativo da FO segundo os protocolos da instituição;
Orientar o paciente sobre a continuidade do tratamento clínico;
Orientar e incentivar deambulação precoce; Dar apoio emocional necessário.
GASTROSTOMIA
DEFINIÇÃO
É um procedimento cirúrgico que estabelece a comunicação direta do estômago com o exterior;
Vias de acesso para realização: Laparotomia EndoscopiaLaraposcopia
INDICAÇÕES
Descompressão GástricaAdministração de AlimentosHidrataçãoMétodo auxiliar de dilatação esofágica
CONTRA-INDICAÇÕES Intolerância ao dreno
Quando possível sondagem nasogástrica
Ascite importante
Coagulopatia
Doença da parede gástrica
Cicatrização deficiente
Peritonite
Carcinomatose peritoneal
Varizes gástricas
Refluxo gastresofágico grave
TIPOS DE GASTROSTOMIA
Operatórias (Temporárias ou Permanentes)
Tipo Stamm
Tipo Witzel
Tipo Depage Janeway
Tipo Beck-Carrel-Jianu
Tipo Patton
Tipo Spivack-Watsuji
Percutâneas
Gastrostomia Endoscópica Percutânea (GEP)
Gastrostomia Radiológica Percutânea (GRP)
Gastrostomia Laparoscópica
SELEÇÃO DA TÉCNICA IDEAL
Peso corporal do paciente (obesos dificultam a técnica percutânea)
Presença de doenças preexistentes (ex. estenose de esôfago que também prejudica a técnica percutânea)
Duração do procedimento (temporário ou permanente) Contra-indicações à anestesia geral (preferindo, assim, técnicas que usem anestesia local)
COMPLICAÇÕES
Dor local
Infecção no local da saída do cateter
Infecção da ferida operatória
Hemorragia gástrica
Fístula gástrica (podendo provocar peritonite grave e fatal)
Fístulas gatrocutâneas após retirar o cateter
Complicações anestésicas
Complicações relacionadas ao cateter (entupimento, ruptura dele ou do balão, função inadequada, tração inapropriada com retirada involuntária)
Perfuração Gástrica
GASTROSTOMIA: CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO
Orientar os pacientes e os familiares sobre o procedimento;
Avaliar as condições da pele onde será realizada a incisão cirúrgica;
Realizar a tricotomia, SN.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO
Observar se há vazamento do suco gástrica pela incisão; em caso positivo e SN, trocar o curativo;
Proteger a pele com as pomadas prescritas pelo médico;
Manter a sonda na posição colocando uma fina faixa de fita adesiva ao redor da sonda e prendendo-a em seguida, firmemente, no abdome;
Avaliar a pele ao redor da gastrostomia diariamente;
Fazer a higiene oral com frequência;
Observar os cuidados relativos à alimentação e iniciar dieta líquida, cpm.
TIPOS DE DIETA ENTERAL
1. Dieta caseira
2. Dieta industrializada
CUIDADOS COM A DIETAConservar a dieta na geladeira;
Retirar da geladeira apenas o volume a ser administrado, 30 a 45 minutos antes do horário da administração;
Não aquecer a dieta;
Utilizar a dieta até 24 horas após o seu preparo;
Posicionar o paciente sentado ou deitado com as costas elevadas durante a administração da dieta e por mais trinta minutos;
Conectar o frasco com dieta ao equipo, preencher o equipo com a dieta e conectar a sonda;
Administrar o gotejamento e o tempo de infusão da dieta;
Administrar toda a dieta, desconectar o equipo, lavar com seringa com 10 a 15 ml de água a sonda;
Reunir todo o material, lavar as mãos;
Lavar o equipo e o frasco da dieta corretamente.
CUIDADOS COM A SONDA DA GASTROSTOMIA
Evitar a entrada de ar pela sonda durante a alimentação;Introduzir água pela sonda, após a alimentação, tanto para hidratar o paciente quanto para evitar a obstrução da sonda;
Pedir ao paciente que relate qualquer tipo de desconforto durante a alimentação;
Observar o funcionamento intestinal;Controlar o peso do paciente diariamente;
CUIDADOS COM O ESTOMA
O estoma não deve ser tocado nas primeira 8 – 12 horas após a instalação;Antes de limpar o estoma, lave as mãos com água e sabão. Seque-as bem. Limpe o estoma com sabão neutro e agua morna usando uma gaze;Após limpeza, o dispositivo de fixação (cogumelo externo) deve ser recolocado em sua posição original, conforme a marcação próxima ao estoma. É importante que o fixador não esteja apertado junto à pele, sob o risco de lesioná-la;
O desposicionamento ou tração do cateter de gastrostomia podem ser evitados realizando fixação do mesmo no abdome com uma fita hipoalergênica (micropore ou fita de silicone para pacientes com fragilidade capilar).
Se houver desposicionamento do cateter ou, até mesmo, saída total do mesmo, a administração da dieta deverá ser interrompida e o médico ou enfermeiro devidamente capacitado para tal será chamado para avaliar o reposicionamento do mesmo cateter ou de um cateter novo.
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERIOPERATÓRIO
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
Investigar – os motivos que levaram
a realização da cirurgia;
Avaliar a cavidade oral, dentição ,
língua abdome e reto;
Realizar entrevista e exame físico;
Investigar os seguintes fatores:
Alterações na ingestão de alimentos
decorrentes de inapetência;
Disfagia ou refluxo esofágico;
Consumo de álcool, tabagismo;
História pregressa de doenças
gastrintestinais ou cirurgias;
História familiar de doenças
gastrintestinais como câncer;
Hábitos intestinais;
Uso de medicamentos, etc.
PRÉ-OPERATÓRIODE RE IE
Ansiedade O paciente se manterá calmo Tranquilizar o paciente;Deixá-lo em local tranquilo antes da cirurgia;Mostrar ao paciente que é um procedimento necessário para seu bem-estar;
Conhecimento deficiente O paciente apresentará conhecimento acerca da cirurgia e cuidados
Explicar rotina do hospital;SO;Tipo de cirurgia;Tipo de anestesia;Dar orientações para o pós-anestésico e pós-cirurgico;Informar sobre o possível diagnóstico de câncer.
Dor O paciente terá dor diminuída/não apresentará dor
Administrar analgésico cpm; Avaliar características da dor;Investigar possíveis causas e acalmar o pacienteAvaliar permeabilidade de sondas;Investigar retenção urinária e gases. (pós)
PÓS-OPERATÓRIO DE RE IE
Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais
O paciente manterá dieta equilibrada
Avaliar aceitação ou não da dieta;Administrar alimentação prescrita;Observar permeabilidade da sonda;Monitorar náusea e êmese;Orientar nutrição equilibrada após alta;Anotar todas as informações.
Padrão respiratório ineficaz
O paciente apresentará padrão respiratório normal
Colocar o paciente em Fowler;Realizar mudança de decúbito e realizar massagem de conforto;Incentivar deambulação precoce; Orientar a execução de respiração dirigida;Incentivar a tosse;Adm 02 se prescrito.
Risco para lesão oral
O paciente não apresentará lesão oral e nos lábios
Umedecer os lábios do paciente com espátula envolta em gases umedecidas.
REFERÊNCIAS: MEEKER MH, ROTHROCK JA. Cuidados de enfermagem ao paciente
cirúrgico.10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997
BROMBERG,
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-estomago
http://www.inca.gov.br/rbc/n_46/v03/pdf/artigo6.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-28032001000400011&script=sci_arttext
http://www.scielosp.org/pdf/csp/v13s1/1430.pdf
http://sbnperj.com.br/wp-content/uploads/2014/05/cuidados_pacientes_com_gastrotomia.pdf
http://depotz.net/readarticle.php?article_id=2521
http://revista.fmrp.usp.br/2011/vol44n1/Simp4_Gastrostomia_e_jejunostomia%20atual.pdf