O PROBLEMA DE CAUCHY PARA A EQUAÇAO SUPER...
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INSTI1TTO DE
de Campinas E Cül\IPUTAÇAO
Departamento de Matemática
Tese de Doutorado
O PROBLEMA DE CAUCHY PARA A EQUAÇAO SUPER KORTEWEG-DE
VRIES
Amauri da Silva Barros
Orientador: Prof. Dr. Jaime Angulo Pava
O PROBLEMA DE CAUCHY PARA A EQUAÇAO
Banca examinadora:
Pro f. Dr. Jaime Angulo Fava
Pro f. Dr. Orlando Francisco Lopes
Pro f. Dr. Márcia A. Guimarães Scialom
Pro f. Dr. José Felipe L in ares Ramirez
Pro f. Dr. ·wagner Vieira Leite Nunes
Este exemplar corresponde à redação
da tese devidamente corrigida e defendida
por Amauri da Silva Barros e aprovada
pela comissão julgadora.
Dr .. Jajfue A~gulo Pava . '
Orientador
Tese apresentada ao Instituto de Ma
temática, Estatística e Computação Ci
entífica, UKICAMP, como requisito parcial
para obtenção do Título de Doutor em
Matemática.
B278p
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IMECC DA UNICAMP
Barros. Amauri da Silva
O problema de Cauchy para a equação super Korteweg-de Vries !
Amauri da Silva Barros --Campinas, [S.P. :s.n.], 2004.
Orientador :Jaime Angulo Pava
Tese (doutorado)- Universidade Estadual de Campinas, Instituto
de Matemática, Estatística e Computação Científica.
l. Cauchy, Problemas de. 2. Equações de evolução não-lineares. 3.
Sobolev, Espaços de. !. Pava, Jaime Angu!o. !!. Universidade Estadual
de Campinas. Instituto de Matemática, Estatística e Computação
Científica. !li. Título.
Tese de Doutorado defendida em 31 de maio de 2004 e aprovada
Pela Banca Exanlin:ad•[)l
Prof. (a),(a). MARCIA ASSUMPÇÃO GUIMARÃES SCIALOM
Prof. (a). Dr (a). JOSÉ FELIPE LINARES RAMIREZ
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela vida e por mais esta conquista tão especial.
A I\ ossa Senhora Aparecida, minha referência de fé, conforto, equilíbrio e proteção em
todos os momentos.
Ao meu orientador, Professor Dr. Jaime Angulo Pava, pela amizade e pela excelente
orientação.
Aos professores Orlando Lopes, Márcia A. Guimarães Scialom, José Felipe Línares Ra
mires, Wagner Vieira Leite :\unes (membros da comissão julgadora), pelo apoio constante e
pelas sugestões que tornaram a presente versão deste trabalho mais completa que a anterior.
Aos funcionários desta Universidade, pela eficiência e presteza, especialmente a Cidinha,
Tânia e Ednaldo (Secretaria de Pós-Graduação do IMECC).
Ao corpo docente do IMECC-UI\ICAMP, pelos ensinamentos proporcionados e pelo am
biente científico favoráveL
Aos amigos e colegas do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Ala
goas (UFAL), pelo apoio constante e por assumirem pelo ônus do meu afastamento.
A CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, que junta
mente com a Universidade Federal de Alagoas (através do PICDT) me proporcionaram o
indispensável auxílio financeiro.
Ao Departamento de Matemática da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde tive o
privilégio de fazer meu Mestrado em Matemática.
Aos amigos-irmãos: Givaldo Oliveira dos Santos, Vânia Fragoso de Melo, João de Deus
ii
Líma e suas respectivas famílias, por todo apoio e companheirismo ao longo de toda jornada
graduação e pós-graduação,
Aos meus colegas e amigos da pós-graduação e pós-doutorado E\IECC com quem
tive o prazer de con\-i-ver ao longo destes quatro anos - especialmente os da rninha turn1a.
sintam-se todos mencionados aqui,
Ao amigo Lindomberg pela assistência computacional qualificada em os momentos.
A minha esposa Regina Telma e aos meus filhos queridos Lucas, Larissa e Juninho por
todo carinho, incentivo e compreensão em todos os momentos desta jornada, principalmente
quando estive ausente,
Aos meus pais ~'lance] Vieira de Barros e Josefa da Silva Barros. pela vida e por todo
passos, mesmo nao acesso a escola.
n1eus innãos. cunhado( a)s. sobrinho( a)s e den1ais familiares pelo constante incentivo,
carinho, respeito e companheirismo, qualidades essenciais ao conceito de famíiia,
A minha madrinha Antonia Vieira e família, a D, Sebastiana Germano e família, a O,
Zefinha, SL Lourival Barros e família, por todo apoio, carinho e acolhida durante o período
de ensino médio e graduação,
Ao Seu Eni, D. Edilsa (meus sogros) e família, também pelo apoio e carinho,
Agradeço (em memória) aos meus amigos-irmãos que já partiram Osmário Dias. José
:\ery, Genival Gomes e também ao meu padrinho Jessé Romão, que tanto me apmou e
incentivou para a vida acadêmica.
Por fim, minha gratidão a todos os amigos que tive a felicidade de conquistar ao longo
destes anos, desde minha querida terra natal Mar Vermelho (Alagoas) até a progressista
Campinas (São Paulo).
iii
Dedico este trabalho (em
memória) a professora Hebe
de Azevedo Biagioni.
RESUM
Discutimos boa colocação local e algumas propriedades qualitativas. para o problema
valor inicial associado à equação {L-super Korteweg-de Vries
{
3 u + 33 u + l3 u 2 + l32t' 2 + u34u = O t 1 X''2X' '2X' •f-A'X
3,v + 3~v ~.: 3x (uv) +·11. a;;v = .. · 0 (p 2 0) (J.L-SUper-KdV) u(x.O)=:p(x) ev(x,O)=v(x)
onde u = u (x, t) e v= v (x, t) são funções de valor reaL
Quando {L > O, mostramos existência e unicidade de solução para o problema regularizado
(com efeito dissipativo pJJ;;) nos espaços de Sobolev xs := H 5 ('JJ:) x H 5 (R) para s > ~, s E R
Para JL = O (o caso interessante) a equação acima é chamada super-KdV. !\este caso.
mostramos boa colocação local nos espaços de Sobolev com peso :%5 _3 := H 5 (R)nH3 (x 2dx) x
H' (iR) n H 3 (x 2dx) para s 2 5 inteiro, desde que o dado inicial seja pequeno. Retirando
esta restrição, sobre o dado inicial, mostramos boa colocação local em Xs,ll := H 5 (R) n
H 11 (x 2 dx) X H 5 (R) n H 11 (x 2dx) paras 2 15 inteiro.
Encerramos nosso estudo mostrando que a equação super-KdV não é bem posta nos
espaços de Sobolev xs := H 5 (R) x H 5 (R) paras < -i (s E iR), se exigirmos C 2 regularidade
da aplicação dado-fluxo.
Palavras-chave: boa colocação locaL efeitos regularizantes, equações KdV e super-KdV.
lV
ABSTRACT
Our aim in this \\~ork is the study of local well-posedness and some qualitath·e properties
of real solutions u = u (x, t) and v = v t) of the initial problem value associated to the
p-super Korteweg-de Vries equation (p-super-KdV)
13,u + 3~u + ~3xu. 2
+ .~3~.v 2 + 11.·3· ;u =O 3,v + 3';v + 3x (uv) + p3;v =O. fJ?: O
u(x,O) = :p(x) e v(x.O) = li:(x).
(p-super-KdV)
\Ve show, for fJ > O, the existence and uniqueness of solution for the regularized problem
(wíth díssipative effect Jl.3;) in the Sobolev spaces xs :=H' (JR) x H' (R) for s > ~·sE R
For p. = O, the equation above is called the super Korteweg-de Vries. In this case we
prove the local well-posedness in the weigthed Sobolev spaces X,,3 := H 5 (R) n H 3 (x 2dx) x
H' (R) n H 3 (x2dx) for s?: 5 integer, whenever the norm of the initial datais small.
For Jl = O and arbitrary initial data we show also local well-posedness in X,. 11
H' (R) n H 11 (x 2dx) X H' (R) n H 11 (x2dx)' with s?: 15 integer.
We conclude our study of local well-posedness identifying the spaces where the super
KdV equation is ill-posed, if one asks that the map data-solution to be C 2 Fréchet-differentiable
of X' in X 8. We show that if s < -~ (sE IR) the super-KdV is ill-posed in xs.
Keywords: local well-posedness, smoothing effects , KdV and super-KdV equations.
v
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
O INTRODUÇAO
LISTA DE SÍMBOLOS
1 PRELIMINARES
L 1 Espaços de Sobolev e Propriedades
1.2 Espaços de Banach Mistos e Propriedades
1.3 Efeitos Regularizantes para a KdV
1.4 Resultados Técnicos
2 O PROBLEMA LOCAL REGULARIZADO PARA A EQUAÇÃO SUPER-
KdV
2.1 O Problema Linear
2.2 A Equação Integral
3 BOA COLOCAÇÃO LOCAL COM DADO INICIAL PEQUENO PARA
A EQUAÇAO SUPER-KdV
1
IV
v
3
9
11
11
14
15
19
21
22
26
39
3.1 Estimativas Lineares
3.2 Estimatic·as I\ão-Lineares.
Dernonstra.ção Teorema 3.0.1
4
4.1 Resultados Auxiliares - Estimativas Lineares
4.2 Equação Integral
4.3 Demonstração do Teorema 4.0.1
5.1 Dernonstraçã.o Teoren1a 1
2
41
45
70
71
104
108
1
120
"' CAPITULO O
INTRODUÇAO
;\osso objetivo neste trabalho é estudar a boa colocação local (no tempo) e algumas propri
edades qualitativas das soluções reais u (x, t) e v (x, t), do problema de Cauchy
{
ou+ éJ3u -'-l" u2 -'-1"'2,,2 =O t X ' 2 Ux · , 2 UX v
3,v+3~v+3x(uv)=O, x.tEIR.
u(x.O) = :p(x) e v(x,O) = w(x),
(0.1)
nos espaços de Sobolev usuais e com peso. Deixamos claro que nosso conceito de boa
colocação compreende: existência, unicidade, persistência (a solução descreve uma curva
contínua no mesmo espaço do dado inicial) e dependência contínua da solução com relação
ao dado inicial.
A equação (0.1) pode ser vista como um caso particular da família de sistemas de equações
(0.2)
a a , _ onde a,= a,. Dx = Ox' k = 1, 2, ... , n. Uk (x, t) e uma funçao de valor real ou complexo e
é um polinômio que não possui termos lineares ou constantes, isto é,
3
4
;\"
= ) a'oo p 2: 2 "-- o~ .
i.a::::::_p
) sisten1a (0.2) generaliza vários rnodelos presentes tanTo
na Física como na Matemática. Em particular. c:ontén1 toda a hierarquia da equaçáo
Korteweg-de Vries , modelos de ordem superior em problemas onda de água e
n1édia elástica e lntütos outros. veja
indicadas.
[OR]. [KPV4]- e dCinais refer€ncias
A primeira motivação física para problemas do tipo (0.1 J surgiu da necessidade de se estu
dar o comportamento de partículas (particle-like) em campos não-lineares. Tal estudo foi ori-
ginaln1ente iniciado Einstein. co111 o deduzir sistematicamente as equações que
regem o n1ovimento à e uma partícula nurn campo externo. Esta dedução foi feita obseP/ando
se a evolução de singularidades simples deste campo (ver [DC]) e teve grande impulso em
1967 com a descoberta do comportamento das soluções tipo soliton para a equação KdV (ver
[GGK'vi] e [HS]). As propriedades tipo soliton (comportamento de soluções com partículas)
podem ser vistas numa grande variedade de sistemas físicos não-lineares e a contrapartida
matemática deste estudo é conhecida atualmente como a teoria dos sistemas integráveis, que
já fornece um bom número de resultados, ver [DC]. [CR.Gj, [Kp2] e as demais referências ci
tadas. A existência de solítons em todos os sistemas integráveis é traduzida de uma maneira
muito simples: se dois campos evolutivos comutam, então os pontos estacionários de um dos
campos são invariantes com relação ao outro campo. :\este sentido, alguns ramos da Física
desenvolveram um importante conceito de super-simetria, cuja idéia principal consiste em
tratar de maneira semelhante bosons e fermions (partículas) ver [CRGJ, [Kp2] e [P]. Mate
maticamente, esta teoria é importante porque permite incorporar variáveis anti-comutativas
do tipo Grassman juntamente com as variáveis comutativas usuais. Uma pergunta natural
nesta teoria consiste em saber se o problema do comportamento de partículas-semelhantes
em campos super-simétricos leva à teoria dos sistemas super-integráveis.
Em [Kp2] temos a seguinte variante da equação (0.1)
{ Otu .. = Ox (3u2
- o;u + 3v8xcp),
Otv = 30xU'P + ÔUOx'P- 48~cp,
que para v O torna-se a KdV usual
X, t E R (0.4)
(0.5)
o 5
Já o sistema super modificada KdV (super-mKdV), que também aparece em [Kp2], é dado
por
Observe que para u = O este sistema torna-se a mKdV usual
(0.
e a aplicação
transforma soluções do sistema super-mKdV em soluções do sistema super-KdV, Além
disso, para ;: = u: = O (0.8) torna-se justamente a aplicação de :VIiura usuaL conectando
soluções da mKdV e da KdV, ver [Kp2].
Levando em conta que a equação super-KdV é uma extensão da KdV, é natural perguntar
quais propriedades desta última equação podem ser estabelecidas para a, super-KdV. Como
bem sabemos, para a KdV existe uma grande quantidade de resultados na literatura, a
saber: resultados de boa colocação local e global (no tempo), existência e estabilidade de
soluções especiais do tipo ondas solitárias, blow-up dispersivo, má colocação. propriedade de
continuação única, analiticidade espacial, etc (veja [Bl]-[B3], [12], [I\Y], [Kl]-[K2], [KPV1]
[KPV8], [KMJ, [MST1J-[?IIST2], [SSJ, [Tz] e [Z]).
No tocante à boa colocação global, até o presente não temos resposta. A grande dificul
dade nesta direção deve-se sobretudo à falta de boas leis de conservação para (0.1). como
também ao desconhecimento da estabilidade de ondas solitárias. Vale destacar que a única
solução da forma (u, (x, t), v, (x, t)) = (;; (x- ct), '1/; (x- ct)), que conhecemos para (0.1),
é o par (;;, (x), '1/;, (x)) = ( h"(~ "') , o) e a única lei de conservação que conseguimos cos - 2 vc/x
identificar foi
Q(u,v)= j(u+v)dx, (0.9)
a, qual não ajuda muito na tentativa de mostrar existência global e estabilidade de ondas
solitárias.
Com relação às questões de blow-up dispersivo, propriedade de continuação única e ana
liticidade espacial (para a super-KdV) também não tivemos sucesso, devido às dificuldades
6
impostas pelo termo não linear a;v2 ver [ABS], [SS], [Bl]. [Z]. [KPV8], [B3] e [Ktv!] To
davia, como consequência da existencia e unicidade de solução se considerarmos o PVI
con1 dado inicial O). r )= então a única solução 1) é o par
t). O), ou seja. recaímos na solução da KdV.
Com relação aos resultados obtidos para (0.1 ). nossa primeira contribuição será prm·ar
que o PVI regularizado do efeito dissipativo
possui solução
1 8tu + o~u + ~8xn 2 + ~8_;'r 2 + 118;u = 0
8,r + a;v + 8x (uv) + po~v =O, 11 > O
u(x. = ;p(x) e v(x.O) = ç(x)
nos espaços de :=H'
10)
paras > ~· sE Para
obter este resultado: seguilnos os primeiros passos método de regularização parabólica
Tósio Kato, ver os trabalhos de R. Iório ( e e J. Angulo ( ). onde utilizamos a
regularização 110;. pois 110; não funciona para a parte não linear de (0.10). O passo natural
seguinte seria fazer 11 1 O e assim obter a solução do problema original (0.1), como limite
do problema regularizado (0.5). Contudo, não ti\'emos sucesso com esta técnica pois não
conseguimos provar a existência de um intervalo [0, T]. independente de p, onde todas as
soluções U:, (t) = (u, (t), v" (t)) podem ser definidas. Tal dificuldade deve-se ao fato de não
obtermos uma estimativa do tipo
(0.11)
com o auxílio de comutadores, e por conta disso não temos também a dependência contínua
da solução com relação aos dados iniciais.
usando as idéias de Kenig, Ponce e Vega (ver [KPV1]-[KPV4]) e fazendo uma restrição
sobre o dado inicial, conseguimos nosso melhor resultado de boa colocação locaL :VIais
precisamente, mostramos que o PVI (0.1) é localmente bem posto nos espaços de Sobolev
com peso x,,3 := H 8 (JR) n H 3 (x2dx) X H 8 (JR) n H 3 (x 2dx)' paras ;:o: 5 inteiro, desde que
a norma do dado inical nestes espaços seja pequena. Para obter tal resultado, combina
mos os efeitos regularizantes associados ao grupo da KdV e o Teorema do Ponto Fixo de
Banach (ver [KPV4] e [Ar]). "\este ponto utilizamos os espaços de Banach mistos L~L'{
(1 :5: p, q:; oc ex, t E JR), definidos nos preliminares.
Em seguida, conseguimos estabelecer boa colocação local sem qualquer restrição sobre o
dado iniciaL seguindo as idéias apresentadas em [KS]. "\este trabalho, os autores fazem uso
o INTRODUÇÃO 7
de urna mudança de variável adequada (denominada transformada de Gauge ), para sistemas
abstratos tipo A idéia central envolvida nesta técnica consiste em linearizar a
equaçao 1) de urna maneira adequada e reduzir a ordem da segunda derivada no problema
linear, De posse disso, estabelecemos boa colocação local e efeitos regularizantes, semelhantes
aos grupo da KdV, para a soluçãc deste novo problema linear, o que permite estudar a
equação integral associada a (0,
Tomando como referência este trabalho, mostramos que o PVI 1) é localmente bem
posto nos espaços de Sobolev com peso Xs,:r := Hs (iR) n H 11 (x 2dx) x H 5 (R) n H 11 (x 2dx),
paras ~ 15 inteiro, Vale destacar que o nosso valor de sé bem mais preciso que o apresentado
na teoria geral em [KS], onde o valor de sé simplesmente considerado arbitrariamente grande,
Completamos nosso estudo colocação identificando os espaços de SoboleY
a equação super-KdV não é bem posta, se exigirmos na definição boa colocação local
que a aplicação dado inicial-fluxo seja C 2-Fréchet diferenciáveL Para tanto, tomamos como
referência os trabalhos [Tz], [B2], [:VISTl] e [liiST2] para mostrar que o PVI 1) é mal
posto em xs := H 5 (R) x H' (R), paras< -~, Tal resultado amplia a região onde a priori
não temos boa colocação para (O, 1), pois um argumento tipo scaling sugere que para r ::; - ~
e s ::; -1 a equação super-KdV não é bem posta em xr,s := Hr (iR) x H' (JR), ver capítulo
5,
Organizamos este trabalho da seguinte forma:
No capítulo L apresentamos os principais resultados que serão úteis ao longo do texto,
A saber: algumas definições, desigualdades, Teoremas e os efeitos regularizantes para a
KdV, Na maioria dos casos, apresentamos apenas as referências necessárias para ver as
demonstrações,
No capítulo 2, discutimos o PVI regularizado (0,6), onde estabelecemos a existência e
unicidade de solução para este problema nos espaços de Sobolev usuais xs = H 5 (iR) x H 3 (iR), 3 paras> 2,
No capítulo 3, apresentamos nosso principal resultado de boa colocação local, onde prova
mos que o PVI (0,1) é localmente bem posto nos espaços de Sobolev com peso X 5 ,3 (s ~ 5),
desde que o dado inicial nestes espaços seja pequeno,
No capítulo 4, concluímos o estudo de boa colocação local para o PVI (O, 1), desta feita
retirando a restrição sobre o dado iniciaL Via uma mudança de variável adequada mostramos
que (0,1) é localmente bem posto em Xs,ll (s ~ 15),
Finalmente, no capítulo 5, concluímos nosso estudo de boa colocação dando uma resposta
8
sobre a má colocação para a equação super-KdV. Mais precisamente, se na definição de boa
colocação local exigirmos que a aplicação dado inicial-fluxo seja classe C 2 mostramos que
1) não é bem posto em x H' para todos< -1.
' LISTA DE SIMBO OS
e ax = e - derivadas parciais em x e t, respectivamente
o f ( Ç) = c i e-üç f dx - transformada de Fourier
.. r ( Ç) = c i eixÇ f (X) dx - transformada inversa de Fourier
" §(IR) - espaço de Schwartz
e § 1 (IR) - espaço das distribuições temperadas 1
e JS = (1 - ai;) 2 - potencial de Bessel de ordem s
" D 8 = (-a;)~ - potencial de Riesz de ordem s
e Hs (IR) - espaço de Sobolev de ordem s
" fi (IR) - espaço de Sobolev homogêneo de ordem s
"Hk (x2dx)- espaço de Sobolev com peso de ordem k
"[{L{ (1::; p, q::; oc)- espaço de Banach misto
I I L Lq e L · iiL~Li - norn1a em ~ t
• 11 - llk_2 - norma em Hk (x 2dx)
"(·, ·)s = (· 1 ·)H'(R)- produto interno em H 8 (IR)
e 11 · iis = 11 · IIH'(R) - norma em H' (IR)
" (· 1 ·) = (· I -) 0 - produto interno deU (IR)
"li · li = li · llo - norma em L 2 (IR)
.. )(1
•8 := H1 (R) X H5 (R) -produto cartesiano entre os espaços de Sobolev
de ordem r e s
- produto interno em H 1 (IR) x H 8 (IR)
9
li I - (" 112
I' Lw(lli')xH'(R) - .11 o r + I 1! 2) ~ - norma de
"S -li
Hr íRI X H 5 \'"""'"}
- espaço das funções f : lR ___, de classe
que satisfazem Hlllxl--x EP ' xJ = O V J = O, L 20. k
"B "B
- espaço dos operadores lineares limitados de
=B U = jS -uJSv
em Y
o) ou c - denota as várias constantes positivas que
aparecem, cujo valor exato é irrelevante em nossas considerações
" a ;S b ==? 3 c > O tal que a ::; cb
" a 2; b ==? 3 c > O que a 2: cb
.. a~b<=>a<bea>b '' /"'V ' ,....._.,
10
CAPÍTULO 1
PRELIMINARES
:\este capítulo, apresentamos alguns resultados básicos que serão utilizados ao longo deste
texto. As demonstrações quase sempre serão omitidas, por se tratar de fatos bem conheci
dos na literatura. Quando não apresentarmos as demonstrações, indicaremos as referências
necessárias para a demonstração dos mesmos.
1.1 Espaços de Sobolev e Propriedades
Sejam§ (iR) o espaço de Schwartz e§' (IR) o espaço das distribuições temperadas. Paras E lR
definimos
cuja norma é
(11)
:\o caso s E N temos que
' 11!11~ = 2: ttaii!l~, (12)
i=O
onde 11 · llo denota a norma em L 2 (IR).
11
SEÇAO Ll ESPAÇOS DE E PROPRIEDADES 12
Também utilizaremos os espaços de Sobolev homogêneos, definidos paras E R por
D'f E
C0111
onde r;;{ ( ~') = 1' ~'i' f . t fácil ver que H' c ''""' ..,, '-'
: para todo s E
Já o espaço de Sobole\· com peso H' (x 2dx) . para s E N. é definido por
con1 nonna
8
iif 2 =li =L l[xa~f 2 (1 i=O
Relembramos agora algumas propriedades básicas destes espaços que tratam das imersões e
suas consequêncms.
Proposição 1.1.1
(i) Se s > ~- então Hs (R) é uma álgebra de Banach com relação à multiplicação de funções.
Além disso. para F g E H 5 (R) vale
llfgffs::;c(s) s f[gffs'
1 (ii) Sejam sE R e k E N com s > 2 + k, então Hs (R) ç C~ (R).
Demonstração: A demonstração encontra-se em várias referências, entre as quais po-
demos citar [A] e o Teorema 4.1 de [S].
Lema 1.1.2 H 1 (R) Ç V (R). Além disso, se g E L 2 (R) n L2 (x 2dx) vale a desigualdade
., .. < ('r ·1 • I' 1
, ) 1:91IL'(rr<) -c \I 911L'(R) -r- dX9,iL'(R) ·
1
Demonstração: Temos de imediato que H 1 (IR) c;: V (lR) pois para f E H 1 (IR:) vale
I I dç =
< ' - CU (IR) '
onde c = (1 1!~,) ~ < x.
(1 + ç2\~ ,~ ', i '::-(f) I dC
' f ' I ' (1 ' ç2 2 \ l. i s,
dE \ ~
1 +e)
Denotando agora g := (gv) temos que
llunrl :<::c CFJ)
:<::c (llg'IIL2(:~) + I!Dxgvllu(x))
(1 1 '~li ' i!( c/!1 ) :<::c ,g di'(:?.) -r 11 xgy I rx(x)
=c (119llu(a) + llxgllmx)) '
onde utilizamos o Teorema de PlanchereL
Uma consequência imediata deste Lema é o seguinte resultado.
13
111
Corolário 1.1.3 Paras, r E Z com r> O temos que H 5 (lR) nHr (x2 dx) c;: H' (lR) nL1 (IR:).
Demonstração: Basta ver que Hr (x 2dx) Ç L 1 (IR:), para r 2: L que é imediato pelo
Lema acima. 111
O próximo resultado é a conhecida desigualdade de Kato.
Proposição 1.1.4 Sejam s > ~· t 2: 1 eu, v E§ (IR:). Então, existe c= c (s, t) tal que,
Demonstração: Ver Lema A5 de [K2]. 111
SEÇÃO 1.2 ESPAÇOS DE MISTOS E 14
1.2 Espaços de Banach l\1istos e ropriedades
Para 1 ::; p, q < oc, L~Lj é o espaço de Banach misto definido por
fi'Lq ·= { f . ? X í ~x T · J · ""'" - l <+X}.
onde E \ -:;;
( x t) iq dt) q dx) , ,
Quando p = oc ou q = oc usaremos uma definição similar, envolvendo a norma do supremo
essencial. O espaço Lj,L~ é definido como acima, im·ertendo-se apenas a ordem de integração,
1neucionar tarnbém que se escrevennos ·y = t na norma significa
IIL~Li = (;*ç r;r+X lf (x, t)lª dt) ~ dx \) ~ -oo \ -oo j
(1
Um resultado que será utilizado com muita frequência é a desigualdade:
Lema 1.2.1 Se;am f E L~L'f e g E L':' L}. então fg E L~L} e vale
Demonstração: Pela desigualdade de Hiilder, temos
o que prova o Lema,
Para estimar comutadores temos o seguinte resultado de Kato e Ponce,
Proposição 1.2.2 SeJam s 2: O, 1 < p < x eu. v E§ (lR), Então existe c= c (s,p) >O tal
que valem,'
(i)
< (lln I' 1/Js-1 /' + !'JS jl 11 " \ LP -c,,, v'U_iLPl 1 • ~v_ILP2 i· u.iLP3 i ·v]iLP4J:
(ii)
1
li \'I f
Jiiv,.::;c\ I f
V'l li I,
1 - 2. . 1 l 1 1 - 1 , .1 < p2 . p;>; < :x- sao ~_,az.s que .;::. = - + - = ~ -r ...:::.... ern caaa caso a.c,ma
P P1 P2 PJ p.;,_
apêndice de
15
Já na próxima seção, utilizaremos a desigualdade generalizada de :\Iinkowski que é dada
pelo Lema:
Lema 1.2,3 (Desigualdade de Minkowski) SeJam 1 < p < x e F
X
{ IF
Demonstração: Veja o apêndice de [St],
1.3 Efeitos Regularizantes para a KdV
Como bem sabemos a solução do PVI linear homogêneo
é dada por
{ éJ,u + a~u =o u(x,O) = ;p(x),
u (x, t) := W (t) ;p (x) = (S, * :;) (x)
onde {W (t)},eR é o grupo unitário,
W (t) = exp ( -toD e S, é a integral oscilatória
S, (x) =c 1: exp (ixÇ) exp (itçJ) dÇ,
mensurável no
11
Inicialmente, temos as estimativ-as lineares homogêneas, que são dadas pelo Lema,
SEÇ-ÁO L3 EFEITOS
Lema 1.3.1 Se cp E L; (IR:), então valem:
1:
li (t)
Pam T >O.
::; c (1 +
<r·
PARA A KDV
sE
3 para r.p > -.
4
16
Demonstração: Para a demonstração da segunda parte veja o Corolário 2.9 do Teorema
2.7 em [KPVl] páginas 332-334. faremos apenas a demonstração da primeira parte (veja
3.5 en1 ). Para tanto~ consiàerando :;: E L 2 e a n:· (t).; obte1nos
•X
OxH (t);: (x) =c L"' exp {i (tçJ + xÇ)} çç;(Ç) dÇ
=c;_: exp {i (try +xry~)} Ç5 (ryi) ry-tdry,
onde utilizamos a mudança de variável e = ry. Usando agora o Teorema de Plancherel. na
variável t. temos que para cada x E IR vale
Finalmente. como 3~ [ox lY ( t) ;p ( x)] = Ox [W (t) o~;p ( x)] usando o que acabamos de proYar
temos o resultado.
As estimativas lineares não homogêneas são dadas pelo Lema:
Lema 1.3.2 Se g E L;L~ e > O. então valem:
1
(i)
De
I cP X
PRELIMINARES
(t- g
w (t- g ;[
< 'I" -c i 911
, T) dr!! :::; c iiLJ'Ll
Para o iten1 (i) \rejamos inidaln1ente que
d '1
1 'I I' t; ::;ci.9luu· • X I IÜ
t'ídt'
' (-t')g(x,t')dt') f(x)dx;'i f E r; com I
''f'' - 1} il 1!0- ·
Integrando por partes, usando a desigualdade de Cauchy-Schwartz e o item (i) do Lema
anterior obtemos
li: ( Ox I: lV ( -t') g (x, t') dt') f (x) dx = 1-I: I: g (x, t') &xF,i ( -t') f (x) dt'dx
e assim temos a afirmação feita.
::; I: I: 1.9 (x, t') OxW ( -t') f (x)l dt' dx
::; I: IIYIIr; ll&xW ( -t') f (x)!lr; dx
::=: II.Yiivu ll&xw (-()f li L= L' X t X t
::; cii.YIIuu llfllo X I
Repetindo os argumentos acima e usando a desigualdade de Cauchy-Schwartz, temos que
para tE [0, T] (T > O) vale
' ( t" ( +'' dt'! < ,, 'I - ) g X,') "I -c 11.91 L' L' . x T
L='" T ;...x_
SEÇÃO L3 AKDV 18
Desta últíma desigualdade e do fato que o grupo W ( t) conserva a norma L 2 (~) , segue-se o
item (i) do Lema
Para provar o ite1n inicialmente relembramos que f t \ "' ; ~
escre\-'er f t) = e
afirn1an1os que
) f; . com k E Cf para z = L 2. ·
=L[ L~. para p. q E [1 x), veja [KPV3].
(t- t')g n dt'll ::; c liYii liLxJ2 X •y
De fato, para f E lJJ,z (lft2) com llfllr'L? = 1 temos que
X •
H
li . (t- g
,. 1•! q
ar :i 'I
= SUP fi {lx lx ( 1""' - -CC -00 \ X -OC
(t - t') g (x f (x. t) dxdt: li
quando podemos
. Além disso.
Integrando por partes. usando o Teorema de FubinL a propriedade do grupo e a desigualdade
de Cauchy-Schwartz obtemos
onde nesta última desigualdade utilizamos também o item (i). Portanto, temos a afirmação
feita.
Para completar a demonstração, faremos uso de um argumento de densidade e também
das Proposições 3.2 e 3.3 e do Lema 3.4 em [KPV3]. que tratam do núcleo
1 PRELIMINARES
19
o qual define uma função limitada de :: independente de T, isto é, K E L x (R2 ) . De posse
destes fatos. basta mostrar que
11 rx exp liJ -<)C
") i' • • •I ay dr!i• .. !i
• i
Se
para g E ) e K como acima. usando o Teorema de Plancherel
desigualdade integral de l\Iinkowski e o fato que K E L x
desigualdades:
temos a seguinte cadeia
''jx (j"'c '_il exp (ítT) I, -oo -ex
(x- y. cjt) (y, x) dy l dxli I ,I
(j·x!
::; sup i X ~o::; I
::; sup lx (j·x /K X -X\ -X
1
::; 1: (1: /êf0 (y, x)/
2
dx) 2
dy
=c 100
IIYIIL' dx =c IIYIILl ., , t XJ...,t -x
que completa a demonstração do Lema.
1.4 Resultados Técnicos
!\esta seção, apresentamos alguns resultados clássicos que serão mencionados ao longo deste
texto. O primeiro deles é o Teorema da Função Implícita.
Teorema 1.4.1 Sejam U C E, V C F abertos (E e F espaços de Banach) e f: U x -+ G
uma aplicação de classe Ck Considere (a, b) E U x V e assuma que D 2f (a, b) : F-+ G é um
isomorfismo. Se f (a, b) = O, então existe uma aplicação contínua g : U0 -+ , onde U0 C U
é uma vizinhança aberta de a tal que g (a)= b e f (x,g (x)) =O, para todo x E U0 . Além
disso, se U0 é uma bola suficientemente pequena, então g é determinada de maneira única e
é de classe
(i)
(i i)
Demonstração: A demonstração pode ser vista em [La].
Tarnbén1 utilizarernos o ' ' resu1taao
uma matriz
{ DxY (x) =
(0) = Yô
I!Yii < c 11 , I,L-:x:- 11
Além disso, Y (x)- 1 existe e satisfaz
oniem n e
(iii)
'I}T-l!J < id }' ~-ll'}"'ln Ir i, L= -c' et o I I L=-
20
Demonstração: A prm·a da primeira parte deste Teorema pode ser encontrada no
Teorema 6.2 em [V]. A segunda parte é uma consequência dos resultados apresentados no
capítulo 2, seções 2.1 e 2.2 em [PSV]. 111
Finalizamos este capítulo com o seguinte resultado de Cálculo.
Lema 1.4.3 SeJa f : !R" _,!R:. uma função contínua e A Ç JRn um conJunto de medida finita.
Se lf (x)J 2: c0 >O para todo x E A então
li f (x) dxi::O: co JA\.
CAPÍTULO 2
O PROBLEMA LOCAL REGULARIZADO
PARA A E UAÇAO SUP KdV
Conforme mencionamos na introdução, neste e nos dois próximos capítulos discutiremos a
boa colocação local no tempo do problema de valor inicial (PVI)
1 " -'- c:\3 -L l"' 2 ' l c.2 ,2 - o U{U 1 uxu 1 2 vxU -r 2 u:rG -
EJ,v+a~v +Dx(uv) =O, x e tE R
u(x,O) = :p(x) ev(x,O) =w(x),
(2.1)
onde u = u (x, t) e v= v (x, t) são funções de valor reaL Neste capítulo, por exemplo, vamos
estudar o PVI regularizado
{
EJ,u + EJ~u + ~Dxu2 + ~3~v2 + J.Laiu =O, J.L > O
a, v+ a~v + Ox (uv.) + jJB~v =.. o, j.L > o e X, t E R
u(x,O) cp(x) et•(x,O)=w(x).
(2.2)
Vale destacar aqui que a regularização que se mostrou eficiente para nossos propósitos foi
J.LO'; (fJ > O), veja Lema 2.2.1. Observe que (2.2) pode ser reescrito na forma vetorial como
{ ~v: = A~(u) + F Cu) U: !0'1 = o \ . .
21
(2.3)
SEÇAO 2.1 o LINEAR 22
onde u = (u. = (:p.
F
e
= ( o :\ossa primeira contribuição será mostrar existência e unicidade de solução para o PVI
regularizado (2.2) nos espaços de Sobolev xs := H' íiR) x H' (IS\: 11 paras> ~. s E IR. ' ' . 2 A demonstração que apresentaremos a seguir faz uso da propriedade regularizadora do
grupo gerado por e do Teorema do Fixo de
os primeiros passos do método de regularização parabólica. cujas idéias estão bastante
difundidas na literatura, ,·eja por exemplo os trabalhos [Il]. e Infelizmente. não
conseguimos as estimativas necessárias (veja observação final) para fazer 111 O e assim obter a
solução do problema original (2.1). Contudo, conseguimos o seguinte resultado de existência
e unicidade para o PVI (2.2).
-+ 1 Teorema 2.0.1 Se;am f.1 >O, o =(:;,?I·) E xs = H 5 (IR) x H 5 (R) e s > 2. Então existem
Tp = Tp (f.l. 1171L(J >o e um único elemento Up E c ([o.Tp] :X5) n C 1 ([o.rp] :xs-4
)
que satisfaz (2.2). Além disso, iip E c([o.fp] :xs+c) nC1 ((o.Tp]:Xs+r-4). para todo
T 2: O.
A demonstração deste Teorema se tornará imediata a partir dos resultados que serao
estabelecidos nas duas próximas seções. Inicialmente, estudamos o problema linear associado
a (2.2) e em seguida, na última seção, estudamos a equação integral associada a (2.2).
2.1 O Problema Linear
Consideremos o PVI linear
{
a,u + a~u + po;u = o a, v + a~ v + j.lÔ;v = o u(x,O)=.p(x) ev(x,O)=?;:!(x).
(2.5)
2 SUPER-KDV
O PROBLEMA
ou equivalentemente.
{
PARA A 23
("' UJ = O
com as notações estabelecidas anteriormente. Tomando a transformada de Fourier. na
:r, em cada uma das equações de resulta que
{- ~ ~u) (ç t) = .. (i(l- 11() (u) (C t)
(~,·c o• rr:' u J ~'-,· ) = o \"-:,}.
Resolvendo este sistema de equações diferenciais ordinárias, para Ç fixo, obtemos
(Ç.t) = expt
Definição 2.1.1 Para Õ = = H 5 (R) x H 5 (R) definimos
w lt) õ = p \ •
onde S" ( t) é o operador dado por
-(Sp (t) cp) (Ç) = ip(Ç) exp (ite- 11te). (2.7)
Desta definição, vamos denotar a solução de (2.2) por
11 (t) = w;, (t) ó. (2.8)
Considerando agora o espaço de Hilbert xs = H5 (JR) x H 5 (JR), com produto interno e
norma dados por
temos o seguinte Teorema.
Teorema 2.1.2 SeJam s E JR e À 2: O. Então valem:
(i) Para IL tE (0, x). wp (t) E B (X5; xs+-") e existe K = K (,\)>o tal que
(2.9)
SEÇÃO 2.1 O PROBLEMA LINEAR 24
(ii) {~V" (1)},20 é um C0 -semígrupo de contrações em ){5 com gerador ínfiníteszmal.
= ( \
o ) o
para 11 2: O. se 11 = O então { " pode ser esrtcnawo a v.rn grupo
unitário · (t)} t:>o. com gerador mrmzreszmw
(iii) Para cada tE
Dado 11 > O, il
C 1 ((0,oc)
oc) a função t ~ W" Õ é contínua na topologia de X'~"':
o é a
Demonstração: prova segue as idéias apresentadas no Teorema 2.1 e Corolário 2.2
em [Il] ou Teorema 2.1 em [An]. Trataremos inicialmente da desigualdade (2.9).
para Õ = (ç, E X 5, À 2: O e 11. tE (O,oc) vale
l
i _,,2 . 2 . ?
,I~FM (t) <t>ilx•-\ = liSM (t) çl!s+À + IIS" (t) vil;+.\
= 1 (1 + e)s l$(~)! 2 (1 + er\ exp ( -2111~4 ) d~
+ 1 (1 + er jtT (~)12
(1 + er" exp ( -2111~4 ) d~ :S K (À) sup [1 +e), exp ( -2j.d~4 )] (II'PII; + 111);11;)
ç
= K (À) [1 + supe.>. exp ( -211J~4 ) l/ 11õl1
1
2
ç j I X'
[
À (-À) -ÀJ 11
_"2 :SK(À) l+Xíexp 2 (4111)2 .9\[x,
:S K (À) [1 + (4111) -./lllõll 2
, ... ( lxs
:\ote que
(2.10)
onde usamos que (1 + eJ'1 < c (1 +e!.) (c> O) e lvh := À~ exp ( 2 ) (4pi) -2.\ é o va
lor máximo da função F!.(~) := e" exp (-2pte). verdade, para checar esta última
afirmação basta mostrar que a função par h(~) := Àloge- 2fJte possui valor máximo
2 SUPER-KDV
À
25
( À ) ~
:= log 4!1t 2 , que ocorre no ponto Ç0 : = Em seguida. calculamos cxp
) para obtern1os Portanro. a desigualdade
ProYeinos agora. o iten1
2 = dE, 1
= 1 +ç-2)'exp(-2!1té;4) I\?(Ç)I 2 dÇ
<l (1 + ç-2)"1;? 2 dÇ= ;:li~ -Portanto, para OE vaie
., w" (t) ~- = 115" (t) ;:li;+ !15" (t) vil;
11 ,') ,') ii ..... 11 2
:5 II'PI!; + llvl!; = '11o1·.1 ' X·'
e consequentemente
(2.12)
Agora vamos supor, sem perda de generalidades. t > T para obtermos:
IIW~" (t),:::- W~" (r) ;:II~.+À (2.13)
= l (1 + er+À 1 [exp (itçJ- 11tE,4)- exp (ire- we)J f(çJI2
dç
= j~(l+er+),{exp(irçJ-Ilre)[exp(i(t-r)çJ-J.L(t r)ç4)-1]}2
lf(ç)l 2 dç_,o,
quando t--+ r, por (2.12) e pelo Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue.
Para o item (ii), já temos por (2.12) que W" (t) é de contração e usando a definição
(2.7) segue-se que W" (O) =I e VV" (t1 + t2 ) = W" (t1 ) W~" (t2). A continuidade de W" (t) na
norma de X' é uma consequência imediata de (2.13) com À= O.
Resta provar que para 11 =O o operador A gera um grupo unitário, TV (t) : xs -+X'.
Pelo Teorema de Stone (ver [Pa]) basta ver que A é um operador anti-simétrico com D (A)=
xs..-3 = H 5+3 (IR) X w+3 (IR). De fato, para f= (f. g)' § = (p, q) E D (A) temos que
SEÇAO 2.2 A EQUAÇÃO INTEGRAL 26
-( 3
Logo A= e o grupo unitário := exp (t E é por
( S(t)p) s (t) v
(2.15)
para o= /..))E
Finalrnente. para o 1 con1o já saben1os que 'U E resta --;,cer que
E C( ex;): X'-4). Para tanto basta considerar t. r 2: O. e estimar
ll81u (t)- o,u (o-) Isto pode ser feito usando (2.5), os resultados já estabelecidos e do Te-
orema da Convergência Dominada de Lebesgue. unicidade decorre do uso da tranformada
de Fourier em (2.5) c, portanto. está completa a demonstração do Teorema.!ll
2.2 A Equação Integral
Conforme mencionamos anteriormente, construiremos agora as ferramentas necessárias para
demonstrar o Teorema 2.0. L Consideremos então o PVI
{
8 u + 83u + lfJ u2 + lfJ2v2 ' u"'4u O " >O t ' X 2 X I 2 X T rUx J ,_-.
O(V + o~ v + Bx. ( uu.) +. f.10;v .. O, t > O e x E ffi: u(x,O)=ip(x), v(x.0)=1t·(x)
ou, equivalentemente, sua forma vetorial
onde i1 = (u,
{ 8,il =A" (u.=) +F (il) il(x,O)=o(x)
F( -)=- (l(}n 2 ra2 2" f l) \ U \2 x U + 2 x V , Ux \ UV .
(2.16)
(2 .17)
2 PARA A SUPER-KDV 27
:'-Josso primeiro objetivo será garantir a existência e unicidade de solução para a equação
integral associada a 16). Para consideremos 11 > O (fixado) e suponhamos que
~uP = satisfaz (2.16). Pelo Princípio de Duhamel satisfaz a equação integraL
= w (tl õ-fL - /
) ) . 19) '
:ê\lostremos agora que a equação integral (2.18) possui solução em algum espaço de funções
conveniente. Assim, vamos considerar o espaço métrico completo (fls (T), d,) onde
o ry: -= f c;;: c. C ifu>-~-H \ j • l LG '-- \L , lx, ~ 11 !
I
. tE X'
e
ds(P, ü') =sup!l (t)-ü'(t)!lx,-:o.T]
1 -Para s > 2, cp E xs e ü' E fls (T) definimos a aplicação W por
W (ü') (t) = ~VM (t) Õ -llí/P (t- -;-) §(-;-) dT
onde tE [O,T],ü'= (w,z) e
Com as notações acima, temos o seguinte Lema:
} (2.20)
(2.21)
(2.22)
(2. 23)
Lema 2.2.1 - 1 SeJam 11 >O, cjJ E xs e s > 2. Se ü' E fls (T), então W (ü') E C ([O, T]: X')_
Demonstração: Vejamos inicialmente que (2.22) está bem definida. De fato. como
s > ~ e Hr (JR) é uma álgebra de Banach para r > ~' então para cada t E [O, T] vale
(j E C ([0, t); H'- 2 (IR) x H'-1 (JR)) C C ([0, t]; X'- 2).
Portanto, pelo item (i) do Teorema 2.1.2 temos que W" (t- -)§(·)E C ( tj: xs-2 ) _Logo
(2.22) está bem definida.
2.2 A INTEGRAL 28
Escolhendo agora À= 2 em (2.9) temos que l"Vp (t- T) g (T) E xs e vale
li 'i'' < !ix, 3"-2!""-::
l ~ '!-J 119
onde fizemos a mudança de variável r= 4/1 (t- . Portanto. W E
Provemos agora a continuidade de W. Sem perda de generalidades. podemos supor t < t0 ,
para tE (0, T]. Assim. temos
-w li !i )•:,
d ------7 ,, ----;..11 s; 1,/ " o - ~' lro) o ilx·
+ (1
[[[1-Fp(t- -VV~'(to-T)jg(T) Jo !to
di+ t 11
s; /jw" (t)-;;;- vV" (to) -;pllx, + [ [f[lVP (t- T)- vV, (to- 7)] g(T)ffx, dT + su~ ffVVP (to-·) g(-)ffx, [t- to f .
. o ~~
Observe que a primeira parcela do lado direito de (2.25) converge a zero quando t T t 0 . pelo
item (ii) do Teorema 2.1.2. O mesmo ocorre com a segunda integral quando t T t0 , pelo item
(ii) deste Teorema e pelo Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue. Finalmente, o
último termo converge trivialmente a zero, quando t T t0 , e portanto temos a continuidade
de W à esquerda de t0 . De forma semelhante, prova-se a continuidade à direita e com isso
temos a conclusão do Lema.
Neste Lema, mais precisamente em 2.24, fica claro porque usar a regularização f.léJ; e não
j.liJ;.
Proposição 2.2.2 Seyam f.1 >O, E xs e s > ~· Então existe T, = T (f.l.[[-;ptJ >O e
uma única solução real11, E C ([o,T"]; xs) para (2.18).
Demonstração: A demonstração é análoga à do Teorema (3.1.2) em [An] e consiste es
sencialmente em mostrar que W é uma contração em (11, (T), d,) . para um T suficientemente
pequeno. Pelo Lema anterior, basta mostrar o seguinte:
2 SUPER-KDV
o
(I) Existe T1 > O tal que se ü' E fl, (T1 ) , então
!w
) :S ad, para ü'.
I r _ l A solução '" é única na cíasse C \? Tv j :
29
para tE [O,
E e o< L
Para o item (I), escolhendo em (2.9) À = 1 (na parcela que temos a norma em H'~ 1 ) e
À= 2 (na parcela que temos a norma em H5~2 ) abaixo obtemos
-+
o li
=ri "
Como s > ~ e W E fls (T), então pelo Teorema 2.L2 temos que
i]u:2 ilw :S c (llw- w" (t) 9 L+ llw" (t) 1llxJ2
:S c I 112 i ' I xs,
1
1-+112 li u;ziiH' :S c ,i 9 1
11 ,
il i xs
ll'z2 ]IH, :S c 111112
. . 11 i xs
De (2,28), segue-se que
c 14yt I '*' (wJ (tJ- w" (tJ 911 :::- ( 1 +
IX' 11 O \
1 2
+ r- 1)
2 dr 111
IX'
(2,29)
SEÇAO 2.2 A EQUAÇAO INTEGRAL
e como
~ dr -+O. quando t-+ O.
ten1os que existe T1 = T1 ---'? I! " o iixJ > O satisfazendo
\ ~ li---+
1 • dr il o J ·'
<1.
Logo, de (2.31)
e assün está provado
Para provar considere = ) _ 11 8 2 , - \::; xP ; ..
e tE Usando novamente . com .\ = 1 e .\ = 2 obtemos
IIIJ! CP') (t) -w (V') (tlllx·
::; l j!H:~ (t- T) [~ox (p2- w 2
)-,- ~a; (q2- z2), ax (pq- 1rz)] (T)
::.: {o' 11 (t ~)r (p2 ,.2) 1-)'11 d~ Jo f.-l -,,2 -u.· \1 ,Hs+l .,
::_: 1'11 (t-T)(pq-wz)(T)fiH•+ldT
::_: fo'11W11 (t- T) t (q2 - z2) (7JiiHH2 dT
::.: f{ l [ 1 + ( 4,u (t - T w~ + ( 411 (t- T) )-1
]1
11 (p2 - w2) (T) I IH' dT
['r . ,,l +I< Jo ll + (4,u (t- T)p + (411 (t- T))-'j' ll(pq- wz)(T)/'iH• dT
+ f{ l [ 1+ ( 4,U ( t - T W ~ + ( 4,u (i - T)) -I] ~ li ( q2 - z2) (T) li H, dT
Agora, como
\IP2 -w
2 \ls::.: c(IIPIIx· + llwllx·l IIP- w[[p::.: c\j11ix, IIP- wllx·.
llq2- z2 \ls::.: c(fl-p + liwilx·l 11 - v:liix·::.: c 1!!'111 IIP- IIX'.
i:Xs
- wzlls = lfpq- wz + pw- pwfls :S C 11 llx. IIP- llx•
30
1)
(2.33)
2 SUPER-KDV
o
retornando a (2.33). temos que
llx•
<c o r i 1 .L L . 't ')-l, . 1 -Ti ---r-• . .
por existe =T
PARA A
(t-
( t) - ( t)
que,
c 1'-->11 14~7;. ( . ) l a: := ~ I o 1 +r-~ + r- 1 2 dr < 1. f.l' :x• o
Portanto, para t E [O, T,] vale
!lw (]1) (t)- w (u:t) (tlllx·:::; asup IIJJ (t)- uJ (t) [O,t]
31
donde segue-se (2.27). Usando agora o Teorema do Ponto Fixo de Banach, temos que existe
uma única 11" E !l 5 ( TP) tal que \]) (11 ,) = 11 "' isto é, 11" é a solução de (2.18) e com isso
temos (II).
Finalmente, para checar (IH) precisamos provar que esta solução é realmente única na
classe C ( [O, f"] ; xs) . Para tanto, utilizaremos um argumento clássico de Tósio Kato e
H. Fujita, ver [KF]. Neste sentido, consideremos p = (p, q) , W = ( w, z) E C ( [O, f"] : X s) soluções de (2.18). Então, para
e tE [o, T" J usando novamente (2.9), com À= 1 e À= 2, obtemos
ou de
2.2
li
<
<-11
< :<rt' sup ]' v\ J I :o.(
A
rl + ,-~ _;_ r-'1 ~ . "
(t)- (t)
+ lf)2 ' 2 .r
I!
M {I'~()" i\ := max ~-up 11 P t llxs, iü.t]
sup [0/
32
Observe que /3 (t) é contínua e crescente em [0, oo), .6 (O)= O e .3 (t)--+ +x, quando t--+ +x. 1
Assim, existe r tal que /3 (T*) = -:1• por exemplo. "
Seja T1 := min {:f"' T*}. Como .3 (t)::; /3 (T1) ::; /3 (T'), então para tE [O, T1] temos que
sup ]]p (t)- W (t)llx· ::0: ~ sup ]]p (t)- (t)llx- · [O.T1] 4 [O,T1]
Portanto, p = W em [0, T,] . Se T1 = T" temos a unicidade e a demonstração está encerrada.
Caso contrário, T1 = r. Definindo então := min { Tp,, 2T*} segue-se que para t E [O,
(T2 > TI) temos
2 SUPER-KDV
r
(t-
1 +r-~ + r- 1) ~ dr sup li
ro.T2]
<--11
l,u (T2- Tt) +
'li (t)-
(ti ' '
Como T2 ::; 2T* temos que 11 (T2 - T1 ) ::; 11 (2T*- T1 ) = pT*. Portanto.
í ::; --i
fi L
1 'I = sup 1
4 [O.T2J
li
(t) -li
33
lix• ·
I! V c• ''/l,.
Logo, p = em [O, T2] . Se T2 = Tu temos a unicidade. Caso contrário, reaplicamos o
processo para T3 := min {Tu, 3T'}. Como [o, Tu J é limitado, então existe n E N tal que
nT* ?: Tw Com isso, p = em [O, Tu] e desta forma temos (IH) e consequentemente
nosso resultado.
Nosso próximo passo consiste em mostrar que a solução u P obtida anteriormente é
mais regular que o dado iniciaL !VI ais precisamente, se r ?: O e t > O, então u u ( t) E
xs+r. Tal propriedade é uma consequência da propriedade regularizadora do C0 -semigrupo
{W" (t)}t:>O. Além disso, o Teorema a seguir nos dá uma idéia do motivo pelo qual nossa
solução não pode ser estendida a um intervalo [O, T] independente de ,u, conforme veremos
no final deste capítulo.
1 --:' Proposição 2.2.3 Sejam 11 > O, s > 2 e 9 E X 5
• Então a função u" obtida na Proposição
anterior satisfaz uM E c ( [O, r"] ; xs+r) . para r ?: o.
Demonstração: Sejam u" = (uu, vu), f:= (~àx (up)2 +~o; (v") 2
, Ox (uuvu)) e tE
r -] lo. T'" . Consideremos a equação integral,
SEÇAO 2.2
o-
A EQUAÇÃO INTEGRAL
. . l'' 't' -)dT:= -J!J.(-)0+
34
Pela desigualdade (2.9). temos de imediato que v(.) E: C ([o. :fv]: ) . Considerando
r E: [0.1), para mostremos que E E C ([o. T11 ] : xs~r). Para tanto. veremos inicialmente
que E E Hs~r x HHr (R). De fato. escolhendo )q = r 1 + 1 (r:= .\ 1 - 1) e
= r2 + 2 . por obtemos
I ~~ I ,, r' 'I ! E (t) X* ::; c illo vv/J (t- r) Ox (u")
2 (r) dri!Xi'-l)+A, (2.35)
+c 11 ['~'V" (t- r) 3, (u11v") (r) drl[ 11Jo 1 x(.s-l)+\1
+C l nwi' (f- r) 0; (vl')2
(rll!x(r-2)+Xx dr
::; K snp llu"(t)/1~. f' [1 + (4Jt(t -r))-À' + (4fl(t r -] Jo tü.Tf-'
. • .\2 Àr Da hrpotese sobre r segue-se que 4 < 1 e
2 < L Portanto esta última integral é finita, o
que assegura a afirmação feita.
Para a continuidade, consideremos tE (0, T"] e h> O de sorte que t +h E (0, T"). Assim,
1-!i li i!
o
l'(t+h-
)dT-,
PARA A
fl,(t-T) (T)dT
" (+ ' h _, ',j"/ ('t ~·1"1 f- 1-'d-jJ\LT -,/- ,U -,/"~iJ-'} i
+ lil
I•
" 'i
!lx---+r
35
onde na última desigualdade utilizamos e uma mudança variáveL :\ovamcnte. como
Ào Àl · · · l d l ' •· · d 10 36' d ' O -= < 1 e - < 1 a pnme1ra mtegra o aao mre1to e 1:0. ) converge a zero quan o 11 -+ . 4 2 .
Usando os itens (i) e (ii) do Teorema 2.1.2 c o fato que j (r1, r2 ) := (1 +r!"''+ r;'?)~ E
L1 ((O. 4,ut]: R) segue-se do Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue que a segunda -+
integral em (2.36) vai a zero quando h tende a zero. Isto mostra que E (t) é contínua à
direita de t.
De forma análoga mostra-se a continuidade à esquerda. Assim provamos que ü~" E
c ( [o, TI' l : xs+r) ' se o :s: r < 1. Fazendo uso do que acabamos de provar, é fácil ver
que E (t) E c ( [O, TI' l ; xs+2r) . Com isso, Üp E c ( [O, TI' l ; xs+ 2r) . Usando um argu
mento indutivo mostra-se que E (t) E C ([o, TI'] ; xs+nr) para todo n E N e portanto está
completa a demonstração. 111
Finalmente, resta-nos mostrar que a solução Üp obtida anteriormente é de fato a solução
do problema regularizado (2.2), em relação à topologia natural de xs-4 Conforme veremos.
isto é uma consequência da continuidade de Üw
Proposição 2.2.4 A solução il~" obtida na Proposição 2.2.2 é a única solução do PVI (2.2).
Demonstração: A prova segue as idéias apresentadas nos Teoremas 3.2 e 3.3 em [Il]
e Teorema 3.3.1 em [An]. Começamos mostrando a existência de uma soíução para (2.2).
Usando o item (iv) do Teorema 2.1.2 temos que
2.2 A
para t >O na
oi. ; .
36
para t E + . Assim. para O S: t < Tv c
h > O tal que i +h E (O. T) temos que
1 ·~ -IE(t+ h l
. l 1 r' -E(t) =h(H'v(h)-1)}0 Wv(t-T)f~(T)dT
l
h
Corno a pril11eira integral do lado direito
h _,. O esta conYerge para
dT.
está en1 D
13 3Rl \ .. u /
então quando
em xs-4 J\lostremos agora que o segundo termo de (2.38) converge a f~ (t) em xs-4 • quando
h~O
Para tanto, observe que
l i~ j'+h [w" (t +h-,) f~ -f~ (tJ1 d'll I t ...1 ! xs-4
:':: _hl.it~h 11 [H'p (t +h- T) f: (T)- f~ (t),j' li dT t 1 ilx"-4
= ~ jjw,, (t +h- ih) f: (Oh)- f: (tJjjx•-' h
= jjw" (t +h- 8h) f: (Oh)- f: (t)llx•-', onde utilizamos o Teorema do Valor Médio para Integrais, com 8h E [t. t +h].
(2.39)
Usando agora o item (iii) Teorema 2.1.2 e a continuidade de f~ (T) segue·se que (2.39)
converge a zero quando h ~ O, o que comprova a afirmação feita. Portanto, está provado
que
8( Ê (t) =A~" (E (tJ) +f: (t),
onde 8( representa a derivada à direita de t. Analogamente, prova·se que vale a identidade
acima, em xs-4' para a derivada à esquerda de t. Então, para t E [O, Tp l temos que
8,Ê (t) =A" (E (tJ) +f: (t).
O PROBLEMA LOCAL REGULARIZADO PARA A
Como A" E B (X:
como
.u + . I
segue-se c àesta últüna afirmação que EC'(
e pon.anto (2.2) tem solução.
'v'eren1os agora que
também é solução de ). Portanto
'
(p(t))+g
) corn
-L f ' J fJ
37
(
v'-4 d ~- (le> 2, le>2 2 e> ( ·l) A 1· d 1\' lt ) O< <" (?40' em-"' . on e g - - , 2uxP , ?Yxq . ux ,Pq, . -'"'P 1can o · '" \.- T . _ T _ c. em .:... · )
obtemos
yj!p (t- T) (8x p (T)) = 01 [Wp (t- T) p (T)]
= -Ap.\'Í1p (t- T) p (T) +!VI' (t- T) 01 g (T)
=-A, H', (t- T) p (T) + APWP (t- T) p (T) +H', (t- T) 01 g (T).
Portanto,
-7
Integrando esta última identidade de O à t e levando em conta que (O) = 9, obtemos
1' Ox [W, (t- T) (7)] dT = 1' wp (t- T) g (T) dT,
isto é.
(2.41)
em X'-4 Assim, da Proposição 2.2.2 temos que o lado direito de (2.41) está em X 5. Logo,
p E C ( [O. T"] : xs) e satisfaz (2.18). Devido a unicidade, já estabelecida na Proposição
2.2.2, temos que p = il,. A última afirmação segue também da Proposição 2.2.2. 111
SEÇÃO 2.2 A EQUAÇÃO INTEGRAL 38
Conforme avisamos, na introdução deste capítulo. colecionando os resultados estabeleci-
do Teorema 2.0.1.
:'\ossa pretensão seria prosseguir con1 o n1étodo de regularização parabólica
para obter a solução do problema original 1). Dai precisarian1os garantir a existência de
un1 inteP..-alo independente de fL onde todas as soluções ·llP pudessen1 ser definidas.
Observe que na Fn)pclsíc;ão
resultado nã.o foi possíYel
pode ocorrer que T,, 1 O quando f-1 l O. A exrsten•:w de tal
nã.o conseguin1os mostrar uma desigualdade
(2.42)
onde
E!,
=2 s
= -2
Tal dificuldade deve-se principalmente ao termo ( n, E!x ( vE!xv)) s, pois os outros dois termos
podem ser majorados por c /liZP (t) /1~,. Para o primeiro termo, por exemplo, utilizamos a
desigualdade de Kato, com t = s (ver Proposição 1.1.4) e as Imersões de Sobolev para obter
/(u U0xU) 5 / :S.: c (//Du// 5 _ 1 1/n//; + //Du//s-1 /In//;) ::; c 1/n/1~ :S.: c /liZP (t) /I~ •.
(2.44)
Para o penúltimo termo em (2.43) utilizamos estimativas com comutadores (ver Proposição
1.3.2 dos Prelimininares) mas não conseguimos chegar a uma estimativa do tipo (2.42).
Também fizemos tentativas, sem sucesso, nos espaços de Sobolev ys := H 5 (iR:) x Hs+ 2 (IR)
e zs := H 5 (iR:) x Hs- 1 (iR:), para valores adequados de s.
" CAPITULO 3
BOA COLOCAÇAO LOCAL COM DADO
INICIAL PEQ
SUPER-KdV
PARA A EQUA A
:'\este capítulo, discutiremos a boa colocação local (no tempo) com dado inicial pequeno,
para o problema de valor inicial (PVI)
ou equivalentemente,
{
8,u + 8;u + u8xu + 8x (c. •8xv). =o 8,v+8~v+8x(uv)=O. x,tElR
u(x.O) = p(x) e v(x.O) = 1!J(x).
{ 8,11 + 8~11 +F (11) =O
11(x.O) = 7 (x),
onde = (u, v), 1 = (p,1/J) e
(3.1)
(3.2)
(3.3)
Trabalhando nos espaços de Sobolev com peso e considerando o dado inicial suficientemente
pequeno estabelecemos nosso melhor resultado de boa colocação local (Teorema 3.0.1, a
seguir). Deixamos claro, que nossa primeira tentativa (sem sucesso) foi tentar establecer
39
40
boa colocação local nos espaços de Sobolev ciássicos. Utilizamos os efeitos regularizantes do
grupo da e estilnativas com con1utadores n1as não chega.n1os as estin1atiYas necessárias.
:\o que fare1nos a seguir \ra1nos explorar diretan1ente o caráter dispersivo da equação
Kato e
e nuvas estilnativas lineares decmTemE's
do uso do espaço com peso. Como bem sabemos. o grupo mencionado acima aparece na
UU··~,_~u do linear homt)gimE;o
{ a, + a;11 = o ~ -7 u (:r. O)= rp
(3.4)
Tal é dada por
t) o
onde
(t) = exp (-to~) (3.6)
e S, é a integral oscilatória
S, (x) =c 1: exp (ixÇ) exp (ite) dÇ. (3.7)
O principal resultado deste capítulo é o seguinte Teorema:
-7 Teorema 3.0.1 Seja rp = ('P. w) E Xs.s = Hs (JR) n H 3 (x 2dx). com s 2:5 inteiro. Então.
existe TJ > O tal que se
o PVI (3.1) possui uma única solução (-) (u (·). v(·)) definida no intervalo [O, TL onde
T = T (111llx.J >O
(T (B)--+ oo quando e_____, O) e 11 satisfaz:
(i) 11 E C ([0, Tj; Xs,3);
( "") jl"'j~l-71' :n sup1·<s 1Vx' u dL=Lz < oc; - " T
SUPER-KDV 41
(i v) li
disso, para qualquer T1 E . existe un1a de o E que
a aplicação o r-7 u (classe definida de ) ) é Lipschitz.
?\ ossa estratégia para proYar este Teore1na segue e
onde faremos estimativas sobre a integral oscilatória e. em seguida. aplicamos o
Teorema do Ponto Fixo de Banach para um espaço métrico adequado.
3.1 Estimativas Lineares
:\'osso objeth-'O nesta seção é estabelecer novas estimat.ivas lineares, a saber: van1os estirnar
li (t)-;;; e li (t) [I . Tais normas decorrem do uso dos espaços de Sobolev i ii 1L]?J13(x2dx)
com peso.
Demonstraremos o Teorema 3.0.1 apenas para o casos= 5, que corresponde ao índice de
Sobolev mais baixo. A demonstração do caso geral ( s ::0: 6, s E N) é análoga, veja observação
no final deste capítulo. Para tanto, consideremos um intervalo [O, T] e uma função
vt : IFt X [O, T] ___, lR X R
Com o objetivo de simplificar as notações definamos as normas:
'T '--T\ - li-Til . "/\r \ U· J- : U L'f'H5 (?.)'
AT Cu))= max ÀT (w) l::Sf'S5 J
Consideremos também os espaços métricos completos
" XT {w E C ([0, T]: X 5); AT (w) < oo}, .. xr(a) - {wEXr; Ar(w)=::;a}
(3.8)
(3.9)
(3.10)
3.1 ESTIMATIVAS LINEARES 42
com a métrica
d ) =
i 0 . Para tanto, preosan1os dois próxin1os
1.1 Dado Ó E H 5 I H 3
li , o'li ,, !I :Sc(l+
Demonstração: Observe que pelo Teorema do Valor ]\!édio para integrais de Bochner
existe t0 E (O. , tal que
IY ~ 1 0=-
T o
Usando agora o Teorema Fundamental do Cálculo podemos escrever.
. f' c = W (to) Ó + O r I W ~ io l
) o] dT.
Portanto,
I -+I 1 1T • sup H/ (t) o ::; -: ) JO.TJ T o
-+i t [ _,,I (t)odt+lo la,W(t)oj1
dt (3.11)
Integrando em x. usando o Teorema de Fubini e o fato que \F (t) é a solução do PVI línear
(3.4) obtemos
( t) I l1T1x I
1dx::;- 1
1 T 0 -x 1
(t) (t) e;ç;'l dxdt (3.12)
Para estimar cada termo do lado direito de (3.12) usamos a desigualdade
para obtermos:
(3.13)
3 BOA '-'"'"''"'v LOCAL PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV 43
Agora é fácil obsen·ar que o operador L= at +a; comuta com r (x, t) = X- 3ta;; ao longo
t) =
L (r (r \
e, consequentemente.
"' . c)
o , que é a solução
t) "
Portanto.
.........;. '\
O) = 0. \f X. t E
t) (t) o =O. Daí. r .t) 6 é a solução do
o= \t) 7) +3tH' (t) a; c
(ti EiC: = " X
(xa;O') +3tW(t)a~
Finalmente, substituindo (3.14) em (3.13) resulta que
11\v lt) O' I
' L 1 L= x T
o que concluí a demonstração do Lema.
linear
(3.15)
Observação: Este Lema deixa claro porque trabalhar em Hs (IR) n H 3 (x 2dx), com s 2: 5.
Além disso, temos que .\r (w(t) 1) < oo.
Corolário 3.1.2 Com as hipóteses do Lema acima vale:
11 _,1 ('1--+1' !I-+ W (t) q; :S: c !I 9 1
1
· + T 119 LT IJ3(x2dx) 3,2 i
3.1 ESTIMATIVAS 44
Demonstração: Csando a definição da I! \1 3 _2 e a identidade
o=W o Q .V j E N,
segue-se que
il :I li
--+i! 2::: O li · IIH'(x'dx) =
j=O
o
3
::;ci::(/ j=O
(i) í xarz) 1 + 3 r'm· (t) at2 o 1.) \ . o ' ! u
::; c (li o li +Til ',I_ ,\ :3.2 :', li,
Portanto temos o Corolário e é claro À[ -;:;') <X. I
111
Observe agora que pelo item (i) do Lema 1.3.l(Preliminares) vale
e assim Àr (w(t) 9) <X
Pelo item (ii) deste mesmo Lema, com p = 2 e r = L temos que
1/w (t) 11 '71' 'i <c (1 + Tt 1
IIL2L= - I • T , 1_/ e /1
1axW(t)1/l ::;c(1+Tl
2 l1
1 I 1 ·L~LT I
e com isso Àr (w (t) 1) < oo.
Além disso, como W (t) é um grupo unitário sobre L2 (JR)
11111
(t) 9'rl . = sup l',w (t) "9'111 . =c 11/"ói/ L?f? H 0 (1R) [O,T] i H"(R) I 5
e consequentemente Âf (w (t) 9) < oo.
Logo xr é não vazio, pois a soluçaõ do PVI linear (t) = W (t) 9 E xr. O próximo passo será discutir a parte não-linear de (3.1). Neste sentido, fixando d:>
( :p, 'lj;) E H 5 (JR) n H 3 (x2dx) e considerando w = ( w, z) E xr vamos denotar por 11 =
i!f-; (w) :=\li (w) a versão integral para (3.1), isto é,
\li ( w) (t) = Hl (t) 9 (3.17)
SUPER-KDV 45
onde
=
I'\ osso primeiro será n1ostrar que W definida.
estabeleceren1os un1a sequência de Len1as. à fornece as estin1ativa.s para a parte nã.o-
de em termos
todos estes Lemas nossas hiJ)Ót.es,es sao
e avisamos que o símbolo ( ·) significa Àr ( ·) . para i = L 2 ..... o.
3.2 Estimativas Não-Lineares
1
' I L < li-+
c 119 + cT[
+c (1 + T/ À4
+ cT~ (1 + T) 2 À3
+ cT~ (1 + T) 2
e E
Demonstração: A demonstração deste Lema decorre da análise sobre a equação integral
(3.17) e dos resultados já estabelecidos. seguir, faremos uso da norma
111!1 ils = llfllo + lio~fllo, (3.19)
que é equivalente a norma 11!11,. Temos então,
Àr (w (w)) ~ llw (t) ç;+ij + r' liW (t- T) (w)IILXH'(,, dT 'I I LJ? H5 (?:.) J o . 'T ... ,
(3.20)
~c jj1jj5
+ fo'iiW (t- T) F (w)ilqeH'(RJ dT,
pois W (t) conserva a norma H 8 (R).
Observe que como (wz)x = WxZ + wzx e a norma de qualquer coordenada do vetor
w = (w, z) controla-se pela norma do vetor W, então o termo wwx já representa (wz)x.
Usando (3.18), a linearidade do grupo VV (t) e (3.19) resta-nos estimar os termos:
(t-T)(wwx)dTII ,
I (t- T) (a;z 2
) dTI 0
.
(3.21)
46
Fazendo uso das desigualdades de :VlinkowskL Holder e do Lema de imersão de Sobolev.
obtemos:
(t ~ ( U'1L':c) < o
<
<
Analogamente.
Para o próximo termo. temos:
'I 1: ' ( t - -: ::
li ui 2 I, ' 1
[): l /;\12 \ u jj .
::=; cTsup 11 [O.T]
<
I lo
lia~ l vV (t- r) (wwx) drllo ::=; [IIW (t- T) a~ (wwxlllo dT
::=; T~ (lT 1: (o~ (wwx))2 dxdt) ~
::=; T~ ~c1 (for J: (o~u/ (a~+Hw) 2 dxdt) ~
(3. 24)
onde utilizamos a regra de Leibniz na última linha acrma. Observe agora que o termo
envolvendo a maior derivada de w, na desigualdade acima, é wo~w e este pode ser estimado
como
(3.25)
LOCAL DADO INICIAL SUPER-KDV 47
Vale observar ainda que os termos envolvendo derivadas de 11: de ordem mais baixa podem
ser estimados facilmente usando-se o Lema de w1e1 ''"v de
u_u c~CIL controla-se da seguinte fonna
2
e obternos
(t-6
< '\:'c -L.,J J=Ü
2
sup X
Por exen1plo. o tern1o
2
o
l 2
Lei.bniz em
Observe que para j = 2, 3, 4 podemos aplicar as desigualdades de Holder e :\linkowski jun
tamente com o Lema de imersão de Sobolev, em (3.27), para obter
(3.28)
veja (3.25)-(3.26).
O termo associado a j = O e 6 pode ser estimado utilizando-se o efeito regularizante dado
pelo item (i) do Lema 1.3.2. De fato,
(3.29)
1
::; cjoo sup lzl ( {T (à~z) 2 dt) 2 dx -ex [O.T] Jo
:5o c (Joo sup lzl dx) sup ( {T ( à~z) 2 dt) ~ -CC· !O,T; X J 0
ESTIMATIVAS
48
Usando agora a desigualdade de HOldeL o Teorema de Fubini e os resultados citados acima,
chegamos à seguinte cadeia de desigualdades:
:Se
=c
li' (t -
18 .. 2 sup \ x2) [O.Tj
l 2
1T
<)
l 2
:S cT~ (1"" sup(8xz) 2 dx)~ sup (lx (8~z?dx)~ -x [O.T] [ü,T] -x
:S cT~ (1 + T) 2 À3 (Ué) À1 (Ué).
Colecionando as estimativas (3.20)-(3.30) temos o Lema.
Lema 3.2.2
À3 (w (w)) :S c ![-;t[i_ + cT [À1 (w)] 2.
, lo
111
Demonstração: Basta analisar o caso k = 1, na definição de .\f (w (w)), que consiste
em estimar l!8x W (w) IILiLT' . Por (3.18) resta-nos estimar os termos:
(3.31)
Cada termo acima pode ser estimado através do uso da identidade
(3.32)
do item (ii) do Lema 1.3.1 com r= 1 e p = 2 e do Lema de Imersão de Sobolev. De fato,
3 PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV
EJ X (f- T)
H' (t-
Logo, de (3.31)-(3.34), segue-se o Lema.
<c 1 + H(
< (1+T) 2 supll ro.T]
< T 11 ' T' 2 _C \ I )
:s c (1 +
I _,.,]? \ w} -:
rT
< c (1 + Ti 2 j '1iEJ3u·2 ll dt - ' " I X lil o
:S cT(1 + T)2
sup l!8~u2 ll 1 [O.T]
:S cT (1 + T)2 sup 1111111~
[O.T]
:S cT (1 + T) 2 [À 1 (w)] 2.
49
i l
Vale observar que todas as estimativas feitas até agora valem em H' (JR:.) paras E R Nos
dois próximos Lemas precisamos usar a norma no espaço com peso H 3 (x2 dx), que é dada
em função da norma Hs (JR:.) paras E N. Fica claro portanto a necessidade de trabalharmos
com sE N.
Lema 3.2.3
À4 (w (w)) :S c (11111. + 11'111 ) + cT [.\1 (w)]2
+ cT~ (1 + T)2
.\1 (111) .:\3 (111) I o . ,13.2
+ cT~ (1 + T) 2 À1 (111) À3 (111) + cT.\1 (w) .\2 (w) + cT2
(À 1 (w)) 2
+ cT~ (1 + T) 2 À3 (w) Às (w) +c (1 + T) 2
.\4 (111) Às (111)
ESTIMATIVAS
50
Demonstração: Pela equação integral ( 3.1 7) temos que
. (W( ):S(l+ !i
li + (t- F
e o
e 11 :jrt
11 o (3.36)
Usando a estimativa linear, dada pelo Lema 3.1.1. e a identidade (3. obtemos:
driJI 3.2"
Agora,
I r' !i
Jo W(-r)(wwx)dr\j_ o ' ;)
(3.38)
111' . 11 li -1' :SI, W(-r)(wwx)drj +.j3~ W( 11 o o I o
(wwx) dr[[1
!O
:S lll W( (wwx) drJ11
+ t CJ ~~~~3x l W (-r) (~w) (3~-jw) dr O ;=O O
~- ') Jl - 1' ( -) 11 :ScT[JIJ(uiJr+c W(t)3x (-r) w3~wdrji I o lo
+I> lj13x l W (-r) (3?cw) (3~-Jw) drll j=l i o o
Usando o efeito regularizante dado pelo Lema 1.3.2 e o Teorema de FubinL estimamos o
3 LOCAL COM DADO INICIAL PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV
penúltimo termo acima como:
(t-
1
< juu;uf dt) 2
lu i
- (1"" sup , -X [OJ]
So T~ (1x sup -00 IO.T:
' ' '
Portanto,
12 dt) ~ dx
l l
' o \ 2 1~ d d' I X t l , I
/
) ~ /100 2 1 ~ 2 I dx ~up I jD~wl lO.TJ \ -:x:
l 2
li r' vv ( -T) (wwx) dTII So cT p,l (w)] 2 + cT~ (1 + T) 2 )'1 (w) ,\3 (w)'
1 lo 115
51
(3.40)
Para o segundo termo de (3.37), combinamos a definição da norma li (3.16) para obter
· 11 3 2 com a identidade
(3.42)
3 :: f' =L ll:rà~ lo
j=O li O ( -T) (wwx) dTilo
So t [j'llx~ (wwxlllo dT + 3111' TW ( -T) ~+2 (wwx) dTII ] .
J=Ü o o 10
Aplicando as desigualdades de Hiilder e Minkowski e o Lema de Imersão de Sobolev, podemos
estimar todos os termos de (3.42), exceto este último para j = 3, da seguinte forma:
ESTIMATIVAS
52
Observe que este último termo já foi essencialmente estimado em (3.38)-(3.40). Com isso,
li " li
) dri <
(1 + )q
para o último termo em (3.36) utilizamos a estimath·a
:3.2 1 c a identidade (3.32) para obtermos
lll W(t-
n· ( (a;z2) d,-1 + a;
lo
+c (1 + T)2 1\l vF
Passemos a estimar agora cada termo de (3.44). Já sabemos que
J11'w L ,.
(ao ") d 11 T ., (~)·2 . :;z- T I -:: c [A! ui J . •o
Para o próximo termo aplicando a regra de Leibniz resulta que
dada pelo
(3.44)
3 ,} ..
li
(3.45)
Para j = 2, 3, 4, usamos as desigualdades de Holder e Minkowski e o Lema de Imersão de
Sobolev para obtermos
(3.46)
Quando j =O, 1 (analogamente j = 5, 6) usamos o efeito regularizante dado pelo Lema 1.2.2
3 PARA A EQUAÇÃO SUPER-KDV
para obtermos
Obserw que. se j =O vale
(t-
<c 11 - '
()
=c (1 + T/ .\4 (
53
li '" +, )- dx.
I
'
X
2 dt) 2 sup
Para J = 1, usando a desigualdade de Holder e o Teorema de Fubiní em (3.47) obtemos
(:349)
Resta estimax agora o último termo de (3.44 ). Começamos empregando a definição da
normal! · 11 3 .2 juntamente com (3.16) para obtermos
Usando as desigualdades de Ho!der e Minkowski e o Lema de Imersão de Sobolev, obtemos
a sequência de estimativas para cada termo de (3.50):
ll
e
I
i i
<
<
~·
'
{ ,.,.p 11
~' 1.1 1
[o .r:
+ 2T~ sup [o.r:
a;zll,
I li !!o
(1T;·ov \ O ~x
l " 7j
2 dxdt).
:"::4Tsupllz
:":: 4T il3sur!i I!L2' [O.Tj
1
1 r' I' IJn rVV (-r) (8!z2
) dr I :":: cT2 ~up llzll~ :":: cT2 sup li o I o :O.Tj [O,T]
Além disso, usando a regra de Leibniz para ~z2 obtemos
sup li [ü,T]
li 12.
54
51)
(3.52)
(3.53)
( 3 . .54)
(3.56)
3 BoA '-A/'-' 'U '-'""' ,, ""'
PARA A EQUAÇÃO
e
o
Vale observar que. para obter
o Lema de Imersão de Sobolev.
item (i) do Lema 1.3.2.
55
< I
+c[ ( -1) ( ~) ,! ;IQ
'(-,-)a,. i O
SUPx
o
i2 dt) ~
< supcoT: llzli; + (IoT 1,-
+cT~ (1 + T/ À3 (w) Às (w)
< cT2 [À 1 ( + cT (1 + T) 2 À3 ( u;) Às (w)
(1+T) 2 ).
. utilizamos as desigualdades de Minkowski e Holder e
(3.57) usa.n1os tan1bén1 o efeito regularizante dado pelo
Finalmente, pelas desigualdades de ~Iinkowski Holder e pelo Lema de Imersão de Sobole\·
obtemos
lll W (-7) (x3~z2 ) d7 (3.58)
::; ~~- f'w(-7) [xS(Bxz. ,a;z)]d71 1l1
+11
11
['H' (xz3~z)d7il I lo 1 o Jo I o
::; T~ (1T I: jxS (élxz .. ,a;zW dxdt) ~ + T~ ([I: jxz[ 2 jél~z\ 2 dxdt) ~
::; cT)'l (w) .\2 (w) + cT~ (1T jxzj~ I: ja;zl 2 dxdt) ~ ::; cT.\ 1 (w).\2 (w) + cTsup (izl 12 + jzj0 ) .\1 (w)
[O,Tj
::; cT.\1 (w) .\2 (w) + cT [.\1 (w)J 2,
onde utilizamos também a desigualdade
[jxzlloo :S [jxzjj, :S llxzilo + llélx (xz)llo :S llxzllo + [jxélxzlio + llzllo = llzllu + llzlio
e a notação 4
S (élxz . .. ,a;z) = :2:>1 (o~z) (o;-iz). j=l
ESTIMATIVAS
56
Colecionando as estimativas (3.44)-(3.58), temos a estimativa para o útimo termo em (3.36)
e con1 isso _,
(1]1 ( I < ó I
+ T)2 )q
+ cT (1 + já
colecionar as estimativas adequadas. Por e o Corolário 3.2.2, temos que
>I
< IIW ~ il o (t ~ T) F
r (t~ F(u)dTI'I .
I L]'N-J 3 (x 2 dx)
De (3.43), temos que
e
11 f' W (t ~ T) (w3xw) dr\1. ::; cD1 (w) À2 (w) + cT2 [À1 (w)]2
liJo !3,2
l1ll W (t ~r) 3x (wz) dr\\3
.
2
::; cDI(wp2 (w) + cT2 [ÀI(w)]2
+ cT~ (1 + T) 2 À1 (w) À3 (w).
Finalmente, colecionando as estimativas (3.50)-(3.58), temos que
::; cTÀ1 (w) À2 (w) + cT2 [Àl (w)f + cT [À1 (w)]2
+ cT~ (1 + T) 2 À3 (w) À5 (w) + cT (1 + T) 2
À3 (w) À5 (w).
De (3.59)-(3.62), segue-se o Lema.
resta apenas
(3 59) . .
(3.60)
(3.61)
(3.62)
3 BOA v'-''-''Pva
PARA A EQUAÇÃO SUPER-KDV 57
Lema 3.2.4
!~i . < c i o 1. -r cT
' I:]
+
+c (1 + + (1 +
equação integral (3.1 e o ítem (i) do Lema 1.3.1 s = te111os que
.x5 (w (U'JJ :s:: lia;1r (t) o t=-' +I a; t lF (t-' ·· X Ly Jo
I -+ii 11
:S:: c 1 o li + ;,axw (t) j, li,S !i
F (u) dTI i
1.3.1 e as desigualdades de Hôlder e c\llnKowSKl
I
' t
ja,w (t) 1 ( -Tl a~ (uàxul d,ll Lç:L}
:S:: lll W ( -T) à~ (wà7 w) dTIIo
:S:: fo'iilt'(-T)à~(wàxwlllod'
< (1T 1: [à~ (waxw)] 2 dxdt) ~
:ST~ (1T 1:[S(àxw. ,à5w)] 2 dxdt)~ 1
+ cT~ (1T 1: w2 (à~w) 2 dxdt)
2
:S:: cT [.X 1 (w)] 2 + cT~ (1 + T) 2 .X3 (w) Às (w),
onde utilizamos também a notação
4
S(àxw, ,a5w) =I:C1 (à~w)(à~-1w). j=l
Para o termo restante, usamos inicialmente a identidade
6
à;z2 = :Lc1 (a~z) (a;-iz) j=O
(3.63)
obtemos
(3.64)
3.3 TEOREMA 3.0.1 58
para obter
(t-
(t- (
+ ila, I,
Usando agora os efeitos regularizantes dados pelos Lemas L3.1 e 1.3.2 e o Lema de Imersão
Sobole,- obtemos
i i " 1' \1 li
(t- 1)
::; 21/zo;z/lvL' + 2//o,zo;z/luu :r T X T
+ 1T /ioxS (U';z, o;z. 84 z) I lo dt
::; 2 (1 + T) 2 .\4 (v:t) .\s (u) + 2T~ (1 + T) 2 .\, (u) .\3 (w)
+ cT [.\1 )]2
.
De (3.63)-(3.66). segue a demonstração do Lema.
A seqüência de Lemas, acima. permite-nos concluir que a aplicação I!J : xr ""' xr dada
por . 1t W-; Clii) = W (t) -;j; + W (t- T) F (w, z) (T) dT . o
está bem definida, isto é, .\f (I!J (w)) < oo para todo O ::; i ::; 5.
3.3 Demonstração do Teorema 3.0.1
De posse dos Lemas anteriores, faremos agora a demonstração do Teorema 3.0.1. Nosso
principal objetivo será mostrar que existem 71 > O, a > O e T = (11 llx,.J > O, tais
que se 19 < 71 então W (XT (a)) Ç XT (a) e W : (a) _, xr (a) é uma contração.
SUPER-KDV 59
uma vez provado isto segue-se, do Teorema do Ponto Fixo de Banach, que existe um único
E que W (U) = e 1! é a solução da equação integra! 1
onde
,, < C:lJo (1 + T)
+c{T+
(1 + < CT)o (1 +
> 1 é un1a constante numérica que
nado a seguir.
Inicialmente. fixamos r; de sorte que
Agora, escolhemos a e T > O tal que
. segue-se que
+
1 f ) -
+c (1 + T) 4
<ry
a= 2c(l +T)ry0 ,
com T satisfazendo
2
e r; será detenni-
(3.69)
(3.70)
? - 1 4c- (1 + TJ"7Jo < 2 (3.71)
Vale observar que, fixando 7J e a como em (3.69)-(3.70), justifica-se a escolha de T como
acima. De fato, como
? - 1 - 1 4c- (1 + T)" 7Jo <- = (1 + T)" < -
8 " ,
2 c-7Jo
então precisamos escolher T > O tal que
Para tanto, basta ver que
DEMONSTRAÇAO DO 3.0.1 60
o que é imediato pois,
< c ? l 1 < bc--- =-<L
16c2 2
De nossas escolhas em 71) resulta que
a = 2 + 2e
e a 3 <-+-=-a. - 2 4 4
Portanto, \V ( w) = w6 (w) E XT (a), desde que
l\Iostremos que \V: XT (a)-+ XT (a) é uma contração. Observe que, para w =(te, z),
p = (p, q) E XT (a) vale
w (w)- w (vJ = fo' w (t- T) [F (vl- F (w)J dT, (3. 73)
onde
(P'J- (wJ (3.74)
= (ax (p2- w 2
) +a; (l- z2) .ax (pq- wz +qw- qw))
( ax [ (p + w) (p - w)] + a; [ (p + w) (p - w)] . ax [ (p + w) (p - w)]) .
Agora, calculamos >-f (\V (w)- \V (p)), para i 1, 2, · · ·, 5 e, em seguida, tomamos o
máximo sobre cada um destes >,f (\V (w)- W (p)). Por exemplo, para
À r (\V (w)- w (p)) = (1 + Tf 2 max \la~ (\V (w) - w (p)) I I L' L= k=O.l li ' X T
temos no caso k = 1 :
3 '-''-'"'"'''-''"'<"'-v LOCAL COM DADO INICIAL PARA A EQUAÇÃO SUPER-KDV
i!
i i :1
i'u~z !! X
:S cT (1 + T)2
sup i lo~ [(p + u:) (p[ü,Tj
:S cT (1 + T)2
sup (IIP + u: fOJj
< cT 11, - '
r ( 1 i L \1!
_;_ .À T ' l
li 111
!I -P
61
As justificativas para obter a sequência de desigualdades acima já são familiares, portanto
não mencionamos. Claramente, os outros dois termos em (3.74) ficam controlados pelo que
fizemos acima. Assim.
(3.76)
De forma análoga, ao que fizemos anteriormente, podemos estimar os demais À[ (w (uJ)- w ('p))
e, em seguida, tomar o máximo sobre cada um deles para obter:
AT (w ( u:)- w CP)) :s: c (1+ T) 4 [AT (uJ) + AT CP)] AT (uJ- P'l :S 2ac (1 + T) 4 li. T (uJ - p)
:S: 4c21Jo (1 + T) 5 (w- p) 1 T . --+
:S :zA (w- P l,
(3.77)
por (3.70)-(3.71). Logo, para valores de como em (3.71) w : XT (a) --+ XT (a) é uma
contração e com isso existe um único uJ E XT (a) tal que W (uJ) = W-; (uJ) = uJ. Para ver que que a aplicação dado inicial-fluxo é Lipschitz, consideramos T0 E (0, T) e
. --+ -+ p E XT (a)' com p (O)= e. Assim,
(t)(o-e)-[ (t-T)[FCp) dT.
SEÇAO 3.3 DEMONSTRAÇÃO TEOREMA 3.0.1
Procedendo agora como em (3.73)-(3.77), obtemos
l)
i --i'
+ I oi
Como consequência de (3.73), temos que
c(l +T)4 [ + < TJo < 1
8, C0111 ISSO.
ou seJa,
y; ~ ___, [11
--+ I' 1'--" --"1' ] li. 0 ( uJ - p) :-:; c0 (1 +To) 11 o 1
1_ + I o - B I
L o I 113.2
= K [li-;- 81 + 111 113J ·
62
(3
(3.80)
onde K > O. Assim, a aplicação <:/; -:::}
c--+ u, de v__, em X 7, é Lipschitz onde V-:;: é uma
"' y
vizinhança de dependente de T0.
próxima etapa consiste em mostrar que E C ([O, T]; H3 (x 2dx)), pois já temos a
continuidade de 71 na norma de H 5 (R). Para tanto, basta ver que 71 é contínua em t =O.
Mostrado isto discutimos as duas situações abaixo que decorrem deste caso.
(i) é contínua à direita de 7 em (0, T] .
Para ver isto, definimos W (x, t) := 71 (x, t + 7), com t E (0, T] e observamos que w satisfaz o PVI
{ fJ,w+fJ~w+F(w)=O, x,tER
w(o)= (7), (3.81)
LOCAL COM DADO INICIAL 63
que é equivalente a (3.1). Como V: é contínua à direita de O. então W é contínua à direita
T.
é contínua à esquerda de T en1
tanto. definamos p t) = T- t) com t E Ti. Observe que está na
n1esn1a classe de está na mesma classe de e satisfaz (3.81). Como p é contínna
à direita O. então é contínua à esqnerda de T.
Retornando ao nosso objetivo inicial. mostremos agora que V: E C (
Considerando a equação integral . temos que
" • I I (t)- ol
1
1 ~ 1.·1 13.2
Empregando a identidade
temos
(t) - I) I +I 11 1
11' b.2 li o
e as propriedades do
(t- T) F
11\V (t) - 6[[32
~ t [(w (t)- I) (xa~6) li o+ ct [6[15
.
J=Ü
(3.82)
(3.83)
De (3.83) e do Lema 3.2.4 segue-se, a partir de (3.82), a continuidade de V: na norma de
H 3 (x 2dx), quando t __, o+ Finalmente, para provar que V: é única em xx vamos ntilizar um argumento iterativo
semelhante ao apresentado no Teorema 4.1 em [KPV4].
Consideremos W outra solução de (3.1), definida no intervalo [O. TI]. onde T1 < T com
AT1 (w) < oo. Suponhamos que w E xx• (ai) para algum a 1 > a = 2c (1 + T) ?)o. com
w E C ([O, T1]; H 5 (IR) n H 3 (x2dx)). Como
por continuidade, existe T2 < T1 tal que
sup. (llw (t)]] 5 + 11111 (t)il 3•2 ) ~a. tE[O,T2)
(3.84)
Pelo fato que W satisfaz a equação integral (3.17), usando (3.84) e substituindo a estimativa
para .\§ (w) resulta que,
(3.85)
com T3 < T2 suficientemente pequeno.
3.3 DO 3.0.1 64
Recorrendo também as estimativas de À; (li') :S a, (j = 4. 5) , obtemos T4 < T3 suficien
temente pequeno tal que
em seguida T5 < T4 suficientemente pequeno tal que
::; a, t E
Portanto. provado que E , para < < T e consequentemente U! = em R x [O, Ts].
segunda etapa, consideramos um novo problema de ponto fixo para o PVI (3.1) na
bola )(Ts (a1). com dado inicial11 (T5 ), e repetimos todas as estimativas feitas para chegar a
urna contração. Em seguida, argu1nentarnos con1o ttcmJ.a para obter a unicidade en1
com > Reaplicando este processo, um número finito de vezes. estendemos a unicidade
nossa solução ao intervalo [O. T]. Vale observar que nas iterações feitas acima a sequencra = 71 ollx. }\ . Tw =
0.3
T10 (li (Ts)l\x5,), · • ·.Tsk = Tsk (\\11 (Ts(k-r))\lxs,) (k:?: 1) nao acumula num tempo
T' < T, pois se isto ocorresse não teríamos T (O) -+ oo, quando () -+ O. De fato, conforme
(3.70)-(3.71) os valores de T que realizam uma contração dependem inversamente da norma
do dado inicial. Assim. se a sequência acima acumulasse antes de T. teríamos
(li li ollx,, .1111 (Ts)lix
5,,, · .1111 (Ts(HJ) llxJ -+ oc,
que é um absudo. Portanto, está provado o Teorema 3,0.1 paras= 5.
A demonstração para o caso geral, s 2 6 inteiro, é feita de maneira semelhante ao que
acabamos de fazer. Basta, para tanto, redefinir as normas À f (uT) e Àg ( w) como
Âf ) := sup ll'i'Z ils • tE[O,TJ
1
ÀI (uT) := sup ( fT IB~+lu:f (x. t)l2 dt) 2
xEIR Jo e reproduzir as estimativas necessárias. Portanto, está completa a demonstração do Teorema
3.0.1.
Avisamos ainda que nosso problema (3.1) é reversível no tempo, isto é, vale o Teorema
3.0.1 no intervalo [-T, T].
3 PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV 65
Corolário 3.3.1 Com as hipóteses do Teorema 3. 0.1. temos que existe uma vizinhança V ~
de E H 5 n H 3 > tal que a aplicação o --+ . de em xx. é suave.
Consideremos F = + e definamos H : X xT -+ por
H (-:t: Ui) (t) = (t)- o-
d ~ ' --+ on e ·u = V) e w Observe que H está bem definida e pelo Teorema 3.0.1
H (6. u) =O. Além disso.
( t)) + (t-• F Z)
z) + ! \ ca \}-TJL X 'UZ +
De mane~ra semelhante. podemos calcular a derivada de ordem k de H. com relação a
11 = ( u. v) . o que permite concluir que H é suave.
Para ver que Dv: H (6. 11 ( t)) : xx --+ )(T é invertível primeiro escrevemos
(I- Dv:H) w (t) = -l ~V (t- r) Dv:F (u. v) (w. z) (r) d,-
= -1' VV (t- r) [Dx (uw + z8xv + VOxz. uz + vw)] (r) dr,
onde I : = I d xr e Dv: H : = Dv: H (;;'. 11) ( t) . Em seguida. procedendo como nos Lemas
(3.2.1)-(3.2.5) obtemos estimativas para Àz ((I- Dv:H) w (t)) (i= L···. 5). semelhantes a
todas aquelas obtidas na seção anterior. sendo que agora em função de >..f (17) e Àz (w) .
Por exemplo, vamos estimar alguns termos de
. Àr ((I- D-,;H) w (t)) = (1 + T)-2 max IID~ ((I Dv:H) w (tlliiL2LOO. k=O,l X T
(i) Para k = 1. o termo com derivada mais alta em >..f ((I- Dv:H) (t)) controla-se da
seguinte forma:
3.3 DO TEOREMA 3.0.1
+
:S:c(l+
::; cT (1 + T)2
sup !i(2vxxZ + 4VxxZx + 2VxZxx)ll;r [o. Tj
< crr ( 1 -k-- ,J._ \..!. '
[O.
::; cT (1 + T) 2 sup (li [0. T]
::; cT (1 + T) 2 sup llu [O, T]
66
onde utilizamos o efeito regu!arizante dado pelo item (ii) do Lema L3.L com p = 2 e r= L
(ii) Para ..\r ((I- D-uH) w (t)), vamos estimar apenas o termo 'i/f~ vV (t- r)(uzx) dr\j . I L'iLT
Usando o Lema 1.3.1 temos que
I[ t I' L r W(t-r)(uzx)dr,l )1}0 liL1L~
(3.86)
::; c (1 + T)2 [li [' (-r) (uzx) drj
1
/ + 1
\[ [' W (-r) (uzx) drl/ ] . 1;0 15 1Jo 13,2
Agora,
3 BoA v'-'"-"-' V1H< N-V L''-''~ r'LD ""' '-' "'""
A EQUAÇAO
,, il I,
" li
li < il -li
li
+ 3
j=1
I \a',..! I . ! ~
i 5
dT + a;
o j=O
c J
rt
(t) 8x lo HT (
+c\ i
(85-y , X
(t- dT
+ T~ tc1 i1T [~ (\W1 u/ 2 \8~-1 z\ 2 + \~u\ 2 \8~-1 z) 2 dxdT) l ~. J=l l 0 -X .J
Usando o efeito regularizante, dado pelo Lema 1.3.2, e o Teorema de Fubini, estimamos o
penúltimo termo acima como:
(3.88)
1
:5 T~ (100
sup lul 2 dx) 2
su. p (loc \8~z\ 2 dx) 1
~oo [ü.T] [O.Tj -oc
:::: r1 (1 + T) 2 Af Cu) Ai (w).
Portanto,
3.3 3.0.1 68
( + (1 + T)2 )
Para o segundo termo
para
. combinamos a definição da norma !i com a identidade
li il .I
( _,) • I
(3.90)
3
=I: (-'C) ]=0
< li i i +3
o
Aplicando as desigualdades de Holder e Minkowski e o Lema de Imersão de Sobolev, podemos
estimar todos os termos de (3.90). exceto este último quando j = 3, da seguinte forma:
Observe que este último termo já foi praticamente estimado em (3.87)-(3.89). Com isso,
1/ (' W ( -,-) (~·zx) d,-Jj :::: cnr Cu) >-2 (w) + cT2 >-r Cu) >-r (w) 11)0 li3,2
(3.91)
+ cT~ (1 + T)2 >-I (11) >-f (w)
e, portanto, de (3.86), (3.89) e (3.91) segue-se que
li r' }V (t- ,-) (uzx) d,-l'l . ::; cnf (11) >-f (w) + cTJ (1 + T)2 >-I (11) >-f (w) + cnf (11) À~ (W) 1 lo iL.i,LT
demais estimativas são análogas e portanto não vamos repetir.
3 PARA A EQUAÇAO 69
Após calcularmos todos os >.f ((I- D-uH) vJ (t)) (i = 1, · · ·, .s) e tomarmos o má.ximo
sobre cada um deles, concluímos que para qualquer
:s;Z:(1+
:s; 212 (1 + T) 5
1 <
2
pelas escolhas feitas para a e T em (3.67)-(:3. 72) e o fato que 17 E X 7 (a) . '\Jovamente. c> 1
é uma constante que só depende das estimativas lineares. Assim,
e consequentemente ) = Dv:H E B é inverti vel.
Assim, pelo Teorema da Função Implícita (Teorema 1.4.1). existe C V -vizinhança
de 6 E H' (JR:.) n H 3 (x 2dx)) e uma aplicação h , V ~ X 7 tal que H (u 0 . h (wo)) = O, ou
seJa,
(t- r) F (h (w0 )) (r) dr (t)
é a solução de (3.1) com dado inicial 11' 0 E V e h é suave.
, CAPITULO 4
BOA COLOCAÇAO LOCAL COM DADO
INICIAL QUALQUER PARA EQUA AO
SUPER-KdV
Nosso objetivo neste capítulo é provar um Teorema que fornece boa colocação local (no
tempo) para o PVI
{
8,u + 8;u + u8xu + ~8~v2 =o 8,v+8;v +8x(uv)=O, x,tEIR
u(x,O)=uo(x) ec;(x,O) vo(x),
( 4.1)
desta feita com dado inicial arbitrário. lV1ostraremos, a seguir, que o PVI (4.1) é localmente
bem posto no espaço de Sobolev com peso Xs.ll H 5 (R) n Hll (x 2dx) paras ;::: 15 ( s E N) ,
para um dado inicial arbitrário. Fica claro portanto o preço pago ao retirarmos a hipótese
de pequenez sobre o dado inicial.
]'\ ossa demonstração baseia-se nas idéias apresentadas no trabalho "Local Well- Posedness
for Higher Order Nonlinear Dispersive Systems" de C. E. Kenig and Gigliola Staffilani (ver
[KS]). Neste trabalho, os autores fazem uma combinação entre os efeitos regularizantes do
operador 8, + 8~ e uma mudança de variável adequada para sistemas lineares abstratos. Tal
mudança de variável permite considerar o PVI acima com dado inicial arbitrário.
Os sistemas considerados em [KS] possuem a forma geral estabelecida em (0.2) e os
70
4 A EQUAÇAO SUPER-KDV 71
valores específicos para r e s, nos espaços de Sobolev Xs.r := H 5 (R) n Hr (x2dx), não são
determinados. nosso caso, para o 1). determinamos o melhor expoente inteiro no
resultado de boa colocação a seguli,
Corn as notações estabelecídas nos preliininares provaremos o seguinte Teoren1a:
E então ' existem T > O ( T = T '·")com T qucma.o a_ ---+ e uma
u) do P (4. definido no 1nJ'PrJJn.!'n co-m. satisfazendo:
(i) i1 E C ([0,
(v) Para qualquer To E (0, T) existe [;'0 C ( U0 - vizinhança de ü0 E Xs.ll) tal que a
aplicação 0 r-+ if ( t) , de U0 em yx (classe definida de (i)- (i v)) é Lipschítz.
Faremos a demonstração deste Teorema na última seção. De imediato, na próxima seção,
vamos estabelecer alguns resultados auxiliares. Em seguida, na terceira seção, estudaremos
a equação integral associada a (4.1) e construiremos as estimativas necessárias para provar
o Teorema 4.0.1.
4.1 Resultados Auxiliares - Estimativas Lineares
Com o objetivo de adequar as notações vamos escrever o sistema (4.1) como
{ 8,11 + 8~11 + B (x) a;11 + __ [A (11)- B (x)] a;11 +C ( u, 8x 11) =O
11(x,O) 110 (x), x,tER, (4.2)
onde
(4.3)
4.1 RESULTADOS 72
A parte linear de (4.2) é dada por
+ +B =0
O)= o X, i E
Os resultados a seguir praticamente encontram-se em [KS]. Contudo. faremos as demons-
trações para o nosso caso a importância destes para estabelecer o Teorema 4.0.1. A
Proposicão a seguir estabelece a existência de uma única solução t) = u o
para o problema linear Além disso. tal solução tem propriedades semelhantes as do
problema linear clássico associado a KdV. conhecidas como: a conservação da norma Hs (lR),
os efeitos suavizantes do tipo Koto e uma estimativa para a função maximal sup, lU (t) oi, veja Lema l em
Por reiembramos que afirmar E signífica dizer que u· E z E e
\iU'Ux = 1\wllx + llx ·onde é um espaço de Banach qualquer.
Proposição 4.1.1 SeJa 0 E Hs (IF!?.)nV (R) (s 2: 3. sE N). Então, em qualquer intervalo
de tempo [O, T] existe uma única solução 11 (x,t) = U (t) u 0 (:r) para o PVJ linear
que satisfaz para 1 ~ a ~ s :
(i) (conservação da energia)
(ii) (efeito suavizante)
( iii) (versão dual)
1/aa í 1' , ( ) _,, , ] lj 'I h-+l' su_PI x l8x u t-T, g \· ,T)dT 1. ~csup[,8xg luL'. [O,T]i O IILi h~a x T
(iv) (efeito suavizante não homogêneo)
li r 1' _, li I ( 11 _,I. I' ·_,I, ) 18~ ,a; U(t-T) f(. ,T)dT \ ~c sup 8~f j,
2 +sup f8~f I,,
2 ;
,I L O J liLgoL} h'5:_CJ I LxLT h:;_a ILTLx
(v) (estimativa para a função maximal)
~~~sup j8~U (t) 11 oi ~c 1111 oiiHa+l I [O,TJ Li
onde c= c (liBiiH' , llvoi\L' , T) ·
SUPER-KDV 73
Demonstração: A demonstração desta Proposição será concluida a partir dos três
próximos Lemas. Inicialmente. faremos uso de uma mudança de variável adequada para
e Portanto, Ya1nos em B duas vezes
reduzir a ordem da nP'""'""
diferenciar O "'""c'"a
veJa
respeito a e em seguida denotar por
· Ox será detern1inada posteriormente.
Obtemos assim o novo sistema
Ot 1 + 1 + B3x 2 = Ü
3, 2 +3~w2+[8xBiV1- 1 +B3xM- 1]wa+BA1- 1 8x 3=0
[23xB8xM- 1 + Ba;M- 1 + a;BM- 1 + a;M- 1] w 3+
3+ +
Agora escolhe1nos a matriz
tanto basta tomar
de sorte que o coeficiente do termo
1
8xAr 1 = _:::_BJ'vr 1
3
Usando (4.6) e a representação de B (x) obtemos
= ( -±k1 ~~vo.(x)dx+k3 kr
:= ( f(x) g(x)). h(x) i(x)
3 se anule. Para
(4.6)
(4.7)
onde k1 , k2 , k3 e k4 são constantes, sendo que k1 e k2 não podem ser ambos nulos. Como
se k1 = O devemos ter k2 e k3 não nulos e se k2 = O devemos ter k1 e k4 não nulos. É imediato
que
.. __ 1---.,.(-i(x) h(x) )·· A1lx) = det g(x) -f(x)
(4.8)
para f, g, h e i como em (4.7). Retornando agora ao sistema (4.5) e substituindo (4.6)-(4.8)
obtemos
4.1 AUXILIARES - LINEARES
l 8, l + 1 +B8r 2 - o 8, 2+ 2+ 37
a, 3+ ll T T
3 =o 3"+
e como =( l. 2· 3 ) poden1os representar por
{ 8, I a3w ..L a 4- (x) =0 T X t X
(x, O) = X, tE
onde
o o o o o o o o o o o o o o o o kl Ox Vo k28xt'o
D - o o o o o o o o o o b
1 (kl + 1) a;vo det7,.1_, (k2 + l)o;vo det Ivf
o o o o (k1+l)o;vo k ,(k2 +l)o;vo der. Af
e o o o V o o o o o o o o o
H (x) := o o o o k1vo kzvo
o o o o o o o o o o 1
1 k1k28xvo 1 , k§8xvo det Af detM
o o o o - l , kf8xvo l 1 k1k28xvo det .1\1 det Af
O Lema abaixo garante uma única solução para a equação ( 4.10)
74
(4.10)
(4 1 1\ \ • ..!. J
( 4.12)
Lema 4.1.2 Sejam s 2: 3 e as matrizes H e D verificando IIHis < oo, llél~DIIoo < oo para
Os; i s; s, onde I!HIIs := max1:0:ifS61[hi,JIIs e [[él~DIIoo := maxlSi,J:0:611diJIIoo. Assim, para
qualquer intervalo de tempo [0, T] temos que se
então existe uma única solução (t) := U (t) vt0 (x) de (4.10) tal que vi E C ([O. T], (H5 (JR)) 6)
e satisfaz:
4 COM DADO INICIAL PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV 75
(l') 'i\8~ maxo::;1::;s SUP[o.T] ;:_
!l li
<x.
definan1os as normas
" Pi
11 .
. iL'ÇL~.
.. (?i = ma.x (V) f -~:5:2
e o espaço con1pleto
= {v E C ([O r 1 · < x}.
com métrica d, ( p, q) = F CP - q) . Consideremos ainda o operador sobre para
E (H 5 (R))6, dado por
<'Pv;;o (v)= !' (t)w0 + lo W(t-t')P(V'(t'),8x (t')) dt' (tE [O. T]). (4.1:3)
onde {W (t)}tEx é o grupo associado a KdV linear 8,-vJ + 8~-v:J = 0 e
P(v(t),8x (t))=H(x)8x (t)+D(x) (t).
Provemos agora que existe n; (O) := {v E Y': d, (v' õ) :':: T} c Y' tal que
<l'>;;:;o : B; (O) --+ B; (O)
é uma contração nesta bola, para T pequeno.
Inicialmente, vamos mostrar que Y' f 0. Considerando (t) := W (t) W0 temos que
"1/8~ W (t) uT0 IIo "\\8~+1JV (t) w0 \\L:;oL~
e, portanto, Y' f 0.
- !\8~wollo ==;.. Pr (W (t) v;;o) :'::c IJ-violls, < jj8~+1W (t) woliL:;oL} :':: \\8~-v:Jüj\o ==? p~ (VV (t) wo) :'::c jjwo!ls
Agora, consideremos v E Y' e vamos mostrar que <l'>wo : Y' --+ Y' está bem definida.
Como
118~ (H (x) ax v+ D (x) vJIIo dt
LINEARES
temos que:
(a) Para i= O,
IIH !io ::; !iH sup ! dt T
<
(b) Para i= 1
[ llax(H
< + CT~ !I i!
:S CT~ \jH \b
Portanto, para O ::; i ::; s
[1/a~(H(x)ax !I dt< "!'H")!! '!;:,'~'-:-''! i'o o - CTX I (x !is max i,ux : u l!rocL2 <
I Os;r.::;s 1' X '
Para a outra parcela temos:
(a) Quando i= O,
(b) Quando i= 1,
I lo dt::; c IID (xJIIL?' ir li !lo dt : o
::; CT IID (x)llr= sup I! " [D.r)
= CT IID (x)/IL:;o IIIillwri.
[ ll3x (D (x) U) [/ 0 dt ::; [ ll3xD (x) U// 0 dt + [ [[D (x) Ox 11[[0 dt
Portanto, para O ::; i ::; s
::; CT [[oxD (x)\b li v llri"Li + CT 1/D (x )llv;c llox Iilbri
ScTmaxi/o~D(x)l/r=ll llr=H'· t=Ü,l I x 7 x
76
( 4 14)
4 BOA vu'LV'-'""'"''"'v LOCAL COM DADO INICIAL PARA A EQUAÇÃO SUPER-KDV
?) dt < cT max llo:D - 0::;1:S:s- ' ~
. ten1os que
! s; c !s + I' + cT max ii&~D
O:S;i:Ss
Passemos agora a estimativa de
Temos que
I' CJi+l- I_,' I' liux <flwo \c) I < I ai+'H' lt) v;roll - X \ ! L'Ç' L;
+ [11o~"" 1 Fl(t-t')P(8xll, llv;'L'dt'
s; c I lo~ v;rollo +c [ llo~P (Bx 'l!) li Li dt
:S c !l'w0 ll 1 + C17
llo~P (ox U, tx dt Ü X
e, com isso, pelo que fizemos acima vale
I 1'"1D( )" 1'--*11 T CT ID?-X iVx \X JILoo I V L=Hs · O$t:Ss 1 x "" x
Assim.
~~ I I
( 4.16)
4.1
Conseq uentemente,
<c\\ --r:
Agora escolhemos a
e escolhamos
nossas escolhas: se
H , 11 0iD ~ cT max i! x
o:s;i:s;s "
B; Seja T E [O, tal que
.• , 'I 1 CT max ii8;D i'Loc :'S -,
O<i<;; '' ,~ 'o: 4
CT~ [[H (x)lls :'S ~
r= I' li
li , I i 5
E B; então
') r , r , r ! < - -r - -r - = r.
- 2 4 4
mostrando assim que W-wo : B; --+ B;.
78
1
<x.
Para ver que W-wo : B; --+ B; é urna contração, basta considerar 1 , v 2 E B; e utí!ízar
as escolhas acima para obtermos
+ cr rnax //o~D (x)IIL= o::;z:s;s '1 X
(--+ --+ ) -vl- 1./2
1 rr (--" --+ ' s; 2 v 1 - v 2) '
Com consequêncía, existe um único w E B; tal que <l>-wo (w) - w. Conforme [KPV3]
podemos mostrar que w é a única solução na classe C ([0, ; (H 8 (R) )6) , com w satisfazendo
(i)-(ii) (ver demonstração do Teorema 3.0.1).
Mostremos agora que W pode ser estendida ao intervalo [0, T]. Seja w (r)= p 1 (O) E
(H' (R))6. Considerando outro problema de ponto fixo em B;,, com r1 = 2c /1 (r)/!H' e
sabendo que r só depende de li H (x)ils e II8~D (x)IIL:;:o concluímos que existe urna única
solução p 1 E C([O,r];H8 (R)) 6 para (4.10) satisfazendo (í)-(ii). Portanto colando estas
soluções temos que para t E [O, 2r]
(t), tE [O,r]
pr(t-r), tE[r,2r]
SUPER-KDV 79
é solução de (4,10) em [0, 2T], Após um número finito de passos concluímos que existe
un1a solução em T] satisfazendo '\ovamente, usando um argumento
semelhante ao utilizado em iKPV3! L J na
c > e satisfaz 111
Vale < :x:;, então quando i = O fica claro
que devemos ter s ?: 3, Portanto, pelo Lema que acabamos de provar concíuir a
primeira parte da Proposição 4,LL Ou seja, como o PVI (4,10) é bem posto em (H 5 (R)) 6
paras ?: 3, então o (4A) é bem posto em H 5 (R) n L 1 (R) paras ?: 3, Como é a
solução forte de , que é dada pela tripla
t) = t) o 2 3 t)) =
então a solução de (x, t) = U 0 , é a primeira coordenada de
tanto basta ver que da primeira linha da equação 10) obtemos
{ 3, Wr + 3~v;r + vo3xz2 = O
él,zr + 3~zr = O
= { 3,u + 3~u .. + v0 é!';v = O
3.v + 33v =O ' X
EPu T .
{3 ---+ 33 -" -'- B I ) 32 ---+ 0 {:=::} t '/.1. + X U 1 \X X 1..1 = 1
onde wl = (wl,zi) e w2 = (w2:z2)·
~t). Para
Para provar os efeitos regularizantes (i)-(v), da Proposição 4,L L para u (x, t) = U (t) u 0 (x)
precisamos de mais dois Lemas, O primeiro deles estabelece o seguinte:
Lema 4.1.3 SeJa (x. t) = U (t) u0 (x) a única solução do PVI (4,4), dada pelo Lema
anterior, Então, para cada h E NU {O} valem:
(i)
onde Uh (t) v 0 é a solução do PVI
{ ~v+. 8~v~A2(x. )33cv+Aí(x)élxu+A0 (x) v (x, O)= v 0 (x), x, tE lR
e os Ai (x) (i= O, 1, 2) são combinações lineares de 3IB (x) para j
=0
O, L , h:
(li)
(iii)
4.1
onde c= c ( '
•I
llsup [C li
o
- ESTIMATIVAS LINEARES
o ) IILx. T), para j = 0,1, .... h
r li c:; c I: l!xia;; il L1 i=O.l
j=0 .... ,5
oi I
onde c= c (l[x'a;.B (x)liL=. T), para i= O, 1 e j =O. L ... , 5.
80
Demonstração: Para o item , basta diferenciar o sistema
a. x e utilizar o fato que o é a única solução de
h vezes com respeito
O caso h= O é
óbvio, com ."b = B
Quando h = 1 derivando com respeito a x e denotando por
ou seja,
{ 8, (a, 11) +a; (ax 11) + axB ax (ax
ax (x,O)=ax11o , x,tE
{ a, v+ a1v +Ar (x) ax 1J +ih (x) a;11 =o ax u (x, O) =v (x, O), x, t E IH:
onde Ar (x) = axB (x) e A2 (x) B (x).
Quando h = 2 denotando por C))-+ b := u; u o temos
:=a,. obtemos
=0
{ a, (a;11) +a~ W;11) + a;B (x) a;11 + 2axB (x) ax (o;u) + B (x) a; (a;11) =O
o;u (x,O) = a;'110 (x) = x,t E lR,
isto é,
{ a, + a~?J +Ao (x) 71+ Ar (x) ax 11 + A2 (x)8;11 =O
a,;'11 (x, 0) = (x, 0), x, t E 1Ft
onde Ao (x) = a;B (x), Ar (x) = 28xB (x) e A2 (x) = B (x). Por indução, temos a conclusão
do item (i).
Para o item (ii), vamos supor primeiro que h= O. Definindo 11 (x, t) = xU (t) 0 (x) e
usando o PVI ( 4.4) temos que 71 ( x, t) resolve o PVI
{ a, -+(I-+(' v ,x,01 =xu0 X), x,tER.
+ 8~11 = [-xB (x) + 3] a;u (t) 11 o (x)
SUPER-KDV 81
Considerando agora h= 1 e definindo 1 (x, t) := xoxU (t) 0 (x) = xU1 (t) Ox u 0 (x) (pelo
iten1 anterior) te1nos que t) resolve o
Por indução.
que h t)
Portanto.
h
. O)=
) + 31 a~u~
X. tE
h E l\l. definindo h , t) := u o
o
• "3 -:-1 _ : B hTUxCh-L-X
, 31 "2r- ( ) e>h.,-" T JUxUh t Ux U.o
{ o, 1J h (x. 0) = xa;u~ (x), x. tE
_,(x)) -l .. \L- + 3] a;r.Jn
o ten1os
o (x))
onde W (t) t: (x) é a solução da KdV linear com data inicial
da energia para o grupo {VF ( t)} obtemos
Usando agora a conservação
llv\ (x, t)ilvpL;' :s; 11 (t) (xo~Uo (xl)ilqn;'
+ fT IIW (t- n [-xB (x) + 3]o;uh (t') (o~ u o (x)) t=u dt' lo T x
:s; c]]xa;uo(xJIIL' +c ( 11-xB(x) +3llv;" ]]o;uh(t') (o~uo(xl)li dt' - Jo :s; c ]]xo~Uo (x)]]Li + cT 11-xB (x) + 3IIL-;c l]o~~2 uo (x)]]Li
:S c (llx8~Uo (xJ]IL; + 11 no (x)IIHh+').
onde c= c (T, lixE (x)IILi'). Para o item (iii), procedemos como na primeira parte do Lema 3.Ll, do capítulo anterior.
Observe que pelo Teorema do Valor '\Iédio para integrais de Bochner existe t 0 E (0, T) , tal
que
U(to)uo= .~ 1x U(t)uodt.
Usando o Teorema Fundamental do Cálculo podemos escrever,
U (t) o = U (to)
4.1
Portanto,
lU oi + {T lo o] I
Integrando em x. usando o Teorema de e o que U 0 é a .solução
obtenos
iU oi < lU o! +c J'x iéJ3U -x • x Oj
+cfr{ Lxx IB 8 2U (t) 0 1, dxdt . . T \ '
Agora, para estimar cada termo do segundo membro acima usamos a desigualdade
e o item deste Lema para obtermos
:S c (IIU (t) oiiLf'L~ + ilxU
+c (Jio~U (t) u ollupL~ + /jxfJ~U (t) o//Lf'L~)
82
+c (IIB (x)llqc Jj8;u (t) 11oj/Lf'Lª + llxB (x)llu;" //o;u (t) oi/Lf'Ll.)
:S c(j[11ollw + llx11ollul +c (ll11ollw + llxéí~uollp)
+c (IIB (x)IIL~ +lixE (x)IIL~) iluoiiH'
:S c (1111 oi[H, + /lx8~11 o//L,) <c '\:""""' lilx'oi - L...t I X
i=O,l j=0, ... ,5
onde c= c ( T.jjxi8IB (x) li L~) , (i = O, 1 e j = O, L . , 5).
Vale observar que a penúltima desigualdade acima é mais fina, contudo precisamos uti
lizar esta última, veja (4.56)-(4.59). Avisamos também que na demonstração anterior já
utilizamos a conservação da norma H5 para U (t) 110 , que será provada no próximo Lema.
Conforme veremos, tal propriedade só depende dos itens (i)-(ii) do Lema anterior (que já
foram provados) e das propriedades do grupo da KdV. Destacamos ainda que este último
Lema também é válido para a solução w (x, t) = U (t) w0 (x) de (4.10) onde
4 LOCAL COM u.,.,.vv INICIAL A EQUAÇAO SUPER-KDV 83
.U
o U(t)Dx o
Para completar a demonstração da Proposição 4.1. L provaremos agora os efeitos regu-
larizantes (i)-(v) para a solução
seguinte Lema:
t) = u (t) (x) de (4.10). Neste sentido. temos o
Lema 4.1.4 Seya t) = U(t) ) uma solução de 1 O), dada pelo Lema 4 Então valem as propriedades (v) da Proposição 4.1.1 para tal solução.
Demonstração: ::\as demonstrações a seguir, faremos uso com naturalidade dos efeitos
regularizantes do grupo da KdV e dos lemas anteriores. Para o item (ii), com a= O, temos
]\oxU (t) v:;o (x)\\L?L~ :S \\8xW (t) v:;o (x)\\L?L~ ( 4.18)
+ 1\ax [ n· (t- t') H (x) DxU (t) w0 (x) dt'IIL?L~
+ [\ax lt. W (t- t') D (x) U (t) w0 (x) dt'li o IIL~L~
::; c l\w0 (x)\\Li +c [\\H (x) 8xU (t) w0 (x)\\L;, dt
+ cj7
1\D (x) U (t) W0 (x)I\E dt o •
:S c \\w 0 (x)\\u + cr~ IIH (x)llo \\DxU (t) W0 (x)\\LxL' X X T
+ cr IID (x)IILi" \\U (t) W0 (x)\\L;:oL~.
4.1 -ESTIMATIVAS LINEARES
Agora,
Escolhendo r pequeno. T
obtemos
< w !:
T W(t - H d(l! li L?=
+ .. '" D ) G" a, \I - dt'
:Sei! IE+c rijH(x)BxU(t) · Jo +c [ jjD(x)U(t)w0 i[qdt
:s; c n + ll p
( t)
+cT
T (x)[\ 0 , '1!D \\Lço), e substituindo
j[BxU (t) v:;o (x)[[LgcL~ :S c (1/H (xJilo iiD (x)IILgc) [[w0 (xJIIo
Levando este resultado em (4.19) temos que
I lU (tJ
dt
19) em
84
19)
(4.20)
( 4.21)
Portanto, está provado (i) e (ii) para u = O. Tomando agora u = 1 e usando o item (i) do
lema anterior obtemos
j]8x (8xU (t) W0 (x)) /[LgcL; = jJ8xU, (t) Bx W0 (x)[jr..gcL~ (4.22)
:S c(f/B~H(xJflo· liB~D(x)[[Lgc) [/Bxw0 (x)j[ 0
:S: c (IIB~H (xJIIo · 1/B~D (x)[[Lgc) [jwo (xlllr •
para i =O, l.
Analogamente,
(4.23)
para i =O, 1. Uma prova por indução fornece (i) e (ii) para todo u 2: 1.
4 PARA A EQUAÇÃO SUPER-KDV 85
Para o item (iii) tomando inicialmente a = O e procedendo como no Teorema 3.5 em
[KPV3] L3.2 - Preliminares) precisamos mostrar apenas que
::; c !I ' !'
que é exatamente a versão dual de (4.21). Considerando a= 1 e usando o item (i) do Lema
anterior podemos escrever
i [)"i[)
.L I X
L
l'sando agora o passo inicial (a= O) temos que
Por indução. para um a E N, qualquer prova-se que
d(
1
1· 11[)~ lr Ox 1' U (t- t') g (-, t') dt'] I' I ::; csup llo~!/IIEL' . O 'L=L2 h<ry ~ T ,I T x -
Para o item (iv) utilizaremos novamente os argumentos utilizados acima. Quando a= O
temos
4.1 86
r
(t-t' -s) \H(x)oxU(s-'
~
f
(t-t'- [D U (()li\ L goL}
r I ......-;. 3xf.; (s - t) f I
I L1L}
(t')l'l . dt' I LiL}
:S clj7jl.,. 2 +c\IH(x)ll Lxj_,T
1r jjoxU (s) U ( -t') f (t') j
I'D(.)jl lrl,.!)'"( ,,~f.')ll +C i X ,L' \V ,s u -t} (t 1.1 X o i i,L,iL}
11--+11 -+I I' :Scllf ·1· "+cT\\H(x)\lu f . +cTjjD(x)llu I i LlLy X L_i,Ly X i
11 11 <c! ' . - I I'L'L2
• X T
onde c= c (r, \\H (x)\\Là, \\D (x)IIL;,). Concluímos a demonstração para a E N qualquer
usando um argumento de indução e os resultados já estabelecidos.
Por fim, para estimar a função maximal fazemos uso do Lema (3.29) em [KPV3] para
obter
[]U <
<
SUPER-KDV
li !i
( t) \ \
I "T
+ l}o (t
c j i l
+c ri[H lo
'i !
- [H 0 T' Oxv
'lt dt +c "
:S c [[w0 (x)[[ 1 +cT~ IIH (x) ilxU (t)
+cT[ID(x)U
:Se
+ CT li
11 ' ill --:-
iiL;c' U (t)
i[.,(í=O~l) '' l
INICIAL QU
~ D r r
!i d" i i 1 -L
87
onde c= c (T. llil~H (x)IIL;co .lliJ~D li L:?) . A demonstração para o caso u 2: L segue-se
por indução com o uso do item (i) do Lema 4.1.2. 1111
Finalmente, para conciuir a demonstração da Proposição 4. 1.1 resta estabelecer os efeitos
regularizantes para a solução U: (x, t) = U (t) U:0 (x) de (4.4). Isto é imediato pois, como
bem sabemos, U: (x, t) é a primeira coordenada da tripla
w (x, t) = (U (t) V!~ (x), U (t) w~ (x), U (t) wg (x))
= (U(t) o(x), U(t)ox o(x), U(t)M(x)o;U: 0 (x)),
que é solução de (4.10). Portanto está completa a demonstração da Proposição 4.1.1. 1111
4.2 A Equação Integral
Com o auxílio dos resultados anteriores, estabeleceremos agora as estimativas necessárias
para provar o Teorema 4.0.1.
Conforme já vimos, o sistema (4.1) pode ser reescrito corno
4.2 A 88
{ + +B + o X, tE
+C =Ü
e sua versã.o integral é
t) = u o+ c (t- { ) - B
Provaremos o Teorema 4.0.1 apenas o caso paras= 15, que corresponde ao índice de Sobolev
mais baixo. demonstração para o caso geral (s 2: 16 inteiro) é análoga. veja observação
finaL
onde =
e seJa
. Definamos as nonnas:
TI~) 1'--0'1 * f-ll \ u· = !I u; I:L'pH;s:
.. fl~ (w) = sup llu;+l h:S:15
e un1a
!! li .
IIL=L2 ' x T
" Ax (w) = max_ fli (w) . t=l, .. .,;)
Consideremos também os espaços de Banach
• yx = {w E C ([O,T]; X 15); Ax(w) < oo},
X
e YT(a) = {w E yx Ax(W) :S: a com W(x,O) = 11o(x)}
e o operador ação sobre yx dado por
4 BOA A EQUAÇAO SUPER-KDV 89
=L~ o-r F f· • { r;\t-T) -B
Conforme o Corolário 1.1.3 se 0 E H 15 então 0 E H 15 ) i't L 1
Proposição 4. L L concluímos que t) = u os efeitos regularizantes Consequentemente yr i 0.
estimativas a seguir fica claro a necessidade de trabalharmos nos espaços de Sobolev
com peso, onde utilizaremos o Lema 4. 1.3. Isto ocorre justamente quando precisamos estimar
a norma L1 (IR) da função maximal supio.r] ]8,U (t) 11 oi- Nos próximos Lemas, vamos estimar
( \jJ ( u)) . (i = L 2 .... , 5) . em função de Ar . tais estimativas praticamente provam o
nossas hipóteses são o E e
EYT
A exemplo do que fizemos no capítulo anterior trabalharemos com a norma
+ :l8~fllo ·
que é equivalente a norma usual e controlaremos a norma de qualquer coordenada do vetor
vJ = (u.z) pela norma do vetor vJ. Por fim, relembramos que afirmar vJ = (w,z) E X
significa dizer que w E X, z E X e 111ifllx = llwllx + l!zllx, onde X é um espaço de Banach
qualquer.
Lema 4.2.1
.ui (\li (vJ))
:S:: c 1/11 oiiH'' + cT,uf (vJ) ,uf (vJ) + cT1 [.uT (1if)] 2 + cT~ (.uT (vJ) + 1111 o\IH15) .uT (vJ)
+ cT! (,ui (1if) + il11o\lws) ,uf (vJ) + cT (llvoi\H; +.ui ( wl) ,u"[ (vJ) + cT [,ui (1if)] 2
:S:: c li u oi IH''+ c ( T + y!) [(Ar Cüi)) + 1111 ollwsl Ar (ui).
Demonstração: Neste Lema faremos uso da desigualdade de Hi:ilder e dos itens (i) e
(iii) da Proposição 4.1.1. Como
então, por ( 4.28) temos para a derivada mais alta:
4.2
\i, i!
< o\\
+ u (t- c
<c li - . ,1· , • 11 0]4
o i HlS T c li :r
<I' - d li éJ;:' . ~
m+n=l4
A
ur,t-T\{ . \ -B
L' T
:=c 11 oiiH15 +c L Imn +c L lm.n +c L Kmn· m+n=14 m+n=l4 m+n=l4
90
Vamos analisar separadamente os três últimos termos da desigualdade acima. Na verdade,
o último termo controla-se da mesma forma que o terceiro. Para cada um destes. vamos
considerar três casos. Temos para o primeiro termo:
IQ Caso: Se O::::; m::::; 3 e n > lL então
Im.n =[[à;' (z- vo) (o~+2 z)[[L1 L} ( 4.30)
::::; c max llà;' (z- v0 )JIL'L= max [Jà;+2zjJL=L' m=D,L2,3 x T ll<n:s;l4 'x T
Vale observar que para estimar I! à;' (z- v0 )IIL~L:p• primeiro usamos o Teorema Fundamental
do Cálculo para escrever
à;' (z- vo) =[ar [éJ;' (z- v0 ) (T)] dT. ( 4.31)
4 BOA '-''-'.lc'JviH<l''-'-' L,v,~R.L COM DADO INICIAL PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV
Em seguida, a desigualdade de Holder para obter
!l8m il X
2Q Caso: Se 1 :S m :S 13 e O < n :S 11. então
l :S cT2 max
l:Sm:Sl3
3Q Caso: Sem= 14 e n =O, então
(z-
114 o = l\3~ 4 (z- vo) (3;z) !IL1L}
l < T" li Cól4 I - , )\1 I' Cl2,'í -C - ilux \ 2 0 0 :LÇOLT l[u:r--IILiLT
l
:S cT2 (ILT (cu:T) + 1111 o li H~') JL{ (w).
dT dx
Das desigualdades (4.30), (4.33) e (4.34) segue-se que, V m + n = 14 vale
l
Im.n :S cTJLT(W) JL[ (cu:T) + cT2(JLf (w) + il ollws) /L f( l
+cT2 (JLT ( w) + 11 ol1H1s) JL[ (w).
Para o termo Jm.n temos:
lQ Caso: Se m = 13, 14 e n =O. 1 ou m =O. 1 e n = 13, 14 temos
J ·- '\ ("m+l-t) ("n+l-t) \I m,n .- i ux u; ux 'U.i iLlL2 x T
< cT max \'3 3m+l - m=O,l I t- x
91
(4.34)
(4.3.5)
( 4.36)
4.2 A
2º Caso: Se O :S m. n :S 12 temos
I'
='I <
-+) (d·~n~1 u· . \ X
max li 0:S:m:Sl2'
De (4.36)-( 4.37) temos que V m + n = 14 vale
iten1
:S IIU(t)uo\',L=L' + f'IIU(t-T){ (uT)-B(x)]o;w +C}(TJIIL=udT T x } 0 T X
S c liuoiiLg + c [11 {[A (w)- B (x)] o;w +C} (T)j\Lg dT
:Scil ollr;+ cTjj{[A(w)-B(x)]o;w+C}(TJIIr;prg
:'Ô c (ju oliri + cT lj (z- vo) o;zjjL=L' + cT l1' (3x W)2
11' I T X ! LTL~
:S c iiu oi lu + cT (li X
Colecionando agora as estimativas (4.29), (4.35), (4.38) e (4.39) temos o Lema.
Lema 4.2.2
/Lr ('i' (w)) < c li oiiH'' + cT~ (11I (W) + ii oiiH") 11r (w)
+cT~ (!Lr (w) + !lu oi IH'') 11I (w) + cT~ 11r (w) 11I (w)
92
( 4.39)
< c iluo!IH'' + cT~ (AT + il o!IHls) AT (w) + cT~ (w)]2
.
4 PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV
Demonstração: Para estimar
= sup JJa~+'w 11 h::;l5
vamos considerar apenas o caso h = 15, que corresponde a derivada mais alta, Temos
''a16r' ( ) ~ 11 ::; li X L' t 'UOiiL=L~ . x T
+ 1Ja;6 [ U(t -T) {
'i ""11
li { 2 a, u (t- { -B a2c-+ , C}
,TV) I '
~cll oiiH15+cJJa;" B )a;u +C(tJ]t~q
+c JJa;" [(.4 (w)- B (x)) a;w (t) +c (t)] llv}Li
~c lllioiiHl5 +c 11a;4 [(A (w) B (x)) a;w (t) +c (t)] IILbL}
+ cT~ 1Jo;4 [(A ( w)- B (x)) a;w (t) +c (tJ]IIqL~
~c!ilioiiHldc L IJa;(z-vo)B;"'2zllvL' +cJJa;"c(t)Jiuu x T ~x T
m+n=14
l
+cT2 Jla~n (z- vo) a;+2zi1L;L} + cT~ L li C (t)IIL;L} m+n=14 m+n=l4
11 "'m ( , \ "'n+2 _ ·il -" Ji CJ14C rt) 11 llux z- Vo; ux "'"":iLlL:L I c lux \ livL2r. X X X
m+n=14 l
+ cT2 m+n=14 m+n=l4
93
onde utilizamos as estimativas (iii) e (v) da Proposição 4,Ll e a desigualdade de HiildeL
Observe agora que na desigualdade acima precisamos estimar apenas os dois últimos termos,
pois na estimativa de 11f (\li (w)) já apareceram os demais, Estimaremos portanto
J ,_!'Iam(- Oi·) (an+2-) 11 e K ._ 11 (am+lc;;t) (an+lc;;T\ 11 m,n .- i x 4 - '-'0 x ,:. i I Li L} m,n .- ! x u..- x u.:) I LiL} ·
Para cada termo acima vamos considerar dois casos, Ternos para o primeiro termo:
Iº' Caso: Se O~ m ~ 13 e O< n ~ 14, então
4.2
De e
<c max - o:s;m:Sl3
A
li -r i! o
Se m_. = 14 e n =O. então
)
. segue-se que ·7 m + n = 14 te1nos
INTEGRAL
+ 11 o
Para o termo Km.n temos:
12 Caso: Se O :5 m :5 12 e 1 < n :5 14. então
K < ma- lléJm+l.,.-! li lléJn+l m.n - c X I X u; IL2LOC max X O::::;m.s;_12 x T l<nS:l4 '!
2Q Caso: Se m = 13, 14 e n = O, 1. então
De (4.44) e (4.45) temos que V m + n = 14 vale
A demonstração do Lema segue-se das estimativas (4.40), (4.43) e (4.46).
94
( 4 4• ?' \ -· -)
( 4.44)
( 4.45)
(4.46)
Lema 4.2.3
) < cl •- I
+ ii o
Lll +cT
Para estimar
DADO INICIAL
+
+ cT ( (1J:!) + 11 ol!x, .11
)\
•
T 1
vamos tratar inicialmente o caso i= 1 e h= O, que corresponde a analisar JJsup10.11
Observe que
l'éJ .T. (---!)I' ii t~ 1L IL1LT
I' t I ::; I[8,U (t) oliL1Ly + 1118,1 u (t- T) [A (w)- B (x)] a;w (T) dT i O LlL::'?
• 1
1
1 1' I' +181 U(t-r)C(r)drjl . I o !LlLJ?
Usando o Teorema Fundamental do Cálculo, podemos escrever
a,[u (t- r) [A (w)- B (x)J a;w (r) dr = (w)- B (x)] a;:u:t (t)
95
2
I
( 4.47)
( 4.48)
+ [a,u(t-r)[A(w)-B(x)]a;w(r)dr
e
8, lU (t- r) C (w, 8x w) (r) dr = C (w, 8x w) (t) + l a,U (t- r) C (w, 8x w) (r) dr.
( 4.49)
Do problema linear ( 4.4) temos que
a,u (t) uo =- (a;u (t) ua + B (x) a;u (t) o). ( 4.50)
Portanto, levando (4.50) em (4.48) e (4.49), obtemos
4.2 A INTEGRAL 96
(t- <) -B
ít-.. ) - B
B c (t- -B
e
C r-:-+ a ' 't' \W, X ji1 )
a;u (t- c )
a;u (t- c
Substituindo (4.50), (4.51) e (4.-52) em (4.47) obtemos
l·a w r-:-+, 'I i t \ U') I LàLT ( 4.53)
:"::c (Jja;u (t) li o+ B (x) a;u (t) v o\]L~Lf')
+c li [A. (w) - B (x )la; uJ li Ll L= +c li C ( 1L'' ax w) IILlL= ' J I X T ' ' X T
+c 11 r'a~u (t- <)[A (w)- B (x)J a;-w (<) d'li' d}O i Li:L'f
+c [I' f'B (x) 3~U (t- <)[A ( w)- B (x)]fJ;w (t) d,!/ lo liuL= x T
+c/'ll f' {a;u(t-<)C(w.axw)(<)+B(x)fJ;u(t-<)C(zr,axw)(<)}d<[l_ . lo ÍLiLf'
Fazendo uso dos itens (i) e (iii) do Lema 4.1.3 temos que
lla3rr (t)--+ ij -'I" (t) "3 --" jl xv UoiL}Ly-LG·3 uxuoÍL}LT
<c '""' li'xiéJ1.+317 '1. - L....t x 01 Li i=O.l
j=0, ... ,5
=c L llxia~lio]l i=Ü.l
j=0 ... .,8
( 4.54)
4 BOA DADO INICIAL PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV
e
Assim.
j=O,l, .. ,8
<_ c·T '\""' 1 j Ti ~J LA I ..v ux
:S cT
i=O.l J=O,l .... 8
i=O,l m~n=j=O.l. ... 8
i=O,l j=O, ,,c
=co L D!Í í=O.l
j=O. ···'
dT
(t) !Ir; dt
l t jj3~U (t- T) C (T)ÍÍvL= dT :S clT Q x T Ü
i=O.l j=O,l. ... 7
:s; cT i=O.l
m+n=j=O . ... 7
O,
Para o termo
ij'4 (-+) B ( )] 02-+j1 1jr , ~2 " I l~ u: - ,X x 1.D i -lLoc = ! lz- Voj uxZI!L'L='
ILx T I ,I x T
97
( 4.57)
em (4.53), utilizamos a desigualdade de Holder, o Lema de Imersão de Sobolev e (4.32) com
m = O para obter:
4.2 A
sup [o .r;
INTEGRAL
< sup lz- vol sup zl dx
:S supsup I fO,T: X
:S cT
< cTWW - !i
[O.T]
, .I sup JZ- v0
98
posse das estin1ativas acin1a retornemos agora a desigualdade
( 4.56)-( 4.58) obtemos
Após substituir
"3 •T• (~''I li t'i: W)IL1LT
i=O.l j=0.1.. ... 8
i=O.l ]=0.1.. .. ,8
' T '1_,1' 118 _,,1 ' c i, 1)) ,I L= 1f3 \ tu: I L1 L?5' T :z: x 1
i=O.l j=O.l. ... 7
:S c ll1follx,, + cT11f (W) 11f (W) + cT (llf (w) + ll1foiiHs) 11f (W)
dt
+ cT (11J (w) + 1117 oiiH'(x'dx)) 11f (w) + cT [11f (w) r+ cT 11J (W) 11f (li').
( 4.59)
Os termos com derivadas superiores são estimados de forma semelhante ao que fizemos acima.
Por exemplo: para h 3 temos
33 r a u (t) X [ t
Com isso,
o]= -3~ [a~U(t)"'iia+B(x)a;u(t)"'iio]
=- (3~U(t)U'0 +3; [B(x)B;U(t)U'o])
= -a~u (t) U'o- c I: (o;;'B (x)) (a~+2u (t) Li o). m+n=3
(4.60)
li ( '\ J; oi I
LOCAL COM DADO INICIAL
= 11
<c
=C
i=O.l )=0 .... 11
< cji - '
o]
pelo itens (i) e (iii) do Lema 1.1.3,
a escolha do espaço con1 peso H 11
Para o segundo tenno en1 ) quando m = 3 e n = O, por exemplo, temos
'' "3B [IUx (o;u (t) no) t~L'f :S c i!a;B Jt;co i(Uz (t) a;uo!ILlL'f :S c L llxia~+zu oi I L~
i=O.l j=0 .... ,5
=c L ll,x1aiu ollu X
i=O.l j=O, .. 7
'I_, I' :S c I no lx,,,, '
onde utilizamos mais uma vez os itens (i) e (iii) do Lema 4,1.3, Portanto,
e
:S cT
llx'a~ [(z- va) a;zJ (tJIIu dt X
i=O.l 1~o,""ll
i=O.l m+n=j=O ... ,11
11 iCJm ( ) (,)li 'l'o:>n+2 (t)"
X ux Z- Vo ,t I L=L2 .lux Z iiL=L= T X ' I T x
< T ( T r->) , li_, I' ) T ,_,) , T ( T (__,) , I'-+ ,, ) T 1---+) _c p 1 \ W ,- U o \Hll p 1 ( w -r- c p 5 W I i U- oliHll(x2dx) /-11 \ W
99
( 4,62)
( 4,63)
4.2 A
(t- c <
< cT
<
Consequentemente.
i=0-1 j=O.l .... ll
r,r I t-N' ' '
I!
100
li li li
(4.65)
+ o
Finalmente. as estimativas do caso i = O para
11f (w (uT)) = max sup la;a~w ( u')l h~o. 1.2.3 •o Ti
i=O,l l ' '
\ T ) !1 i
L' X
são facilmente controladas pelo que acabamos de fazer. Portanto. temos o Lema.
Lema 4.2.4
11I ('lf (uJ)):::; C l\1f o[\Hl4 + cT~ !1~ (uJ) 11r (uJ) + cT~ (!1~ (w) +I lu oiiH14) 11I (w)
+ cT~ (11I (w) + il1i ollw,) 11~ (w)
:::; c 1117 o li H'' + cT~ [Ar (w)f + cT~ (Ar (w) + 111i oiiH14) Ar (w).
Demonstração: Para estimar
!lr (w (w)) = sup l[sup 18~'1' (w)rl11
h:s;1311[0,T] IL2 • X
basta ver o caso h = 13, que corresponde a analisar 11a;3 w (w) 1\L~Lr. Temos então.
111
4 BOA Y\..JUU\__,ft'y.f'V
PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV
::; c li
<c!! - li
L: li m+n=l4
-B
-B
'I I,
i= cil ' L lm.n + cT~
m+n=l4
+
+
m.+n=l4
onde utilizamos a desigualdade de Holder e os itens (i) e
101
} i i ]I L: L= dT '' x T
J))
da Proposição 4.1.1. Para
estimar os termos acima procedemos como nos casos anteriores, onde dividimos a estimativa
de cada termo em dois casos. Para o termo lm.n temos1
1º- Caso: Se O :S m :S 13 e O< n :S 14, então
J l'àm( '("n-'-2)1' m,n := I x Z- Vo) ux Z iL2L2 ' x T
pelo Lema 1.2.1 do capítulo L
2º- Caso: Sem= 14 e n =O, então
De (4.67) e (4.68) temos que V m + n = 14 vale
J < ( T (_,) . '1--;. 'I ) T (--;.' ' ( T ,--,) . I' m,n _ C 114 , W -r 1 U o i H'' 112 W) -r C 112 \ W. + I
Para o termo Km,n temos:
( 4.67)
( 4.68)
( 4.69)
4.2 A 102
lQ Caso: Se O :S: m :S: 12 e O :S: n :S: 12, então
,. :=I! li
" <c max liam+! - O:S:m:S:l2 ' 1 x
T T :'Ô Cfí2 fí4
2Q Caso: Sem= 13. 14 e n =O. 1 (ou m =O, 1 e n = 13, 14) então
rnax lléF171 1iJII n; ! X I
n=v,l ( 4 lll , ,
<
De 70) e 71), segue-se que v m + n = 14 vale
F < T (_.' T •-+) I'!..m,n _ Cfl2 , W} f-1'4 \?.L' · ( 4. 72)
Colecionando as estimativas (4.66), (4.69) e (4.72) temos o Lema. 111
Lema 4.2.5
PT (w (w)) :':: cil17ollx,,u + cT (f.JI (w) + ll17oiiH''(x'dxJ) pf (w)
+ cT (pf (w) + li u oiiHn) pf (W) + cT ií'f (w) p{ (W) + cT [pf (W) ]2
:':: c 1117 ollxl3ll + cT (Ar (w) + 1117 ollx,, 11 ) Ar (w).
Demonstração: Para estimar
p{ (w (w)) = ma..x sup ifxa~w (w) li u h::;::::Q,l, ... ,ll [ü,T] I X
vamos considerar apenas o caso h = 11 e analisar Jlx8~ 1 W (w)IIL', os demais casos são X
semelhantes. Temos então.
!i i!
o
+
o . 'I i[
-B
+c lx { jjxa;1 [(z- vo) a;z]ll
::_: c o , + cT jjxo;1
+ I! +cT
:=:; c !I oi ,+cT L m+n=ll
+cT L m+n=ll
i! j ~
( 1C!tijl_ \ i I +IIC
~!I r 11 r I li L= r:.+ c 11 L ~ '' T -x
zi_IL=L= ' T x
,2 i!vpH14
::.:c ll'iiollx1311 + cT (11I (w) + jjx8~ 1 Lioi]Li) 11i (w)
il Ul3) dt ''ÁÁ
+ cT (11i ( w) + li 'li o llws) 11f (li') + cT 11i (w) 11I (w) + cT [pf (w) ]2
,_, 11 . "T ( T ,_,) I'_, 'I ) T (_,) ::.: c li u o xl3.ll -r c Ps \11."' + "u oi Hll(x'dx) PJ 11."
+ cT (Pi (w) +li Li oliHl3) lli (w) + cT!Ji (w) PI (w) + cT [tli ( 11." )]2
.
Observação: Na linha 9, da cadeia de desigualdades acima, fica claro porque trabalhar em
Hos (R).
Destacamos ainda que para estimar o termo
m+n=ll m+n=ll
dividimos em dois casos:
12 Caso: Se O ::_: m. n ::_: 10 temos
4.3
2Q Caso: Se m = O e n = 11 ou m = 11 e n = O. temos
<
Portanto.
m-+-n=ll
Logo, está provado o Lema.
i i i! li
!i T 11 < Cfl' :iLfL~ - v
4.0.1
\ _T J flr
Lemas acrma permite-nos concluir que a aplicação W :
por
w"Jw) = u (t) o+ lu (t- {
está bem definida.
-B
4.3 Demonstração do Teorema 4.0.1
104
111
dada
}
?\osso primeiro objetivo é provar que existem T > O (dependendo da !iliollx,5
.11
de uma
maneira apropriada) e a= a (11 ollx,,11
) > O tais que se w = (w,z) E yT (a), então
Wcu0
(w) := W (w) E yT (a) e W: yT (a) --+ yT (a) é uma contração. De posse dos Lemas
anteriores segue-se que
l\.y (w Cw))::; c llliollx,,n +c (r+ r1) l\.y (w) (Ay (w) + llliolix,,n)
::; cllliollx,511 +c(T+T~) [AT(w)]2
,
onde a constante c só depende das estimativas lineares.
Tomando
e escolhendo T verificando
·:_,I' a= 2c Lu 0 lx " ' 15.11
(4.75)
( 4. 76)
4 PARA A EQUAÇAO SUPER-KDV 105
4c (T + ) a< 1
segue-se que (W
Portanto w ) E ) o quando ) o
tim argumento semelhante mostra que para E yT (a), vale
(w (w)- w (?)] (VJ-'
por ( 4.7n Portanto o w Y' (a) --+ yr (a) é uma contração e com isso existe um único
71 E yr tal que Wuo (11) (t) := W (u) (t) = u (t), ou seja,
ll(t)=U(t) 0 + [u(t-r){[A(ll)-B(x)]a';ll+C(llaxn)}(r)dro
Além disso, para T0 E (O,T) e p E yr (a), com p (x, O)= 0 (x), vale
Aro (wuo (w)- W-p0 C"P)) (4°79)
A (--+ -+ = ny0 W- p)
< 1'-t -t 11 - C I U O - p O Xls,u
+c (To + T0~) (Aro (w) +Aro (p) + li - --+ 11 ) O p Oi!Xls.u
:S cllllo- Pollxl51l + 4ac (To +Tn Aro (w- p)
e usando ( 4, 77) temos que
-+ ----7
(-t -t, w- p)
mostrando assim que a aplicação u 0 ~---+ u, de U0 em yT é Lipschitz onde U0 C X 15,11 é
uma vizinhança de 0 dependente de
4.3 4.0.1 106
Precisamos mostrar ainda que nossa solução 11 = (u, v) é única na classe yT Come
já temes continuidade na classe C ( ) . resta ver na norma H 11
tanto. basta provar a continuidade em t = O, para a derivada alta. Temos então.
(t\-' ' 0
,,, < /!10 - o-
U (t-
o)
{ +C
Para
Usando agora o 5 e tomando o UU.cl0e quando t 1 o+ temos o resultado. Conse-
quentememe é a solução forte de ( 4.1). A unicidade de solução na classe C
prova-se de maneira semelhante ao que fizemos no capítulo anterior.
Observação: A demonstração do caso geral i1 E C ([O, T]: Hs (JR) n H 11 (x 2dx)) (s 2: 16, sE
segue as déias utilizadas acima.
s no lugar de 15. é: n1anter a terceira e quinta normas e redefinir
Logo, está provado c Teorema 4.0.1. 111
Deixamos claro que o Teorema 4.0.1 vale para o intervalo de tempo [-T, T] e, não con
seguimos trabalhar nos espaços de Sobolev com índice real por conta da definição da norma
em Hk (x 2dx).
Corolário 4.3.1 Com as hipóteses do Teorema 4.0.1 temos que existe uma vizinhança V ---+ ---+ -....
de c/J E H 5 (IR) nH 11 (x2dx) (s 2: 15) tal que a aplicação 9 ,___, 11 (t), de V em yT é suave.
Demonstração: A demonstração é análoga a do Corolário 3.3.1, basta considerar
e definir H:
F(11) =[A (11)- B (x)] o;11 + C(11, 8x11)
=((v- vo) fi;v + UOxU + (8xv) 2, UOxV + vaxu)
X yT __, yT por
H (11 0 , VÍ) (t) = Z \ (~' d~) } ' ) ' ,
COM INICIAL SUPER-KDV 107
onde = (u,v). = ( w, z) e F é como acima. Em seguida, verificamos que H Cu' 0 . u) = O.
H é sua\·e c Deu H : yT -+ yT é invertíYel para concluir o result2.do usando o Teorema da
Função Impiícita. 111
CAP ULO 5
MÁ COLOCAÇAO PARA A EQUAÇAO
SUP
Nosso objetivo neste capítulo é mostrar que o PVI associado a equação super-KdV,
{
EJ,u + a';u + UOx u + a';v2 = o 31v + EJ~v + Ox (uv) =O, x, tE lR:
u(x,O) = 'f(x), v(x,O) = 1/J(x).
(5.1)
é mal posto nos espaços de Sobolev, X'= H' (!R:.) x H5 (!R:.) paras<-~, se exigirmos que a
aplicação dado inicial-fluxo seja C2 Fréchet diferenciável, de xs para X 5 • .\'ossa demonstração
baseia-se nos trabalhos de Tzvetkov [Tz] e l\Iolinet, Saut and Tzvetkov [MST1]-[l\IST2].
onde esse tipo de estudo é feito para as equações KdV, BO e KP. A essência destes trabalhos
consiste em produzir um contra-exemplo (escolher um dado inicial especial) onde falha a C 2
regularidade da aplicação dado-fluxo, veja também [B2]. Vale observar que a exigência de
suavidade da aplicação dado-fluxo faz sentido, ver Corolário 3.3.1.
Provaremos o seguinte Teorema.
Teorema 5.0.1 Suponha que s < -~. Então, não existe T > O tal que (5.1) admite uma
única solução local definida no intervalo [0, T] de modo que a aplicação
S, • ('f, ?./;)-+ (u (t), v (t))
para (5.1). (tE [0, T]). seja de classe C 2 (Fréchet diferenciável) na origem, de xs para xs.
108
5 PARA A SUPER-KDV 109
Um argumento tipo scaling, sugere que (S.l) não é bem posto em X'·'= H' (IR:) x H 5 (IR:)
para todo r < -~ e s < -1. com r. s E Portanto. nosso resultado acima amplia a região
de má co.loc:ação para 1 ).
afirn1ação:
resolve 1) corn inicial
(5.2)
t) =À com t::\
também resolve.
De fato, pelas características da parte linear em (5.1) e nosso resultado de boa colocação
local devemos ter
{
U;, (x, t) = X'u (Àx, À3t).
vÀ (x, t) = Àilv (Àx, À3t),
(À > O),
(À > O) .
Substituindo uÀ (x, t) e vÀ (x, t) em (5.1) e explorando a homogeneidade, chegamos que a e
3 devem satisfazer as relações
ou seja, a= 2 e .3 =~·Portanto, se 11 = (u, v) resolve (5.1) então 11 >. (x, t) = (uÀ (x, t), V>. (x, t))
como em (5.2) também resolve, o que prova a afirmação.
Agora queremos saber quantas derivadas são permitidas para IIDr uÀ (x, O) I lo e i!D5 v.\ (x, O)
tornarem-se invariantes. Tomando a derivada homogênea de ordem r e s em L 2 (IR:) . respec
tivamente, para U)l e v À obtemos:
5.1 5.0.1 110
r 2r~3 I' Dr =A ' ! Uo
transforn1ada
Fourier) para escrever fi;\ = .\úà U). Portanto, liDru.\ llo é invariante
se 2r + 3 = O. ou seja, r = - ~. Repetindo os cálculos acima, para a coordenada L'.\. temos
que [[D 5 v.\ (x, 0)[1 0 é invariante se s =-L
Observe ainda que a relação entre r e s é dada por r- s = -~. pois se exigirmos
1.\(D'u.dx.O), Dsv.\(x,O) )11~= IIDru,~(x.O) 11~+ 11 D'v.\(x,O) 11~
= \Wuo (x)ll~ + 11 Dsvo (x)[[~
l'fDT r ) Ds ( 1)~'2 = 1\ Uo\X. Vo ,X, IÍO
devemos ter 2r + .3 = 2s + 2, ou seja, r- s = -~Passemos agora a demonstração do Teorema 5.0.1.
5.1 Demonstração do Teorema 5.0.1
!\ ossa demonstração será por contradição. De maneira semelhante ao que foi feito em [B2]
vamos considerar o problema de Cauchy
{
o u + o3u ' uEJ u + EJ2v2 = O t X T X X
EJ,v + él~v + Ox (uv) =O. x, tE R
u(x,O)=r'P(x), v(x,O)=r'P(x), --+ . .
onde r E R e 9 = ('P, p) E xs paras<-~-
(5.3)
5 PARA A SUPER-KDV 111
Suponhamos que (u , L x), v h, t, x)) resolve (5,3) e que a aplicação
de en1 Frechet diferenciável na origem, Ternos que
'U , t. VF(t-T)
v , t, (.t 11 -e (x)- [' W (t- T) ·,'à, ' \ / ' ' .-_,
JÜ
( -1·.- x'] d-' ~ -) I ,
Com isso.
(t- +
+ dT
e
(5.6)
Usando (5.5)-(5.6) e o fato que a aplicação S~-y é C 2- Fréchet diferenciável na origem obtemos
(5.7)
e
ou(O.t,x) "'() , ) ( ) O-( = vV t y \X := Ur t, X , (5.8)
De maneira similar, podemos definir
5.1 5.0.1 112
okr(O.Lx) e uk
Levando em conta que u t. =·c (0. t. = O podemos escrever formalmente a expansão
Taylor para u . t. e v . t, . em torno de '; = O. a saber:
u .t. := ;1
H 1 (t.x) + + -li·j . 31 .
V . t .. X;\ := 11
1v 1 (t. ' 1' ('' + -"·3 ('f + · · ·. , I
2! --2 _ (,~ >
31 V, , 1 1
u t. - --yul + -r o
t. + 7 + 't' .- "'(Vl ;---v2 o
A hipótese de C2 regularidade para a aplicação dado-fluxo produz
1·1
( l ( .211 .1.
112
jli2 t,· '/), 'P) ,lir• :SCI'PiÍI••
/!vdt, ·) (;:. ;:)2//J[. :S c llv:ll~.
(• 10' j0. )
Vamos mostrar que estas desigualdades falham para uma escolha apropriada de ;:. Para
tanto escolhamos
'P (x) 1-,1
N-s { exp ( -iNx) l' exp (ixÇ) dÇ + exp (iNx) ~21
exp (ixE) dÇ}, (5.11)
com arbitrariamente grande, 1 arbitrariamente pequeno e a relação entre e 1 estabe-
lecida a seguir. De (5.11) temos que
ip (Ç) =r -,1
N-s {XI (Ç) + XJ (Ç)}, (5.12)
onde I= [-N, +~i] e J = [N + 1, N + 21]. Portanto,
(5.13)
Para provar que (5.10) falha precisamos calcular n 2 (t.x) e v2 (t, x). Temos o seguinte Lema
técnico.
Lema 5.1.1 Com as notações estabelecidas acima valem as identidades:
5 PARA A SUPER-KDV 113
(i)
1 r' =?j - o
)y dT
=c exp + ) j ,, }
Pro-varemos apenas o iten1
imediata deste. Usando as definições básicas
Convolução obtemos
pms o é uma corJSetTJE!ncla
= ~ [' [exp (i (i- T) e) (ox (H' (T) p) 2(r dT -lo
=c t ~ exp (ixÇ +i (t- T) e) Ç [(W (T) '?/' * (W (T) :pn (Ç) dÇdT lo f:a
=c l1 exp [ixÇ +i (t- T) e] ç { [exp (iT (.) 3) \)O] [exp (iT (/)\)C)] (Ç)} dÇdT
- t -
=c r exp(ixÇ+ite)Ç\3(6)\)(Ç-EJ)I r expiT[(Ç-ÇJ) 3 +Ç{-e]dTjdEJdÇ J~2 LJO
í t l
=c r exp(ixÇ+ite)ç;J(EJ)p(Ç-6) l r exp[-3iTÇÇJ(Ç-Ç!)]dTI dôdÇ ~. ~ J
- r " (' ç -L ·tç3) ç;~(f' l :~(C- ç) [exp [-3itÇ6 (Ç- 6)] -1] dCdf' -c I:rt• exp zx, , z, sv ~1; cr ,, s1 _ 3ÇEJ (Ç _ ô) "' ~1,
onde utilizamos também a identidade
Portanto, está provado o item (i) e consequentemente temos o Lema.
De posse da representação de 0 (Ç) temos então
1111
5.1 5.0.1
=c; -1
e
eLJ exp(ixE,+itçJ) (E,+e)<I> LÇ,Ç;)dE,dÇ1
JL;J
Consequentemente.
e
onde
·~· \'V2J:r-,~ Ç) = exp (itçJ) çf . <I> t, E,, E,.) dE,. Ç1 E!UJ Ç~f,:JUJ
= C{-! JV- 2s exp (itçJ) Ç { r <j) (x, t, Ç. Ç.) dE,.
JA;(Ç)
+r <I>(x t,E,,E,.)dE,. +r <I>(x,t,Ç,i;J)dçl} J Az(Ç) JA,(Ç)
= 91 (t,x) + 92 (t,x) + 93 (t,x)
( i12)x~ç (t, Ç) = Cí-l N- 2s exp (itçJ) ( Ç + ç-2) j I':EIUJ <I> (x. t, E,. ÇJ) dÇ1 E,-f.llUJ
=q- 1N-23 exp(itçJ)(E,+ç2){ r <I>(x,tE,,6)dE,. }AI (Ç)
+r <I>(x,t,E,,E,.)dE,l r <I>(x,t,E,,6)d6} J.4,(Ç) J .43(1',)
= 91 (t,x) + 92 (t,x) + 93 (t,x),
A1 (Ç) ={E,;; 6 E I e E,- 6 E I},
A2 (Ç) := {6; 6 E 1 e Ç- 6 E J}.
A3 (E,):= {E,1; 6 Ele Ç- 6 E J on 6 E J e Ç- 6 E/}.
114
(5.15)
16)
(5.17)
(5.18)
5 PARA A SUPER~KDV
Denotando por f; := (gJ e f1 := (9; (j = L 2, 3), obtemos
+
e COD10 O sao a resulta que
i!v2(t,·JliH' ~ lih(t.
lln2(t ·)llii, ~]h
).1ostrcmos agora que a oeg,u11.ua desigualdade en1
!I \ I i
")!i - f, li ifs "_,
un1a cota inferior para ·)iiH~ e un1a cota superior para li respecth·amente.
115
19)
(5.20)
li li i-JS .
Para estimar li.fr ·)IJii, observe que se (r E I e E Ç1 E I, então 'Ç,j ~ iÇ- ôl ~lEI~ ,Y. De fato. como +r então
Portanto.
(5.21)
1
::; c (1-S-c-y IEI 23 (l'r-1 N- 2SE exp (ite) r _:'!> (t, X, E. u dEr 2
) dE) 2
-h , }A1~• 1
::; c (l~v-c·, IEI 2' ( ~-2N-43N2 (L(o I<I> (t,x,ç,~;r)l dEr)
2
) dç) 2
1
N-6!2) dE) 2
onde usamos os seguintes fatos:
lexp[-it8(Ç.Çr)J-l
i 8(E,Çr)
5.1 DO TEOREMA 5.0.1
Analogamente, se 6 E J e Ç- ô E J então lt;rl ~ jÇ- ôl ~ IÇI ~ e com isso
( + \ < '· ') i-1•-
116
Agora. ,·amos mostrar que para uma escolha apropriada de e ;- a principal contribuição
para a norma Hs 1:2 é por
e c - .c E !. então i ~ jÇ- Çr ~ e ~ '-,l ~ "'r. De fato: para o caso (o outro é
+ f· e + "'Y :::; Ç - Ç 1 :::; + , então
+~--,-<C< '-S-
Com isso. . Agora escolhendo e 1· verificando ; ~
= o ) ) te1nos que
i<l?
jtj jexp [-itB (Ç, 6)]- lj -
!t;3 (U1JI (ti O)
1
iti [(sin tp (Ur)) 2 + (costp (t;.Ç1)- 1) 2]'
it<l (Ç, 6)1 lti sin t8 (Ç, í;r) > ;:: cte,
jt6(Ç,t;r)l
paratE(O,l] ej6(Ç.6)I~N2;.DaL
> (13' ~~2s (~-2 N-4s~? 11 r 'q, (t, X, ç, 6) d!;r 2) dÇ) i 1 ~3(~)
1
;:: C (/3·r [!2s ('!-2 N-4s_,/) ·l] dÇ) 2
5 SUPER-KDV 117
onde utilizamos também o Lema 1.4.3 do Capítulo L Da escolha '1. ~ resulta que
Portanto, de (5.13). (5.20) e (5.24) segue-se que
ou seja,
>
2: llh Jlifl' ~ 11!1 > \c-4s-3 ~ -\--s-3 ~c c, '
Vamos dividir a análise desta desigualdade em dois casos:
(5.26)
Caso 1: Se ~3 ::; s ::; ~~, então ~s ~ 3 < O e ~4s ~ 3 > O. Consequentemente,
N- 4s- 3 ::; c, que é um absurdo para > > L
Caso 2: Se s < ~3, então ~s ~ 3 > O e N-s- 3 > L Daí, N-4s- 3 :0:: c (N-s- 3 ), ou seja,
l\'-35 ::; c, que novamente é um absurdo para >> 1.
(II) Vejamos agora que a primeira desigualdade em (5.10) também é falsa para nossas
escolhas.
De posse da representação de u 2 ( t, x) e u2 ( t, Ç) e utilizando os argumentos acima vamos
analisar a segunda desigualdade em (5.20). Inicialmente, vamos fornecer uma cota superior
para 11l1h (t )j1l e []; (t, ·)J .. Temos então,
IH 5 I H 3
5.1
) if•
Se - 12 \~
D5 §Í (t. J! dÇ} I /
Se 2s -]
Se
onde utilizamos o fato que I é.+ (1 2 S
Analogamente,
2\ )
exp ( itç3)
1
1
1' h (t. · l/1. S cr1 !V-s-I IW
Uma cota inferior para \/h (t, ·l\/if. é dada por
5.0.1
. pois lé.l ~·
l 2
118
>> l.
(5.28)
/Ih (t, ·)1'1· (5.29) i 1-1 s
(13~1 - ,2 )~ ?: c ~ 1Ds§3 (t, ·)j dÇ
1
?: c (['it.l 28 (lí-] N-Zsç (é.+ 1) exp (itç3) L c o <f> (t, X, Ç, 6) df.J n dÇ) 2
?: c([' 1ç12s c~-2N-4'í21Lc"l<P (t,x,Ç.E.J)df.Jr) dÇ) ~
(13-y ) i ?: c ~ . 12s ( '1-2 N-4sr2) dÇ
?: C (13~ ['!2s ( Í-2 N-4s·/) '12] dÇ) ~
5 MÁ SUPER-KDV 119
onde usamos IEIIE +li 2: lEI (1 -lEI) 2: c lEI (veja que lEI ~'r com O<-:<< 1) e o Lema
1 capítulo 1.
Usando novan1ente a escolha ,_,- '-""' _ obtemos
~~~~f i! J 1 ) 1!;
!iií- < c~/~ <
h ) li 11ií-
< <
i ih i! > c;_Y~2s"/-~ > o) li il liií-
Portanto, de (5-13), (,5,20) e (5,30) resulta que
1~ >
2: i ih (t li I o o- li]'; li IIH' il
2: cs-4s-3-
ou seja,
( 5,32)
A exemplo do que fizemos antes, dividimos a análise desta desigualdade em dois casos:
Caso 1: Se -2 ::; s ::; -~, então -s - 2 ::; O e -4s - 3 > O, Consequentemente,
::; c, que é um absurdo para >> 1.
Caso 2: Se s < -2, então -s- 2 > O e N-s-z > L Daí, N- 4'-3 < cN-s- 2 , ou seJa,
N-3s-l::; N- 3s::; c, que novamente é um absurdo para N >> 1.
Observação: Se em (,5,29) usarmos a estimativa IEIIE +li 2: c IEI 2 obtemos em (5,30)
(5.33)
Consequentemente temos rv-4s-5 < (1 rv-s-2) - _c +- , (5.34)
que indica má colocação paras< -~.Como-~<-~, então nosso resultado não altera.
Logo, paras < -~ a aplicação _, .
s, : C/J r-+ v: (t)'
de ie em j(S. não é C 2- Fréchet diferenciável na origem e está provado o Teorema 5.0.1. 1111
~
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