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FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA APRESENTA AGOSTO A DEZEMBRO, 2015 BELO HORIZONTE 4 A JANELA DE DRAMATURGIA 590/2013 PARCERIA APOIO PATROCÍNIO

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FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA APRESENTA

AGOSTO A DEZEMBRO, 2015

BELO HORIZONTE

4A JANELA DE DRAMATURGIA

590/

2013

PARCERIA

APOIO

PATROCÍNIO

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Belo Horizonte vive um intenso momento artístico, seja na música, cinema, literatura ou nas artes visuais. Movimentos independentes e inventivos – na maneira como articulam a relação do artista com o público e com a cidade – têm marcado o cenário cultural da capital de Minas. O teatro não está em lugar distinto. Em meio a todo esse movimento é possível ver uma forte corrente dramatúrgica que vem somando outros modos de produção e recepção de textos. O que caracteriza essa corrente não é, de fato, uma estética única, mas o surgimento e reunião de novos autores, dispostos a criar e trocar espaços para suas invenções. Vemos o Janela de Dramaturgia como, ao mesmo tempo, impulso e reação a esse movimento.

O Janela de Dramaturgia foi criado em 2012, em parceria com o Teatro Espanca!, para ser um espaço íntimo de leitura de textos inéditos de novos autores de Belo Horizonte. O projeto se desenrolou, a ideia

se expandiu e, hoje, ele é a principal iniciativa na cidade dedicada essencialmente à escrita teatral contemporânea: sua divulgação, estímulo e pensa-mento. Além da mostra anual de textos, passamos a promover bate-papo com os autores, rodas de conversa com temas importantes sobre a produção contemporânea, produção de textos críticos, oficinas e palestras. Trata-se, antes, de um encontro entre diversos autores, artistas e público. O Janela permanece sendo um lugar para sentar ao lado de alguém e compartilhar uma voz do nosso tempo.

Passadas três edições dedicadas aos autores locais, achamos que era hora de mirar para além das nossas montanhas. E miramos! Desta vez, a cada sessão, um autor local divide o espaço com um dramaturgo de outra região do país, de norte a sul. A ideia é ampliar as possibilidades e olhares dramatúrgicos. A escolha dos autores e textos, feita novamente com a ajuda do dramaturgo catarinense André Felipe, se voltou principalmente por uma busca pela diversidade de contextos geográficos, estéticos e temáticos. Não nos demos à tarefa de agrupar “melhores textos”, isso nos pareceu descabido em tempos de tamanha explosão de formas, vozes e sentidos.

As atividades que compõem a abertura e o encer-ramento da mostra também foram pensadas a fim de ampliar as paisagens. Propomos um contato maior com a produção latino-americana, ampliação da formação dos autores locais, estímulo à prática de tradução de textos estrangeiros e diálogos sobre questões que nos parecem urgentes como as relações entre dramaturgia e política, escrita e alteridade, além das possibilidades atuais de publi-cação de textos teatrais e interseções entre Teatro e Literatura. E, claro, não deixamos de pensar no bate-papo e na festa!

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O movimento segue. O Janela também. O fomento da Prefeitura de Belo Horizonte, através de seu Fundo Municipal de Cultura, nos permitiu expandir o alcance do projeto, melhorar suas condições de produção e desenvolver ações de continuidade. Além das novidades desta edição na capital mineira, prevemos para o próximo ano a publicação dos textos das três primeiras edições pela Editora Perspectiva através do Rumos Itaú Cultural e realizamos pela primeira vez o projeto em outra cidade – Dourados, no Mato Grosso do Sul, financiado pelo Fundo de Investimentos à Produção Artística e Cultural de Dourados. Da nossa parte há uma intensa vontade de fortificar e expandir as ideias e os movimentos. Misturar os contextos, inventar outros. Avistar novos cantos. Alargar o pensamento. Fazer convivência.

Estamos animados por mais esta Janela e pelos ventos que batem.

Sejam todos bem-vindos!

SARA PINHEIRO E VINÍCIUS SOUZAI D E A L I Z A D O R E S E C O O R D E N A D O R E S D O J A N E L A D E D R A M A T U R G I A

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A R I E L F A R A C E

DIONYSIAN IMITATIO

Menos grave es ignorar que la cierva no tiene cuernos que pintarla sin parecido.

Aristóteles, Poética.

Escribir teatro me ha estropeado. Escribe Chejov en una carta a su editor y

amigo el 13 de marzo de 1898 en Niza.

Los Poetas de la noche y de las tumbas se hacen excusar porque en aquel preciso momento están ocupados en una interesantísima plática con un vampiro recién resucitado, de la cual podría originarse quizá un nuevo género de poesía.

Acota Goethe en el primer acto de la segunda parte de Fausto.

De los autorretratos de Artaud, el más vívido es de 1946.

Hacía años que su vida discurría por dife-

rentes asilos para enfermos mentales.

TIMÓN: Tierra, bríndame raíces.

Los calvarios que padecieron nuestros maestros no se transforman en paseos públicos.

El calvario cambia de lugar, eso es todo. Escribió Cocteau, en el prefacio a Los caba-

lleros de la mesa redonda.

La hipocresía que debió de reinar en cada uno de los encuentros entre Shakespeare y Marlowe.

Prefiero que no lo traduzcan antes que verlo en prosa.

Dijo Ibsen sobre su poema dramático Peer Gynt.

Florencio Sánchez, La gringa, acto primero: Pleno invierno. Al levantarse el telón, los rayos del sol naciente empiezan a bañar la fachada de la casa.

Por favor, nada de escaleras de incendios, tachos de basura, ni plataformas en esqueleto con actores en mono situados a diferentes niveles.

Pide Nabokov en el prólogo a su única pieza teatral en 1965.

Y agrega: Los uniformes de los once generales deben ser bonitos, deberán brillar como árboles de navidad.

Los argumentos simples son aquellos en que no hay reconocimiento ni peripecia.

Sobre lo grotesco, Dürrenmatt: La cara de un mundo sin cara.

Porque el burgués, con su moral idealista, miente constantemente, pero declara que no hay que mentir; en tanto que Hugo es un personaje que cree

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en lo que dice. Para él, mentir a los hombres significa desde cualquier ángulo que se lo mire, humillarlos.

Dice Sartre en una entrevista sobre Las manos sucias de 1964.

Metempsicosis -dijo él, frunciendo el ceño-. Es griego. Quiere decir la transmigración de las almas.

Artaud escribe a Rivière: Para curarme del juicio de los otros tengo toda la distancia que me separa de mí mismo. No vea en esto, le ruego, inso-lencia alguna, sino la muy fiel confesión, la penosa exposición de un doloroso estado del pensamiento.

Tenía 27 años cumplidos.

BELISA (Llorando.): ¡Don Perlimplín ha muerto!

DORN: La verdad es que Konstantín Gavrílo-vich se ha suicidado.

Ha muerto la mosca Marguerite Duras grité estaba feliz al encontrar un nombre.

A propósito de Brecht, en un periódico: En Berlín se volvió bohemio en todo sentido, no sólo por habitar una bohardilla a cinco pisos por escalera, también por la pobreza.

Es necesario que el argumento esté de tal modo organizado que, aun prescindiendo de la vista, quien escucha los hechos acontecidos se estremezca y sienta lástima por lo que pasa.

La ilusión del yo lo domina. Escribió Borges sobre Peer Gynt.

Los soldados disparan. Kattrin, herida, da todavía unos golpes en el tambor y se desploma lentamente.

MACBETH: Tomorrow and tomorrow and tomorrow.

FAUSTO: Quemaré mis libros. ¡Ah, Mefistófeles!

Como todo arte, el drama es un mundo al que se le ha dado forma, pero no se puede dar la misma forma a todos los mundos.

Escribió Dürrenmatt.

Stanislavski, en una carta a Chejov, acerca de El jardín de los cerezos: Sé que tu vas a contes-tarme diciendo: “¡Perdón, perdón, es una farsa!” Pero no, créeme, para un hombre sencillo, es una verdadera tragedia.

V.: Make sense who may.

La Muerte tiene en un principio la cara de los Lamentos.

Artaud.

SONIA: Trabajaremos por los otros sin conocer el reposo, moriremos resignados cuando llegue nuestra hora…

Aristóteles, habiéndolo pensado mejor: En realidad, el poeta oculta lo absurdo tras el atractivo de sus otras perfecciones.

Cocteau, en otro prefacio: Las frases que puedan resultar subversivas han sido puestas en boca de un tonto de pueblo, de un joven hereje o de un tosco preboste. Sería pueril atribuírmelas.

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ABERTURA

27 A 30 DE AGOSTO

CENTOEQUATROPraça Rui Barbosa, 104, Centro

ENTRADA FRANCA

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O F I C I N A * B A T E - P A P O

A oficina Outra(s) Escrita(s) propõe

uma abordagem da prática dramatúrgica

dirigida a artistas cênicos interes-

sados na escrita teatral (dramaturgos,

diretores, coreógrafos, atores). Seguindo

uma série de exercícios práticos, será

trabalhado alguns usos da linguagem

e a partir disso, a construção de peças

teatrais. A oficina será destinada

também à leitura e supervisão de obras

em processo. O objetivo é fornecer

aos criadores algumas ferramentas

para desenvolver formas de relacionar

escrita e cena.

As inscrições são gratuitas e vão até

o dia 20 de agosto. Para se inscrever,

basta enviar um breve currículo do

interessado para o e-mail:

[email protected] e

aguardar resultado da seleção que será

dado no dia 22 de agosto.

27 A 29 DE AGOSTOQuinta a sábado, de 10h às 16h**

O bate-papo com Ariel Farace abordará seu

processo criativo, procedimentos e ideias

dramatúrgicas e contextos da escrita

teatral na Argentina contemporânea.

* Ministrada em espanhol.

** Intervalo de 1 hora para o almoço.

29 DE AGOSTOSábado, às 17h

ARIEL FARACE (Buenos Aires / AR) é dramaturgo,

ator e diretor teatral argentino. Estudou drama-

turgia na Escuela Metropolitana de Arte Dramático

de Buenos Aires, Letras na Universidad de Buenos

Aires, e atuação, dança e direção com diversos

professores. Desde 2003 vive e trabalha com artes

cênicas em Buenos Aires, e desde 2007 coordena

oficinas de dramaturgia. Seus trabalhos já receberam

os prêmios Fondo Nacional de las Artes, Armando

Discépolo, Trindad Guevara, menções nos concursos

Germán Rozenmacher e Osvaldo Soriano e circularam

pela Argentina, Brasil, Uruguai, México, Espanha e

Alemanha. Em 2005, idealizou e coordenou o ciclo

Nuevos Dramas Argentinos, Laboratorio de Nueva

Dramaturgia no Centro Cultural de España en Buenos

Aires. É fundador e diretor da companhia Vilmadia-

mante e diretor do selo editorial Libros Drama.

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P E Ç A - L E I T U R A

HISTÓRIAS PARA SEREM LIDAS EM VOZ ALTA

Histórias para serem lidas em voz alta é

um romance que se desdobra nas histórias

escritas por um biógrafo, capaz de mapear

a vida de qualquer um. De tanto escrever

sobre a vida dos outros, ele acaba criando

uma teoria das biografias, uma equação

a partir da qual é possível construir a

história de qualquer um. Com o tempo

ele percebe que as histórias são muito

parecidas e conclui que, na verdade,

o que diferencia a vida das pessoas são os

momentos impossíveis de serem escritos.

A obra, escrita na intersecção entre

literatura e dramaturgia, investiga a

emissão da escrita e a escrita da emissão:

o que diferencia a dramaturgia de um

texto literário? No livro, voz e palavra,

em atrito constante, constituem uma nova

possibilidade narrativa onde a cena e a

linguagem se confundem e extrapolam os

campos fechados tanto do texto teatral

(ao poder ser encenado) quanto do texto

literário (ao ser construído como uma

narrativa em prosa).

Além dos autores, dois atores de Belo

Horizonte experimentam o livro nessa

peça-leitura que marca seu lançamento na

capital mineira. A obra foi premiada com o

ProAC de Criação Literária 2014.

GUSTAVO COLOMBINI (São Paulo / SP) é dramaturgo

e diretor teatral paulista formado pela Universidade

de São Paulo (ECA-USP) e fez parte da terceira turma

do Núcleo de Dramaturgia SESI - British Council. Foi

indicado ao Prêmio Shell de Teatro de São Paulo 2012,

na categoria de Melhor Autor, pela peça O silêncio

depois da chuva (2011). É integrante e co-fundador do

grupo artístico Cinza. Integra o coletivo seis drama-

turgos e o grupo de pesquisa e experimentação textual

Carta de Intenção. Em 2012, realizou a exposição

A imagem do texto no texto da imagem, projeto em

parceria com Leonardo Araújo. Ministrou oficinas em

diversas cidades brasileiras e na Argentina.

JOÃO DIAS TURCHI (São Paulo / SP) é escritor,

mestrando pela Universidade de São Paulo (ECA-USP)

e fez parte da quarta turma do Núcleo de Dramaturgia

SESI - British Council. É autor da peça Máquina de

escrever reticências (2012), dirigida por Beth Lopes e

Catálise (2013), apresentada na FUNARTE. Concebeu

as ações Ponto de Fuga (2014), na Casa do Povo e

Planta (2013), realizado dentro da X Bienal de

Arquitetura de São Paulo, ambas em parceria com

Gustavo Colombini. Trabalha atualmente como

consultor de projetos culturais do Museu de Arte

Moderna de São Paulo (MAM-SP).

29 DE AGOSTOSábado, às 18h

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C O N V I D A D O S P A R A A R O D A

ALEXANDRE DE SENA é formado no CEFAR -

Palácio das Artes e Graduado em Licenciatura em

Teatro pela UFMG. É ator convidado do Grupo Espanca!,

integra os coletivos Paisagens Poéticas, TAZ e Beijo no

Seu Preconceito, faz parte da Associação No Ato, é dj

desde 1999 e desenvolve projetos pessoais de vídeo,

intervenção urbana e fotografia.

DANIEL TOLEDO é diretor, dramaturgo e ator, além de

crítico em artes cênicas e artes visuais. Fundador do

Coletivo Temporário - TAZ, autor das peças "Fábrica

de Nuvens", "Clínica do Sono" e "Controle de Estoque".

Mestre em Sociologia da Arte pela UFMG.

MARCELO DIAS COSTA é jornalista, poeta e dramaturgo

de Contagem/MG. É ativista do Fórum Popular de Cultura

e um dos fundadores do Apoema Sarau livre. O autor tem

dois livros publicados, sendo eles, Manifesto Escárnio

Poético e Inutrealidade - teatros aos que têm fome.

R O D A D E C O N V E R S A

LER E PUBLICAR TEATRO + LANÇAMENTO DE LIVROS

29 DE AGOSTOSábado, às 19h30

Um espaço para conversar sobre as

possibilidades de edição e publicação de

textos teatrais na atualidade e os diálogos

entre Teatro e Literatura na escrita drama-

túrgica contemporânea.

Após a roda de conversa haverá o lança-

mento dos livros “Histórias para serem lidas em voz alta” de Gustavo Colombini

e João Dias Turchi; “Outras Dramatur-gias” de Denni Sales, Francis Madson,

Jean Paladnno e Danilo Reis; e a venda de

edições do selo argentino Libros Drama.

Mediação:VINÍCIUS SOUZA

C O N V I D A D O S P A R A A R O D A

ARIEL FARACE é dramaturgo, ator e diretor teatral

argentino. Seus textos teatrais já foram publicados pelas

editoras Libretto e Libros del Rojas. É fundador do selo

editorial Libros Drama, especializada na publicação de

dramaturgias de autores argentinos contemporâneos;

desde 2012 o selo, sob formato caseiro e artesanal,

já publicou mais de dez textos.

DANILO REIS é dramaturgo, ator, produtor cultural e

palhaço. É um dos autores da publicação Outras Drama-

turgias, coletânea de textos de dramaturgos contem-

porâneos que residem em Manaus/AM, publicada pela

Thysanura edições de rua.

GUSTAVO COLOMBINI é dramaturgo e diretor teatral

paulista. É coautor do livro Histórias para serem lidas

em voz alta, em parceria com João Dias Turchi, premiado

com o ProAC de Criação Literária 2014. Escreveu seis

segundos a mais do que eles previram (2011), publicado

pela Editora 3 dias, CIDADE (2012), publicação indepen-

dente e Duplicata (2013), publicação independente com

co-autoria de Leonardo Araújo.

JOÃO DIAS TURCHI é dramaturgo paulista. É coautor

do livro Histórias para serem lidas em voz alta, em

parceria com Gustavo Colombini, premiado com o ProAC

de Criação Literária 2014.

R O D A D E C O N V E R S A

DRAMATURGIA E POLÍTICA

30 DE AGOSTODomingo, às 17h

Um espaço para debater as possíveis

relações entre a escrita teatral,

o papel do dramaturgo e o contexto

político contemporâneo.

Mediação:LUCIANA ROMAGNOLLI

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L E I T U R A

ANTES QUE ACONTEÇA, MUITA COISA PODE ACONTECER

30 DE AGOSTODomingo, às 18h30

Em seu quarto, Mauro se prepara para sair, é uma travesti

travando uma “briga encarniçada contra a pobreza de

opções disponíveis no mercado da vida” buscando o

devir-anjo, aquele instante da eternidade cravado na

fugacidade. Ela dança e balança. É no movimento simples

do corpo que surge o desejo de asas.

ANDERSON FELICIANO (Belo Horizonte / Buenos Aires) dramaturgo e performer belorizontino radicado em

Buenos Aires, vem desde 2012 desenvolvendo pesquisas

em dramaturgias performáticas. Já escreveu para várias

companhias de teatro de Belo Horizonte/Brasil, Viña del

Mar/Chile e Buenos Aires/Argentina. Atualmente dedica-

-se a um mestrado em Dramaturgia – UNA (Universidade

Nacional de Artes/Buenos Aires).

C O N V I D A D O S P A R A A R O D A

ADYR ASSUMPÇÃO é graduado em Artes Cênicas pela

UFMG; Mestre e Doutorando em Artes pela UNICAMP;

Ator, diretor, produtor, professor de Teatro, Cinema e

Televisão. Idealizador e Coordenador Geral da Imagem

dos Povos - Mostra e Seminário Internacional Audiovi-

sual. (2004/2013).

ANA LUISA SANTOS é artista visual da performance.

Mestre em Comunicação Social/UFMG e Pós-Graduada em

Arte da Performance/FAV/RJ, trabalha como pesquisadora

e curadora em performance e artes da presença. Desen-

volve projetos em dramaturgia e figurino, atuando em dança

e teatro. É co-diretora da plataforma de publicações inde-

pendentes O que você queer e do documentário “Alfaiates

de Belo Horizonte”. Vive e trabalha em Belo Horizonte.

IGOR LEAL é ator formado pelo Centro de Formação

Artística - Cefar, Palácio das Artes, Mestre em Artes

Cênicas pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal

de Minas Gerais-UFMG (2014). Possui graduação em Psico-

logia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011).

Atua na articulação de arte e cultura do Grupo Universi-

tário em Defesa da Diversidade Sexual - GUDDS!, onde é

membro e fundador. Artista/coordenador do Coletivo de

intervenção urbana "Paisagens Poéticas”.

RODRIGO JERÔNIMO é um dos fundadores do Grupo

dos Dez, que se dedica à pesquisa acerca dos musicais

brasileiros. Trabalha desde 2006 com João das Neves e

Titane, tendo atuado em peças como Galanga Chico Rei

e Zumbi. Assina codireção e dramaturgia de um dos mais

recentes espetáculos de seu grupo, Madame Satã.

R O D A D E C O N V E R S A

DRAMATURGIA E ALTERIDADES

30 DE AGOSTODomingo, às 19h30

Um espaço para debater como as

identidades de gênero, sexo e cor são

representadas na dramaturgia e abrem

novos caminhos estéticos.

Mediação: LUCIANA ROMAGNOLLI

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MOSTRA

TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H

TEATRO ESPANCA!Rua Aarão Reis, 542, Centro

INGRESSOS R$3

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01 SET

B A T E - P A P O C O M O S A U T O R E S

DEBATEDOR CONVIDADO: PAULO AZEVEDO é ator, promotor cultural e

jornalista, com mais de 20 anos de experiência em artes cênicas, atuando

em parceria com importantes diretores e coletivos teatrais.

E S C R I T A D E C R Í T I C A S

DANIEL TOLEDO é diretor, dramaturgo e ator, além de crítico em artes

cênicas e artes visuais. Fundador do Coletivo Temporário - TAZ, autor das

peças "Fábrica de Nuvens", "Clínica do Sono" e "Controle de Estoque".

Mestre em Sociologia da Arte pela UFMG.

MARIANA MAIOLINE é atriz, diretora e produtora cultural. Formada

em Teatro pela UFMG e estudante de psicanálise no Fórum do Campo

Lacaniano BH. Integra o coletivo Paisagens Poéticas e atua como atriz

convidada do Grupo Espanca!.

L E I T U R A S

A MISSÃO seguida de SOBRE NÓSDanilo Reis (Manaus, AM)+ORIGAMIMarcos Coletta (Belo Horizonte, MG)

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ORIGAMIEscolha uma superfície plana. Utilize um papel fino.

Mantenha as mãos limpas. Siga corretamente todas

as medidas. Realize tudo passo a passo, à risca.

Não tenha pressa para terminar. A paciência é

muito importante. Caso se perca, não se desespere.

Pratique várias vezes. Se estiver cansado, faça uma

pausa, não tente fazer por teimosia. ORIGAMI é um

texto dobrável. Algo entre o ler e o manipular. Dois

desconhecidos (ou não) buscam se entender entre

o inédito e o premeditado.

MARCOS COLETTA é ator, dramaturgo, improvisador e

pesquisador. Formado pelo Teatro Universitário/UFMG;

licenciado pelo Curso de Graduação em Teatro/UFMG;

Mestre em Artes Cênicas pela EBA/UFMG. Cofundador

e integrante do Grupo Quatroloscinco - Teatro do

Comum. Integrou o Mayombe Grupo de Teatro. Foi

ator convidado da Cia Drástica de Artes Cênicas e é

improvisador convidado da Uma Companhia. Coordena

o Centro de Pesquisa e Memória do Teatro do Galpão

Cine Horto. Tem um cachorro de nome Caetano.

A MISSÃOUma guerra é declarada no mundo todo. Um inimigo

muito poderoso. Um homem é incumbido da missão

de salvar a todos.

SOBRE NÓSEnquanto uma guerra acontece lá fora, um homem e uma

mulher - confinados em um presídio, sozinhos, cada um

em sua cela - buscam maneiras de se relacionar.

DANILO REIS tem formação técnica em Rádio e TV

e é estudante da Escola Técnica de Teatro Martins

Pena/RJ. Atuou em importantes companhias teatrais

da cidade de Manaus, participando de renomados

festivais. Integra o Núcleo de Teatro bem como o setor

de comunicações da Artrupe Produções, além de parti-

cipar paralelamente da Casa 407 Companhia de Teatro,

investigando a linguagem da palhaçaria.

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15 SET

B A T E - P A P O C O M O S A U T O R E S

DEBATEDOR CONVIDADO: DIEGO BAGAGAL é ator, diretor e drama-

turgo. É co-fundador da plataforma de criação interdisciplinar Madame

Teatro. Cursou ‘Creating Theatre and Performance’ pela London Inter-

national School of Performing Arts (LISPA). É autor dos espetáculos

“Em Louvor à Vergonha”, “BATA-ME! (Popwitch)”, “POP LOVE”, “The

Witch and The Frog – Pop Version” e “Lilimão”. Integra a equipe curato-

rial do Festival Internacional de Teatro, Palco & Rua, de Belo Horizonte

(FIT-BH), edição 2016.

E S C R I T A D E C R Í T I C A S

LUCIANA ROMAGNOLLI é jornalista, crítica e pesquisadora de teatro.

Mestre em Artes pela EBA-UFMG e doutoranda em Teoria e Prática do

Teatro pela ECA-USP.

VINÍCIUS SOUZA é dramaturgo, ator, diretor e pesquisador teatral.

Mestrando em Teatro pela UFMG. Idealizador e coordenador do

Janela de Dramaturgia, junto com Sara Pinheiro. Com Assis Benevenuto,

coordena o Núcleo de Pesquisa em Dramaturgia do Galpão Cine

Horto e a Editora Javali.

L E I T U R A S

MASSA SONORA DE SUJEITOS EM MOVIMENTO Nº 1Henrique Vertchenko (Belo Horizonte, MG)+O SEGUNDO INVERNOAna Luiza Fortes (Florianópolis, SC)

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O SEGUNDO INVERNO“Eu vou viver quantos invernos até o meu pai voltar?”

No segundo inverno desde o desaparecimento do seu

pai, Henrique corre na praia deserta, brinca de ser

enterrado, come pizza, vê um filme na tv, dança tango

na cozinha, tenta desvendar um mistério. As pistas

são escassas, mas ele insiste. Não vai desistir até

entender. O segundo inverno nasceu de um processo de

escrita que se iniciava com uma imagem geradora que

impulsiona o texto. A minha era uma praia deserta no

inverno. Uma típica praia uruguaia fora de temporada.

ANA LUIZA FORTES é Integrante e cofundadora

da Cia. A ursa de araque e da Plataforma artística

Piscina. Mestre em Teatro (UDESC - Florianópolis/SC)

e Doutoranda em Artes (UCLM - Cuenca/Espanha), com

orientação do Prof. Dr. José Antonio Sánchez. Entre

seus principais trabalhos como atriz no teatro estão:

“Sem horas” (2014), “Um certo tipo de abalo irremedi-

ável do espírito” (2014), “À distância - Lado A e Lado

B” (2013), “Guardachuva” (2010), “Women´s” (2009) e

“Acordes, uma canção” (2002). Dirigiu os espetáculos

“Medo de morrer longe de ti” (2009), “Luisa” (2008)

e “Sibéria” (2007). O segundo inverno é seu primeiro

texto dramatúrgico.

MASSA SONORA DE SUJEITOS EM MOVIMENTO Nº 1“Acho que minha sinopse poderia ser: uma mulher,

seguindo seus pés, com sapatos apertados, pálida, cheia

de sacolas vazias, vence o vento cinza, o céu chumbo,

as poças secas, e nada pelos mapas da cidade. Isto é,

se a chuva vencer a apatia e desabar.” Massa Sonora

de Sujeitos em Movimento Nº1 percorre os dilemas de

uma mulher com dor nas pernas em sua perambulação

por uma cidade. Ela sai – enquanto seu vizinho a observa

da varanda – mas ainda não sabe que vai pegar o metrô

e cruzar com um cachorro, uma banda de músicos, um

ciclista, um menino com fones de ouvido e uma noiva.

HENRIQUE VERTCHENKO é licenciado em história pela

UFMG e ator formado pelo CEFAR/Palácio das Artes.

Atualmente é mestrando em história, também pela

UFMG, onde pesquisa o teatro brasileiro moderno e a

crítica teatral. Participou como ator dos espetáculos

“Lilimão”, “Play me”, “Desvios Urbanos”, “O pequeno

barão”; além de ter feito assistência de direção e

trilha sonora do espetáculo “...e peça que nos perdoe”,

dramaturgia e trilha sonora do espetáculo “Notas sobre

o amor: queimaduras e restrições”, direção e drama-

turgia do espetáculo “Pas de Deux para 2 Mulheres”

e da cena curta “A história de Lúcia”. Foi crítico do

projeto “Janela de Dramaturgia” em 2013 e 2014.

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13 OUT

B A T E - P A P O C O M O S A U T O R E S

DEBATEDORA CONVIDADA: JULIANA PAUTILLA é artista cênica,

educadora e pesquisadora. Mestre em Artes, UFMG. Pós-graduanda

Sistema Laban/Bartenieff, Faculdade Angel Vianna. Coordenadora

Artística de Teatro do Programa Valores de Minas/Plug Minas.

E S C R I T A D E C R Í T I C A S

GUILHERME DINIZ é ator, pesquisador e licenciando em Teatro pela

UFMG. Além de possuir textos críticos publicados no blog Horizonte da

Cena, colabora, atualmente, como crítico no Cena em Pauta.

MARCELO MIRANDA é jornalista, crítico de cinema e mestrando em

Comunicação na UFMG. Colaborador de diversas publicações impressas e

virtuais, como as revistas Cinética, Filme Cultura e Revista de Cinema,

e em catálogos de retrospectivas e festivais. Repórter de cultura do

jornal “O Tempo” entre 2006 e 2012.

L E I T U R A S

ADORÁVEIS VESPAS ou ÀS VÉSPERAS DE NÓSJonathan Andrade (Brasília, DF)+BULHUFAS! (UMA COMÉDIA CONTEMPORÂNEA)José Carlos Aragão (Belo Horizonte, MG)

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BULHUFAS! (Uma comédia contemporânea) Bulhufas é uma comédia contemporânea, metalinguística,

irônica, debochada, incongruente, leviana, imatura,

crítica, ácida, kitsh, boba, irreverente, cruel, instigante,

gay, maldosa, idiota, revanchista, inocente, anacrônica,

estereotipada, reacionária, irrelevante, desastrada,

apelativa, oportuna, bufa, oportunista, primordial,

infeliz, necessária, fácil, dispensável, corajosa, fútil,

ousada, abusada, raivosa, previsível, vazia, vaga, séria,

paradigmática, leve, feminista, ridícula, emblemática,

questionável, protocolar, infantil, petista, burra, inviável,

regular, jocosa, machista, hermética, histriônica, singular,

política, non sense, tíbia, atual, profunda, inconstitu-

cional, cafona, over, absoluta, questionável, repetitiva,

gostosa, aecista, jovem, surpreendente, chinfrim,

paulista, ordinária, belicosa, expiatória, freudiana,

exemplar, panfletária, louca, pretensiosa – vai da cabeça

de cada um. E tem um único responsável: o autor.

JOSÉ CARLOS ARAGÃO é mineiro e reside em Belo

Horizonte. É escritor e dramaturgo, com formação

em Artes Visuais pela UFMG. Tem cerca de 30 livros

publicados, de teatro, contos, poesia, humor e lite-

ratura infantil e juvenil. Como dramaturgo, recebeu o

Prêmio Nacional Literatura para Todos/Dramaturgia

(MEC, 2010), com a peça O Pênalti e teve quatro textos

vencedores de seleções nacionais de dramaturgia

promovidos pelos CCBBs (Rio e São Paulo), entre 2006 e

2013. Adaptou ainda, para teatro ou publicação em livro,

obras de autores consagrados, como Guimarães Rosa,

Shakespeare, Sófocles, Camus, Cervantes, Plauto, Ítalo

Calvino, Nikos Kazantizakis e Esopo, entre outros.

ADORÁVEIS VESPAS - ou ÀS VÉSPERAS DE NÓSCidades não têm fim, nem mesmo dentro de cada pes-

soa. Do alto de um prédio, a janela de um apartamento

denuncia uma metrópole de sonhos, expectativas,

encontros, possibilidades... Com escrita poética e coti-

diana, Adoráveis Vespas – ou às vésperas de nós expõe

instantes da vertiginosa existência de três persona-

gens. Abraça questões e sentimentos comuns ao dia a

dia. Adoráveis Vespas – ou às vésperas é só mais uma

tentativa de encontrar a vida que se insiste, independe

de cada um de nós.

JONATHAN ANDRADE é professor de teatro, poeta,

ator, diretor, dramaturgo e cenógrafo, bacharel em

Artes Cênicas, com habilitação em Interpretação

Teatral, pela Universidade de Brasília. É integrante

fundador do Sutil Ato, grupo teatral de pesquisa onde

dirigiu diversos espetáculos. Trabalhou como professor

do ensino fundamental e professor e coordenador

pedagógico da Faculdade Dulcina de Moraes. Como

dramaturgo, recebeu três prêmios, dois oferecidos pela

Funarte, em 2004 e 2009, pelos textos GuardAchuva

(publicado pela instituição) e Terra de Vento (Bolsa

Funarte de Dramaturgia), e o prêmio Sesc de melhor

dramaturgia pelo texto Entrepartidas, em 2011.

Ministrou diversas oficinas de dramaturgia, atuação,

leitura dramática e cenografia em parceria com impor-

tantes instituições como o SESC e Caixa.

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10 NOV

B A T E - P A P O C O M O S A U T O R E S

DEBATEDORA CONVIDADA: MARIANA MUNIZ é atriz e diretora teatral.

Professora Titular da Escola de Belas Artes. Realizadora do FIMPRO -

Festival Internacional de Improvisação.

E S C R I T A D E C R Í T I C A S

SORAYA BELUSI é jornalista, crítica e pesquisadora teatral. Mestranda

em Artes na UFMG, graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário de

Belo Horizonte, e atriz formada pelo Teatro Universitário da UFMG. Atuou

durante oito anos como repórter especializada em artes cênicas no jornal

O Tempo (BH) e colabora com diversos veículos do país, com artigos publi-

cados no Estado de Minas, Folha de S.Paulo, Bravo!, Sala Preta, dentre

outras. É co-fundadora e editora do blog Horizonte da Cena.

ANA LUISA SANTOS é artista visual da performance. Mestre em

Comunicação Social/UFMG e Pós-Graduada em Arte da Performance/

FAV/RJ, trabalha como pesquisadora e curadora em performance e artes

da presença. Desenvolve projetos em dramaturgia e figurino, atuando

em dança e teatro. É co-diretora da plataforma de publicações indepen-

dentes O que você queer e do documentário “Alfaiates de Belo Hori-

zonte”. Vive e trabalha em Belo Horizonte.

L E I T U R A S

EXERCÍCIO PARA O FRACASSOJulia Branco (Belo Horizonte, MG)+VIDA ÚTILRafael Martins (Fortaleza, CE)

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VIDA ÚTILFuncionários trabalham no mesmo setor de uma

empresa e, embora a convivência entre eles já

tenha atingido os limites do insuportável, são

obrigados a dividir a mesma sala. É sexta-feira à

noite. Aproxima-se o momento de sair dali, tomar uma

cerveja gelada e esquecer os problemas. A estrutura

da peça nos expõe um emaranhado delirante de fatos

e elucubrações, entrelaçando o que os funcionários

pensaram em dizer, um ao outro, e o que de fato

fizeram. Todos esperam ansiosos para sair dali,

mas os trinta minutos teimam em não passar.

RAFAEL MARTINS é dramaturgo e ator. Graduado em

Comunicação Social pela Universidade de Fortaleza.

Membro fundador do Grupo Bagaceira de Teatro e da

Companhia Vão de Teatro. Ator formado pelo Colégio

de Direção Teatral do Instituto Dragão do Mar. Autor de

espetáculos como: Fishman, Interior, A Mão na Face,

Lesados, entre outros. Costuma escrever em proximi-

dade com elenco e direção. Já fez parceria com diversos

grupos. Ministra oficinas, escreve artigos e participa de

eventos relacionados à dramaturgia e criação colabora-

tiva. Foi criador, curador e mediador do “Projeto Pausa

Dramática”, que durou 3 anos em Fortaleza, com leituras

dramáticas seguidas de conversas com intelectuais e

artistas de diversas áreas.

EXERCÍCIO PARA O FRACASSO(esta peça é para mim um grito de liberdade. um

convite a tudo aquilo que pode desabar. é um caminhar

solitário, um percurso seco para ser feito com os pés

descalços, pisando em cascalho, em conchas,

em areia espessa na beira do mar. essa peça é,

também, um convite à escrita contemporânea. um

convite à tentativa de se escrever neste tempo tão

acelerado, tão outro, tão sem espaço para ser tempo.

convido vocês para entrarem nessa tentativa. convido

vocês para essa aposta, para esse caminho, esse

desejo. um desejo jamais está livre de seu tombo.)

JULIA BRANCO é atriz, cantora e compositora.

Graduada em Teatro pela UFMG, trabalhou em diversos

espetáculos de Belo Horizonte, como “Esta Noite

Mãe Coragem”, “Solo para coisas quase esque-

cidas” e “Diário do último ano”. Como atriz, busca

criar trabalhos que foquem sua pesquisa no trabalho

corporal/vocal do ator e na dramaturgia contem-

porânea. Como cantora, integra a banda “Todos os

Caetanos do Mundo”, que acaba de lançar seu primeiro

disco, “Pega a melodia e engole”, com participação

especial de Arnaldo Antunes e produção musical de

Chico Neves. Na banda, Julia tem diversas composições

com o ator e músico Luiz Rocha e tem parcerias em

outros trabalhos com os artistas Samuel Bueno,

Laura Lopes, Luiza Brina e Luan Nobat.

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01 DEZ

B A T E - P A P O C O M O S A U T O R E S

DEBATEDORA CONVIDADA: SARA ROJO é diretora teatral e professora Titular

da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Letras e

Artes, com ênfase em Crítica e Direção Teatral. Realizou dois pós doutorados

na Università degli Studi di Bologna (2001) e na Universidad de Chile (2007).

E S C R I T A D E C R Í T I C A S

CAROLINA BRAGA é jornalista especializada em cultura desde 2000.

Doutora em Comunicação e Sociabilidade Contemporânera pela Universidad

Autónoma de Barcelona (UAB) em convênio com a UFMG, tem mestrado

em Comunicação e Novas Linguagens (UAB) e pós-graduação em Crítica de

música pop e cinema, pela Universitat Ramon Lull de Barcelona. É repórter

de cultura do Jornal Estado de Minas, com passagens pela Rádio Guarani,

TV Alterosa e Rede Minas.

AMANDA BRUNO é poeta e estudante de Letras na UFMG. Publicou em

algumas revistas e zines de Belo Horizonte, como o Amendoim, o Letras e

a Dezfaces. Já se apresentou em diversos saraus e, às vezes, se aventura

também no teatro. Participou de duas edições do Núcleo de Dramaturgia e

escreveu a cena “Refrigeração Três Irmãos”, na qual também atuou. É autora

de Por aqui, livro vencedor do concurso Só Para Poetas da editora Edith.

L E I T U R A S

PENTAGRAMA*Fernando Marques (Vitória, ES)+MEROSara Pinheiro (Belo Horizonte, MG)

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MERO1. Aquilo que é simples, comum

Exemplo: “K. era um mero funcionário público”

2. Grande peixe de água salgada

Exemplo: “K. ainda não sabia que o Mero habitava o

fundo do oceano”

“Mero” é um delicado mergulho sonoro para crianças.

Foi concebido a partir das vivências da atriz Cristiane

Andrade em Dunas de Itaúnas, e da leitura do conto

“Celacanto” de Herberto Helder. Para sua elaboração,

conta também com a parceria do músico Pablo Castro,

e a consultoria de Flora Zauli Novaes, integrante do

programa “Meros do Brasil”- projeto de conservação

do mero (Epinephelus itajara), um peixe criticamente

ameaçado na costa brasileira.

SARA PINHEIRO é atriz e dramaturga. Graduada em

Letras pela UFMG, também cursou Teatro no Centro

de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado e

na École Philippe Gaulier. Foi co-fundadora da Cia. do

Chá, com a qual atuou e experimentou escritos drama-

túrgicos, e colaboradora do grupo Pigmalião Escultura

que mexe. É, junto com Vinícius Souza, realizadora

da mostra Janela de Dramaturgia. Como autora, seus

últimos trabalhos foram: S/Título, Óleo sobre tela (Cia.

do Chá), Noturno (grupo Teatro Invertido). Atualmente

se dedica à escrita de “Cine Splendid” (Residência

dramatúrgica pelo programa Iberescena).

PENTAGRAMA*O pentagrama é uma figura formada por cinco pontos

ligados por uma linha contínua. Aqui talvez se mostre

a história descontínua de cinco personagens que se

ligam um ao outro de formas mais ou menos indiretas e

por linhas tênues – pelos (des)amores, pelas expecta-

tivas em relação ao outro, pela rapidez ou morosidade

com que as coisas podem (deixar de) acontecer. O que

talvez se busque, aqui, seja olhar essa fragilidade,

a maneira como essas relações se (des)constroem;

tentar desenhar essa linha que liga ou afasta cada uma

dessas cinco figuras entre si.

FERNANDO MARQUES é ator, diretor e dramaturgo,

atuando no Grupo Z de Teatro desde sua fundação,

em 1997, tendo trabalhado também, ao longo desse

tempo, com outros grupos e companhias como diretor

ou dramaturgo convidado. Com o Z, seus trabalhos

mais recentes são Insone, com o qual circulou por

praticamente todo o país, e Vizinhos, estreado em fins

de 2014. Atualmente, é coordenador do Núcleo de

Dramaturgia do Centro Cultural Sesc Glória (ES).

* Título provisório.

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ENCERRAMENTO

05 E 06 DE DEZEMBRO

BENFEITORIARua Sapucaí, 153, Floresta

ENTRADA FRANCA

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O F I C I N A

05 E 06 DE DEZEMBROSábado e domingo, de 14h às 18h

A oficina propõe uma troca entre trabalhos.

Parte de uma exposição do autor sobre o

seu processo criativo em Abnegação 2 - O

começo do fim (segundo espetáculo da

trilogia Abnegação, montado pelo Tablado

de Arruar, com codireção e dramaturgia de

Alexandre Dal Farra), e análise de trechos

da peça. Em seguida, trechos de peças

dos participantes serão lidos e discutidos.

Trata-se de uma versão pocket da oficina

de longa duração em criação literária para

teatro que Alexandre Dal Farra tem reali-

zado em São Paulo nos últimos anos.

As inscrições são gratuitas e vão até o

dia 20 de novembro. Para se inscrever,

envie um breve currículo e trecho de uma

peça recente de sua autoria (máximo de

duas páginas) para o e-mail:

[email protected].

A lista com os 10 selecionados será

divulgada até o dia 27 de novembro.

B A T E - P A P O

05 DE DEZEMBROSábado, às 19h

O bate-papo com Alexandre Dal Farra

abordará a relação entre teatro e política

na produção do autor.

ALEXANDRE DAL FARRA (São Paulo / SP) é drama-

turgo, diretor, escritor e músico. É mestre pela USP,

na área de Literatura Alemã. Indicado a diversos

prêmios, foi vencedor do 25º Prêmio Shell de melhor

Autor, em 2012, pela peça Mateus, 10, que escreveu

e dirigiu. Lançou em 2013 o seu primeiro romance,

Manual da Destruição, pela editora Hedra, conside-

rado pelo renomado escritor Ricardo Lísias "uma das

melhores obras da literatura brasileira recente". Em

2015 escreveu Abnegação II – O começo do fim, que

dirigiu em conjunto com Clayton Mariano, no Tablado

de Arruar, O FILHO, para o Teatro da Vertigem, e BRUTO,

escrita para o Núcleo Experimental do SESI, dirigida

por Luiz Fernando Marques. Ainda neste ano, escreveu

o terceiro ato da peça ORGIA do grupo KUNYN, e a peça

TEOREMA 2015 (nome provisório), para o grupo XIX

de Teatro. Em 2014, foi indicado para o prêmio APCA

de melhor autor por Abnegação e ao prêmio Questão

de Crítica por Conversas com meu pai. Escreveu ainda

as seguintes peças: Petróleo, Helena pede perdão e é

esbofeteada, Novos Argonautas – Haut aus Gold, Quem

vem lá e A Rua é um Rio. Em parceria com o Grupo

XIX de Teatro, escreveu a peça Nada aconteceu, tudo

acontece, tudo está acontecendo.

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F E S T A D E E N C E R R A M E N T O

05 DE DEZEMBROSábado, às 22h

ALEXANDRE DE SENA é dj desde 1999. Foi vencedor do

Festival Tripulassom Montilla em 2006. Já discotecou

em vários eventos e festas de Belo Horizonte: na Gruta,

Matriz, Nelson Bordello, FIT, Festival Mundial de Circo,

Black Broder, Tuba-in, Sexta Básica, Savassi Jazz

Festival, Sambacana Groove, Palco Hip Hop, Espaço

Comum Luiz Estrela, Tributo ao Racional, Fest Afro

Brasil e Dengue entre outras. Circulou pelo interior de

Minas, Brasília, Rio de Janeiro e Marseille (França).

L E I T U R A

MÁTAME, POR FAVOR

05 DE DEZEMBROSábado, às 20h

Uma manhã qualquer, um cara “bem de vida” acorda

amarrado, amordaçado e espancado. Ao seu lado estão:

sua vizinha, estuprada, e seu esposo, espancado. Encon-

tram-se também dois homens desconhecidos, em bons

trajes, que se apresentam como “agentes secretos”,

responsáveis por aquela situação. Por que estão ali?

Prisão domiciliar? Assassinos contratados? Uma peculiar

entrevista de emprego? Simplesmente um mal-enten-

dido? O texto, vencedor de prêmios na Bolívia, é uma

peculiar leitura do modo de vida da classe média alta

na Bolívia e sua relação com o entorno, como represen-

tação de um setor da população de nossas sociedades

latino-americanas.

EDUARDO CALLA (La Paz / BO) é dramaturgo e diretor

de teatro. Fundador e diretor do Escena 163, coletivo

que trabalha com reconhecidos artistas bolivianos, com

mais de dez montagens realizadas. É autor de seis peças

estreadas na Bolívia, três delas publicadas em outros

países. Realizou estudos na Bolívia, Espanha e França.

Representou seu país em destacados eventos e festivais

na Alemanha, França, Espanha, Argentina, Chile, Peru,

Equador e Cuba. Foi professor da Universidad Católica

Boliviana, ministrando aulas de escrita teatral.

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ADEUS ROHEJATA UMA MUDANÇA TEATRAL

06 DE DEZEMBRODomingo, às 19h

Em um mundo de caixas, cinco histórias, cinco atores.

Fragmento a fragmento se vai construindo a memória,

com suas ficções, seus silêncios, sua música, suas

risadas, seus ritos e suas nostalgias. Os momentos de se

despedir e dizer rohejata (adeus, em guarani) tornam-se

imagens em um álbum de fotos que bate no coração e se

formam (com lembranças e esquecimentos) na desordem

de uma mudança.

NATALIA SANTOS (Asunción, PY) é dramaturga, atriz,

diretora e comunicadora. Formada pela Universidad

Católica de Asunción e pela Escuela Municipal de Arte

Dramático de Asunción. Autora de obras apresentadas

no circuito profissional e estudantil. Para o teatro,

escreveu dentre outras peças: Clara quiere hablar

(2012), Una aventura en Tierra Linda (2011), Había una

vez hace 200 años (2010) e Sala de Espera (2009).

Para a televisão foi roteirista de La Herencia de Caín

(Unicanal). Tem textos publicados dentro das antolo-

gias narrativas Cuentos a doce manos. Seis autores

contemporâneos (Editorial SERVILIBRO 2010) e Ocho

mil Caracteres do Premio Itaú Cuento Digital (2014).

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O que eu tenho pensado sobre dramaturgia. Creio que ultimamente eu tenho feito mais dramaturgia, do que pensado sobre ela. Não digo isso para me gabar e nem tampouco em um sentido necessaria-mente autocrítico. Essa tem sido a minha realidade. Fazer. Pensar fazendo. Mas talvez eu é que esteja imaginando o pensar de forma restrita: talvez ele também possa ser imaginado como algo que age, faz – não só como algo que controla, que delimita o que deve ser feito (e se ausenta no momento da ação). Acho que é justamente disso que se trata. Pensamento em ação. A escrita é algo que penso dessa maneira, não como algo que deve ser dominado por nós, dirigido para algum fim, mas como algo que deve, em certa medida, nos dominar. Não me preocupo tanto com o que eu tenho a dizer para a escrita, o que eu quero da minha escrita, mas sim com o que a minha escrita quer de mim. Acho que há um fluxo que é próprio da escrita, que

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precisa ser encontrado por cada dramaturgo, e que nos leva a lugares impensados de nós mesmos – a lugares que muitas vezes revelam coisas de nós que não gostaríamos de conhecer. Somos todos parte de uma sociedade profundamente tirânica, dominadora, perversa. Creio que a escrita (e a arte em geral) pode e deve nos colocar em contato com a parte de nós que é também tirânica, cruel e perversa. Porque é de se esperar que, se somos parte disso, não saímos dessa ilesos. Infelizmente, não podemos nos separar totalmente do mundo onde vivemos. Mas fazemos isso o tempo inteiro, e evitamos sempre enxergar em nós aquilo que encontramos o tempo todo fora de nós. Mas esse mundo nos penetra também, e nos forma – a todos nós. Para mim a arte é um lugar de expurgo disso. Desses nossos horrores pessoais. Então, é como se eu buscasse um tipo de denúncia peculiar, que é uma denúncia interna, que diz algo como: isso, essa coisa horrível, não está só lá fora, está dentro de mim também. E, se você sabe do que eu estou falando, se dá risada ou se isso de alguma forma te afeta, é porque isso está em você também. Então, a proposta é olhar para essas coisas, assumi-las como nossas, e, com isso, neutralizá-las aos poucos.

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Idealização, coordenação e produção:

VINÍCIUS SOUZA e SARA PINHEIRO

Curadoria geral:

VINÍCIUS SOUZA e SARA PINHEIRO

Curadoria dos textos de Belo Horizonte:

VINÍCIUS SOUZA, SARA PINHEIRO e ANDRÉ FELIPE

Coordenação, curadoria e tradução

de textos estrangeiros:

ASSIS BENEVENUTO

Coordenação de crítica:

LUCIANA ROMAGNOLLI

Coordenação técnica:

JÉSUS LATALIZA

Assessoria de imprensa:

VINÍCIUS SOUZA

CENTOEQUATROPraça Rui Barbosa, 104, Centro

TEATRO ESPANCA!Rua Aarão Reis, 542, Centro

BENFEITORIARua Sapucaí, 153, Floresta

Mais detalhes da programação, da ficha

técnica das leituras e a produção crítica

da mostra podem ser acessados em:

www.janeladedramaturgia.com

fb.com/janeladedramaturgia

M A I S I N F O R M A Ç Õ E S

[email protected]

tel (31) 3582-8702

Projeto gráfico:

ESTÚDIO LAMPEJO - Filipe Costa e João Emediato

Fotos do evento:

ATHOS SOUZA

Vídeos:

BYRON O’NEILL

Contabilidade:

THAÍS SOUZA

Parceria:

ESPANCA!

Apoio:

BENFEITORIA, CENTOEQUATRO e HOTEIS OTHON

Agradecimentos:

ALINE VILA REAL e CLÁUDIA ABREU

Este catálogo foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo

à Cultura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura.

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