1234 Benedict Anderson. Comunità Immaginate

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© 1983, 1991 Benedict Anderson Imagined Communities , Verso, London, New York 1991 © 1996 manifestolibri srl vìa Tomacelli 146 - Roma ISBN 88-7285-066*5 Traduzione: Marco Vignale Progetto grafico della copertina: Studio Idea

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postmodernità, nazionalismo, identità etnica

Transcript of 1234 Benedict Anderson. Comunità Immaginate

© 1983, 1991 B en ed ict A n d erso n

Im agined Com m unities , V e rso , L o n d o n , N e w Y o r k 1991

© 1996 m anifestolibri srl

vìa T o m ace lli 146 - R om a

IS B N 88-7285-066*5

T ra d u zio n e: Marco Vignale

P ro ge tto grafico della copertin a: Studio Idea

INDICE

Presentazione all’edizione italiana ( Chissà se capiranno di Marco d’Eramo 7

Prefazione alla seconda edizione (1991) 171.1 ntroduzione 212. Radici culturali 27L Le origini della coscienza nazionale 534. Pionieri creoli 635. Vecchie lingue, nuovi modelli 796. Ufficial-nazionalismo e imperialismo 937. L’ultima ondata 1198. Patriottismo e razzismo 1459. L'angelo della storia 15710. Censimento, mappa, museo 16511. Ricordare e dimenticare 187

Il nuovo disordine mondiale. Un’appendice (1992) 205

Bibliografia 217

C H I S S À S E C A P I R A N N O

d i M a r c o d ’E r a m o

F o r s e u n g io r n o s i c h ie d e r a n n o p e r c h é m a i ta n t i e s s e r i u m a n i fo s s e ­

r o p r o n t i a im m o la r s i p e r la p ro p ria n a z io n e . C h e c o s a c i f o s s e in

q u e s t 'e n t it à c h e la r e n d e s s e d e g n a d e l s a c r if ic io d e l la p r o p r ia u n ic a ,

ir r ip e t ib i le v ita . A n o i c o n t e m p o r a n e i , in q u e s ta f in e d i X X s e c o lo ,

la n a z io n e s e m b r a u n o r iz z o n t e n a t u r a le d e lla s o c ie t à e d e l la p o l i t i ­

c a . L ’ in d ip e n d e n z a n a z io n a le c i p a r e u n b e n e c a r o d a s a lv a g u a r d a r e

( p a v e n t ia m o se è m in a c c ia t a ) . N o n s e m b r a n e m m e n o c o m ic o c h e

u n a tle ta p ia n g a a s c o lt a n d o d a l p o d io il p r o p r io in n o n a z io n a le .

C o m e n e lla s o c ie t à in d ia n a o g n u n o è in c a s e lla to in u n a c a s ta ,

c o s ì n e lla n o s t r a m o d e r n it à c i p a r e o v v io c h e o g n u n o a b b ia u n a (e

n o n p iù d i u n a ) n a z io n a lità . U n ’o w i e t à in g a n n a t r ic e . P e r s e c o li , p e r

m ille n n i, g li u m a n i h a n n o v is s u to , a g ito , fa t t o p o li t ic a , c o m b a t t u t o

g u e r r e in s tr u t tu r e s o c ia li d e l t u t t o d iv e r s e d a lle n a z io n i: in im p e r i

p o l i e t n i c i e p o l i g l o t t i , c h e o g g i c h ia m e r e m m o m u l t in a z i o n a l i , in

e n t it à r e g io n a li ( p o t r e b b e e s is te r e u n n a z io n a l is m o b o r g o g n o n e ? ) ,

in c o m u n it à r e l ig io s e , in p r in c ip a t i i l c o n t o r n o d e l le c u i f r o n t ie r e

d i p e n d e v a d a l le p e r i p e z i e m a t r im o n ia l i d e l le d in a s t ie . M a a l lo r a

q u a n d o è c h e s i è im p o s t o a lle n o s t r e s o c ie t à il c o n c e t t o d i n a z io n e ?

Q u a n d o a b b ia m o c o m in c ia t o a p e n s a r e c h e le n a z io n i f o s s e r o i s o g ­

g e t t i d e l l a s t o r i a ? T a n t o c h e o g g i l e o r g a n i z z a z i o n i m o n d i a l i s i

c h ia m a n o S o c ie tà d e l le N a z io n i o N a z i o n i U n it e . [ N o n a c a s o l ’id e a

d i n a z io n e si f o r g ia in c o n t e m p o r a n e a c o n i l n a s c e r e d e l lo s t o r ic is m o

e c o n l ’ a ffe r m a r s i d e l la t e o r ia d e i s o g g e t t i c o n t r o la t e o r ia d e l le c a u ­

se: il m o n d o è p r o d o t t o d a l l ’ a z io n e d i u n s o g g e t t o , n o n g e n e r a t o

c o m e e f f e t t o d a u n a c a u s a ] .

G i à la d o m a n d a s u l « q u a n d o » s u o n a b la s f e m a a u n p a tr io ta .

P e r lu i la n a z io n e è q u a lc o s a d i o r ig in a r io , u n r e t a g g io p r im o r d ia le

c h e f o r s e e r a s t a t o d i m e n t ic a t o , s e p o l t o n e l la m e m o r ia e s o lo d i

r e c e n t e è r ia f f io r a t o , id e n t it à r itr o v a ta . S ia m o d i f r o n t e a u n a d u p l i ­

c ità : la n a z io n e è s ta ta p e n s a t a , c r e a ta d i r e c e n t e , m a e s s a p e n s a se

s te s s a c o m e a n t ic h is s im a . I n a z io n a lis m i s o n o n a t i tr a la f in e d e l ’7 0 0

e l ’ i n i z i o d e l l ’ 8 0 0 , m a p e r q u e l l ’e p o c a p a r l i a m o d i r is v e g lio d e i

n a z io n a lis m i, c o m e se f o s s e r o e m e r s i d a u n l u n g o s o n n o . C i s e m b r a

c h e le n a z io n i s ia n o s e m p r e e s is t ite . M a c o s ì p e n s a n d o c a d ia m o n e l­

la t r a p p o la c h e la n a z io n e s te s s a c i te n d e : « I l n a z io n a lis m o n o n è il

r is v e g lio d e l le n a z io n i a ll ’ a u t o c o s c ie n z a : e s s o in v e n t a n a z io n i là d o v e

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e s s e n o n e s is to n o » , a ffe r m a E r n e s t G e l l n e r l .

N o n c i a c c o r g ia m o c h e u n m o d o t ip ic o c o n c u i la m o d e r n ità

p r o d u c e il d o m a n i è q u e llo d i c o s t itu ir s i u n o ie r i. P la s m a r e il n u o v o

in v e n t a n d o u n a t r a d iz io n e . S i c r e a u n a c o m u n it à in e d it a im m a g i­

n a n d o d i a p p a r t e n e r e a u n a r e m o ta e d im e n t ic a ta . U n p o ’ c o m e i

m u s u lm a n i n e r i c o s t r u is c o n o la p r o p r ia id e n t ità e la b o r a n d o u n 'o r i ­

g in a r ia n a z io n e p e r d u ta e r itro v a ta d e l l ’ I s la m , e c o m e i m o r m o n i

p e n s a n o d i e s s e r e d i s c e n d e n t i d i u n a p e r d u ta e r itr o v a ta t r i b ù

d ’I s r a e le . U n a lin e a d i p e n s ie r o c h e in d a g a in q u e s ta d ir e z io n e è r in ­

t r a c c ia b ile , s e p u r in f o r m a fr a m m e n ta r ia , n e i Q u a d e r n i d a l carcere

d o v e , p a r la n d o d e L a s to r ia c o m e « b io g r a fia » n a z io n a le , A n t o n io

G r a m s c i o s se rv a : « S i p r e s u p p o n e c h e c iò c h e si d e s id e r a s ia s e m p r e

e s i s t i t o e n o n p o s s a a f f e r m a r s i e m a n i f e s t a r s i a p e r t a m e n t e p e r

l ’in te r v e n t o d i f o r z e e s te r n e o p e r c h é le v ir t ù in t im e e r a n o " a d d o r ­

m e n t a te ” » 2 ( e c c o il te m a d e l risv eg lio ).

E in a m b ito a n g lo s a s s o n e c h e v e r s o il 19 8 0 s i è c o m in c ia t o a

in d a g a r e p iù in d e tta g lio q u e s to m e c c a n is m o . L e r ic e r c h e c h e h a n n o

a p e r to il v a r c o s o n o il l ib r o s u lle C o m u n ità im m a g in a te d i B e n e d ic t

A n d e r s o n (la p r im a e d iz io n e in g le s e è d e l 19 8 3 ) c h e s t ia m o p r e s e n ­

t a n d o ai le t to r i ita lia n i e i l fa m o s o v o lu m e c o lle t t iv o c u r a t o n e l lo s te s ­

s o a n n o d a E r ic J . H o b s b a w m e T e r e n c e R a n g e r d a l t i to lo a p p u n t o

L in v e n z io n e d e lla tr a d iz io n e 3. M a q u e s t ’ im p o s t a z io n e e r a n e ll 'a r ia .

B a s t i p e n s a r e c h e n e l l e p r i m e r i g h e d e l s u o b e l l i s s i m o s a g g i o

s u ll ’ O r ie n ta lis m o , E d w a r d W . S a id s c r iv e v a n e l 1 9 7 8 c h e il c o n c e t t o

d i O r ie n t e « è s ta to q u a s i in te r a m e n te ut? in v e n z io n e e u r o p e a » 4. D a

a llo r a n o n si c o n ta n o p iù i l ib r i s u ll ’in v e n z io n e d i q u e s to , s u l l ’in v e n ­

z io n e d i q u e llo .

Q u e s t ’ im p o s t a z io n e è - d a l p u n t o d i v is ta d e l p r o c e d im e n t o

d e lla r a g io n e - q u e l c h e la m o s s a d e l c a v a l lo è n e g li s c a c c h i: p r o c e ­

d e n d o d i s g h e m b o , s a lt a n d o u n a c a s e lla , i l s u o c o m p it o è sp ia zza re ,

s c u o t e r e l ’o r g o g lio s a s ic u r e z z a c o n c u i a lc u n i c o n c e t t i s i p r e s e n ta n o

a n o i, in tr o d u r v i u n s o s p e tt o , e q u in d i u n ’in q u ie t u d in e . E s s a a s s o lv e

a l m e g lio il s u o c o m p it o p r o p r io su c o n c e t t i c o m e q u e ll i d i n a z io n e .

N e l m o m e n t o in c u i e s a m in a c o m e « a r te fa t to c u lt u r a le d i u n p a r t i ­

c o la r e t ip o » ( A n d e r s o n ) , c io è c o m e p r o d o tto q u e l c h e in v e c e e s ig e d i

1 V e d i in fra , p . 2 5

2 I n II R iso rg im en to , E d it o r i R iu n it i, R o m a , 1 9 7 1 , p . 9 1 .}C a m b r id g e U n iv e r s it y P re s s , C a m b r id g e , 1 9 8 3 ; tra d . it. E in a u d i, T o r in o 1 9 8 7 .

4 V in t a g e B o o k s , N e w Y o r k 1 9 7 9 ; tra d . it. B o lla t i B o r ig n h ie r i, T o r in o 1 9 9 1 , p . 3.

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e s s e re p e n s a t o c o m e dato, e s s a d e s a c r a liz z a c iò c h e p r e t e n d e d i e s s e ­

re r iv e r ito , la ic iz z a q u e l c h e si p o n e c o m e u n d e s t in o . C h ie d e r s i d a

c h i, e q u a n d o , e c o m e , la n a z io n e s ia s ta ta im m a g in a ta im p o n e u n

m u ta m e n to p r o s p e t t ic o c h e r e n d e v is ib i l i f e n o m e n i c h e p r im a n o n

p e r c e p iv a m o .

E d i q u e s t a n u o v a v i s i o n e a b b i a m o u n e n o r m e b i s o g n o .

R ip e r c o r r e n d o il p e n s ie r o « d i s in is tra » s u lla n a z io n e e i l n a z io n a li­

s m o , n o n c i si p u ò e s im e r e d a u n s e n s o d i fa s t id io e d is a g io p e r il

c o n t in u o o s c i l la r e , d a M a r x in p o i , d o c u m e n t a t o n e l b e l v o lu m e

a n t o lo g ic o , in g iu s t a m e n te d im e n t ic a t o , L e s m a rx istes e t la q u e s tio n

n a tio n a le ( 1 8 4 8 - 1 9 1 4 ) 5. U n a v o lt a la n a z io n e è r id o t ta a p u r o e p i f e ­

n o m e n o d e l f o r m a r s i d e l m e r c a t o c a p i t a l i s t ic o e d e l l ’ a s c e s a d e l la

b o r g h e s ia . U n ’a ltr a è d e m o n e c o l le t t iv o , p u r o im p u ls o ir r a z io n a lis t i­

c o d a e s o r c iz z a r e . U n ’ a ltra v o lt a a n c o r a è u n f a t t o r e d a u s a r e s t r u ­

m e n ta lm e n te p e r f a r a v a n z a r e la c a u s a p r o le ta r ia . C i s o n o i n a z io n a ­

lism i b u o n i e q u e ll i c a tt iv i. G i à t r a i l 18 4 8 e i l 1 8 5 0 M a r x « e r a f a v o ­

r e v o le a l m o v im e n t o n a z i o n a le d e i p o la c c h i e d e g l i u n g h e r e s i e

c o n tr a r io a l m o v im e n t o n a z io n a le d e i c e c h i e d e g l i ju g o s la v i . P e r ­

c h é ? P e r c h é i c e c h i e g li ju g o s la v i e r a n o a llo r a “ p o p o l i r e a z io n a r i” ,

“ a v a m p o s t i ru s s i in E u r o p a ” , a v a m p o s t i d e l l ’a s s o lu t is m o , m e n tr e i

p o la c c h i e g li u n g h e r e s i e r a n o “ p o p o l i r iv o lu z io n a r i” c h e si b a t t e v a ­

n o c o n t r o l ’ a s s o lu t is m o » (S ta lin d ix it 6). N e l lo s t e s s o m o d o , a l c a t ­

t iv o n a z io n a lis m o d e i fa s c is t i v ie n e c o n t r a p p o s t o il b u o n n a z io n a li­

s m o d e i p o p o l i d e l t e r z o m o n d o n e lla lo r o lo t ta p e r l ’ in d ip e n d e n z a e

c o n t r o r im p e r ia l is m o : si n o t i c h e - in m o d o s im m e tr ic o - i fa s c is t i

v e d e v a n o il p r o p r io n a z io n a lis m o in t e r m in i d i lo t ta d i c la s s e m o n ­

d ia le , in c u i le « n a z io n i p r o le ta r ie » c o m e l ’I ta lia si b a t t e v a n o c o n tr o

le n a z io n i c a p ita lis te .

A n c h e o g g i d a n o i s e m b r a v i g e r e u n a d o p p i a v e r i t à s u l

n a z io n a l is m o . S c h e m a t ic a m e n t e , q u a n d o si t r a t t a d i o p p o r s i a lla

l ib e r a c ir c o la z io n e d e l c a p it a le e d e l le m e r c i (a lla c o s id d e t t a m o n d ia ­

l iz z a z io n e o g lo b a l iz z a z io n e ) , a llo r a il n a z io n a lis m o è b u o n o (d a lla

s c u o la e c o n o m ic a d i C a m b r id g e f a u t r ic e d i u n p r o t e z io n is m o e c o ­

n o m ic o , a l b a tt e r s i c o n t r o lo s p ir it o d i M a a s tr ic h t . ..) . Q u a n d o in v e ­

c e si o p p o n e a lla l ib e r a c ir c o la z io n e d e g li in d iv id u i e c io è è o s tile

a l l ’im m ig r a z io n e , a llo r a il n a z io n a lis m o è c a tt iv o . L a s te s s a d u p lic it à

si r ip e te a p r o p o s i t o d e l l ’id e n tità : la p e r d i t à d e l l ’id e n t it à v ie n e v is s u ­

5 A c u ra d i G e o r g e s H a u p t , M ic i i a e l L o w y , C l a u d e W e i l , é d . F r a n c o is M a sp é -

r o , P a r ig i 1 9 7 4 .6 J o / ip S t a l i n , I l m a rxism o e la q u e s tio n e n a zio n a le e c o lo n ia le , t r a d . it. E in a u ­

d i , f o r i n o (3 9 4 8 ) 1 9 7 4 , p p . 2 7 4 -5 .

9

ta c o m e q u a lc o s a d i d is t r u t t iv o , m a n e l lo s te s s o t e m p o è n e g a t iv a

a n c h e l ’a ffe r m a z io n e d e l l ’ id e n t ità n a z io n a le . S i n o t i c h e l ’ id e n t ità è

s e m p r e id e n t ità d i u n s o g g e t t o e c h e q u in d i il p r o b le m a d e l l ’ id e n t ità

p u ò p o r s i s o lo n e l l ’ a m b ito d e l la t e o r ia d e i s o g g e t t i: i l e p e n is t i in

F r a n c ia in v o c a n o q u e llo s te s s o d ir it t o a lla d i f f e r e n z a b r a n d i t o d a

s o g g e t t i c h e v o g lio n o v e d e r s i r ic o n o s c iu t i (p r im o fr a tu tt i i l d ir it to

a lla d if fe r e n z a d i g e n e r e , c io è q u e lla fe m m in ile ) .

M a , r iv a lu ta n d o o d e p r e c a n d o , r im a n ia m o s e m p r e in tr a p p o la t i

n e l t r a n e llo c h e la n a z io n e c i t e n d e , c io è la p e n s ia m o c o m e e ss a

c h ie d e d i e s s e r lo . P e r s in o q u a n d o la c o n d a n n ia m o n e lle s u e m a n if e ­

s ta z io n i x e n o f o b e , q u a n d o e s e c r ia m o la b a r b a r ie d e l le v a r ie p u liz ie

e tn ic h e , in re a ltà r e s t ia m o im p r ig io n a t i n e l l ’im m a g in e c h e la n a z io n e

(e - in s o tto r d in e - il s u o p a r e n te p o v e r o e b a s ta r d o : l ’e tn ia ) o f f r e d i

sé , o g g e t t o e f o n t e d i u n s e n t im e n to o s c u r o , a n c e s tr a le , r is a le n te a lla

n o t t e d e i te m p i, b a r b a r o c o m e il b u i o d a c u i d is c e n d e . E c c o p e r c h é

la p r o v o c a z i o n e d i B e n e d ic t A n d e r s o n r is u lt a c o s ì s t im o la n t e , a

c o m in c ia r e d a l t i t o lo . A p p l i c a t a a l l ’ id e a d i n a z io n e g ià la p a r o l a

co m u n ità s p ia z z a , ta n to p iù in ita lia n o in c u i è u s a ta in m o d o c o s ì

d iv e r s o r is p e t to a l l ’in g le s e c o m m u n ity : l ’in s ie m e d e g li a b ita n t i d i u n a

p ic c o la c it ta d in a o d i u n q u a r t ie r e c o s t itu is c o n o u n a c o m m u n ity c h e

n o n h a b is o g n o d i e s s e re im m a g in a ta p e r c h é i s u o i m e m b r i si c o n o ­

s c o n o t u t t i , m e n t r e l a n a z i o n e è « u n a c o m u n i t à p o l i t i c a

im m a g in a ta » , « in q u a n t o g li a b ita n ti d e l la p iù p ic c o la n a z io n e n o n

c o n o s c e r a n n o m a i la m a g g io r p a r t e d e i lo r o c o m p a t r io t i , n é l i i n ­

c o n tr e r a n n o , n é n e s e n t ir a n n o m a i p a r la r e , e p p u r e n e lla m e n t e d i

o g n u n o v iv e l ’im m a g in e d e l lo r o e s s e re c o m u n ità » 7. E u n u lt e r io r e

d is o r ie n ta m e n to s ta in q u e l v e r b o d a l l ’a p p a r e n z a t a n to f r iv o la c h e è

im m a g in a re . G e l l n e r a v e v a u s a to i l t e r m in e « in v e n t a r e » c h e p e r ò

f in is c e c o n l ’im p lic a r e c h e la c o m u n it à in v e n t a ta s ia fa ls a , m e n t r e

p e r A n d e r s o n « le c o m u n it à v a n n o d is t in te n o n in b a s e a lla lo r o f a l ­

s ità / g e n u in ità , m a d a llo s tile in c u i s o n o im m a g in a te » : è la r a g io n e

p e r c u i a b b ia m o p r e fe r i t o u s a r e c o m u n ità im m a g in a te in v e c e c h e

im m a g in a n e , p e r q u e l t a n to in p iù d i ir r e a ltà , d i fa n ta s t ic h e r ia c o n ­

t e n u t o n e l l ’ a g g e t t iv o im m a g in a r ie , r i s p e t t o a l p a r t i c i p i o p a s s a t o

im m a g in a te .

L ’ u tilità d i q u e s ta m o s s a d is o r ie n t a n t e è s u b it o c h ia r a a l le t t o r e

d i C o m u n ità im m aginate', e ssa c o n s e n te a d A n d e r s o n d i c la s s if ic a r e

il n a z io n a lis m o in d iv e r s i t ip i, q u in d i d is t in g u e r n e d iv e r s e s p e c ie p e r

la p r im a v o lt a in m o d o n o n p r e te s t u o s o e n o n s tr u m e n ta le , e d i t r a t ­

7 v e d i infra, p. 2 5 .

1 0

ta r lo in u n q u a d r o c o m p a r a t o s u s c a la m o n d ia le . A n o i m a la ti d i

e u r o c e n t r is m o fa n o t a r e c h e i p r im i n a z io n a lis m i ( le p r im e g u e r r e

d ’ in d ip e n d e n z a ) s o n o e m e r s i n e l N u o v o M o n d o e c h e q u in d i il p r i ­

m o t ip o è il n a z io n a lis m o creo lo . G i à q u e s to fa tto p e r m e t t e d i d is t in ­

g u e r e la q u e s t io n e d e lla n a z io n e d a l p r o b le m a d e lla l in g u a n a z io n a ­

le. N é n e l n a z io n a lis m o n o r d a m e r ic a n o d i W a s h in g t o n n é in q u e llo

s u d a m e r ic a n o d i B o liv a r , v i è s ta ta m a i q u e s t io n e d i u n a f f r a n c a m e n ­

t o l in g u is t i c o d a lP in g le s e o d a l lo s p a g n o l o d e l la p o t e n z a m e t r o ­

p o lita n a . I l n a z io n a lis m o lin g u is t ic o è t ip ic o d e l l ’ E u r o p a e d è u n a

s e c o n d a f o r m a d i n a z io n a lis m o (m a a n c h e in E u r o p a e s is te u n fo r t e

n a z io n a lis m o c h e s i a c c o m o d a d i u n a p lu r a l i t à l in g u is t ic a , e d è il

n a z io n a lis m o s v iz z e r o ) . N e i c a p it o l i s u c c e s s iv i A n d e r s o n m o s tra c h e

e s is te u n t e r z o t ip o , l ’ u ffic ia l-n a z io n a lism o d i d in a s t ie f in o a d a llo r a

c o s m o p o li t e c h e a f in e ’ 800 si s c o p r o n o u n ’id e n tità n a z io n a le . C ’è

in f in e u n ’ u lt im a o n d a t a d i n a z io n a lis m i, q u e lla d e l n o s t r o s e c o lo ,

c h e a s s e m b la i t r e t ip i p r e c e d e n t i s o p r a t t u t t o n e l le in d ip e n d e n z e

a fr ic a n e e a s ia t ic h e . S u a lc u n i p u n t i p u ò e m e r g e r e u n d is a c c o r d o

m a , a n c h e n e l s u s c ita r e o b ie z io n i, A n d e r s o n e s e r c ita u n o s tr a o r d in a ­

r io p u n g o lo s u lle n o s t r e m e n ti.

A lt r e t t a n t o s t im o la n te è A n d e r s o n q u a n d o c o n s id e r a i fa t to r i

c h e p la s m a n o l ’im m a g in a z io n e m o d e r n a in c o m u n it à n a z io n a li . I l

r u o lo d e l « c a p ita lis m o -a -s ta m p a » p e r e s e m p io , o la m u ta ta p e r c e z io ­

n e d e l te m p o , o l ’in tr o d u z io n e d i u n c o n c e t t o g e n ia le c o m e q u e llo d i

p elleg rin a g g io la ico , o la s tra o r d in a r ia a n a lisi d e l r u o lo d e l le c a r te g e o ­

g r a f ic h e , d e i m u s e i e d e i c e n s im e n ti n e l c o s titu ire le n a z io n i, o il c o n ­

c e tto d i « n a z io n a lis m o in te le s e le z io n e » . T u tt i re g a li m e n ta li c h e in n e ­

s c a n o n e l le t to r e c a te n e d i r a g io n a m e n ti, f i l i d i id e e p r im a im p e n s a b i­

li. L o s tu d io d e i n a z io n a lis m i a s ia tic i è p o i u n a v e r a e p r o p r ia s c o p e r ta

p e r u n le t to r e e d u c a to d a lT ita lo c e n tr ic o , a n c o r p iù c h e e u r o c e n tr ic o ,

l ic e o c la s s ic o ita lia n o . E q u a n to s ia n o s e p a ra ti e S c o m u n ic a n t i i m o n ­

d i in te lle ttu a li a n c h e in u n ’e p o c a d a lla ta n to s tr o m b a z z a ta c o m u n ic a ­

z io n e p la n e ta r ia in t e m p o re a le , lo d im o s tr a p r o p r io Im a g in e d C o m ­

m u n itie s '. in a m b it o a n g lo s a s s o n e e s s o è t r a t ta to c o m e u n c la s s ic o

m e n tre d a n o i è a n c o r a ig n o to a n c h e tr a g li s tu d io s i.

D ’a ltr o n d e , c o m e s e m p r e n e g li a m o r i, è p e r c a s o c h e h o in c o n -

t r a to Im a g in e d C o m m u n it ie s . E r a i l 1 9 9 2 e s fo g lia n d o la N e w L e f t

R e v ie w h o s c o r to u n t ito lo , «U n u o v o d is o r d in e m o n d ia le » , c h e m i

h a s u b it o a ttra tto : a llo r a n o n si f a c e v a a ltr o c h e b la te r a r e s u l n u o v o

o r d in e m o n d ia le , o s a n n a to d a g li a tla n t is t i c o m e la n u o v a p a x r o m a ­

n a p la n e ta r ia e v it u p e r a t o d a lla s in is tr a a n t ia m e r ic a n a p e r la s tessa

r a g io n e , m e n t r e m i p a r e v a c h e a e s s e r e in a u g u r a t o fo s s e a p p u n t o u n

n u o v o d is o r d in e m o n d ia le . C o s ì h o le t t o q u e l l ’a r t ic o lo d i B e n e d ic t

1 1

A n d e r s o n , c h e i l le t t o r e t r o v e r à r ip r o d o t t o a lla f in e d i q u e s to v o lu ­

m e c o m e c o n c lu s io n e - a g g io r n a m e n t o a lle I m a g in e d C o m m u n it ie s .

S u b it o f u i a ffa s c in a to d a l s u o m o d o d i f a r c a p ir e c o m e sia p r o p r io il

v o r t ic e d e l m e r c a to m o n d ia le a p r o d u r r e n a z io n a lis m i e in te g r a lis m i

e tn ic i: n e l r is u c c h ia r e m ilio n i d i u m a n i d a u n c o n t in e n t e a ll ’ a ltr o ,

q u e ir in c r e d ib i le t o r n a d o c h e è il c a p ita lis m o , la « fo r z a p iù s o v v e r s i­

v a c h e a b b ia m o m a i c o n o s c i u t o » , r ip la s m a a n c h e il c o n c e t t o d i

n a z io n e . In s u a b a lia , i d e s t in i u m a n i si a g g r a p p a n o a id e n t ità lo n t a ­

n e , a se n s i d i v ita c h e a p p a r ir e r r e b r o ir r is o r i s e p e r e ss i g li in te re s s a ti

n o n fo s s e r o p r o n t i a m o rir e .

« S e n s o d i v i t a » , « m o r t e » , t o r n ia m o a l la d o m a n d a in iz ia le :

B e n e d ic t A n d e r s o n n o t a q u e l p e c u lia r e e m b le m a d e l n a z io n a lis m o

m o d e r n o c h e è il m o n u m e n t o al M il it e I g n o to : a ltr e c u lt u r e h a n n o

e r e tto c e n o ta f i , m a in q u e i s e p o lc r i l ’in d e n t ità d e l m o r t o e r a n o ta ,

m a n c a v a s o lo la sa lm a . Q u i n o , r ie m p ir e i l c e n o t a f io s a r e b b e s a c r ile ­

go : in q u e lla t o m b a il c o r p o a s s e n te è la n a z io n e : a R o m a il M il it e

I g n o t o è r ita lia n o , a P a r ig i , s o tto l ’A r c o d i T r io n fo , q u e l v u o t o è c o l ­

m o d i fr a n c e s ità . « Il s ig n if ic a to c u ltu r a le d i ta li m o n u m e n t i d iv e n ta

a n c o r a p iù c h ia r o s e si c e r c a d ’ im m a g in a r e u n a t o m b a , d ic ia m o ,

d e l l ’I g n o t o M a r x is ta o u n c e n o t a f io d e i L ib e r a l i C a d u t i» . 8 P r o p r io

p e r c h é è « im m a g in a ta » , e p o i v is s u ta c o m e u n d e s t in o , u n d a t o p r i ­

m o r d ia le e im m o d if ic a b ile , l ’id e n t ità n a z io n a le a tt ie n e a l s e n s o e a lla

m o r t e , « q u e s t i o n i c u i t u t t e l e s c u o l e d i p e n s i e r o e v o l u z i o -

n is te / p r e g r e s s iv e r is p o n d o n o c o n im p a z ie n te s ile n z io » 9. D e l le s u e

a z io n i il n a z io n a lis ta d e v e r is p o n d e r e a i s u o i m o r t i . A n z i , la n a z io n e

è c iò c h e fa d e i m o r t i i n o s tr i m o rt i.

E c c o q u in d i u n ’im p o s t a z io n e m a te r ia lis ta c h e n o n si r id u c e

a ll’e c o n o m ic is m o m a r e n d e c o n to d e l p a th o s in e r e n te a ll’im m a g in a ­

z io n e n a z io n a le . Q u e s t ’ a p p r o c c io è s t a t o d e c is iv o n e lT a iu ta r m i a

p o r t a r e a c o m p im e n t o u n a r ic e r c a su c u i s ta v o la v o r a n d o e c h e si

s a r e b b e p o i m a te r ia liz z a ta in u n l ib r o 10. U n ’in v e r s io n e d i p r o s p e tt iv a

q u e lla d i A n d e r s o n , c h e m o s tra c o m e i c o n flit t i e tn ic i s ia n o u n p o r ta ­

t o d e l la m o d e r n i t à : a l t r o c h e s u s s u l t o a n t i m o d e r n o o r ig u r g i t o

d e ll ’a n tic o ! G ir a n d o n e g li S ta ti u n it i m i s o n o p o i a c c o r to c h e n o n e ro

so lo a u s a re g li s tru m e n ti d i p e n s ie r o c h e A n d e r s o n m i a v e v a d o n a to ,

m a c h e , in tu tt i i m e e t in g d i s in is tra , s u lle b a n c a r e l le c ’e r a s e m p r e

q u e s to Im a g in e d C o m m u n it ie s c h e t r o v a v o c ita to a o g n i p iè s o sp in to .

8 V e d i in fra , p. 2 79Infra, p . 2 8

l0I l m a ia le e i l grattacielo (C h ica g o : una storia d e l n ostro fu tu r o ), F e lt r in e l li , M i ­la n o 19 9 5 .

1 2

D o p o a v e r le t to , s tu d ia to , a n n o ta to e a m a to il l ib r o , h o a llo r a c e r ­

c a to d i c o n o s c e r e p e r s o n a lm e n te F a u to r e c h e h o in fin e in c o n tr a to

n e lla b ib l io t e c a d e l l ’u n iv e r s ità d i C h i c a g o n e ll ’ a p r ile 19 9 3 q u a n d o

h o a v u t o c o n lu i u n lu n g o , p r o f o n d o c o l lo q u io . D a q u i la d e c is io n e ,

in s ie m e a M a r c o B a s c e tta , d i v a r a r e a lla M a n ife s t o lib r i la t r a d u z io n e

d i im a g in e d C o m m u n it ie s c h e , p e r v a r ie p e r ip e z ie , v e d e la lu c e s o lo

o g g i. I l te s to t r a d o t to d a M a r c o V ig n a le è s ta to d a m e r iv is to , in te ­

g r a t o c o n la p r e fa z io n e a lla s e c o n d a e d iz io n e in g le s e , c o m p le t a to d a l

s a g g io d e lla N e w L e f t R e v ie w . I n o lt r e , p e r v e r if ic a r e v a r i p u n t i è s t a ­

to n e c e s s a r io u n lu n g o s c a m b io f a x - e p is t o la r e c o n B e n e d ic t A n d e r ­

so n . Q u e l c h e i l le t to r e si t r o v a o g g i d a v a n t i è q u in d i u n te s to s tr a ti­

f ic a t o , c h e c o m p r e n d e la p r im a e d iz io n e in g le s e (d e l 1 9 8 3 ), i c a p ito li

a g g iu n t i a lla s e c o n d a e d iz io n e ( 1 9 9 1 ) e F a g g io r n a m e n t o - c o n c lu s io n e

( d e l 1 9 9 2 ) in s e r it i n e l l ’ e d iz io n e ita lia n a . S a rà p r e m io s u f f ic ie n t e a

ta n ta fa t ic a s e g r a z ie a q u e s to v o lu m e il le t t o r e p o tr à r e n d e r s i c o n to

d i c o m e l ’in c e s s a n te s o v v e r s io n e m o n d ia le o p e r a t a d a i c a p ita lis m o e

d a l m e r c a to p r o v o c h i s im u lta n e a n e a m e n te e la c r is i d e g li s ta ti n a z io ­

n a li e l ’ a c u ir s i d e i n a z io n a lis m i e d e g l i in te g r a lis m i e tn ic i.

R o m a , g e n n a io 19 9 6

13

R I N G R A Z I A M E N T I

Com e constaterà i l lettore, la ?nia riflessione su l nazionalismo è stata profonda­

m ente influenzata dagli scritti d i Erich Auerbach, W alter Benjam in e Victor

Turner. Preparando i l libro ho tratto un enorm e beneficio dalle critiche e dai

suggerim enti d i m io fr a te llo Perry A n d erso n } d i A n th o n y B arn ett e S teve

Heder. In vari m odi m i hanno dato un aiuto prezioso J. A . Ballard, M oham ed

Chambas, Peter Katzenstein, lo scomparso R e x M ortim er, Francis M ulhern,

T om Nairn, Sh ira ishi Takashi, Jim Siegei, Laura Sum m ers ed Està Ungar.

Naturalm ente nessuno d i questi b en evoli critici può essere ritenuto responsabi­le per le mancanze d e l testo che sono tutte mie. D ovrei forse aggiungere che,

per professione e cultura, io sono uno specialista dell'A sia sudorientale. Q u e­

st’am m issione può aiutare a spiegare alcuni percorsi e la scelta d i certi esem pi d el libro, e a sgonfiarne le pretese d i globalità.

14

E g li c o n s id e r a s u o c o m p it o p a s s a re

a c o n t r a p p e lo la sto ria .

W a lter Benjam in, A ng elus Novus

( Tesi d i filosofia della storia)

l i t u i - A Z I O N E A L L A S E C O N D A E D I Z I O N E ( 1 9 9 1 )

d i i a v r e b b e p e n s a t o c h e la t e m p e s t a in fu r ia p iù f o r t e m a n m a n o

c l ic si a llo n ta n a d a l P a r a d is o " ?

S o lo d o d ic i a n n i d o p o , e s e m b r a n o g ià a p p a r t e n e r e a u n ’a ltra

i t j , i c o n f l i t t i a r m a t i in I n d o c in a d e l 1 9 7 8 - 7 9 - c h e f o r n ir o n o lo

s p u n t o im m e d ia t o p e r i l t e s t o o r ig in a le d i C o m u n ità im m a g in a te .

A l lo r a e ro a ss illa to d a lla p r o s p e t t iv a d i in c o m b e n t i g u e r r e g lo b a li tra

s ia ti s o c ia lis t i. O r a m e tà d i q u e s ti s ta ti s ta n n o in s ie m e a lle a ltr e r o v i­

ne ai p ie d i d e l l ’A n g e lo e g l i a ltr i s ta n n o p e r s e g u ir li. L e g u e r r e c h e i

s u p e r s tit i d e v o n o a ffr o n ta r e s o n o g u e r r e c iv ili. E v e r o s im ile c h e a lla

s o g l ia d e l n u o v o m i l l e n n io b e n p o c o r im a n g a d e l l ’ U n i o n e d e l le

R e p u b b lic h e S o c ia l is t e S o v ie t ic h e , t r a n n e ... le r e p u b b l ic h e .

T u t t o q u e s to a v r e b b e p o t u t o e s s e r e p r e v is t o ? N e l l ’83 s c r iv e v o

c h e l ’U n io n e s o v ie t ic a r a p p r e s e n t a v a « l’e r e d ità d e g l i s ta t i d in a s t ic i

p r e -n a z io n a li d e l l ’ 800, a lm e n o q u a n t o la p r e f ig u r a z io n e d e l l ’o r d in e

in te rn a z io n a lis ta d e l 2 0 0 0 » . M a , a v e n d o d e s c r it to le e s p lo s io n i n a z io ­

n a lis te c h e a v e v a n o d is t r u t t o i v a s t i , p o lig lo t t i im p e r i g o v e r n a t i d a

V ie n n a , L o n d r a , C o s t a n t in o p o l i , P a r ig i e M a d r id , n o n s a p e v o v e d e r e

c h e q u e s t o t r e n o a r r iv a v a a lm e n o f in o a M o s c a . E d i m a lin c o n ic a

c o n s o la z io n e o s s e r v a r e c h e la s to r ia s e m b r a r is p e t t a r e la lo g ic a d i

C o m u n ità im m a g in a te m e g lio d i q u a n t o s a p e s s e fa r e i l s u o a u to re .

N o n è s o lo il m o n d o a d a v e r c a m b ia t o f a c c ia n e g li u lt im i 12

a n n i. A n c h e lo s tu d io d e l n a z io n a lis m o è s ta to s c a r d in a t o e t r a s fo r ­

m a to n e i m e to d i, n e lla q u a lità , n e lla r a f f in a t e z z a , n e l le d im e n s io n i.

N e lla s o la l in g u a in g le s e , N a tio n s B e fo r e N a tio n a lis m ( 1 9 8 2 ) d i J . A .

A r m s t r o n g , N a t i o n a l i s m a n d t h e S t a t e ( 1 9 8 2 ) d i J o h n B r e u i l ly ,

N a tio n s a n d N a tio n a lis m ( 1 9 8 3 ) d i E r n e s t G e l ln e r , S o c ia l P r e c o n d i­

tio n s o f N a t io n a l R e v iv a l in E u r o p e ( 1 9 8 5 ) d i M ir o s la v H r o c h , T h e

E t h n i c O r ig in s o f N a t io n s ( 1 9 8 6 ) d i A n t h o n y S m it h , N a t io n a lis t

T h o u g h t a n d th e C o lo n ia l W o r ld (1 9 8 6 ) d i P. C h a t t e r je e e N a tio n s

a n d N a tio n a lis m s in c e 1 7 8 8 (1 9 9 0 ) d i E r ic H o b s b a w m - s o lo p e r

n o m in a r e a lc u n i te s t i c h ia v e - c o n la lo r o p o t e n z a t e o r ic a e m a e s tr ia

s t o r ic a h a n n o r e s o o b s o le t a g r a n p a r t e d e l la le t t e r a t u r a s u l l ’ a r g o ­

m e n to . S i è s v i lu p p a t a (in p a r t e a n c h e d a q u e s t i la v o r i) u n a s tra o r d i-

" [Q u e s t a fra se , e il s u c c e s s iv o a c c e n n o a l l ’A n g e lo s i r if e r is c o n o a u n c e le b e rr i­m o p a ss o d i W a lt e r B e n ja m in c ita to in q u e s t o l ib r o a lla f in e d e l c a p it o lo 9, in t it o ­la to a p p u n t o « L ’A n g e lo d e lla s to r ia » . N o ta d e l cu ratore].

17

n a r ia p r o li fe r a z io n e d i s tu d i s to r ic i, le t te r a r i, a n t r o p o lo g ic i , s o c io lo ­

g ic i, fe m m in is t i e a ltr i c h e c o l le g a n o g li o g g e t t i d i q u e s ti c a m p i d i

r ic e r c a c o n il n a z io n a lis m o e la n a z io n e 1.

A d a t t a r e C o m u n ità im m a g in a te a lle e s ig e n z e d i q u e s ti e n o r m i

c a m b ia m e n ti n e l m o n d o e n e l te s to è u n o b ie t t iv o s u p e r io r e ai m ie i

m e z z i a ttu a li. E s e m b r a to m e g lio q u in d i la s c ia r e i l l ib r o c o m e u n

p e z z o d ’e p o c a n o n r e s ta u r a to , c o n il s u o stile , i l s u o f lu s s o , la su a

p e c u lia r ità , la s u a s ilh o u e tte . D u e c o s e m i c o n fo r ta n o . D a u n la to ,

d a v a n ti a n o i r im a n e a v v o lto n e l l ’o s c u r ità l ’e s ito f in a le d e g li s v i lu p p i

in c o r s o n e l v e c c h io m o n d o s o c ia lis ta . D a l l ’a ltr o , il m e t o d o e le id io ­

s in c ra s ie d i C o m u n ità im m a g in a te m i s e m b r a n o s itu a r s i ai m a r g in i

d e lla n u o v a r ic e r c a s u l n a z io n a lis m o - in q u e s to s e n s o , a lm e n o , n o n

s u p e ra ti.

I n q u e s t ’ e d iz io n e h o c e r c a t o s e m p l ic e m e n t e d i c o r r e g g e r e

e r r o r i fa ttu a li, c o n c e t t u a li e d ’in te r p r e t a z io n e c h e a v re i d o v u t o e v it a ­

r e n e l r e d ig e r e la v e r s io n e o r ig in a le . P e r e s e m p io , in a lm e n o d u e

p a s s a g g i a v e v o p r o m e s s o - s e n z a p o i m a n te n e r e - d i s p ie g a r e p e r ­

c h é il n a z io n a lis m o b r a s il ia n o si s v i lu p p ò c o s ì t a r d i e c o n c a r a t te r i­

s t ic h e c o s ì d iv e r s e r is p e t to a g li a ltr i n a z io n a lis m i la t in o a m e r ic a n i. In

q u e s t ’e d iz io n e c e r c o d i m a n te n e r e la p ro m e s s a . O v v ia m e n t e , le c o r ­

r e z io n i c o m p o r t a n o a lte r a z io n i. V i s o n o a n c h e d u e n u o v i c a p ito li ,

s o r ta d i a p p e n d ic i d is c re te .

N e l p r o g e t to o r ig in a le e r a m ia in te n z io n e s o tto lin e a r e c o m e il

n a z io n a l is m o fo s s e n a t o n e l N u o v o M o n d o . M i s e m b r a v a c h e la

r if le s s io n e s u l te m a fo s s e s ta ta a lu n g o d is to r ta e v iz ia ta d a u n in c o n ­

s c io p r o v in c ia lis m o . A s s u e fa t t i a l l ’id e a c h e o g n i fa t to im p o r t a n t e p e r

il m o n d o m o d e r n o d e b b a a v e r a v u t o o r ig in e in E u r o p a , g l i s tu d io s i

e u r o p e i - n o n im p o r t a s e « a fa v o r e » o « c o n tr o » il n a z io n a lis m o -

c o n t r o p p a fa c ilità d a v a n o p e r s c o n t a t o c h e a c o s t itu ir e il m o d e llo

o r ig in a le d i n a z io n a lis m o fo s s e r o i n a z io n a lis m i e tn o lin g u is t ic i e u r o ­

p e i « d i s e c o n d a g e n e r a z io n e » (u n g h e r e s i, c e c h i , p o la c c h i , g r e c i...) .

M i h a s tu p ito c o n s ta ta r e , in m o lt e re c e n s io n i a C o m u n ità im m a g in a ­

t e , c h e q u e s to p r o v in c ia l is m o e u r o c e n t r ic o n o n sia s ta to n e m m e n o

s f io r a to e c h e sia r im a s to ig n o r a t o il c a p it o lo d e c is iv o s u l r u o lo p i o ­

n ie r is t ic o d e l le A m e r ic h e . S fo r t u n a ta m e n t e n o n h o t r o v a to s o lu z io ­

n e m ig lio r e c h e c a m b ia r e il t ito lo a l c a p it o lo 4 e c h ia m a r lo « P io n ie r i

c r e o li» . L e « a p p e n d ic i» c e r c a n o d i c o r r e g g e r e d u e s e r ie p e c c h e d e l­

1 D a q u e s to b o o m u n iv e r s it a r io H o b s b a w m h a a v u to l ’a u d a c ia d i d e d u r r e ch e l ’età d e l n a z io n a lis m o sta p e r f in ir e : la c iv e tta d i M in e r v a v o la s e m p re al c r e p u ­s c o lo .

18

la p r im a e d iz io n e 2. P a r e c c h i c r it ic i a m ic h e v o li a v e v a n o tr o v a t o c h e il

c a p it o lo 7 (« L ’u lt im a o n d a ta » ) s e m p lif ic a s s e t r o p p o il p r o c e s s o c o n

c u i e r a n o sta ti m o d e lla t i i p r im i n a z io n a lis m i d e l T e r z o m o n d o . P e r

d i p iù , q u e s to c a p it o lo n o n tra tta v a s e r ia m e n te la q u e s t io n e d e l r u o ­

lo g io c a t o d a g li s ta t i c o lo n ia l i lo c a l i (p iù c h e d a lle m e tr o p o li) n e l

p la s m a r e q u e s ti n a z io n a lis m i. N e l lo s te s s o te m p o c r e s c e v a in m e la

s c o m o d a c o n s a p e v o le z z a c h e q u e llo c h e io a v e v o r ite n u to u n n u o v o ,

s ig n if ic a t iv o c o n t r ib u t o a lla r if le s s io n e s u l n a z io n a lis m o - il m u ta re

d e lla p e r c e z io n e d e l te m p o - , m a n c a v a e v id e n t e m e n t e d e lla s e c o n d a

c o o r d in a ta - il m u ta r e d e lle p e r c e z io n i s p a z ia li. U n a b r i l la n te tes i d i

d o t t o r a t o d i u n g io v a n e s to r ic o th a i, T h o n g c h a i W in ic h a k u l , m i h a

s t im o la to a r if le tte r e s u l c o n tr ib u t o d e l la c a r to g r a f ia a ll ’im m a g in a r io

n a z io n a lis ta .

« C e n s im e n to , c a r ta , m u s e o » a n a liz z a q u in d i i m o d i in c u i -

in c o n s a p e v o lm e n t e — lo s ta to c o lo n ia le o t to c e n te s c o (c o n le p o li t i ­

c h e c h e il s u o a tte g g ia m e n to in c o r a g g ia v a ) d ia le t t ic a m e n te g e n e r ò la

g r a m m a t ic a d e i n a z io n a lis m i c h e a lla f in e g li s i r iv o lta r o n o c o n tr o

p e r c o m b a tte r lo . S i p o t r e b b e p e r f in o d ir e c h e lo s ta to im m a g in ò i

s u o i a v v e r s a r i lo c a li , q u a s i in u n s o g n o p r o f e t ic o , b e n p r im a c h e e ss i

n a s c e s s e r o a e s is te n z a s to r ic a . P e r p la s m a r e q u e s t ’im m a g in a r io d ie ­

d e r o c o n tr ib u t i in te r c o n n e s s i i c e n s im e n t i, c o n la lo r o a stra tta q u a n ­

t if ic a z io n e / s e r ia liz z a z io n e d e lle p e r s o n e , le c a r te g e o g r a f ic h e , c o n il

lo r o r e n d e r e d ic ib i le lo s p a z io p o li t ic o , e i m u s e i c o n il lo r o p r o d u r ­

re u n a g e n e a lo g ia p r o fa n a « e c u m e n ic a » .

L a s e c o n d a a p p e n d ic e n a s c e d a l l ’u m ilia n te a m m is s io n e c h e n e l

19 8 3 a v e v o c ita to R e n a n s e n z a a v e r c a p it o a ffa t to q u e l c h e e g li v o le ­

v a d ire : a v e v o p r e s o c o m e q u a lc o s a d i le g g e r m e n t e ir o n ic o q u e l c h e

e r a in re a ltà in c r e d ib ilm e n t e b iz z a r r o . L ’u m ilia z io n e m i c o s tr in s e a

re n d e r m i c o n to d i n o n a v e r o f fe r t o n e s s u n a s p ie g a z io n e in te lle g ib ile

elei p e r c h é e p e r c o m e le n a z io n i e m e r g e n t i s ’im m a g in in o in v a r ia b il­

m e n te c o m e « a n tic h e » . Q u e l c h e n e lla m a g g io r p a r t e d e l le r ic e r c h e

a p p a r iv a c o m e u n t r u c c o m a c h ia v e l l ic o o u n a fa n ta s ia b o r g h e s e o

n n a v e r i t à s to r ic a r ie s u m a ta , d iv e n ta v a a i m ie i o c c h i u n p r o b le m a

s e m p r e p iù in tr ig a n te . E se in v e c e l ’ « a n tic h ità » fo s s e , in c e r t i s n o d i

s to r ic i, la n ecessaria c o n se g u en za d e lla « n o v ità » ? S e il n a z io n a lis m o

e ra , c o m e io ip o t iz z a v o , l ’e s p r e s s io n e d i u n c a m b ia m e n to r a d ic a le

2 L a p r im a a p p e n d ic e è n a ta a ll ’ in iz io c o m e c o n t r ib u t o a u n a c o n fe re n z a te n u ­t i a K a r a c h i n e l g e n n a io 1 9 8 9 , s p o n s o riz z a ta d a l W o r ld In s t it u t e f o r D e v e lo p ­m e n t E c o n o m ic s R e se a rc h d e ll ’U n iv e rs it à d e lle N a z io n i u n ite . U n a b b o z z o d e lla M c o n d a a p p e n d ic e è a p p a rs o n e l T im e s L iterary S u p p lem en t d e l 13 g iu g n o 19 8 6 , M illo i l t it o lo « N a r r a n d o la n a z io n e » .

19

n e lla c o s c ie n z a , a llo r a la c o n s a p e v o le z z a d i q u e s ta r o ttu r a , e il n e c e s ­

s a r io d im e n t ic a r e le c o s c ie n z e p r e c e d e n t i , n o n d o v e v a n o fo r s e c r e a r ­

si la p r o p r ia n a r r a z io n e ? In q u e s ta p r o s p e t t iv a , d iv e n ta n o p u r o e p i ­

f e n o m e n o le f a n t a s ie a t a v i c h e , c o s ì c a r a t t e r i s t i c h e d e l p e n s i e r o

n a z io n a lis ta d o p o il 18 2 0 ; q u e l c h e è d a v v e r o im p o r t a n t e è i l r ia lli­

n e a m e n to s tr u ttu r a le d e lla « m e m o r ia » n a z io n a lis ta p o s t - 18 2 0 c o n le

p r e m e s s e i n t e r n e e l e c o n v e n z i o n i d e l la m o d e r n a b i o g r a f i a e d

a u to b io g r a f ia .

I n d ip e n d e n t e m e n t e d a i lo r o m e r it i o d e m e r it i t e o r ic i , l e d u e

« a p p e n d ic i» p r e s e n ta n o l im it i p iù p r o s a ic i. I d a t i p e r « C e n s im e n to ,

c a r ta , m u s e o » s o n o tra tti in te r a m e n te d a l s u d e s t a s ia t ic o . P e r c e r t i

a s p e t t i q u e s ta r e g io n e o f f r e s p le n d id e o p p o r t u n it à p e r u n a t e o r ia

c o m p a r a t iv a p e r c h é c o m p r e n d e a r e e c o lo n iz z a t e d a q u a s i t u t t i i

g r a n d i p o t e r i im p e r ia l i ( I n g h i l t e r r a , F r a n c ia , O l a n d a , P o r t o g a l lo ,

S p a g n a , S ta ti u n iti) e u n a te r r a n o n c o lo n iz z a t a c o m e il S ia m . E p p u ­

re re s ta d a v e d e r e in c h e m o d o la m ia a n a lis i, a n c h e se p la u s ib i le p e r

q u e s ta r e g io n e , p o s s a e s s e r e a p p l ic a t a a l r e s t o d e l p ia n e t a . N e l l a

s e c o n d a a p p e n d ic e , i l m a te r ia le e m p ir i c o r ig u a r d a s o lo l ’E u r o p a

o c c id e n t a le e il N u o v o m o n d o , r e g io n i d i c u i n o n s o n o s p e c ia lis ta .

M a e r a q u i c h e a n d a v a fa t ta la m e s s a a f u o c o p e r c h é è in q u e s te a re e

c h e t r o v a r o n o v o c e le p r im e a m n e s ie d e l n a z io n a lis m o .

B e n e d ic t A n d e r s o n

fe b b r a io 1 9 9 1

2 0

1. I N T R O D U Z I O N E

F o r s e , s e n z a c h e s ia s ta ta a n c o r a p e r c e p it a , in c o m b e su d i n o i u n a

r a d ic a le t r a s fo r m a z io n e n e lla s to r ia d e l m a r x is m o e d e i m o v im e n ti

m a r x is t i . I s e g n i p iù e v id e n t i s o n o le r e c e n t i g u e r r e tr a V ie t n a m ,

C a m b o g ia e C in a . Q u e s t e g u e r r e s o n o d i r ile v a n z a s to r ic a e m o n d ia ­

le in q u a n t o s o n o le p r im e tra r e g im i la c u i in d ip e n d e n z a e e le c u i

c r e d e n z ia l i r iv o lu z io n a r ie s o n o in n e g a b i l i , e p e r c h é n e s s u n a d e lle

p a r ti b e ll ig e r a n t i h a f a t t o p iù d i u n o s v o g lia to te n t a t iv o d i g iu s t i f ic a ­

re il b a g n o d i s a n g u e in te r m in i d i u n a r ic o n o s c ib i le p r o s p e t t iv a t e o ­

r e t ic a m a rx is ta . L a d d o v e e r a a n c o r a p o s s ib i le in te r p r e ta r e g l i s c o n tr i

a l c o n f in e c in o - s o v ie t ic o d e l 1 9 6 9 e g li in te r v e n t i m ilita r i s o v ie t ic i in

G e r m a n ia ( 1 9 5 3 ) , U n g h e r ia ( 1 9 5 6 ) , C e c o s lo v a c c h ia (1 9 6 8 ) e A f g h a ­

n i s t a n ( 1 9 8 0 ) in t e r m i n i d i (a s e c o n d a d e i g u s t i ) « s o c i a l - i m ­

p e r ia l is m o » , « d i f e n d e r e il s o c ia l is m o » , e c c . , n e s s u n o , c r e d o , p u ò

p e n s a r e s e r ia m e n te c h e u n ta le v o c a b o la r io a b b ia a c h e v e d e r e c o n

q u e l c h e è a c c a d u t o in I n d o c in a .

S e l ’in v a s io n e d e l V ie t n a m e l ’o c c u p a z io n e d e lla C a m b o g ia n e l

d ic e m b r e 1 9 7 8 e n e l g e n n a io 1 9 7 9 r a p p r e s e n t a r o n o la p r im a g u e r r a

c o n a rm i c o n v e n z io n a li s u la r g a s c a la c o n d o tt a d a u n r e g im e r iv o lu ­

z io n a r io m a r x is ta c o n t r o u n a l t r o 1, l ’a t ta c c o c in e s e c o n tr o il V ie t n a m

in f e b b r a io c o n fe r m ò r a p id a m e n te i l p r e c e d e n te . S o lo i p iù o ttim is t i

o s e r e b b e r o s c o m m e t t e r e c h e n e g li a n n i f in a li d i q u e s t o s e c o lo u n

q u a ls ia s i s c o p p io d i c o n fl it t i in te r n a z io n a li t r o v e r à n e c e s s a r ia m e n te

l ’U r s s e la R p c ( p e r n o n p a r la r e d e g li s ta ti s o c ia lis t i p iù p ic c o l i) a

'Q u e s t a fo r m u la z io n e è stata s c e lta s e m p lic e m e n te p e r e n fa tiz z a re il liv e llo e le m o d a lit à d e i c o m b a tt im e n ti, n o n p e r in c o lp a r n e l ’u n a o l ’ a ltra p a rte . P e r e v ita ­

re q u a ls ia s i f ra in t e n d im e n t o , è b e n e s o t to lin e a r e c h e l ’in v a s io n e d e l d ic e m b re 1 9 7 8 d e r iv ò d a s c o n t r i a n n a t i tra p a rt ig ia n i d e i d u e m o v im e n t i r iv o lu z io n a r i c h e

r is a liv a n o p r o b a b ilm e n t e a l 1 9 7 1 . D o p o l ’ a p r ile d e l ’7 7 i r a id d i c o n fin e , in iz ia t i d a i c a m b o g ia n i m a s e g u iti ra p id a m e n te d a i v ie tn a m it i, c r e b b e r o d i d im e n s io n i e in te n s ità , f in o a c u lm in a r e n e l l ’ in c u r s io n e v ie tn a m ita d e l d ic e m b re 1 9 7 7 . N e s s u ­n o d i q u e s t i r a id , c o m u n q u e , a v e v a i l f in e d i ro v e s c ia re i l re g im e n e m ic o o d i

o c c u p a r e v a s ti t e r r it o r i, n é i l n u m e r o d i t r u p p e c o in v o lt e e ra m in im a m e n te p a ra ­g o n a b ile a q u e lle im p ie g a te n e l d ic e m b re ’7 8 . L a c o n tr o v e r s ia s u lle c a u s e d e lla

g u e r r a è a p p r o f o n d it a m e g lio in T h e K a m p u c h c a n - V ie t n a m e s e C o n f l i c t , d i S tlp h e n P . H e d lr , in T h e T h ir d ln d o c h in e C o n flic t , D a v id W . P . E l l i o t e d ., p p . 2 1 - 6 7 ; « In t e r - C o m m u n is t C o n f l ic t s a n d V ie t n a m » , d i A n t h o n y B a k n i-tt , in

« B u lle t t in o f C o n c e r n e d A s ia n S c h o la rs » , 1 1 :4 (o tt o b re -d ic e m b re 1 9 7 9 ) , p p . 2 e « I n M a tt e rs o f W a r a n d S o c ia lis m A n t h o n y B a rn e tt w o u ld S h a m e a n d 1 lo n o m

K a m p u c h e a T o o M u c h » , d i L a u r a Summers, ib id ., p p . 1 0 -1 8 .

2 1

sostenere, o a co m b a ttere p e r la stessa parte. C h i p u ò essere sicuro che Y u g o sla v ia e A lb a n ia u n g io rn o n o n arriveran n o a esp lo d ere? Q u e i g ru p p i e tero g en ei ch e d esid eran o un ritiro d e ll’A rm a ta R ossa d a lle s u e in sta lla z io n i n e ll’E u r o p a d e ll ’E st d o v r e b b e ro r ico rd a re fin o a q u a le liv e llo la sua o p p r im e n te p re se n za a b b ia d a l, 19 4 5 , esclu so o gn i co n flitto arm ato tra i regim i m arxisti della regione.

Tali con siderazion i servono a sottolineare com e, dalla secon da guerra m o n diale in poi, ogn i rivoluzion e riuscita si sia defin ita in te r­mini nazionali (la R ep u b b lica P o p o lare C in ese, la R ep u b b lica Sociali­sta d el V ietn am ...) e, cosi facen do, si sia ferm am en te ancorata in un o spazio territoriale e sociale ereditato dal passato p re rivoluzionario. A l contrario, il fatto ch e l ’U n io n e Sovietica con d ivid a co n il R egn o U n ito di G ra n Bretagna e Irlanda del N o r d la rara distinzione di rifiutare il co n cetto d i nazionalità nel p ro p rio n om e, suggerisce che essa costitu i­sce tanto l ’ered ità degli stati dinastici p ren azio n ali d e ll’800, q u an to l ’anticipazione di un o rd in e internazionalista del 20002.

E ric H o b sb a w m ha p erfettam en te ragion e q u a n d o osserva che « m ovim en ti e stati m arxisti ten d o n o co l tem p o a d iven ire nazionali n o n so lo n ella fo rm a m a a n ch e nella sostanza, e q u in d i nazionalisti. N ie n te su ggerisce ch e q u e st ’an d am en to possa in terro m p ersi» 3. N o n ch e q u e sta te n d e n z a sia lim itata al m o n d o so cia lista . Q u a s i o g n i anno ve n g o n o am m essi n u o v i m em b ri alle N a zio n i U n ite. E m olte « v ecch ie n az io n i» , un te m p o cre d u te b e n co n so lid a te , si tro v a n o o g g i m in acciate d a «sub-nazionalism i» a ll’in tern o dei p ro p ri co n fin i, nazionalism i che, lo g ica m en te, asp iran o a p erd ere un bel g io rn o la co n n o ta z io n e di « su b » . L a rea ltà è e vid en te : la « fin e d e ll’e ra d e l n a z io n a lism o » , co s ì a lu n g o p ro fe tiz z a ta , n o n è m in im a m e n te in vista. A n z i, la «nazion-ità» è il va lo re p iù un iversalm en te legittim ato nella v ita p o litica d e l n ostro tem p o .

Se i fatti sono chiari, la lo ro interpretazione resta p erò oggetto di dispute annose. N a zio n e , N azion alità e N azion alism o si son o d im o ­strati n otoriam ente difficili da definire, e an cor p iù d a analizzare. In contrasto co n l ’im m ensa influenza che il n azionalism o ha esercitato sul m on d o m odern o, le teorie plausibili su d i esso son o decisam ente esili. H u g h Seton -W atson , ered e di un a vasta trad izio n e d i storiografia e scienze sociali liberali e autore del testo inglese di gran lu n ga m igliore e più esauriente sul nazionalism o, osserva amaro: «Son o trascinato alla

2C h iu n q u e metta in d u b b io il d iritto del R e gn o U n ito a essere paragonato con l ’U rss do vre b b e dom andarsi: quale nazionalità denota il term ine «anglo-irlande-se»?

’ E r i c H o b s b a w m , «Som e R eflection s on T h e Break-Up o f Britain-», New Left Review ,105 (settem bre-ottobre 1 9 7 7 ), p. 13.

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m i illu sio n e che n on si p u ò con cep ire nessuna ‘defin izione scientifica’ di N azione; epp u re il fen o m en o è esisdto ed esiste»4. T om N a im , auto- ii- dell’innovativo T h e Break-up o f Britain ed erede d i un a p o c o m eno v.isia tradizione di storiografia e scienze sociali m arxiste, fa can did a­m ente notare: « L a teoria del nazionalism o rappresenta il gran de falli­m ento storico del m arxism o»5. M a anche questa confessione è in un n i lo senso fuorviante, nella m isura in cui questo fallim ento sem bra il deplorevole esito di una lunga e co n sap evo le ricerca d i chiarezza teo- ietica. Sareb b e p iù giusto afferm are ch e il nazionalism o è stato una ■comoda anomalia p e r la teoria m arxista e, p ro p rio p e r tale m otivo , è ■.lato eluso p iù che affrontato. C o m e altro interpretare il fallim ento di M arx nello spiegare l ’aggettivo cruciale nella sua m em orabile form ula­zione del 1848: «Il proletariato di ogn i nazione deve, naturalm ente, ri­solvere innanzitutto i problem i con la propria borghesia»6? C o m e altro con siderare l ’uso, p er p iù di un secolo, d e l con cetto d i «borghesia na­zion ale» sen za n essun serio ten tativo d i giu stificare teo retica m en te l’ im portanza d ell’aggettivo? P erch é questa suddivisione della b o rg h e­sia, una classe sociale d i livello m on diale in quanto definita in term ini i li rapporti di p ro d u zio n e, è teoreticam ente im portante?

I l f i n e d i q u e s t o l i b r o è d i o f f r i r e s u g g e r i m e n t i p e r un ’in terp retazio n e p iù so d d isfacen te d e ll’«anom alia» d e l n azio n ali­sm o. C r e d o che su q u esto argom en to sia la teoria m arxista , sia quella liberale si siano intristite in un ten tativo tard o to lem aico d i «salvare i phenom ena»; e ch e sia u rgen te riorientare la p ro sp ettiva in u n o spiri­lo , p er così d ire, co p ern ica n o. Il m io p u n to d i p arten za è ch e i c o n ­cetti di n azionalità, di n azionalism o o d i «nazion-ità» - term in e ch e si p o treb b e p referire p e r p e r i suoi m o ltep lic i significati - so n o m an u ­fatti culturali di un tip o particolare. P e r p o terli m eglio in terp retare è necessario co n sid erare accu ratam en te co m e essi siano n ati storica­m ente, in ch e m o d o il lo ro sign ificato sia cam biato n el tem p o , e p e r­ch é o gg i scatenin o una legittim ità cosi p ro fo n d a m en te em otiva. C e r ­ch e rò d i d im ostrare ch e la creazio n e d i tali m anu fatti alla fin e del ‘7007 è stata la sp on tan ea distillazion e di un co m p lesso « in crocio» di lo rze storich e discontin ue; m a che, u n a vo lta create, esse d iven n ero

4V e d i il suo Nations and States, p. 5.’ V e d i il suo « T h e M o d e m Ja n us», N ew Left R eview , 94 (nov.-dic. 1 9 75 ), p. 3.

Q uesto saggio è in clu so senza alcuna m o difica in The break-up o f Britain com e capito lo 9 (pp . 329-63).

6K a r l M a r x i: F r i e d r i c h E n g l l s , II M anifesto d el Partito Com unista (il co rs i­vo è m io). In o gn i esegesi teoretica, il term ine «naturalm ente» do vre b b e lam peg­giare a lu c i rosse d i fronte a ll’assorto lettore.

7C om e fa notare A ira K em ilàin en , furo no i due «p a d ri fo n dato ri» della d o ttri­na accadem ica del nazionalism o, H a n s K o h n e C arle to n H ayes, a d iscutere e sta-

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«m odu lari» , in grad o qu in d i d i v e n ir trapian tate, co n vari grad i di con sap evo lezza , in u n a gran de varietà d i terreni sociali, p er fo n d ersi ed essere fu se co n u n ’altrettanto am pia varietà d i co stellazion i p o li­tich e e id eolo g ich e. C e rch erò anch e d i m ostrare p erch é questi p arti­co lari m anufatti han n o suscitato attaccam en ti così p ro fo n d i.

C O N C E T T I E D E F IN IZ IO N I

P r im a d i a ffr o n ta r e le q u e s tio n i s o lle v a te , c o n v ie n e co n sid e ra re b r e v e m e n te il c o n c e tto d i « n a z io n e » e o ffr ir n e u n a d e fin iz io n e m an egg evole . I teorici del n azion alism o si so n o tro v ati sp esso p e r­p le s s i, p e r n o n d ir e irr ita ti, d i fr o n te a q u e s ti tre p a ra d o ss i: ( 1) L ’o g g ettiva m o d ern ità d elle n azioni agli o c c h i d egli storici co n tro la lo ro so g g e ttiv a antichità agli o cch i d e i n azio n alisti. (2) L ’e sp lic ita u n iv e rs a lità d e lla n a z io n a lità c o m e c o n c e tto s o c io -c u ltu r a le (n el m o n d o m o d e rn o o g n u n o p u ò e d o v re b b e avere, e avrà, u n a n a z io ­n alità, co m e a p p a rtien e a un ce rto ge n ere m a sch ile o fem m in ile) co n tro l ’irrim ed iab ile p articolarità d e lle sue m an ifestazion i co n crete , (ad esem p io la nazionalità greca è «sui gen eris»), (3) L a fo rz a p o liti­ca d ei n azion alism i co n tro la lo ro p o v e rtà e p ersin o in co eren za filo ­so fica . In a ltre p a ro le , il n a z io n a lism o , al c o n tra r io d i m o lti altri m o vim en ti, non ha m ai p ro d o tto i p ro p ri gran d i pen satori: nessun H o b b e s , T o cq u ev ille , M a rx o W eber. Q u e s to « vu o to» fa n ascere fa ­cilm en te , tra in tellettuali co sm o p o liti e m ultilin gu e, u n a certa co n d i­scen d en za. C o m e G e r tru d e Stein d i fro n te a O a k la n d , si p o tre b b e ra p id am en te c o n c lu d e re ch e «là n o n c ’è n ulla» . E cu rio so il fatto ch e p ersin o u n o stu d io so tan to sim p atetico co l n azio n alism o co m e T o m N a im p o ssa p e rò scrivere che: «Il n azio n alism o è la p ato lo g ia de l m o d e rn o sv ilu p p o della storia, in ev itab ile q u a n to la n evrosi in un in d iv id u o , co n im p licita la stessa a m b igu ità e un a sim ile ten d e n ­za in n ata a d egen erare in d em en za, rad icata nel sen so d i a b b a n d o n o di cu i so ffre gran p a rte d e l m o n d o (l’e q u iv a len te d e ll ’in fan tilism o p e r la società) e largam en te in cu ra b ile» 8.

P a rte d e lla d iffico ltà è ch e si te n d e a ip ostatizzare l ’esistenza di u n N a zio n a lism o co n la N m aiu sco la, co m e si è p o rta ti a p en sare

b ilir e questa data. C re d o ch e le lo ro c o n c lu s io n i n o n sia n o state seriam ente dibattute, se non da ideologi nazio n alisti in p a rtico la ri n azio ni. K em ila in e n o s­serva anche che la parola «nazionalism o» n o n d iven ne d i uso co m u n e se n on alla fin e del d ician n ovesim o secolo. N o n appare, a d esem pio, in m olte lin gue d i qu el­lo stesso secolo. Se A d am Sm ith rifletteva su l benessere delle «n a zio n i», in tende­va con tale term ine niente p iù che «società» o «stati». A ir a K e m i l a i n e n , Nationa­lism , pp. 1 0 ,3 3 , e 48-49.

sT h e Break-up o f Britain, p. 359.

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I'.là c o n la E m aiuscola, e qu in d i a classificarlo co m e u n ’ideolog ia. (Va n otato che p o ic h é o gn u n o ha u n ’età, E tà è so lo u n ’espression e analitica). S a re b b e tu tto p iù facile , cred o , se «nazionalism o» fosse m u tato n ella stessa sfera d i «con san guin eità» e «religion e», p iu tto ­

sto ch e d i « liberalism o» o «fascism o».C o n lo sp irito d i un a n tro p o lo g o , p ro p o n g o q u in d i la seguen te

d e f in iz io n e d i u n a n a z io n e : si tr a tta d i u n a c o m u n ità p o li t ic a im m aginata, e im m agin ata co m e in trin secam en te in siem e lim itata e sovrana. E im m agin ata in q u a n to gli abitan ti d ella p iù p icco la n a z io ­ne non co n o sce ra n n o m ai la m a ggio r p arte dei lo ro co m p atrioti, né li in co n treran n o , n é n e sen tiran n o m ai parlare, e p p u re n ella m ente di o g n u n o v iv e l ’im m agin e del lo ro essere co m u n ità 9. R en an si riferì a q u esto « im m aginarsi» nel suo m o d o so avem en te sarcastico quan-i lo scrisse che: « O r I’essence d ’u n e nation est q u e tous les individus iiient beaucoup de choses en com m un, et aussi q u e tous a ien t o u b lié hien des choses»10. C o n un a certa fe ro c ia G e lln e r afferm a un a tesi sim ile d ice n d o che: «Il n azion alism o n o n è il risveglio d e lle n azio n i all’a u to co n sa p evo lezza: p iu tto sto inventa le n azio n i d o v e esse n on e s is to n o » 11. T a le fo rm u la z io n e p re se n ta p e r ò l ’in c o n v e n ie n te ch e (. ielJner è così ansioso di d im ostrare ch e il n azion alism o si n asco n d e s o t t o p r e t e s e i n f o n d a t e , d a a s s im i la r e « in v e n z io n e » a « fa b b r ic a z io n e » e « fa ls ità » , p iu tto s to c h e a « im m a g in a z io n e » e « crea zio n e» . C o s ì fa c e n d o eg li so ttin ten d e ch e v i so n o co m u n ità « vere» ch e p o s s o n o e sse re v a n ta g g io s a m e n te c o n tr a p p o s te a lle nazioni. In realtà è im m agin ata o gn i co m u n ità p iù g ra n d e d i u n v il­laggio p rim o rd ia le d o ve tutti si c o n o sco n o (e fo rse lo è a n ch ’esso).I ,e co m u n ità d e v o n o essere distinte n o n d alla lo ro falsità/genuinità, ma dallo stile in cui esse son o im m agin ate. G l i abitan ti d ei villaggi di ( ìiava h a n n o sem p re sap u to di essere in q u a lch e m o d o legati a in d i­vid ui ch e n on h a n n o m ai in co n tra to , m a un te m p o q u e sti legam i era n o im m a gin ati in a m b ito p a rtico la ristico , co m e reti in d efin ita ­m ente e sten d ib ili d i stirp e e clientela. F in o a tem p i p iu tto sto recenti il lin gu aggio di G ia v a n o n aveva u n a p aro la p e r il co n cetto astratto

'’C E Se t o n - W a t s o n , Nation and States, p. 5: «T u tto q u e llo che posso dire è d ie una nazione esiste quan do u n n um ero sign ificativo d i persone aH’interno di una co m u nità si co n sid e ra com e costituente u n a n azione, o agisce com e se ne .uvsse costituita un a». Possiam o sostituire «si considera» co n «si im m agina».

" ’ E r n e s t R e n a n , Q u ’est-ce q u ’une nation? in Oeuvres C om pletes , I , p. 892. A ggiunge: «tutti i c ittad in i francesi devono aver dim enticato San Bartolom eo, i m assacri del M id i del ’200. In F ra n cia n o n c i sono dieci fam iglie che possono fo r­nire la pro va di u n ’o rigine franca...»

11 E r n e s t G e l l n e r , Thought and Change, p. 169. C o rs iv o m io.

d i « s o c ie tà » . O g g i p o s s ia m o p e n s a r e a ll ’ a r is t o c r a z ia fr a n c e s e d éK ancien regim e co m e a un a classe sociale; m a certam en te è stata im m agin ata in questi term ini m o lto p iù ta rd i12. A lla d o m a n d a « C h i è il C o n te d i X ? » la n orm ale risposta sareb b e stata n o n «un m e m ­b ro d e ll’aristocrazia», b en sì «il sign o re d i X » , «lo z io della ba ro n es­sa di Y » o «un ap p arten en te al segu ito del D u c a d i Z » .

L a n azio n e è im m agin ata co m e «lim itata» in q u a n to p ersin o la p iù gran de, co n an ch e un m iliard o d i abitanti, ha co m u n q u e c o n fi­n i, fin iti a n ch e se elastici, o ltre i qu ali si e ste n d o n o altre n azion i. N essu n a n azio n e s ’im m agin a co n fin an te co n l ’um anità. I n azio n ali­sti p iù «m essianici» n on so g n an o un g io rn o in cu i tu tti i m em b ri della razza um an a si un iran no alla lo ro n azio n e com e, ad esem p io, i cristiani h an n o p o tu to fare in a lcu n e e p o ch e storiche, so gn an d o un p ian eta in teram ente cristiano.

L a n azio n e è im m agin ata co m e «sovrana» in q u a n to il co n c e t­to è nato q u a n d o illum in ism o e rivo lu zio n e stavan o d istru g gen d o la legittim ità del regn o d in astico , ge ra rch ico e d i d iritto divino. M a tu ­ran d o in un m o m en to della storia d e l gen ere u m an o in cui a n ch e i p iù d evo ti a d ep ti di o gn i re lig io n e un iversale si co n fro n ta va n o in ev i­t a b ilm e n te c o n l ’ e v id e n te p lu r a lità d i ta li r e lig io n i, e co n l ’ al- lo m o rfism o tra le p re te se o n to lo g ich e e l ’e sten sio n e territo ria le di o gn i fed e , le n azio n i so gn an o di essere lib ere, e sem m ai di d ip e n d e ­re so ltan to d a D io . L a garan zia (e l ’em blem a) d i tale lib ertà è lo sta ­to nazionale.

In fin e, è im m agin ata co m e u n a com unità in q u an to , m algrad o in egu aglian ze e sfruttam en ti d i fa tto ch e p o sso n o p red o m in a rv i, la n azio n e vien e sem p re co n cep ita in term in i d i p ro fo n d o , o rizzo n tale cam eratism o. In fin d ei co n ti, è stata qu esta fratern ità ad aver c o n ­sentito, p e r tutti gli ultim i d u e secoli, a tanti m ilio n i d i p erson e, non tan to di u cc id ere, q u a n to d i m o rire, in n om e di im m agin azio n i così lim itate.

Q u e s te m orti ci p o rtan o d ram m aticam en te d i fro n te al p ro b le ­m a centrale leg ato al n azionalism o: co m e p o sso n o gli avvizziti ideali della storia recen te (p o co p iù d i d u e secoli) gen erare u n tale co lo ssa ­le sacrificio? C re d o ch e l ’in izio d i un a risposta stia nelle radici c u ltu ­rali del nazionalism o.

l2H o b sb a w m , p e r esem pio, lo sottolinea d icendo che n el 1789 l ’aristocrazia contava c irc a 400.0 00 m em bri su u n a p o p o la zio n e d i 2 3.0 00.000. (V e d i il suo The A g e o f R evolution , p. 78 ). Sarebbe pe rò stato p o ssib ile im m aginare u n tale q u ad ro statistico della nobiltà sotto l ’ancien régim ef

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2. RADICI CULTURALI

N e s s u n s im b o lo d e lla m o d e rn a c u ltu r a d e l n a z io n a lis m o a ttira l ’ atten zio n e p iù d ei cen o tafi e d e lle to m b e al M ilite Ig n o to . N o n ha p re ce d e n ti n ella storia la p u b b lic a riveren za ce rim o n ia le rivo lta a qu esti m o n u m e n ti p ro p rio p erch é so n o o d e lib era tam en te lasciati v u o ti o p p u re n essu n o sa ch i vi g iaccia d e n tro 1. P e r p ercep ire la fo r­za d i q u esta m o d e rn ità basta im m a g in are la re a zio n e gen era le di fro n te a u n ficcan aso che, a d esem p io, «scoprisse» il n o m e del M ili­te Ig n o to o insistesse p e r p o rre ossa vere nel cen o tafio . Sacrilegio di un gen ere strano, m o d e rn o ! V u o te di id en tificab ili resti m ortali di anim e im m ortali, q u este to m b e so n o p erò saturate d i fan tasm atiche im m agin azio n i n a zion ali2 (Q u e sto sp iega p erch é n azio n i così d iv er­se a b b ia n o sim ili to m b e sen za sen tire il b is o g n o d i sp e c ifica re la n azio n alità d e i lo ro o ccu p a n ti assenti. C o s ’altro p o tre b b e ro essere se n o n T ed esch i, A m erica n i, A rgen tin i...?)

Il s ign ificato cu ltu ra le di tali m o n u m en ti d iv ien e an co ra p iù c h ia ro se si p ro v a a d im m a g in a re , a d e se m p io , u n a T o m b a d el M a rx is ta Ig n o to o u n ce n o ta fio in o n o re d e i L ib e ra li C a d u ti. S i p o tre b b e evitare un sen so d i assurdità? L a ragion e è ch e n é il m a rx i­sm o, n é il liberalism o so n o m o lto to ccati dalla m o rte e d a ll’ im m o rta­lità. C h e l ’im m agin ario n azionalista n e sia così co in v o lto , suggerisce un a n o te vo le affin ità con l ’ im m agin ario religioso. P o ic h é q u e st’a ffi­nità n o n è a sso lu tam en te casuale, è u tile co m in ciare l ’analisi d elle rad ici cu lturali d e l nazionalism o co n la m orte , co m e l ’u ltim a di una vasta gam m a di fatalità.

'G l i antichi greci facevano uso d i cenotafi, ma p e r p a rtico la ri e n o ti in d iv id u i i cu i c o rp i, per u n a qualsiasi ragione, non erano d is p o n ib ili per u n fun erale regola­re. D e vo questa inform azion e alla mia collega bizan tin ista Ju d ith H e rrin .

C o n s id e ra t e ad esem pio questi notevoli brani: 1. «L a lunga linea grigia n o n c i è m ai venuta m eno. Se sarai tu a m ancare, un m ilio n e d i fantasm i in verde m ilita ­re, in k a k i m arrone, in b lu e in grigio, si alzeranno dalle lo ro c ro c i bianche, tuo­n an do queste m agiche parole: dovere, o no re e patria». 2. « L a m ia o p in io n e [del com battente am ericano] si è form ata su l cam po d i battaglia tanti ann i fa, e n o n è m ai cam biata. L o co n sid e ra i allora, com e lo co n sid e ro ancora oggi, com e una (.Ielle figu re p iù n o b ili del m ondo; n on solo dotato delle m ig lio ri qualità m ilitari, ma anche delle p iù in o ssid ab ili [sic]... A pp artien e alla storia com e uno dei p iù g ra n d i esem pi d i patriottism o vittorioso [sic]. A p p artie n e ai po steri com e educa­tore delle future generazioni sui p rin c ìp i di libertà e indipen den za. A p p artie n e al presente, a n oi stessi, p e r le sue v irtù e i suo i risultati». D o u g la s M a c A r t i iu r , Duty, H onour, Country, d is c o rs o a ll’ accad e m ia m ilita re sta tu n iten se di W e st P oint, il 12 m aggio 1962, in A Soldier Speaks, pp. 354 e 35 7.

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S e il m o d o in cu i o g n i u o m o m u o re sem bra di solito in balia d e l­l ’arbitrio , la sua m ortalità è in elu d ib ile . L e um an e vite so n o p ien e di sim ili co m b in azio n i d i necessità e di caso. S iam o tutti co n sci della co n tin gen za e in eluttabilità d e l n ostro p articolare p atrim on io g e n e ti­co , del n ostro sesso, d e l p e r io d o in cu i siam o nati, d elle n ostre c a p a ­cità fis ich e, della nostra m adre-lingua, e co sì via. I l gran d e m erito delle trad izio n ali vision i religiose del m o n d o (che n aturalm ente va distinto d a l ru o lo ch e han n o avuto nel legittim are p re cis i sistem i di d o m in io e s fru tta m e n to ) è stata la lo r o a tte n z io n e a ll ’ u o m o n el co sm o , all’u o m o co m e essere, alla co n tin gen za d e lla vita. Il m o d o in cre d ib ile in cu i, p e r m igliaia d i anni, b u d d ism o , cristian esim o o Islam so n o riusciti a so p ravvivere in d o zzin e d i d iverse fo rm a zio n i sociali testim onia la fo rza della lo ro risposta allo sch ia ccia n te fa r d e l­lo d e ll ’u m a n o so ffr ire - m alattie , m u tila zio n i, d o lo re , v e cch ia ia e m o rte . P e r c h é s o n o n ato c ie c o ? P e r c h é il m io m ig lio re a m ico è p ara lizza to ? P e rc h é m ia fig lia è ritardata? L e re lig io n i ce rca n o di spiegare. L a gran d e d e b o le zza di tu tte le corren ti di p en siero evo lu - z io n is te -p ro g re ss is te , in c lu s o il m a rx is m o , è ch e a tali d o m a n d e risp o n d o n o con im p azien te silen zio 3. A llo stesso tem p o , e in m o d i d iv e r s i , il p e n s ie r o r e l ig io s o r is p o n d e a n c h e a o s c u r i p r e s a g i d ’im m ortalità, in gen ere trasfo rm an d o la fatalità in co n tin u ità (k ar­m a, p e c c a to originale...). P e r questa v ia esso è co in vo lto nei nessi tra E m o rto e l ’an co ra n on n ato , n e l m istero della ri-gen erazion e. C h i p u ò vivere la co n cez io n e e nascita del proprio fig lio sen za l ’o scu ra ap p ren sio n e d i co m b in ata co n n essio n e, di casualità e fatalità in un lin g u a g g io di «co n tin u ità» ? (D i n u o vo , lo svan taggio d el p en siero evo lu zion ista-p ro gressista sta in u n a quasi eraclitea ostilità a q u alsia­si idea di con tin uità).

H o p o rta to questi e sem p i fo rse sem p licio tti p erch é , n e ll’E u -

5 C f r . R è i , in D e i j r a y , « M a r x is m a n d thè N a t io n a l Q u e s t io n » , N ew L e ft Review , 105 (settem bre-o tto bre 1 9 7 7 ), p, 29. D u ra n te ric e rc h e s u l cam po in In d o n esia negli anni '60, fu i co lp ito dal tra n q u illo rifiu to d i n um e ro si m usulm ani d i accettare le idee d i D a rw in . In u n p rim o m om ento in terp retai questo rifiu to com e sem plice o scurantism o . P iù ta rd i co m in cia i a ved e rlo com e u n tentativo o n o re v o le d i essere co e re n ti: la d o ttrin a d e ll ’e v o lu z io n e era se m p lice m e n te in c o m p a tib ile co n g li insegn am en ti d e ll’ Is la m . C o sa d o vre m m o farce n e d i un m aterialism o scientifico che accetta form alm ente le scoperte della fisica a p ro p o ­sito d ella m ateria ma che fa così po co per legare queste scoperte alle lotte di clas­se, alle r iv o lu z io n i, e co sì v ia ? L ’ab isso che sep ara i p ro to n i d a l p ro le tariato n asco n de forse u n ’ in so spettata co n ce zio n e m e tafisica d e ll’u o m o ? S i leggano co m u n q u e gli stim o lan ti testi d i Sebastiano T im p a n a ro su l m a teria lism o , e la pro fo n da risposta a essi d i R aym ond W illia m s in «T im p a n a ro ’s M aterialist C h a l­lenge», New Left. Review, 109 (m aggio-giugno 19 78), pp. 3 -1 7 .

2S

11'I in o ccid en ta le , il ’700 segn a n o n so lo l ’a lba d el n azionalism o, m a .m« lu- il c re p u sco lo del p en siero re ligioso . Il seco lo d ei L u m i, del L ir ism o razionalista, p o rtò co n sé la p ro p ria m o d ern a oscurità. C o nI in d e b o lirs i della fed e religiosa, n o n sco m p arve la so fferen za che la li ile in parte leniva. D is in te grazio n e d e l paradiso: n ien te ren d e p iù •il b ili aria la fatalità. A ssu rd ità della salvezza: n ien te ren d e un altro )’. ik t c d i con tin uità p iù necessario. In d isp en sab ile era d u n q u e un aII .isform azione laica d i fatalità in co n tin u ità , di co n tin g e n za in signi- lu a lo . C o m e ve d rem o , p o c h e entità erano, o so n o , p iù a d atte a que- s i o sco p o d e ll’id e a d i n azione. Se le n azioni-stato so n o co n sid erate -n u o v e » e «sto rich e» , le n azio n i a cu i d a n n o e sp ressio n e p o litica •illiora n o sem p re da un a n tich iss im o p assa to 4 e , co sa a n co ra p iù im p ortan te, scivo lan o ve rso un fu tu ro sen za lim iti. E la m agia d e l nazionalism o il trasform are il caso in un destin o. C o n D eb ray, p o s ­siam o dire: «Sì, è casu ale ch e io sia n ato francese; m a d o p o tu tto la I rancia è eterna»

N o n sto so sten en d o ch e l ’a p p a rire d e l n azio n alism o verso la lin e d e l ’700 sia stato « p ro d o tto » d a ll’ero sion e d e lle ce rtezze re lig io ­se, o che tale ero sio n e n on rich ied a di p e r sé una sp iega zio n e c o m ­plessa. N o n sto n ean ch e su gg eren d o ch e in q u a lch e m o d o il n a z io ­nalism o «rim piazzi» storicam en te la religion e. Q u e llo ch e sto p ro-I n inendo è ch e il n azio n alism o va in terp retato co m m isu ran d o lo n on a id e o lo g ie p o litich e so sten u te in m o d o au to coscien te , m a ai gran di sistem i cu lturali ch e l ’h a n n o p re ced u to , e dai quali, o co n tro i quali, esso è nato.

P e r i n o s tr i s c o p i, i d u e s is te m i c u ltu r a li r ile v a n ti s o n o la ( 'o m u n ità R eligiosa e il R e g n o D in astico . E n tram b i, nei lo ro anni di

4I1 presidente S u karn o era solito parlare co n assoluta sincerità d ei 3 5 0 ann i d i co lo n ia lism o che la sua « In d o n esia» aveva subito, anche se il concetto stesso di « In d o n esia» è u n ’invenzio n e d e l ’ 900, e la m aggior parte d e ll’o d ie rn a In d o n e sia venne conquistata dagli o lan desi tra i l 1850 e il 1910. F ig u ra prem inente tra gli c ro i n azionali in d o n esia n i contem poranei è il p rin cip e giavanese D ip o n e g o ro , an­che se le m em orie del p rin cip e m ostrano che egli intendeva «conquistare [non lib e ra re !] G iova», p iù che e sp ellere «gli o la n d esi». In effetti, n o n aveva ch ia ­ramente alcun concetto d egli «olandesi» com e d i una collettività. V e d i H a r r y J . B e n d a e J o h n L a r k i n , T h e W orld o f Southeast A s ia , pag 1 58 ; e A n n K u m a r, «D ip o n e g o ro (1 778 P -1 8 5 5 )» , Indonesia, 13 (a p rile 19 72 ), pag 103. C o rs iv o m io. ( '.osi, K e m a l A ta t iirk chiam ò una delle sue b anche statali « E t i B a n k a » (B anca llt ita ), ed u n ’altra «Banca Sum era». ( S e t o n - W a t s o n , Nations and States, p. 259). < ,)ueste banche go do no oggi d i ottim a salute e n o n c ’è ragione d i d ub itare che m olti tu rch i, e pro b ab ilm e n te K em al stesso, v id e ro seriam ente, e vedano ancor oggi, negli ittiti e nei sum eri i p ro p ri antenati turchi. P rim a d i co m in cia re a r id e ­re, è bene ripensare ad A rtù e B oadicea, e co nsiderare il successo com m erciale delle m itografie d i T o lk ie n .

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gloria, erano sistem i d i riferim ento dati p e r scontati, p ro p rio co m e la n azio n a lità oggi. E q u in d i e ssen zia le c o n sid e ra re co sa d ie d e a questi sistem i culturali la lo ro lam p an te p lau sib ilità , e in siem e sotto- lin eare alcun i elem enti ch iave n ella lo ro d e co m p o siz io n e .

LA COMUNITÀ RELIGIOSA

P o c h e c o s e im p re s s io n a n o q u a n to l ’e n o rm e d is te s a te r r ito r ia le delT U m m ah Islam dal M a ro cco all’arcip elago S ulu , della C ristianità d al P a ragu ay al G ia p p o n e , e del m o n d o b u d d ista da llo Sri L an ka alla p en isola di C o rea . L e gran d i cu lture sacre (e p e r i n ostri fin i è lec ito in clu d ervi an ch e il C o n fu cian esim o) fo n d eva n o co n cezio n i d i co m u ­nità im m ense. L a cristianità, la co m u n ità islam ica, e p ersin o il R egn o D i M e zzo (che, an ch e se n oi o g g i lo p en siam o c o m e C in a , n o n si im m agin ò co m e cinese, ben sì a p p u n to co m e centrale), fu ro n o p en sa­b ili in gran p arte tram ite il m ed iu m di un lin g u a gg io sacro e d i un a sacra scrittura. P re n d e te l ’ese m p io dell'Islam : se dei m agu in d an ao in contrassero dei b erb eri alla M e cca , senza co n o scere le recip ro ch e lin g u e e q u in d i in cap a ci d i co m u n ica re o ra lm en te , essi sa reb b e ro co m u n q u e in g ra d o di cap ire i re cip ro ci id eogram m i, in q u an to le scritture sacre ch e han n o in co m u n e esistono so lo in arab o antico. In tal senso, l ’arab o scritto ha avuto la stessa fu n zio n e d ei caratteri c in e ­si nel creare una com un ità tram ite i segni, p iu tto sto ch e co n i suoni. (C osi o ggi il lin g u a gg io m atem atico p erp etu a u n ’antica tradizion e: i ru m en i n o n h a n n o a lcu n a id e a d i c o m e i th a ila n d e s i ch ia m in o il segno +, e viceversa, m a en tram bi i p o p o li n e co m p re n d o n o il sign ifi­cato). T utte le gran d i com un ità antiche si co n cep iva n o al cen tro d el co sm o , tra m ite lo stru m e n to d i u n lin g u a g g io sacro le g a to a d un

o rd in e sovraterren o d i potere. P e rc iò l ’estensione del latin o scritto , del pali, d ell’arabo o del cinese, era teoricam en te illim itata. (In realtà p iù la lin g u a scritta e ra m o rta , c io è p iù era lo n ta n a d a l p a r la to , m eglio era: in teoria tutti h a n n o accesso a un m o n d o d i so li segni).

Q u e s te antiche co m u n ità co n n esse da lin g u e sacre avevan o u n carattere d istin to d a lle co m u n ità im m agin ate d e lle n azio n i m o d ern e. U n a d ifferen za cru ciale era la fed e d e lle co m u n ità p iù an tich e nella sacralità u n ica d elle lo ro lin g u e , e qu in d i le id e e su ll’am m ission e d i n u o v i m em b ri. I m an d arin i cin esi g u ard av an o co n a p p ro v a z io n e i b a rb a ri ch e im p arav an o fatico sam en te a d ip in g ere g li id e o g ra m m i d e l R e g n o D i M e z z o . Q u e s ti b a rb a ri era n o g ià a m e tà stra d a p e r essere p ien am e n te assim ilati5: m e zzo -c iv ilizza ti era c o m u n q u e im -

’D a cu i la serenità con cu i i m o n g o li cinesizzati e i m anciù ven n e ro accettati com e F ig li del C ie lo .

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in fu sam en te m eglio ch e barbari. U n tale atteggiam ento n on era certo< m I n n i v.unente cinese, n é tan tom en o co n fin ato all’antichità. C on si-• II I .ile p e r esem p io la seguente «politica verso i barbari» , form ulata all'inizio clell’800 dal liberale co lo m b ian o P ed ro F erm in d e Vargas:

P e r e sp an d e re la n o stra a g ric o ltu ra sare b b e n e ce ssa rio is p a n iz z a ­re i n o s tri in d io s . L a lo r o p ig r iz ia , s tu p id ità e in d iffe re n z a a lla la tica p u ò p o rta re a fa r p e n sa re ch e essi d e r iv in o d a u n a razza d e g e n e ra ta ch e s i d e te rio ra v ie p p iù co n l ’a llo n t a n a rs i d a lla sua o rig in e (...) sarebbe m olto m eglio se g li in d io s s i estinguessero, p er fu s io n e con i bianchi, d ich ia ran d oli lib eri da tr ib u ti e altre tasse, e

offrendo loro la proprietà privata della terrah.

< n lp is c e c o m e q u e s to l ib e r a le p r o p o n g a d i « e stin g u e re » i s u o i iiu lios in parte «dich iaran d o li lib eri da tributi» e « o ffre n d o lo ro la p K ip iie là d e lla te r ra » , p iu t to s t o c h e s te r m in a n d o li c o n arm i e mu i«>1 >i co m e i suoi su ccessori co m in ciaro n o a fare p o c o d o p o in Hi.i ile. A rgen tin a e Stati U niti. N o ta te an ch e, in siem e a ll’acco n d i- m i n d en te cru d e ltà , u n o ttim ism o co sm ico : alla fin fin e l ’in d io èii d i lu ib i le , d a l l ’ im p r e g n a r s i d i b ia n c o « s e m e c iv i l i z z a t o » , e< l.ill ’aequisire p ro p rie tà privata, com e chiunque altro. (C o m ’è d iversoI .il l e g a m e n t o di F erm in risp etto alla su ccessiva p re fe re n za d eg li im perialisti e u ro p ei p e r «genuini» m alesi, gu rkh a e hausa rispetto a •■me!icci», « in digeni sem i-educati» , «m usi neri» e v ia d i seguito).

S r le lingue sacre fu ro n o il m ed iu m tram ite cu i fu ro n o im m agin ate li j ’ ian d i co m u n ità g lo b a li del p assato , la realtà di tali a p p arizio n i i li p en d eva da un co n ce tto estran eo al co n te m p o ra n e o p en siero o cci- i Iemale: la n o n arb itrarietà d e l segno. G li id eogram m i cinesi, latini o ai al >i eran o em an azio n e d e lla realtà, n o n sue rap p resen tazio n i fab - l)ii< a le a caso. C i è fam ilia re la lu n g a d isp u ta c irc a il l in g u a g g io a| i| im p ila to p e r le m asse (latino o volgare). N ella tra d izio n e islam i- i a. lino a p o c o te m p o fa il Q u r a n era letteralm en te in trad u cib ile (e 1111iiit Ii non tra d o tto ), p erch é la verità di A lla h era accessib ile soloII am ile i segni «veri» d e ll ’arabo scritto . Q u i n o n c ’è id ea d i un m o n ­tili così sep arato d a l lin g u a g g io ch e tutti i lin g u a gg i sian o da esso• i |i ii» listanti (e q u in d i in tercam biabili). In effetti, la realtà o n to lo g ica■ p ercettib ile so lo tram ite un sin go lo sistem a p riv ilegiato d i rappre- -.1 illazione: il lin g u a gg io -verità della C h iesa latina, l ’a ra b o co ra n ico o

'• li il in L y n c h , T h e Spanish-American Revolutions, 1808-1826, p. 260. C o rs iv o

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il cin ese m an d arin o 7. E , in q u a n to lingue-verità, esse so n o p ervase da un im p u lso estraneo al nazionalism o; l ’ im p u lso alla con version e. P e r co n versio n e n o n in te n d o tanto l ’accettazio n e d i p artico lari p r e ­cetti religiosi, q u a n to u n ’assim ilazion e alchem ica. Il b a rb a ro d iv ien e «R egn o di M e zzo » , il R if d iven ta m u su lm an o , il L lo n g o cristiano. L’in tera n atura d e ll’essere u o m o è sacralm en te p lasm abile. (Si c o n ­fro n ti il p restig io di queste an tich e lin g u e m o n d iali, torreggian ti su tu tte le lin g u e volgari, co n in vece l ’esp eran to o il vo la p u k , ch e g ia c­c io n o ig n o ra te tra esse). D o p o tu tto è stata questa p ossib ilità d i c o n ­versio n e ch e ha fatto diven tare p ap a un inglese8 e F iglio del C ie lo un m anciù . A n c h e se le lin g u e sacre han n o reso im m agin abili co m u n ità co m e il cristianesim o, lo sco p o reale e la plausibilità di tali co m u n ità n on p o sso n o p erò essere spiegati dalle sacre scritture soltanto: i lo ro le tto ri eran o , in fo n d o , so lo p ic c o li a to lli a lfa b etizza ti in u n vasto o c e a n o d i a n a lfa b e t i9 U n a s p ie g a z io n e p iù c o m p le t a r ic h ie d e u n ’o sservazion e dei ra p p o rti tra i letterati e le lo ro società. S a re b b e un erro re co n fo n d erli co n un a tecn o crazia teo lo gica . L e lin gu e ch e e ssi u s a v a n o , s e p p u re a stru se , n o n a v e v a n o n ie n te d e ll ’a stru s ità artificialm ente creata del ge rg o d eg li avvocati o d eg li econ om isti, ai m a rg in i d e ll ’id e a so ciale d i re a ltà 10. P iu tto sto , i le tte ra ti eran o gli esp erti, eran o u n live llo strategico in u n a gera rch ia co sm o lo g ica il cui ap ice era divino. L e co n cezio n i fon d am en ta li r ig u a rd o ai « g ru p p i sociali» eran o cen trip ete e gera rch ich e p iù ch e relazionali e o riz zo n ­tali. L ’in cre d ib ile p o te re d e l p ap a to al suo cu lm in e è co m p ren sib ile so lo n ei term ini di un clero tran s-eu rop eo e scriven te in latino, e d i u n a co n cez io n e del m o n d o , co n d ivisa virtu a lm en te da tutti, p e r cui l ’ in te lligh en zia b ilin gu e, m ed ian d o tra vo lgare e latin o, m ediava tra terra e cielo . (L a solennità della sco m u n ica riflette tale co sm ologia).

M a lg ra d o tutta la g ra n d e u r e tu tto il p o tere d e lle gran d i com u-

7I1 greco ecclesiastico sem bra n o n aver raggiunto lo status d i lingua-verità. L e rag io n i d i tale «fallim ento» sono m o ltep lici, m a un fattore chiave fu certam ente il fatto che il greco restò ancora un dialetto vivente (a l co n trario del latino) in gran parte d e ll’im p ero orientale. D e vo questa osservazione a Ju d ith I le r r in .

8N ich o la s B rakespear resse il p o n tificato tra i l 1154 e il 1 1 5 9 sotto il nom e di A d ria n o IV .

9M a r c B l o c h c i r ic o rd a ch e n e l m e d io e v o « la m a g g io ra n za d e i s ig n o ri e n u m e ro si g ra n d i b a ro n i e ran o a m m in istra to ri in c a p a c i d i analizzare p e rso n a l­m ente u n rap p o rto o u n a relazione», Feudal Society, I , p. 81.

inC iò n o n v u o l d ire che gli illetterati n o n leggessero. M a q u e l che leggevano non erano le parole, ma il m o nd o v isib ile . « A g li o cch i d i ch iu n q u e fosse capace d i riflessione il m ondo m ateriale era po co p iù d i una m aschera, dietFO la quale avvenivano tutte le cose veram ente im p o rtan ti; esso pareva lo ro anche u n a lin ­gua, tesa a esprim ere con i segni una p iù p ro fo n d a realtà». Ibidem , p. 83.

3 2

11ila im m agin ate religiosam en te, la lo ro non autocosciente co eren za■ lo d in o bru talm en tem en te d o p o la fin e d e l m e d io ev o . T ra le ragioni< li tale d e clin o vo rre i so tto lin earn e so lo d u e leg ate d irettam en te alla sacralità u n ica di q u este com un ità. L a p rim a è l ’e ffe tto d e lle e sp lo ra ­zioni del m o n d o n o n -e u ro p e o ch e, so p ra ttu tto m a n o n esclu siv a ­m ente in E u ro p a , «allargaron o im p ro vvisam en te gli o rizzo n ti g e o ­grafici e cu lturali, e qu in d i an ch e il co n ce tto d i p o ssib ili fo rm e di vi la u m an a» 11. Il p ro ce sso è g ià e v id en te n el p iù g ra n d e tra tu tti i diari d i viagg io eu ro p ei. C o n sid era te questa m eravigliata d escrizio n e del K u b la i K h a n redatta dal b u o n cristiano ven ezian o M a rco P o lo ..Ila fin e d el ’20012:

D a p o i o tte n u ta tal v itto ria , il g ra n C a n r it o rn ò c o n g ra n p o m p a e t r io n f o n e lla c ittà p r in c ip a l d e tta C a m b a lù , e f u d e l m ese d i n o v e m b re , e q u iv i stette f in a l m ese d i fe b b ra io e m a rzo , q u a n d o è la n o s t ra P a s q u a . D o v e , s a p e n d o c h e q u e s ta e ra u n a d e lle n o stre feste p r in c ip a li, fece v e n ire a sé tu tti i C r is t ia n i, e v o lse ch e g li p o rta sse ro il lib r o , d o ve so n o l i q u a ttro e va n g e li, al q u a le fat­tog li d a r l ’ in c e n so m o lte v o lte c o n g ra n ce rim o n ie , devo tam en te10 b a sc iò , e i l m e d e sim o v o lse ch e face sse ro tu tti i s u o i B a ro n i, e i S ig n o ri ch e e ra n o p re se n ti. E q u e s to m o d o se m p re s e rv a n e lle feste p r in c ip a l d e i C r is t ia n i co m e è la P a s q u a e il N a d a l. I l s im il fa n elle p r in c ip a l feste d i S a ra c e n i, G iu d e i, e Id o la t r i. E d essendo egli d im a n d a to d e lla ca u sa , disse: s o n o q u a ttro P ro fe ti ch e so n o ad o ra ti e ai q u a li fa riv e re n z ia tu tto i l m o n d o . L i C r is t ia n i d ic o n o11 lo r o D io essere stato Ie s ù C ris t o , i S a ra c e n i M a o m e tto , i G iu d e i M o is è , g l ’ id o la t r i S o g o m o m b a r C a n , q u a l f u i l p r im o I d d i o d e g l’ id o l i. E io fa c c io o n o r e r iv e re n z ia a tu tti e q u a ttro , c io è a q u e llo ch e è i l m a g g io r in c ie lo , e p iù v e ro , e q u e llo p re g o ch e m i a iu ti. M a , p e r q u e llo ch e d im o stra v a il g ra n C a n , e g li tie n p e r la p iù v e ra e m ig lio r la fede c ristia n a ...

D e g n o di n ota in q u esto p asso n on è tan to il tran q u illo relativism o religioso (è u n relativism o co m u n q u e religioso) del gran d e sovran o m o n g o lo , q u a n to l ’ a tte g g ia m e n to e il lin g u a g g io d i M a rc o P o lo . N o n p en sa m ai, an ch e se sta scriven d o p e r altri eu ro p ei C ristiani, di d e scrivere il K u b la i co m e «ip ocrita» o «idolatra». (C erto , in p arte p erch é «egli è p iù p o te n te d i gen ti, d i terre e d i teso ro di q u alu n q u e S ig n o r ch e sia m ai stato al m o n d o , n é ch e v i sia al p re se n te » 13).

" E r i c h A u e r b a c h , Mimesis, p . 2 8 2 .12M a r c o P o l o , I l M ilione, p p . 104-5. C o rs iv o m io. Notate che, p u r baciato, il

V angelo n on viene letto.13Ibidem , p. 99.

3 3

D a ll ’u so in c o n s a p e v o le d i « n o stro » (ch e d iv e n ta « lo ro » ), e d alla d escriz io n e della fe d e dei C ristiani co m e «la p iù vera», p iu tto sto che «vera» e basta , n o i p o ssiam o rilevare il germ e d i u n a territorializza- z ion e della fed e ch e p refigu ra il lin g u a gg io d i m o lti nazionalisti. (L a «nostra» n azio n e è «la m igliore» , in u n terren o co m p etitivo e c o m ­parativo). U n con trasto rivelatore è o fferto d a ll’in izio di una lettera d e l v ia g g ia to r e p e r s ia n o R ic a al su o a m ico I b b e n d a P a r ig i n el « 1 7 12 » 14:

I l P a p a è i l ca p o d e i C r is t ia n i. È u n id o lo , v e n e ra to o rm a i p e r a b itu d in e . U n tem p o e ra tem u to p e rfin o d a i p r ìn c ip i, p e rch é li de p o n e v a co n la stessa fa c ilità c o n c u i i n o s tri m a g n ific i su lta n i d e p o n g o n o i re d i Ire m e tria o d i G e o rg ia . M a n e ssu n o lo teme p iù . S i d ic e su cce sso re d i u n o d e i p r im i c r is t ia n i, ch ia m a to San P ie tro , ed è ce rto u n a r ic c a s u cc e ssio n e , p e rc h é il su o te so ro è im m e n so e h a in suo p o te re u n g ra n d e paese.

L e sofisticate e d e lib era te in ven zio n i d e l ca tto lico d e l ’700 risp e c­ch ian o lo sch ietto realism o d e l suo p re d ece sso re d e l ’200 , m a orm ai la «relativ izzazion e» e la «territorializzazion e» son o d ecisam en te a u ­to co sc ien ti, e d i sco p o p rettam en te p o litico . E fo rse allora irrag io n e­v o le ve d e re u n ’e lab o razio n e p arad o ssa le d i questa trad izio n e q u a n ­d o l ’ayatollah R u h o llah K h o m e in i id en tifica il « G ra n d e Satana» n on co n u n ’eresia, né con u n p erso n a ggio d em o n ia co (il p o v e ro p icco lo C a rte r n o n era di taglia), ben sì co n u n a nazione?

L a seco n d a ragion e è stata la g rad u ale p erd ita d i va lo re del lin ­gu a g g io sacro stesso. S cr iv e n d o d e ll ’E u ro p a m e d io ev ale , B lo c h fa n otare ch e «il latin o n o n era so lo l ’u n ica lin g u a in c u i s ’insegnava, era a n ch e l ’unica a essere insegnata» 15 (Q u e s to s e c o n d o «u n ica» m o stra b e n e la sacra lità d e l la tin o: n e ssu n ’a ltra lin g u a era c o n s i­derata d egn a d i essere insegnata). G ià n el ’500 p e rò tu tto c iò stava c a m b ia n d o r a p id a m e n te . N o n a t t a r d ia m o c i s u l le r a g io n i d e l cam biam en to: l ’im p o rtan za decisiva d e l capitalism o-a-stam pa* sarà discussa p oi. Sarà su fficien te ricordarsi d elle sue p ro p o rz io n i e v e lo ­cità. F e b v re e M a rtin h a n n o stim ato ch e il 7 7 % d e i lib ri stam pati prim a del 1500 era n o an cora in la tin o (il ch e significa, tra l ’altro, ch e

I4H e n u i d e M o n t e s q u i e u , Les Lettres Persanes (lettera X X I X , p. 60), p u b b li­cate p e r la prim a volta n e l 1721.

15B lc x ;h , Feudal Society, I , p. 7 7 . C o rs iv o mio.' [ I l term ine inglese è print-capitalism. L o traduco con «capitalism o-a-stam pa»,

com e si d ire b b e «aereo a reazione» o «nave a vapore». Nota d el curatore]

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il 2 3 % era in vo lg a re )16 Se d e lle 88 e d iz io n i stam p ate a P a rig i nel 1501, tu tte tran n e 8 erano in latin o, d o p o il 15 75 la m aggio ran za è sem p re stata in fra n cese 17. A p arte u n tem p o ra n eo rito rn o d u ran te la C o n tro rifo rm a , l ’ e gem o n ia d e l la tin o era o rm a i co n d a n n a ta . E non si tratta so lo di una gen erica p o p o la rità . P o c o d o p o , a u n a velo- i ita n o n m e n o v e rtig in o s a , il la tin o sm ise d i e ssere il lin g u a g g io d ell’alta in te lligh en zia p an -eu ro p ea . N e l ’600 H o b b e s (158 8 -16 78 ) In una figura ricon o sciu ta a livello co n tin en ta le p o ic h é scrisse nella lingua-verità . S h a k e sp e a re (1 5 6 4 -1 6 1 6 ) , al co n trario , s c r iv e n d o in volgare, era v irtu a lm en te sco n o sc iu to al d i là della M a n ic a 18. E se l'in g lese n on fo sse d iv en ta to , d u e seco li d o p o , la lin g u a im p eria le p red o m in an te n el m o n d o , sareb b e fo rse rim asto n ella sua o rig in ale ('scu rità in su lare . In ta n to i lo r o c o n te m p o ra n e i di o ltre -M a n ic a , co m e D e sca rte s (15 9 6 -16 5 0 ) o P a s c a l (1 6 2 3 -1 6 6 2 ), c o n d u c e v a n o gran p arte della lo ro co rrisp o n d en za in latin o; quella d i V o lta ire era però quasi tutta in v o lg a re 19. D o p o il 1640, « co n sem p re m e n o o p e ­re p u b b lica te in la tin o , e sem p re p iù in lin g u e volgari, il co m m e rcio del lib ro si fram m en ta in E u ro p a » 20. In u n a p arola, il d e ca d e re del latino e se m p lificò u n p ro ce sso p iù a m p io in cu i le co m u n ità sacre integrate da v e cch i lin g u a gg i sacri fu ro n o grad u alm en te fra m m e n ta ­le, p lu ra lizza te e territoria lizzate.

II. R E G N O D IN A S T IC O

< )g g i è d ifficile calarsi in un m o n d o in c u i il regn o d in astico a p p a ri­va ai p iù l ’u n ico sistem a «p o litico » im m agin ab ile . P e rc h é , da p a r e c ­chi p u n ti d i vista d ecisiv i, u n a «seria» m o n arch ia si o p p o n e a tu tte le m o d ern e vision i d i v ita p olitica . U n g o v e rn o m o n a rch ico o rg an izza tu tto in to rn o a un cen tro su p erio re . L a sua leg ittim ità d eriva d alla d ivinità, n on dai p o p o li, ch e d o p o tu tto so n o su d d iti, n o n cittad in i. N ella co n ce z io n e m o d ern a, la sovran ità d i u n o stato è o p era tiv a in m o d o rig id o , p ien o , u n iform e, su o gn i cen tim etro q u a d ra to di un le rrito rio le g a lm e n te d e m a rca to . M a n e lla c o n c e z io n e p iù a n tica , <] li an d o g li stati e ra n o d e fin iti d a ce n tri, i c o n fin i e ra n o p o r o s i e in d is t in t i , e le s o v r a n ità s c o lo r iv a n o im p e r c e t t ib i lm e n t e l ’u n a n ell’a ltra21. D a c iò deriva, p arad o ssa lm en te , la facilità c o n cu i im p eri

16L u c i e n F g b v r e e H e n r j - J e a n M a r t i n , The Corning o f th e B o o k, p p . 1 4 8 -4 9 .17I b i d p. 32 1.lsIbid., p. 330.19I b i d pp. 3 3 1 -3 2 .20Ibid ., pp. 2 32 -33 .21 Si noti la co n fu sio ne n ella n o m e n clatu ra dei leader che d e riv a da questa

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e re g n i p r e -m o d e r n i p o te r o n o s o ste n e re il p r o p r io d o m in io su p o p o la zio n i assolutam en te e tero gen ee , e sp esso n ean ch e co n tig u e , p e r lun gh issim i p erio d i d i tem p o 22.

V a rico rd a to che questi antich i stati m o n arch ici si e sp a n d e va ­n o n o n solo p e r gu erre, m a an ch e p e r p o litica sessuale - un gen ere b en d iverso da q u e llo p raticato ogg i. T ram ite il p rin cip io gen era le di verticalità, i m atrim on i d in astici p o rtaro n o so tto n u o v i vertici in tere p o p o la z io n i. E se m p la re fu la C a sa ta d ’A s b u r g o . C o m e d ice v a la m assim a, B ella gerant alti, tu fe l ix A ustria n u b el Q u i, in fo rm a un p o ’ ab b reviata , rip o rtiam o g li ultim i titoli della d in astia23:

Im p e ra to r e d ’A u s t r ia ; R e d ’U n g h e ria , d i B o e m ia , d i D a lm a z ia , C ro a z ia , S la v o n ia , G a liz ia , L o d o m e r ia , e I l l i r ia ; R e d i G e r u s a ­le m m e , ecc; A r c id u c a d ’ A u s tria ; G r a n d u c a d i T o s c a n a e C r a c o ­v ia ; D u c a d i L o ta rin g ia , d i S a lisb u rg o , S t ir ia , C .a rin zia, C a r n io la , e B u c o v in a ; G r a n d u c a d i T r a n s ilv a n ia , M a r g ra v io d i M o r a v ia ; D u c a d e ll ’A lt a e B a ssa S le s ia , d i M o d e n a , P a rm a , P ia c e n z a e G u a s ta lla , d i A u s s c h w itz e S ato r, d i T e s c h e n , R a g u sa d e l F r iu l i e Z a ra ; C o n t e m a g n ific o d i A s b u rg o e T ir o lo , d i K y b u r g , G o r z e G ra d is k a ; D u c a d i T r e n t o e B re ss a n o n e ; M a rg r a v io d e ll’A lt o e B a ss o L a u s it z e d e l l ’ Is t r ia ; C o n t e d i H o h e n e m b s , F e ld k ir c h , B re g e n z , S o n n e n b e rg , e cc.; S ig n o re d i T r ie s t e , d i C a tta ro e d e lla M a rc a d i W in d is c h ; G r a n V o y v o d a d e lla V o y v o d in a , S e rb ia ... ecc.

Q u e s to era, co m e fa g iu stam en te n otare Jàszi, «n on senza un effe tto p iu tto s to co m ic o , (...) il r ie p ilo g o d e g li in n u m e re v o li m a trim o n i, scam b i e co n q u iste degli A sb u rg o » .

In ream i d o v e la p o lig am ia era p u n ita dalla religion e, co m p les­si sistem i d i stan co co n cu b in a g g io d iven iva n o essenziali all’integra-

trasfo rm azio ne . G l i sc o la ri r ic o rd a n o i re d al lo ro n om e p r o p r io (q u a l era il cognom e di G u g lie lm o il C o n q u ista to re ?), e i presidenti dal lo ro cognom e (q u al era il nom e p ro p rio di E b e rt?). In u n m o ndo d i «c itta d in i» , tutti teoricam ente in co n d iz io n e d i essere eletti presidenti, lo spettro lim itato dei n o m i p ro p ri risulta inadeguato com e designazione specifica. N e l caso delle m onarchie, al contrario, in cu i il potere è lim itato a una sola fam iglia, è necessariam ente il nom e p ro p rio , con n um e ri o sop ran n om i, a fo rn ire le necessarie d istin zion i.

22Possiam o q u i notare en passant che N a im ha ragione q u an d o descrive l ’A tto di U n io n e del 1 7 0 7 tra In g h ilte rra e Scozia com e u n «a cco rd o tra p a triz i», nel senso che gli architetti d e ll’un io n e eran o in effetti p o lit ic i aristocratici. {V e d i la lu c id a d iscu ssio n e a questo p ro p o sito in T h e Break-up o f B rita in , p. 1 3 6 ) . E co m u nq ue d iffìc ile im m aginare un patto d i tal genere stretto dalle aristocrazie di due repubbliche: il concetto d i Regno U n ito fu certam ente l ’elem ento m ediatore che lo rese possibile.

23O s c a r J a s z i , The D issolution o f the Habsburg Monarchy, p . 3 4 .

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/.ione del regno. In fatti i lign aggi reali o tten evan o sp esso il lo ro p re ­s t ig io , al d i là d i o gn i aura d i divinità, p e r co sì d ire, da « in croci»24, p oich é q u esti era n o segni d i u n o status sup eriore . E caratteristico d ie n essun a d in astia p ro p ria m en te «in glese» a b b ia m ai regn ato a L on d ra d a ll’u n d icesim o seco lo (sem m ai ce n ’è stata una); e quale '■ nazionalità» d o vrem m o assegnare ai B o rb o n i25?

D u ra n te il ’600 co m u n q u e , p e r ragio n i su cu i n o n in sisto, la legittim ità autom atica delle m o n arch ie sacrali co m in ciò len tam en te .1 declin are in E u ro p a occid en ta le. N e l 164 9 C h arles S tu art fu d e c a ­pitato n ella p rim a riv o lu zio n e d e l m o n d o m o d e rn o e, d u ran te gli inni ’5 0 d e llo stesso seco lo , u n o d e g li stati eu ro p ei p iù im p o rtan ti fu

go vern ato d a un P ro tetto re p le b e o p iu tto sto ch e d a un re. C o m u n ­que an co ra n e ll’età d i P o p e e A d d is o n , A n n a Stuart cu rava i m alati im p o n en d o le m an i reali, u n gen ere di cu re p raticato an ch e dai B or- l>oni, L u ig i X V e X V I , n ella F ra n cia d e ll’illum in ism o fin o alla fine c lell’«ancien régim e»26. D o p o il 17 8 9 , p erò , il p rin cip io d i legittim ità i lo vette essere fo rte m e n te e co sc ie n te m e n te d ifeso , e n el farlo , la •■ m o n a rch ia » d iv e n n e un m o d e llo s e m i-sta n d a rd izz a to . T e n n o e Figli d e l C ie lo d iven n ero «Im peratori» . N e l lo n ta n o Siam , R am a V (( Ihulalongkorn) in viò i su o i fig li e n ip o ti alle co rti di San P ie tro b u r­go, L o n d ra e B erlin o p e r im p arare le co m p lessità d e l m o d e llo m o n ­diale. N e l 1887 istitu ì il p rin cip io d e lla su ccessio n e al p rim o gen ito r ico n o sciu to leg a lm en te , p o rta n d o q u in d i il S iam «in lin e a co n le civ ilizzate m o n arch ie d ’E u ro p a » 27. II n u o v o sistem a p o rtò a l tron o nel 19 10 un e ccen trico o m o sessu ale ch e sareb b e stato certam en te

24S o p ra ttu tto n e ll’A sia p re -m o d e rn a . M a lo stesso p r in c ip io esisteva n ella monogama E u ro p a cristiana. N e l 1910, un certo O tto F o rst p u b b lic ò il suo/4Z>- Hentafel Seiner Kaiserlichen und Kòniglichen H oheit des durchlauchtigsten Herrn l''nberzogs Franz Ferdinand, in cu i elencava 2 .0 4 7 antenati d e ll’a rc id u ca che stava per essere ucciso. In c lu d e v a n o 1.486 tedeschi, 124 francesi, 196 italian i, 89 spa­gnoli, 52 p o lacchi, 4 7 danesi, 20 inglesi, p iù a ltri appartenenti ad altre quattro nazionalità. Q uesto «curio so docum ento» è riportato ibid., p. 136. N o n resisto nlla tentazione di citare la notevole reazione d i F ran ce sco G iu s e p p e alla notizia ileU’o m ic id io d e ll’eccentrico erede designato: « In questo m odo, una forza sup e ­riore ha restaurato q u e ll’o rd in e che io, sfortunatam ente, n o n fu i capace di m an­tenere» (Ibid., p. 125).

25G e lln e r accentua la t ip ica estraneità delle d in astie, ma in terp reta il feno­m eno in senso tro p p o ristretto: i n o b ili lo c a li preferisco n o un re straniero p ro ­prio perché n o n pren derà partito nelle lo ro rivalità interne. Thought and Change, p. 136.

26M a r c B l o c h , Les Rois Thaumaturges, pp. 39 0 e 398-99.27N o i ; l A . B a t t y e , T h e M ilitary, Governm ent and Society in Siam, 1868-1910,

tesi d i dottorato in filo sofia, C o rn e ll 1974, p. 2 70.

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scartato nei tem p i antichi. C o m u n q u e , l ’a p p ro v a z io n e d elle m o n a r­ch ie alla sua ascesa al tro n o ven n e attestata d alla p resen za, alla sua in co ro n azion e, di p rìn cip i britann ici, russi, greci, svedesi, danesi, e p ersin o g iap p o n esi28!

A n co ra nel 19 14 , gli stati dinastici erano i m em b ri p iù n u m e ­rosi del sistem a p o litico m o n d iale , an ch e se (co m e n o te re m o in d e t­ta g lio p iù a v a n ti) m o lte d in a s t ie c e r c a v a n o d a t e m p o d i d a rs i u n ’im p ro n ta « n azio n a le» , m an m a n o ch e il v e c c h io p r in c ip io d i legittim ità scivo lava via. M e n tre le arm ate di F e d e ric o il G ra n d e (r. 174 0 -178 6 ) a b b o n d a va n o di o rg an ico straniero, q u e lle del su o b is ­n ip o te F ed erico G u g lie lm o III (r.1797-18 4 0 ) eran o , grazie alle sp e t­ta c o la r i r ifo rm e d i S ch a rn h o rst, G n e is e n a u e C la u s e w itz , e s c lu ­sivam en te «n azional-prussiane»29. \

PERCEZIONI DEL TEMPO

S a re b b e co m u n q u e sbagliato p en sare ch e le co m u n ità im m agin ate d i n azio n i d e riv in o dal sem p lice rim p ia zzare co m u n ità re lig io se e regn i dinastici. S o tterran eo risp etto al d e c lin o d i co m u n ità , l in g u a g ­g i e lign aggi sacri, avven iva un m u tam en to fo n d a m e n ta le n el m o d o d i p e r c e p ir e i l m o n d o , c h e , p iù d i o g n i a l t r o , r e s e p o s s ib i le «pensare» la n azione.

P e r m eglio co m p re n d ere q u esto ca m b iam en to , vo lg ia m o ci alle rap p resen tazio n i visu ali d elle co m u n ità sacre co m e rilievi e vetrate delle ch iese m ed io evali, o a ffreschi dei m aestri italiani e fiam m inghi. U n a caratteristica di tali ra p p resen ta zio n i è q u a lco sa d ’in gan n evol- m en te an alo go al «vestire m o d ern o » . I p asto ri ch e segu iro n o la ste l­la fin o alla m an giato ia d o v e n a cq u e C r is to in d o ssa n o gli a b iti dei co n ta d in i b u rg u n d i. L a V erg in e M a ria è ra ffigu rata co m e la fig lia di un m e rc a n te to sc a n o . In m o lti q u a d ri, c o lu i c h e co m m is s io n a il d ip in to ap p are, in abiti b o rg h e si o n o b ili, in g in o c ch ia to in a d o ra ­zio n e accan to ai pastori. Q u e llo ch e o g g i ci sem b ra assu rdo, sem -

28 Stephen G reen e, T h a i G overn m ent and A d m in istra tion in the Reign o f Rama V I (1910 -19 25) tesi d i dottorato in filo sofia, U n iv e rs ity o f L o n d o n 1 9 71 , p. 92.

29 P iù d i 1.000 dei 7-8.00 0 u ffic ia li d e ll’esercito p ru ssia n o erano stranieri. « I bo rghesi p ru ssia n i erano presenti nel p ro p rio esercito in n u m e ro m in o re degli stranieri; questo dava spessore al detto secondo c u i la P ru ssia n o n era u n a n a ­zione co n un esercito, ma un esercito co n u n a nazione». N e l 1 79 8 rifo rm a to ri p ru ssia n i chiesero una «rid u zio n e del 5 0 % del n um e ro d i stranie ri, che co stitu i­van o ancora metà del totale dei so ldati sem p lici...» A lfred V agts, A History o f M ilitarism , p p . 64 e 85.

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I)rava d el tu tto n atu rale agli o c c h i d ei fe d e li m e d io ev ali. E c c o un m o n d o in c u i la ra p p resen ta zio n e della realtà im m agin ata era quasi un icam en te visiva o vo ca le. Il cristianesim o ha assunto la sua fo rm a universale tram ite u n a m iriade d i sp ecific ità e particolarità: q u esto rilievo, quella vetrata, q u esto serm on e, q u ella storia, q u e sto esem p io ili m oralità, quella reliquia. M e n tre il c lero tra n s-eu ro p eo e cap ace• li leggere il latin o era u n e le m e n to fo n d a m en ta le n e llo strutturare

l'im m agin ario cristiano, n o n m en o vita le era la trasm ission e di q u e ­ste co n cezio n i alle m asse an alfabete , tram ite creazio n i visive o v o c a ­li, sem p re p erso n ali e p articolari. L’u m ile p re te p arro cch ia le , d i cu i s-1 i ascoltato ri c o n o s c o n o a n ten ati o fragilità , era a n co ra il d iretto in term ediario tra i suoi p arro cch ian i e la d ivinità. Q u e s ta g iu sta p p o ­sizion e di cosm ico -u n iversa le e terren o -p a rtico lare stava a sign ificare i he, p e r q u a n to vasta la cristianità p o tesse essere, essa si m anifestava •<diversam ente» a p artico la ri co m u n ità sveve o an d alu se co m e lo ro co p ie . E ra in im m ag in ab ile - n ello sp irito d i fed e ltà p ro p rio d i un m useo m o d e rn o - ra ffigurare la V erg in e M aria in ab iti «sem itici» o con co stu m i d el I seco lo d. C ., in q u a n to il p en siero cristiano m e ­di o evale n o n p e rce p iv a la storia co m e un a caten a in fin ita d i cause i'd effetti, né p o n e v a un a n etta sep a ra zio n e tra p resen te e p assato 30. B loch osserva ch e la gen te p en sava di essere p ro ssim a alla fin e del icm p o , p erch é la seco n d a v en u ta d i C risto sareb b e p o tu ta a ccad ere da un m o m e n to a ll’altro: San P a o lo aveva d etto ch e « il g io rn o d e l S ign o re vien e co m e un la d ro n ella n otte» . E ra q u in d i n aturale p e r il {•.rande cron ista d e l X I I secolo , il v e sco v o O tto d i F re isin g , parlare spesso d i «noi che siam o stati p o sti alla fin e d el tem p o » .

B lo ch arriva alla co n clu sio n e ch e a p p en a gli u o m in i m e d io ev a ­li «si d e d icav an o alla m ed ita zion e , n ien te e ra p iù lo n ta n o dai lo ro p en sieri ch e la p ro sp e ttiv a d i u n lu n g o fu tu ro p e r u n a g io v a n e e vigo ro sa razza um an a»31. A u e rb a c h o ffre un in d im en ticab ile sch izzo

ili tale fo rm a d i co scien za 32:

Se u n fa tto co m e il s a c rif ic io d i Is a c c o v ie n e in te rp re ta to q u ale p re fig u ra z io n e d i q u e llo d i C ris t o , c o s ic c h é n e l p r im o è p e r co sì d ire p ro m e ss o e a n n u n c ia to i l s e c o n d o , e i l s e c o n d o « in te g ra » i l p rim o - « fig u ra m im p le re » è l ’e sp re ssio n e usata - v ie n e sta b ilita

,0P e r n o i l ’idea d i «vestiti m o d ern i» , u n ’e quiparazio ne m etaforica d i passato e presente, è u n celato ricon o scim en to del lo ro essere fatalmente separati.

3 ’ B l o c ì i , Feudal Society, I , pp. 84-86.32A u e r b a c h , M im esis, p. 84 (trad. it.). C o rs iv o m io. Pensate a lla descrizione

d e ll’A n tic o T estam ento d i S. A go stino com e « l’o m b ra del [e q u in d i spin to indie- i ro d a l] futuro ». C itato in B l o c h , Feudal Society , I , p. 90.

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u n a c o n n e ssio n e tra d u e a vv e n im e n ti ch e n o n so n o legati né c r o ­n o lo g ic a m e n te né ca u sa lm e n te , u n a co n n e ssio n e ch e la ra g io n e n o n p u ò s ta b ilire in sen so o riz z o n ta le , a m m e tte n d o p e r qu esta p a ro la u n ’e ste n sio n e te m p o ra le . Si tratta u n ica m e n te d i s ta b ilir la c o lle g a n d o v e rtic a lm e n te i d u e fatti c o n la p o te n za d iv in a , ch e so lta n to in tal m o d o p u ò cre a re u n p ia n o d e lla sto ria e so lta n to p u ò d a r la c h ia v e d e lla sua c o m p re n sio n e . V ie n e s c io lto il legam e te m p o ra le -o riz z o n ta le e ca u sa le d e i fa tti, ì 'b ic et n u n c n o n è p iù e le m e n to d i u n c o rs o te rre n o , è in v e c e s im u lta n ea m e n te c o sa s e m p re stata e ch e s i c o m p ie n eU ’a w e n ir e ; e d è p ro p ria m e n te d a v a n ti a l l ’o c c h io d iv in o co sa etern a d ’o g n i te m p o , g ià c o m p iu ta in a vv e n im e n ti te rre n i fra m m e n ta ri.

G iu stam en te , A u e rb a c h so tto lin ea ch e un a tale id ea di sim ultaneità c i è co m p leta m en te estranea. Il tem p o è visto co m e ciò che B e n ja ­m in chiam a tem p o m essianico , u n a sim ultan eità d i p assato e fu tu ro in u n presen te istan tan eo 53. In un tale m o d o d i p en sare, il term in e «nel frattem p o » n on p u ò sign ificare m o lto .

L a n ostra co n ce z io n e d e lla sim ultan eità si è svilu p p ata in un lu n g o p erio d o di tem p o , e la sua a p p arizio n e è certam en te con nessa, in m o d i ch e d o vra n n o essere a n co ra studiati b en e , con lo svilu p p o d e lle sc ien ze la ich e. E p e r ò u n a c o n c e z io n e d i c o s ì fo n d a m e n ta le im p o rta n z a c h e , sen za te n e rn e il d o v u to c o n to , s a r e b b e d iff ic ile in d ag are l ’o scu ra gen esi d e l n azio n alism o. A so stitu ire il co n ce tto m ed io ev a le di s im u ltan e ità -n el-co rso -d el-tem p o è stata, p e r citare an co ra B en jam in , u n ’id e a di « tem p o v u o to e o m o g e n e o » , in cu i la sim ultaneità è o b liq u a 34, trasversale al tem p o , scandita n on d a p re fi­g u ra zio n e e ad em p im en to , m a d a sincronia, m isurata d a o ro lo g i e calendari.

P e rc h é tale tra sfo rm a zio n e sia co sì im p o rta n te p e r la nascita d elle co m u n ità im m agin arie d e lle n azio n i, d iven ta p iù ch ia ro se c o n ­sideriam o la struttura d i d u e fo rm e di rap p resen tazio n e ch e co m in ­c iaron o a svilup p arsi nel ’700, il ro m a n zo e il g io rn ale35; q u este fo r ­m e o ffr iro n o gli strum en ti tecn ici p e r « rap p resen tare» q u e l tip o di co m u n ità im m agin ata ch e è la n azione.

C o n s id e r a te in n a n z itu tto la s tru ttu ra d e l ro m a n z o v e c c h io stam p o, un a struttura tip ica n o n so lo d e i ca p o la v o ri d i B a lza c , m a

53W a l t e r B e n ja m in , Illum inations, p. 265.54 Ibid.., p. 2 6 3. C o s ì p ro fo n d a m e n te ra d ica ta è qu esta n u o v a id e a ch e si

potrebbe dedurre che ogni concetto m o d ern o essenziale è basato s u ll’idea d i «nel frattem po».

J ,M e n tre La p rincesse de C lè v es era già a p p a rsa n e l 1 6 7 8 , l ’e p o ca d i R i­chardson, D e fo e e F ie ld in g sarà il p rim o ’70 0 . L e o rig in i dei q u o tid ia n i m o d ern i sono le gazzette olandesi d el tardo ’600; ma il q u o tid ian o si diffuse com e genere

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nuche d e i ro m a n za cci od iern i. E ssa è ch iaram en te u n o stru m en to p er la ra p p rese n ta zio n e d e lla sim u ltan e ità in u n « tem p o v u o to e o m o gen eo » , ossia una co m p lessa p arafrasi d e l term in e «nel fra ttem ­po». P ren d e te , a sco p o illu strad vo , un segm en to della tram a d i un rom an zo, in c u i un u o m o (A ) ha un a m o glie (B) e u n ’am an te (C ) t lie a sua vo lta ha un altro am ante (D ). P o ssiam o im m agin are una sorta d i g rafico tem p o ra le p er tale segm en to , co m e segue:

icmpo: I I I III

t renti: A litiga con B A telefona a C D si sbronza in un barC e D fanno l ’amore B fa compere A cena a casa con B

D gioca C fa un sognoa b ilia rd o minaccioso

N o tate ch e in questa seq u en za A e D n o n s’in co n tra n o m ai, e p o sso ­no an ch e ign o rare l ’esisten za l ’u n o d e ll’altro, se C ha g io ca to b e n e le sue ca rte36. C o s ’è ch e d u n q u e lega A a D ? D u e co n cetti c o m p le ­m entari: p rim o , ch e en tram bi fan n o p arte di una «società» (W essex,1 u b ecca , L o s A n g eles). Q u e s te società so n o entità so c io lo g ich e di co si so lid a e stab ile realtà, ch e i lo ro m em b ri (A e D ) p o sso n o p e r fi­no ven ir d escritti m e n tre s ’in cro cia n o p e r la strada, sen za m ai c o ­noscersi57, e co m u n q u e essere co n nessi. S e co n d o , ch e A e D son o in ch io d ati n ella m en te d e l le tto re o n n iscien te. S o lo lu i, co m e d io , ved e A tele fon are a C , B fare sp ese e D gio care a b iliard o , tu tti n ello stesso m o m e n to . C h e tu tti q u e sti atti s ian o co m p iu ti n e llo stesso tem p o m etrico , m a da attori ign ari l ’u n o d e ll’ altro, m o stra la n ovità di q u esto m o n d o im m agin ario e v o ca to d a ll’au to re n ella m en te del lettore38.

L’id e a di un o rg an ism o so cio lo g ico ch e si m u o v e o rd in a ta m en ­te in u n te m p o v u o to e o m o g e n e o , h a un a p re c is a a n a lo g ia co n l’idea di n azio n e , co n cep ita a n ch ’essa co m e una so lida co m u n ità ch e

d i s t a m p a s o lo d o p o il 1700. F e is v r e e M a r t i n , T h e Com ing o f the B ook, p . 197.w In effetti, l ’e fficacia della tram a p u ò dipendere, nei m om enti I , I I , I I I , dalla

recip roca ignoranza delle a zio n i d i A , B , C e D .57Q uesta p o lifo n ia segna la netta dem arcazione del rom anzo m o dern o rispetto

persino a un p re cu rso re b rilla n te quanto il Satyricon d i P etro nio . L a sua n arra ­zione p ro ce d e su un sin g o lo p ian o . Se E n c o lp io s i lam enta della m ancanza d i lede del suo giovane amante, n o n c i v ien e sim ultaneam ente m ostrato G ito n e a letto con A scilto.

38In q u e sto co n te sto è in te re ssa n te p a ra g o n a re i ro m a n z i s to r ic i c o n d o ­cum enti o esem pi d i n arra zio n i o rig in ali del p e rio d o preso in esame.

si sp o sta g iù (o su) lu n g o la storia39. U n a m erican o in co n tre rà o co n oscerà d i n o m e solo una m in u sco la m anicata dei su o i m ilioni d i co m p atrioti am ericani. N o n ha n essuna id e a d i c iò ch e essi stian o m ai fa ce n d o . H a p e rò p ien a fid u c ia della lo ro co stan te, an o n im a, sim ultanea attività.

L a p ro sp ettiva ch e sto su gg eren d o sem brerà fo rse m en o astrat­ta se ci d e d ich e re m o b re ve m e n te a quattro esem p i d i narrativa di d ifferen ti c u ltu re e d e p o c h e , tu tti tra n n e u n o leg a ti a m o vim en ti nazionalisti. N e l 18 87, il « P ad re d e l N a zio n alism o F ilip p in o » , José R izal, scrisse il ro m an zo N o li M e Tangere, ch e o g g i è co n sid era to il p iù a lto e s e m p io d e lla le t te r a tu r a f i l ip p in a . F u a n c h e il p r im o ro m an zo scritto da un « In dio»40. E c c o il suo m era vig lio so in izio 41 :

V e rso la f in e d i o tto bre , D o n Santiago de lo s S a n to s, c o n o sc iu to d a t u t t i c o m e C a p it a n T ia g o , sta va p e r d a re u n r ic e v im e n t o . A n c h e se, c o n tro le sue a b itu d in i, lo aveva a n n u n c ia to so lo q u e l p o m e rig g io , questo fatto era già l ’a rg o m e n to d i tutte le co n v e rsa ­z io n i a B in o n d o , in a ltr i q u a rt ie r i d e lla c ittà, e p e rs in o n e lla «città in te rn a » d i In tra m u ro s . In q u e i g io r n i C a p ita n T ia g o aveva fam a d i o sp ite m u n ific o . S i sape va ch e la su a casa, co m e la sua terra , eran o a p e rte a tutto , tra n n e al c o m m e rc io e a q u a ls ia s i id e a n u o v ao risch io sa .C o s ì la n o tiz ia si d iffu s e co m e u n a sco ssa e le ttric a lu n g o la c o ­m u n ità d i p a rassiti, s c ro c c o n i e o s p it i n o n in v ita ti ch e D io , n ella Su a in f in ita b o n tà , ha cre a to e così a ffettu o sam en te fa m o ltip lic a - re a M a n ila . A lc u n i c e rc a ro n o il lu c id o p e r i lo ro stiv a li, a ltri i fer- m a co lle tti e le cra v a tte . T u t t i p e rò e ra n o p re o c c u p a ti d i co m e o s s e q u ia re i l lo r o o sp ite c o n la f a m ilia r it à r ic h ie s t a p e r cre a re l ’a p p a re n za d i u n a lu n g a a m iciz ia o, n e l caso, d i s cu sa rsi p e r n o n e sse re a rr iv a t i p rim a . L a ce n a v e n n e o ffe rta in u n a ca sa in v ia A n lo a g u e . P o ic h é n o n r ic o rd ia m o i l n u m e ro esatto , la d e s c riv e re ­m o in m o d o ch e sia p o s s ib ile ric o n o sc e rla , se m p re ch e i te rre m o ti

59N iente m ostra m eglio l ’ im m ersione d e l rom anzo in un tem po vuo to e o m o­geneo quanto l ’assenza d i quelle genealogie in trodu ttive, spesso risalenti alle o r i­gin i stesse d e ll’uom o, che sono u n a caratteristica co sì tip ica d e g li a n tic h i ra c ­conti, leggende e lib r i sacri.

40R iz a l scrisse questo rom an zo n e lla lin g u a co lo n ia le (lo sp ag n o lo ), ch e era allora la lin g u a franca delle élite e urasiatiche e native d i d iverse etnie. A ccan to al rom anzo, apparve p e r la prim a volta una stampa «nazionalista», n on solo in spa­gnolo ma anche in lin g u e «etniche», q u ali il tagalog o l ’ilo cano . V e d i L e o p o l d o

Y . Y a b e s , The M odem Literature o f the Philippines, pp. 2 8 7-30 2 , in Littératures Contem poraines de l 'A s ie du Sud-Est, a cu ra d i P ie rre -B e rn a rd L afo n t e D enys L o m b ard .

4lJosÉ R i z a l , N o li M e Tangere (Istitu to N a cio n a l de H is to ria , M a n ila 19 78), p. 1. M ia traduzione.

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n o n l ’a b b ia n o già d istru tta . N o n cre d ia m o ch e i l su o p ro p rie ta rio la b b ia fatta a b b atte re , v isto ch e tale c o m p ito v ie n e d i so lito la ­sciato a D io o alla n a tu ra ch e , c o m u n q u e , ha già n u m e ro s i c o n ­tra tti co n il n o s tro G o v e rn o .

S u p e rflu o o gn i co m m en to . B asterà n o ta re ch e l ’im m a gin e in iziale (•lei tu tto n u o v a p e r la le t te r a tu r a filip p in a ) d i u n r ic e v im e n to diMMisso da centin aia di p erso n e in n o m in ate , ch e n o n si co n o sco n o , in p.trti d ecisam en te d iverse d i M an ila , in un p artico la re m ese di un p articolare d e cen n io , evo ca im m ed iata m en te la co m u n ità im m agi- II.ita. E nella frase «in un a casa in via A n lo a g u e » « d escriverem o in mi m o d o che sia p o ssib ile ricon o scerla» , chi d o v re b b e ricon oscerla ■.i nno i letto ri-n oi-filip p in i. L a casuale p ro gressio n e d i q u esta casa■ I.il tem p o «interiore» d e l ro m an zo al tem p o «esteriore» della vita i|itotid iana d i un le tto re (di M a n ila ) o ffr e un a co n fe rm a ip n o tica ilclla so lid ità d i un a s in g o la co m u n ità , c h e a b b ra c c ia p erso n a g g i, n itore e le tto re , m u o v e n d o s i a va n ti lu n g o un te m p o o rd in a to 42. N otate an ch e il to n o . M e n tre R izal non ha la m in im a id e a d e ll’iden- i il à in dividuale dei suoi lettori, e p p u re scrive p e r lo ro co n u n ’iron ica intim ità, co m e se le re lazio n i co n o g n u n o d i essi n o n fo sse ro p er niente p ro b lem a tich e 43.

N ie n t e d à u n s e n s o m a g g io r e d i n e tta d is c o n t in u it à ch e■ ( m fron t are N o li co n il p re ced e n te , p iù ce leb rato la vo ro letterario di un « In d io » , F ra n c isc o B alagtas (B altazar): La Storia d i F iorante eI Mira n e l regno d i A lb a n ia , la cu i p rim a e d izio n e è datata 18 6 1, m a ih e p o tre b b e essere stata co m p o sta già n el 183844. A n c h e se Balag- las era an co ra v iv o q u a n d o R izal n acq u e, il m o n d o d e l su o c a p o la ­vo ro era so tto o g n i a sp etto estran eo a q u e llo d i N o li. L a sua am ­b ien tazione, un a sp le n d id a A lb a n ia m ed io evale , è sp aven tosam en te lontana n ello sp azio e n el tem p o dalla B in o n d o d eg li anni in to rn o al 18 8 0 .1 suoi eroi, F io ran te , un n o b ile cristian o alban ese, e il su o am i­co d e l cu o re A la d in o , u n aristocratico m u su lm an o (« M o ro » ) p ersia­no, ci ricord an o i filip p in i so lo a causa d e l legam e cristiano-m oro.

42Notate ad esem pio il sottile slittam ento di R izal, nella stessa frase, dal tempo passato di «ha creato» (crió), al tem po presente d i «fa m o ltip licare » (multiplied).

43L ’altra faccia d e ll’o scuro anonim ato d el lettore e ra/è l ’im m ediata celebrità ile ll’autore. C o m e vedrem o, questo a no n im ato/celebrità deve tutto a l d iffo n d e rsi del capitalism o-a-stam pa. G ià n el 1593, e n e rg ici fra ti d o m in ican i avevano p u b b li­cato a M a n ila la D ottrina Christiana. M a nei secoli seguenti la stam pa rim ase strettam ente sotto il co n tro llo ecclesiastico . L a lib e ra lizza zio n e co m in c iò solo d o p o il 1860. V e d i B i l n v e n h j o L . L u m u e r a , Tagalog Poetry 1570-1898, Tradition iw d Influences in its D evelopm ent, pp. 3 5 , 93.

A4Ihid., p. 115.

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L a d d o v e R izal co sp arge la sua p ro sa sp agn o la c o n v o ca b o li tag alo g p e r effetti «realistici», satirici o nazionalistici, B alagtas m ischia, sen ­za ren dersen e co n to , frasi sp agn o le alle sue qu artin e tag alo g sem p li­cem en te p er m igliorare la g ran d e u r e la so n o rità della sua dizion e. N o li d o veva essere letto , m en tre Fiorante e Laura d o ve va essere ca n ­tato ad alta vo ce . Q u e llo ch e p iù co lp isce è co m e B alagtas m an eggia il tem p o. C o m e fa n otare L u m b era , «lo svo lg im en to d ella tram a non seg u e u n o rd in e cro n o lo g ico . I l ra cco n to co m in c ia in m edias res, co sicch é la storia co m p leta ci arriva tra m ite u n a serie d i m o n o lo g h i ch e fu n g o n o da flashback»45. Q u a s i la m età d e lle 399 quartin e c o n ­tien e ep iso d i della g io v in ezza di F ioran te , g li ann i d i studio ad A te ­n e e le sue im p re se m ilitari, ch e l ’e ro e ra cco n ta co n v e rsa n d o co n A la d in o 46. I «flashback parlati» eran o l ’u n ica alternativa p er B a lag ­tas a un a narrativa p iatta e rettilinea. V en iam o a co n o scen za dei p a s­sati «sim ultanei» d i F io ra n te e A la d in o , so lo p e rc h é essi so n o legati d alle lo ro v o c i ch e co n versan o , n o n dalla stru ttu ra del p o e m a epico . C o m ’è d istan te q u e sta te cn ica d a q u e lla d e l ro m a n zo : «In q u ella stessa p rim avera, m en tre F io ra n te stava an co ra stu d ia n d o a d A te n e , A la d in o fu esp u lso dalla co rte del suo sovran o...» . In effetti, B a lag ­tas n on pensa m ai d i «situare»i suoi p ro tag o n isti in una «società», o d i d iscuterli con i suoi lettori. N é , a p a rte il flusso m elliflu o d i p o li­sillabi tagalog, vi è m o lto di « filipp in o» n el su o testo47.

N e l 18 16 , settan t’anni p rim a della stesura d i N o li, José Joaqu in F e rn a n d e z d e L iz a rd i scrisse u n ro m a n zo ch ia m a to E l P eriq u illo Sarm ento («Il p a p p a g a llo fastid ioso»), la p rim a o p era la tin o -am eri­cana n el su o gen ere. N e llie p aro le d i un critico , q u esto testo è un fero ce atto d ’accusa a ll’am m in istrazion e sp agn o la in M essico: su p e r­

45Ibid., p. 120.46L a tecnica è sim ile a q u ella d i O m e ro, co sì abilm ente discussa da A u e rb a ch ,

M im esis, cap. 1 (« L a cicatrice d ’U lisse»).47«P aalam A lb a n ia n g pinam am ayanan

ng casama, t, lu pit, bangis ca lilu han acong tangulan m o, i, cusa m ang pinatay sa iyo, i, m alaqui ang panghibinayang.»A d d io , A lb a n ia , regno o rm aidel male, della cru deltà, d e lla b rutalità e d e ll’inganno!Io , il tuo difensore, che tu ora u c c id iP u r lam ento co m u nq ue i l destino che ti è im posto.

Q uesta famosa strofa è stata talvolta vista com e un a velata afferm azione d i p a ­triottism o filip p in o , ma L u m b e ra ci persuade che una tale in terpretazione sare b ­be anacronistica. Tagalog Poetry, p. 125. H o lievem ente alterato il testo tagalog che appare in questo volum e p e r co n fo rm arm i a una versione del poem a p u b ­blicata nel 1973 e basata su un o rig in ale del 1861.

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s t iz io n e , ig n o r a n z a e c o r r u z i o n e s o n o v is t e c o m e le s u e c a ­ratteristiche p rin cip a li48. L a struttura d i q u esto ro m an zo « n azio n ali­sta» è in d icata n ella seguen te d e scriz io n e del suo co n te n u to 49: -

S in d a ll’in iz io , ( l ’e roe , i l p a p p a g a llo fa stid io so ) è e sp o sto a cattive in flu e n z e : ca m e rie re ig n o ra n ti g li in c u lc a n o la s u p e rstiz io n e , sua m a d re a s s e c o n d a i s u o i c a p r ic c i , i s u o i m a e s tr i o n o n h a n n o v o g lia o n o n san n o co m e d a rg li d is c ip lin a . E a n c h e se suo p a d re è u n u o m o in t e llig e n te e v u o le ch e s u o f ig lio in t r a p r e n d a u n m e stiere u tile , p iu tto s to ch e a n d a re a in g ro ssa re le f ile d e g li a v ­v o c a ti e d e i p a ra ssiti, è la f in t ro p p o in d u lg e n te m a d re d i P e ri- q u il lo a d a ve rla v in ta : m a n d a su o fig lio a ll ’u n iv e rs ità e q u in d i si a s s ic u ra ch e im p a r i so lo s c io c c h e z z e s u p e rs tiz io s e ... P e r iq u il lo rim a n e in c o rre g g ib ilm e n te ig n o ra n te n o n o sta n te n u m e ro s i in c o n ­t ri c o n b ra v e e sagge p e rso n e . N o n ha a lcu n a v o g lia d i la v o ra re e d iv ie n e su cc e ssiv a m e n te u n p re te , u n o s co m m e ttito re , u n la d ro , a p p r e n d is ta d a u n o s tro z z in o , d o tto re , p a rro c o in u n a c ittà d i p ro v in c ia . Q u e s d e p is o d i p erm etto n o a ll’autore d i descrìvere ospe­dali, prigioni, villaggi rem oti, m onasteri, p o rta n d o a v a n ti n e l fra t ­te m p o la stessa teo ria: ch e i l g o v e rn o e i l sistem a e d u c a tiv o sp a ­g n o lo in c o ra g g ia n o p a ra ssitism o e p ig riz ia . L e a v v e n tu re d i P e r i­q u il lo lo p o rta n o spesso tra in d io s e n eg ri...

A n c o r a u n a v o lta v e d ia m o 1’ « im m agin azio n e n azio n ale» al la vo ro nel m u o versi di un ero e solitario attraverso il p an o ra m a so cio lo g ico d i u n ’im m o b ilità ch e fo n d e il m o n d o in tern o d e l ro m a n zo co n il m o n d o estern o . I l p ic a re s c o « to u r d ’h o rizo n » (o sp ed a li, p rig io n i, v illa g g i, m o n a ste r i, in d io s , n eg ri) n o n è c o m u n q u e u n « to u r d u m o n d e» . L ’o rizzo n te è ch iaram en te lim itato . E q u e llo d e l M essico co lon iale. D i tale so lid ità so c io lo g ica n ien te ci rassicura di p iù ch e la su ccessio n e d e i p lurali. I p lu ra li e v o ca n o u n o sp azio so cia le p ie n o di p rig io n i confrontabili, n essun a im p o rtan te p e r sé, m a tu tte ra p p re ­sen tative, n ella lo ro sim ultanea e sep arata esistenza, d e ll’o p p ressio n e d i questa co lo n ia50. (C o n fro n tate le p rig io n i nella B ib b ia . N o n sono m ai im m agin ate co m e « tip iche» p e r questa o quella società. O g n u ­na, co m e quella in cu i S alom é fu affascinata d a G io v a n n i il Battista,

è m agicam en te un ica).In fin e , visto ch e R izal e L iza rd i scrissero en tram b i in sp agn o lo ,

p e r rim u o ve re la p o ssib ilità ch e le stru ttu re ch e a b b ia m o studiato siano in q u alch e m o d o « eu ro p ee» , e c c o l ’in izio d e L a Nera Sema-

48J e a n F r a n c o , A n Introduction to Spanish-American Literature, p. 34.A9Ibid., pp. 35-36. C o rs iv o m io.50Q uesto m ovim ento d i un eroe solitario attraverso un rig id o am biente sociale

è tip ico d i m o lti a ntich i ro m an zi (anti) co lo n ia li.

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rang, un racco n to d e l g io van e e sfo rtu n ato co m u n ista-n azio n alista in d o n esian o M as M a rc o K a rto d ik ro m o 51, p u b b lica to a p u n tate n el 19 2 4 52

Erano le sette, sabato sera ; i g io v a n i d i S e m ara n g n o n restavano m ai a casa il sabato sera. Q u e sta notte p e rò n essu n o e ra in g iro . P o ic h é la p io g g ia b atten te ch e era c a d u ta tutto i l g io rn o a ve v a reso le stra d e allagate e m o lto scivo lo se , tu tti e ra n o rim a sti in casa. P e r g li im p ie g a ti n ei n e g o z i e n e g li u f f ic i, il sab ato m a ttin a era sta to u n m o m e n to d i a n t ic ip a z io n e - p r e f ig u ra r e il p ia c e re e l ’a lle g ria d e l passeggio in in città la sera - , m a stasera sa re b b e ro sta ti d e lu si a causa d e ll’a p atia p o rta ta d a l b ru t t o tem p o e d a lle stra d e v is c id e n e i k a m p u n g . D e se rte le stra d e p r in c ip a li d i so lito p ie n e d i o g n i so rta d i tra ffico ; d e se rti i m a rc ia p ie d i n o rm a lm e n te b r u lic a n t i d i pe rso n e . D i q u a n d o in q u a n d o si po teva sen tire lo s c h io c c a r e d e lla fru s ta d i u n a c a rro z z a s p r o n a re u n c a v a llo a m u o v e rsi, o i l c l ip c lo p d e g li z o c c o li d i c a v a lli tra in a n ti d e i c a rri. S e m ara n g era deserta. F ile d i la m p io n i a gas illu m in a v a n o d ire t ­tam ente la strada d i asfalto lu c id o . A v o lte , q u a n d o il v e n to s o f­fia va da est, la lo ro c h ia ra lu c e si o ffu sca va ...U n g io v a n e e ra se d u to s u u n a lu n g a p a n c h in a d i ca n n a e leggeva u n g io rn a le . E r a to talm e n te p re so . I s u o i scatti d i ra b b ia e, in a l­t r i m o m e n ti, i s u o i s o r r is i e ra n o c h ia r i se g n i d e l s u o p r o fo n d o in te re sse p e r la sto ria. G ir a v a le p a g in e d e l g io rn a le , s p e ra n d o di tro v are q u a lco sa ch e lo face sse sm ettere d i s e n tirs i co sì m is e ra b i­le. A l l ’im p ro v v is o si tro v ò d i fro n te u n a rtic o lo in tito la to :

PROSPERITÀ

U n povero vagabondo s i am m ala e m u ore s u l c iglio della strada p er assideram ento

I l g io v a n e s i c o m m o sse p e r q u e s to b re v e a rt ic o lo . P o te v a b e n im m a g in a re la s o ffe re n z a d i q u e lla p o v e ra a n im a m e n tre stava m o re n d o s u l c ig lio d e lla stra d a. A u n m o m e n to sen tì la ra b b ia e s p lo d e rg li d e n tro . A u n a ltro m o m e n to p ro v ò pietà. A n c o ra u n m o m en to d o p o p ro v ò ra b b ia p e r q u e l sistem a so cia le ch e aveva d ato o rig in e a u n a tale p o v e rtà , a rr ic c h e n d o u n p ic c o lo g r u p p o d i pe rso n e .

51D o p o una breve, p iro te cn ica ca rrie ra d i giornalista radicale, M a rco venne internato dalle autorità co lo n ia li o lan desi a B o ve n D ig u l, u n o dei p rim i cam pi di concentram ento, m olto a ll’interno d e lle p a lu d i della N u o va G u in e a occidentale. Q u i m orì nel 1932, d o p o sei anni d i p rigio n ia. H e n r i C h a m m ìk t - L o ik , Mii\ Marco Kartodikrom o (c. 1890-1932) ou L 'E d u cation P o litiq u e , p. 208, in / .literatures contem poraines de l ’A s ie du Sud-Est. U n a b rilla n te e p iù recente cronaca della carriera d i M a rco si p u ò trovare in T a k a s h i S h i r a i s h i , A n A g e in M olim i l'o/m/nr Radicalism in Java, 1912 -19 2 6, ca p ito li 2-5 e 8.

52T rad o tto d a ll’inglese da: P a u l T k : k i : i . l , Three Early Indonesian Short Sturici by Mas Marco Kartodikromo (c. 1890-1932), p. 7 . C o rs iv o mio.

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Q u i, co m e nel P eriqu illo Sarm ento, c i tro v iam o in un m o n d o di p lu ­rali: n eg o zi, u ffici, carri, k a m p u n g , e la m p io n i a gas. C o m e nel caso di N o li n oi-lettori-in d on esian i ven iam o im m ersi in un tem p o o rd i­n ato e in u n ’am b ien tazio n e fam iliare; a lcu n i d i n o i p o sso n o d avvero a v e r cam m in ato p e r q u e lle strade « v iscid e» d i S em aran g. A n c o ra u n a v o lta , u n e ro e so lita rio v ie n e in se r ito in u n s o c io p a e s a g g io d e scritto con accurati, generali dettagli. M a c ’è a n ch e q u alco sa di n u o vo : un ero e a cu i n on vien e d ato un n o m e, m a a cu i ci si riferisce fre q u en tem en te co m e «il n ostro g iovan e» . P ro p rio la g o ffa g g in e e la sem p licità letteraria d e l testo co n fe rm a n o l ’in co n scia «sincerità» d i q u e sto a gg e ttiv o p ro n o m in a le . N é M a rc o , n é i su o i le tto ri h a n n o alcun d u b b io su di chi si tratta. Se n el racco n to so fisticato -sch erzo so d e ll’E u r o p a d e l ’700-’800 il traslato « n o stro eroe» n o n fa ch e sotto- lin eare un a co m p licità d e ll’autore co n (qualsiasi) letto re , il «nostro g io van e» d i M a rco in d ica un g io v a n e u o m o ch e ap p a rtien e al co rp o c o lle t t iv o d ei le tto ri in in d o n esia n o , e q u in d i, im p lic ita m e n te , a u n ’e m b rio n a le « co m u n ità im m a gin ata » in d o n e sia n a . N o ta te ch e M a rc o n o n sen te a lcu n b iso g n o d i ch iam are qu esta co m u n ità p er n om e: essa è già lì. (A n ch e se i p o lig lo tti cen so ri co lo n ia li O la n d esi p o sso n o fa r p arte d e i su o i lettori, s o n o co m u n q u e esclu si d a questo senso d i «n oi» , co m e si p u ò ca p ire d a l fa tto ch e la ra b b ia d e l g io v a ­n e è d iretta «al», e n on «al n ostro» sistem a sociale).

In fine, la co m u n ità im m agin ata è co n ferm ata d alla d o p p ie zza d e l n ostro leg ge re d i un gio van e ch e legge. E gli n on tro v a il ca d a v e ­re d e l p o v e ro v a g a b o n d o sul c ig lio d i un a strada v isc id a di S em a­rang, m a lo im m agin a d a ciò ch e è stam p ato sul g io rn a le 53. N é gli im p o rta m in im am en te ch i fo sse il v a g a b o n d o m o rto co m e in d iv i­d uo: p en sa al co rp o esem p lare, n o n alla v ita della p erso n a.

C a d e a p ro p o sito ch e in Semarang H itam un g io rn a le sia in se ­rito n el ra cco n to , p erch é , se p en siam o al gio rn ale co m e a un p ro d o t­to cu ltu rale , sarem o co lp iti dal suo p ro fo n d o carattere im m aginario. Q u a l è la fo n d a m e n ta le co n v e n z io n e lettera ria d i un g io rn a le? Se d o vessim o osservare la p rim a p agin a d i u n g iorn ale q u a lu n q u e, ad esem p io , d e l N ew York Tim es, c i tro v erem m o articoli su: i d issiden ti

5!N e l 1924 un ca ro am ico e alleato p o litico d i M a rco p u b b lic ò u n rom anzo d a l titolo Rasa M erdika («S e n tirsi lib e ri» /« S e n so di libertà»). D e ll’eroe d i questo ro m an zo (ch e e rro n eam en te a ttrib u isce a M a rc o ), C h a m b e rt -L o ir scriv e che «n o n ha alcuna idea del sign ificato della p a ro la «socialism o»: ciononostante p ro ­va u n p ro fo n d o m alessere d i fronte a ll’o rganizzazione sociale che lo circo n d a e sente i l b is o g n o d i a m p lia re i p r o p r i o r iz z o n t i co n due m e to d i: viaggiare e leggere». (Mas Marco, p. 208. C o rs iv o m io). I l P ap p a g allo F astid io so si è trasferi­to nella G ia v a del ’900.

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sovietici, la carestia in M ali, un o rren d o o m icid io , un c o lp o d i stato in Iraq , la scoperta di un fossile raro n ello Z im b a b w e , e u n d iscorso di M itterran d. P e rc h é tali eventi sono co si g iu stap p o sti? C o sa li u n i­sce tra lo ro ? N o n un sem p lice cap riccio . C e rto , la m a g g io r p arte di q u esti eventi avvien e in d ip e n d en tem e n te , sen za ch e gli attori sap ­p ian o l ’un o d e ll’altro, o co sa gli altri stiano face n d o . L ’arbitrarietà d ella lo ro in clu sion e e g iu sta p p o sizio n e (l’u ltim a e d iz io n e sostituirà M itterra n d co n un a vitto ria n el b aseb all) m ostra ch e il legam e tra lo ro è im m aginato.

Q u e s to legam e im m agin ato deriva da d u e fo n ti in direttam en te collegate. L a p rim a è sem p lice co in cid en za cron o lo gica . L a data in alto sul giornale, il suo singolo em b lem a p iù im p o rtan te, p ro vv ed e alla con nession e essenziale: lo scandire costan te di un tem p o v u o to e o m o ge n e o 54. A ll ’in tern o di q u esto tem p o , il m o n d o m arcia d eciso in avanti. P e r esem pio: se, d o p o d u e giorni di cro n a ca della carestia, il M a li sco m p are dalle p ag in e d e l N ew York Tim es an ch e p er m esi, nes­sun letto re p en serà m ai ch e il M ali non esiste p iù o che la caresda ha ca n ce lla to tutti i su o i abitanti. Il fo rm a to ro m a n ze sco d e l g iorn ale assicura che da q u alch e p arte là fu o ri il «person aggio» M ali si aggira in silen zio, aspettand o la sua p rossim a ap p arizion e nella tram a.

L a se co n d a fo n te d el leg a m e im m a g in a to sta nella re lazio n e ch e leg a il giornale, co m e una fo rm a di lib ro , al m ercato, b stato sti­m ato ch e, nei p iù d i q u a ra n ta n n i passati tra la p u b b lica zio n e della B ib b ia di G u te n b e rg e la fin e del ’400, v en n ero stam pati in E u ro p a p iù d i ven ti m ilioni d i v o lu m i55. T ra il 1500 e il 1600, il n u m ero d ei v o lu m i stam pati aveva ragg iu n to u n a cifra tra i cen to cin q u an ta e i d u e ce n to m ilioni56. « D a q u i in p o i ... le tip o g ra fie co m in ciaro n o ad a sso m ig lia re se m p re p iù a lle m o d e rn e o ffic in e ch e ai la b o r a to r i m o n astici del M e d io E vo . N e l 14 5 5 , F u st e S c h o c ffe r p ra ticavan o già u n co m m ercio basato su p ro d u z io n i stan dardizzate, e v e n t’ anni d o p o g ran d i g r u p p i e d ito r ia li o p e ra v a n o o v u n q u e in tutta lìu ro -

54L e g g e re u n g io rn a le è co m e le g g e re u n ro m a n z o il c u i a u to ri- lia a b ­bando nato o gn i speranza di m antenere una trama coerente.

55F e b v r e e M a r t i n , The Com ing o f th e B ook, p. 186. C iò c o rrisp o n d i' a non m eno d i 35.000 e d izio n i pro dotte in n on m eno d i 136 città diverse. ( >ìn m-l 1480 esistevano tipografìe in p iù d i 110 città, delle qu ali 50 ncH ’o d ie riu i Ita lia, 50 in G erm a n ia , 9 in F ra n cia , 8 sia in O la n d a che in Spagna, 5 sia in Bel)',in c l ic in Svizzera, 4 in In g h ilterra , 2 in B oem ia e 1 in P o lo n ia. « D a questa data si p u ò d ire che in E u ro p a il lib ro stam pato fosse d i uso com une» (p. 182).

56 Ibidem , p. 262. G li autori fan n o notare che nel ’5 0 0 i lib ri erano la i ilm cnte o tte n ib ili da ch iu n q ue sapesse leggere.

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p a»57. In un senso p iu tto sto sp ecia le, il lib ro fu la p rim a m erce a m o d ern a p ro d u z io n e di m assa58. I l senso ch e in te n d o si p u ò sp ie g a ­re c o n fr o n ta n d o il lib ro co n g li a ltri a n tich i p ro d o tt i in d u stria li, co m e i tessu ti, i m atto n i, o lo z u c c h e ro , in q u a n to q u e sti a rtico li sono m isurati in quan tità m atem atich e (lib b re, carich i o p ezzi) . U n a lib b ra di z u cch e ro è sem p licem en te una quantità , un p eso c o n v e ­niente, n on un o gg etto p e r sé. I l lib ro , in vece, p re fig u ra n d o i b e n i d u revo li d e l n ostro tem p o , è u n o g g etto a u to n o m o e distinto, r ip ro ­d o tto c o n e s a tte z z a su la r g a sc a la 59. U n a l ib b r a d i z u c c h e r o si m ischia alla seguente; o gn i lib ro h a la sua erem itica au to su fficien za. (N o n m e ra vig lia q u in d i ch e le b ib lio te c h e , co llez io n i p erso n a li d i p ro d u z io n i d i m assa, siano fre q u en ti in cen tri u rb an i co m e P arig i, già n el ’50060). In q u esta p ro sp ettiva , il g io rn a le è solo u n a «form a estrem a» d i lib ro , u n lib ro v e n d u to su scala co lossale, m a d i e ffim e ­ra p o p o la r ità . P o tr e m m o fo rs e dire: b e st-s e lle r p e r u n g io r n o 61? P ro p rio l ’o b so le scen za d e l g io rn a le all’in d o m an i della sua p u b b lic a ­zion e {cu rio so ch e u n o d e i p rim i p ro d o tti d i m assa d o vesse co sì p r e ­figu rare l ’o b so le scen za in co rp o ra ta n ei m o d e rn i b e n i du revo li) crea questa straordin aria cerim o n ia di massa: il quasi s im ultan eo co n su ­m o (« im m ag in a zio n e» ) d e l g io rn a le -ra c co n to . S a p p ia m o ch e u n a p a rtic o la re e d iz io n e d e l m a ttin o o della sera sarà irresistib ilm en te co n su m a ta tra u n ’o ra p r e c is a e u n ’ a ltra, s o lo q u e l g io r n o e n o n q u e ll’altro. (A l co n trario d e llo z u cch e ro , il cui u so p ro se g u e in un

37A d A nversa, la grande casa e ditrice d i P la n tin controllava, già n el ’500, 24 tipografie con p iù di 100 la vo ra to ri in ogni im pianto. Ibid . , p. 125

58Q uesto è u n o d ei p u n ti ferm i tra g li svolazzi d i M a rsh a ll M c L u h a n in G u ­tenberg Galaxy (p. 125). In o ltre , se anche il m ercato e ditoriale divenne m in u sco ­lo rispetto ai m ercati d i altre m erci, il suo ru o lo strategico n e lla d iffu sio ne delle idee lo rese co m u nq ue d i im portanza fondam entale n ello s v ilu p p o d e ll’E u ro p a moderna.

59I1 p rin c ip io è q u i p iù im portante della scala. F in o a ll’800 le tira tu re erano lim itate. P e rsin o la B ib b ia d i L u te ro , un best-seller eccezionale, e bbe una prim a ed izio n e d i sole 4.000 co pie. L a p rim a e d izio n e deW’E ncyclopédie d i D id e ro t ebbe u n ’insolitam ente alta tiratu ra d i 4.250 copie. N e l ’7 0 0 la tiratura m edia era d i 2.000 co pie. ( F e b v r e e M a r t i n , The Com ing o f the B o o k , pp. 2 18 -20). A llo stesso tem po, i l lib ro si è sem p re distin to da altri p ro d o tti per il suo m ercato in trin secam e n te lim ita to . C h iu n q u e , se ha abbastanza d e n a ro , p u ò co m p ra re a u tom o bili ceche; solo chi p a rla il ceco co m prerà lib r i in lingua ceca. L ’im p o r­tanza d i questa d istin zio n e v errà esam inata in seguito.

“ In o ltre già nel tardo ’400 secolo l ’editore veneziano A ld o M a n u zio era statoil p io n iere delle «e d izio ni tascabili».

61 C o m e n el caso di Semarang H itam , i due tip i d i best-seller erano u n tempo m olto p iù legati d i quanto n on siano oggi. A n ch e D ic k e n s p u b b lic ò i suo i rom an­zi a puntate su q u o tid ian i p o po lari.

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flusso n on scan dito e con tin uo; lo zu cch e ro p u ò guastarsi, m a n on scadere). E p arad o ssa le il s ign ificato di q u esta cerim o n ia di m assa (H e g e l osserva ch e i giornali servon o all’u o m o m o d e rn o co m e sosti­tuto d elle p re g h ie re m attutine). È p raticata in silente p rivatezza, al riparo del p ro p rio cran io 62. O g n i p artecip an te al rito è co m u n q u e b en co n scio ch e la cerim o n ia ch e sta p ra tican d o vien e replicata da m igliaia (o m ilioni) di altri, d ella cu i esistenza è ce rto , m a della cui identità n o n ha la m inim a idea. In oltre , tale cerim o n ia vien e ripetu ta in cessan tem en te a in tervalli g iornalieri, o sem ig io m alieri, p e r tu tto il ca len d ario . Q u a le ra ffigu razio n e p iù v iv id a d e lla seco lare , s to r ica ­m ente cad en zata, co m u n ità im m agin aria63? A llo stesso tem p o il le t­tore di gio rn ale, ch e ved e co n su m ate dai su o i v ic in i d i m e tro p o li- tana, d i casa o di b arb iere, esatte rep lich e d e l p ro p rio q u otid ian o, vien e co stan tem en te rassicurato ch e il m o n d o im m agin ato è v is ib il­m en te radicato n ella v ita di tutti i giorni. C o m e in N o li M e Tangere, la n arrazion e filtra silenziosa, co n tin u a n ella realtà, crea n d o quella n o tevo le fe d e co m u n itaria n e ll’ an o n im ato ch e è la caratteristica d e l­le n azio n i m o d ern e.

P r im a d i p r o c e d e r e a lla d is c u s s io n e d e lle o r ig in i s p e c if ic h e d e l n azionalism o, è fo rse utile ricap ito lare le p rin cip a li p ro p o ste a va n za ­te f in o r a . E s s e n z ia lm e n te h o a ffe rm a to c h e la p o s s ib il ità stessa d ’im m a gin are la n a z io n e si p re se n tò sto rica m en te so lo q u a n d o , e d o v e , tre fo n d a m en ta li co n cetti cu lturali, tu tti m o lto antichi, p ersero la lo ro p resa assiom atica sulle m enti d eg li u om in i. II p rim o d i questi fu l ’id e a ch e u n p a r tic o la re lin g u a g g io s a c ro o ffr is se u n a cce sso p riv ilegiato alla verità o n to lo g ica , p ro p rio p e rch é p a rte in sep arabile della verità stessa. E stata q u esta idea a fa r n ascere le gran d i fra te l­la n ze transcon tinentali d e l cristianesim o, d e ll’U m m a h islam ica, e le

62« L a carta stam pata in co ra g g iava u n a sile n zio sa so lid a rie tà per cause che altrim enti non avrebbero mai trovato avvocati e che, da lu o g h i lontani, s i rivo lg e ­vano ad un p u b b lic o in v isib ile » . E l i z a b e t h L . E i s e n s t e i n , «Som e C o n jectu res a b o u t the Im p a c t o f P r in t in g o n W e s te rn So ciety a n d T h o u g h t» , jo u rn a l o f Modern History, 40,1 (m arzo 1968), p. 42.

“ P a rla n d o della relazione tra l ’ anarchia m ateriale d ella società borghese e lo stato di o rd in e astratto della p o litica , N a im osserva che « il m eccan ism o ra p ­presentativo trasform a una reale ineguaglianza d i classe in u n astratto e gualitari­sm o d i c ittadin i, egocentrism i in d iv id u a li in un a im p erso nale volontà collettiva, c iò che a ltrim e n ti sare b b e i l caos in u n a n uo va le g ittim ità d e llo stato». T h e Break-Up o fB rita m , p. 24. Senza d u b b io ; ma il m eccanism o rappresentativo (ele­z io n i?) è un piacere raro e transitorio. L a nascita della volo n tà im personale, io credo, andrebbe m eglio cercata n ella regolarità della v ita d iu rn a im m aginaria.

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altre. L a s e c o n d a fu la c r e d e n z a ch e la so c ie tà fo sse o rg a n izza ta naturalm ente in to rn o a «centri su p eriori» , c io è a m on arch i, ch e era­n o p o i p erso n e d iverse dagli altri esseri um an i, e ch e g o v ern a va n o in n om e di u n a sorta d i delega co sm o lo gica (divina). L e u m a n e lealtà erano n ecessariam ente gera rch ich e e cen trip ete in q u a n to il regn a n ­te, co m e i sacri testi, era un n o d o d i a ccesso a ll’essere e p a rte d i esso. L a terza era una co n cez io n e del tem p o in cu i co sm o lo gia e s to ­ria erano in d istin gu ib ili, e le o rig in i d e l m o n d o e d ell’ u o m o essen ­zialm ente id en tich e . C o m b in a te , queste id ee ra d ica ro n o le v ite d egli u o m in i n ella n atura stessa d e lle co se, o ffre n d o certi sign ificati alle co m u n i fatalità d e ll’esistenza (so p rattu tto m o rte , p erd ita e servitù) ed o ffren d o , p e r varie vie, salvezza da esse.

Il len to , irre g o la re d e c lin o d i q u e ste ce rte z z e in te rco n n esse , p r im a in E u r o p a o c c id e n ta le , p o i (so tto -la sp in ta d i m u ta m e n ti e co n o m ici, d i « scop erte» so ciali e sc ien tifich e, e d e llo sv ilu p p o di se m p re p iù ra p id e c o m u n ic a z io n i) a ltro v e , d iv ise d ra s tica m e n te co sm o lo gia e storia. N o n so rp ren d e q u in d i ch e una ricerca co m in ­ciasse p e r tro vare un n u o v o , s ign ificativo leg am e che ten esse in sie­m e fraternità, p o te re e tem p o . N ie n te fo rse rese qu esta ricerca p iù p recip ito sa, e p iù fru ttuosa, q u a n to il capita lism o-a-stam p a ch e p e r­m ise a un n u m ero sem p re crescen te d i p erso n e d i p en sare a sé, e di p o rsi in re lazio n e ad altri, in m o d i p ro fo n d a m e n te nuovi.

51

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3. L E O R I G I N I D E L L A C O S C I E N Z A N A Z I O N A L E

Se p u re lo sv ilu p p o della stam p a -co m e-m erce è l ’e le m e n to ch ia v e nella gen erazion e di id ee co m p leta m en te n u o ve sulla sim ultan eità , ci tro v iam o co m u n q u e so lo al p u n to in cu i d iven tan o p o ssib ili c o m u ­n ità d e l tip o « orizzon tale-laico, trasversale risp etto al tem p o » . M a p e rch é a ll’in tern o di q u esto gen ere d iv ien e co sì p o p o la re p ro p rio la n azion e? I fattori co in vo lti sono o vviam en te com p lessi e vari. Il p iù im p o rtan te è p erò , sen za d u b b io , l ’ a fferm arsi del capita lism o.

A lm e n o 20 m ilioni d i lib ri eran o stati stam pati e n tro il 15 0 0 1, p re a n n u n cia n d o l ’assalto d e ll’«età d e lla rip ro d u cib ilità tecn ica» d i B enjam in. S e la co n o scen za m an o scritta era eru d izio n e rara a a rca ­n a, la co n o s c e n za stam p ata visse d e lla sua rip ro d u cib ilità e d if fu ­sion e2. Se, co m e F e b v re e M artin cred o n o , ven n ero p ro d o tti alm en o 200 m ilio n i d i v o lu m i e n tro il 160 0 , n o n m e ra v ig lia c h e F ra n c is B a co n cred esse ch e la stam p a avesse ca m b iato «l’asp etto e la c o n d i­zio n e del m o n d o » 3.

In q u a n to una d elle p rim e fo rm e d ’im p resa capitalista, l ’e d ito ­ria visse in prim a fila l ’in cessan te ricerca d i n u o vi m ercati. I p rim i tip o g ra fi a p riro n o su ccu rsali in tu tta E u ro p a : «in q u e sto m o d o , si creò u n a vera ’in tern a zio n ale ’ d i case ed itric i ch e ign o ra va le fro n tie ­re n azion ali»4. E v isto ch e gli anni tra il 1500 e il 15 50 fu ro n o un p e r io d o d i e c c e z io n a le p ro s p e r ità p e r l ’E u r o p a , l ’e d ito r ia se p p e sfruttare il m o m en to favo revo le. « P iù ch e in o gn i altra ep o ca » l ’e d i­t o r i a f u « u n a g r a n d e in d u s t r ia s o t t o i l c o n t r o l l o d i r i c c h i capitalisti»5. N a tu ra lm en te, «ai ven d ito ri d i libri im p o rtav a so p rat­tu tto otten ere un p ro fitto e v en d ere i p ro p ri p ro d o tti, e q u in d i ce r­ca ro n o qu elle o p ere ch e interessassero il m a ggio r n u m ero p o ssib ile d i co n tem p o ra n ei» 6.

'L a popo lazion e della parte d ’E u ro p a in cu i la stam pa era a llo ra nota si aggi­rava in to rn o ai cento m ilio n i d i persone. F e b v r u e M a r t i n , T h e Com ing o f the B ook, p p . 248-49.

E m b le m a t ic o è i l M ilio n e d i M a rc o P o lo , ch e rim a se v irtu a lm e n te s co ­n osciuto fino alla sua prim a edizion e a stam pa del 1559.

5C itato in E i s e n s t b i n , Som e Conjectures, p. 56.4F e b v r e e M a r t i n , Th e Corning o f the B ook , pag 122.5Ibidem , p. 187.,1« L ’in trodu zion e della stam pa fu q u in d i, sotto questo aspetto, un passo avanti

verso u n a civ iltà d i massa standardizzata», ibidem , pp . 259-60.

Il m ercato in iziale fu l ’E u ro p a letterata, un am p io m a sottile strato d i lettori di latino. P e r saturare q u esto m ercato ci v o llero circa 150 anni. Il fatto d eterm in an te rigu ard o al latin o, al d i là della sua sa­cralità, è che si trattava d i u n lin g u a gg io usato d a u o m in i in g ra d o di ca p ire d u e lin g u e . R e lativa m en te p o ch i eran o n ati p e r p arlarlo , e a n co ra m e n o , si p u ò im m a g in are , lo u savan o n ei lo ro so gn i. N e l ’500 la p ercen tu a le dei b ilin g u i su lla p o p o la zio n e to ta le d e ll’E u ro p a era decisam en te lim itata; m o lto p ro b a b ilm en te n on p iù gran d e della p e r c e n tu a le su lla p o p o la z io n e m o n d ia le d i o g g i, e , n o n o s ta n te l ’in tern azion alism o p ro letario , d e i seco li a ven ire. O r a e sem p re la m aggio ran za d ell’um an ità è e sarà m o n olin gu e. L a lo g ica d e l ca p ita ­lism o sign ificò q u in d i che, saturato il m ercato d elle élites in latin o, si a ffro n ta ro n o i m ercati p o te n zia lm e n te e n o rm i ra p p resen ta ti d a lle m asse m o n olin gu e. In realtà, la C o n tro rifo rm a in co ra g g iò un a rin a­

scita tem p o ran ea d ell’ ed ito ria in latino, m a già alla m età del ’600 il m o vim en to era in d eclin o , e le b ib lio te ch e ferven tem en te catto lich e erano straboccan ti. N e llo stesso tem p o un a caren za di d en a ro ch e co in vo lse tutta l ’E u ro p a sp in se gli ed ito ri a p en sare sem p re p iù di d istribuire libri e co n o m ici in vo lg are7.

L a rivo lu zio n aria sp in ta d e l capita lism o ve rso il v o lg a re rice­vette u lteriore im p u lso da tre fatto ri estranei, d u e d ei qu ali c o n tr i­b u iro n o d irettam en te alla n ascita d e lle co scien ze n azionali. 1J p rim o , e certo il p iù im p o rtan te, fu un m u tam en to n el carattere del lutino stesso . G r a z ie a lle fa t ic h e d e g li U m a n is ti n el r ip o rta re a lla lu ce l ’am pia letteratu ra d e ll’antich ità p re-cristian a e n el farla co n o sce re a ttraverso la stam pa, si e b b e ap p aren tem en te u n n u o v o ric o n o sc i­m e n to d e lle so fis tica te s o lu z io n i stilis tich e d e g li a n tic h i da p a rte d eg li in tellettuali tran s-europ ei. Il latin o che o ra asp iravan o a scriv e ­re d iv en n e sem p re p iù cice ro n ian o , e , p e r g li stessi m o tivi, sem p re p iù lo n ta n o da q u e llo e cclesia stico o da qu ello p arlato tutti i giorni. In q u esto m o d o acq u istò un asp etto eso terico d ecisam en te d iffe re n ­te da q u ello del latin o d e lla C h iesa n el M e d io e v o , in q u a n to il latino an tico non era co n sid e ra to «arcan o» p e r i suoi tem i o p e r lo stile, m a sem p licem en te p e rc h é era scritto , q u in d i p e r la sua p articolare c o n d iz io n e d i « testo » . O r a d iv e n ta v a a rca n o p e r q u e llo c h e era scritto , p er il lin g u a g g io in sé stesso.

Il seco n d o fu l ’im p atto della R ifo rm a, ch e a sua volta d o vette m o lto alla stam pa. P rim a d e ll’era d e ll’ed itoria, la C h iesa ro m an a fu in g ra d o d i v in ce re facilm e n te o g n i gu erra co n tro l ’eresia n e ll’E u r o ­p a o ccid en ta le , in q u a n to d o tata d i m igliori linee di co m u n ica zio n i

1Ib id .,p . 195.

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in tern azion ali rispetto ai suoi sfidanti. Q u a n d o p erò n el 1 5 1 7 M a r ­tin L u te r o a ffisse le s u e T e s i s u lle p o r te d e lla c a p p e lla d i W it ­te n b e rg , esse v e n n e ro sta m p a te c o n la tra d u z io n e in te d e sco , ed « en tro 15 g io rn i (erano state) viste in o gn i p a rte d e l P a ese» 8. N e i d u e d e cen n i tra il 1520 e il 1540 ven n e stam pato in G e rm a n ia il tr i­p lo d e i lib ri p u b b lica ti n el p e r io d o 150 0 -1520 , u n ’in cre d ib ile tra ­sfo rm a zio n e in cu i L u te ro e b b e un ru o lo fo n d am en ta le. L e su e o p e ­re ra p p resen ta ro n o n on m en o d i u n terzo d i tutti i lib ri in lin g u a ted esca ven d u ti tra il 15 18 e il 1525. T ra il 1522 e il 15 4 6 , ve n n e ro alla lu ce u n to ta le d i 430 e d izio n i (co m p lete o parziali) d ella sua tra ­d u z io n e d e lla B ib b ia . « A b b ia m o d i fro n te p e r la p rim a v o lta un a vera m assa di lettori, e una letteratu ra p o p o la re alla p o rtata d i o g n u ­n o » 9. In e ffe tti L u tero d iv en n e il p rim o au to re d i b est-se ller c o n o ­sciu to , o p e r m etterla in un altro m o d o , il p rim o scritto re in grad o d i v en d ere i suoi lib ri sulla b ase del p ro p rio n o m e 10.

D o v e L u te ro aprì un a via, a ltri segu iro n o subito , d a n d o in izio co sì alla co lo ssa le gu erra di p ro p ag an d a religiosa ch e in fu riò su tutta l ’E u ro p a p e r i successivi ce n to anni. In questa titan ica «battaglia p e r le m en ti d egli uom in i» , il p ro testan tesim o fu quasi sem p re a ll’a tta c­co , p ro p rio p e rch é sap eva sfruttare m eglio il crescen te m e rca to e d i­to ria le in v o lg a re creato dal cap ita lism o, m e n tre la C o n tro rifo rm a d ifen d eva la sua ro cca fo rte latina. L ’em b lem a n e è l ’« In d e x L ib ro - ru m P ro h ib ito ru m » d el V a tica n o (cu i n o n seg u ì un a c o n tro p a rte p ro te s ta n te ) , re so n e c e s sa r io daH ’e n o rm ità d i te s ti « s o v v e rs iv i» stam pati. N ie n te ren d e m e glio l ’id ea d i qu esta m entalità da assediati d e l d iv ieto , in terro r p a n ico , co n cu i F ra n cesco I, n el 15 3 5 , p ro ib ì la stam p a d i o g n i lib ro nel regn o p en a la m o rte p e r im p icca g io n e ! L a ra g io n e sia d e l d iv ieto , sia d e lla sua in ap p licab ilità , stava n el fa tto ch e i co n fin i o rien tali d el su o p aese eran o o rm ai c irco n d a ti d a città e staterelli p ro testan ti, ch e p ro d u c e v a n o un m assiccio flu sso d i stam ­p a co n trab b a n d ab ile . P ren d ia m o l ’esem p io d ella G in e v ra di C a lv i­no: tra il 1533 e il 1540 ve n n e ro stam pate so lo 42 p u b b lica zio n i, m ail n u m ero salì a 52 7 tra il 1550 e il 15 6 4 , an n o in cu i a lm en o 40 d i­verse tip o g ra fie lavoravan o a re g im e 11.

Hbid . , pp. 289-90.9Ibid., pp. 291-95.I0A questo punto, m ancava solo un p icco lo passo per arriva re alla situazione

d ella F ra n cia del ’600, in cu i C o m e ille , M o liè re e L a F on tain e potevano venderei lo ro m ano scritti d i opere teatrali direttam ente agli editori, che li co m pravan o in q uanto o ttim i investim enti, vista la reputazione di cu i i lo ro autori godevano sul m ercato. Ibid., p. 161.

"Ib id ., p p . 3 1 0 -15 .

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L ’allean za tra p ro testa n tesim o e ca p ita lism o -a -stam p a , s fru tta n d o e co n o m ich e e d izio n i p o p o la ri, creò in b re ve un n u o vo , vasto p u b ­b lico (non d a u ltim o tra m ercan ti e d o n n e, ch e co n o sce va n o in g e ­n ere b en p o c o d i latino), e in siem e lo m o b ilitò p er fin i p o litico -reli- giosi. In evitab ilm en te , n on fu so lo la C h iesa a v e n ir scossa fin o al suo n u cleo . L o stesso terrem o to p ro d u sse i p rim i im p o rta n ti stati n on -d in asd ci e u ro p ei ch e fo sse ro p iù gran d i d i u n a città: la r e p u b ­b lica ted esca e la co m u n ità d ei puritani. (Il p a n ico d i F ra n cesco I era d i natura alm en o altrettan to p o litica ch e religiosa).

L a terza spinta ven n e d a l len to , d iverso p e r zo n e g eo grafich e , sorgere d i p artico la ri id io m i vo lgari co m e strum en ti d i a ccen tra m en ­to am m inistrativo da p arte di m o n arch ie p o ten ti e aspiranti a ll’ asso ­lutism o. E u tile q u i ricord are ch e l ’un iversalità d e l la tin o n e ll’E u r o ­p a o cc id e n ta le m ed io evale n on corrispose m ai a u n sistem a p o litico u n iversale. È istru ttivo il p a ra g o n e co n la C in a im p eriale , d o v e il raggio d ’azio n e della b u ro cra zia d ei m andarini co in cid ev a a b b a sta n ­za con q u ello d egli ideogram m i: in E u ro p a o ccid en ta le , la fra m m e n ­tazio n e p o litica d o p o la ca d u ta d e ll ’Im p e ro R o m a n o d ’O c c id e n te sign ificò ch e n essun sovran o a v reb b e p o tu to m o n o p o lizza re il latin o e ren d erlo la p ro p ria lin g u a d i S ta to esclu siva, e q u in d i l ’au to rità religiosa d el la tin o n on e b b e m ai un co rrisp ettivo p o litico .

L a n ascita d ei vo lg ari am m inistrativi a n tic ip ò sia lo sv ilu p p o d ella stam pa, sia gli sco n vo lgim en ti religiosi d el ’500, e d e v e q u in d i e s s e re v is ta (a lm e n o a l l ’in iz io ) c o m e u n f a t t o r e in d ip e n d e n t e n e ll’ero sion e d e lle co m u n ità im m agin ate sacre. E n ien te su gg erisce c h e alla b ase d ella «vo lgarizzazio n e» , d o v e essa si p ro d u sse , v i sia stato un im p u lso id e o lo g ico p ro fo n d a m e n te rad icato , p e r non p a r la ­re di im p u lsi p ro to -n azio n ali. Il caso d e ll’«Inghilterra», alla periferia n o rd -o ccid e n ta le d e ll’E u ro p a latina, è p artico larm en te illum in an te. P rim a della co n q u ista n orm an n a, il lin g u a gg io d e lla co rte , letterario e am m inistrativo, era l ’ anglo-sassone. P e r il seco lo e m e zzo su ccessi­v o virtu a lm en te o gn i d o cu m en to reale fu stilato in latin o. Tra circa il 1200 e il 13 5 0 q u e sto la tin o d i stato ven n e so stitu ito dal fra n cese n orm an n o. N e l fra tte m p o una len ta fu sio n e tra q u esto lin g u a gg io di u n a classe d o m in an te straniera e l ’anglo-sasson e della p o p o la zio n e so ggio g ata p ro d u sse l ’in glese antico. L a fu sio n e rese p o ssib ile p e r il n u o v o lin g u a g g io di d iven tare, d o p o il 13 6 2 , lin g u a p e r le co rti, e

p e r l ’apertura d e lle sed u te d e l P arlam en to . L a B ib b ia m an o scritta in v o lg a re d i W y c lif fe segu ì n e l 13 8 2 12. È esse n zia le ten ere b e n e in

12S e t o n - W a t s o n , N ations and States, p p . 2 8 -2 9 ; B lo c h , fe u d a l Society/, I. p .7 5 .

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m en te che questa seq u en za fu un a serie di lin gu aggi di stato, e non «nazionali»; e ch e lo stato in qu estion e co p rì, in vari m om en ti, non solo l ’In gh ilterra e il G a lle s di oggi, m a a n ch e p o rz io n i delTIrlanda, d e lla S co zia e p ersin o della F ran cia. O v v ia m e n te , gran p arte delle p o p o la z io n i so g g e tte c o n o s c e v a p o c o o n ien te d i la tin o , fra n cese n orm a n n o , o in glese a n tico 13. S o lo q u a n d o era g ià p assato quasi un seco lo dal rico n o scim en to p o litico d e ll’ in glese an tico , il p o te re di L o n d r a ven n e sp azzato via dalla «F ran cia»,

Sulla Senn a si e b b e un p ro ce sso sim ile, an ch e se a un ritm o p iù len to . C o m e a ffe rm a sarca stica m en te B lo ch , «il fra n cese , una l in g u a c h e , v is ta c o m e u n a s e m p lic e fo rm a c o r r o t ta d e l la tin o , im p ie g ò n u m e ro si s e co li p e r a cq u ista re u n a d ig n ità le tte ra r ia » 14, d iv en n e il lin g u a gg io u ffic ia le d elle co rti d i giu stizia so lo d o p o ch e F ra n cesco I em ise l ’ed itto d i V illers-C o tte rè ts15. In altri regn i d in a­stici il la tin o sopravvisse assai p iù a lu n g o , (sotto gli A s b u rg o ben fin o a ll’800). In altri a n co ra p resero il so p ravven to dei vo lg ari stra­nieri: nel ’700 le lin g u e d e lla co rte dei R o m a n o v era n o fra n cese e te d e s c o 16.

In ogni caso la «scelta» della lin g u a ap p are co m e u n o sv ilu p p o grad u ale , deciso , p ra gm a tico , p er n o n d ire cao tico . C o m e tale, era co m p leta m en te d iv erso d a lle tim id e p o litich e lin g u is tich e p o rta te avanti dai dinasti d e ll’800 d i fro n te alla nascita d i u n n azion alism o lin g u is tic o o stile e p o p o la r e . (V e d i infra, c a p ito lo 6 ). U n c h ia ro seg n o d i q u este d ifferen ze è ch e le v e c c h ie lin g u e am m in istrative era n o so lo tali: lin g u e usate da e p e r la b u ro cra zia , p e r la p ro p ria co n v e n ie n z a . N e ss u n o p e n s a v a d ’im p o rre la lin g u a a lle va rie p o ­p o la zio n i soggette alle d in astie17. L’e leva zio n e d e l vo lg are a «lingua d el p otere» la d d o ve , in un certo senso, era in co m p etiz io n e co n il la t in o (il fra n c e s e a P a r ig i, in s e g u ito l ’ in g le s e a L o n d r a ) d e tte co m u n q u e il su o co n tr ib u to al d e clin o della co m u n ità im m agin ata d ella C ristianità.

In fo n d o , è p ro b a b ile che il farsi sem p re p iù e so terico d e l la ti­n o, la R ifo rm a e lo sv ilu p p o casuale del vo lg are am m in istrativo sia­

l3N o n d o b b ia m o p e n sa re ch e l ’u n ific a z io n e a m m in istra tiv a in v o lg a re fu im m ediata o com pleta. E d iffic ile im m aginare ch e la regione d i B o rd e a u x (G uya- ne) sotto il co n tro llo d i L o n d ra fosse mai am m inistrata in antico inglese.

, ',B l ( x ; i i , Feudal Society, I , p . 9 8 .15S l t o n - W a t s o n , N ations and States, p . 4 8 .16Ibid., p . 8 3 .' ’ U n ’accettabile conferm a di questo p u n to c i viene fo rn ita da F ra n ce sco I,

che, com e abbiam o visto, p ro ib ì la stampa d ei lib r i del 1535 e quattro anni dopo elevò il francese a lin gu a ufficia le della corte!

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no im p ortan ti, in q u esto co n testo , so prattu tto in un sen so negativo: nel lo ro co n trib u ire alla d etro n izza zio n e del latin o. È p o ssib ile im ­m agin are la nascita delle n u o ve co m u n ità im m agin ate n azio n ali sen ­za l ’esistenza di uno, o di tutti qu esti fattori. Q u e llo che, in un senso p o sitivo , rese le n u o v e co m u n ità im m agin abili fu un a quasi casuale, m a esplosiva, in terazion e tra un sistem a d i p ro d u zio n e e d i relazioni p ro d u ttiv e (capitalism o), un a tecn o lo gia d e lle co m u n ica zio n i (stam ­pa), e la fatalità della d iversificazio n e lin gu istica u m an a18.

L ’e lem en to d i fatalità è essenziale. D i qualsiasi p ro d e zz a so v ru ­m ana il capita lism o fosse cap ace, esso ha sem p re tro v ato nella m o rte e n e lle lin g u e d u e te n a c i a v v e rsa ri19. P a r tic o la r i lin g u e p o s s o n o m o rire o ven ir can cellate , m a n on c ’è stata, n é c ’è, a lcun a p ossib ilità d i una gen era le u n ificazio n e lin guistica d ell’um anità. E p p u re q u esta m u tu a in co m p ren sib ilità fu storicam en te so lo di m arginale im p o r­tan za p rim a ch e il capita lism o e la stam pa creassero un p u b b lic o d i lettori m on olin gu a.

M e n tre è essenziale avere in m en te l ’id e a d i fatalità, nel senso d i u n a g e n e ra le c o n d iz io n e d ’ir r im e d ia b ile d iv e rs ità lin g u is tic a , s a re b b e u n e rro re p a ra g o n a re q u e sta fa ta lità c o n q u e ll ’e le m e n to co m u n e alle id e o lo g ie n azionaliste ch e m ette in rilievo la fatalità p r i­m o rd iale d i p artico lari lin g u e e la lo ro asso ciazio n e co n p artico la ri unità territoriali. E ssen zia le è l ’in terazio n e tra fatalità, tecn o lo g ia e c a p ita lism o . N e ll ’E u r o p a p rim a d e lla s ta m p a , c o m e ce rta m e n te a ltro ve nel m o n d o , era im m ensa la d iversità d e lle lin gu e, qu elle lin ­g u e ch e p e r chi le parla eran o (e sono) la tram a e il tessu to della vita; co sì im m en sa che, se a n ch e avesse cercato d i sfruttare o gn i p o te n ­ziale m ercato d elle lin g u e vo lg ari p arlate, l ’ed ito ria sareb b e c o m u n ­q u e rim asta un a fo rm a d i cap ita lism o d i d im en sio n i in significanti. Q u e s ti vari id io m i, p e rò , p o te v a n o ven ir « assem blati» , e n tro certi lim iti, in lin g u e scritte d i n u m e ro d ecisam en te in ferio re. L a stessa arbitrarietà d e ll’a ttribu ire un qualsiasi sistem a di segni a d e i suon i, facilitava il p ro ce sso di u n ifica z io n e 20. (A llo stesso tem p o , p iù i segni

I8N o n fu il p rim o «accidente» d i questo tipo. F e b v re e M a rtin fanno notare che, m entre in E u ro p a una classe borghese era già v is ib ile d al ’200, la carta n on d iven ne di uso com une fin o alla fin e del ’30 0 . Solo la sup e rficie liscia (Ie lla carta poteva rendere po ssib ile la rip ro d u zio n e d i massa d i testi e im m agini, c questo non avvenne p e r a ltri 7 5 anni. L a carta n on fu però u n ’ invenzio n e europea. V i sbarcò , attraverso il m o ndo islam ico, da u n ’altra storia, la C ina.

l9N o n esistono ancora gran di m ultin azio n ali nelP am bito d e ll’editoria.2llP e r u n ’interessante d iscu ssion e su questo pu n to , ved i S. 11. S i i:in iii:i«;, Pive

H undred Years o f Printing, ca pito lo 5. U n esem pio viene d a ll’ inglese ongh, p ro ­n u n cia to diversam ente nelle parole although, bough, lough, rough, cough c hiccou-

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erano id eog rafic i, p iù am p ia era la zon a p o ten zia le d i un ificazione. Si p u ò rilevare così una sorta d i gerarch ia d iscen d en te , d a ll’ algebra, attraverso il cin ese e l ’inglese, fin o ai sillabari regolari d e l fran cese o d e ll’in d o n esian o ). A d «assem blare» qu esti vo lgari n ien te servì p iù del capita lism o ch e, all’in tern o dei lim iti im p o sti d a gram m atich e e sin tassi, c r e ò l in g u e sc r itte r ip r o d o tte m e c c a n ic a m e n te e ta li da p o te r essere d iffu se attraverso il m ercato 21.

Q u e s te lin g u e scritte p o sero le basi p e r le co scien ze n azionali in tre d iversi m o d i. In n an zitu tto , c rea ro n o un terren o co m u n e di sca m b io e co m u n ica zio n e al d iso tto d e l latin o e al d iso p ra dei d ia let­ti vo lgari. C o lo ro ch e p arlavan o d iverse varietà d i fra n cese, in glese o s p a g n o lo , c h e p o te v a n o tro v a r e d if f ic i le , o p e r s in o im p o s s ib ile , capirsi in un a co n versazio n e, eran o in grad o di farlo v ia stam p a e sulla carta. N e l p ro ce sso , d iven n ero grad u alm en te co n sa p ev o li delle centin aia di m igliaia, a n ch e m ilioni, d i p erso n e a p p a rten en ti al lo ro p artico lare ca m p o lin gu istico , e allo stesso tem p o , d e l fa tto ch e solo qu elle centin aia di m igliaia, o m ilioni, g li app arten evan o . Q u e i le tto ­ri, legati tra lo ro dalla stam pa, fo rm a ro n o - n ella lo ro secolare, p a rti­co lare, visib ile in visib ilità - l ’em b rio n e della co m u n ità im m agin ata n azionale.

In seco n d o lu o g o , l ’ed ito ria d ied e u n a n u o va fissità alla lingua, ch e alla lu n g a a iu tò a c o s tru ire q u e ll ’ im m a g in e d i a n tich ità co sì im p o rtan te p e r l ’id e a so ggettiva di n azio n e. C o m e F e b v re e M artin ci r ico rd a n o , il lib ro stam p ato m an ten eva una fo rm a p erm an en te, in grad o di ven ir rip ro d o tta virtu a lm en te a ll’ in fin ito, n ello sp azio e nel te m p o . N o n e ra p iù s o g g e t to a lle a b itu d in i in d iv id u a liz z a n t i e « in co n sciam en te m o d ern izzan ti» dei m o n aci am anuensi. P erta n to , m entre il fran cese del 110 0 è d iversissim o d a q u ello scritto d a V illo n n el ’400, il tasso di c a m b ia m e n to ra llen tò b ru sca m e n te n e l ’500. « N e l ’600, un p o ’ d a p p e rtu tto , le lin g u e n azionali a p p a io n o crista l­lizzate» 22. In altre p aro le , p e r tre seco li queste lin g u e scritte stab i­lizza te si so n o a p o c o a p o c o rico p erte d i u n o sm alto fissatore; le

gh] esso m ostra sia la varietà id io m atica da cui emerse l ’o d ie rn o inglese, sia la qualità ideo grafica del p ro dotto finale.

21È soppesando le parole che dico: «N iente servì (...) più (...) del capitalism o». Sia Steinberg che Eisenstein giungono quasi a d ivinizzare la «stam pa» come ele­m ento dem iurg ico della sto ria m oderna. In ve ce F eb vre e M a rtin n on dim enticano m ai che dietro la stampa si m uovono i tipografi e le case editrici. E bene ricordare in questo contesto che, se anche la stampa fu inventata in C in a pro babilm en te 500 anni prim a che apparisse in E u ro p a , non vi ebbe nessun grande im patto, tanto m eno rivo lu zio n ario , p ro p rio perché lì non c ’era il capitalism o.

22 The Com ing o f the book, pag 319.

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..................................................................... .................................. * .................... t * ...... r i * . ........................... 'i T II) ! "I '!

p a ro le d e i n ostri an ten ati d e l ’600 ci son o accessib ili in un m o d o im p en sab ile p e r V illo n rispetto ai su o i avi del 1100.

In terzo lu o g o , l ’editoria creò lin gu aggi d i p o te re d i un tip o d i­v e rs o d a g li a n tic h i v o lg a r i a m m in istra tiv i. A lc u n i d ia le tti e ra n o in evitab ilm en te p iù sim ili alle va rie lin g u e scritte, e in flu iro n o p esa n ­tem en te sulla lo ro fo rm a defin itiva. I lo ro svan taggiati cugini, an cora a ss im ila b ili d a lle lin g u e s ta m p a te e m e r g e n ti, p e r s e r o p re s tig io , in n an zitu tto p erch é n o n e b b e ro successo, o lo e b b e ro solo relativa­m ente, nel sostenere la p ro p ria fo rm a stam pata. Il « ted esco nord- o ccid en ta le» d iv en n e platt D eutsch , u n a variante d e l ted e sco la rg a ­m en te parlata, an ch e se di qualità in feriore, in q u a n to era assim ilabi­le al ted e sco scritto co m e in vece n o n era il c e c o p arlato in B oem ia. L’a lto ted esco , l ’in glese del R e, e, in segu ito , il thai centrale, ven n ero e levati a u n a n u o v a em in en za p o litico -cu ltu ra le . (D a q u i d erivan o n e ll’E u ro p a del ta rd o ’900 le lo tte co n d o tte d a a lcu n e «sub»-nazio- n alità p e r em an cip arsi dalla lo ro co n d iz io n e subaltern a in seren d osi a fo rza nella stam pa e nella radio).

R esta so lo da sotto lin eare ch e , al lo ro in izio, sia lo stabilizzarsi d e lle lin g u e stam p ate, sia il lo ro d isp orsi a livelli d iversi di p restig io, fu ro n o p ro cessi in gran p arte in co n sa p evo li, risultanti d a ll’esp lo siva in terazio n e tra capita lism o, tecn o lo g ia , e d iversità lin guistica um ana. M a co m e in m olti altri casi n ella storia d e l n azion alism o, una vo lta p resen ti, p o te ro n o d iven tare m o d elli fo rm ali da im itare, o e sp e d ien ­ti d a sfruttare d elib eratam en te in un o sp irito m ach iavellico. Il g o v e r ­n o th a ila n d ese te n d e o g g i a sco ra g g ia re a ttivam en te i ten tativ i d i m issio n a ri stran ieri d i fo rn ire a lle m in o ra n z e tr ib a li d e lle c o llin e p ro p ri sistem i d i trascrizio n e e d i sv ilu p p are p u b b lica zio n i nelle lo ro lingue: m a allo stesso go vern o n on im p o rta nulla quale lin gu a p a rli­n o q u este m in o ran ze. Il d estin o d e lle p erso n e d i lin g u a turca n elle zo n e in co rp o ra te dai m o d ern i stati d i T u rch ia , Iran , Iraq , e Russia è p artico larm en te esem plare. U n a fam iglia di lin g u e parlate, un te m ­p o o v u n q u e assem blabili, e q u in d i co m p re n sib ili, in u n ’o rto grafia araba, ha p erso q u e st ’un ità co m e risu ltato d i m an ip o lazio n i c o n sa ­pevo li. P e r a cu ire u n a co scien za n azio n ale p rettam en te turca, a sfa­vo re d i qualsiasi m aggio re id e n tificazio n e islam ica, A ta tu rk im p o se un a la tin iz z a z io n e fo rz a ta d e l l ’ a lfa b e to 23. L e a u to rità s o v ie tic h e risp o sero p rim a co n u n a ro m a n izzazio n e fo rzata anti-islam ica e anti-

25 M a n s K o i i n , T h e A g e o f N ationalism , p. 108. È giusto aggiungere ch e in questo m o d o K em a l sperava anche d i allineare il n azio n alism o tu rco con la m o­derna civ iltà rom anizzata d e ll'E u ro p a occidentale.

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p ersian a, p oi, n egli anni ’30 d i Stalin, co n un a cirillizzazion e fo rzata

di stam p o ru sso 24.T ira n d o le som m e, p o ssiam o afferm are che la co n vergen za del

capita lism o e d elle tecn o lo g ie d i stam p a e d e lla varietà delle lin g u e u m a n e creò la p ossib ilità d i un a n u o va fo rm a d i co m u n ità im m a g i­nata, ch e nella sua m o rfo lo g ia essenziale p o se le basi d elle n azioni m o d ern e. L ’estensione p o ten zia le d i q u este co m u n ità era in trin seca­m en te lim itata, e, a llo stesso tem p o , aveva so lo la p iù casuale re lazio ­n e c o i c o n fin i p o li t ic i e s is te n t i (c h e in g e n e r e r is p e c c h ia v a n o l ’esp an sion e dinastica).

E o vv io co m u n q u e ch e m en tre tu tte le m o d e rn e au to -d ich iara­te n azio n i h an n o « lin gue scritte n azio n ali» , m o lte d i esse h an n o tali l in g u e in c o m u n e , e in a ltr e s o lo u n a m in im a p a r t e d e l la p o ­p o la z io n e «usa» effettivam en te la lin g u a n azio n ale n el p arlare o n e l­lo s criv ere . G l i s ta ti-n a z io n e is p a n o -a m e ric a n i, o d e lla « fa m ig lia an glo-sasson e», so n o esem p i lam p a n ti della p rim a situazion e; m olti e x stati co loniali, so p rattu tto in A fr ica , della secon da. In a ltre p a r o ­le, la fo rm a zio n e co n cre ta d egli stati-n azion e co n tem p o ra n ei n o n è assolutam en te iso m o rfica co n il d eterm in ato ragg io d ’a zio n e d i un a p a r t ic o la r e l in g u a . P e r m e g lio c o m p r e n d e r e la d is c o n t in u i t à all’ in tern o della co n n essio n e tra lin g u e scritte, co sc ien ze n azion ali e stati-n azione, d o b b ia m o v o lg erci al n u trito g ru p p o di n u o v e entità p o lit ic h e c h e n a c q u e ro n e ll ’e m isfe ro o c c id e n ta le tra il 1 7 7 6 e il 1838, d efin en d o si tu tte co n sciam en te co m e n azio n i e, co n l ’ in teres­san te e c c e z io n e d e l B ra s ile , co m e r e p u b b lic h e (n o n -d in a stich e ). Q u e s to p e rch é n on solo fu ro n o storicam en te i p rim i d i ta li stati a em ergere sulla scen a n azion ale, o ffre n d o q u in d i in ev itab ilm en te un m o d e llo cu i g li altri a vreb b e ro d o v u to «som igliare», m a a n ch e p e r­ch é il lo ro n u m ero e la sim ultan eità d e lla lo ro nascita ci o ffro n o un terren o fertile p e r un a ricerca com p arativa.

24S e t o n - W a t s o n , N ations and States, p . 3 1 7 .

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4. PIONIERI CREOLI

I n u o vi stati am ericani nati tra la fin e del ’700 e l ’in izio d e ll’ 800 sono d i straordin ario interesse. S em b ra in fatti quasi im p o ssib ile sp iegarli n e i term in i d i d u e fa tto ri ch e - p ro b a b ilm e n te p o ic h é d e riv a b ili facilm en te dai n azionalism i e u ro p ei della m età del seco lo - h an n o d o m in ato il p en siero p ro vin cia le e u ro p eo su l sorgere d el n azio n a li­sm o.

In p rim o lu o g o , sia c h e p en sia m o al B rasile , a g li S ta ti u n iti d ’A m e rica o alle e x co lo n ie spagn ole, la lin g u a n o n era un e lem en to c h e l i d iffe r e n z ia v a d a lle lo ro r is p e ttiv e c a p ita li im p e r ia li. T u tti, in clusi g li Stati uniti, erano stati creo li1, fo rm ati e gu id ati d a p erso n e ch e co n d iv id e va n o la lin g u a e l ’o rig ine co n co lo ro che a veva n o c o m ­b attu to . A n z i, va d e tto ch e la lin g u a n on è m ai stata in d iscu ssio n e in queste p rim e lo tte di lib erazio n e n azion ale.

In seco n d o lu o g o , ci sono serie ragio n i p e r d u b ita re ch e p o ssa essere ap p licata alla m aggio r p arte d e ll’em isfero O c c id e n ta le l ’altri- m en ti p ersu asiva tesi d i N a irn p e r cui:

L ’avve nto d e l n a z io n a lism o in u n senso p ro p ria m e n te m o d e rn o fu legato al ba ttesim o p o lit ic o d e lle c la ss i in fe r io r i... A n c h e se ta l­v o lta o s t ili a lla d e m o c ra z ia , i m o v im e n ti n a z io n a lis t i s o n o sta ti in v a ria b ilm e n te d i v e d u te p o p u lis te e h a n n o ce rca to d i in t r o d u r ­re le c la ss i su b a lte rn e alla v ita p o lit ic a . N e lla lo ro v e rs io n e p iù t ip ica , a ssu n sero la fo rm a d i u n a fo rte g u id a d i ceti m e d i e in t e l­le ttu a li che c e rc a v a n o d i s u s c ita re e in c a n a la re le e n e rg ie d e lle c lassi p o p o la r i a sostegn o d e i n u o v i sta ti2.

A lm e n o n el S u d e n el C e n tr o A m e r ic a , alla f in e d e l ’70 0 i « ceti m edi» d i tip o eu ro p eo eran o an co ra in significanti. N é v i e ra traccia d i u n ’in tellighen zia: «in q u ei tran q u illi g io rn i co lo n ia li b e n p o c h e eran o le lettu re ch e in te rro m p e va n o il ritm o e lega n te e sn o b istico d elle v ite d eg li u o m in i» 3. C o m e a b b ia m o v isto , il p rim o ro m a n zo isp a n o -am e rica n o v e n n e p u b b lic a to so lo n el 18 16 , b e n d o p o ch e eran o sco p p ia te le gu erre d ’in d ip en d en za . In tutta e v id e n za la gu id a fu assunta da ricch i p ro p rie ta ri terrieri, alleati a u n n u m e ro d i p o c o

'C re o lo (Criollo): d iscendente d i (alm eno in teoria) euro pei p u ri m a nato nelle A m e rich e (e, p iù tardi, o vu n q u e al di fu o ri d ’E u ro p a ).

2The Break-up o f Britain, p. 41.3G e r h a r d M a s u iì , Sim ón Boltvar, p . 1 7 .

' ' iw i 'w w i i 'M i ' im i i i iw ip m iiM i i i i if i i lw il i iH ll iW li iW IW ili i l i i iH ll l iP I I I f lW I l l l l l l l l in i lH I IH I I I in i l l l

in ferio re di m ercan ti e a vari tipi d i p ro fessio n isti (avvocati, m ilitari, fun zio n ari lo ca li e p ro vin cia li)4.

L u n g i dal cercare di « in trodurre le classi subaltern e» alla vita p olitica» , il m o tivo chiave che spinse in izialm en te a ll’in d ip en d en za da M a d rid , in im p ortan ti casi co m e il V en ezu ela, il M essico e il P erù , fu la p au ra d i un a m o b ilitazio n e p o litica dei ce ti inferiori: vale a d ire, so lle v a z io n i d i in d io s o d i sch ia v i n eg ri5. (T ale p a u ra p o tr à so lo aum entare q u an d o il «segretario d ello spirito d e l m o n d o » d i H e g e l co n qu isterà la S p ag n a nel 1808, p rivan d o così i creoli di assistenza m ilitare in caso d i em ergenza). In P erù , era an cora fresca la m em oria de lla gran d e jacquerie gu id ata d a T u p a c A m a ru (17 4 0 -17 8 1 )6. N e l 1 7 9 1 , T ou ssain t L ’O u v e rtu re g u id ò u n ’in su rrezion e di schiavi neri ch e p o rtò n el 1804 alla seco n d a re p u b b lica in d ip e n d en te n ell’em i­sfero o ccid en ta le, e terro rizzò i gran d i co ltivato ri schiavisti d e l V en e ­zuela7. Q u a n d o , n el 1789, M a d rid em ise un a n u o va legge, p iù um a­na, su lla sch ia v itù , sp e c ifica n d o in d etta g lio i d iritti e i d o v e ri di schiavi e p ad ro n i, «i creoli rifiu taron o l ’in terven to statale, p o ich é gli schiavi eran o in clin i al v iz io e all’in d ip en d en za [!] , ed erano essen­ziali p e r l ’econ o m ia . In V en ezu ela - in effetti in tutti i C ara ib i sp a ­g n o li - i c o lt iv a to r i si o p p o s e r o a lla le g g e e p o r ta r o n o a lla sua sosp en sion e n e l 17 9 4 » 8. L o stesso B olivar il L ib e ra to re afferm ò ch e un a rivolta d ei N e g ri sareb b e stata «cento vo lte p e g g io che u n ’in va­sione spagn ola»9. N é d o b b ia m o d im enticare ch e m olti leader delle tre d ic i co lo n ie n o rd a m erican e eran o m agn ati agrari p ro p rie tari d i schiavi. L o stesso T h o m a s J efferso n era u n o d i q u ei p ian tatori della V irg in ia che n eg li anni attorn o al 17 7 0 s ’in fu riaro n o p e r il p roclam a d el go v ern o lealista ch e dichiarava lib eri q u egli schiavi clic avessero rotto co n i lo ro p ad ro n i sed izio si10. È istruttivo ch e un a «.Ielle ragioni p e r cu i M a d rid riuscì a torn are a go vern are il V en ezu ela dal 1814-

4L y n c h , TheSpanish-Am erican R evolutions, pp. 1 4 - 1 7 e oltre. Q ueste p ro p o r­zio n i derivano dal fatto che le p iù im p ortan ti attività co m m erciali c am m inistrati­ve erano largam ente m onopolizzate da spag noli nati in Spagna, m oni re i p ro p rie ­tari terrieri erano per lo p iù creoli.

5Sotto questo aspetto ci sono ch ia re analogie con il nazio n alism o boero d i un secolo dopo.

’’E degno d i nota il fatto che T u p a c A m a ru non r ip u d iò mai in t e r a m e n te la sua lealtà al re d i Spagna. L a fu ria sua e d ei suoi seguaci (soprattutto indios, ma anche bian ch i e m eticci), èra rivolta contro il regim e d i Lim a. M a su r, liolm tr, |>. 2 4 .

7S e t o n - W a r s o N , N ations and States, p. 201.8L y n c h , T h e Spanish-American R evolutions, p . 192 .9Ibidem , p. 224.'" E d w a r d S. M o r g a n , «T h e H e a rt o f Je ffe rso n », T h e N etr York l im in o o f

Books, 17 agosto 1978, p. 2

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1 8 1 6 e a te n e r e la lo n ta n a Q u it o f in o a l 18 2 0 , fu c h e o t te n n e l ’ap p o gg io p rim a d egli schiavi, e p o i d eg li in d io s, n ella lo tta co n tro gli in sorti creo li11. In oltre , la lu n gh ezza stessa della lo tta co n tin en tale co n tro la Spagna, orm ai una p o ten za eu ro p ea di seco n d o livello e, tra l ’altro, invasa e con quistata di recen te d a N a p o le o n e , su ggerisce un a certa « d e b o lezza sociale» di qu esti m o vim en ti in d ip en d en tisti latino-am ericani.

E p e r ò era n o m o v im en ti d ’in d ip e n d e n z a n a z io n a le . B o liv a r c a m b iò id ea sugli sch iavi12, e il lib erato re San M a rtin d ich ia rò n el 18 2 1: «in fu tu ro gli ab origen i n o n d o vra n n o essere ch iam ati in dioso nativi; sono fig li e cittadini del P e rù e saran n o rico n o sciu ti co m e p eru via n i» 13. (N o i p o trem m o aggiungere: n on o stan te ch e il capitali- sm o-a-stam pa» n on avesse an cora ragg iu n to qu esti analfabeti).

L ’in te rr o g a tiv o è d u n q u e : p e r c h é fu r o n o p r o p r io co m u n ità creo le a sv ilu p p are così p resto un a co n ce z io n e della lo ro «n azio n a­lità» - ben prim a d e ll ’E u ro p a ? P e rc h é q u e ste p r o v in c e co lo n ia li, p o p o la te d i solito d a vaste e o p p resse p o p o la zio n i ch e n o n p a rla v a ­n o lo sp agn o lo , fu ro n o in g ra d o d i p ro d u rre creo li ch e rid efin iro n o co n sa p ev o lm en te questi p o p o li co m e « co m p a trio ti» ? E ch e co n si­d era ro n o un n em ico la S p a g n a 14, a cu i in così d iv ersi m o d i eran o legati? P e rc h é l ’Im p e ro isp an o -am erican o, ch e era esistito tra n q u il­lam en te p e r quasi tre secoli, ven n e im p ro v visam en te fram m en tato in d icio tto stati separati?

I d u e fattori d i sp iegazio n e p iù co m u n em en te in d ica ti so n o il co n tro llo so ffo ca n te esercitato d a M a d rid e il flu sso d i id e e lib e ra liz ­zan ti d e ll’Illu m in ism o n ella seco n d a m età d e l ’700. È ce rto ch e la p o lit ic a p o rta ta a v a n ti d a ll ’ a b ile « d e s p o ta illu m in a to » C a r lo II I (regno 17 59 -178 8 ) deluse, irritò e a llarm ò sem p re p iù le classi alte

" M a s u r , Boltvar, p . 2 0 7 ; L y n c h , T h e Spanish-American R evolutions, p . 2 3 7 .I2N o n senza alti e bassi. L ib e rò i su o i s ch ia v i p o co d o p o la d ic h ia ra z io n e

d ’in d ip e n d en za del V enezu ela n el 1810. Q u a n d o fuggì ad H a it i nel 18 16, ottenne assistenza m ilitare dal presidente A le x a n d re P étion, in cam bio della prom essa di po rre fine alla sch ia vitù in tutti i territo ri liberati. L a prom essa fu m antenuta a C aracas nel 1 8 1 8 , ma d o b b ia m o rico rd a re che i successi ottenuti dal go verno di M a d rid in Venezuela tra il 1814 e il 1816 fu ro n o in parte d o v u ti a ll’em an cip a zio ­ne, da parte spagnola, d egli sch ia vi leali. Q u a n d o B o liv a r d iven ne presidente del­la G ra n C olo m b ia (V enezuela, N u o va G ra n a d a ed E c u a d o r) nel 1821, chiese ed ottenne dal C o n g re sso una legge che liberava tutti i f ig li d e g li schiavi. « N o n ave­va chiesto al C ongresso di cancellare la schiavitù perch é non voleva in co rre re nel risentim ento dei g ra n d i p ro p rie ta ri terrieri». M a s u r , Boltvar, pp . 125, 206-207, 32 9 e 388.

’ ’ L y n c h , The Spanish-American R evolutions, p a g 2 76 . C o rs iv o m io.HU n anacronism o. N e l ’7 0 0 i l term ine com une era ancora Las Espanas (L e

Spagne), n o n Espana (L a Spagna). S l t o n - W a t s o m , Nations and States, p. 53.

creole. In quella ch e è stata a vo lte iro n icam en te chiam ata la s e co n ­d a co n q u ista d elle A m e rich e , M a d rid im p o se n u o v e tasse, rese la lo ro riscossione p iù efficien te, sostenn e i m o n o p o li co m m ercia li d e l­la m adrep atria , lim itò gli scam bi n elle co lo n ie a p ro p rio van taggio , e fa v o ri un a n o te vo le im m igrazio n e d i p e n in s u la r e ^ . Il M e ssico , p e r ese m p io , nei p rim i anni d e l ’700 fo rn iva alla C o r o n a un a ren d ita ann uale d i tre m ilioni di p esos. A lla fin e d e l seco lo , la so m m a era q u asi q u in tu p licata fin o a 14 m ilioni di p eso s, d i cu i so lo q u a ttro m ilio n i servivan o a so sten ere i co sti d e ll’am m in istra zio n e lo c a le 16. P arallelam ente, il livello d e ll’im m igrazion e peninsular n egli ann i tra il 178 0 e il 179 0 fu il q u in tu p lo di q u ello tra il 1 7 1 0 e il 17 3 0 17.

C e rto , il m iglioram en to delle co m u n ica zio n i tran sadan tiche, e il fa tto ch e le varie A m e rich e co n d iv id eva n o lin g u a e cu ltu ra co n le rispettive m adrep atrie , p o rtò a un a relativam en te rap ida e fa c ile tra ­sm ission e d e lle n u o v e d o ttrin e e co n o m ich e e p o litich e ch e n asce va ­n o in E u ro p a o ccid en ta le. I l successo della rivolta d elle tred ici c o lo ­n ie d o p o il 17 7 0 e la sp in ta em otiva della riv o lu z io n e fra n cese del 178 9 , n o n m an ca ro n o d i esercitare u n a n o te vo le in flu en za . N ie n te co n ferm a questa « rivo lu zion e culturale» p iù d e l p erva sivo « rep u b ­b lican esim o» d elle n u o ve co m u n ità in d ip e n d en ti18. U n serio ten tati­v o di ricreare i p rin cìp i d in astici n o n fu c o m p iu to in nessun p aese d ’A m e rica tran n e in B rasile 19; m a a n ch e lì c iò n o n sareb b e stato fo r ­se p o ssib ile sen za l ’ im m igrazio n e n el 1808 d e ll’ered e al tro n o p o r to ­g h e s e , in fu g a d a N a p o le o n e . (R im ase in B ra s ile p e r 13 an n i e,

15Q u e s t a n u o v a a g g r e s s iv i t à d e l v e c c h i o c o n t i n e n t e e r a d o v u t a in p a r t e a l le

d o t t r i n e i l lu m in is t e , in p a r t e a p r o b le m i f is c a l i c r o n i c i e in p a r t e , d o p o il 1 779 , a l la g u e r r a c o n l ’I n g h i l t e r r a . L y n c h , T he Spanish-American Revolutions, p p . 4 -1 7.

16Ibidem , p. 30 1. A lt r i quattro m ilio n i servivano a sovvenzionare l ’am m inistra­z ion e d i altre p arti d e ll’A m e rica spagnola, e i restanti sei m ilio n i erano d i p u ro profitto.

11 Ibid., p. 17.18L a costituzione della P rim a R e p u b b lic a Venezuelana (1 8 1 1 ) venne in m olte

sue p arti ricalcata esattamente su q u ella degli Stati U n iti. M a su r, Bolivar, p. 13119U n ’ottim a, organica a nalisi delle cause stru ttura li d e ll’eccezionaiità de! B ra ­

sile p u ò essere trovata in : J o s é M u r i l o d e C a r v a l h o , « P o litica i E lites and State B u ild in g : T h e C ase o f N in e t e e n t h -C e n tu ry B r a z il» , Com parative S tu d ies in Society and History, 24,3 (19 8 2 ), pp . 378-99 . I d u e fatto ri p iù im p ortan ti furo no : (1 ) L e differenze d ’istruzione. M e n tre «23 un iversità erano d istrib u ite in qu elle che diventeranno p o i tre d ici diverse n azio n i» nelle A m e rich e spagnole, « il P o rto ­gallo si oppose sistem aticam ente a q u alsiasi istituto d ’istruzio n e supe rio re nelle sue colonie, n o n co n sid e ra n d o tali i sem in ari re lig io si». Istru z io n e su p e rio re si poteva avere solo a ll’U n ive rsità d i C o im b ra , nella m adrepatria, dove si recavano i fig li delle élite creole, soprattutto per studiare n ella facoltà d i legge. (2) D iffe re n ti p o ssib ilità di carriera per i creoli. D e C a rv a lh o sottolinea la «m aggiore esclusione

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to rn an d o a casa, fece in co ro n a re il f ig lio P e d r o I del Brasile).C o m u n q u e , l ’aggressiv ità di M a d rid e lo sp irito d e l lib e ra li­

s m o , p u r se im p o r t a n t i p e r s p ie g a r e l ’ im p u ls o a lla r e s is te n z a n elP A m erica sp agn o la, non b astan o a sp iegare p e rc h é entità co m e C ile , V en e zu e la e M essico si rivelaron o d a u n p u n to d i vista em otivo a ccettab ili e p o litica m en te a u to su ffic ien ti20, n é p e rc h é San M artin d ich ia ra sse ch e ce rti a b o rig e n i d o v e v a n o essere id e n tifica ti co n il n eo lo g ism o «peruvian i». N é , in defin itiva , ren d o n o co n to dei reali sacrifici fatti. M e n tre è certo ch e le classi alte creo le , intese com e fo r ­m a z io n i s o c ia l i s t o r ic h e , a l la lu n g a u s c i r o n o p i u t t o s t o b e n e d a ll’in d ip e n d e n z a , fu r o n o in v e c e ro v in a ti fin a n zia ria m e n te m o lti m em b ri di tali classi vissuti tra il 1808 e il 1828. (P er p re n d e re solo un esem p io: d u ran te la co n tro ffe n siv a d i M a d rid d e l 18 14 -16 , «più dei d u e terzi dei p ro p rie ta ri terrieri d e l V en e zu e la su b iro n o p esanti co n fisch e» 21). E alm en o altrettan ti d ie d ero vo lo n tariam en te le lo ro v ite p e r la causa. D à d a p en sa re q u e sto d e sid erio d i sa crific io da p arte d i classi agiate.

A llo r a ? L ’a b b o z z o d i un a risp o sta sta n e l fa tto ch e « tutte le n u o v e r e p u b b lic h e su d a m erica n e era n o state d e lle u n ità a m m in i­strative tra il ’500 e il ’600»22. S o tto q u esto a sp etto , esse p refig u ra n o i n u o v i stati d e ll ’A fr ic a e d i p a rte d e ll ’A s ia n el ’900, e crea n o u n p u n g en te co n trasto co n i n u o vi stati e u ro p e i sorti tra la fin e d e ll’800 e l ’in izio d e l ’900. U p lasm arsi orig in ario d elle u n ità am m inistrative a m erican e fu , p e r certi versi, arb itrario e casuale, co m b a cia n d o co n l ’esten sio n e d i p artico la ri co n q u iste m ilitari. M a , co l te m p o , esse svi­lu p p a ro n o un a realtà p iù so lid a so tto l ’in flu en za d i fa tto ri geo grafici, p o litici e e co n o m ici. L a stessa vastità d e ll’im p ero sp agn o lo in A m e ­rica, l ’e n o rm e varietà d i territo ri e c lim i, e, so p rattu tto , l ’ im m ensa d iffico ltà d elle co m u n ica zio n i n e ll’era p re-in d u striale , ten d e va n o a ren d ere q u este unità au tocen trate . (N e ll’era co lo n ia le il v iagg io via m are tra B u en o s A ire s e A c a p u lc o d u rava q u a ttro m esi, e il viagg io di rito rn o era an co ra p iù lu n go ; v ia terra, da B u e n o s A ire s a Santia-

degli spagnoli nati in A m e rica d a i posti p iù alti d ella gerarchia d i Spagna» (sic). V e d i anche: S t u a r t B. S c h w a r t z , The form ation o f a C olon ial Identity in Brazil, in N i c h o l a s C a n n y e A n t h o n y P a g d e n , C olonial Identity in th e A tla n tic World, 1500-1800. Schw artz nota anche (p. 3 8 ) che « p e r i p rim i tre secoli d e ll’era co lo ­n iale n on ha operato in B ra sile alcuna tipografia».

“ P otrem m o d ire lo stesso d e ll’atteggiam ento d i L o n d ra verso le T re d ic i C o lo ­nie, o d e ll’ideologia della riv o lu zio n e del 1776 .

21L y n c :h , The Spanish-American Revolutions, p . 2 0 8 ; c f r . M a s u r , Boltvar, p p . 9 8 -9 e 2 3 1 .

^ M a s u r , Boltvar, p . 6 7 8 .

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go si im p iegavan o d u e m esi e, p e r C artagena, n o v e 23). D i p iù , la p o li­tica co m m e rc ia le d i M a d rid tra sfo rm ò le u n ità a m m in istra tive in zo n e econ o m ich e separate. « O g n i co m p etiz io n e co n la m adrep atria era vietata agli am ericani, e anch e le stesse parti d e l con tin en te n on

p o te va n o co m m erciare tra lo ro . I p ro d o tti am erican i in v iagg io da u n a parte all’altra d ’A m erica d o vevan o co m u n q u e passare attraverso i p o rti spagnoli, e la m arina m ercantile sp agn ola aveva il m o n o p o lio

del co m m ercio con le co lon ie» 24. Q u e ste esp erien ze a iutano a sp iega­re p erch é «uno dei p rin cìp i d i base della rivoluzion e am ericana» fu q u ello delì ’u ti posseditis, p e r cu i o g n i n azio n e a vreb b e d o vu to co n ­servare lo status q u o territoriale del 18 10 , l ’ann o in cu i e b b e in izio il m o v im e n to p e r l ’ in d ip e n d e n z a » 25. L a lo ro in flu e n z a , tra l ’a ltro , c o n tr ib u ì sen za d u b b io alla fra m m e n ta z io n e d e ll ’ a n co ra g io v a n e G ra n C o lo m b ia d i B olivar e d e lle P ro v in ce U n ite d e l R io d e la P iata nei lo ro antichi costitu en ti (ch e o ggi sono co n osciu ti co m e V en ezu e- la - C o lo m b ia - E c u a d o r e A r g e n tin a - U r u g u a y - P a r a g u a y - B o liv ia ) . E p p u re , di p e r sé, aree di m ercato «n atural» -geografiche o p o litico ­am m in istrative , n o n crea n o a tta cca m en to . C h i v o r r e b b e v o lo n ta ­riam ente m orire p er il C o m e co n o p e r la C ee?

P e r cap ire co m e un ità am m inistrative a b b ian o p o tu to , nel te m p o , v e n ir co n cep ite co m e « p atrie» , n o n so lo in A m e ric a m a a n ch e in a ltre p arti d e l m o n d o , si d e v e g u a rd a re a co m e le o rg a n izz a zio n i am m inistrative p ro d u c a n o «senso». L ’a n tro p o lo g o V ic to r T u rn e r ha a m p ia m e n te s c r it to a p r o p o s ito d e l « v ia g g io » a ttr a v e r s o te m p i d iv ersi, c o n d iz io n i e lu o g h i, c o m e e s p e r ie n z a c r e a tr ic e d i s ig n i­ficati26. O g n u n o d i questi v iagg i esige u n ’in terp retazio n e (p er e se m ­p io , il v iagg io dalla nascita alla m o rte ha fatto so rgere le varie c o n c e ­zion i religiose). P e r i n ostri sco p i, il v iagg io p arad ig m a tico è il p e lle ­g r in a g g io . C ris tia n i, m u su lm a n i o in d ù n o n c r e d e v a n o sem p lice - m en te ch e R o m a, L a M e c c a o B enares fo sse ro cen tri di ge o grafie sacre, m a la lo ro centralità era sp erim en tata e «realizzata» (nel sen so teatrale) dal flu sso costan te d i p ellegrin i ch e si m u o v ev a verso q u elle

23L y n c i i , The Spanish-American R evolutions, pp . 25-26.24M a s u r , Boltvar, p. 19. N a turalm en te tali m isu re erano attuabili solo in parte,

e v i fu sem pre un forte contrabbando.2̂ Ibidem., p. 546.26V e d i il suo T h e Forest o f Symbols, Aspects o f Ndem bit Ritual, in partico lare il

capitolo «Betw ixt and Between: T h e L im in a l P e rio d in R ites de Passage». P e r una successiva, p iù complessa elaborazione, ved i il suo Dramas, Fields, and Metaphors, Sym bolic A ction in Human Society, ca p ito li 5 («P ilgrim ages as Social Processes») e 6 («Passages, M argin s, and Poverty: R e lig io us Sym bols o f C o m m unitas»).

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città da località rem o te e altrim enti irrelate. In realtà, i lim iti estrem i d elle a n tich e co m u n ità im m agin ate re lig io se eran o d eterm in ati dal t ip o d i p e lle g rin a g g io ch e la g e n te fa ce v a 27. C o m e h o g ià so tto li­n eato, la strana g iu sta p p o sizio n e fisica d i m alesi, p ersian i, indiani, b e rb eri e tu rch i alla M e c c a sareb b e in co m p ren sib ile sen za u n ’idea d e l lo ro essere co m u n ità in q u alch e fo rm a. U n b e rb ero ch e in con tra un m alese d avan ti alla K a a b a d eve n ecessariam en te chiedersi: « P er­ché q u e st’u o m o fa q u ello ch e io facc io , p ro n u n cia le stesse p aro le che p ro n u n cio io , an ch e se n on p o ssiam o parlare l ’u n o co n l ’altro?» C ’è u n a sola risposta: « P erch é n o i ( ! ) . .. siam o m usu lm an i.» A essere sinceri, c e sem p re u n d o p p io asp etto d e lla co re o grafia d e i gran d i p ellegrin a ggi religiosi: una vasta o rd a di analfabeti d i lin g u a vo lgare fo rn iva la densa e fisica realtà d e l p assaggio cerim on iale , m en tre un p ic c o lo segm en to d i a d d etti a lfa b etizza ti e b ilin g u i p ro ve n ien ti da o gn i s in gola co m u n ità esegu iva i riti un ifican ti, in te rp re tan d o p e r i risp ettiv i seg u a ci il s ign ificato d e l lo ro m o v im e n to co lle tt iv o 28. In u n ’era ch e n on co n o sce an co ra la stam pa, la realtà d e lle com un ità im m agin ate religiose d ip en d e va p ro fo n d a m e n te da in n u m erevoli e co n tin u i viaggi. N e lla cristianità o cc id e n ta le al suo ap ice , n iente c o l­p isce q u a n to il flu sso sp o n ta n eo da tu tta E u ro p a d i fe d e li diretti, a ttr a v e r so i c e le b r a ti « ce n tr i re g io n a li» d e l sa p e re m o n a s tic o , a R om a. Q u e s te gran d i isd tu zio n i, in cu i la lin g u a p arlata era il latino, riu n ivan o q uelli ch e o g g i p o ssiam o d efin ire irlan desi, dan esi, p o rto ­gh esi, ted esch i ecc ., in co m u n ità il cu i sign ificato sacro ven iva ogni g io rn o d e co d ifica to d a ll’a ltrim enti in sp iegab ile g iu sta p p o rsi dei suoi m em b ri nel refettorio .

A n c h e se i p e lle g r in a g g i re lig io si s o n o p ro b a b ilm e n te i p iù gran d io si e to ccan ti v ia gg i d e ll’im m agin azio n e, essi h a n n o avuto, e h an n o , co n tro p a rti la ich e p iù m o d este e lim itate29. P e r i n ostri sco ­p i, i p iù im p o rtan ti fu ro n o i n u o vi m o d e lli d i v iagg io crea ti d a ll’asce­sa d e lle m o n arch ie assolute, e, in fin e, d egli stati im p erialisti europ ei.

27V e d i: B l o c h , F eudal Society, I , p . 64.28C i sono e vid en ti analogie con i rispettivi ru o li delle in telligh en zie b ilin g u i e

d ei (p e r lo p iù ) a n a lfab e ti o p e ra i e c o n ta d in i n e lla genesi d i ce rti m o vim en ti n azio n alisti, prim a d e ll’avvento della radio. Inventata solo n el 1895, la radio rese po ssib ile il superam ento della stampa e una rappresentazione orale d ella co m u­nità im m aginata la d d o ve la carta stam pata aveva faticato ad afferm arsi. I l suo ru o lo n ella riv o lu zio n e vietnam ita e in quella indonesiana, e p iù in generale nelle form e d i nazionalism o d ella metà del ’900, è stato fin tro p p o sottovalutato e sot­tostim ato.

WI 1 «pellegrinaggio la ico », n on deve essere considerato sem plicem ente come u n b iz za rro traslato. Q u a n d o C o n ra d definiva «p e lle g rin i» g li spettrali agenti di L e o p o ld o I I nel cu o re delle tenebre, era certam ente iro n ico, m a anche preciso,

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|f".. .....*................ . - ............... . .................... .... .

L ’am bizion e d e ll’assolutism o era d i creare un a p p a ra to u n ificato di p o tere , fed e le al sovran o, co n trap p o sto alla n ob iltà feu d ale d e c e n ­trata e p artico la ristica . U n ifica z io n e sign ificava in te rsca m b ia b ilità in tern a di u o m in i e docu m en ti. L ’in terscam bio d eg li uom in i ven iva in co ra g g ia to dal re clu ta m en to (n atu ra lm en te so lo fin o a u n certo p u n to ) di hom in es novi, ch e , p ro p rio co m e tali, e ra n o p riv i di un p ro p rio p o te re in d ip e n d e n te , e p o te v a n o co s ì serv ire c o m e e m a ­n azio n e d e l v o le re so vran o 30. I fu n zio n a ri asso lu tisti in tra p re n d e ­van o q u in d i v iagg i rad ica lm en te diversi da quelli d e i n o b ili fe u d a li31. S ch em a tica m e n te , la d ifferen za p u ò ven ir co sì ra p p resen ta ta : nel t ip ic o v ia g g io feu d a le , l ’ered e d e l n o b ile A , alla m o rte d e l p a d re , s a le p e r p r e n d e r n e il p o s t o . Q u e s t ’a sc e s a r ic h ie d e u n v ia g g io d ’andata e ritorn o, fin o al cen tro p e r l ’ in vestitura, e p o i d i n u o v o in d ietro ai p o sse d im en ti aviti. P e r il n u o v o fu n zio n a rio in v e ce , le co se son o p iù co m p lesse. Il talen to , e n on la m o rte , traccia la sua rotta. V ed e d avan ti a sé un a vetta, p iu tto sto ch e un cen tro . Si arram ­p ica sui suoi co rn ic io n i in una serie d i archi che, spera, d iv en te ra n ­n o sem p re m en o largh i n ell’ avvicinarsi alla som m ità. In v iato n ella c ittad in a A con la q u alifica V, p u ò torn are n ella cap ita le co n la q u a ­lifica W ; p ro ce d e re n ella p ro vin cia B co n il grad o X ; co n tin u a re n e l­la co lo n ia C co n il grad o Y; e co n clu d e re il p elle g rin a g g io n ella c a p i­tale co n la qu alifica Z . In q u esto v ia gg io n on ci so n o lu o g h i d i r is to ­ro assicurati; o gn i p au sa è p rovvisoria . L ’u ltim a co sa ch e il fu n z io ­n ario d esid era è torn are a casa, in q u a n to egli n on h a u n a «casa» nel v e ro senso della p arola. In o ltre , n ella sua scalata so cia le , eg li in c o n ­tra altri co lleg h i fu n zio n ari, a n c h ’essi zelanti p ellegrin i, p ro ven ien ti da lu o g h i e fam ig lie d i c u i n o n h a m ai sen tito p a r la re , e ch e n on d e s id e r a v e d e re . M a n e l c o n o s c e r li c o m e c o m p a g n i d i v ia g g io , em erge la co n sa p ev o le zza di essere in qu alch e m o d o legati (« P erch é n o i siam o ... q u i ... in siem e?»), a n co r p iù q u a n d o co n d iv id o n o un a stessa lin g u a statale. Q u in d i se il fu n zio n a rio A d e lla p ro v in c ia B am m inistra la p ro vin cia C , m en tre D della p ro v in c ia C am m inistra la p r o v in c ia B (u n a s i t u a z io n e a b b a s t a n z a c o m u n e c o n l ’ a s ­s o lu t is m o ) , u n a ta le e s p e r ie n z a d ’ in te r s c a m b ia b il i t à e s ig e u n a giu stificazio n e: l ’id e o lo g ia d e ll’asso lu tism o , e la b o ra ta dagli u o m in i n u o v i alm en o q u a n to dal sovran o.

30In partico lare dove: (a) la m onogam ia era im posta n o n solo dalla re lig io n e ma anche dalla legge; (b ) la prim og en itu ra era la regola; (c) i titoli n o n -d in a stici erano co m unque ereditari e concettualm ente e legalm ente d istin ti dalle cariche p u b b lic h e ; la ddo ve , cio è, le a risto cra zie p ro v in c ia li g o d evan o d i u n n o te vo le potere indipendente: ad esem pio, l ’In g h ilte rra al co n tra rio d e l Siam.

51 V edi: B l o c h , Feudal Society, I I , pp . 422 ss.

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L’in te r s c a m b ia b ilità d e i d o c u m e n ti, c h e v a a r a ffo r z a r e l ’in te r- scam biabilità degli u om in i, fu favo rita da llo svilu p p o d i un a lingua statale standard. C o m e dim ostra il susseguirsi d i anglo-sassone, la ti­no, n orm ann o, e in glese antico a L o n d ra dal 1000 al 1300, ogn i lin ­gu a scritta p u ò svolgere questo ruolo, a p atto ch e n e a b b ia il m o n o ­p olio . (D a n otare ch e, d o v e è stato il vo lgare, e n o n il la tin o , ad avere il m o n o p o lio , si è p o tu ta co n segu ire u n a u lteriore centralizzazion e, im p ed en d o il passaggio degli u fficiali d i un sovran o agli app arati dei suoi rivali: co m e d ire ch e così facen d o si era certi ch e i fu n zio n ari p ellegrin i di M a d rid n on fossero in tercam b iab ili co n quelli di Parigi).

In teo ria , l ’e sp a n sio n e e x tra -e u ro p e a d e lle g ra n d i m o n a rch ie d e lla g io v a n e E u r o p a m o d e rn a a v r e b b e d o v u to s e m p lic e m e n te e ste n d e re i m o d e lli p re c e d e n ti a llo s v ilu p p o d i g ran d i b u ro c ra z ie tra n s c o n tin e n ta li. M a in re a ltà c iò n o n a v v e n n e . L a ra z io n a lità strum en tale d e ll’a p p a ra to assolutista, so p rattu tto la su a ten d e n za a reclutare e a p ro m u o v ere in base al ta len to p iu tto sto ch e al ce to di n a s c it a , f u n z io n ò s o lo s a lt u a r ia m e n t e o lt r e le c o s t e o r ie n t a l i

d e ll’A d a n tic o 32.I l m o d ello è ch iaro n el caso d e lle A m e rich e . P e r ese m p io , p r i­

m a del 18 13 , dei 170 v iceré n e ll’A m e ric a L atin a, so lo 4 fu ro n o c r e o ­li. Q u e s ti dati so n o an co ra p iù im p ressio n an ti se p en siam o che, nel 1800, m e n o d e l 5 % d e i 3.200.000 creo li bianchi d e ll’im p ero o c c i­d en ta le (ch e si im p o n e v a n o a 13.700.000 in digen i) e ra n o cittad in i sp agn o li nati in Sp agna. A lla vig ilia della r iv o lu zio n e m essican a, un so lo v e sco v o era d i o rig in i creo le, a n ch e se il rap p o rto tra creoli e peninsulares era d i 70 a u n o 33. E d era quasi in au d ito ch e u n creo lo fo sse p ro m o sso a un alto in carico d i fu n zio n ario in S p a g n a 34. P e r d i

32T a le raz io n alità n o n va, o vvia m e n te , esagerata. I l caso d e l R egn o U n ito , dove i catto lici fu ro n o b a n d iti dalle cariche p u b b lich e fin o al 1829, n o n è unico. S i p u ò forse dub itare che questa lu n ga esclusione a b b ia giocato un ru o lo im p o r­tante n e ll’incoraggiare il nazio n alism o irlan dese?

j ì L y n c h , T h e Spanish-American R evolutions, pp. 18-19, 298. D e i c irca 15.000 peninsulares, la metà erano soldati.

34N e l p rim o decennio d e ll’800, a ogni m om ento dato risiedettero in Spagna circa 400 sudam ericani. T ra lo ro , l ’«argentino» San M a rtin e B o liva r. I l p rim o fu po rtato in Spagna da p ic c o lo e v i trascorse 2 7 a n n i, e n tra n d o n e ll’A ccade m ia Reale p e r g io va n i n o b ili e d istin g u en d o si n ella lotta armata co n tro N apo leo n e, prim a d i torn are nella sua terra natale appena avuta notizia d ella d ich iara zio n e d ’indipendenza. B o liva r visse p e r un certo tem po a M a d rid con M a n u e l M ello, l ’amante «am ericano» d ella regina M a ria L uisa. M a su r lo descrive com e apparte­nente (c. 1805) a «un g ru p p o di g iovani sudam ericani», che, com e lu i, «erano r ic ­ch i, p ig ri e disprezzati d a lla corte. L ’o d io e il senso d i in ferio rità che m o lti cre o li sentivano nei co n fro n ti d ella m adrepatria s i stava trasfo rm ando in im p u lso r iv o ­lu zion ario ». Boltvar, pp. 4 1 -4 7 , e 46 9-70 (San M a rtin ).

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|||l!l!!llll!IM1lll|h1l!!t!Ì1t!!lll!llill!!|{l|l!l|||||llllllllll!lllinilMlltlllltli(lillllllllllllltMllliiiittilHli)Hi(llHii<iiHiiHiHlliUiUiuiiMiiiiiiuiiHtmiuiHiuuuHHiui

p iù i p ellegrin aggi d i fu n zio n ari creo li eran o o stacolati n on so lo in senso verticale. S e fun zio n ari sp agn oli p o teva n o viaggiare tra Sara­g o z z a , C a rta g e n a , M a d rid , L im a e p o i a n co ra M a d rid , il c r e o lo «m essicano» o «cileno» di solito ven iva assegnato so lo nei territori co lo n ia li del M e ss ico o d e l C ile : i su o i sp o sta m en ti la tera li era n o o staco lati a lm en o q u an to la sua ascesa vertica le . In q u esto m o d o , l ’apice della sua scalata sociale, il p iù alto cen tro am m inistrativo a cu i p o te v a ven ir assegnato, era la cap ita le del d istretto am m inistrativo im p e r ia le in c u i si tro v a v a 35. N e l suo d iff ic ile p e lle g r in a g g io e g li in contrava p erò co m p agn i di viagg io ch e ca p ivan o d i essere a c c o m u ­n ati n on s o lo d a lla d u rata d i q u e l p a rtic o la re p e lle g r in a g g io , m a an ch e dalla con divisa fatalità d i essere nati da quella p arte d e ll’A tla n ­tico . S eb b en e n ato solo un a settim ana d o p o ch e il p a d re era em igra­to , la s fo rtu n a d i essere n ato in A m e r ic a lo c o n d a n n a v a a lla su ­b o rd in azio n e, anch e se in term ini d i lingua, religion e, ascen den za o ed u ca zio n e egli era in distin guib ile dagli sp agn o li n ati in Spagna. N o n c ’era n iente d a fare, era irrim ed iabilm ente un creolo . Q u a n to irrazio ­nale d eve essere sem brata questa esclu sion e! D ie tro q u est’irrazio n a­lità, c ’era co m u n q u e una logica: n ato in A m erica , n on p o te va essere un ve ro spagnolo; ergo, n ato in S p ag n a n on p o te v a essere un ve ro am erican o 36.

M a p e rch é q u est’esclu sio n e sem b rò razion ale in m ad rep atria?

35C o l tempo, i pellegrinaggi m ilita ri d iv e n n e ro im p o rtan ti quanto q u e lli civ ili. « L a Spagna non aveva né denaro né m ano do pera necessari a m antenere g u a rn i­gion i d i tru p p e regolari in A m e rica, e s i avvalse soprattutto d i m iliz ie co lo n ia li, che, d a lla metà d el ’700 , v en n e ro am pliate e riorganizzate.» (Ibidem . p. 10). Q u e ­ste m iliz ie erano p e r lo p iù lo cali, p a rti non in te rcam b iab ili d e ll’apparato d i s ic u ­rezza continentale. Svolsero un ru o lo sem pre p iù critico d o p o il 1760, con il m o l­tip licarsi delle in c u rs io n i britann ich e. I l padre d i B o liv a r era stato u n im portante com andante d i queste m iliz ie che d ifendevan o i p o rti venezuelani d agli in trusi. L o stesso B o ltva r fu da ragazzo ai co m and i del p a d re n ella sua vecch ia unità. ( M a s u r , Bolivar, pp. 30 e 38). Sotto questo aspetto egli è sim ile a m olti altri lea­der della prim a generazione d i nazio n alisti argentini, venezuelani e cilen i. V e d i: R o u iì r t L . G il m o k iì , Caudillism and M ilitarism in Venezuela, 18 10 -19 10 , ca p ito li 6 (« T h e M ilit ia » ) e 7 («T h e M ilita ry»).

56N otate le trasfo rm azio ni che l ’in d ip e n d e n za p ro d u sse n eg li am ericani: gli im m igran ti della p rim a generazione d iven nero a ll’iin p r o w is o g li « in fe rio ri» n ella scala sociale, perché i p iù contam inati d a l sangue del paese d ’origine. In v e rs io n i sim ili h an n o luogo in risposta al razzism o. I l «sangue n eg ro», la traccia infam e del sangue n ero nelle vene, era co n siderato, du ra n te l ’ im p erialism o , u n a fatale contam inazione p e r qualsiasi «b ian co ». O g gi, alm eno n eg li Stati U n iti, i l «m ulat­to» è o rm ai nei m usei. L a m in im a traccia d i «sangue n ero » rende N e ro [è ] B e llo. Pensate a ll ’o ttim istico p ro gram m a d i F e rm in s u ll’ in c ro c io tra razze e alla sua m ancanza d'interesse circa i l co lo re della p ro g e n ie attesa.

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S en za d u b b io c o n v e rg e v a n o u n a n tico m ach ia ve llism o e le n u o v e id ee sulla co n ta m in azio n e b io lo g ica ed e co lo g ica che a cco m p a g n a ­ro n o l ’esp an sio n e p lan eta ria degli e u ro p ei e d e l lo ro p o te re dal ’500 in p o i. D a l p u n to d i vista d e l sovran o, i creo li am erican i, co n il lo ro n u m e ro se m p re m a g g io re e il lo ro cresce n te ra d ica m en to lo ca le , co stitu iro n o un p ro b le m a p o litico sen za p re ce d e n ti. P e r la p rim a v o lta ci si tro v ò d i fro n te a u n vasto , p e r q u e ll’e p o ca , n u m ero d i eu ro p ei (p iù d i tre m ilio n i n e ll’A m erica latin a en tro il 1800) lontani d a ll ’E u r o p a . S e si p o te v a n o so tto m e tte re g li in d ig e n i co n arm i e m alattie, e co n tro llarli co n i m isteri d e l cristianesim o e co n un a c u l­tu ra to ta lm en te alien a (così co m e co n u n ’o rg an izzazio n e p o litica p er q u ei tem p i avanzata), n o n si p o te v a fare lo stesso co n i creo li ch e co n arm i, m alattie, cristianesim o e cu ltu ra eu ro p ea avevan o v irtu a l­m en te lo stesso rap p o rto d elle lo ro co n tro p a rti con tin en tali. In altre p aro le , p o ssed evan o saldam en te i m ezzi p o litic i, cu lturali e m ilitari p e r far valere co n su ccesso i p ro p ri d iritti. C o stitu iva n o sim ultan ea­m en te un a co m u n ità co lo n ia le e u n ’alta bo rgh esia . D o v e v a n o essere eco n o m ica m en te so tto m essi e sfruttati, m a eran o essenziali alla sta­b ilità d e ll’Im p ero . Si p u ò ve d ere , so tto questa lu ce , u n certo p ara lle­lism o tra la p o siz io n e d e i n otab ili creo li e quella d ei b a ro n i feu d ali, cru ciali p e r il p o tere d e l sovran o, m a allo stesso tem p o , co stitu en ti u n a m in accia p e r esso. I peninsulares inviati co m e v ic e ré o vesco vi avevan o q u in d i la stessa fu n zio n e d egli homines novi n elle b u ro cra ­zie p ro to -asso lu tiste37. A n c h e se il v iceré era un p erso n a g g io im p o r­tan te n ella su a casa andalusa, qui, a 8.000 k m di d istanza, m esso d i fro n te ai creoli, era d a vv ero u n ho7no novus, co m p leta m en te d ip en ­d e n te dal suo sign o re d ’o ltreocean o . Il d ifficile eq u ilib rio tra u ffic ia li sp agn o li e n o ta b ili c re o li era in q u e sto sen so u n ’esp ressio n e della v e cch ia p o litica d e l divide et impera in un n u o v o co n testo .

In o ltre , la crescita d i co m u n ità creo le, so p rattu tto in A m erica , m a a n ch e in d iv erse p arti d e ll’A s ia e d e ll’A fr ica , p o rtò in e v ita b il­m en te a ll’a p p a riz io n e d i eu ro asiatici, euroafrican i, co sì co m e e u ro a ­m e rica n i, n o n s o lo c o m e c u r io s ità o c c a s io n a li, m a c o m e g r u p p i so cia li con sisten ti. I l lo ro e m ergere p o rtò al fio rire d i u n o stile d i p en siero ch e a n tic ip a il m o d e rn o razzism o. Il P o rto g a llo , il p rim o co n q u ista to re p lan eta rio d ’E u ro p a , ce n e o ffre un o ttim o esem p io. N e ll ’u ltim o d ecen n io d el ’400, D o m M a n u el I p o te v a an co ra «risol­vere» la sua « q u estio n e ebraica» co n un a co n versio n e d i m assa fo r­

37P o ich é a M a d rid im p ortava m olto che la gu ida delle co lonie fosse in m ani a ffid a b ili, «era lo g ico che le ca rich e p iù alte fossero occupate esclusivam ente da spagnoli nati in Spagna». M a s u k , bolivar, p. 10 .

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zata (sarà p ro b a b ilm en te l ’u ltim o go v ern a n te e u ro p eo a tro vare un a s im ile s o lu z io n e s o d d is fa c e n te e « n atu ra le» )38. P e r ò m e n o d i un s e c o lo d o p o tr o v ia m o u n A le x a n d r e V a lig n a n o , g r a n d e r io r g a ­n izzato re d elle m issioni gesuite in A sia tra il 15 74 e il 1606, ch e in qu esti term ini si o p p o n e co n veem en za a ll’am m ission e d i in diani ed eu ro in d ian i al sacerd o zio 39:

T u t te q u este razze d i c o lo re so n o m o lto s tu p id e e v iz io se , e d i s p ir it o tra i p iù m e s c h in i. . . In q u a n to ai m estig os e a i castigos, d o v re m m o a cce tta rn e il m eno p o s s ib ile , o a d d ir it t u r a n e ssu n o ; s p e cie p e r q u a n to rig u a rd a i m estigos, v is to ch e p iù san gu e n ativo essi h a n n o , p iù s o m ig lia n o a g li in d ia n i e m e n o s o n o stim ati d a i po rto g h e si.

( D ’ a ltra p a rte V a lig n a n o in c o ra g g iò a ttiv a m e n te l ’am m issio n e d i g iap p o n esi, coreani, cinesi e « in docin esi» alle fu n zio n i sacerdotali; fo rse p e r c h é in ta li z o n e i m e ticc i n o n era n o a n co ra n u m e ro si?) C o s ì, i fra n c e sca n i p o rto g h e s i d i G o a si o p p o s e r o v io le n te m e n te all’ am m ission e di creo li n el lo ro o rd in e , a fferm a n d o ch e « anch e se nati d a gen ito ri b ian ch i, erano stati co m u n q u e allattati d a bam bin aie in d ia n e , e il lo ro s a n g u e era sta to q u in d i c o n ta m in a to p e r s e m ­p re » 40. B o x e r m ostra ch e, tra ’600 e ’700, sbarram enti ed esclu sion i razziali au m en taro n o m olto risp etto a lle co n su etu d in i p reced en ti. A q u e sta ten d e n za n egativa d ie d e il p ro p rio m a ssicc io co n tr ib u to la rip resa della schiavitù su larga scala (p er la p rim a vo lta in E u ro p a d a ll’antichità), che i p o rto gh esi esercitavan o g ià d a l 15 10 . In to rn o alla m età d e l 1500, il 1 0 % della p o p o la z io n e d i L is b o n a era c o m p o ­sta d a schiavi; n el 1800, c ’eran o circa un m ilion e di schiavi sui d u e m ilio n i e m e zzo d i a b itan ti d el B rasile p o rto g h e se 41.

In d irettam en te, lo stesso illu m in ism o in flu en zò la crista llizza­z io n e d i un a fata le d istin z io n e tra e u ro p e i e creo li. N e l co rso d ei su o i v e n tid u e an n i d i p o te re ( 1 7 5 5 - 1 7 7 7 ) , l ’illu m in a to a u to cra te P o m b a l n on so lo fe ce esp e llere i gesu iti dai d o m in i p o rto gh esi, m a d ich ia rò an ch e u n ’o ffe sa crim inale ch iam are in d iv id u i d i p elle scura co n n om i o ffen siv i, co m e nigger o mestigos. G iu s tific ò p e rò questo d e c re to c ita n d o le a n tic h e c o n c e z io n i ro m a n e d e lla c itta d in a n z a im p eriale , n on le d o ttrin e d e i philosophies*'2 P iù sp esso , fu ro n o g li

38C h a r l h s R. B o x e r , Th e Portuguese Seaborne Empire, 14 15 -18 2 5 , p. 266.39ìb id em , p. 252.40Ibid., p. 2 53.4‘ R o n a F i e l d s , The Portuguese R evolution and the A rm ed Forces M ovem ent,

p. 15.42B o x e r , The Portuguese Seaborne Em pire, p p . 2 5 7 -5 8 .

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scritti di R ousseau e di H erd er, ch e a fferm avan o ch e clim a ed « e co ­lo g ia » a v e v a n o un im p a tto fo n d a m e n ta le su cu ltu re e caratteri, a esercitare una m aggio re in flu en za43 E ra fin tro p p o facile p artire da q u esti p resu p p o sti p e r arrivare alla co n ve n ie n te e vo lg are d e d u zio n e ch e i creoli, nati in un em isfero selvaggio , fo ssero p e r n atura diversi, e in ferio ri agli E u ro p e i, e q u in d i in adatti p e r in carichi e levati44.

L a n ostra a tten zio n e si è co n cen tra ta fin o ra sui m o n d i dei fun zio n ari n elle A m erich e , strategicam en te im p o rtan ti, m a p u r sem p re p icco li m o n d i. In o ltre , eran o m o n d i che, co n i lo ro co n flitti tra peninsulares e creoli, an tic ip aro n o l ’ap p arire di u n a co scien za n azion ale a m erica ­n a alla fin e del ’700. I p elle g rin a g g i fo rza ti d ei v ic e ré n on e b b e ro co n se g u e n ze d ecisiv e fin o a q u a n d o i lo ro d o m in i territoria li n on p o te ro n o ven ir im m agin ati co m e n azion i, in altre p a ro le fin o a ll’ar­rivo d e l capita lism o-a-stam p a.

A d ire il v e ro , la stam p a si d iffu se p resto n ella N u o v a Sp agn a, m a p e r d u e seco li rim ase ferm am en te so tto il co n tro llo d e lla co ro n a e d e lla ch iesa. F in o alla fin e del ’600, esistev an o tip o g ra fie so lo a C ittà del M essico e a L im a, e la lo ro p ro d u z io n e era quasi esclusiva- m en te ecclesiastica . N e l N o r d A m e ric a p ro testan te , la stam p a era quasi in esisten te in q u e l secolo , m a n e l co rso del ’700 e b b e lu o g o u n a vera e p ro p ria rivo lu zio n e. T ra il 16 9 1 e il 1820, ve n n e ro p u b ­b lica ti n o n m e n o d i 2 .1 2 0 « giorn ali» , d i cu i 4 6 1 d u ra ro n o p iù di d ieci anni45.

L a figu ra di B en jam in F ran klin è in d ele b ilm en te associata al n azio n alism o creo lo d e l N o r d A m erica . M e n o e v id en te p u ò essere l ’im p o rta n z a d e l su o o p e ra to . A n c o r a u n a vo lta F e b v re e M a rtin so n o illum in an ti. C i rico rd a n o ch e « n el ’700 la stam p a n o n si svi­lu p p ò realm en te n el N o r d A m erica fin o a ch e g li ed ito ri n o n sco p r i­ro n o una n u o v a fo n te d i reddito: i g iorn ali» 46. I n u o vi ed ito ri in c lu ­d eva n o sem p re un g io rn a le nella lo ro p ro d u zio n e , e d i so lito n e era­n o i m aggio ri, se n o n gli u n ici, redattori. P e rc iò il g io rn alista-editore fu a ll’in izio un a figu ra essen zia lm en te n ord am erican a. V is to ch e il p ro b lem a p rin cip a le dei giornalisti era d i ragg iu n gere i letto ri, si svi-

4} K e m i l a i n e n , N ationalism , pp . 7 2 -7 3 .44H o q u i enfatizzato le d istin z io n i razziali tra peninsulares e cre o li perché ci

stiam o o ccu p a n d o della nascita del nazionalism o creolo. M a n o n m i si fra in te n ­da: n o n sto m in im izzan d o la paralle la crescita del razzism o cre o lo n ei rig ua rd i dei m eticci, d ei negri e degli in d ia n i; né i tentativi della m adrepatria d i protegge­re (fin o a u n certo pu n to ) questi sfortunati.

43F e b v k e e M a r t i n , T h e Com ing o f the B o o k , p p . 208-11.^'Ibidem , p. 211

lu p p ò u n ’alleanza co n i fu n zio n ari p ostali così intim a ch e spesso i ru o li s ’in ve rtiva n o . Q u in d i l ’u ffic io d e l t ip o g ra fo e m e rse co m e il lu o g o d ecisivo p e r le co m u n ica zio n i e p e r la vita in tellettuale della co m u n ità n ordam erican a. N e ll ’A m erica latina, p rocessi sim ili, anch e se p iù len ti e m en o con tin u i, p o rta ro n o n ella seco n d a m età del ’700 alla nascita delle p rim e tip o g ra fie lo ca li47.

Q u a li eran o le caratteristiche d e i p rim i gio rn ali am erican i, d e l n o rd e d e l su d ? C o m in cia ro n o essenzialm en te co m e ap p en d ic i del m e r­cato. L e p rim e ga zzette co n ten evan o , o ltre alle n o tiz ie d a l ve cch io con tin en te, n otizie com m ercia li (q u an d o una nave sa reb b e arrivata e ripartita, quali fossero i p rezzi co rren ti p er qu el p ro d o tto in qu el p o rto ), co sì co m e gli a p p u n tam en ti p o litic i d elle co lo n ie , m atrim on i dei benestanti, e così via. In altre p aro le , quel che un iva n ella stessa p agin a questo m atrim o n io co n quella n ave, questo p re zz o con q u el v e sco v o , era la struttura stessa d e ll’am m inistrazion e co lo n ia le e del sistem a co m m e rcia le . C o s ì, in m o d o p iu tto s to n a tu ra le e p e r fin o ap o litico , il g io rn ale d i C aracas creò una co m u n ità im m agin ata fo r ­m ata da una sp ecifica p latea d i letto ri ch e co n d iv id e va n o queste navi e spose, q u ei v e sco vi e p rezzi. C i fu d a asp ettare so lo p o c o tem p o p rim a ch e su ben trassero elem en ti politici.

U n o dei tratti p iù fertili d i tali g io rn ali era il lo ro p ro v in c ia li­sm o. U n creo lo d elle co lo n ie a vreb b e letto un gio rn ale d i M a d rid se n e avesse avu to la p o ssib ilità (anche se n o n p arlava a ffa tto del suo m o n d o ), m en tre un fu n zio n ario e u ro p eo , p u r v iv en d o nella stessa strada, a vreb b e p e r lo p iù p referito n o n leg gere il g io rn a le p ro d o tto a C aracas. U n ’asim m etria in fin itam en te rep licab ile ad a ltre s itu azio ­n i co loniali. U n altro tratto era la p luralità. I g iornali isp a n o -am eri­can i ch e si sv ilu p p aro n o verso la fin e d e l ’700 fu ro n o scritti con la p ien a co n sa p ev o lezza d e ll’esisten za di p ro vin cia li in m o n d i paralleli al p ro p rio . I le tto ri d i C ittà d e l M e ss ico , B u e n o s A ire s e B o g o tà , an ch e se n on leg g e va n o i rispettivi gio rn ali, eran o b e n co n sci d e lla lo ro esisten za. D a q u i la b en n o ta d u a lità d e i p rim i n azio n a lism i ispan o-am erican i, il lo ro altern are gran d i d istan ze a lo calism i p a rti­colaristici. 11 fatto ch e i p rim i n azion alisti m essican i scrivessero d i sé stessi co m e nosotros los A m erican os e d e lla lo ro terra c o m e nuestra A m érica , è stato in terp retato co m e fru tto d e lla van ità d ei creo li lo c a ­li ch e, essen d o il M e ssico il p iù im p o rta n te d e i p o sse d im en ti sp a ­g n o li in A m erica , si ve d e v a n o co m e il cen tro d e l N u o v o M o n d o 48.

47F r a n c o , A n Introduction, p . 2 8 .

48L y n c h , The Spanish-American R evolutions, p . 3 3 .

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In realtà, le gen ti d e ll’A m e ric a latin a p en sav an o a sé co m e «am erica­ni», p e rch é q u e sto term in e d en o tav a co lo ro ch e co n d iv id e v a n o la fatalità di n o n essere n ati in S p ag n a 49.

A b b ia m o già v isto ch e lo stesso co n ce tto di giornale im p lica la rifrazion e d i «eventi m o n d o » in u n o sp ecifico m o n d o im m agin ato di lettori in vo lgare; e an ch e co m e sia im p o rtan te p e r questa c o m u ­n ità im m agin ata u n ’id e a di costan te e so lid a sim ultaneità n el corso d e l tem p o . L ’im m ensa vastità d e ll’Im p e ro isp an o -am erican o e l ’is o ­lam en to d e lle sue p arti resero d iffic ile im m agin are un a tale sim u lta­n eità50. I creo li m essican i a v re b b e ro co n o sc iu to so lo d o p o m esi gli sv ilu p p i a B u e n o s A ires, m a sareb b e stato attraverso g iornali m essi­cani, n on d i R io de la P iata; e g li e ven ti sareb b ero stati «sim ili» e n on «parte» d eg li even ti in M essico .

In q u esto senso, il « fallim en to» d e ll’esp erien za isp an o -am eri­can a d i gen erare u n n azion alism o co m u n e al C e n tro -S u d A m erica , riflette sia il live llo gen era le d i sv ilu p p o d e l capitalism o e d e lla te c ­n o lo g ia n el tard o ’700, sia l ’ arretratezza «locale» d e l capita lism o e d e lla te c n o lo g ia sp a g n o li r isp etto alla v a stità d e ll ’im p ero . (Il m o ­m en to sto rico in cui n asce o g n i n azio n alism o ha un im p atto p ro b a ­b ilm en te sign ificativo sui su o i ob iettivi. Il n azion alism o in dian o n on è fo rse in se p a ra b ile d a ll’u n ific a z io n e c o lo n ia le sia a m m in istrativa ch e di m ercato , successiva a ll’am m u tin am en to d ei S ep o ys (18 5 7 ), da p arte del p iù fo rm id a b ile e a va n zato dei p o te ri im periali?)

I creoli p rotestan ti e d i lingua inglese del N o rd erano in un a p o ­sizione decisam ente m igliore p er co m p ren d ere l ’idea di «A m erica» , e riuscirono infatti ad app rop riarsi d e l titolo d i «am ericani». L e tredici co lon ie originarie co m p ren d evan o u n ’area p iù p icco la del V en ezuela, e p a ri a u n te r z o d e lle d im e n s io n i d e ll ’A rg e n tin a 51. R a g g ru p p a ti geograficam en te, i centri co m m erciali di B oston , N e w Y o r k e P h ila­d elph ia erano facilm en te accessibili l ’u n o d all’altro, e la lo ro p o p o la ­z io n e era le g a ta in m o d o re lativ am e n te stretto d a stam p a e c o m ­m ercio. G li «Stati uniti» p o te ro n o grad ualm en te m oltiplicarsi nei suc-

49«Si è presentato u n peone p e r lam entarsi del fatto che il supervisore spagno­lo della sua estancia lo aveva picchiato. San M a rtin era indignato, ma era u n ’in d i­gnazione nazionalista, n o n socialista. «C o sa c re d i? D o p o tre ann i di rivo lu zio n e, un maturrango [volg., spag n olo peninsulari osa a lzare la sua m ano c o n tro un am erica n o !» Ibidem , p. 87.

50U n a m agica evocazione della so litu d in e e delPisolam ento delle po p o la zio n i ispano-am ericane è la descrizion e della favolosa M a co n d o in C en t’anni d i solitu­dine d i G a rc ia M arquez.

51L ’area totale delle tre d ici co lo n ie era d i 834.945 ch ilom etri q u ad ra ti (km q). Q u e lla del V enezuela era d i 911.6 9 8 km q, d e ll’A rgen tin a d i 2 .7 7 5 .5 8 1 , e del Sud- A m e rica spagnolo era d i 8.848.231 km q.

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cessivi 183 anni, m en tre vecch ie e n u o ve p o p o la zio n i si spostavano verso ovest d a ll’antico n ucleo della costa orientale. P erfin o nel caso degli U sa ci sono p erò degli elem enti di relativi «insuccessi» o di c o n ­trazione, co m e il n o n assorbim ento del C an ad a di lingua inglese, o il d ecen n io di sovranità in dipen d en te del T exas (1835-46). Se fosse esi­stita una con sisten te com un ità d i lin gu a inglese n ella C aliforn ia del ’700, n on a vreb b e fo rse avuto sulle tredici co lo n ie la stessa influenza che l ’A rgen tin a esercita sul Perù ? P ersin o negli U sa, i legam i affettivi del n azionalism o fu ro n o abbastanza elastici, co m bin ati co n la rapida espansione della fron tiera occid en ta le e co n le co n trad d izio n i derivate dalle diverse e co n o m ie del N o rd e d el S u d , da far sco p p iare un a gu er­ra d i secessione quasi un secolo dopo la Dichiarazione d i Indipendenza', e questa guerra ci riporta co n fo rza a quelle che strapp aron o V en e ­zuela ed E cu a d o r dalla G ra n C o lo m b ia , e U ru gu ay e Paragu ay dalle P ro vin ce unite d e l R io de la Piata52.

C o m e c o n c lu s io n e p ro v v is o ria , s a re b b e a p p ro p r ia to so tto lin e a re an cora un a vo lta l ’im p atto lim itato e sp ecifico d e ll’argo m en to tratta­to finora. N o n stiam o cercan d o di sp iegare le b asi so cio -eco n o m ich e d e lle resistenze an ti-eu ro p ee n e ll’em isfero o ccid en ta le, ad esem p io, tra il 1760 e il 1830, m a p iu tto sto p e rch é tali resistenze ven n ero c o n ­cep ite in fo rm e p lu rim e e «nazionali» , in vece ch e in altre. G li in te­ressi e c o n o m ic i in g io c o s o n o b e n n o ti e d i o v v ia , fo n d a m e n ta le im p o rta n z a . L ib e r a lis m o e illu m in is m o e b b e r o c h ia ra m e n te un im p atto n otevole , soprattutto n e ll’o ffrire un arsen ale di critica id e o ­lo g ica n ei c o n fro n ti d e ll ’im p erialism o e d e ll ’ancien régim e. V o g lio d ire ch e n é gli interessi econ o m ici, n é il liberalism o, né l ’illum inism o a vreb b ero p o tu to creare di p er sé il « m odello» , o l ’aspetto, d i c o m u ­nità im m agin ate da d ifen d ere d a lle rap in e di questi regim i; in altri term ini, nessuno di essi forn iva il q u a d ro d i riferim ento d i una n u o va coscien za, l ’a p p en a scorta p eriferia d e l ca m p o visivo , co n trap p o sta agli o g g etti - di am m ira zio n e e d isgu sto - al ce n tro d e l ca m p o 53. N e ll ’assolvere questo p reciso co m p ito , i fun zio n ari creo li p ellegrin i e i p rovin cia li ed itori creo li g io ca ro n o u n d ecisivo ru o lo storico.

52I1 P ara g u ay è u n ca so d i p a rtic o la re in teresse. G ra z ie a lla d itta tu ra re ­lativamente benevola instaurata dai gesuiti, gli indigeni erano trattati m eglio che nel resto d e ll’A m erica spagnola, e il guarani raggiunse lo status d i lingua stampata. L ’espulsione dei gesuiti dai territori sotto il co n tro llo della Spagna nel 176 7 portò il Paraguay sotto la g iurisdizio n e del R io de la Piata, ma m olto tardi e solo per po co p iù d i una generazione. V e d i: S e t o n - W a t s o n , Nations and States, pp. 200-201.

33E istruttivo che la D ic h ia ra zio n e d ’in d ip e n d e n za del 1 7 7 6 p a rli solo d i « p o ­polo», m entre la parola «nazione» è introdotta solo nella C ostitu zio n e del 1789. K e m i l a i n e n , Nationalism , p. 105.

5. V E C C H I E L I N G U E , N U O V I M O D E L L I

Il ch iu d ersi d e ll’era d e i v ittoriosi m o vim en ti d i lib erazio n e n azion ale n elle A m e rich e co in cise p iù o m en o co n l ’irro m p ere d e l n azio n a li­sm o in E u ro p a . Se co n sid eriam o i caratteri di questi n u o vi n azio n a ­lism i ch e tra il 18 2 0 e il 192 0 ca m b ia ro n o l ’a sp e tto d e l V e c c h io M o n d o , d u e caratteristiche li d istin g u o n o da quelli ch e li h an n o p re ­ceduti. In p rim o lu o g o , in essi le « lin gu e n azionali» fu ro n o d i fo n ­d a m e n ta le im p o rta n z a id e o lo g ic a e p o lit ic a , m e n tre s p a g n o lo e in glese n o n co stitu iro n o m ai un p ro b le m a n elle A m e ric h e r iv o lu z io ­narie. In seco n d o lu o g o , tutti fu ro n o in g ra d o di e la b o ra re m o d elli visib ili, o fferti dai lo ro lontani, m a - d o p o gli sco n v o lg im en ti della r iv o lu z io n e fra n cese - n ea n ch e tan to , p re d ece sso ri. L a « n azion e» d iv en n e q u in d i q u alco sa a cui aspirare fin dall’in izio , p iù ch e un o sch em a da p recisare a p o c o a p o co . C o m e v ed rem o , la «n azione» si rivelò u n ’in ven zio n e im p o ssib ile da b revettare. F u in b a lia d i p irati di o gn i tip o , p ersin o i p iù inaspettati. In q u esto ca p ito lo , m etterem o a fu o c o il ra p p o rto tra lin g u e stam pate e p irateria.

C o n gaia n eg lig en za d i a lcun i ben n o ti avven im en ti e x tra eu ro p ei, il gran d e J oh an n G o ttfr ie d vo n H e rd e r (174 4 -18 0 3) d ich ia rò ve rso la f in e d e l ’700 che: « D en n je d e s V o lk ist V o lk; es h at scin e N atio n al B ild u n g w ie sein e S p ra ch e » 1. Q u e sto sp le n d id o co n ce tto e u ro p eo di n azio n -ità leg ata al p o ssesso « p rivato» d i un a lin g u a e b b e gran d e in flu en za n e ll’E u r o p a d e ll’800 e, p iù v ic in o a n oi, sulle teo rizzazio n i su ccessive della n atu ra d e l n azion alism o. Q u a li era n o le o rig in i di q u esto so gn o ? P ro b a b ilm e n te si tro van o n el d rastico rim piccio lirsi de l m o n d o e u ro p e o n el tem p o e n ello sp azio ch e era co m in ciato già n el ’300, ca u sato a ll’in izio d a gli scavi u m an isti e p o i, p a ra d o ssa l­m e n te , d a ll ’e sp a n sio n e p la n e ta ria d e ll ’E u r o p a . A u e r b a c h lo d ice co sì bene:

A i p r im i a lb o ri d e ll'U m a n e s im o , s i c o m in c ia a s e n tire ch e i fatti d e lla le g g en d a e d e lla s to ria a n tica e a n ch e q u e lli d e lla B ib b ia si sta cc a n o d a ll’e p o ca p r o p r ia n o n so lo p e r la d ista n za d e l tem p o m a a n c h e p e r la c o m p le ta d iv e r s ità d e l le c o n d iz io n i d i v ita . L ’ U m a n e s im o , c o n i l s u o p ro g ra m m a d i u n a r in n o v a z io n e d i a n tic h e fo rm e d i v ita e d i e sp re ssio n e , c o m in c ia c o l cre a re u n a

'K e m i l à in i - n , nationalism, p . 4 2 . C o rs iv i m ie i.

v is u a le s to ric a in p ro fo n d it à , co m e n o n l'a v e v a m a i p o s se d u ta n e s s u n ’a ltra e p o ca a n te rio re a n o i n ota; l ’U m a n e s im o ved e l ’a n t i­ch ità in p r o fo n d it à s to ric a e in n e tto d is ta c c o da essa i te m p i o s c u ri d e l M e d io e v o 2.

L a crescita d i q u ella ch e p u ò essere ch iam ata «storia com parativa» p o rtò , co l tem p o , alla co n cez io n e - sino allora sco n o sciu ta - della « m o d ern ità» , esp lic itam en te co n tra p p o sta a ll’« antich ità» , e n o n a van taggio della secon da. Il p ro b le m a fu sentito con fo rza n ella Q u e ­relle d e g li A n tic h i e d e i M o d e rn i ch e d o m in ò la vita in te llettu a le fran cese n ell’u ltim o quarto del ’6003. P e r citare a n co ra A u e rb a c h , i fran cesi «sotto L u ig i X I V e b b e ro il co ra gg io d i sen tire la p ro p ria civ iltà co m e c iv iltà esem p lare accan to a quella an tica , e im p o se ro q u est’id e a al resto d ’E u ro p a » 4.

N e l co rso del ’500, la « scoperta» d i gran d i civiltà di cu i fin o ra si era so lo sussurrato (in C in a , G ia p p o n e , A sia sud-orien tale, e n el su b co n tin e n te In d ia n o ), o co m p leta m en te sco n o sciu te (il M e ss ico A zte c o o il P e rù Inca) suggerì un irrim ed iab ile p lu ra lism o um an o. M o lte d i tali civ iltà si era n o sv ilu p p ate sep aratam en te d a lla storia d ’E u ro p a , dalla cristianità, d a ll’antichità, in fin e d a ll’u o m o : le lo ro gen ealogie g iacevan o al di fu o ri d e ll’E d en , e n o n gli era n o assim ila­bili. (Solo un te m p o v u o to e o m o ge n e o a vreb b e p o tu to accoglierle). L’im p atto d e lle «scop erte» p u ò essere va lu tato d a lle p ecu lia ri g e o ­grafie d elle p o litich e im m agin arie del tem p o . L ’Utopia d i M o ro , ch e usci n el 15 1 6 , si p resen tava co m e il reso co n to di u n m arin aio, in c o n ­trato d a ll’au to re ad A n versa, ch e aveva p a rtec ip a to alla sp ed iz io n e di A m e rig o V e sp u cc i in A m e rica d el 14 9 7. L a N uova A tla n tid e d i F ra n c is B a c o n (16 2 6 ) in tr o d u c e v a u n e le m e n to n u o v o , e ss e n d o a m b ie n ta ta n e l l ’ O c e a n o P a c i f ic o . L a m e r a v ig lio s a I s o la d e g li H o u y h n h n m (172 6 ) di S w ift o ffr iv a u n a falsa m a p p a d e lla c o llo ­cazio n e d e ll’iso la n ell’O c e a n o A tla n tico . (U sign ificato di questi sce ­nari p u ò essere p iù chiaro se si co n sid era q u a n to in im m agin ab ile sa­re b b e p o rre la R epubblica d i P la to n e su una qualsiasi m ap p a, falsa o vera ch e sia). T u tte q u este iro n ich e u to p ie, «m odellate» su sco p erte reali, son o d escritte n o n co m e G ia rd in i d e ll’E d e n , m a co m e so cietà

2M im esn , vol. I I , p .73 (trad. it.). C o rs iv o m io.5L a querelle in iz iò nel 1689, q u an d o a ll’età d i 5 9 ann i C h a rle s P e rra u lt p u b ­

b lic ò la sua poesia S ie d e de L ouis le Grand, nella quale afferm ava che le arti e le scienze erano giunte al m assim o splen do re nel suo tem po e nel suo paese.

4M im esis, vol. I I , p. 149. N otate che A u e rb a ch usa il term ine «civ iltà », n on « lin g u a». N o i do vrem m o essere altrettanto p ru d e n ti n e ll’a ttrib u ire il term ine «nazionalità» a «la propria».

co n te m p o ra n e e . Si p u ò far n o ta re ch e d o v e v a n o n ecessariam en te essere tali, p erch é n ate co m e critica della società co n tem p o ra n ea, e p erch é le sco p e rte avevan o reso in u tile cerca re m o d elli in una lo n ta ­na antichità5. Su lla scia d eg li u top isti ven n ero i m aestri d e ll’illu m in i­sm o, V ic o , M o n te sq u ieu , V o ltaire e R o u sseau , ch e sem p re sfru ttaro ­n o p iù un a «reale» n o n -E u ro p a p e r i lo ro scritti so vversiv i d iretti co n tro le is titu zio n i so cia li e p o litich e e u ro p ee . D iv e n n e p o ssib ile

p en sare all’E u ro p a co m e a una civ iltà fra le tan te, n o n n ecessaria­m en te co m e all’E letta o alla m ig lio re6.

A tem p o d e b ito , sco p e rte e co n q u iste cau saro n o u n a riv o lu z io ­ne a n ch e n e ll’a m b ito d elle id e e e u ro p ee circa il lin g u a gg io . D a te m ­p o m arin ai, m issio n a ri, m e rca n ti e s o ld a ti p o rto g h e s i, o la n d e si e s p a g n o li a v e v a n o a s s e m b la to , p e r m o tiv i p r a t ic i (n a v ig a z io n e , co n versio n e, co m m e rcio e gu erra), d elle Uste d i lin g u e n on -eu ro p ee p e r ra cco g lierle in sem p lic i lessici. M a fu solo n el ta rd o ’700 che si sv ilu p p ò u n o scien tifico stu d io co m p arato d elle lin gue. D a lla c o n ­q u ista in g lese d el B e n g a la , d e riv ò lo stu d io p io n ie ris tico d e l san­scrito (1786) d a p arte d i W illia m J on es, che p o rtò alla co n statazio n e che la civiltà in d ian a era m o lto p iù antica di q u ella g reca o d i quella g iu dea. D a lla sp e d iz io n e egizian a d i N a p o le o n e , d e riv ò il d ecifra ­m en to dei g ero g lific i (1835) d a p arte d i Jean C h a m p o llio n , ch e p lu ­ralizzò l ’antich ità e x tra e u ro p ea 7. P ro gressi n elle lin g u e sem ite scar­d in aro n o la co n v in zio n e ch e la lin g u a eb ra ica fo sse sin go larm en te antica o di d e riv azio n e divina. A n c o ra u n a volta , c i si tro v ò d i fron te a gen ea log ie ch e p o te v a n o ve n ir sp iega te solo attraverso un tem p o v u o to e o m o gen eo . « L e lin g u e d iven n ero sem pre m en o u n m ezzo di co n tin u ità tra un a fo rza esterna e g li u o m in i ch e le p arlan o , e sem ­p re p iù un ca m p o in te rn o creato e co m p leta to dai fru ito ri stessi del lin g u a gg io » 8. D a q u este sco p erte d erivò la filo lo g ia , co n i suoi studi d i gram m atica co m p arata , la classificazio n e d elle lin g u e in fam iglie, e la r ic o stru zio n e , tra m ite ra g io n a m en ti sc ien tific i, d i « p ro to -lin - gu ag gi» o rm a i d im e n tica ti. C o m e o sse rv a H o b s b a w m , si trattava

’ S im ilm ente, esiste un sim patico contrasto tra i due p iù fam o si m ongoli della letteratura inglese. I l Tam burinine the G reat d i M a rlo w e , scritto n eg li a n n i 1587- 88, de scrive la figura d i un celebre re m o rto f in dal 1407. L 1Aurangzeb d i D ry- den, del 1676, parla di un im p eratore regnante in quegli ann i (1 6 8 5 -1 7 0 7 ).

6C o s ì, m entre l ’in cu ra n te im p erialism o euro peo si apriva la strada attraversoil globo, altre civ iltà dovettero co n fro n tarsi traum aticam ente co n u n pluralism o che f in ì p e r distruggere le lo ro sacre genealogie. Em b lem a tico d i questo processo è il m arginalizzarsi del «Regno del C en tro » (la C in a ) in «Estrem o O riente».

7H o b s b a w m , T he A g e o f R evolution, p . 3 3 7 .“ E d w a r d S a id , O rientalism , p. 136.

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«della p rim a scien za basata in teram ente su ll’e vo lu zio n e» 9. D a allora, le a n tich e lin g u e sacre , la tin o , g re c o , e b ra ico , fu r o n o co stre tte a co n fo n d ersi su u n o stesso p ian o o n to lo g ico con u n a vario p in ta fo lla p le b e a di rivali vo lgari, in un m o to co m p lem en ta re alla lo ro p r e c e ­d en te retrocession e sul m erca to da p arte d e ll’editoria. Se tu tte le lin ­g u e co n d iv id e va n o o ra un co m u n e status in tram o n d a n o , in teoria erano tu tte d egn e di stu d io e am m irazion e. M a da ch i? L o g ica m e n ­te, p o ic h é ora n essun a di esse a p p a rten ev a p iù a D io , dai lo ro n uovi p rop rietari: i n ativi ch e p arlavan o o gn i s in gola lin gua, e i suoi lettori.

C o m e sp iega u tilm en te S e to n -W a tso n , l ’800 fu , in E u ro p a e n ella sua im m ediata periferia , l ’età d e ll’o ro p e r lessicografi, gram m a ­tici, filo lo g i e letterati della lin g u a v o lg a re 10. L e e n e rg ich e attività d i questi in tellettuali d i p ro fessio n e fu ro n o fo n d a m en ta li p e r la fo rm a ­zio n e d el n azionalism o e u ro p eo d e ll’800 in totale co n trasto co n la situazione n elle A m e rich e tra il 17 7 0 e il 1 8 3 0 .1 d izion ari d i una lin ­gu a eran o vasti co m p en d i su carta del teso ro di o gn i lin g u a gg io , che p o te v a n o essere p o rtati (anche se a v o lte a fatica) d a casa a u fficio , da n e g o z io a scuola . I d iz io n a ri b ilin g u i resero ta n g ib ile il n u o v o egualitarism o tra le lingue: q u a lu n q u e fo sse la realtà p o litica esterna, tra le p a g in e d e l d iz io n a rio c e c o -te d e s c o / te d e s c o -c e c o le lin g u e , l ’un a di fro n te all’a ltra, avevano u n o status co m u n e. G l i sg o b b o n i v ision ari ch e d e d icaro n o anni alla lo ro co m p ilazio n e eran o p e r fo rza so sp in ti v e rso o fin a n zia ti d a lle g r a n d i b ib lio te c h e d ’E u r o p a , in p a rtico la re da q u e lle u n iversitarie. E n o n m e n o in ev ita b ilm en te il gro sso della lo ro p rim a clien tela era costitu ito d a un iversitari o p r e ­universitari. L ’afferm azio n e di H o b s b a w m ch e «i p ro gressi d i scu o le e università riflettevan o quelli d e l n azion alism o, v isto ch e le scuole, m a so p rattu tto le un iversità, d iven n ero i p iù co n sa p ev o li cam p io n i d i q u est’u ltim o», è certam en te co rretta p e r l ’E u ro p a deU’800, anch e se n o n p e r altri tem p i e lu o g h i1 '.

’ H o b s b a w m , The A g e o f Revolution, p. 33 7.10« P ro p rio perché nella nostra epoca la storia della lin gu a è d i solito separata

in m odo così rig ido dalla sto ria p o litica, eco nom ica e sociale convenzionale, m i è sem brato desiderabile riu n irle insiem e, anche a costo d i una m in o re perizia». Na­tions and States, p. 11. In effetti, un o d egli aspetti p iù interessanti d e ll’opera di Seton-W atson è p ro p rio l ’attenzione che rivo lge alla storia della lin g u a, anche se p o i si può dissentire d a ll’uso che ne fa.

n Th e A g e o f R evolution, p. 166. L e istituzio ni accadem iche svolsero un ru o lo in sig n ifica n te nei n a z io n a lism i am ericani. L o stesso H o b s b a w m fa notare che fu ra n te la rivo lu zio n e francese erano presenti a P a rig i alm eno 6.000 studenti, ma n on vi svolsero alcun ru o lo (p. 167). C i rico rd a inoltre che, se anche la sco larizza­zione si d iffu se rapidam ente nel co rso d e ll’800, il num ero d i adolescenti nelle scuole era ancora irriso rio p e r gli stan dard attuali: solo 19.000 stu den ti d i lycàe in

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Si p u ò q u in d i d escrivere q u esta riv o lu z io n e lessico grafica co m e si fa reb b e con il ru ggito crescen te di un arsen ale in fiam m e, d o v e ogn i p icco la e sp lo sio n e n e in nesca u n ’altra, fin o a ch e la fiam m ata finale trasform a la n otte in g iorno.

In to rn o alla m età del ’700, le p ro d ig io se fatich e d i stu d io si te ­d eschi, fra n cesi e in glesi n o n solo avevan o reso d isp o n ib ile n ella c o ­m o d a fo rm a stam pata l ’ in tero co rp u s esisten te dei classici greci, m a stavan o r ic o stru e n d o , a ttrav erso d o z z in e d i lib ri, un a lu m in o sa , e d ecisam e n te p agan a, antica civiltà e llenica. N e ll ’u ltim o q u a rto del seco lo , q u e sto «passato» d iv en n e sem p re p iù accessib ile a un ristret­to n u m e ro d i in tellettuali cristiani di lin g u a greca, la m a g g io r p arte dei qu ali aveva studiato , o p erlo m en o viaggiato , al d i fu o ri d e i c o n fi­ni d e ll’im p ero o tto m a n o 12. E saltati dal filo ellen ism o ch e n asceva nei centri d e lla civiltà d e ll’E u ro p a o ccid en ta le, co sto ro in trap resero una vera e p ro p ria « d eb arb arizzazio n e» d ei greci m o d ern i, un ten tativo d i trasform arli cioè in in d iv id u i d egn i di P e ric le e S o cra te 13. E m b le ­m atich e d i q u esto ca m b iam en to d i co scien za, so n o le seg u en ti p a r o ­le p ro n u n cia te d a u n o d i qu esti g iovan i, A d am a n tio s K o ra e s (ch e in segu ito d iv en n e un arden te less ico g rafo !), in un d isco rso a u n p u b ­b lico fra n cese a P a rig i del 1803:

P e r la p r i m a v o l t a la n a z i o n e s i t r o v a d i f r o n t e l ’ o d i o s o s p e t t a c o l o

d e l l a s u a i g n o r a n z a e t r e m a n e l m i s u r a r e c o n g l i o c c h i l a d i s t a n z a

c h e l a s e p a r a d a l l a g l o r i a d e l l a p a t r i a d e i s u o i a n t e n a t i . Q u e s t a

d o l o r o s a scoperta, c o m u n q u e , n o n s p i n g e i g r e c i a l l a d i s p e r a z i o ­

n e : n o i s i a m o i d i s c e n d e n t i d e i g r e c i , e s s i s i s o n o d e t t i i m p l i c i t a ­

m e n t e , n o i d o b b i a m o c e r c a r e d i t o r n a r e a d e s s e r e d e g n i d i t a le

n o m e , o n o n l o p o r t e r e m o p i ù 14.

C o sì, n e l ta rd o ’700, v e n n e ro p u b b lica ti d izion ari, gram m atich e e storie d e l ru m en o, a cco m p a gn a ti da u n a sp in ta - p o p o la re all’in izio so p rattu tto nei territo ri asb u rg ic i e in segu ito in q u e lli o tto m a n i - alla so stitu z io n e d e l c ir illico co n l ’a lfa b eto ro m a n o (a llo n ta n a n d o

tutta la F ra n c ia nel 1842; 20.000 studenti m edi su una po po lazion e d i 68.000.000 nella R ussia im p eriale del 1850; un p ro b ab ile totale d i 48.000 studenti un ive rsita ­ri in tutta l ’E u ro p a nel 1848. E p p u re , nelle riv o lu zio n i d i quell'arm o, questo p ic ­co lo m a strategico g ru p p o g iocò un ru o lo fondam entale (pp. 166-67).

12I1 p rim o q u o tid ian o greco apparve nel 1784 a V ie n n a. P h ilik e H e ta iria , la società segreta responsabile delle rivo lte anti-ottom ane del 1821, venne fondata nel «n uo vo grande porto russo granario d i O dessa» n e l 1814.

15 V e d i l ’ in tro d u zio n e d i E lie K e d o u rie a N ationalism in A sia and Africa, p. 40.'AIbidem , pp. 43-44. C o rs iv o m io. I l testo integrale di «T h e P resent State of

C iv il iz a t io n in G re e c e » , d i K o ra e s , a lle pa g g . 1 5 7 -8 2 , c o n tie n e u n ’ a n a lis i in cred ib ilm en te m oderna delle basi sociologiche del nazionalism o greco.

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n ettam en te i ru m en i dai lo ro vic in i s lavo-ortodossi):5. T ra il 17 8 9 e il 179 4, l ’A cca d e m ia russa, creata su l m o d ello d e ll’A ca d é m ie f r a n o ­se, p ro d u sse un d izion ario russo d i sei vo lu m i, seguito nel 1802 da u n a gram m atica u fficia le . E n tra m b i ra p p rese n ta ro n o un a v itto ria

d el vo lg are sullo s lavo della C h iesa. A n c h e se an co ra n el ’700 il ceco era il lin g u a gg io d e i soli co n tad in i b o em i (la n ob iltà e la n ascen te classe b o rg h e se parlavan o ted esco ), il p rete catto lico J o se f D o b ro v - sky (1753 -18 2 9 ) scrisse nel 179 2 la sua G esch ich te der bóhm ischen Sprache u n d àltern Literatur, la p rim a storia sistem atica della lin gu a e della letteratu ra ceche. T ra il 18 35 e il 1839, a p p a rve l ’in n o vativo d izion ario in c in q u e vo lu m i ce co -te d e sco di J o s e f Ju n gm a n n 16.

Sulla nascita del nazionalism o un gh erese, Ign o tu s scrive ch e è p erfin o «talm ente recente d a p o te r essere datato: 17 7 2 , l ’ann o della p u b b lic a z io n e d i a lcu n e ille g g ib ili o p e r e d e l v e rsa tile a u to re u n ­gh erese G y o r g y B essenyei, a llo ra residen te a V ien n a e gu ard ia del co rp o di M aria A n to n ietta (...) L e magna opera d i B essenyei d o v e v a ­n o servire a dim ostrare ch e la lin g u a un gh erese era adatta al p iù alto dei gen eri letterari»17. U lteriori stim oli fu ro n o fo rn iti dalle n um erose p u b b lic a z io n i d i F e r e n c K a z in c z y ( 1 7 5 9 - 1 8 3 1 ) , « il p a d r e d e lla letteratu ra un gh erese» , e d a l trasferim en to, n el 1784, d i quella che d iven n e p o i l ’università di B u d a p est in questa città d a l p icco lo centro p ro vin cia le d i Trnava. L a sua p rim a espression e p o litica si m anifestò d o p o il 1780 co n la reazio n e ostile della n o b iltà m agiara d i lin g u a latina alla decisio n e d ell’Im p eratore G iu s e p p e II di sostituire il te d e ­sco al latin o co m e lin gu a ufficiale d e ll’am m inistrazione im p eriale18.

N e l p e r io d o 1800-1850, co m e risultato d i in n o vative ricerch e d i stu d io si lo ca li, fu ro n o fo rm a te tre d istin te lin g u e lette ra rie nei B alcan i settentrionali: s loveno, serb o -cro a to e b u lg aro . Se n egli an n i

,5N o n pretendo di essere un esperto d e ll’E u ro p a centro-orientale, co sì per l ’analisi seguente son o in forte debito co n l ’o pera d i Seton-W atson. Sui rum en i, vedi: N ations and States, p. 177.

16Ibidem , pp. 150-153.17P a u l I g n o t u s , Hungary, p. 44. « R iu scì a pro varlo , m a la sua vis polem ica fu

p iù co nvincente dei v a lo ri estetici degli esem pi che aveva portato a sostegno d ella sua tesi.» D a notare che questo passaggio è tratto da una sezione titolata « T h e In v e n tin g o f the H u n g a ria n N a tio n » ( « L ’invenzio n e della nazione ungherese»), che si apre co n questa frase. «U n a n azione è nata quan do alcune persone d e ci­d o no che do vrebbe esserlo».

' “ S e t o n - W a t s o n , N ations and States, pp. 158-61. L a reazione fu tanto v io le n ­ta da co n vin cere il suo successore, L e o p o ld o I I (r. 1 7 9 0 -179 2 ), a ristab ilire il la ti­no. V e d i anche p iù avanti, capito lo 6 . V a notato che K a zin cy si schiera d a lla p a r­te di G iu se p p e I I su questo argom ento. ( I g n o t u s , Hungary, p. 48).

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tre n ta d e ll ’ 800, i « b u lg a ri» era n o g e n e ra lm e n te c o n s id e ra ti a p ­p arten en ti alia stessa n azio n e d i serbi e croati, co n cu i avevan o c o n ­diviso il m o vim en to illirico, in ve ce già n el 18 78 era p ro n to a n ascere un a u to n o m o stato n azion ale bu lgaro. N e l ’700, l ’u cra in o (p icco lo russo) ven iva tollerato con sp rezzo co m e lin g u a d i con tadin i. M a nel

179 8 , Ivan K o tlarev sk y scrisse la sua A e n e id , u n p o em a satirico di e n o rm e p o p o la rità sulla v ita d egli ucrain i. N e l 1804 fu fo n d a ta l ’u n i­versità d i K h a rk o v ch e d iven n e rap id am en te il cen tro d e l fio rire d e l­

la letteratu ra ucraina. N e l 18 19 a p p a rve la p rim a gram m atica u cra i­na, so lo 17 anni d o p o qu ella russa u fficia le . E n egli anni trenta d ello stesso seco lo , segu iro n o le o p ere di T aras S h e vch en k o , su cu i Seton- W a ts o n o sserva: «la fo rm a z io n e d i u n ’a c c e tta ta lin g u a le tte ra ria ucrain a d e v e p iù a lu i che a ch iu n q u e altro. L ’uso d i tale lin g u a fu u n p asso fo n d a m en ta le verso la fo rm a zio n e d i un a co scien za n a z io ­nale u cra in a » 19. P o c o d o p o , n el 1846, la p rim a o rg an izza zio n e n a ­zion alista ucrain a fu fo n d a ta a K ie v - d a u n o storico!

N e l ’700, la lin gu a d i stato d e ll’o d iern a F in la n d ia era lo sv e ­dese. D o p o l ’u n ificazio n e territoria le co n il regn o d egli zar n el 1809, la lin g u a ufficiale d iv en n e il russo. M a u n «risveglio» d ’in teresse p e r i l f in la n d e s e e p e r il p r o p r io p a s s a to d i fin la n d e s i, e sp re s s o in ­n an zitu tto tram ite testi scritti in latin o e in svedese n el tard o ’700, si m an ifestò in to rn o al 1820 so p rattu tto n e ll’u so d e l vo lg are20.1 lea d er d e l fio re n te m o v im en to n azio n alista fin la n d ese eran o « p erso n e la cu i p ro fessio n e con sisteva p e r lo p iù n el m an eggiare linguaggi: scrit­tori, p ro fesso ri, sacerd oti e avvocati. L o stu d io del fo lk lo re , e la r i­sco p e rta e la ricostru zio n e della p o esia e p ica p o p o la re an d avan o di p ari p asso co n la p u b b lica z io n e d i gram m atich e e d izion ari, e p o rta ­ro n o a lla n a s c ita d i p e r io d ic i c h e s e r v ir o n o a s ta n d a r d iz z a r e il lin g u a g g io letterario fin lan d ese, p e r m e zz o d e l quale p o te v a n o esse­re avan zate fo rti riv en d ica zio n i p o litich e» 21. N e l caso della N o r v e ­gia, ch e p e r lu n g o tem p o , p u r co n u n a p ro n u n cia co m p leta m en te d iv e r s a , a v e v a c o n d iv is o u n a l in g u a s c r itta c o n i d a n e s i, i l n a ­z io n a lism o em erse co n la gram m atica (1848) e il d iz io n a rio (1850) di Iv a r A a se n , testi ch e segu iro n o e stim o laro n o la d o m a n d a di un a lin g u a stam p ata sp ecificam en te n orvegese.

In u n altro co n tin en te, nella seco n d a m età d e ll’800, tro v iam o un n azio n alism o afrikaan er in tro d o tto d a sacerd oti e letterati b o eri

19N ations and States, p. 187. O vviam en te, lo zarism o trattò questa gente in m odo piuttosto spiccio. Shevchenko fu m andato in Siberia. M a g li A sb urg o , per co n tro b ila ncia re i p o la cch i, in coraggiaro n o i n azio n alisti u c ra in i in G alizia.

21iK e m i l à i n e n , Nationalism , pp. 208-15.2 ' S e t o n - W a t s o n , N ations and States, p . 7 2 .

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che, d o p o il 1870, riu sc iro n o a ren d ere il lo ca le d ia letto o lan d ese u n a l in g u a le t t e r a r ia e a d e f in ir la c o m e q u a lc o s a d i e s tr a n e o a ll’E u ro p a . M a ro n iti e co p ti, m olti d ei quali studenti deU’A m erica n C o lle g e d i B eirut (fo n d ato nel 1866) e del Jesuit C o lle g e o f St. J o ­sep h (fo n d ato nel 18 75) d ied ero il m a ggio r co n tr ib u to alla rinascita d e ll’arabo classico e al d iffon d ersi d e l n azion alism o a ra b o 22. E i sem i di un n azionalism o tu rco sono facilm en te rin tracciab ili n elT ap p arire d i una fio ren te stam pa in lin gu a vo lg are a Istan bu l in to rn o al 187023.

N é d o v r e m m o d im e n t ic a r e c h e g li s te s s i a n n i v id e r o la tra sp o siz io n e in v o lg a re d i u n ’altra fo rm a d i p a g in a stam p ata: lo sp artito . D o p o D o b r o v s k y v e n n e ro S m etan a, D v o r a k e J an àcek ; d o p o A asen , B éla B àrto k; e così v ia fin o ai g io rn i nostri.

È evid en te ch e tutti questi lessicografi, filo lo g i gram m atici, fo l­c loristi, p u b b lic isti e co m p o sito ri n o n svilu p p avan o le lo ro attività rivo lu zio n arie in un vu o to . P ro d u ce v a n o , d o p o tu tto, p e r il m ercato ed itoriale , ed erano legati, tram ite q u esto b a za a r silen zioso, al lo ro p u b b lic o d i co n su m a to ri. M a ch i era n o q u e sti co n su m a to ri? N e l senso p iù co m u n e, erano le fam ig lie delle classi lettric i, n on solo il « p ad re lavoratore» , m a an ch e la m o glie-d o m estica e i ragazzi in età scolastica. Se osserviam o ch e an cora nel 1840, e p ersin o in In g h ilte r­ra e F ran cia - i p iù avan zati stati d ’E u ro p a - era an alfabeta quasi la m età della p o p o la z io n e (e n e ll’arretrata R ussia a lm en o il 9 8 % ), le «classi lettrici» rap p resen tavan o g e n te d i u n certo p o te re . P iù c o n ­cretam en te, esse era n o costitu ite , o ltre che da lle v e cch ie classi d o m i­n an ti d i n ob ili e p ro p rie ta ri terrieri, co rtig ia n i e d e cc lesia stic i, da ceti m ed i ascen d en ti d i fu n zio n ari in ferio ri p leb ei, p ro fessio n isti e b o rg h e sie co m m ercia li e industriali.

In E u ro p a a m età d e ll’800, n on o stan te l ’assenza d i o gn i gu erra lo ca le d egn a di nota, si assiste a un a rap id a crescita d e lle sp ese stata­li e d egli app arati b u ro cra tic i (civili e m ilitari). «Tra il 1830 e il 1850 la spesa p u b b lica p ro cap ite aum entò d e l 2 5 % in S p ag n a, del 4 0 % in F ra n c ia , d e l 4 4 % in R u ssia , d e l 5 0 % in B e lg io , d e l 7 0 % in A u s tr ia , d e l 7 5 % n e g li U S A e d i o ltre d e l 9 0 % in O la n d a » 24. L ’esp a n sio n e b u ro cra tic a - ch e sign ificò an ch e « sp ecia lizzazio n e»

22Ibidem , p p . 2 3 2 e 2 6 1 .

2ì K o h n , The A g e o f Nationalism, pp. 1 0 5 - 7 . C iò portò al rifiu to d e ll’«ottoma- no», una lingua ufficiale dinastica che com binava elem enti d i turco, persian o e arabo. C o m e spesso accadeva, il fondatore del p rim o d i questi giornali, Ib ra h im Sinasi, era appena tornato da cin que anni d i studi in F rancia. P resto a ltri lo segui­rono. G ià nel 1 8 7 6 v i erano sette q u otid ian i in lingua turca a C ostan tin op oli.

24 H o b s b a w m , T h e A g e o f R evolution, p . 2 2 9 .

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b u ro cra tica - aprì le p o rte della carriera statale a m olte p iù p erson e, d i e strazio n e so ciale assai p iù varia ch e n e l passato. P re n d e te , ad esem p io, la d ecrep ita m a cch in a statale au stro-un garica, in cu ra b ile e so ffo ca ta dalla nobiltà: la p ercen tu a le d i fu n zio n ari di p ro ven ien za b o rg h e se n ei grad in i p iù alti della sua m e tà civ ile au m en tò da 0 nel

1804, fin o a 2 7 nel 1 8 2 9 ,3 5 n e l 1859, 55 n el 1878. N e lle fo rze arm a­te, si m an ifestò la stessa ten d en za, an ch e se a un ritm o p iù lento: la co m p o n e n te b o rg h e se del co rp o u fficiali au m en tò dal 10 al 7 5 % tra

il 18 59 e il 19 18 25.S e l ’esp an sio n e d i una classe m ed ia b u ro cra tica fu un fe n o m e ­

n o re la tiv a m e n te u n ifo r m e , c h e a v v e n n e a ritm i c o m p a r a b ili sia n egli stati e u ro p ei p iù avanzati, sia in q u e lli arretrati, la crescita di u n a b o rg h e sia co m m ercia le e in d u stria le fu in vece m o lto irregolare, intensa e ra p id a in a lcu n i casi, len ta e stentata in altri. M a , al d i là d elle d ifferen ze g eo grafich e , questa «crescita» va co m p resa nella sua re lazion e c o n la stam p a in lin g u a volgare.

L e classi dom in an ti p re-bo rgh esi non b asavan o la lo ro co e s io ­ne sulla lin gu a, o p erlo m en o n o n sulla lin g u a stam pata. Se il sovran o del Siam avesse p re so co m e co n cu b in a u n a n o b ild o n n a d e lia M a la y ­sia, o se il re d i In gh ilterra avesse sp osato u n a p rin cip essa sp agn ola, a v re b b e ro m ai d ia lo g a to seriam en te in siem e? L a so lid arietà era il p ro d o tto d i legam i d i san gu e, clien tele e fed e ltà p erso n a li. N o b ili « francesi» p o teva n o schierarsi p e r sovran i «inglesi» co n tro m o n a r­chi « fran cesi» , n on ce rto sulla base d i lin g u e o cu ltu re co m u n i, m a, al d i là d i ca lco li m ach iavellic i, p e r legam i fam iliari o d i am icizia. L e d im en sio n i re lativam en te p ic c o le d elle a risto cra zie tra d izio n ali, le lo ro so lid e basi p o litich e , e la p erso n a lizzazio n e d elle relazioni p o li­tich e im p lic ita n elle re lazio n i sessuali e n e ll’eredità, fece ro sì ch e la lo ro co esio n e co m e classe fosse tan to co n cre ta qu an to im m aginata. U n a n o b iltà an alfabeta p o te v a agire co m e un a n obiltà . M a la b o r ­ghesia? E c c o una classe ch e a p p a rve co m e classe solo n el suo re p li­carsi. Il p ro p rie ta rio di u n a fa b b r ica di L illa era co lleg a to a u n o di L io n e so lo p e r riverb ero . N o n avevan o a lcu n m o d v o p e r sap ere d e l­la re c ip ro ca esistenza; n o n eran o soliti sp osare le risp ettive fig lie o ered itare le risp ettive p ro p rie tà . M a fin iv an o p e r v isu alizza re l ’esi­sten za d i m iglia ia e m iglia ia d i in d iv id u i sim ili a sé tram ite la p aro la stam pata: u n a b o rg h e sia an alfabeta n on era im m agin ab ile . C o sì, in term in i d i storia m o n d iale , la b o rg h e sia fu la p rim a classe a ra gg iu n ­gere un sen so di so lid arietà su basi essenzialm en te im m agin ate. M a

25P e t e r f . K m '/ . l n s t e i n , D isjoined Partners, Austria and Germany since 1 8 1 5 , pp. 74 , 112 '

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n ell’E u ro p a d e ll’800 d o ve il latino era stato sco n fitto d a ll’ed itoria di lin g u a vo lg are d a alm en o d u e secoli, tali so lidarietà e b b ero u n ’e sten ­sion e lim itata dalla leg g ib ilità d elle d iverse lin gu e. In altre p aro le, una p erso n a p o te v a andare a letto con ch iu n q u e, m a p o te va leg gere e ca p ire le p a ro le solo di a lcu n e p erson e.

N o b ili, p ro p rie ta ri terrieri, professionisti, fu n zio n ari e m erca n ­ti; questi eran o i p o ten zia li con su m atori della r iv o lu zio n e filo logica. M a tale clien tela era p e r lo p iù teorica e irrealizzata n ella m aggio r p arte d e i casi, e le co m b in azio n i di reali co n su m ato ri cam b iavan o d a zon a a zon a. P e r capire p erch é, ci si d e v e rivo lgere an cora u n a vo lta al rad ica le co n trasto , già m o strato p re ced e n te m en te , tra E u ro p a e A m erica . N e lle A m e ric h e esisteva un a quasi to ta le id en tificazio n e tra l ’estensione d egli im p eri e le rispettive lin g u e volgari. In E u ro p a , al con trario , tali co in cid en ze eran o rare, e gli im p eri d in astici e u ro ­p ei eran o p e r lo p iù p o lig lo tti. O ssia , p o te ri e lin g u a g g i d isegnavan o m a p p e diverse.

L’800 fu segnato d a una crescita gen era le - n e ll’a lfa b etizza zio ­ne, n el co m m e rcio , n e ll’in dustria , n elle co m u n ica zio n i e n egli a p p a ­rati stata li - c h e cre ò n u o v i e p o te n ti im p u ls i p e r l ’u n ific a z io n e lin gu istica vo lg are in ogn i regn o din astico. Il la tin o rim ase lin gu a di stato n e ll’A u stria -U n g h e ria a lm en o fin o a ve rso il 1840, m a d o p o sco m p arve q u asi subito. P o te v a an ch e essere la lin g u a d i stato, m a n e ll’800 n on p o te v a p iù essere la lin gu a d e g li a ffari, d e lla scien za, stam p a e letteratu ra, sp ecie in un m o n d o in cu i tali lin g u a gg i si c o m ­p en etravan o d i con tin uo.

N e l frattem p o , le lin g u e di stato vo lgari co n se gu iro n o un p o te ­re sem p re p iù gran d e e u n o status sem p re p iù alto in un p ro cesso ch e, a lm en o a ll’in izio , n o n era stato p ian ificato . C o s ì l ’in glese s ca c­ciò il gaelico da b u o n a p arte d e ll’Irlan da, il fran cese m ise alla p o rta il b re to n e e il castig lian o rid usse il catalan o alla m arginalità. In quei regni, co m e In gh ilterra e F ran cia, d o v e p e r varie ragion i v i fu alla m età del seco lo un a co in cid en za relativam en te alta tra lingua d i sta­to e lin g u a usata dal p o p o lo 26, la co m p en etrazio n e n on e b b e effetti p o litic i dram m atici. (Q u esti erano i casi p iù sim ili a lle A m erich e). In m olti altri regni, d i cu i P A u stro -U n g h e ria è p ro b a b ilm e n te il caso esem p lare, le co n se g u en ze fu ro n o in ev itab ilm en te esplosive. In q u e ­sto vasto q u a n to vacillan te d o m in io p o lig lo tta , m a co n u n tasso di a n a lfa b e tism o sem p re d e cre sce n te , la so stitu z io n e d e l la tin o co n

26C om e abbiam o visto, la volgarizzazione delle lingue d i stato in questi due regni co m in ciò m olto presto. N e l caso del R egno unito, co n trib u iro n o potente­mente la sottom issione m ilitare del G aeltacht nel prim o ’800 e la carestia del 1840.

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qualsivo glia vo lgare, alla m età d e ll’800, a p p ariva assai van taggio sa a ch i già usava quella lingua, m a m in accio sa p e r tutti gli altri. S o tto li­n e o il « q u a ls iv o g lia » in q u a n to , c o m e v e d r e m o p iù in d e tta g lio , l ’e levazion e o tto cen tesca d el ted esco da p arte d e lla co rte asbu rgica n o n e b b e n ien te a ch e fare co n il n azio n alism o ted esco . (In queste circostan ze, ci si a sp e tte re b b e ch e in o g n i segn o d in astico alla fin e d e b b a so rg e re u n n a z io n a lism o a u to c o s c ie n te tra q u e i lo c a li ch e p arlan o il vo lg are ufficializzato . E tali attese so n o co n ferm a te dagli even ti storici).

N o n so rp re n d e d u n q u e se n ella c lien tela d ei n ostri lessico grafi tro v iam o diversi tipi d i co n su m ato ri a seco n d a d elle d iverse c o n d i­z io n i p o lit ic h e . In U n g h e r ia , p e r e s e m p io , d o v e u n a b o r g h e s ia m agiara era virtu alm en te inesistente, e a lm en o u n o su o tto reclam a­v a u n q u a lc h e s ta tu s a r is t o c r a t ic o , l ’ u n g h e r e s e v e n n e d i f e s o d a ll’o n d ata ted e sca p ro p rio dalla p icco la n o b iltà e d a i p ro p rie ta ri terrieri ca d u ti in d isgrazia27. L o stesso p u ò essere d etto d e i letto ri d e l p o la c c o . P iù tip ica , co m u n q u e , era u n a c o a liz io n e tra n o b iltà m in o re , a cca d e m ici, p ro fessio n isti e u o m in i d ’affari, d o v e i p rim i o ffr iva n o le a d e r d i u n a ce rta im p o rtan za , i seco n d i e i terzi, m iti, p o e s ia , g io rn a li e fo rm u la z io n i id e o lo g ic h e , e g li u ltim i d e n a ro e fa c ilita z io n i e c o n o m ic h e . L ’a m a b ile K o ra e s c i o f fr e u n ra ffin a to r i t r a t t o d e i p r im i s e g u a c i d e l n a z io n a l is m o g r e c o , n e l q u a le p re d o m in a va n o in tellettuali e im p ren d ito ri28:

N e lle città m e n o p o v e re , in c u i v i e ra n o a lc u n i b e n e sta n ti e u n p o ’ d i scu o le , e q u in d i a n c h e p e rso n e in g ra d o d i le g g e re e d i c a p ire g li a u t o r i a n t ic h i, la r iv o lu z io n e c o m in c iò p r im a e fe c e p ro g re ss i r a p id i e co n fo rta n ti. I n a lc u n e d i qu este città , le scu o le so n o già state in g ra n d ite , e v i si sta in t ro d u c e n d o lo s tu d io di l i n ­gue straniere e p e rfin o d e lle scie n ze in se gn ate n e l resto d ’E u ro p a . I b e n e sta n ti f in a n z ia n o la p u b b lic a z io n e d i l ib r i t ra d o tti d a ita ­lia n o , fra n ce se , ted e sco e in g le se ; in v ia n o in E u r o p a a p r o p r ie s p e se i g io v a n i d e s id e r o s i d i im p a r a re ; d a n n o a i f ig l i u n ’ e d u ­ca zio n e m ig lio re , sen za e sc lu d e re le ragazze...

In m o d o sim ile si sv ilu p p aro n o n ell’E u r o p a cen tro -o rien tale e, co n

27I I o b s b a \v m , T he A g e o f R evolution, p. 165. P e r u n ’eccellente e dettagliata d iscu ssio n e sulFargo m en to ved i: I g n o t u s , Hungary, pp. 44 -56 ; e anche: J a s z i ,

T h e D issolution, pp. 224-25.28K e d o u r ii ì , Nationalism in A sia and Africa, p. 170. C o rs iv o m io. T u tto q u i è

esem plare. Se K oraes guarda a ll’« E u ro p a » , lo fa d ie tro la sua spalla; è rivo lto a C osta n tin o p o li. L ’ottom ano n o n è ancora una lin g u a straniera. E le future m ogli n o n -la vo ra trici co m incian o a entrare nel m ercato della stampa.

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il vo lg ere del seco lo , nel V ic in o O rie n te co a liz io n i d i letto ri la cui co m p o siz io n e va r ia v a m o lto d a ll’U n g h e r ia a lla G r e c ia 29. V a ria va m o lto an ch e la m isura in cui le m asse u rb an e e q u elle rurali p artec i­p av an o alle n u o ve co m u n ità im m aginate. M o lto d ip en d e v a dal ra p ­p o rto d i tali m asse co n i m issionari del n azionalism o. A u n estrem o, tro v iam o il caso d e ll’Irlan da, d o v e un c lero ca tto lico di o rig in i c o n ­tad in e, e p e r questo v ic in o alle m asse rurali, esercitò u n im p o rtan tis­sim o ru o lo m e d ia to re . U n a ltro e strem o è s u g g e r ito d a ll ’iro n ic o co m m e n to di H o b sb a w m : «i co n tad in i della G a liz ia si o p p o sero nel 1846 ai rivoluzion ari p o la cch i, an ch e se co sto ro p ro cla m aro n o p r o ­p rio l ’a b o liz io n e d e lla servitù d e lla g le b a , p re fe re n d o m assacrare q u e s ti g e n tilu o m in i e c r e d e re n ei fu n z io n a r i d e ll ’ Im p e ra to r e » 30. O v u n q u e , p erò , m entre l ’a lfab etizzazio n e cresceva, d iv en n e p iù fa c i­le otten ere il su p p o rto p o p o la re , co n le m asse che si sco p riva n o un a n u o v a glo ria n e ll’e levazion e a status stam p ato d elle lin g u e ch e a ve­van o sem p re u m ilm en te parlato.

F in o a u n c e r t o p u n to , q u in d i , è c o r r e t t a l ’ in te r e s s a n te afferm azio n e d i N airn : « L a n u o va in tellighenzia b o rg h e se d e l n a z io ­n alism o d o vette in vitare le m asse nella storia; e il b ig lie tto d ’in vito an d ava scritto in un lin gu aggio che capissero»31. Sarà p erò d iffic ile ca p ire p erch é l ’in vito finì p er essere così allettante, e p e rc h é alleanze tra lo ro così d iverse fu ro n o in grad o d i o ffr irlo (l’in te lligh en zia b o r ­gh ese d i N a irn n o n fu assolutam en te l ’u n ico «ospite»), a m en o ch e n o n c i d ed ich ia m o fin alm en te alla pirateria.

H o b s b a w m osserva ch e «la rivo lu zio n e fran cese n on fu in izia ­ta, n é gu id ata , da un p artito o da un m o vim en to nel senso m o d ern o , n é d a u o m in i che cercaro n o d i p o rta re avanti un p ro gram m a siste­m atico. N o n p ro m o sse «leader» d el tip o a cu i ci h an n o ab itu ato le riv o lu z io n i d e l ’900, a lm en o fin o alla figu ra p o st-rivo lu zio n a ria di N a p o le o n e » 32. U n a v o lta a v v en u ta , p e rò , e n trò neU ’a ccu m u la n te m em o ria della stam pa. L a sch iaccian te e sco n certan te co n ca te n a zio ­ne di even ti vissuti dai su o i creatori e vittim e, d iven n e un a «cosa», e co n un p ro p rio n om e: la R iv o lu zio n e F ran cese. C o m e in n um erevoli

g o c c e d ’acq u a p o lisco n o una g ra n d e ro cc ia in fo rm e, co sì m ilioni d i p a ro le p lasm aro n o sulla p agin a stam p ata l ’esp erien za in u n « co n cet­to » , e, co l tem p o , in u n «m o d ello» . P e rc h é avven n e, a cosa m irava,

29P e r a lcu n i esem pi, vedi: S l t o n - W a t s o n , Nations and States, pp. 72 (F in la n ­d ia ), 145 (B ulg a ria ), 153 (B oem ia), e 4 3 2 (S lovacch ia); K o i i n , The A g e o f N atio­nalism, pp. 83 (E g itto ) e 103 (Persia).

iaT h e A g e o f R evolution, p. 169.i{ The Break-up o f Britain, p. 340.i2T h e A g e o f R evolution, p. 80.

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p erch é e b b e successo o fallì, d iven n ero so ggetti di p o le m ich e senza fin e p er sim p atizzan ti e avversari: m a del su o essere « qu alcosa» , n es­sun o m ai p iù d u b itò 33.

In m o d o sim ile, i m o vim en ti in d ip en d en tisti n elle A m erich e , u n a vo lta im m ortalati dalla stam pa, d iv en n ero «con cetti» , «m odelli» e in fin e « p rogram m i» . N e lla «realtà», la p au ra di B o liv a r d i in su rre­zion i n egre e l ’eso rta zion e d i San M artin alla p eru vian ità si so vrap ­p o n e v a n o cao ticam en te. M a le p aro le stam p ate ca n ce llaro n o via il p rim o tim o re, tan to ch e se rievo cato , sem bra o g g i u n ’anom alia sen ­za im p o rtan za. D a i so m m o vim en ti am erican i e b b e ro o rig in e queste rea ltà im m agin ate: n azio n i-stato , is titu zio n i re p u b b lic a n e , c itta d i­n an ze co m u n i, sovran ità d e l p o p o lo , b a n d ie re e in ni n azionali, ecc., e la l iq u id a z io n e d e i lo r o o p p o s t i: im p e r i d in a s t ic i , is t itu z io n i m o n arch ich e , assolutism o, sottom issione, n o b iltà ered itaria , servitù della g leb a, ghetti, e così via. (N ien te è p iù stu p efacen te , in questo co n testo , d e lla «rim ozion e» gen erale d ello schiavism o d i m assa dagli U s a « m o d a li» d eU ’SOO, e d e i l in g u a g g i c o m u n i d e lle « m o d a li» re p u b b lich e sudiste). C e d i più: la va lid ità e la gen era lizzab ilità del p ro gram m a erano co n ferm a te in m o d o in d u b ita b ile dalla pluralità d eg li stati in d ip en d en ti.

In effetti, g ià n el seco n d o d ecen n io d e ll’800, se n o n p rim a, un «m o d ello» del« lo» stato n azio n ale in d ip e n d en te era d isp o n ib ile p er essere p ira ta to 34. (I p rim i g ru p p i a farlo fu ro n o le co a liz io n i d i p e r­so n e co lte fo n d a te su un a lin g u a vo lg are , d i cu i q u esto ca p ito lo si è o c c u p a to ) . M a p r o p r io p e r c h é era un m o d e llo o rm a i n o to , esso im p o n e v a certi «stan dard» da cu i e ccessive d e via zio n i eran o in ac­cettabili. P ersin o n o b ili arretrati e reazion ari d i U n g h eria e P o lo n ia a v e v a n o d i f f i c o l t à a n a s c o n d e r e i l l o r o « in v i t o » ( a n c h e se d a ll’in gresso d i servizio) ai lo ro co m p atrio ti op p ressi. Se vo le te , era in azio n e la stessa lo g ica della « p eru vian izzazio n e» d i San M artin . Se g li «un gh eresi» m eritavan o u n o stato n azio n ale, c iò sign ificava

, 5C onfrontate: « I l n om e stesso d i R iv o lu zio n e In d u stria le riflette il suo tardivo im patto s u l l ’E u ro p a . L a «cosa» [sic] esisteva in In g h ilte rra a n c o r p rim a della parola. F u so lo d o po il 1820 che socialisti fra n ce si e inglesi - g ru p p o questo sì senza precedenti - la inventarono, forse p e r analogia con la riv o lu zio n e p o litica che era avvenuta in F ra n cia » . Ibidem , p. 45.

34Sarebbe p ro b a b ilm e n te p iù p re ciso d ire ch e il m o dello fu u n co m plesso com posto d i elem enti fran cesi e am ericani. M a l ’«evidente realtà» della F ra n cia fin o a d o p o il 1870 era costituita da m o na rch ie restaurate e da qu elP E rsa tz d i din asticism o che era il n ip ote d i N apoleone.

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ch e lo m eritavan o tu tti (!) g li un gh eresi35; s ign ificava u n o stato in cui la sovranità era di p ro p rie tà esclu siva d e lla co llettività d egli in d i­vid u i in grad o di parlare e leg gere l ’un gh erese; e, a tem p o d e b ito , la liq u id a zio n e della servitù della g leba, l ’in co ra ggia re u n ’e d u ca zio n e p o p o la re , l ’esp an sio n e del su ffragio , e così via. Q u in d i il carattere « p o p u lista » del p rim o n az io n a lism o e u ro p e o , a n ch e q u a n d o alla g u id a e ra n o , d e m a g o g ic a m e n te , i g r u p p i so c ia li p iù a rretra ti, fu m o lto p iù p ro fo n d o ch e n elle A m erich e : la servitù d e lla g le b a d o v e ­va (!) cessare, una schiavitù legale era in im m agin abile , n o n u ltim o p e rch é il m o d e llo co n cettu a le era orm ai in estirp abile .

,5N o n che fosse una m ateria co sì sem plice. A lm e n o la metà dei s u d d iti del regno d i U ngheria erano non-m agiari. Solo un terzo d ei co n ta d in i parlava la l in ­gua m agiara. N e l p rim o ’800, l ’alta n obiltà m agiara parlava francese o tedesco; la bassa n o b iltà «co n v e rsav a in u n a so rta d i la t in o d isse m in a to d i m agiaro, ma anche d i esp re ssio n i slo va cch e , serbe, ro m ene e vo lg a re tedesco...» I g n o t u s ,

Hungary, pp. 45-46 e 81.

6. UFFICIAL-NAZIONALISMO E IMPERIALISMO

N e l co rso d e ll’800, sp ecie nella seco n d a m età, la riv o lu z io n e filo lo g i- co -lessico grafica e la n ascita di m o vim en ti n azionalisti in tra-eu ro p ei - essi stessi p ro d o tt i n o n solo d a l ca p ita lism o , m a d a ll’e le fan tiasi d e g li stati d in a stic i - c re a ro n o c re s c e n ti p ro b le m i cu ltu ra li, e in seg u ito p o litici, p e r m o lte dinastie. In fatti, co m e a b b ia m o visto , la leg ittim ità d i m o lte di esse non aveva n ien te a ch e fare co n la n a z io ­nalità. I R o m a n o v regn avan o su tatari e lettoni, ted e sch i e arm eni, russi e finlandesi. G l i A sb u rg o erano ap p ollaiati su m agiari e croati, s lo va cch i e italiani, ucrain i e austro-tedeschi. G l i H a n n o v e r ese rc i­tavan o il co m a n d o su abitan ti del B en gala e del Q u é b e c , così co m e su s c o z z e s i e ir la n d e s i, in g le s i e g a lle s i’ . S u l c o n tin e n te , in o ltre , m e m b ri d elle stesse fam ig lie d in astich e regn avan o in stati d ifferen ti, e ta lvolta rivali. Q u a le nazionalità d o v re b b e essere assegnata ai B o r ­b o n i, regn an ti in F ra n cia e S p ag n a , agli H o h e n zo lle rn , so vran i in P ru ssia e R om ania, o ai W itte lsb a ch s, m o n arch i in G re c ia e B aviera?

A b b i a m o a n c h e v i s t o c h e , p e r m o t iv i e s s e n z i a l m e n t e am m inistrativi, qu esti regn an ti stab iliro n o , a ritm i d iversi, certe lin ­g u e v o lg a r i c o m e l in g u e d i s ta to , e ss e n d o la s c e lta d e lla lin g u a so p rattu tto un a qu estio n e d ’in co n scia ered ità o co n ven ien za.

P e rò la rivo lu zio n e lessico grafica in E u ro p a fe c e n ascere , e g ra ­d u a lm e n te c irco la re (p erlo m en o in E u ro p a ), la c o n v in zio n e ch e le lin g u e fo ssero , p e r co sì d ire, p ro p rie tà p erso n ale di sp ecific i g ru p p i (co lo ro , cioè, ch e o gn i g io rn o le p arlavan o o le leg g e va n o ), e che, in oltre, questi gru p p i, im m agin ati co m e co m u n ità, a vessero d iritto a u n p o sto au to n o m o in una fratellan za d i eguali. I filo lo g ic i in cen d ia ­ri si p re se n ta ro n o q u in d i ai regn an ti co n un o sp ia ce vo le d ilem m a c h e n o n m an cò d i acuirsi co l tem p o . In n essun altro caso q u esto d ile m m a è p iù e v id e n te ch e n e ll’A u stro -U n g h e r ia . Q u a n d o il d e ­sp o ta illu m in ato G iu s e p p e II d ecise già n egli anni ’80 d e l 1700 di p assare, co m e lin g u a di stato, dal la tin o al ted esco , « co m b a ttè n o n

'E interessante notare com e q u el che alla fine divenne l ’ im p ero b rita nn ico , n o n era m ai stato governato da una dinastia «inglese» sin dal 1066: da allora una variegata schiera d i n o rm a n n i (P lantageneti), gallesi (T u d o r), scozzesi (Stuart), o landesi (Casata di O range) e tedeschi (H a n n o v e r) si è succeduta su l trono. N e s­suno se ne cu rò p iù di tanto fino alla rivo lu zio n e filo log ica e al parossistico na­z ion alism o inglese della prim a guerra m ondiale. Casata di W in d s o r è com e d ire Casata d i S ch ò n b ru n n o Casata d i V ersailles.

co n tro la lingua, ad esem p io, dei m agiari, m a co n tro il latino... P e n ­sò c h e , su lla b a s e d e l l ’a m m in is tr a z io n e la tin a m e d ie v a le d e lla n o b iltà , n o n fo sse p o ssib ile agire n ell’ interesse d e lle m asse. L a n e ­cessità d i una lin g u a che unisse tutte le p arti del suo im p ero gli sem ­b rò u n ’esigenza p eren toria . In base a questa n ecessità, n o n p o te va sceg liere altra lin g u a se n o n il ted esco , l ’u n ica ch e avesse u n a cu ltura e u n a le tte ra tu ra s u ffic ie n te m e n te v a ste n e i su o i d o m in i, e u n a co n sid erevo le m in oran za in tutte le p ro vin ce» 2. In effetti, gli A s b u r ­g o n o n f u r o n o u n a f o r z a c o n s a p e v o lm e n t e e c o e r e n t e m e n t e germ an izzan te... A lc u n i A s b u rg o non parlavano n em m en o tedesco. P ersin o qu egli im p erato ri A sb u rg o ch e p ro p en d ev a n o p e r una p o li­t ic a d i g e rm a n iz z a z io n e , n o n e ra n o s p in ti d a un a tte g g ia m e n to nazionalista; i lo ro p ro vv ed im en ti eran o dettati dal d esid erio di u n i­fica re e un iversalizzare i lo ro im p eri» 3. L a lo ro m ira essen ziale era ì ’H ausm acht (la p o te n za dinastica). D o p o la m età d e ll’800 p erò , il ted e sco assunse u n d o p p io valore: «un iversale-im periale» , e «parti- co lare-nazion ale» . P iù la fam iglia regn ante so sten eva il ted esco nella su a p rim a veste, p iù sem b rava ch e si schierasse co n i su d d iti d i lin ­g u a ted esca, e p iù si attirava le antip atie d egli altri sudditi. P e r evita­re il p er ico lo , fu ro n o fatte co n cessio n i ad altre lin gu e, so p rattu tto al m agiaro; p e rò così n on solo l ’u n ificazio n e faceva un p asso in dietro , m a i s u d d it i d i lin g u a te d e s c a s i s e n tiv a n o o ffe s i. G l i A s b u r g o risch iavan o di essere o d iati sia in q u a n to ca m p io n i d e i ted esch i, sia co m e lo ro traditori. (P iù o m en o co m e g li O tto m a n i, o d ia ti dai s u d ­diti d i lin g u a tu rca co m e apostati, e dagli altri co m e tu rch izzato ri).

E visto che verso la m età d el seco lo tutti i regn i d in astici usa­v a n o u n q u alch e v o lg a re co m e lin g u a d i stato4, e d a to ch e l ’ id ea n azio n ale stava rap id am en te co n q u ista n d o u n crescen te p re stig io in tutta E u ro p a , le m o n arch ie eu ro -m ed iterran ee cerca ro n o d i c o n q u i­starsi una sed u cen te id en tità n azion ale. Im p ro vv isa m e n te i R o m a ­n o v sco p riro n o d i essere gran d i russi, gli H a n n o v e r si sco p riro n o inglesi, gli H o h e n zo llern ted esch i, e, co n m aggio re d iffico ltà , i lo ro cu g in i d iven n ero ru m en i, greci, e co sì via. D a un a p arte , q u este n u o ­

2Ja szi, The D issolution, p. 7 1 . È interessante che G iu se p p e abbia rifiutato di farsi incoro n are R e d i U n gh eria, perché altrim enti sarebbe stato costretto a rispet­tare i p riv ile g i «costituzionali» della n obiltà magiara. IGNOTUS, Hungary, p. 47.

3 Ibidem , p. 137. C o rs iv o m io.''Si potrebbe afferm ate che u n ’era fin ì nel 1844, q u an d o il m agiaro sostituì il

la tin o com e lin g u a d i stato del regno d i U n gh eria. C om e a b b ia m o visto, però, un o pseudo latino era già la lin gu a volgare d ella media e bassa n ob iltà m agiara, e tale rim ase per buona parte d e ll’800.

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v e id e n tifica z io n i co n fe rm a ro n o leg ittim ità m o n a rc h ic h e ch e - in u n ’era d i capitalism o, scetticism o e scien za - sem pre m e n o p o te v a ­n o fo n d a rsi su ip o te tich e sacralità o sem p lice antichità . D a ll ’altra, p resen tavan o n uovi p erico li. Se il K a iser G u g lie lm o II si fo sse d e fi­n ito il « p rim o tra i tedesch i» , a v reb b e im p lic ita m en te am m esso di essere u n o tra tanti com e lu i , d i a vere u n a fu n zio n e rap presentativa, e ch e q u in d i, p er p rin cip io , a vreb b e p o tu to essere un traditore p e r i su o i co m p a tr io ti te d e s c h i (un c h e d i in c o n c e p ib ile n ei b e i g io rn i dinastici: trad ito re p e r ch i o ch e co sa?). M a di fatto , a ll’in d o m an i d e l d isastro ch e co lp ì la G erm a n ia nel 19 18 , egli fu m esso di fro n te a lla su a im p lic ita a ffe rm a z io n e . A g e n d o n e l n o m e d e lla n a z io n e tedesca, i p o litic i civili (p u b b lica m en te) e lo stato m a ggio re m ilitare (c o n il s o l ito c o r a g g io , s e g r e ta m e n t e ) lo a l lo n t a n a r o n o d a lla m a d r e p a tr ia f in o a u n o s c u r o s o b b o r g o o la n d e s e . C o s ì a n c h e M o h a m m a d -R e z a P a h la v i, e ss e n d o s i d e fin ito n o n S c ià , m a S cià d e ll ’Iran , fin ì p e r essere ch ia m a to tra d ito re . Il fa tto ch e lu i stesso a b b ia accettato n on tan to il ve rd etto , q u a n to l ’autorità d e lla co rte n azion ale, è d o cu m en ta to da un a co m m e d io la svoltasi al m o m e n to d e lla sua p arten za p e r l ’esilio . P r im a di salire sulla ra m p a d e l jet, b a c iò la terra p e r i fo to g ra fi e a n n u n ciò ch e p o rtava con sé un a p ic ­co la p a rte del sacro s u o lo iran ian o. Q u e s to gesto è tratto d a un film su G a r ib a ld i, n o n sul R e S o le5.

L a «n aturalizzazion e» d e lle d in astie eu ro p ee - m a n o vra ch e in m o lti casi rich iese d iv erte n ti a cro b a zie - p o rtò in fin e alT «u fficial- nazionalism o» , p e r usare la m o rd en te d e fin iz io n e di Seto n -W a tson 6, d i cu i la ru ssificazion e zarista è so lo l ’esem p io p iù co n o sciu to . Q u e ­sti ufficial-n azion alism i p o sso n o essere visti co m e m ezzi p e r co m b i­n are la n atu ralizzazion e e il m an ten im en to d e l p o te re d in astico , in p artico lare sugli enorm i d o m in i p o lig lo tti accu m u lati d a l M e d io e v o , o , p e r dirla in u n altro m o d o , p e r stiracchiare l ’esigua, stretta p elle d e lla n azio n e al g ig an tesco c o rp o d e ll’im p ero . L a «ru ssificazio n e» d elle etero gen ee p o p o la zio n i sottom esse al p o te re d e llo zar rap p re­

5D a l pro fesso r C h e h a b i d e ll’un iversità d i H a rv a rd ho appreso che lo Scià sta­va in n a n zitutto im itan d o suo padre, R eza P ah la vi, che, esiliato d a l go verno d i L o n d ra nelle isole M a u ritiu s nel 1941, m ise nel su o bagaglio un p o ’ d i terra ira ­niana.

6S e t o n - 'W a t s o n , N ations and States, p. 148. In effetti, il suo sarcasm o è riv o l­to solo a ll’E u ro p a d e ll’est, e in partico lare ai regim i dei R o m an o v e a q u e llo dei Soviet, m a trascura p o litich e s im ili seguite da L o n d ra , P arig i, B e rlin o , M a d rid e W a sh in g to n .[T ra d u co official nationalism co n il term ine «u fficia l-nazion alism o » p e r sottolineare che esso è u n u n ico concetto, com e si d ice n azio n al-fascism o o social-dem ocrazia. Nota d el curatore]

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sento q u in d i u n a vio len ta e co n sap evo le fu sio n e di d u e o p p o sti siste­m i p olitici, l ’u n o antico, l ’altro b e n p iù m o d ern o . (A n ch e se p ossia­m o rilevare una certa analogia con , ad esem p io, l ’isp an izzazio n e d e l­le A m erich e o delle F ilip p in e, v i è p u r sem pre u n a d ifferen za fonda- m entale. N e l tardo ’800 i conquistadores cu lturali d e llo zarism o a g i­va n o p e r co n sap evo le m achiavellism o, m en tre i lo ro p recu rso ri sp a­gn o li del ’500 avevano agito co n in co n scio , q u o tid ian o pragm atism o. N é p e r essi si trattava d i un a vera « isp an izzazion e»: era p iu tto sto un a conversione d i in fed eli e selvaggi).

L a ch iave p e r situare l ’u fficial-n azion alism o, (u na m iscela v o lu ­ta d i n azio n e e im p ero din astico) è ricord are ch e si s v ilu p p ò dopo, e in reazione a, i m o vim en ti n azio n ali p o p o la ri ch e p ro life ra ro n o in E u ro p a sin dal 18 2 1. Se questi n azionalism i si eran o m o d ella ti sulla storia am erican a o su quella fran cese, o ra erano essi stessi a d iv en ta ­re m o d u la ri7. B astava un fan tasioso g io co di p restig io p e r con sen tire a ll’im p ero di app arire attraente nel travestim en to n azionale.

P e r avere un a vision e p ro sp ettica su q u esto in tero p ro cesso di m o d ella m en to reattivo e seco n d a rio , p ren d ia m o in co n sid era zio n e alcu n i casi sim ili e in siem e divergen ti.

Q u a n to gli au to crati R o m a n o v si sentissero a d isag io a « scen ­d e re in p iazza» , ci v ie n e descritto p erfe ttam en te d a Seto n -W a tson 8. C o m e h o già fatto n otare, nel ’700 la lin gu a della co rte d i San P ie ­tro b u r g o era il fra n cese, e qu ella d i gran p a rte d e lla n o b iltà p r o ­vin cia le era il ted esco . In co n segu en za d e ll’in vasio n e d i N a p o le o n e , il co n te Sergei U v a ro v p ro p o se , in u n rap p o rto u ffic ia le del 1832, che il regn o dovesse essere basato sui tre p rin cìp i d e ll ’A u to cra zia , d e ll ’O rto d o s s ia e d ella N a zio n a lità (natsionalnost). Se i p rim i d u e n o n era n o ce rto n o v ità , lo stesso n o n si p o te v a d ire p e r il te rzo , p e r a ltro p re m a tu ro in u n ’e p o c a in c u i m età d e lla « n azio n e » era costitu ita da servi della gleb a e p iù della m età p arlava un a m a d re lin ­gu a d iversa dal russo. Il ra p p o rto di U v a ro v gli fe ce o tten ere la ca ri­ca d i m in istro d e ll’istruzione, e n ien t’altro. P e r un altro m ezzo s e c o ­lo g li zar resistettero a su gg erim en ti tip o U varo v. F u so lo so tto il regn o di A lessan d ro III (188 1-9 4 ), che la ru ssificazio n e d iv en n e la p o litica u ffic ia le dinastica: b e n d o p o ch e , n ei co n fin i d e ll’im p ero , eran o ap p a rsi i n azion alism i u crain i, fin lan d esi, le tto n i, e co sì via.

7T u tto c iò presenta u n interessante p a ralle lism o con le rifo rm e p o litico -m ilita- ri d i Scham ho rst, C la usew itz e G neiseau, che, in un o sp irito totalm ente conser- vatoré, adattarono m olte delle spontanee in n o va zio n i della riv o lu zio n e francese che avevano po rtato al grande esercito m o d u lare d e ll’800: q u e llo basato su lla co scriz io n e o bbligato ria e com andato da u ffic ia li d i professione.

8Ìbidem , pp. 83-87.

%

A b b a s ta n z a iro n ica m e n te , le p r im e m isu re « ru ssifican ti» fu r o n o p re se n ei co n fro n ti d i q u e lle «n azionalità» ch e erano state Kaiser- treu (lealiste), co m e i ted esch i delle regio n i baltich e. N e l 1887 il ru s­so fu im p o sto in tutte le scu o le statali d elle p ro v in ce ba ltich e, tranne ch e in qu elle d i livello p iù basso, una m isu ra ch e ven n e p o i estesa an ch e a qu elle p rivate. N e l 1893 l ’un iversità d i D o rp a t, u n a d e lle fa ­coltà p iù rin o m ate all’in tern o dei co n fin i im p eriali, fu ch iu sa p erch é

n elle sue au le si p arlava ted esco . (Si n oti ch e in p re ce d e n za il te d e ­sco era stato un a lin gu a d i stato p ro vin cia le , n on la v o ce d i u n m o v i­m en to nazionalista p o p o la re). E così via. S eto n -W atson va p ersin o o ltre , a zzard an d o ch e la R iv o lu zio n e d e l 1905 fu «tan to u n a riv o ­lu z io n e d i n on -russi co n tro la ru ssificazion e, qu an to la rivo lu zio n e d i o p era i, co n ta d in i e in te llettu a li ra d ica li co n tro l ’a u to cra zia . L e d u e rivo lte eran o n atu ralm en te collegate: la rivo lu zio n e so cia le fu in e ffetti p iù aspra n elle regio n i non-russe, co n o p era i p o la cch i, co n ta ­d in i le tto n i e co n tad in i g eo rg ian i co m e p ro tago n isti» 9.

M a sa reb b e un gran d e erro re su p p o rre ch e — p o ic h é in co n tra ­va la resistenza di op erai, co n tad in i e radicali - la ru ssificazio n e non riuscisse a schierare d ie tro il tro n o il n azion alism o «gran russo», e n o n solo su basi sentim entali. N e lla vasta b u ro cra zia e n el m ercato in e sp a n sio n e ch e l ’im p ero o ffriva , si a p riva n o d o p o tu tto en o rm i o p p o rtu n ità p er i fu n zio n ari e gli im p re n d ito ri russi.

N o n m en o in teressan te d i A lessa n d ro III, zar «russificante» di tutte le Russie, fu la sua co n tem p o ran ea V icto ria vo n S a x e -C o b u rg - G o th a , regina d ’In gh ilterra e, p iù tardi, im p eratrice d ’in d ia . A dire il vero , il su o tito lo è b en p iù interessante della sua p erson a, in quanto rap presenta em blem aticam en te il m etallo ra ffred d ato d i u n a saldatu­ra tra la n azion e e l ’im p e ro 10. A n c h e il suo regn o segna u n ’on d ata di «ufficial-nazion alism o», n ello stile di L o n d ra , ch e p resen ta fo rti a f­finità con la russificazione p ersegu ita a San P ietro b u rgo .

P o ssia m o m isurare q u e st’affin ità co n u n p arag o n e trasversale. In T h e Break-up o f Britain, T o m N a irn so lleva il p ro b le m a sul p e r ­ch é n o n ci fo sse u n m o vim en to n azio n alista sco zzese nel ta rd o ’700, n o n o stan te l ’esisten za d i un a flo rid a b o rg h e sia e d i u n ’a scen d en te in te lligh en zia sco zzese 11. H o b s b a w m ha liq u id a to la seria d iscu ssio ­n e di N a irn co n la p eren to ria osservazion e: « È p u ro an acro n ism o aspettarsi ch e a qu el te m p o (gli scozzesi) riven d icassero u n o stato

9Ibid., p. 87.I 0I1 d is in te g ra rs i d i tale sa ld a tu ra è sca n d ito d a lla su ccessio n e da Im p e ro

B rita n n ico a C om m onw ealth B rita n n ico , a C om m onw ealth, a ...?11T he Break-up o f Britain, pp. 106 e seguenti.

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in d ip e n d en te» 12. Se p en siam o p erò ch e B enjam in F ran ld in , che so t­toscrisse la D ich iarazio n e d ’in d ip e n d e n za am erican a, era n ato solo c in q u e anni p rim a d ello sco zzese D a v id H u m e , vien e d a sospettare ch e an acro n istico sia q u esto g iu d iz io 13. M i sem bra ch e p ro b lem i e

so lu zio n i stian o altrove.D ’altra p a rte c ’ è la ten d en za d a b u o n n azio n alista d i N a irn ,

ch e assum e la sua «Scozia» co m e un dato p rim o rd ia le e scontato. B lo ch ci ricord a la p ecu lia re gen ealogia d i qu esta «entità», o sservan ­d o ch e i s a c c h e g g i d e i d a n e s i e d i G u g lie lm o il C o n q u is ta to r e d is tru s s e ro p e r s e m p r e l ’e g e m o n ia c u ltu r a le d e l l ’a n g lo -s a s s o n e N o rth u m b ria setten trion ale, s im boleggiata d a lu m in ari co m e A lcu i-

n o e B e d a 14:

U n a p a r te d e lla z o n a s e t t e n t r io n a le f u s e p a ra ta p e r s e m p re d a ll’In g h ilt e r ra p ro p ria m e n te detta. Se p a rate d a lle a ltre p o p o la ­z io n i d i lin g u a a n g lo -sasson e d a g li in se d ia m e n ti d e i v ic h in g h i n e l­lo Y o rk s h ir e , le p ia n u re in t o rn o alla c itta d e lla n o rth u m b ria n a d i E d im b u rg o c a d d e ro sotto i l d o m in io d e i c a p i c e ltic i d e lle c o llin e . C o s ì la n ascita d e l re g n o b ilin g u e d i S co zia fu u n a sorta d i ro v e ­sc io d e lla m e d ag lia d e ll’in v a sio n e sca n d in a v a .

E S eto n -W atson , d a p arte sua, scrive ch e la lin g u a sco zzese 15:

si s v ilu p p ò d a lla fu sio n e d e l sassone e d e l fran cese, a n ch e se co n un m in o re peso del seco n d o e c o n u n m aggiore in flu sso d i fo n ti ce lti­ch e e s ca n d in a v e risp e tto a l S u d . Q u e sta lin g u a e ra p a rla ta n o n solo in S cozia , m a a nche n e ll’In g h ilte rra d e l n o rd . L o scozzese, o «ing lese del N o rd » , era p a rla to n e i trib u n a li sco zzesi e d alle classi so cia li p iù alte (ch e p o tevan o o m eno sapere a nch e il g a e lico ), co sì com e d a ll’in te ra p o p o la z io n e d e lle p ia n u re . F u la lin g u a dei poeti R o b e rt H e n ry s o n e W illia m D u n b a r. S arebbe p o tuta d ive n ta re u n a lin g u a le tte raria sep arata, se l ’ u n io n e d e lle co ro n e n e l 1603 n o n avesse fatto p re valere l ’inglese m e rid io n a le , in tro d u c e n d o lo nei tri­b u n a li, n e ll’a m m in istra zio n e e nelle c lassi p iù alte d e lla Scozia.

Il p u n to chiave è che, già n el p rim o ’700, gran p arte di quella ch e un g io rn o sarà im m agin ata co m e S co zia p arlava in glese e ch e, se a p p e-

ì2Som e reflexions, p. 5B In un lib ro significativam ente intitolato Inventing America: Jefferson’s Decla­

ration o f Indipendence (« In ve n ta n d o l ’A m erica: la D ic h ia ra zio n e d ’in d ip e n d en za d i Je ffe rso n »), G a ry W ills suggerisce che il pensiero n azio nalista d i Jefferso n sia stato fo n d am en talm en te p lasm ato n o n da L o c k e , m a d a H u m e , H u tc h e s o n , A d am Sm ith e altri rappresentanti deH’illu m in ism o scozzese.

14Feudal Society, I , p. 42.15Nations and States, pp . 30 -31.

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na a p p en a alfabetizzata, aveva im m ed iato accesso a ll’in glese stam p a­to. N e l ’700 q u in d i gli abitan ti d elle p ian u re d i lin g u a in glese colla- bo ra ro n o co n L o n d ra n ello sterm inare il G a e lta ch t (isole lin g u isti­c h e g a eh ch e ). In n essu n a d e lle d u e « a va n za te a setten trio n e» era p erse g u ita u n a co sc ien te p o litica a n g lic izzan te . In e n tra m b i i casi l ’a n g lic izz a z io n e fu e ssen zia lm en te u n s o tto p ro d o tto . C o m b in a te , p erò , a veva n o d a vv ero elim in ato - p rim a d e ll ’età d e l n azio n alism o - o g n i p o ss ib ilità d i u n m o v im en to n az io n a lista sco zz e se b a sa to su un a p ro p r ia lin g u a v o lg a re , s e c o n d o il m o d e llo e u ro p e o . P e rc h é allora n o n un n azio n alism o sul m o d e llo am erican o ? U n a p a rte della risposta è data d a llo stesso N a irn q u a n d o p arla d i u n a «m assiccia m igrazio n e cu lturale» verso S u d d alla m età d e l ’700 in p o i16. M a fu p iù d i una m igrazio n e culturale. I p o litic i sco zzesi si trasferiro n o a Su d p e r p artecip are alla vita p o litica , e gli u o m in i d ’affari sco zzesi e b b e ro lib ero accesso ai m ercati lo n d in esi. In effetti, in to ta le c o n ­trasto co n le T re d ic i co lo n ie (e, a u n live llo m in ore, co n l ’Irlan da), non v i erano ostacoli sulla strada di tutti q u esti p ellegrin i d iretti v e r­so il cen tro . (P en sate alla facilità d i m o vim en to verso la V ien n a del ’700 d eg li u n gh eresi in g ra d o di leg g e re la tin o e ted esco ). L ’in glese d o veva an co ra d iven tare una lin gu a «inglese».

L e stesse osservazion i p o sso n o essere fatte da un diverso p u n to di vista. E vero ch e nel ’600, p er la p rim a volta dalla disastrosa co n ­clusion e della gu erra dei C e n to A n n i, L o n d ra aveva ripreso ad assor­b ire territori oltrem are. M a lo «spirito» di tali con quiste era essenzial­m e n te a n c o ra q u e llo d e l l ’e tà p re -n a z io n a le . N ie n te lo c o n fe rm a m e glio d e l fatto ch e l ’«India» d iven n e «B ritan nica» so lo v e n t’anni d o p o l ’ascesa al tron o d i V ittoria. In altre p arole, sino a d o p o l ’am m u ­tinam ento dei S ep o ys del 18 57, l ’«India» fu governata d a un a ditta com m ercia le, n on da u n o stato, e ce rto n o n da u n o stato-nazione.

M a cam biam en ti erano n ell’aria. Q u a n d o la co n cessio n e della C o m p a g n ia d elle In d ie O rie n ta li d o vette essere rinnovata n el 18 13 , il P arlam en to stabilì un fin an ziam en to d i 100.000 ru pie l ’an n o p e r p r o ­m u o v e re l ’is tru z io n e d ei n ativi, sia « o rien ta le» ch e « o ccid e n ta le» . N e l 1823 fu istitu ito nel B engala un C o m ita to p e r l ’is tru zio n e p u b ­blica; e n el 1834, T h o m a s B a b in g to n M a ca u la y d iven n e p resid en te di q u esto co m itato . D ich ia ra n d o ch e «un so lo scaffa le d i u n a b u o n a b ib lio te ca eu ro p ea vale q u an to l ’in tera letteratu ra in d igen a d i In d ia e A ra b ia » 17, scrisse l ’anno seguente la sua notissim a Lettera su ll’educa­

i6T h e Break-up o f Britain, p. 123.I7P ossiam o essere s icu ri che questa presuntuosa, giovane, borghese versione

inglese d i U varo v n o n conosceva nem m eno m inim am ente la «letteratura nativa».

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zione. P iù fortun ato di Uvarov, le sue raccom and azioni eb b ero effetto im m ediato: ven n e in trodotto un sistem a educativo di stam po pretta­m en te inglese, che, co n le p aro le d i M acaulay, a vreb b e creato «una classe di p erson e, indiane nel sangue e nel colore, m a inglesi nel gusto, nelle opinioni, nella m orale e nell’intelletto»18. N e l 1836 scrisse19:

N e s su n h in d u ch e a b b ia ric e v u to u n ’e d u c a z io n e in g le se rim a n e m a i s in ce ra m e n te attaccato a lla sua re lig io n e . E m ia fe rm a c o n ­v in z io n e ch e (com e se m p re è stato) se i n o s tri m e to d i e d u ca tiv i s a ra n n o seg u iti, nel g iro d i tre n t ’a n n i n o n v i sarà u n so lo id o la tra n e lle c la ssi ris p e tta b ili d e l B engala.

V i è qui, a d ire il vero , un certo in g en u o ottim ism o , ch e ci ricord a q u e llo di F erm in a B o g o ta m e zzo seco lo prim a. M a l ’im p o rtan te è ch e ved iam o un a p o litica a lu n g o term in e (trent’an n i!), fo rm u la ta e p ersegu ita co n sap evo lm en te p e r trasform are «idolatri» n o n tan to in cristiani, q u an to in p erso n e cu ltu ralm en te inglesi, a d isp etto d e l lo ro irr im e d ia b ile c o lo re e san gu e. S ’in te n d e qu i u n a so rta d i fu s io n e «m en ta le» ch e , p arag o n a ta a q u ella fis ica d i F erm in , m o stra che, co m e m olte altre co se n e ll’età vittorian a, l ’im p erialism o fe ce en o rm i p ro gressi in fatto di sottig liezza. In o gn i caso, d a allora il m acaulay- sm o sarà p ersegu ito in tutto l ’Im p e ro , se p u re a ritm i d iversi20.

C o m e la russificazione, P an glicizzazion e o ffr i o ttim e o ccasio n i p e r l ’arm ata di ceti m edi m etropolitani (non ultim i gli scozzesi) - fu n ­zionari, m aestri di scuola, m ercanti e agricoltori - ch e ben p resto si sventagliarono su tutto quel vasto im p ero su cui n o n tram ontava m ai il sole. C ’era p e rò una n otevole d ifferen za tra gli im p eri retti d a San P ie tr o b u r g o e da L o n d r a . I p o ss e d im e n ti d e g li z a r re sta v a n o un d o m in io continentale «con tin uo», lim itato alle zon e tem p erate e ar­tich e d ell’Eurasia. V i si sarebbe p o tu to , p er esem p io, cam m in are da u n co n fin e a ll’altro. L e som iglianze lin gu istich e co n le p o p o la zio n i slave d e ll’E u ro p a O rie n ta le , e i leg am i storici, p o litic i, re ligio si ed eco n o m ici co n varie p o p o lazio n i non-slave, sign ificavan o che le b a r­riere sulla strada p e r San P ie tro b u rg o erano relativam en te p erm ea ­

l8V e d i D o n a l d E u g e n e S m i t h , India as a Secular State, pp. 3 3 7 -3 8 ; e P e r c i v a l

S p e a r , India, Pakistan and the W est, p. 16319SM im , India, p. 339 .20V e d i per esem pio l ’im p assib ile resoconto che R o ff fa d ella fondazione, nel

1905, del K u a la K an g sa r M alay C o lle g e che divenne sub ito noto, senza alcu n a iro n ia , com e « l’E to n malese». G iu s t i i precetti d i M acaulay, i s u o i studenti v e n i­van o scelti tra le «classi rispettabili», cioè l ’accondiscendente aristocrazia malese. M età dei p rim i interni erano diretti d isce n d e nti d i vari sultan i m alesi. W i l l i a m R .

R o f f , Th e Origins o f Malay Nationalism , p p . 100-105.

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bili21. L ’im p ero britann ico , in vece, era co m p o sto da un grap p o lo di possedim en ti p e r lo p iù trop icali, sparsi su tutti i continenti. S olo una m inim a parte dei p o p o li soggiogati avevano m ai avu to rapporti reli­

giosi, lin gu istici, cu ltu ra li, o p e rsin o p o lit ic i o e co n o m ic i di lu n ga durata co n la m adrepatria. M essi l ’u n o di fro n te all’altro n ell’anno del G iu b ile o , sem bravano un a di quelle co llezio n i d isordin ate di antichi m aestri assem blate in fretta d a m iliardari inglesi e am ericani p er p o i diventare solenni m usei d i stato.

L e co n se g u en ze so n o ben illustrate d a ll’am aro ren d ico n to d i B ip in C h a n d r a P a i, c h e , n e l 19 3 2 , u n s e c o lo d o p o la L ettera d i M acau lay, era an cora abb astan za arra b b ia to da scrivere ch e i fu n z io ­nari in d ian i22

n o n solo a ve v a n o su p e ra to u n esam e ug u a le a q u e llo d e i fu n z io ­n a ri b r it a n n ic i, m a a ve v a n o a n c h e p a ssa to g li a n n i m ig lio r i d e l p e r io d o f o r m a tiv o d e lla lo r o g io v in e z z a in In g h ilt e r r a . D o p o essere to rn a ti n e lla lo ro te rra natale, c o n tin u a v a n o a v iv e re n e llo stesso stile d e i lo ro fra te lli fu n z io n a ri, e s e g u iv a n o quasi religio­sam ente le lo ro c o n v e n z io n i s o c ia li e i lo ro c r ite r i e tic i. In q u e i g io r n i u n f u n z io n a r io n a to in In d i a e ra q u a s i c o m p le ta m e n te ta g lia to f u o r i d a lla so c ie tà d e i s u o i p a d r i [c o n fro n t a t e lo c o n i n o s tri c r e o li is p a n o -a m e ric a n i], e v iv e v a e la v o ra v a n e l l ’a tm o sfera tan to am ata d a i s u o i c o lle g h i b r it a n n ic i. N e l com portam ento era ing lese quanto qualsiasi ing lese nato in Inghilterra. P e r lu i era u n s a c rif ic io n o n c e rto p ic c o lo , p e rc h é c o s ì s i e stra n ia v a d e l tu tto d a lla sua società, e d iv e n ta va p e r essa u n p a ria so c ia le e m o rale... N ella stessa terra natale era straniero q u a n to i re s id e n ti e u ro p e i.

Q u e s to p e r q u a n to rig u ard a M acaulay. P iù grave era ch e questi stra­nieri n ella lo ro terra d ’o rig in e fo ssero co n d an n ati, n o n m en o fata l­m en te d e i creoli am erican i, a u n ’«irrazion ale», p erm an e n te su b o rd i­n a z io n e ai m aturrangos in glesi. P e r q u a n to fo sse a n g lic izz a to , u n P ai, era esclu so dai p iù alti ran ghi d e l Raj [il regim e in g lese in In dia, n. d. c.]. N o n so lo, m a gli ven iva im p ed ito di m u o versi a ll’estern o del suo p erim etro , p e r così d ire la tera lm en te (ad esem p io da H o n g K o n g alla C o s ta d e ll ’O r o ) e v e rtica lm en te (verso la m ad rep atria). E ra sì « d el tu tto estran iato dai suoi» , m a era co n d a n n a to a v ita a servire tra lo ro . (« C h i» esattam ente fo ssero loro variava p o i a seco n ­d a d elle co n q u iste in glesi nel su b -co n tin e n te 2}).

21L e p o p o la zio n i al di là degli U ra li erano tutta u n ’altra storia.22V e d i il suo M em ories o f M y L ife and Tim es, pp . 3 3 1 -3 2 . C o rs iv o m io.2,In effetti u ffic ia li in d ia n i fu ro n o usati in B irm an ia; ma fin o al 19 3 7, da un

p u n to d i vista am m inistrativo, la B irm a n ia faceva parte d e ll’In d ia britann ica. G l i

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V ed rem o p o i co m e l ’ufficial-nazionalism o abbia in flu ito sulla nascita dei nazionalism i asiatici e africani. P e r ora, basti d ire ch e l ’angliciz- zazio n e p ro d u sse centin aia di P ai in tutto il m o n d o . N ie n te p iù di q u e s to fe n o m e n o m o s tr a q u a n t o s ia a c u ta la c o n t r a d d iz io n e

fo n d am en ta le delTufficial-nazion alism o inglese, cio è l ’ incom patibilità a p rio ri d i im p ero e n azione. H o d etto «nazione» p e r u n m otivo , in quan to è sem pre allettante parlare di tali P a i in term in i d i razzism o.

N e ssu n o p o tr e b b e m ai n egare il carattere p ro fo n d a m e n te razzista d e ll’im p erialism o in glese d e ll’800. M a i P a i esistevan o a n ch e nelle co lo n ie bianche (A u stra lia, N u o v a Z e lan d a , C a n a d a e S u d A frica). M aestri di scu o la inglesi e scozzesi arrivarono an ch e q u i, e an ch e q u i l ’an glic izzazio n e fu un a p o litica cu lturale . M a p e r i P a i era ancora sbarrata la strada aperta agli scozzesi già nel ’700. A u stra lian i angli­cizzati n on lavo ravan o a D u b lin o o a M anch ester, né a O tta w a o a C ittà del C a p o . N é , fin o a p o c o tem p o fa, p o teva n o diven tare go v er­n a to ri gen era li a C a n b e rr a 24. L o p o te v a n o so lo « in g le si d ’ In g h il­terra», m em bri, cioè, di una sem i-clandestina n azio n e inglese.

T re anni p rim a ch e la C o m p a g n ia d elle In d ie O rie n ta li p e rd e s­se la sua riserva d i ca ccia indian a, il co m m o d o ro Perry, co n le sue n avi n ere, aveva p eren toriam en te a b b attu to le m u ra ch e p e r tan to tem p o avevano ten u to il G ia p p o n e in un iso lam en to auto-im posto . D o p o il 1854, la leg ittim ità d el B a k u fu (il regim e d e llo S h o g u n ato di T o gu k aw a) era rap id am en te m in ata d a ll’e v id en te im p o te n za d i fr o n ­te alla p en etrazio n e d e ll’O c c id e n te . S o tto il vessillo d e l S o n n o J oi (R iverire il sovran o, esp ellere i b a rb a ri) , un p ic c o lo g ru p p o d i sam u­rai di m ed ia estrazio n e sociale, p ro ven ien ti so p rattu tto d agli han d i Satsu m a e C h o sh u , riu scì in fin e a rovesciarlo n el 1868. T ra i m o tivi de l lo ro successo, v i fu u n ’in cred ib ilm en te rap ida fam iliarizzazion e, sp ecie d o p o il 1860, co n le n u o ve scien ze m ilitari o cc id en ta li, siste­m atizzate già n el 18 15 d a p ro fessio n isti ted esch i e fran cesi. F u ro n o qu in d i in grad o d i sfruttare 7.300 fu c ili m o d e rn i (p er lo p iù resid u a­ti della gu erra civ ile am erican a), co m p ra ti d a u n m e rca n te d ’arm i in ­glese25. « N e ll’uso d e lle arm i ... gli u o m in i di C h o s h u erano di una

in d ia n i prestarono serviz io in gradi su b o rdin ati, specie nelle forze d i p o lizia, in M alesia brita nn ica e a Singapore, ma com e «lo cali» o « im m igrati»; n o n potevano p e rciò essere «ri-trasferiti» n ella po lizia indian a. N otate ch e q u i l ’accento è posto sui fun zio n ari: un gran n um e ro d i m anovali, m ercanti e anche pro fession isti in ­d ia n i si spostarono nelle co lonie b rita n n ich e del sud-est asiatico, in A frica o rie n ­tale e m eridio n ale e pe rsin o nei C ara ib i.

24 A dire il vero, alla fine d e l regno d i E d o a rd o a lcu n i «b ian ch i co lon iali» m igra­ro no a L o n d ra e diven nero m em bri del parlam ento o gran di e d itori d i giornali.

25P ersonaggio chiave fu O m u ra M a su jiro (1824 -1869 ), i l «padre d e ll’esercito giapponese». Sam urai d i basso grado, co m in ciò la sua ca rrie ra stu dian do m e d ic i­

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tale m aestria che g li antich i m etodi d i co m b a ttim e n to eran o pratica- m en te in utili co n tro d i lo ro » 26.

U n a vo lta al p o tere , com u n qu e, i ribelli, ch e rico rd iam o o ggi co m e g li o lig a rch i di M eiji, sco p riro n o ch e la lo ro ab ilità m ilitare n o n g a r a n tiv a a u to m a t ic a m e n te u n a le g it t im it à p o li t ic a . S e il

« T en n o » (Im p e ra to re ) p o te v a e sse r ra p id a m e n te r is ta b ilito c o n l ’a b o liz io n e del B a k u fu , i barbari n on p o te v a n o essere esp u lsi così facilm en te27. L a s icu rezza geo p o litica del G ia p p o n e to rn ò a essere tan to fragile quan to lo era prim a del 1868. U n o dei m e to d i adottati p e r co n so lid a re la p o siz io n e in tern a d eg li o lig a rch i fu q u in d i una varian te d e ll’ufficial-n azion alism o d ella m età d el seco lo , m o d ella to p iu tto sto co n sa p ev o lm en te sulla G erm an ia -P ru ssia d eg li H o h e n zo l- lern. T ra il 1868 e il 18 7 1 , tutte le resid u e unità m ilitari lo ca li « feu ­dali» fu ro n o sciolte, d a n d o a T o k y o il m o n o p o lio cen tra lizza to della vio len za . N e l 1872, un decreto im p eriale o rd in ava che tu tti i m aschi adulti fo ssero a lfabetizzati. N e l 18 73, m o lto p rim a del R e g n o un ito, il G ia p p o n e in tro d u sse la co scrizio n e o b b ligatoria . In tan to il regim e liq u id a va i sam urai co m e classe sociale leg a lm en te d efin ita e p riv ile ­giata, un p asso essenziale non so lo p e r aprire (lentam en te) i grad i d e ll’esercito a tutti, m a anche p e r ad egu arsi alTorm ai « d isp on ib ile»

na da m a nu ali in lin g u a olandese. (F in o a l 1854 g li o landesi eran o g li u n ic i o cci­dentali a p o ter entrare in G ia p p o n e , e tale accesso era co m u nq ue lim itato essen­zialm e n te a ll ’ iso la d i D e sh im a , d a va n ti al p o rto d i N a g a sa k i). D ip lo m a to al T e k ijy u k u d i O saka, allora il m ig liore centro di studi d i lingua o landese d i tutto il G ia p p o n e , torn ò a casa p e r fare i l m edico, m a senza grande successo. N e l 1853 divenne istruttore d i cu ltu ra occidentale a U w ajim a, do po u n ’in c u rsio n e a N aga­saki dove studiò ingegneria navale. (Progettò e su p e rvisio n e la co stru zio n e della prim a nave a vap ore giapponese, b asan dosi su m a nu ali scritti). L a sua grande occasione si presentò d o p o l ’a rrivo d i P erry; si trasferì a E d o n el 18 56 p e r lavora­re com e istrutto re in q u ella che d iv e rrà l ’A ccadem ia m ilitare nazionale e nel mas­sim o centro di ricerca d e l B a k u fu per lo stu d io d i testi o ccidentali. L e sue tra d u ­zion i delle opere m ilita ri europee, specie delle in n o va zio n i strategiche e tattiche d i N apo leo n e, gli g a ran tiro n o fama e un in vito a C h o sh u nel 1860 p e r servire com e co n sigliere m ilitare. N e l 1864-65, pro vò l ’ im portanza dei su o i scritti se r­v en d o da com andante vitto rio so du ra n te la guerra c iv ile d i C h o sh u . In seguito divenne i l p rim o m in istro della guerra d e ll’era M e iji ed elaborò i progetti r iv o ­lu zio n a ri del regim e p e r l ’arruolam ento d i massa e l ’a b olizion e dei sam urai com e casta legale. P e r le sue m isure, fu ucciso da un sam urai offeso. A l b e r t M . C r a i g ,

Choshu in M e iji Restoration, specie pp . 2 0 2 -2 0 4 ,2 6 7-2 8 0 .26U n osservatore giapponese d i q u e l pe rio d o , citato in: E . H e r b e r t N o r m a n ,

Soldier and Peasant in Japan, p. 31 .27L o im p ara ro n o am aram ente d i persona. N e l 1862, una squad ra inglese rase

al suolo metà del p o rto Satsum a d i K agoshim a; nel 1864 u n ’un ità navale mista, com posta da am ericani, o lan desi e inglesi, d istrusse le fo rtifica zio n i costiere di C h o sh u presso Shim onoseki. J o h n M . M aki , Japanese M ilitarism , pp . 146-47.

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m o d e llo di nazione-di-cittad in i. I co n tad in i g ia p p o n esi ven n ero lib e ­rati dagli o b b ligh i del sistem a feu d ale han p e r essere sfruttati d ire t­tam en te da stato e p ro p rie tari terrieri28. N e l 1889, fu la vo lta d i una co stitu zio n e d i tip o p russian o e d e l suffragio un iversale m aschile.

In questa cam p agn a m eto d ica , gli uo m in i M eiji fu ro n o aiutati da tre fatto ri quasi casuali. Il p rim o fu la relativam en te alta o m o g e ­neità etn o -cu ltu rale dei g iap pon esi, risultato d ei d u e secoli e m ezzo d i iso lam ento e p acifica zio n e in tern a a o p era del B a k u fu . M e n tre il g ia p p o n ese p arlato a K yu sh u era p e r lo p iù in co m p ren sib ile a H o n ­shu, e an ch e tra E d o e T o k y o e tra K y o to e O sa k a v i erano n otevo li p ro b lem i di co m u n ica zio n e, il sistem a di scrittura id e o g ra fico di o ri­g in e cin ese era d a tem p o in uso in tutte le iso le, fa cilita n d o q u in d i lo

svilu p p o di u n ’a lfab etizzazio n e d i m assa attraverso scu o la e stam pa.Il seco n d o fatto re fu la singolare antichità della casata im p eriale (il G ia p p o n e è l ’u n ica n azion e la cui m o n arch ia è stata m o n o p o lizza ta d a una s in g o la d in astia p e r tu tta la sto ria c o n o s c iu ta 29) e la sua e m b lem atica «n ipp on icità» (al con trario d i B o rb o n i e A sb u rg o ), ch e rese d ecisam en te facile sfruttare la figu ra d e ll’Im p e ra to re a sco p i n a ­zionalistici. In terzo lu o g o , la p en etrazio n e d ei b a rb a ri fu a b b a sta n ­za im p rovvisa, m assiccia e m in accio sa p erch é la m a ggio r p arte della p o p o la z io n e p o litic a m e n te co sc ie n te si ra cco g lie sse a tto rn o a u n n u o v o p ro gram m a d i au to d ifesa co n cep ito n e i n u o v i term in i n a z io ­nali. V a so tto lin eato p erò ch e questa p o ssib ilità d ip ese d a l m o m en to della p en etrazio n e o ccid e n ta le , c io è in to rn o al 1860, in ve ce ch e , ad esem p io, nel 1760. O ra in fatti, n ella p o te n te E u ro p a , g ià d a m e zzo seco lo stava crescen d o la « co m u n ità n azion ale» , sia nella versio n e p o p o la re ch e in q u ella ufficiale. C o sì, l ’a u to d ifesa g ia p p o n ese fu fo r ­m ulata in a cco rd o a q u elle ch e sareb b ero d iven tate « n o rm e in te rn a ­zionali».

N o n osta n te le terribili sofferen ze im p oste ai co n tad in i dalla c r u ­d ele pression e fiscale n ecessaria a p agare u n ’in dustria lizzazion e b a sa ­ta sull’arm am ento, g li o ligarch i vinsero la lo ro scom m essa, in p arte grazie alla loro tenace determ inazione. F ortun ati p e r essere giu nti al p o tere in u n ’ep o ca in cui i con ti n um erati d i Z u rig o facevan o ancora p arte d i u n im p en sabile fu tu ro, n on fu ro n o tentati d i esp ortare fuori

2!i T u tto ciò rico rd a una d i quelle rifo rm e ottenute in P ru ssia do po i l 1810, in risposta a ll’appassionato a p pello d i B lù c h e r a B e rlin o : «D a te ci un esercito n azio ­n ale!» V a g t s , A History o f M ilitarism , p. 130; cfr. G o r d o n A . C r a i g , The P o li­cies o f the Prussian Arm y, cap. 2.

29Sono stato però inform ato da studiosi giapponesi che recenti scavi delle più antiche tombe reali fanno fortemente supporre che la fam iglia abbia avuto origini (o rro re !) coreane. I l governo giapponese ha scoraggiato ulteriori scavi in questi siti.

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dal G ia p p o n e il surplus derivato dalla riscossione d elle tasse. Turni- nati a govern are in u n ’era in cui la tecn o lo gia m ilitare avanzava a un passo relativam ente len to , fu ro n o in grad o, con la lo ro p o litica di co r­sa agli arm am enti, d i ren dere il G ia p p o n e una p o ten za m ilitare indi- p en d en te en tro la fine d e l secolo. G li sp ettacolari successi d ell’eserci­to di leva g ia p p o n ese co n tro la C in a nel 1894-95, della flo tta con tro la Russia degli Z a r nel 1905, oltre all’annessione d i T aiw an (1895) e d e l­la C o rea (19 10 ), tutti ab ilm en te enfatizzati tram ite scuole e giornali, fu ron o estrem am ente utili a creare l ’im pression e gen erale ch e l ’o ligar­chia con servatrice rap presentasse effettivam en te la n azio n e d i cu i i g iap po n esi co m in ciavan o a im m aginarsi cittadini.

C h e q u e sto n a z io n a lism o assu m esse u n a g g ressiv o ca ra ttere im perialista, an ch e al di fu o ri d a i c irco li do m in an ti, p u ò essere attri­b u ito a d u e fattori: il lu n g o iso lam en to d e l G ia p p o n e e la fo rza del m o d ello n azio n ale u fficiale . M a ru ya m a osserva acu tam en te ch e tutti i nazionalism i eu ro p ei sorsero nel co n testo di u n tra d izio n ale p lu ra ­lism o d i stati d in astici in teragen ti tra lo ro - co m e h o g ià ricord ato , l'u n iversa lism o e u ro p eo d e l latino n o n ha m ai avu to u n co rrisp etti­v o p olitico:

F in d a i s u o i in iz i la c o s c ie n z a n a z io n a le in E u r o p a re cò l ’ im ­p ro n ta d e lla c o scie n za d i u n a so cie tà in te rn a z io n a le . E r a e vid en te ch e o g n i d is p u ta tra stati s o v ra n i fosse in re altà u n c o n flitto tra i m e m b ri d i q u e s ta s o c ie tà in t e rn a z io n a le . P r o p r io p e r q u e s to m o tivo , la g u e rra h a o rm a i, d a G r o z io in p o i, o c c u p a to u n p o sto im p o rta n te e siste m a tico n elle le g g i in te rn a z io n a li30.

S eco li d i iso lam en to g ia p p o n ese sign ificavan o in ve ce c h e 31

e ra d e l tutto assente il senso d i p a rità n e g li a ffa ri in te rn a z io n a li. I s o s te n it o r i d e l l ’ e s p u ls io n e (d e i b a r b a r i) v e d e v a n o le re la z io n i in t e r n a z io n a li in t e r m in i d i g e r a r c h ia n a z io n a le b a s a ta s u lla su p re m a z ia d e i s u p e r io r i s u g li in fe r io r i. D i co n se g u e n z a , q u a n d o le prem esse d e lla g e ra rc h ia n a z io n a le fu ro n o tra sfe rite a lla sfera in te rn a z io n a le , l ’u n ic a a lte rn a tiv a f u c o n q u is ta re o essere c o n q u i­s ta ti. I n a sse n za d i q u a ls ia s i s u p e r io r e c r it e r io n o r m a t iv o p e r v a lu ta re le re la z io n i in te rn a z io n a li, la p o lit ic a d e lla fo rza è d e sti­nata a d iv e n ta re la rego la, e i l t im id o d ife n s iv ism o d i ie ri d iv e n ­terà lo sfre n a to e sp a n s io n is m o d i oggi.

50M a r u y a m a M a s a o , Thought and Behaviour in M od em Japanese Politics, p .

138.31Ibidem , pp. 139-40.

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S e co n d o fattore: i m o d elli p rin cip ali cui si isp irava l ’o ligarch ia M eiji eran o dinastie d ’E u ro p a ch e si stavan o auto-n aturalizzan do. P o ich é q u este dinastie si d efin ivan o in term in i v ie p p iù n azio n ali, p ro p rio m en tre esp an d evan o il lo ro p o te re fu o ri d a ll’E u ro p a , n o n so rp ren d e ch e questo m o d e llo fosse in terp retato in term ini d i im p erialism o 32. C o m e aveva d im o stra to la s p a rtiz io n e d e ll ’A fr ic a al co n g re sso di B e rlin o (1885), le gran d i n azio n i eran o co n q u ista to ri g lo b a li. E ra q u in d i p la u s ib i le d e d u r r e c h e , se v o le v a e s s e r e c o n s id e r a t o « g ra n d e » , il G ia p p o n e a v r e b b e d o v u to tra s fo r m a r e il T e n n o in Im p eratore e lanciarsi in avven tu re o ltrem are, a n ch e se, en trato ta r­d i n e l g io c o , a v e v a m o lto d a re c u p e ra re . P o c h i b ra n i m o s tra n o co m e queste co n vin zio n i co lp issero la co scien za d e lla p o p o la zio n e a lfa b e tiz za ta q u a n to la fo rm u la z io n e d e ll ’ id e o lo g o ra d ica l-n a z io - n alista e rivo luzion ario K ita Ik k i (18 8 4 -19 3 7), p u b b lica ta nella sua in flu e n tis s im a o p e ra N ik o n K a izo H o a n T a iko (« S ch e m a p e r la ricostru zio n e d el G ia p p o n e » ) d e l 19 2 4 33:

C o m e la lo tta d i classe a ll ’in te rn o d i u n a n a z io n e m ira a l r ie q u il i­b r io d e lle in e g u a g lia n ze , c o s ì la g u e rra tra le n a z io n i p e r u n a g iu ­sta causa r ifo rm e rà le p re se n ti in g iu ste d is t in z io n i. L ’im p e ro b r i­ta n n ic o è u n m ilia rd a rio c o n r ic c h e z z e su tu tto i l g lo b o ; la R u s s ia è u n g ra n d e p r o p r ie t a r io t e rr ie ro c h e o c c u p a g ra n p a rte d e lla m età s e tte n trio n a le d e l m o n d o . 11 G ia p p o n e , c o n le su e is o le fra sta g lia te , è i l p r o le t a r ia t o , e ha tu tto i l d ir it t o d i d ic h ia ra r e g u e rra a lle g ra n d i p o te n ze m o n o p o lis tic h e . I s o c ia lis t i d e ll’O c c i­d e nte si c o n tra d d ic o n o q u a n d o a m m etto n o i l d ir itt o alla lo tta d i classe da p a rte d e l p ro le ta ria to , e a llo stesso tem p o c o n d a n n a n o la g u e rra , m ossa d a u n a n a z io n e p ro le ta ria , co m e m ilita ris m o e a ggre ssio n e ... Se è a cce tta b ile ch e le c la ss i la v o ra tr ic i s i u n isc a n o p e r a b b a tte re c o n u n b a g n o d i san gu e u n in g iu s t o d o m in io , si d o v re b b e a llo ra in c o n d iz io n a ta m e n te a p p ro v a re il G ia p p o n e ch e raffo rza il suo e se rcito e la su a m a rin a e co m b a tte p e r m o d ific a re fro n tie re in te rn a z io n a li in g iu ste . N e l n o m e d i u n a ra z io n a le d e ­m o cra zia so c ia le , i l G ia p p o n e re cla m a i l p o sse sso d e ll ’A u s tra lia e d e lla S ib e ria o rie n ta le .

R e s ta s o lo d a a g g iu n g e r e c h e d o p o il ’900, m e n tr e l ’ im p e r o si esp andeva, veniva p ersegu ita di p ro p o sito co m e p o litica di stato una n ip p o n izzazio n e «alla M acau lay». N e g li anni tra le d u e gu erre, co rea ­ni, taiw anesi, m anciù , e, d o p o lo sco p p io della guerra nel P a cifico ,

,2S fo rtun atam ente, l ’u n ic a po ten za a lte rn a tiva a gli stati dinastici u ffic ia l- n a z io n a listi ( l ’Im p e ro A u s tro -U n g a ric o ) n o n aveva u n a s ig n ifica tiv a presenza n e ll’estrem o O riente.

33T r a d o t t o e c i t a t o in T h e D ouble Patriots, d i R i c h a r d S t o r r y , a p . 3 8 .

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birm ani, indonesiani e filippini fu ron o sottoposti a p o litich e p e r cui il m od ello eu ro p eo era p ratica consolidata. E , p ro p rio co m e avveniva n ell’im p ero britan n ico , a un coreano, a u n filip p in o, a un birm an o, p er quanto n ip p o n izzato , era assolutam ente p reclu so l ’ingresso nella m etropoli. P o teva parlare e leggere p erfettam en te il g iap pon ese, m a n on avrebbe m ai p resied u to una p refettu ra sull’isola d i H o n sh u , né sareb b e m ai stato assegnato fu o ri dalla sua zon a d ’origine.

C o n sid e ra ti qu esti tre d iversi casi d i u fficial-n azion alism o, è im p o r­tan te p recisare ch e ta le m o d e llo p o te v a essere p ersegu ito an ch e da stati ch e n o n a v e v a n o serie p re te se d i p o te re , m a in cu i le classi d o m in an ti si sen tivano im p ro vvisam en te m in acciate d a l d iffon d ersi d i im m agin ate co m u n ità nazionali. P u ò essere utile u n p arag o n e tra d u e d i questi stati, il S iam e l ’U n gh eria austro-un garica.

C o e v o al M eiji, il lu n g o regn o d i C h u la lo n g k o rn (18 6 8 -19 10 ) fu caratterizzato da un a strenua d ifesa del suo stato co n tro l ’e sp a n ­sio n is m o o cc id e n ta le , in u n o stile b e n d iv erso d a q u e llo d e i suoi d ir im p etta i g ia p p o n esi34. S o ffo ca to tra In d o n esia fra n cese e B irm a ­n ia e M a lesia b rita n n ich e , il so vran o d e l Siam si d e d icò a u n ’acco rta p o litica d i m a n ip o lazio n e , p iù ch e a forn irsi di un a p o te n te m a cch i­n a d a gu erra. (U n m in istero della gu erra n o n fu creato fin o al 1894). L e sue fo rz e arm ate rico rd a va n o m o lto qu elle d ell’E u r o p a del ’700, e d era n o co stitu ite da un a variegata schiera d i m ercen ari e tributari v ie tn a m iti, khm er, laotiani, m alesi e cinesi. N é ve n n e fatto m o lto p er im p o r r e u n u ffic ia l-n a z io n a lis m o a ttra v erso u n m o d e rn o sistem a sco la stico . L ’is tru zio n e e lem en tare n o n d iv en n e o b b lig a to ria se n on d ie c i an n i d o p o la sua m o rte , e la p rim a un iversità del p a e se n o n fu a p e rta se n o n n el 1 9 1 7 , q u a ra n t’anni d o p o la fo n d a zio n e d e ll’U n i­v e rsità Im p eria le di T o k y o . E p p u re C h u la lo n g k o rn si ve d e v a co m e u n m o d e rn izza to re . I su o i m o d e lli p rin cip a li n o n era n o p erò n é il R e g n o u n ito n é la G e rm a n ia , m a i beam tenstaaten co lo n ia li d e lle In d ie o rien ta li o lan d esi, la M alesia b ritan n ica e il Raj35. Im itare q u e ­sti m o d e lli s ign ificò razion alizzare e cen tra lizzare il g o v e rn o reale, e lim in a r e i tra d iz io n a li sta tere lli tr ib u ta r i se m i-a u to n o m i, e p r o ­m u o v e r e u n o s v ilu p p o e c o n o m ic o su lin e e v a g a m e n te co lo n ia li.

,4L a seguente sezione è una versio n e condensata d i parte del m io «Studies o f th e T h a i State: the State o f T h a i Studies», in The State o f Thai Studies, a cu ra di E l j e /.er B. A y a l .

35B a ttye spiega bene com e le visite d el giovane m onarca a Batavia e a Singa­p o re n e l 1 8 7 0 , e in In d ia nel 1872 servissero a, con le stesse parole d i C h u la ­lo n g k o r n , «selezionare m o d e lli n o n perico lo si». V e d i: T h e Military, Governm ent a n d S o cie ty in Siam, 1868-1910, p. 118.

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L’esem p io p iù evid en te - ch e a m o d o suo p resagisce l ’A ra b ia S a u d i­ta co n tem p o ran ea - fu il suo in co raggiam en to a u n ’im m igrazio n e d i m assa d i g io van i e sca p o li m aschi stranieri, p e r co stitu ire la fo rza lavo ro d isorientata e p o liticam en te im p o ten te n ecessaria p e r co stru i­re p o rti, ferro v ie , ca n a li ed e sp a n d e re l ’ a g rico ltu ra co m m e rcia le .

L ’in gresso d i q u e sti G astarbeiter fu fa c ilita to d a lle p o lit ic h e d e lle autorità di B atavia [oggi Jakarta, n. d. c.] e d i S in gap o re. E , co m e n el caso d e lle In d ie o la n d e si e d e lla M a le s ia b rita n n ica , d u ran te l ’800 la m aggio r p arte dei lavo rato ri im m igrati p ro ven iva dalla C in a sud-orientale. D a n otare ch e questa p o litica n o n creò al so vran o né a lcu n o scru p o lo p erso n ale , n é a lcu n a d iffico ltà p o litica , o a lm en o n o n p iù d i q u e lle c h e e b b e ro i g o v e rn a n ti co lo n ia li su cu i si era basato . In effetti un a tale p o litica era adatta a b re v e term in e p e r u n o stato dinastico co m e il Siam , p erch é creava u n a classe o p eraia im p o ­tente, «esterna»alla società th ailan d ese e lasciava qu esta so cietà la r­gam en te «indisturbata».

W ach iraw ut, suo figlio e successore (r. 19 10 -19 2 5 ), dovette rac­cogliere i co cci, e ispirarsi questa vo lta ai regnanti europei. A n c h e se (e p oiché) ed u ca to nella tarda Inghilterra vittoriana, si defin ì co m e «il p rim o nazionalista» del suo p aese36. B ersaglio del suo nazionalism o n on fu p erò né il R egn o un ito, ch e con trollava il 9 0 % del co m m ercio del Siam , né la Fran cia, ch e aveva app en a o ccu p a to le zon e p iù orien ­tali d e ll’antico regno: erano in vece i cinesi ch e suo p a d re aveva da p o c o così superficialm ente accolto . L o stile della sua cam p agn a an ti­cinese è suggerito dai titoli di d u e dei suoi p iù fam osi opuscoli: G li ebrei d ’O riente (19 14 ) e B astoni nelle nostre ruote (19 15 ).

P e rc h é il cam b iam en to ? C e rto e b b e ro la lo ro p arte gli eventi d r a m m a t ic i a v v e n u t i im m e d ia t a m e n t e p r im a e d o p o la s u a in co ro n a zio n e n el n o v e m b re d e l 19 10 . N e l g iu g n o p re ce d e n te , la p o liz ia d o v e tte in te rv e n ire p e r re p rim e re u n o s c io p e ro g e n e ra le o rg an izza to dai cin esi d i B a n g k o k , m ercan ti (figli ram p an ti dei p r i­m i im m igrati) e lavoratori, ch e segnò il lo ro in gresso nella vita p o liti­ca del Siam 37. L ’ann o d o p o il C e leste im p ero d i P e ch in o fu sp azzato

3<s« L ’ispirazio ne p e r il program m a nazionalista d i V a jira v u d h [W a c h ira w u t] ven iva soprattutto dalla G ra n Bretagna, la nazione occidentale che V a jira v u d h co n o sceva m eglio, a q u e l tem p o u n a n a z io n e in p ie n o fe rv o re im p e ria lista » . W a u t r F . V e l l a , Chayio! K in g Vajiravudh and the D evelopm ent o f Thai Natio­nalism, p. x iv. V e d i a nche pp. 6 e 67-68.

37L o scio pero fu occasionato d a lla d ecision e del governo d i esigere dai cinesi la stessa tassa pro capite che pagavano i nativi thai. F in o ad allora era stata infe­rio re per incentivare l ’im m igrazione. V e d i: B e v a r s D ., M a b r y , T h e D evelopm ent o f Labor Institutions in Thailand , p. 38. (L o sfruttam en to dei cin esi avveniva soprattutto nelle p ian tag io n i d ’o p p io ).

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via da u n etero g en eo assortim en to d i gru p p i tra cu i n on m an cavan oi m ercanti. «Il C in ese» co m in ciò q u in d i ad ap p arire il n u n zio di un repubblicanesim o p o p o la re ch e m in a cc ia v a i p r in c ìp i d in astici. In s e co n d o lu o g o , co m e su gg erisco n o i term in i «ebrei» e « O rien te» , l ’a n g lic izza to so vran o a ve va assim ilato il p e c u lia re ra zzism o d e lla classe do m in an te inglese. P e r d i p iù , W a ch iraw u t era u n a sorta d i « B o rb o n e A siatico » . In u n ’era p re-n azio n ale , i su o i antenati a ve va ­n o spesso p reso co m e m o g li o co n cu b in e 58 attraenti ra ga zze cinesi, co n il risultato ch e, a rig o r d i M e n d e l, egli stesso aveva p iù san gue cin ese ch e thai. E c c o p erc iò un o ttim o esem p io d i u fficial-n azion ali- sm o , u n a strategia an tic ip atrice ad o tta ta d a g ru p p i d o m in an ti ch e te m o n o di essere e m argin ati o esc lu si da u n ’e m erg e n te co m u n ità im m a g in a ta n a z io n a le . S u p e r f lu o s o tto lin e a r e c h e W a c h ir a w u t co m in ciò an ch e a sp in gere su tutti i tasti d e ll’u fficial-n azion alism o: istru zio n e elem en tare o b b lig a to ria co n tro llata d a llo stato, p ro p a g a n ­d a d i regim e, re v isio n e d e lla sto ria scritta, m ilitarism o (in q u e sto ca so p iù la sua a p p a ren za ch e la su a sostanza), e co n tin u e a fferm a­zio n i d e ll’id en tità d in astica e n azio n a le39.

L o sv ilu p p o d e l n azio n alism o u n gh erese n ell’800 m o stra in m o d o d iverso l ’im p ro n ta del m o d e llo «ufficiale». A b b ia m o già fatto n otare la fu r io sa o p p o s iz io n e , n e lla s e co n d a m età d e l ’700, d e lla n o b iltà m agiara di lingua latina al ten tativo d i G iu s e p p e II d i ren dere il te d e ­sco l ’un ica lingua d i stato. G li strati p iù favoriti d i questa classe tem e ­v a n o d i p e rd e re le lo ro sin ecu re so tto u n a snella am m in istrazion e centralizzata, dom in ata da b u ro cra ti im periali tedeschi. I grad ini in fe ­riori erano spaventati all’id ea di p erd ere le lo ro esenzioni dalle tasse e d a l servizio m ilitare o b b liga to rio , così co m e il co n tro llo su servi della g le b a e co n te e rurali. A c c a n to alla d ifesa d e l la tin o , co n un certo o p p o rtu n ism o era p e rò p ro p a g a n d a to an ch e il m a gia ro « p erch é a lu n g o term ine u n ’am m inistrazion e m agiara sem brava l ’u n ica a lterna­tiva p raticab ile a una tedesca» 40. S a rd o n ico B éla G ru n w a ld fa n otare

38P e r dettagli genealogici v e d i il m io «Studies o f the T h a i State», p. 214 .,9E g li co n iò anche lo slogan Chat, Sasana, Kasat (N azion e, R elig io n e, M o n a r­

ca ) che è stato il r ito rn e llo dei regim i d i destra del Siam n e ll’u ltim o qu arto di secolo. Q u i a ppaio n o in o rd in e in vertito l ’autocrazia, l ’orto dossia e la nazionalità d i U varov.

4!,I g n o t u s , Hungary, pp. 47-48. Q u in d i, n el 1820, la Tiger im Schlafrock (tigre in cam icia da notte), l’ im peratore F ran cesco I I , fece u n ’ottim a figura co n il suo disco rso in latino ai m agnati ungheresi r iu n it i a Pest. N e l 1825 però, il conte Ist- van Széchenyi, radical-rom an tico e grand seigneur, «sco n certò i su o i com pagni n o ta b ili» della D ieta rivo lgen do si ad essi in m agiaro! J a s z i , The D issolution , p. 80; Ig n o t u s , Hungary, p. 51.

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che «le stesse con tee che (protestando co n tro il d ecreto dell’Im p e ra ­tore) so tto lin eavan o la p o ssib ilità d i u n ’am m in istra zio n e d i lin g u a m agiara, n e d ich ia ra ro n o l ’im p o ssib ilità n el 1 8 1 1 , 27 anni d o p o » . A n co ra d o p o d u e decenni, in una co n tea un gh erese m olto «naziona­lista » si disse che « l’in troduzion e del lin gu aggio m agiaro m etterebbe in p erico lo la nostra costitu zion e e i nostri interessi»41. F u solo in to r­n o al 1840 che la n obiltà m agiara - un a classe d i circa 136.000 p e rso ­ne che m on op o lizzavan o i diritti territoriali e p o litici d i un p aese di11 m ilioni di abitanti42 - e b b e davvero a cu o re la m agiarizzazion e, e solo p er evitare la p ro p ria em argin azione storica.

A llo stesso te m p o una crescen te a lfab etizzazio n e (nel 1869 un terzo della p o p o la z io n e adulta sap eva leg ge re e scrivere), la d if fu ­sione d el m agiaro stam pato, e la nascita d i un a lim itata, m a energica, classe co lta liberale, stim olaron o un n azio n alism o u n gh erese popola­re assai d iv erso da q u e llo nobiliare. Q u e s to n azio n alism o p o p o la re , s im b o le g g ia to p e r le g e n era z io n i fu tu r e d a L a jo s K o s s u th (1802- 1894), e b b e il suo m o m en to d i gloria co n la r iv o lu zio n e del 1848. Il reg im e riv o lu z io n a rio n o n so lo fe ce p ia z za p u lita d e i g o v ern a to ri n om in ati da V ien n a, m a so p p resse anch e la feu d a le D ie ta delle p r o ­v in ce n ob ili, in teo ria p ro to -m ag iara, ed e m an ò rifo rm e p e r p o rre fin e alla servitù d e lla gleb a e a ll’esen zio n e d elle tasse p e r i n ob ili, e p e r rid u rre d rasticam en te l ’ in alien ab ilità dei p atrim o n i. In o ltre fu d e c iso ch e tu tti g li in d iv id u i d i lin g u a u n g h e re s e sa re b b e ro stati d ’ora in p o i un gh eresi (co m e fin o a q u e l m o m e n to eran o stati so lo i p r iv ile g ia t i) , e c h e tu tt i g li u n g h e r e s i a v r e b b e r o p a r la to lin g u a m agiara (ch e in vece fin o ad allora solo un a parte d e i m agiari p a r la ­v a ). C o m e c o m m e n ta se c c a m e n te Ig n o tu s , « p e r g li s ta n d a rd d e l te m p o (che avevan o visto n ascere le stelle ge m e lle d e l lib eralism o e d e l n a z io n a lism o ), la ‘ n a z io n e ’ e ra g iu stif ic a ta n e l sen tirs i e s tr e ­m a m en te ge n ero sa q u a n d o ‘a m m ettev a ’ i co n ta d in i m agiari sen za d is c r im in a z io n i sa lv o ch e p e r la p r o p r ie tà 43; a c e r te c o n d iz io n i

4lC itazion e d al suo The O ld Hungary (1 9 1 0 ); traduzio ne in inglese in: J a s z i ,

The D issolution, pp. 7 0 - 7 1 . G ru n w a ld ( 1 8 3 9 - 1 8 9 1 ) fu u n ’interessante e tragica figura. N ato da una fam iglia di o rig in i sassoni naturalizzata m agiara, fu un ottim o am m inistratore e uno dei p rim i socio lo gi ungheresi. L a p u b b lica zio n e di una sua ricerca che dim ostrava com e le fam ose p ro vin ce , co n tro llate d a lla p icco la n ob iltà m agiara, fossero in realtà dei v e ri e p ro p ri parassiti p e r la n azione, pro vocò una selvaggia cam pagna d i d iscre d ito . F u g g ì a P a rig i do ve si s u ic id ò n ella Senna. I g n o t u s , Hungary, pp . 1 0 8 - 1 0 9 .

42J à s z i , The Dissolution, p . 2 9 9 .

‘,511 regime d i K o ssuth istituì il suffragio dei m aschi adulti, m a i re quisiti censi- tari erano così alti che ben poche persone erano in m isu ra d i votare.

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d iv en n e ro m agiari an ch e i cristiani n on-m agiari; e alla fin e anch e gli eb rei, p u r se co n u n a certa rilu ttanza e co n v e n t’ann i d i ritardo»44. L a p o siz io n e p erso n a le d i K o ssu th , n e i suoi vani n eg o z ia ti co n i le a ­d e r d e lle v a r ie m in o ra n z e n o n -m a g ia re , era c h e e sse a v r e b b e ro d o v u to avere g li stessi d iritti civili d e i m agiari, m a che, m an can d o di u n a p ro p ria «p erson alità storica» , n o n p o te va n o fo rm a re un a p ro ­p ria n azio n e . O g g i u n a ta le p o siz io n e p u ò sem brare di un a sc io c­ch e zza arrogan te, m a ap p a rirà in u n a lu ce m igliore se si p en sa ch e il b rilla n te e g io v an e p o e ta rad ical-n azion alista S à n d o r P e tò fi (1823- 1849), u n o dei p ro tag o n isti del 1848, un a volta si riferì alle m in o ­ranze co m e a « u lcere sul c o rp o della m adrep atria» 45.

D o p o la rep ression e d e l regim e rivoluzion ario a o p era d e lle ar­m ate zariste n ell’agosto d e l 1849, K o ssu th partì p e r un esilio a vita. V i fu ro n o qu in d i le co n d izio n i p e r un a nazionalism o m agiaro «uffi­ciale», im p erson ato dal regim e reazion ario del co n te K alm an T isza (r. 18 75-1890 ) e d i su o fig lio Istvan (r. 1903-1906). S o n o m o lto in teres­santi le ragioni d i q u esto revival. T ra il 1850 e il 18 59, l ’autoritario, b u ro cra tico go v ern o d i A le x a n d e r B a ch a V ien n a c o m b in ò una dura rep ressio n e p o litica co n una ferm a attu azion e d e lle riv en d ica zio n i sociali ed eco n o m ich e dei rivoluzion ari del 1848 (in p artico lare abolì la servitù della g leb a e l ’esenzione fiscale dei nobili) e co n la p ro m o ­zio n e delle co m u n ica zio n i m o d ern e e della gran d e im p resa capitali­sta46. P rivati di m o lti p riv ilegi feu d ali e della lo ro sicu rezza, in cap aci d i c o m p e te re e c o n o m ic a m e n te c o n i g ra n d i la tifo n d isti e co n g li en ergici im p ren d ito ri tedeschi e ebrei, i m ed i e p icco li n o b ili m agiari scivo laro n o in u n o stato di sign orotti rurali arrabbiati e spaventati.

L a fo rtu n a stava p e r ò d a lla lo ro p arte . L ’u m ilia n te sco n fitta su b ita dalle arm ate p russian e sul ca m p o di K o n iggratz n el 1866 c o ­strin se il g o v e rn o v ie n n e se ad a cce tta re l ’ is titu zio n e d e lla d o p p ia m o n a rch ia co n Y A n sg leich (C o m p ro m esso ) del 18 6 7. D a a llo ra il regn o d ’U n gh eria g o d e tte d i un a n o te vo le au to n o m ia n ella gestion e d e i su o i affari in tern i. I p rim i b e n e fic ia ri àé&’A u sg leich fu ro n o u n g ru p p o d i aristocratici e di co lti p ro fessio n isti lib era li m agiari. N e l 1868, il go vern o d i un c o lto m agn ate, il co n te G y u la A n drassy, p ro ­m osse un a L e g g e sulle N a zio n alità ch e garantì alle m in o ra n ze n o n ­m agiare «ogn i d iritto ch e avevan o, o ch e a vreb b e ro p o tu to rivendi-

4' I ( . n c h s , Hungary, p. 56.45Ibidem , p. 59.‘"’Ig n o tu s osserva che, p e r la p e rd ita dei lo ro p riv ile g i, B a ch o ffrì ai n o b ili

co m pen sazion i fin an ziarie, «pro b a b ilm e n te né p iù né m eno d i quanto avrebbero ricevu to da K ossuth» (pp. 64-65).

Ili

care, trann e quello di trasform are l ’U n gh eria in u n a fed erazio n e» 47. M a l ’ascesa a p rim o m inistro di T isza n el 18 75 aprì u n ’era in cu i la reazion aria n ob iltà rurale, relativam en te lib era da lle in terferen ze di V ien n a, riacqu istò la sue p osizioni.

In ca m p o eco n o m ico , il regim e d i T isza d ie d e m an o libera ai gran d i m agn ati agrari, m a il p o tere p o litico era m o n o p o lizza to dalla n ob iltà48. In fatti, p e r chi aveva p erso la terra restava un solo m o d o p e r gu adagn arsi da vivere: la rete am m inistrativa d ei go vern i n a z io ­n ale e lo cali, e l ’esercito . L ì, l ’U n gh eria aveva b iso g n o d i un p e rso ­n ale sm isurato; o p er lo m en o co sì sem brava. M e tà d e l p aese co n si­

steva d i «n azionalità» da ten ere a bad a. M a n te n e re un a schiera di m agistrati a ffid a b ili e m agiari ch e le co n tro llassero era, così si d i­ceva, un p re zzo b e n m o d esto p e r gli interessi nazionali. TI p ro b lem a d elle d iverse nazionalità era una m anna; fo rn iva u n alibi al p ro lifera ­re di privilegi.

C o sì, «i m agn ati m an ten n ero in d ivise le lo ro p ro p rie tà ; la n o b iltà m an ten n e in d ivise le sue carich e» 49. E c c o la b a se sociale p e r la sp ie ­tata p o litica d i m agiarizzazio n e fo rza ta ch e, d o p o il 18 75 , p riv ò la L e g g e sulle N azio n alità d i qualsiasi valore. Il restrin gim ento legale del su ffragio , il p ro liferare di m a n ip o lazio n i e lettorali, e un o rg an iz­zato b a n d itism o p o litico n elle aree rurali50 co n so lid a ro n o sim ulta­n e a m e n te il p o te r e d i T is z a e d e lla su a b a s e e le tto ra le , e s o tto ­lin earo n o il carattere «ufficia le» d e l lo ro n azionalism o.

Jàszi fa n otare co m e la m agia rizza zio n e d i fin e ’800 ricord i «la p o litica d e lla R u ssia zarista ve rso p o la c c h i, fin la n d e si e ru ten i; la p o l i t i c a d e l la P r u s s ia v e r s o p o l a c c h i e d a n e s i ; e la p o l i t i c a d e ll’In gh ilterra feu d ale verso gli irlan desi» 51. Il n esso tra reazion e e u ff ic ia l-n a z io n a lis m o è b e n i l lu s tr a to d a q u e s ti fatti: m e n tre la m agiarizzazio n e lin gu istica fu un e lem en to ch iave della p o litica del regim e, p rim a del 1890 era ru m en o solo il 2 % dei fu n zio n ari d elle am m inistrazion i lo ca li e centrali, n on o stan te i ru m en i fossero il 20%

47Ibidem , p. 74.48C om e risultato, il n um e ro d i p ro p rie tà in a lie n a b ili trip lic ò tra i l 1867 e il

1918. Se si in c lu d o n o i possedim enti ecclesiastici, nel 1 9 18 p iù di un terzo d i tut­ta la terra in U n gh eria era p ro p rietà p rivata inalienabile. A n ch e capitalisti tede­sch i e d e b rei se la cavarono niente m ale sotto il governo Tisza.

AV b id ., pp. 81 e 82.,0I 1 b and itism o fu per lo p iù opera dei fam igerati pandoor, reparti d e ll’esercito

m essi a d ispo sizion e degli am m inistratori lo c a li e sch ierati com e violenta p o lizia rurale.

51J a s z i , The Dissolution, p. 334.

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della p o p o la zio n e , e « p erfin o q u esto 2% era im p iegato ai live lli p iù b assi»52 D ’altra p arte, p rim a della p rim a gu erra m o n d iale , nel p arla ­m en to u n gh erese n on vi era n em m en o u n rap p resen tan te della clas­se o p eraia o dei b ra ccia n ti (la gran m aggio ran za della p o p o la zio n e) e , su 4 13 p arlam en tari, so lo 8 eran o ro m en i o slo vacch i, in u n paese in cu i so lo il 5 4 % della p o p o la zio n e p arlava il m agiaro co m e m a d re ­lin gu a» 53. N o n stu p isce d u n q u e che, q u a n d o le tru p p e m an d ate da V ien n a cerca ro n o d i sciogliere il p arlam en to nel 1906, «n on un solo assem bram en to d i fo lla , n o n un solo m an ifesto , né un so lo p ro cla m a d i p o p o lo si lev ò co n tro la n u o va e p o ca d i «assolutism o viennese». A l co n trario , le m asse lavo ratrici e le varie n azio n alità gu ard aro n o c o n m a lizio sa so d d is fa z io n e a ll’im p o te n te b a tta g lia d e ll ’o liga rch ia n azio n ale» 54.

I l tr io n fo d e ll ’u ffic ia l-n a zio n a lism o d ella rea zio n aria n o b iltà m agiara n egli anni d o p o il 18 75, n on p u ò co m u n q u e essere spiegato sem p lice m en te co n il p o te re p o litic o d i q u e sto g ru p p o , n é co n la lib ertà d i m an o vra ch e aveva ered itato d a ll’A u sg le ich . Il fatto è che fin o al 190 6 la corte d eg li A sb u rg o n on si sentì in g ra d o d i schierarsi co n tro u n re g im e ch e p e r certi a sp e tti rim an ev a u n o d e i p ilastri d e ll’Im p ero . S o p ra ttu tto , la d inastia fu in cap a ce d ’im p o rre u n p r o ­p rio e ffic a c e u ffic ia l-n azio n alism o . N o n so lo p e rc h é il reg im e era, co n le p a ro le d e ll’em in en te socialista V ik to r A d ler, «A b so lu tism m g e m ild e r t d u r c h S c h la m p e r e i ( a s s o lu t i s m o m o d e r a t o d a l la slo ven ità)» 55. In ritard o su c iò ch e a cca d ev a a ltro ve , la d in astia si

52S econdo i ca lco li di L a j o s M o c s a r y (Som e W ords on the Nationality Pro­blem , 1886), citato in: ibid., pp. 3 3 1 -3 3 2 . M o csary (1826 -1916 ) aveva organizzato un p icc o lo P artito in dipen den tista n el parlam ento ungherese, p e r lottare per le idee di K o ssu th , in partico lare sulla questione delle m inoranze. I suo i disco rsi, in cu i denu n ciava le evidenti v io la zio n i di T izsa alla legge delle nazionalità del 1868, gli valse ro prim a l ’esclu sion e dal parlam ento, e p o i l ’e sp ulsion e d a l suo stesso partito. N e l 1888 venne rieletto in parlam ento da una c irco sc riz io n i p e r lo p iù rum ena e d iven ne una specie d i pariah p o litico . I g n o t u s , Hungary, p. 109.

53J a s z i , T h e D issolution, p. 334.54Ìb id em , p. 36 2. F in o al ’9 00 questa « o lig a rch ia n azio n ale» era d i d u b b ia

qualità. Jà s z i racconta la d iverten te storia d i u n co rrisp o n d e n te d i u n fam oso qu o tid ian o ungherese che, durante la prim a guerra m ondiale, aveva intervistato un u ffic ia le ferito, destinato a diventare dittatore reazionario d e ll’U n g h eria tra le due guerre. H o rt y era in dign ato per com e l ’a rtico lo descriveva i s u o i p en sieri «che vo lan o verso la m adrepatria ungherese, casa degli antenati». «R ico rd a », d is­se «che se il m io generale in capo si trova a Baden, lì è la mia m a d re p a tria !» The Dissolution, p. 142..

55Ib id ., p. 165. « N e l b u o n tem p o a n tic o , q u a n d o c ’era a n c o ra l ’Im p e ro austriaco, s i poteva scendere d al treno d el tem po, salire su un treno com une, d ’una fe rro v ia co m u ne, e rito rn a re in patria... N a tu ra lm e n te su q u e lle strade

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aggrap p ò a co n cetti orm ai superati. « N el suo m isticism o religioso, ogn i A sb u rg o si sentiva un ito da u n legam e sp ecia le co n la divinità, u n esecu to re d el v o le re d ivino. Q u e s to sp iega il lo ro atteggiam ento senza scru p o li n el m ezzo delle catastrofi storiche, e la lo ro p ro v e r­b ia le in g r a t i t u d in e . D e r D a n k v o m H a u s e H a b s b u r g d iv e n n e u n ’esp ression e p ro verb iale» 56. In o ltre , l ’acuta g e lo sia nei co n fro n ti d ella P russia d egli H o h en zo llern , che si lib erò sem p re p iù dai le g a ­m i co n il S acro R o m an o Im p ero e si trasform ò in G erm an ia , p o rtò la d in astia ad in sistere su llo s p le n d id o « p a tr io ttism o p e r m e» di F ra n cesco II.

E cu rio so n otare co m e nei suoi u ltim i g io rn i la d inastia si s c o ­prisse, fo rse co n sorpresa, d e lle affin ità co n i su o i so cia ld em o cratici, tan to ch e i n em ici co m u n i p arlavan o derisoriam en te di Burgsoziali- sm u s (« so cia lism o d i co rte » ). In q u e s t ’a lle a n za , sp e rim e n ta le d a e n tram b e le p arti, v i era sen za d u b b io una m iscela d i m a ch ia ve lli­sm o e idealism o. U n esem p io d i qu esta m iscela è l ’en ergica ca m p a ­gn a co n d o tta dai so cia ld em o cra tic i austriaci co n tro il «separatism o» e co n o m ico e m ilitare, sp alleggiato dal co n te Istvàn T isza nel 1905. K a rl Renner, p er esem p io, « so tto lin eò la co d a rd ia della b o rg h e sia austriaca ch e co m in ciò ad a ccettare tacita m en te i p ian i separatisti d e i m a g ia ri, ‘b e n c h é il m e rca to u n g h e re s e fo ss e n e tta m e n te p iù im p o rtan te per i l capitale austriaco d i qu an to n o n sia p er il ca p ita li­sm o te d e s c o il m e rca to d e l M a r o c c o ’ , ch e p u r e la p o litica estera ted esca d ifen d e co n tanta energia. N e lla riv en d ica zio n e d i u n ’in d i­p e n d e n z a d o ga n ale u n gh erese, eg li n o n v id e a ltro ch e l ’ agitarsi d i s q u a li f in a n z ia r i, tr u ffa to r i e d e m a g o g h i, c o n tr o i v er i in te re ssi d e ll1 industria austriaca, d e lle classi la vo ra tric i austriache e d egli a g ri­co lto ri u n gh eresi»57

viaggiavano anche a utom o bili; ma non troppe! Si preparava anche là la c o n q u i­sta d e ll’aria; m a n on tro p p o assiduam ente. O g n i tanto si faceva partire una nave p e r l ’A m e rica L atin a o p e r l’A sia O rien tale; ma n on tro p p o spesso. N o n si aveva­n o a m b izion i im p erialistich e; si era nel p u n to centrale d e ll’E u ro p a , dove si in te r­secano gli antichi assi del m ondo; le parole «colon ia» e «oltrem are» giungevano a ll’o recch io com e cose lontane e n o n sperim entate. Si faceva lusso; ma n o n ra ffi­nato com e in F ran cia. S i faceva sport; ma n o n co sì accanito com e in In g h ilterra . Si spendevano som m e eno rm i p e r l ’esercito; ma solo quanto bastava p e r rim a n e ­re la p e n u ltim a delle g ra n d i potenze.» R o b e r t M u s t l , L 'U o m o Senza Q ualità , trad. it. E in a u d i, vo l. I , p. 28. Q u e sto lib ro è i l g ra n d e ro m an zo co m ico d e l nostro secolo.

36J a s z i , The D issolution, p. 135. C o rs iv o d e ll’autore. Q u a n d o , do po le in s u rre ­z io n i del 1848, M e tte rn ich fu estrom esso e dovette fuggire, «nessuno in tutta la corte gli chiese dove sarebbe andato o com e sarebbe vissuto .» Sic transit.

37ìbidem , p. 181. C o rs iv o mio.

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C o sì, O tto B a u er scriv ev a :58

N e ll'e ra d e lla R iv o lu z io n e R u ssa (d e l 1 9 0 5), n e ssu n o u se re b b e la se m p lice fo rza m ilita re p e r so g g io g a re i l paese ( l ’U n g h e ria ), la c e ­rato c o m ’è d a a n ta g o n ism i d i c la s s e e n a z io n a li. M a i c o n flit t i in t e rn i d e l paese d a ra n n o a lla C o r o n a l ’e n n e s im o stru m e n to d i p o te re ch e d o v rà p e r fo rz a sfru tta re se n o n v u o le f in ir e co m e la C asata d i B e rn a d o tte . N o n p u ò essere l ’o rg a n o e se cu tiv o d i d u e v o le r i, e p re te n d e re a n c o ra d i g o v e rn a re sia l ’U n g h e ria che l ’A u ­stria. D o v rà q u in d i m u o v e rs i a ffin ch é U n g h e ria e A u s tria a b b ia ­n o u n v o le re c o m u n e e co s titu is c a n o u n u nico re g n o (R eich). L a fra m m e n ta z io n e in te rn a d e ll’ U n g h e r ia le o ffre la p o s s ib ilit à d i ra g g iu n g e re q u e sto sco p o . D o v r à in v ia re l ’e se rc ito in U n g h e ria p e r r ic o n q u is t a r la al re g n o , m a is c r iv e rà s u lle sue in se g n e: S u f­fra g io lib e ro , u n ive rsa le e u g u a le ! D ir itt o d i c o a liz io n e p e r i la v o ­ra to ri a g r ic o li! A u to n o m ia n a z io n a le ! C o n t ra p p o r r à a l l ’ id e a d i u n in d ip e n d e n t e s ta to -n a z io n e u n g h e re se EN a tio n a lsta a t) l ’id e a d e g li S ta ti u n iti d ella G ra n d e A u str ia , l ’id e a d i u n o stato fe d e ra ti­v o ( B u n d e s s t a a t ) , in c u i o g n i n a z io n e a m m in is t r e r à i n d i ­p e n d e n te m e n te i p r o p r i a ffa ri n a z io n a li, e tutte le n a z io n i si u n i­ra n n o in u n o sta to p e r p r e s e r v a r e i p r o p r i in t e r e s s i c o m u n i. F atalm en te , l ’ id e a d i u n o stato fe d e ra to d i n a z io n a lità (Nationa- li ta te n b u n d e s s ta a t) , d iv e n t e r à u n o s t r u m e n t o d e lla C o r o n a (W erkzeug der K ron e), i l c u i re g n o è m in a to d a lla d e ca d e n za d e l D u a lis m o .

S e m b ra ra g io n e v o le ra v v isa re in q u e s ti S ta ti u n iti d e lla G r a n d e A u s tr ia (U sga) d e i re s id u i d e g li U sa e d e l R e g n o u n ito d i G r a n B retag n a e Irlan d a d e l N o rd (che un g io rn o sarà g o v ern a to da un p artito laburista), così co m e il p re sa g io d i quella ch e sarà l ’U n io n e d elle re p u b b lic h e socialiste sovietich e, la cu i su p erfic ie ricord a stra­n am en te la R ussia zarista. Il fatto è ch e questi Stati u n iti austriaci sem b ravan o , n ella m en te d i chi li im m agin ò , l ’ ered e n ecessario d i un particolare d o m in io d in astico (la G ra n d e A ustria), co n i su o i c o m p o ­nen ti p ro d o tti da seco li di co m p ra v e n d ite asbu rgiche.

U n tale im m agin ario « im periale» fu in p a rte d o v u to alla s fo r­tu n a d i un socialism o n ato n ella cap ita le d i u n o d e i gran d i im p eri d in astici d ’E u ro p a 59. C o m e ab b iam o n o ta to in p re ced e n za , le n u o ve

58O t t o B a u e r , D ie Nationalitatenfrage u nd d ie Sozialdem okratie (19 0 7), com e si trova nel suo Werkausgabe, I , p. 482. C o rs iv i d e ll’originale.

5,,Senza d u b b io riflette anche il caratteristico atteggiamento di un noto m o del­lo d i intellettuale europeo d i sinistra, orgoglioso della sua dom estichezza con le lin g u e c iv iliz z a t e , d e lla su a d is c e n d e n z a il lu m in is t a e d e lla su a p ro fo n d a co m pren sion e dei p ro b le m i altrui. In questo orgog lio si m isch ian o in p a rti quasi ug uali in g red ien ti in tern azion alisti e aristocratici.

co m u n ità im m agin ate (inclusi gli Stati un iti d ella G ra n d e A u stria , an cora n ascituri m a già im m aginati) suscitate dalla lessicografia e dal capitalism o-a-stam pa , han no sem p re visto sé stesse co m e «antiche». In u n ’ep o ca in cu i la «storia» era co n cep ita in term in i di «grandi eventi» e «grandi lead er» , p erle in an ellate nel filo d e lla narrazione, era ten tan te d ecifra re il p assato della co m u n ità in an tich e dinastie. D a q u i gli Stati un iti austriaci in cu i è quasi trasparen te la m e m b ra ­na ch e separa l ’ im p ero dalla n azio n e e la co ro n a d a l p ro letariato . B a u er n o n fu p o i co sì in n ovativo . U n G u g lie lm o il C o n q u istato re , o un G io rg io I, n essun o dei quali sap eva parlare in glese , co n tin u aro n o ad ap p arire senza p ro b le m i co m e p erle n ella co llan a d ei R e d ’In g h il­te rra . « S a n to » S te fa n o (r. 1 0 0 1-1 0 3 8 ) p o te v a a m m o n ir e il su o successore che60:

L ’u tilità d e g li s tra n ie ri e d e g li o s p it i è tale ch e s i p u ò d a re lo ro u n p o s to d i sesta im p o r t a n z a tra g li o r n a m e n t i re g a li ... P e rc h é , v e n e n d o d a v a rie re g io n i e p ro v in c e , g li o s p it i p o rta n o c o n sé d iv e rse lin g u e e a b itu d in i, d iv e rse co n o sc e n ze e a rm i. T u t to ciò a d o rn a la c o rt e re a le , a u m e n ta i l su o s p le n d o r e , e t e r r o r iz z a l ’a rro g a n za d e lle fo rze stra n ie re . P e rc h é u n paese u n ific a to p e r lin g u a e p e r usa n ze è fra g ile e de b o le...

Q u e s te p aro le n o n im p ed iro n o la sua successiva san tificazio n e co m e p rim o re d ’U n gh eria.

In co n clu sio n e , a b b iam o visto c h e dalla m età d e ll’800 circa si sv ilu p p aro n o in E u r o p a quelli ch e Seto n -W atson d e fin isce ufficial- n a z io n a l i s m i . Q u e s t i n a z io n a l i s m i f u r o n o s t o r i c a m e n t e « im p ossib ili» f in ch é n o n a p p a rve u n n azio n alism o lin g u istico p o ­p o la re , in quan to fu ro n o in p ra tica un a risposta dei g ru p p i d i p o te re (sop rattu tto , m a n o n esclu sivam en te, d in astici e aristocratici) ch e ri­sch iavan o d i essere esclu si, o em argin ati, dalle im m agin ate co m u n ità p o p o la r i. C o m in c iò c o s ì u n s o m m o v im e n to te tto n ic o ch e , tra il 19 18 e il 1945, ro v esciò questi g ru p p i negli scarichi d e ll’E sto ril e d i M o n te C arlo . Q u e s ti u fficial-n azio n alism i erano p o litich e co n serv a ­trici, p e r n o n dire reazion arie, m o d e lla te sul n azio n alism o p o p o la re , in gran p arte sp o n tan eo , ch e le aveva p re ced u te 61. Q u e s te p o litich e n o n rim asero c o n fin a te so lo a ll ’E u r o p a o al V ic in o O rie n te . N e l

6(’J a s z i , Th e Dissolution, p. 39.’’ ’ C in q u a n t’ann i fa Jà szi lo aveva già sospettato: « V ie n e da ch iedersi se gli u lti­

m i sv ilu p p i im p erialisti del n azio n alism o p ro ven gan o davvero d alle fonti genuine d e ll’ ideale nazionale, e non dagli interessi m o n o po listi d i a lcu n i g ru p p i del tutto alieni agli o rig in ali ideali n azio n ali.» Ibid., p. 286. C o rs iv o mio.

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n o m e d e ll’im p erialism o, p o litich e m olto sim ili fu ro n o p ersegu ite da gru p p i d ello stesso tip o n ei vasti territori d i A sia e A fr ic a sottom essi nel co rso d e ll’80062. In fin e, p en etrate in cu ltu re e storie n o n e u ro ­p ee, q u este p o litich e fu ro n o riprese e im itate dalle classi d irigen ti in d ige n e in qu elle p o c h e zo n e (tra cu i G ia p p o n e e Siam ) ch e erano sfuggite al co n tro llo d iretto d elle p o te n ze occid en ta li.

In quasi tutti i casi, l ’ufficial-nazionalism o servì a n asco n d ere le d is c r e p a n z e tra n a z io n e e re g n o d in a s t ic o . D a q u i d e r iv ò u n a co n tra d d iz io n e ch e si fe c e sen tire in tu tto il m o n d o : g li s lo v a cch i d o vevan o essere m agiarizzati, gli in dian i anglicizzati e i coreani n ip- p o n izzati, m a non sarebbe m ai stato p erm esso lo ro d i p artecip are alle classi ch e a v reb b e ro am m inistrato m agiari, inglesi o g ia p p o n esi. Il b a n ch etto a cu i erano invitati risultava sem p re essere un festin o im ­m aginario. L a ragione non era sem p lice razzism o; c ’era an ch e il fatto che, nel cu o re d egli stessi im peri, stavano n ascen d o nazioni. E queste n azioni eran o a n ch ’esse refrattarie a un d o m in io «straniero». L ’id e o ­logia im perialista nella seco n d a m età d e ll’800 e b b e qu in d i il carattere tip ico d ello «stratagem m a». Q u a n to fosse in realtà u n o stratagem m a risu lta e v id e n te d a lla seren ità co n cu i le classi p o p o la r i d e i p aesi im p eria lis ti si so n o la sc ia te a lle sp alle la « p erd ita» d e lle co lo n ie , an ch e in casi co m e l ’A lg e r ia , in cu i la co lo n ia era stata leg alm en te in co rp o rata nella «m adrepatria». A lla fine, son o co m u n q u e le classi dom in an ti, quella b o rgh ese, m a soprattutto l ’aristocrazia, a rim p ian ­gere l ’im p ero , e il loro rim pianto ha sem pre un che di teatrale.

62Q u e sto p u n to è b e n so tto lin e a to n e l caso in v e rso d e lle In d ie o la n d e si, am m inistrate fino alla fine p e r lo più tramite una lingua che oggi definiam o « in d o ­nesiano». C re d o che questo sia l ’un ico caso di vasti possedim enti co lo n ia li in cui una lingua non-europea rim ase lingua ufficiale. Q u e st’anom alia si spiega sem pli­cemente p e r l ’antichità della colonia, fondata nei p rim i del ’600 da una co rp o ra ­zion e (la V e ree n ig d e O o stin d isc h e C o m p a g n ie ), ben prim a, cioè, d e ll ’ u ffic i al - nazionalism o. Senza d u b b io , c ’era anche una certa sfiducia da parte degli olandesi che la p ro p ria lin gu a e la p ro p ria cu ltura potessero in qualche m odo paragonarsi a inglese, francese, tedesco, spagnolo o italiano. ( I b e lg i in C o n g o pre fe riva n o il francese a l fiam m ingo). In fin e , la p o litica educativa coloniale olandese fu partico ­larm ente conservatrice: nel 1940, qu an d o la popo lazion e indigena superava i 70 m ilio n i, soltanto 6 37 «n ativi» erano stati ammessi nei college, e solo 3 7 si laurea­rono. V e d i: G c o r g i ; M e T . K m u n , Nationalism and Revolution in Indonesia, p. 32. P e r altri riferim enti a ll’In d o n esia , vedi il capito lo V I I .

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7. l ’ u l t i m a o n d a t a

L a p rim a gu erra m o n d iale segn ò la fin e d elle gran di dinastie. E n tro il 1922 eran o scom p arsi gli A sb u rg o , gli H o h e n zo llern e i R om anov, e al C o n g resso di B erlin o era subentrata la Società d elle N a zio n i che co m p re n d e v a an ch e p ae si n o n eu ro p ei. D a a llo ra in p o i, il p a r a ­d igm a di legittim ità in tern azio n ale sarà lo stato-n azione, tan to che an ch e gli im p eri sup erstiti si p resen ta ro n o alla S o cietà d elle N a zio n i in abiti civili in v e ce ch e n elle lo ro u n ifo rm i im periali. D o p o il ca ta ­clism a d e lla s e c o n d a g u e rra m o n d ia le , la d iffu s io n e d e llo stato- n a z io n e ragg iu n se il suo apice, e alla m età d eg li an n i ’70 p ersin o l'im p e ro p o rto g h e se era orm ai acq u a passata.

I n u o vi stati nati d o p o la seco n d a gu erra m o n d iale h a n n o un carattere p articolare , ch e p e rò risulta in co m p ren sib ile se n o n lo si situa n ella su ccessio n e d e i m o d elli ch e ab b iam o trattato. U n m o d o p e r so tto lin eare qu esta d iscen d en za è ricord are ch e m o lte d i queste n azio n i (sop rattu tto n on -eu ro p ee), ad o ttaro n o lin g u e d i stato e u ro ­p e e . S e p e r ò s o t t o q u e s t ’ a s p e t t o s i r i f a c e v a n o a l m o d e l lo «am erican o», p resero in ve ce dal n azion alism o lin g u istico e u ro p eo il su o ard en te p o p u lism o , e d a lT u ffic ia l-n azion alism o la sua p o litica «russifican te»*. E b b e r o qu esti tra tti p e r c h é le co m p lesse v ic e n d e storiche, ch e eran o state vissute d a am erican i ed eu ro p ei, ven ivan o ora im m agin ate m o d u la rm en te in d iversi lu o gh i, e p e rch é gli id io m i eu ro p ei ch e usavano co m e lin g u e d i stato eran o l ’ered ità d e ll’u ffi­cia l-n azio n alism o im p erialista. E c c o p e rc h é co sì sp esso n elle p o li­tich e d i « co stru zio n e n azionale» d i n u o v i stati si v e d o n o sia un e n tu ­siasm o n azion alista ge n u in o e p o p o la re , sia un sistem atico, p ersin o m a ch ia ve llico , in stillare u n ’id e o lo g ia n azion alista a ttraverso i m ass m ed ia, il sistem a scolastico , i rego lam en ti am m inistrativi e co sì via. Q u e s t ’am algam a d i n azio n alism o u ffic ia le e p o p o la re è stato p ro d o t­to an ch e da anom alie create d a ll’im p eria lism o e u ro p eo : la b en n ota a rb itra rie tà d e lle fro n tie re , e il b ilin g u is m o d e lle c la ssi a d a g ia te sosp ese p recariam en te su lle d iverse p o p o la z io n i m o n o g lo tte . Si p u ò d u n q u e p en sare a m o lte d i queste n azio n i co m e a p ro g e tti in v ia di rea lizzazio n e , p ro g e tti p e rò c o n c e p iti p iù n ello sp irito d i M a zz in i ch e in q u ello di U varov.

[A n d e rso n usa i te rm in i «ru ssifican te» e russificazion e in senso traslato p e r in d ica re - a nche in altre s itu a zio n i p o litich e e geografiche - o g n i p o litica alla U varo v, com e descritta n el ca pito lo precedente. Nota d el curatore]

N e l con siderare le o rig in i del «n azionalism o co lo n ia le» p iù recente, co lp isce su bito una som iglianza co n quelli p iù antichi: l ’ iso m orfism o tra l ’estensione territoriale d i o gn i n azion alism o e quella della p r e c e ­d en te unità am m inistrativa im periale. L a som iglianza n o n è casuale; è ch ia ra m en te leg ata alla g e o g ra fia d e i p e lle g rin a g g i co lo n ia li. L a d iffe re n za sta n el fa tto ch e i c o n to rn i d ei p e lle g rin a g g i creo li d e l ’ 7 0 0 e r a n o d e lim ita t i n o n s o lo d a l le a m b iz io n i c e n t r a liz z a n t i d e l l ’a ss o lu tis m o m e tr o p o lita n o , m a a n c h e d a re a li p r o b le m i d i co m u n ica zio n e e di trasporto, e da un a gen erale p rim itività te c n o lo ­gica. N e l ’900, tali p ro b lem i eran o stati b rillan tem en te risolti, e al lo ro p o sto su b en trò un a «russificazion e» b ifro n te .

P iù su h o m o strato ch e nel tard o ’700 l ’un ità am m inistrativa im p eriale assunse u n sign ificato n azion ale in p arte p erch é d e lim ita ­va l ’ascesa dei fun zio n ari creoli. C o s ì avven iva a n ch e n el ’900, p e r ­ché se p u re u n in glese n ero o scuro d i p e lle riu sciva a o tten ere una q u a lch e istruzion e o un ad d estram en to in In gh ilterra, co sa ch e ben p o c h i d ei suoi p ro ge n ito ri creoli sareb b ero riusciti a fare, questa era d i solito l ’ultim a vo lta ch e co m p iva il su o p ellegrin a ggio b u ro cra ti­co . D a qu el m o m en to in p o i l ’apice del suo v o lo c irco lare sareb b e stato i l p iù alto centro am m inistrativo a cui poteva essere assegnato-. R a n g o o n , A ccra , G e o rg e to w n , o C o lo m b o . E p p u re , in o g n u n o dei su o i v ia g g i lim itati, in co n tra v a altri c o m p a g n i di v ia g g io b ilin g u i, co n cu i fin iva p e r sen tire co m e un crescen te senso d i com un ità. N e l v ia gg io capiva p resto che aveva scarsa im p o rtan za il su o lu o g o d ’o r i­g in e, ch e fo sse e tn ico , lin gu istico o geo g rafico . A l m assim o lo aveva fa tto p artire p e r q u esto p ellegrin aggio in vece ch e p e r un altro; m a n o n p o te va d eterm in are né la sua m eta, n é i su o i co m p ag n i. D a q u e ­sto schem a ven n e la sottile, a p p en a p ercep ib ile , trasfo rm azio n e, p a s ­so d o p o p asso, dello stato co lo n ia le in stato-n azione, u n a trasfo rm a­zio n e resa p o ssib ile n o n solo da un a so lida co n tin u ità di p erson ale , m a an ch e dalla fìtta rete d e i viaggi tram ite cu i o gn i stato era vissuto d ai su o i fu n zio n ari1.

D o p o la p rim a m età d e ll’800 p erò , e so p rattu tto n el ’900, q u e ­sti v iagg i v en n ero co m p iu ti n on p iù d a una m an ciata d i v iaggiatori, m a d a im m ensi g ru p p i variegati. T re le ragion i p rin cip ali. L a p rim a

'C e rto , n o n solo dai fu n zio n a ri, anche se costituivano il g ru p p o p rin cip ale. P rendete, a esem pio, la geografia di N o li M e Tangere (com e d i m olti a ltri ro m an­z i nazio nalisti). A n ch e se a lcu n i personaggi d e ll’opera d i R izal sono spagnoli, e a lcu n i personaggi f ilip p in i sono stati in Spagna, i co n fin i entro cu i si m uovono nel rom anzo co rrisp o n d o n o a q u e lli che, u n d ic i ann i d o p o la sua pu b b lica zio n e, e due anni dopo l ’esecuzione del suo autore, avrebbero delim itato la R e p u b b lic a delle F ilip p in e [pe r R izal, vedi supra, pp. 42-43].

no

e decisiva è l ’en orm e au m en to d i m o b ilità fìsica reso p o ssib ile dagli stu p efa cen ti successi d e l cap ita lism o in d u stria le (ferro v ie e navi a va p o re n el seco lo scorso , trasp o rti a m o to re e aviazion e in q u est’u lti­m o). G li in term in abili v iagg i d elle ve cch ie A m e rich e stavano d iv en ­tan d o sem p re p iù rico rd i d e l passato.

L a seconda: la «russificazion e» im p eriale aveva un asp etto p ra ­t ic o o ltre a q u e llo id e o lo g ic o . L e stesse d im e n sio n i d e g li im p e ri m o n d iali fa ce va n o sì ch e le b u ro cra zie n o n p o tessero essere c o m p o ­ste so lo da fun zio n ari d ella m ad rep atria o an ch e d a creoli. L o stato co lon iale, e p o c o d o p o , le società co m m erciali, avevan o b iso g n o di e se rc iti d i fu n zio n a ri, c h e p e r e ssere u tili d o v e v a n o e ssere an ch e b ilin gu i, in g ra d o di fa re d a tram ite tra la n azio n e eu ro p ea e i suoi su d d iti co loniali. V i fu sem p re m aggio re b iso g n o di questi fu n zio n a ­ri, p o ic h é , a cavallo del seco lo , o v u n q u e si m o ltip lica ro n o le fu n zio ­n i stata li. A c c a n to a ll’a n tico re s p o n s a b ile d is tre ttu a le , a p p a rv e ro l ’u fficiale sanitario, l ’in geg n ere idrau lico , il m aestro di scu o la , il p o li­ziotto , e così via. E a o gn i am p liam en to d e llo stato, au m en tava lo sciam e d e i suoi p ellegrin i2.

L a te r z a ra g io n e fu i l d if fo n d e r s i d i u n ’ is tr u z io n e d i t ip o m o d ern o , p rom ossa n on solo dagli stati coloniali m a an ch e da o rg a ­n izzazio n i private, religiose e laiche. Q u e s t ’esp ansione avven n e non soltanto p er p ro d u rre q u a d ri p er le gerarch ie go vern ative e co m m er­ciali, m a p e rch é an ch e le p o p o la zio n i co lo n izza te co n sid eravan o la co n oscen za m o d ern a sem p re p iù im p o rtan te5. (E in d iversi stati co lo ­niali co m in ciava a far cap o lin o la d iso ccu p a zio n e intellettuale).

E gen era lm en te ric o n o sc iu to ch e le in te lligh e n zie e b b e ro u n ru o lo centrale n ella n ascita del n azio n alism o nei territori co loniali, n o n u ltim o p e rch é il co lo n ia lism o faceva sì ch e fra i lo ca li fossero vere e p ro p rie rarità i la tifo n d isti, i gran d i m ercanti, g li im p ren d ito ri e p ersin o un a classe d i p rofession isti. Q u a s i o v u n q u e il p o te re e c o ­

2P e r dare q u alch e esem pio: nel 1928 v i erano alm eno 250.000 in d ig e n i nel lib ro paga delle In d ie o landesi, ed essi costituivano il 9 0 % d egli im piegati statali, E ’ in d ica tiv o che il totale d i salari e pe n sio n i (estrem am ente d iffe re n zia ti) d ei fu n zio n a ri o landesi e nativi co p risse il 5 0 % delle spese statali! V e d i: A m r y V a n -

d e n b o s c h , T he D utch East Indies, pp. 1 7 1 -7 3 . E p p u re gli o landesi erano p ro p o r­zionalm ente tanto ottusi sul p ian o b u ro cra tico quanto gli inglesi n e ll’In d ia («sta­to n o n -n ativo ») britannica.

’ P e rfin o n elle u ltra -co n se rva tic i In d ie o la n d esi il n u m e ro d i n a tiv i che r i ­cevettero u n ’istruzio n e elem entare d i tipo occidentale esplose da una media di 2 .9 8 7 negli anni 1900-1904, a 7 4 .6 9 7 nel 1928; m entre co lo ro che ricevettero u n ’istruzione secondaria di tipo euro peo passarono, n ello stesso p e rio d o d i tem ­po, da 25 a 6.468. K a h i n , Nationalism , p . 31.

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n om ico era o m o n o p o lizza to dagli stessi co lon ialisti, o diviso in g iu ­stam ente co n un a classe p o liticam en te im p o ten te di uom in i d ’affari «pariah» (non n advi), liban esi, in dian i o arabi n e ll’A fr ic a co loniale, cinesi, in dian i o arabi n ell’A sia co lo n ia le .E n o n m e n o gen eralm ente accettato ch e il ru o lo d ’avanguardia d elle in te lligh en zie deriv i dalla lo ro a lfab etizzazio n e b ilin gue, o m eglio dalla lo ro a lfab etizzazio n e e dal lo ro b ilin guism o. L a stam pa aveva già reso p o ssib ile alle co m u ­n ità im m agin ate d i flu ttuare in un tem p o v u o to e o m o g e n e o , co m e avevam o visto . Il b ilin g u ism o rese p o ssib ile l ’a ccesso , tram ite le lin ­g u e di stato eu ro p ee , alla cu ltu ra o ccid en ta le n el sen so p iù am pio , e in p artico la re ai m o d e lli del n azion alism o, d e lla n azio n -ità e d e llo stato-n azione, ch e era n o stati p ro d o tti a ltrove n e l co rso d ell’8004.

N e l 19 13 , il regim e co lo n ia le o lan d ese a B atavia , su in iziativa d e ll’A ja , p ro m o sse gran di festeggiam en ti in tutta la co lo n ia p er c e le ­b r a r e il c e n t e n a r io d e lla « l ib e r a z io n e n a z io n a le » d e l l ’O la n d a d a ll’im p erialism o francese. O rd in i fu ro n o em an ati p e r assicurare la p artec ip azio n e fisica e il co n tr ib u to eco n o m ico n o n so lo degli o la n ­desi e d egli eurasiatici locali, m a an ch e della p o p o la zio n e in d igen a sottom essa. P e r p rotesta, u n o d ei p rim i n azionalisti giavanesi-indo- nesiani, S u w a rd i Surjaningrat (K i H a d jar D e w a n to ro ) scrisse il suo fam o so artico lo in o lan dese « A ls ik eens N e d e r la n d e r w as» (Se p e r un a vo lta fo ssi un olan dese)3.

P e r m e c ’ è q u a lco sa d i sb ag lia to , q u a lco sa d i in d e ce n te , n e l c h ie ­d e re a q u e sti n a tiv i (n e lla m ia im m a g in a zio n e , io s o n o u n o la n d e ­se) d i p a rte c ip a re a lle fe stiv ità p e r la n o stra in d ip e n d e n z a . P e r p r im a co sa, u rte re m m o la lo r o se n s ib ilità , in q u a n to festeggiam o la n o stra in d ip e n d e n z a n el lo r o paese ch e n o i a b b ia m o c o lo n iz z a ­to. O r a sia m o fe lic i p e rc h é ce n to a n n i fa c i s ia m o e m a n cip a ti da u n d o m in io stra n ie ro ; e tutto q u esto d i fro n te a gli o c c h i d i c h i sta a n c o ra sotto il n o stro d o m in io . N o n c i re n d ia m o co n to ch e q u e ­s ti p o v e ri s c h ia v i so g n a n o i l g io rn o in c u i, co m e n o i, c e le b re ra n ­

4P er usare le parole d i A n th o n y Barnett, il b ilin g u ism o «perm ise agli intellet­tua li d i dire ai p ro p ri com pagni di lin gu a (che parlavan o le lin gu e indigene) che ‘n o i’ possiam o essere com e ‘lo ro '».

’ A p p a rv e per la prim a volta su D e Expres, il 13 lu g lio 1 9 1 3, p e r essere presto tradotto in « in d o n e sia n o » e p u b b lic a to s u lla stam pa in d ig e n a. S u w a rd i aveva allora 24 anni. A risto cra tico atip ico, istru ito e progressista, si u n ì n el 1912 a un « p le b e o » giavanese, il d o tto r T jip t o M a n g o e n k o e so e m o , e a un e u ra sia tic o , E d u a rd D o u w es D e k k e r, p e r form are l ’in d isc h e P artij, il p rim o partito p o litico della colonia. P e r u n o studio breve m a a p p ro fo n d ito su S u w a rd i, vedi: S a v it k i

S c h e r e r , Harmony and Dissonance: Early Nationalist Thought in Java, capito lo 2. L a sua A p p e n d ic e I offre una tra d u zio n e in inglese d el fam oso articolo, da cu i pro viene il passaggio d i questa pagina.

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n o la lo r o in d ip e n d e n z a ? O c re d ia m o fo rs e ch e , p e r la n o stra p o lit ic a v o lta a d istru g g e re le lo r o a nim e , tutte le a n im e um a n e sia n o m o rte ? Se è co sì, stiam o in g a n n a n d o n o i stessi p e rc h é n o n im p o rta q u a n to p r im it iv a s ia u n a co m u n ità , essa si o p p o rrà c o ­m u n q u e a q u a ls ia s i fo rm a d i o p p re ssio n e . Se io fo s si o la n d e se , n o n o rg a n iz z e re i u n a c e le b ra z io n e p e r l ’in d ip e n d e n z a in u n p a e ­se a c u i è stata ru b a ta l ’in d ip e n d e n z a d e i s u o i a b ita n ti.

C o n queste p a ro le S u w a rd i ro vesciò la storia d eg li o lan d esi co n tro gli o lan desi stessi, la cera n d o la saldatura che u n iva il n azio n alism o e l ’im p erialism o o lan dese. In oltre , co n la sua tem p o ra n ea tra sfo rm a ­zio n e in o lan d ese (che in vitava a u n a sim ile tra sfo rm azio n e d ei suoi le t to r i o la n d e s i in in d o n e s ia n i) , c o lp iv a tu tte g li a s p e tt i ra zzis ti d e ll’id eo lo g ia co lo n ia le o lan d ese6.

L a d en u n cia di S u w a rd i, ch e p ia cq u e agli in d o n esian i alm en o q u a n to irritò gli o lan d esi, è un ch ia ro e sem p io d e l fe n o m e n o che co in vo lse tu tto il m o n d o n el ’900. Il p arad o sso d e l ’u fficial-n azion ali- sm o im p eria le fu in fa tti d i fa r c o n o s c e re in e v ita b ilm e n te a lle p o ­p o la z io n i co lo n izza te q u elle che sem p re p iù ven ivan o defin ite co m e «storie n azionali» , e n o n so lo tram ite le festività, m a a n ch e grazie allo stesso sistem a sco lastico ch e i co lo n izza to ri in co ra g g ia v a n o 7. I g io v an i vietnam iti n on p o teva n o evitare di studiare i p hilosop hes, la R iv o lu zio n e, o q u e llo ch e D e b ra y d efin isce «il n o stro seco lare anta­go n ism o co n la G erm a n ia » 8. L a M a g n a C arta , la M a d re d ei P a rla ­m e n ti, la G lo r io s a R iv o lu z io n e , c e le b r a te n e lla s to r ia n a z io n a le in glese, en traro n o in tu tte le scu o le d e ll’im p ero b rita n n ico . L a lotta p e r l ’in d ip e n d en za d el B e lg io co n tro l ’o p p ressio n e d e ll’O la n d a n on era in a lcu n m o d o c a n c e lla b ile d a i lib r i d i sc u o la c h e un g io rn o a v re b b e ro le tto i b a m b in i d el C o n g o . C o s ì fu a n ch e p e r la storia degli U sa n elle F ilip p in e , e in fin e, d el P o rto g a llo in M o z a m b ic o e A n g o la . L ’ironia, naturalm ente, era ch e queste storie em an avan o da una co scien za storio grafica ch e in E u ro p a , alla fin e d e ll’800, si an d a ­va d e fin e n d o sem p re p iù in term in i d i nazione: i b a ro n i ch e im pose-

<’N otate l ’interessante collegam ento tra co m u nità «im m aginate» e «im m ag in a­rie».

7L e ce le b ra zio n i del 1913 erano certo em blem atiche d e l n azio n alism o u ffi­cia le , ma in u n a ltro senso. L a « lib e ra z io n e n az io n a le » co m m em orata era in realtà non la fondazione d e lla R e p u b b lic a d i Batavia nel 179 5, ma la restaura­zione della Casa d i O ra n g e da parte dei v itto rio si eserciti della Santa A lleanza; p e r di p iù , nel 1830 metà della nazione liberata presto si separò p e r form are il R egn o d el Belgio. M a l ’ interpretazione d i « lib e razio ne n azio n ale» era senza d u b ­b io q u ella che S u w a rd i aveva assim ilato nelle scuole co lo n ia li.

#« M a rx ism and the N a tio n al Q u e stio n », p. 41.

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ro la M a gn a C a rta a G io v a n n i P la n ta gen eto n on p arlavan o affatto « in glese» , n é si p en sa v a n o m in im am en te co m e « in glesi» , m a n ei lib r i di scu o la usati sette secoli d o p o nel R egn o un ito eran o trattati co m e i p rim i patrioti.

C ’è p erò nelle in tellighen zie n azionaliste em ergen ti n elle c o lo ­n ie una caratteristica p ecu liare che le d ifferen zia dalle in te lligh en zie n azio n a liste n ell’E u r o p a d e ll ’800. Q u a s i sem p re fu r o n o g io v an i e a ttrib u iro n o un co m p lesso sign ificato p o litico alla p ro p ria gio ven tù - u n sign ificato ch e, an ch e se m u tato n el co rso d eg li anni, rim ane im p o rta n te a n co ra o g g i. L a n asc ita d e l (m o d e rn o e o rg a n izza to ) n azio n alism o b irm an o v a situata n ella fo n d a zio n e , n el 1908 a R a n ­g o o n , d e ll’A sso cia zio n e b u d d ista della gioven tù; e la n ascita di q u e l­lo m alese nella fo n d a zio n e del K esatuan M elayu M u d a (U n io n e d e l­la g io v en tù m alese). G li in donesian i ce leb ran o o gn i an n o il Sum pah Pem uda (G iu ram en to della G io v e n tù ), p ro p o sto dal co n gresso della g io v en tù nazionalista del 1928. E così v ia .E vero ch e già in E u ro p a si era assistito a fen o m en i simili, basti p en sare alla G io v a n e Irlan dao alla G io v a n e Italia. Sia in E u ro p a , sia nelle co lo n ie , «giovane» e «g io ven tù » sign ificavan o d in am ism o, p ro gresso , sp irito d i sacrificio , id e a lism o e d e sid e rio d i riv o lu zio n e. In E u ro p a , p e rò , il term in e «giovan e» non aveva d ei co n to rn i so cio lo g ic i b en defin iti. U n m e m ­b ro d e lla G io v a n e Ir lan d a p o te v a an ch e essere d i m e zza età; così co m e un m em b ro della G io v a n e Italia p o te va an ch e essere a n a lfa b e ­ta. L a ragion e è ch e le lin g u e d i q u esti m o vim en ti n azionalisti p o te ­v a n o essere o una m a d re lin g u a vo lg a re , p arlata sin d a lla cu lla , o, c o m e n el caso d e ll’Irlan d a, un a Ungua utilizzata dagli o p p resso ri che p e r ò aveva a ffo n d a to a tal p u n to le sue rad ici in certi strati d ella p o p o la z io n e da p o te r sem brare un d ia letto creo lo . N o n vi era q u in ­di u n ’effettiva co n n essio n e tra lin gua, età, classe e status.

N e lle c o lo n ie a n d a v a d iv e r s a m e n te . G io v e n t ù s ig n if ic a v a in n an zitu tto la prima gen erazion e ad aver acquisito , in un a p e rc e n ­tu ale n on trascurabile, u n ’e d u ca zio n e eu ro p ea, d ifferen zia n d o si lin ­gu isticam en te e cu ltu ralm en te n on so lo dalla generazione d ei g e n i­to ri, m a a n ch e d alla gran m assa d e i co eta n e i co lo n izza ti. L’Y m b a b irm a n o , di lin g u a in g lese , m o d e lla to in p a rte s u ll’Y m c a [Y o u n g m en Christian a sso cia tio n ], era stato co stitu ito d a studenti che sap e­v a n o le g g e re l ’in glese. N e lle In d ie o la n d e si si p u ò tro v are , tra gli altri, la J o n g Java (G io v a n e G ia v a ), la J on g A m b o n (G io v a n e A m ­b o in a ), e la J o n g Is la m iete n b o n d (L eg a d e i G io v a n i Musulmani), d e fin iz io n i in co m p re n sib ili p er un g io v a n e n ativo che n o n avesse stu d iato la lin g u a co lo n ia le. N e lle co lo n ie , d u n q u e, p e r « G io ve n tù » , in ten d iam o « G io v e n tù scolarizzata» , a lm en o all’in izio . T u tto ciò ci

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ricord a, p e r l ’en n esim a vo lta , il ru o lo p ecu lia re svo lto dal sistem a sco lastico n el p ro m u o v ere il n azio n alism o co lo n ia le9.

U n ’ in tr ic a ta i l lu s t r a z io n e d i q u e s to p r o c e s s o c i è o f fe r t a d a l l ’I n d o n e s ia , p e r le s u e e n o r m i d im e n s io n i, p e r la n o te v o le p o p o la z io n e (anche in tem p i co lo n ia li), p e r la fram m en tazio n e g e o ­grafica (circa 3.000 iso le), la varietà religiosa (m usulm an i, b u d d isti, catto lici, p ro testan ti di d iverse sette, h in d u -b alin esi e «anim isti»), e la d iv ersità e tn o lin g u istic a (p iù d i ce n to d istin ti g ru p p i) . In o ltre , co m e il suo n om e ib r id o e p seu d o -e llen ico suggerisce, i su o i con fin i n o n co rr isp o n d o n o m in im am en te a un a q u a lch e entità p re-co lo n ia- le; al co n tra r io , a lm en o fin o al 19 7 5 , q u a n d o il g e n era le S u h arto in vase il T im o r o rien ta le (ex-p o rto g h ese), i co n fin i rim asero quelli ch e g li o lan d esi lasciaro n o d ietro d i se d o p o la lo ro ultim a co n qu ista a tto rn o al 1910 .

G li ab itan ti della co sta o rientale d i Sum atra n o n so n o solo fis i­cam en te sim ili alle p o p o la zio n i d elle co ste o ccid e n ta li della p en isola m alese, d a ll’altra p arte d e llo stretto d i M a lacca , m a so n o an ch e leg a ­ti e tn ica m en te, ca p isco n o le risp ettive lin g u e , h a n n o u n a religion e c o m u n e , e co sì via. G l i stessi abitan ti di Sum atra n o n co n d iv id o n o né religion e, né m ad relin gu a, n é so m iglian ze e tn ich e c o n gli am bo-

yL a nostra attenzione sarà q u i rivolta alle scuo le c iv ili, ma spesso svolgevano un ru o lo im portante a nche le lo ro co n tro p a rti m ilita ri. L ’esercito perm anente co n u ffic ia li d i professione in trodo tto dalla P russia già n e ll’800 richiese una p ira ­m ide educativa in certi casi p iù elaborata, se n o n p iù specializzata, d e l suo analo­go civile. I g io va n i u ffic ia li (« T u rk s » ) usciti d alle nuove accadem ie m ilitari ebbe­ro spesso un ru o lo d e cisivo n ello s v ilu p p a re il nazionalism o. E m b lem a tico è il caso d el m aggiore C b u k u m a N zeo gw u, che o rg an izzò il c o lp o d i stato del 15 g e n n aio 1966 in N ig e ria . C ris t ia n o ib o , d o p o che la N ig e ria o tte n n e l ’ in d i­pendenza nel 1960, aveva fatto parte del p rim o g ru p p o d i g iovani n ig e ria n i in v ia ­ti per l ’addestram ento a Sandhurst, p e r trasform are in un vero esercito naziona­le quella che fin o ad a llo ra era stata u n a forza m ercenaria co lo n ia le guidata da u ffic ia li b ia n ch i. (P e r ch iu d e re il ce rch io , egli fre q u en tò S an d hu rst insiem e al fu tu ro generale A frifa che nel ‘66 avrebbe rovesciato il go verno d i N zeogw u). E sem p io lam pante della forza del m o dello p ru ssia n o è il fatto che egli riu sc ì a o rd in are a tru p p e d i m usu lm a ni hausa d i u ccid ere il Sardauna d i Sokoto e altri a risto cra tici m usu lm a n i hausa, e q u in d i a ro vesciare il g o vern o d i A b b u b a k a r T afaw a B alew a, do m in ato d a i m u su lm a ni hausa. Segno n o n m eno forte d i un n a z io n a lis m o c o lo n ia le « s c o la s t ic o » è ch e , r iv o lg e n d o s i a lla ra d io ai s u o i co n n azio na li, li assicurasse: « N o n v i vergognerete p iù d i d irv i n ig erian i». (C ita ­zione da: A n t i i o n y H . M . K ir k - G r e e n e , Crisis and Conflict in Nigeria: A D ocu­mentary Source B o o k, p. 126). E p p u re il nazio n alism o era così po co svilu ppato in N ig e ria che il golpe nazionalista d i N zeo gw u fu interpretato com e u n com plotto ibo ; da cu i g li am m utinam enti m ilita ri d i lu g lio , i pogrom a n ti-ib o d i settembre e ottobre, e la secessione del B ia fra del m aggio 1967. (V e d i l ’ottim o: R o b i n L u c k i i -

m a , T h e Nigerian M ilitary, passim .)

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nesi, abitan ti di isole ch e d istan o centin aia d i m iglia verso Est. T u tta­via , n el co rso d i q u e sto seco lo h a n n o im p a ra to a co n sid e ra re gli am bonesi co m e fratelli in don esian i, e i m alesi co m e stranieri.

N ie n te ha co n trib u ito a q u esto stato di co se p iù d e lle scuole ch e il regim e d i B atavia ha ap erto in n u m ero sem p re m aggio re d o p o la m età del secolo . P e r capire in ch e m o d o , si d eve p en sare ch e, in to ta le co n trasto co n le tra d iz io n a li scu o le in d ig e n e , ch e era n o d i solito istituzion i lo ca li e p erso n ali (anche se, n ella tra d izio n e m u su l­m ana, si m anifestava un ce rto sp ostam en to d i stu d en ti tra un rin o ­m ato m aestro-u lam a e un altro), le scu o le go v ern a tive co stitu ivan o una gerarchia co lossale, razion alizzata e cen tralizzata , stru ttu ralm en ­te isom orfa alla b u ro cra zia statale stessa. L ib r i d i testo un ici, d ip lo ­m i e certificati d ’in segn am en to stan d ard , una p re cisa g rad u azio n e dei gru p p i p er età, d elle classi e dei m ateriali ed u cativ i, fo rm a ro n o un un iverso di vita co eren te e a u to n o m o 10. N o n m en o im p o rtan te fu la gerarch ia geo grafica . V en n ero a p erte scu o le e lem en tari stan ­d a rd izza te nei villaggi e n elle cittad in e della colonia; scu o le m e d ie e seco n d arie n elle città p iù g ran d i d elle p ro vin ce , m en tre l ’e d u ca zio n e universitaria (l’ap ice di questa p iram id e) era co n fin a ta alla capitale co lo n ia le di B atavia e alla città d i B a n d u n g , co stru ita d agli o lan desi 100 m iglia a sudovest sui ge lid i altip iani d i P rian ga n . C o s ì il sistem a scolastico co lo n ia le d el ’900 fe ce n ascere p ellegrin a ggi p aralle li agli an tich i viagg i d e i fu n zion ari. L a «R om a» d i questi p elle grin a ggi era Batavia; n o n Sin gap o re, n o n M an ila , n o n R angun , n em m en o le anti­ch e capitali dei re giavan esi, J ogjak arta e S u rak arta 11. D a o gn i lu o g o della vasta co lon ia , m a m ai d a ll’estern o, i p e llegrin i co m in ciav an o la lo ro ascesa sociale in co n tra n d o co m p a g n i p ellegrin i p ro ve n ien ti n e l­la scu o la elem entare d a d iversi, e fo rse u n te m p o ostili, villaggi; nella scu o la m ed ia da diversi g ru p p i etn olinguistici; e d a o gn i p a rte d e l regn o n elle università d ella ca p ita le12. E sap evan o ch e da o v u n q u e fo ssero ven uti, avevano tutti le tto g li stessi libri e ca lco lato le stesse ad dizion i. S apevan o an ch e, se arrivavano a tan to, e la m a g g io r p arte n o n lo faceva, ch e R o m a era B atavia, e ch e tutti i lo ro v ia gg i avevan o un senso solo in re lazio n e alla capita le: era essa a sp iega re p erch é

,0L ’idea di u n o studente « tro p p o v e cch io » p e r stare in u n a classe X o Y , in im m a g in a b ile in una scu o la tra d iz io n a le m u su lm a n a , era u n in c o n sa p e v o le assioma delle scuole co lo n ia li o ccidentali.

n In definitiva i v e rtic i erano L ’A ja, A m sterdam e L e id a ; ma si contava sulle d ita d i una m ano ch i poteva aspirare a studiare in questi luoghi.

12P o ich é laiche, le scuo le del ‘900 erano solitam ente m iste, con u n a grande m aggioranza d i ragazzi, e, in quanto tali, erano piuttosto frequ en ti am ori, e p e rfi­no m atrim oni, «nati tra i banchi d i scuo la», che andavano co ntro ogni tradizione.

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«n o i» siam o «qui» « in siem e» . In a ltre p a ro le , la lo ro e sp e rien za co m u n e e la com p etitività cam eratesca n elle classi, d avan o alle m a p ­p e co lo n ia li ch e stu d iavan o (co lo rate sem p re in tin te d iverse dalla M alesia britan n ica o dalle F ilip p in e am ericane) una sp ecifica realtà territoria le im m agin ata, o gn i g io rn o co n ferm a ta d agli a ccen ti e dalle fis io n o m ie d e i co m p ag n i di classe13.

M a c o s ’era n o tu tti lo ro ? G l i o lan d esi, su ll’a rg o m e n to , erano m o lt o c h ia r i : q u a ls ia s i m a d r e l in g u a p a r la s s e r o , e r a n o i r r i ­m ed iabilm en te inlanders, una d efin izio n e che, co m e i «nativi» inglesi e gli indigenes francesi, p o rtava co n sé u n in volontario e paradossale carico sem antico. In questa colonia, co m e in qualsiasi altra colonia, s ig n ific a v a ch e g li in d iv id u i cu i c i si r ife riv a e ra n o « in fe rio r i» e «ap p arten eva n o a q u e i lu o g h i» (c o m e g li o la n d e s i, c h e e s s e n d o «nativi» d e ll ’O la n d a , le a p p a rten ev a n o ). D e fin e n d o i n ativ i co m e inlanders, gli o landesi sottolin eavano n o n solo la p ro p ria superiorità, m a an ch e il p ro p rio non appartenere a q u ei luoghi. Il term in e im p lica­va an ch e che, nella lo ro co m u n e inferiorità, gli inlanders erano tutti equam ente d isprezzabili, a p rescin d ere dal g ru p p o etn olin guistico o dalla classe di appartenenza. T uttavia an ch e questa m iserabile parità di co n d izio n e aveva un suo p erim etro defin ito, in qu an to spesso era­n o gli stessi inlanders a ch iedersi «nativi d i cosa?» Se gli o landesi p a r­lavan o a vo lte degli inlanders co m e d i una categoria m on diale, l ’esp e­rienza dim ostrava ch e questa teoria era in realtà p iu tto sto d ifficile da sostenere nella pratica. G li inlanders erano lim itati a ll’in tern o dei c o n ­fin i co lo ra ti d e lla co lo n ia , a ll’este rn o eran o « n ativ i» , in digen es, e indios. In o ltre , la te rm in o lo g ia u ffic ia le d e lle co lo n ie in c lu d e v a la categoria dei vreem de oosterlingen (stranieri orientali), d a l fesso su o ­no d i una m on eta falsa - co m e se fossero «nativi stranieri». Q u esti «stranieri orientali», soprattutto cinesi, arabi e g iap pon esi, anch e se vivevan o nella colonia, g o d eva n o d i u n a co n d izio n e g iu rid ico-p olitica su p erio re a quella dei «nativi d e l lu o go » . L a d e b o le O la n d a , p e r di p iù , era talm ente intim orita dalla fo rza econ o m ica e m ilitare degli o li­garch i M eiji, da nom inare, dal 1899, i g iap po n esi delle co lo n ie «eu ro ­p ei onorari» . D a tu tto ciò , p e r un a sorta di sed im en tazion e, g li in­landers, da cui erano d u n q u e esclusi i b ianch i, gli o landesi, i cinesi, gli arabi, i g iap pon esi, i «nativi», gli indigenes e gli indios, d iven n ero una categoria sem p re p iù specifica; fin ch é, co m e larva uscita dal b o zzo lo , essa si trasform ò nella farfalla chiam ata «Indonesia».

l3F in o a 60 anni, S u kam o non v id e m ai l ’Ir ia n occidentale p e r cu i pu re lottò così duram ente. Q u i, com e n elle m appe delle scuole, possiam o vedere la fantasia farsi realtà. C fr. N o li ed E l Periquillo Sarmento.

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Se è v e ro ch e co n ce tti co m e inlander o « n ativo» n o n p o tr e b b e ro m ai d iven tare co n cetti razzisti a valen za gen erale, p e rch é a ffo n d an o le rad ici in un h abitat sp ecifico , il caso d e ll’In d o n esia n o n ci d eve p ortare a cred ere ch e ogn i habitat «nativo» a b b ia fro n tiere p re o r­d in ate o im m utabili. D u e esem p i dim ostreran n o il con trario: l ’A fr i­ca o ccid en ta le fran cese e l ’In d o cin a francese*.

N e i s u o i an n i m ig lio r i, l ’E c o le N o rm a le W illia m P o n t y d i D akar, p u r essen d o so lo u n a scu o la secon daria , ra p p resen ta va l ’ a p i­ce della p ira m id e scolastica n elle co lo n ie d e ll’A fr ic a o cc id e n ta le 14. A lla W illia m P o n ty s ’in co n tra va n o stu d en ti p ro v e n ie n ti d a q u elle z o n e ch e o g g i c o n o s c ia m o c o m e G u in e a , M a li, C o s ta d ’A v o rio , Senegai e co si via. N o n do vrem m o qu in d i stu p irci se i p ellegrin aggi d i questi ragazzi, term inan ti a D akar, v en n ero in izia lm en te letti in term ini fran co-african i, di cui è un sim bolo in d im en ticab ile il p a ra ­dossale term ine d i négritude (essen za d e ll’«africanità» , esp rim ib ile so lo in fra n cese , la lin g u a , c io è, d e lle le z io n i alla W illia m P o n ty ). L’im p o rtan za della W illiam P o n ty era p erò a ccid en tale e transitoria. Q u a n d o v en n ero costru ite altre scuole seco n d a rie n e ll’A fr ic a o c c i­d en ta le fran cese, i ragazzi p iù b rillan ti n o n d o ve ttero p iù fare pelle-

*[Per i le tto ri n o n fam ilia ri con la storia del Sudest asiatico, Ben edict A n d e r­son affro nta q u i il seguente pro blem a: com e m ai su l te rrito rio d e lle e x In d ie o rien tali o landesi è sorto un solo n u o vo stato in dipen den te ( l ’In d o n e sia ), m entre l ’ex A fric a francese e l ’e x In d o cin a francese si sono fram m entate in una serie di stati distinti, anzi, nel caso d e ll’In d o cin a , in conflitto tra lo ro , com e V ie tn am e C am bogia? R ico rd ia m o che, d o po vari co n flitti, la F ra n c ia assunse i l protettorato della C am bogia nel 1862 e il d o m in io del T o n c h in o e d e ll’A n n am nel 1885 co n il trattato d i T ie n tsin , ma co n tin uò ad annettere altri territo ri della penisola in d o c i­nese fin o al 1907. A lla v ig ilia della prim a guerra m o ndiale l ’U n io n e indocinese fra n ce se co m p re n d e v a p e rc iò il T o n c h in o (a ttu a le V ie tn a m se tte n trio n a le ), l ’A n n am (attuale V ietn am centrale), la C o c in c in a (V ie tn am m e rid io n a le , delta del M e ko ng ), c u i andavano aggiunti il protettorato della C am bo gia, e il regno del Lao s («protetto» dalla F ra n cia ), oggi d iv is i in tre stati (d a i co n fin i spostati risp e t­to a q u e lli o rig in a ri), il V ietnam co n capitale H a n o i, la C am bo gia co n capitale Pn om P enh e il L ao s co n capitale Vientiane. Nota d el curatore]

MP e r le o r ig in i e lo s v ilu p p o d i q u e sta s c u o la , v e d i: A b d o u M o u m o u n i ,

L ’Education eri A friqu e , pp. 4 1 - 4 9 ; sulla sua im portanza po litica: R u m S c h a c h t e r

M o r g h n t i i a u , Political Parties in French-Speaking W est Africa , pp. 1 2 - 1 4 , 1 8 - 2 1 .

O riginariam ente una sem plice école norm ale situata a Sain t-L o uis, venne spostata a G orée, appena fu o ri D ak ar, nel 1 9 1 3 . In seguito venne battezzata com e W illia m M e rla u d -P o n ty, q u a rto go vernatore-generale ( 1 9 0 8 - 1 5 ) d e ll’A fr ic a o ccid e n ta le francese. Serge T h io n m i ha inform ato che il nom e W illia m (e non G u illa u m e ) è stato per lun go tempo di gran m oda n e ll’area attorno B o rd ea u x. H a certo ragione n e ll’attribuire tale popolarità ai legam i sto ric i con l ’In g h ilte rra creati dal com m er­cio del vino; è però verosim ile che essa risalga ai tem pi in cu i B o rd e a u x (G uyen - ne) era ancora saldam ente parte del regno governato da Lo ndra.

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grinaggi così lu n gh i. In o gn i caso, la centralità ed u ca tiv a d e lla W il­lia m P o n t y n o n c o r r is p o n d e v a in a lc u n m o d o a u n a c e n tra lità am m inistrativa d i D akar. L ’in terca m b ia b ilità degli s tu d en ti d e ll’A fr i­ca o cc id e n ta le fra n cese sui b a n ch i d e lla W illia m P o n ty n on co rr i­sp o n d eva a u n ’even tu ale lo ro in terca m b ia b ilità n ell’am m inistrazion e co lon iale. Q u in d i, fin ita la scuola , g li stu d en ti to rn avan o a casa p er d iven tare, alla fine, lea d e r n azion alisti in G u in e a o n el M ali, m an te­n en d o p erò un a sorta d i cam eratism o t ip ic o d e ll’A fr ic a o ccid en ta le, sco m p arso p o i n elle su ccessive g e n era z io n i15.

In m o d o sim ile, p e r u n a g e n e ra z io n e di a d o le scen ti relativa­m en te istruiti, il co n cetto ib rid o e cu rio so d i « In d o cin a» e b b e un reale, co m p ro v a to sign ificato im m a g in a to 16. Q u e s t ’entità, v a rico r­dato, n o n e b b e esisten za u ffic ia le se n o n n el 1887, e raggiu n se la sua co m p leta esten sio n e territo ria le so lo n el 190 7, an ch e se risalivano a un seco lo p rim a le in tro m issio n i fran cesi n ell’area. P iù in gen erale, la p o l i t i c a s c o l a s t i c a a d o t t a t a d a i d o m i n a t o r i c o l o n i a l i d e ll ’« In d o cin a» a v e v a fo n d a m e n ta lm e n te d u e s c o p i17, ch e co n tr i­b u iro n o en tram bi alla crescita di un a co scien za « in docin ese» . Il p ri­m o era d i sp ezza re i legam i p o litico -cu ltu ra li esistenti tra le p o p o la ­z ion i co lo n izza te e il m o n d o extra-in d o cin ese. P e r q u e l ch e riguar­dava la « C a m b o g ia » e il « L a o s» 18, il b e rsag lio era i l S iam , ch e aveva

15N o n sem bra esserci stato niente d i sim ile n e ll’A fric a o ccid e n ta le inglese, vu o i perché le co lonie inglesi n o n erano co n tigu e tra loro, o p e rch é L o n d ra era abbastanza ricca e lib e ra le da creare scu o le seco n d a rie quasi sim ultaneam ente nei territo ri m aggiori, v u o i p e r il lo calism o delle o rgan izzazio n i m issio n arie p ro ­testanti riv a li. L ’A ch im o ta S ch o o l, una scu o la se co n d a ria fon data d a l regim e co lo n ia le ad A ccra nel 19 2 7, d iven ne presto la vetta d i una sp e cifica piram ide educativa della C osta d e ll’O ro , e d o p o l ’in dip e n d en za fu l ì che i f ig li d e i m in istri andaron o p e r im parare a succedere ai p ro p ri pa d ri. U na vetta riva le , M fan tsipim Secondary School, aveva il vantaggio d i una m aggiore antichità (venne fondata nel 1 8 76 ), ma lo svantaggio della posizione p e riferica (C ape C oast) e della sua estraneità allo stato (restò in m ano ai re lig io si ben oltre l ’in d ip e n d en za ). D evo quest’inform azion e a M o ham ed C ham bas.

16P ortò, tra l ’altro, a un P artito C o m u nista indocinese che d u rò lo spazio di una generazione (1 9 3 0 -1 9 5 1 ? ), a cu i, per un b reve pe rio d o , p a rte cip a ro n o giova­n i la cu i m adrelingua poteva essere il vietnam ita, lo kh m er o il lao. O g g i, la n a sci­ta d i questo partito viene vista talvolta com e espressione d i u n «a n tico espansio­nism o vietnam ita». In effetti il C o m in te rn lo desunse d al sistem a e ducativo (e, in m in o re m isura, am m inistrativo) d e ll’In d o c in a francese.

,7Q u esta p o lit ic a v ie n e d is cu s sa a b ilm e n te e a p p ro fo n d ita m e n te in : G a i l

P a r a d i s e K e l l y , Franco- Vietnam ese Schools, 19 18 to 1938. P u rtro p p o , l ’autore si concentra esclusivam ente sulla p o po lazion e in do cin ese d i lin gua vietnam ita.

l8U so questa term inologia, forse inesatta, p e r enfatizzare le o rig in i c o lo n ia li di queste entità. I l « L a o s» venne assem blato da un grappo lo d i p rin c ip a ti riv a li, la-

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talvolta in passato esercitato la sua sovranità sui d u e stati, e co n lo ro co n d iv id e va riti, istitu zio n i e lin g u a sacra d e l B u d d ism o H in aya n a (lingua e scrittura in uso nelle basse terre del L ao s erano, e sono, stret­tam ente legate a quelle dei thai). F u p ro p rio p er queste p re o ccu p azio ­ni che i francesi sperim entarono p er la p rim a volta in queste zo n e - le ultim e ad essere state strappate al Siam - le co sid d ette «scuole p ago d a rinnovate», progettate p er sottrarre all’in flu en za thai i m o n aci kh m er e i loro discepoli, e portarli n ell’orbita in d o cin ese19.

N e ll ’In d o cin a orientale (la m ia a b b re v ia zio n e p e r « T on chin o», «A nn am » e « C o cin cin a» ), bersag lio erano la C in a e la civiltà cinese. A n c h e se avevano p er secoli d ifeso la lo ro in d ip e n d en za da P e ch in o , le dinastie ch e regn avan o ad H a n o i e H u é a veva n o fin ito p e r assu ­m ere u n a fo rm a di go vern o sim ile al m an d arin ato cinese. Il re c lu ta ­m en to n ella m acch in a statale era su b o rd in a to a esam i scritti sui c la s­sici d el C o n fu cian esim o; i d o cu m en ti u fficia li erano scritti in ca ra tte­ri cinesi; e la classe d o m in an te su b iva p esan tem en te l ’in flu en za c u l­turale cinese. Q u e sti antichi legam i assunsero un carattere in d e s id e ­rato q u an d o, d o p o il 1895, co m in ciaro n o a filtrare dai co n fin i set­ten trion ali della co lo n ia gli scritti d i riform atori cin esi co m e K ’ang Y u -w e i e L ia n g C h ’i-ch ’ ao, e d i n a z io n a listi c o m e S u n Y a t-se n 20. P e rc iò g li esam i sui classici co n fu cian i ve n n e ro a b o liti n el 19 1 5 nel « T o n ch in o » e n el 19 18 in « A n n am » . D a allora in p o i, i fu n zio n ari p u b b lic i d ’In d o cin a sareb b ero stati reclutati so lo attraverso il siste­m a sco la stico co lo n ia le fra n c e se ch e si stava a n co ra s v ilu p p a n d o . In o ltre , p e r sp ezzare a n co r p iù i leg am i co n la C in a , e co n lo stesso

scian do p iù della metà della po po lazion e d i lin gu a lao n el Siam. I co n fin i della «C am b o g ia» n o n ric o p ro n o nessun p a rtico la re territo rio del regno preco lo n iale, né co rrisp o n d o n o alla d istrib u zio n e degli in d iv id u i d i lin g u a khm er. A lc u n e ce n ­tinaia di m igliaia d i essi si ritro va ro n o in trap p o la ti nella « C o c in c in a » , d a n d o o r i­gine nel tem po a una distinta co m u nità nota com e «k h m e r k ro m » (kh m er del basso fium e).

’ ’ P erseguiron o questo sco po fo n dando negli a n n i ‘30 l ’E c o le S u périeure de P a li a P h n o m Penh, un collegio ecclesiastico co n tro llato da m o naci d i lin g u a sia lao, sia khm er. I l lo ro d i sottrarre i b u d d isti d a ll’in flu en za d i B a n g ko k sem bra n o n aver avuto m olto successo. N e l 1942 (po co d o p o che, co n l ’aiuto d el G ia p ­pone, il Siam riottenne il co n tro llo d i gran parte della «C a m b o g ia » n o rd -o cci- dentale), i francesi arrestarono u n ven erabile professore d e ll’E c o le p e r possesso e d istrib u zio n e di m ateriale educativo thai «sovversivo ». (P ro b a b ilm e nte si trattava d i testi scolastici ultran azio n alisti p ro d o tti dal regim e violentem ente anti-francese d el feldm aresciallo P laek P h ib u n so n g k h ra m (1938-194 4).

“ D a v i d G . M a r r , V ietnam ese Tradition on Trial, 19 2 0 -19 4 5 , p. 146. N o n m eno allarm anti furo no le tra d u zio n i cin esi clandestine d i a uto ri francesi qu ali Rousseau. ( K e l l y , Franco-Vietnam eseSchools, p . 19).

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passato in d ige n o , ven n e vo lo n tariam en te p ro m o sso il q u òc ngu, un sistem a d i scrittura la tin o id e a to da m issionari gesuiti n el ’60021 e ad o ttato dalle auto rità della « C o cin cin a» già in to rn o al 1860. C o sì, p e r le n u o ve gen era zion i d i v ietn am iti co lo n izza ti fu ro n o resi in a c­

cessib ili i d o cu m en ti d in astici e la letteratu ra antica22.Il se co n d o o b iettiv o d e lla p o litica scolastica era d i p rep arare

un a qu o ta calibrata d i in d o cin esi fra n co fo n i, p e r co stitu ire u n ’élite p o litica m en te a ffid ab ile , r ico n o scen te e istruita, ch e co lm asse i g ra ­

dini in ferio ri della b u ro cra zia d ella co lo n ia e d elle p iù gran d i ditte co m m ercia li23.

P o ssiam o sorvolare sui dettagli d e l sistem a ed u ca tiv o coloniale.

L a caratteristica ch e c ’in teressa fu ch e q u esto sistem a d ie d e vita a u n ’un ica, p u r se vacillante, p ira m id e, i cu i grad in i p iù alti, a lm eno fin o agli anni ’30, erano tutti rivolti verso l ’est d e ll’In d o cin a . F in o ad allora, ad esem p io, i soli licei statali si tro vavan o ad H a n o i e Saigon; e p er tu tto il p er io d o colon iale p reb ellico , l ’unica università d ’In d o cin a era a d H a n o i, p e r co sì d ire «di fro n te» al p a la zzo d e l G o ve rn ato re gen era le24. G li scalatori d i q u esta p ira m id e p ro v e n iv a n o d a tutti i g r u p p i lin g u is t ic i d e l p o s s e d im e n to fra n c e se : v ie tn a m iti, c in esi, k h m e r e lao (e n u m ero si g io v an i co lo n i francesi). P e r g li scalatori, p ro v e n ie n ti, p e r e se m p io , da M y T h o , B a tta m b a n g , V ie n tia n e o

2lN e lla sua ultim a v ersio n e, questo sistem a d i scrittura vien e generalm ente a ttrib u ito ad A le x a n d re de R ho d e s, un valente lessicografo che n el 1651 p u b ­b lic ò il n otevole Dictionarium annamiticum, lusitanum et latinum.

22« (M o lt i) fu n zio n a ri co lo n ia li francesi del tardo ‘800 ... erano co n vin ti che p e r realizzare u n a co lonizzazione perm anente si dovesse rid im en sio n are drastica­m ente l ’in flu en za cinese, com preso i l sistema d i scrittura. I m issio n ari avevano spesso v isto n ei letterati co n fu cia n i i l p rin cip a le ostacolo alla conversione cattoli­ca del Vietnam . P e r cu i, dal lo ro p u n to d i vista, elim in are la lin gu a cinese c o rr i­spo ndeva a iso la re i l V ie tn am dal suo retaggio e dalle sue élites tra d iz io n a li» . ( M a r k , Vietnam ese Tradition, p. 145). K e lly cita u n o scrittore co lon iale: « L ’inse­gnam ento e sclu sivo del quòc ngu ... avrà il risultato d i trasm ettere ai vietnam iti solo la letteratura e la filo so fia francesi che vogliam o (fargli conoscere). (Q u e lle opere), cioè, che n o i crediam o p e r lo ro u t ili e facilm ente assim ilabili: solo quei testi che n o i traduciam o in quòc ngu.» Franco-Vietnam ese Schools, p. 22.

2, V e d i: Ibidem , pp. 14-15. P e r u n p iù basso, p iù am pio strato d i in do cin esi, il governatore generale A lb e rt Sarraut (autore del C o d ice di P u b b lic a Istru zio n e del 1 9 1 7 ) auspicava « u n ’educazione sem plice, rido tta a ll’essenziale, che permetta al ba m b in o d ’im parare tutto qu ello che gli sarà utile sapere n ella sua um ile c a r­riera di co n tadin o o artigiano p e r m ig liorare le co n d iz io n i n aturali e sociali della sua esistenza». Ibid., p. 17.

24N e l 1 9 3 7 s ’iscrissero in tutto 631 studenti, d i cu i 58 0 nelle facoltà d i legge ed econom ia. Ibid., p. 79 ; v e d i anche pp. 69-79, p e r la cu rio sa storia d i questa istituzione, fondata nel 1906, chiusa nel 1908, riaperta nel 1918 e fin o al ‘40. P er quanto glorificata, essa non era n u lla p iù d i un generico biennio.

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V in h , il significato del loro «convergere» era di essere «indocinesi», n ello stesso m o d o in cui il co rp o studentesco di B atavia o B an d u n g do veva interpretarsi com e «indonesiano»25. Q u e st’idea d ’Indocinesità, a n ch e se a b b a sta n za reale, fu p e rò im m a g in ata so lo d a u n ’e sig u a com unità, e solo p er un breve p eriod o. P erch é essa si rivelò così evane­scente, m entre invece PIndonesianità sep p e sopravvivere e radicarsi?

In n an zitu tto , v i fu un n etto m u tam en to d i rotta n ell’ istruzione co lo n ia le , in p a r tic o la re n e ll ’In d o c in a o r ie n ta le d a l 1 9 1 7 in p o i. L ’e lim in a zio n e d e i tra d izio n a li esam i co n fu c ia n i p ersu a se sem p re p iù m em b ri d e ll’é lite vietnam ita a iscrivere i lo ro figli alle m igliori scu o le fra n cesi p e r ga ra n tire lo ro un fu tu ro n e ll’ am m in istra zio n e locale. L a co m p etiz io n e ch e n e d eriv ò p e r assicurarsi i p o c h i p o sti a d isp o siz io n e , p o rtò a una reazio n e p artico la rm en te fo rte d a p arte d e i co lo n i, ch e v e d e va n o le scu o le co m e u n ’area riservata p e r lo p iù ai francesi. L a so lu zio n e d e l regim e co lo n ia le fu di creare un sistem a e d u ca tiv o sep arato e su b o rd in a to « fran co-vietn am ita» , ch e p o se una p artico la re enfasi, sp ecie p e r le classi p iù basse, su ll’istru zio n e in lin ­gu a g g io vietn am ita tram ite il qu òc ngu (m entre il fran cese era p en sa ­to co m e seco n d a lin gua)26. Q u e s to m u ta m en to d i p o litica p o rtò a d u e risultati co m p lem en tari. D a un lato la p u b b lica zio n e , p ro m o ssa dal go vern o , d i centin aia d i m igliaia d i sillabari qu òc ngu a ccelerò s i­

23P oiché m i concentrerò su kh m er e vietnam iti, questo p u ò essere il posto giu­sto p e r accennare a qu alch e lao tian o im portante. L ’attuale p rim o m in istro del L ao s, K aysone P h o u m vih a n , frequentò la facoltà d i m e d icin a d e ll’u n iversità d i H a n o i alla fine degli anni ‘30. I l capo dello stato, il p rin cip e Souphanouvong, pre­se la m aturità al liceo A lbert Sarraut d i H a n o i prim a d i ottenere u n a laurea in inge­gneria in F ran cia. Suo fratello maggiore, il p rin cip e Phetsarath Ratanavongsa, che g u id ò il b reve g o v e rn o a n tic o lo n ia le d i L a o Is s a ra (L a o s L ib e r o ) a V ie n tia n e d a ll’ottobre del ‘45 a ll’aprile del ‘46, aveva preso la m aturità al liceo Chasseloup- Lau bat di Saigon. P rim a della seconda guerra m ondiale, la p iù alta istituzione edu­cativa del «L a o s» era il p icco lo Collège (ginnasio) Pavie, a V ientiane. V e d i: J o s e p h

J. Z a s l o f f , Pathet Lao, pp. 104-105; e « 3 34 9 » (pseudonim o d i Phetsarath Ratana­vongsa), Iron Man o f Laos, pp. 12 e 46. E ’ interessante, credo, che descrivendo i suoi studi a P arigi, Phetsarath p a rli dei suoi com pagni d i classe laotiani, khm er e vietnam iti com e «studenti indocinesi». V e d i, ad esem pio, ibid.., pp. 14-15.

26Q u in d i, tra il 1917 e il 1918, nei lice i C hasselo up -L au b at e A lb e rt Sarraut, che in pre ce d e nza eran o stati « in te g rati», v e n n e ro aperte « se z io n i n ative » d i standard p iù basso. T a li «sezio n i native» d iven nero p o i rispetdvam ente il Lycée P etrus K y e il Lycé e d u Protectorat. (Iv i, pp. 60-63). C iò nonostante, u n a m in o ­ranza d i fortunati indigenes potè co n tin uare a frequentare i « v e ri lycées francesi» (un adolescente, N o ro d o m S ih an ou k, frequentò lo C h a sselo u p -L au b at), m entre una m inoranza d i «fran cesi» (soprattutto eurasiatici e lo c a li co n u n o status legale francese) frequentarono il P e trus K y e il suo istituto gem ello ad H a n o i.

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gn ificativam en te la d iffu sio n e di q u esto g e n ere d i scrittura di o rig ine e u ro p e a , p o r ta n d o lo a e sse re , tra il 19 2 0 e il 19 4 5 , i l m e z z o d i esp ression e p o p o la re della solidarietà cu ltu rale (e nazionale) v ie tn a ­m ita 27: a n ch e se so lo il 10% della p o p o la z io n e d i lin g u a vietnam ita sap eva leg g e re e scrivere n egli anni ’30, si trattava p e rò d i una p e r ­ce n tu a le sen za p re ced e n ti n ella storia d e l p aese. P e r d i p iù questi letterati, al co n trario d i qu e lli co n fu cian i, avevan o u n n etto interesse ad a c c re s c e r e il p ro p r io n u m ero . (S im ilm e n te , in « C a m b o g ia » e « L ao s» , su u n a scala p iù ridotta, le autorità p ro m o ssero la stampa d i testi sco lastici n elle lin g u e lo cali, p rim a n eg li id e o g ra m m i tra d iz io ­nali, e p iù tard i, e in m o d o p iù fleb ile , in scrittu re rom an izzate)28. D a l l ’ a l t r o la t o , q u e s ta p o l i t i c a s e r v ì p o i a i s o la r e i r e s id e n t i d e ll’In d o cin a o rien ta le ch e n o n avevan o il v ietnam ita co m e lingua m a d re . F u n z io n ò , ad e se m p io , n e l ca s o d e g li k h m e r k r o m d e lla « C o cin cin a» p er riorien tare le lo ro am b izio n i a risalire il co rso del M eko n g*. Q u in d i gli ad o lescen ti k h m er k ro m ch e aspiravan o a una m ig lio re e d u ca zio n e n ella cap ita le am m inistrativa d e ll’In d o c in a (e, p e r p o ch i e letti, p ersin o in F ran cia) p re se ro sem p re p iù la d e v ia zio ­n e p e r P h n o m P e n h p iu tto sto ch e l ’au to strad a d i Saigon .

In seco n d o lu o go , n el 1935, il C o llè g e S isow ath d i P h n o m P en h fu p ro m o sso al grad o d i lycée, con u n o status pari, e un cu rricu lum id en tico , a quelli dei g ià esistenti licei di S a igon e H an o i. A n c h e se all’in izio gli studenti erano soprattutto (nella trad izio n e del C ollège) fig li d i m e rca n ti lo c a li s in o -k h m er, o d i fu n z io n a r i v ie tn a m iti, la percen tu ale dei nativi k h m er aum entò rap idam en te29. Si p u ò dire che, dal 1940, gran parte degli adolescen ti di lingua k h m er co n un a solida is tru z io n e se co n d a ria fra n c ese , l ’a v e v a n o co n se g u ita n e ll ’e le ga n te capitale ch e i colonialisti avevano costru ito p er i N o ro d o m .

27M a r r nota che negli anni ‘20 «neanche il p iù ottim ista degli intellettuali (di lingua quòc ngu) avrebbe im m aginato che solo d u e de ce n ni p iù tardi, i citta d in i d i una R e p u b b lic a dem ocratica del V ie tn am avrebbero potuto co n d u rre tutti gli affari p iù im p ortan ti — p o litic i, m ilitari, e co n o m ici scie n tific i e a ccadem ici — in u n v ie tn a m ita p a rla to u n ito a u n sistem a d i s c rittu ra q u òc ngu». "Vietnamese Tradition , p. 150. F u una sgradita sorpresa anche p e r i francesi.

28V a notato che u n o d ei p rim i temi di d iscu ssion e d ei nazio n alisti kh m er dei ta rd i a n n i ‘3 0 era la «m in a ccia » d i u n a co sid d e tta «quòc ngù-izzazio n e» della scrittura k h m e r da parte delle autorità co lon iali.

*[N e i term in i degli stati attuali, n e ll’ex In d o c in a francese il M e ko n g perco rre il L aos lun go la frontiera tailandese, traversa la C am bo gia e con un grande delta sb o cca in m are n el V ie tn a m m e rid io n a le , a p p e n a a su d d i Saigon. N ota d el curatore]

29I1 m o d ello n o n fu sub ito seguito a V ie n tia n e . T oye rip o rta che n el corso degli ann i ‘3 0 solo 52 lao tiani si d ip lo m aro n o al C o llè g e (definito erroneam ente Lycé e ) Pavie, co ntro 96 vietnam iti. Laos, p. 45.

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In terzo lu o g o in In d o cin a m an cò u n vero e p ro p rio isom orfism o tra i p ellegrin aggi scolastici e quelli am m inistrativi. I fran cesi non si fe ­cero scru poli a far n otare che, anch e se i vietnam iti erano avidi e slea­li, erano co m u n q u e p iù en ergici e intelligenti d egli «infantili» k h m er e laotiani. Q u in d i n ell’In d o cin a o ccid en ta le fece ro m assiccio u so di fun zion ari vietnam iti (cioè d ell’In d o cin a orientale)30. I 176.000 v ie t­nam iti che risiedevano in C a m b o g ia nel 19 3 7, an ch e se erano m en o d ell’ 1 % d ei 19 m ilioni d i lingua vietnam ita d e ll’In d o cin a (ma circa il 6% della p o p o la zio n e del P ro tetto rato ), fo rm a ro n o u n g ru p p o relati­vam en te p ro sp ero , p e r cui il co n cetto d ’In d o cin a e b b e un sign ificato p iu tto sto so lido, co m e a ccad d e anch e ai 50.000 vietnam iti inviati nel «L aos» prim a del 1945. In particolare i fun zio n ari trasferib ili in tutte le c in q u e s o tto s e z io n i d e lla c o lo n ia , p o te v a n o b e n im m a g in a r e l ’In d o cin a co m e l ’o rizzo n te p iù am pio in cu i operare.

M e n o facile era im m agin are q u e st’entità p e r i fu n zio n ari la o ­tiani o khm er, an ch e se n o n v i era u n vero e p ro p rio d iv ieto fo rm a leo leg ale a u n a carriera in teram ente in d o cin ese. A n c h e i g io van i p iù a m b iz io s i tra i c ir c a 32 6.0 0 0 (n e l 19 3 7 ) k h m e r k r o m re s id e n ti d e ll’In d o cin a o rientale (che rap p resen tavan o fo rse il 1 0 % d e ll’in te ­ra p o p o la z io n e d i lin g u a k h m er) ca p iro n o ch e in pratica a v e v a n o b e n p o c h e p r o s p e tt iv e d i c a rr ie r a fu o r i d a lla « C a m b o g ia » . G l i k h m e r e i la o tia n i p o te v a n o sì se d e re a cca n to ai v ie tn a m iti n elle scu o le m ed ie e nei licei d i lingua fran cese a S a igo n e ad H a n o i, m a d iffic ilm en te a vreb b e ro p o i co n d iv iso un u ffic io c o n lo ro . C o m e i g io v an i d i C o to n o u e A b id ja n a D akar, a n ch ’essi era n o d estin ati a ritornare, d o p o il d ip lo m a, alle «sedi» ch e il co lo n ia lism o aveva d e ­lim itato p e r lo ro . In altre p aro le, an ch e se i lo ro p e llegrin a ggi s co la ­stici era n o d iretti ve rso H a n o i, il lo ro v ia g g io am m in istra tivo era destin ato a co n clu d ersi a P h n o m P e n h o V ien tian e.

D a q u este co n tra d d iz io n i em ersero q u e g li s tu d en ti d i lin g u a k h m er ch e in segu ito verran n o rico rd a ti co m e i p rim i n azio n alisti ca m b o gia n i. C o n sid e ra to il « p ad re» d e l n azio n a lism o kh m er, S o n N g o c T h a m h , era, co m e su ggerisce il su o n o m e « vietn am izzato » , un k h m er kro m e d u ca to a Sa igo n , e p e r un ce rto p e r io d o aveva r ic o ­p e rto un a carica giu d iziaria m in o re in quella città. A m età d eg li anni trenta, p e rò , d ecise d i lasciare la P a rig i d e l delta d e l M e k o n g p e r

30E ’ p o ssib ile che q u est’in flu sso andasse d i p a ri passo co n l ’ istituzio n e del sistema scolastico franco-vietnam ita, perch é d iro ttò i vietnam iti dalla co m pe tizio ­ne con i citta d in i francesi nella p iù avanzata parte orien tale d e ll’In d o cin a . N e l 1 9 3 7 , 3 9 .0 0 0 europei vivevano in « C o c in cin a » , in «A n n am », e nel « T o n c h in o » , e solo 3 .1 0 0 in Cam bogia e Laos com binati. M a k r , Vietnam ese Tradition, pag 2 3 .

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c e r c a r e un fu t u r o p iù p r o m e tte n te n e lla su a B lo is . I l p r in c ip e Siso w ath Y o u te v o n g fre q u e n tò la scu o la m ed ia a S a igo n p rim a di recarsi in F ran cia p e r g li stu d i su p erio ri. Q u a n d o to rn ò a P h n o m P en h , q u in d ici anni d o p o , fin ita la seco n d a gu erra m on diale , p a rte ­c ip ò alla fo n d a z io n e d e l P a rtito d e m o cra tico (k h m er) e fu p rim o m in istro tra il ’4 6 e il ’47. I l su o m in istro della d ifesa, S o n n V oeu nn - sai, fe ce a ll’in circa lo stesso p erco rso . Il p rim o m in istro d em o cratico tra il ’5 1 e il ’5 2 , H u y K a n th o u l, si d ip lo m ò aW école norm ale di H a n o i n el 1 9 3 1 , e rito rn ò q u in d i a P h n o m P e n h , d o v e e n trò nel c o rp o in segn an te d e l L ycée S iso w a th 31. L ’esem p io m ig lio re è fo rse q u e llo d i le u K o e u s , p r im o di u n a tr is te serie d i le a d e r p o lit ic i k h m er assassinati32. N a to n ella p ro v in cia d i B a tta m b a n g nel 1905, q u a n d o c io è e ra a n c o r a g o v e r n a ta d a B a n g k o k , fr e q u e n tò u n a « scuola p a g o d a riform ata» lo ca le , p e r p o i entrare in un a scuola e le ­m entare « in docin ese» n ella città di B attam b an g. N e l 19 2 1 si trasferì al C o llè g e S iso w ath n ella cap ita le del P ro tetto ra to , e p o i a u n collège de com m erce ad F lan o i, d o v e si d ip lo m ò n el 1927 tra i m iglio ri della sua classe d i francese. V o le n d o studiare ch im ica a B o rd e a u x , riu scì a su p erare l ’esam e di am m ission e. A q u esto p u n to p e rò lo stato c o lo ­n iale ferm ò la sua ascesa a ll’e ste ro e d o v e tte co sì to rn are alla sua città n atale d i B a tta m b a n g , d o v e aprì u n a farm acia ch e co n tin u ò a gestire an ch e d o p o ch e B a n g k o k aveva rio tten u to la p ro v in cia nel 19 4 1. D o p o il co llasso d e ll’a p p a ra to statale g ia p p o n ese n ell’agosto d el ’4 5 , riap p arve in « C a m b o gia » c o m e p arlam en tare dem o cratico . V a n otato che le u K o e u s fu , a suo m o d o , un d isce n d e n te d eg li illu ­stri filo lo g i d e lla v e cch ia E u ro p a , in q u a n to p ro g e ttò u n a tastiera p e r m a cch in e d a scrivere adatta alla lin g u a khm er, e p u b b lic ò i due vo lu m i d ello Pheasa K h m er (L a lin g u a kh m er) o , co m e reca l ’in ga n ­n e v o le t ito lo d e ll ’e d iz io n e d e l 19 6 7 , L a langue ca m bod ien n e (U n essai d ’étude raisonnée)i} . Q u e s to testo , p e rò , a p p a rve p e r la prim a vo lta n el 19 4 7 (so lo il p rim o vo lu m e), q u a n d o il su o autore era p r e ­s id en te d e ll’A ss e m b le a co stitu en te a P h n o m P e n h ; n o n certo nel 1 9 3 7 , q u a n d o e g li v iv a c c h ia v a a B a tta m b a n g , q u a n d o a n c o r a il L y cé e S iso w a th n o n a ve va d ip lo m a to n essu n o s tu d e n te d i lin g u a kh m er, e q u a n d o il c o n ce tto d i « In d o cin a» a ve va an co ra un a sua

H Q uesti dati b io g ra fici m e li ha gentilm ente fo m iti Steve H e ld e r.32M o rì nel 1950, in un attentato dinam itardo al quartier generale del Partito

dem ocratico, organizzato da una m ano sconosciuta, ma probabilm ente principesca.3}P u b b lic a to a P h n o m P e n h dalla L ib ra ir ie M itserei (L ib e ri A m ic i). « In g a n ­

n evole» perché l ’intero testo è in lin gua khm er. I dettagli della bio grafia d i le u K oe us, tratti dal n ecro lo g io scritto p e r la sua crem azione n el 1964, m i sono stati generosam ente dati da Steve H e d e r.

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effìm era realtà. N e l 19 4 7 , le p erso n e d i lin g u a kh m er, p er lo m en o q u e lle p ro v e n ie n ti d a lla « C a m b o g ia » , n o n fre q u e n ta v a n o p iù le scu o le di Saigon o d i H a n o i. Stava n ascen d o un a n u o v a gen erazion e p e r cu i 1’ «Indocin a» era storia e il «V ietn am » u n a v e ra e p ro p ria n a ­zio n e straniera.

E a n ch e vero ch e le bru tali in vasio n i e o c c u p a zio n i o rd in a te p e r tu tto l ’SOO dalla din astia N g u y e n d i H u é , co m p rese q u elle in cu i la « C o cin cin a» fin ì p e r essere annessa a l V ietn am , lascia ro n o am ari ricord i tra i khm er. U n a sim ile am arezza esisteva p e rò an ch e nelle In d ie olandesi: sun dan esi co n tro giavanesi; b a ta k co n tro m in an gka- bau; sasak co n tro balinesi; toraja co n tro b ugin esi; g iavan esi co n tro am bon esi e co sì via. L a co sid d e tta «p o litica federalista» p ro m o ssa tra il 19 4 5 e il 19 4 8 d a l fo r m id a b i le v ic e g o v e r n a t o r e g e n e r a le H u b e rtu s van M o o k p e r aggirare la g io van e re p u b b lica in d o n esian a m irava p ro p rio a sfruttare qu esti co n trasti34. N o n o sta n te u n ’on d ata d i r ib e llio n i e tn ic h e tra il 19 5 0 e il 19 6 4 , l ’ « In d o n e sia » r iu sc ì a so pravvivere, in p arte p erch é B atavia rim ase l ’ap ice d e lla p ira m id e scolastica, e in p arte p e rch é la p o litica am m inistrativa co lo n ia le n on rim an dava i sun dan esi istruiti nelle ca m p ag n e d elle « Su n d alan d s» , o i b a ta k alle lo ro terre d ’o rig in e , gli a ltip ian i d el N o r d d i Sum atra. Q u a s i tutti i m a ggio ri g ru p p i e tn o lin g u istic i, a lla fin e d e l p e r io d o co lo n ia le , a cce tta v a n o o rm a i l ’ id e a d i a p p a rte n e re a d u n o stesso a rc ip e la g o in cu i o g n u n o a ve va un ru o lo d iv erso d a in terp retare . In fa tti, s o lo u n a d e lle r ib e llio n i d e g li an n i 19 5 0 -6 4 e b b e in te n ti separatisti; tu tte le altre eran o in realtà co m p etiz io n i all’ in tern o d e l sistem a p o litico in d o n esia n o 35.

In oltre , non si p u ò ign o rare il cu rio so p erco rso p e r cu i alla fin e d egli anni ’20 c ’era orm ai una vera, au to co scie n te « lin gu a in d o n e sia ­na». C o m e ciò sia a ccad u to , m erita u n a d igressione. A b b ia m o già ric o rd a to ch e le In d ie era n o state e ffe ttiv a m e n te g o v e rn a te d a g li o lan d esi so lo in p arte e c o n u n certo ritardo. C o m e p o te v a essere altrim enti, visto ch e g li o lan d esi a veva n o in trap reso le lo ro c o n q u i­ste a ll’in izio del ’600, m e n tre istru z io n i in lin g u a o lan d e se p e r gli inlanders fu ro n o fo rm u la te sistem aticam ente so lo a ll’in izio del ’900?

34V e d i : K a h i n , N ationa lism , c a p i t o l o 1 2 ; A n t h o n y R e i d , T h e Indonesian N ational Revolution, 1945-50, c a p i t o lo 6 ; e H e n r i A l e r s , O m een rode o f groene M erdeka.

35L ’eccezione fu il fallito tentativo d i creare un a R e p u b b lic a delle M o lu cch e M e rid io n a li. M o lti am bonesi erano stati m assicciam ente re clu tati nella fin tro p p o repressiva m iliz ia coloniale. M o lti d i essi com batterono a fianco d i V a n M o o k co n tro la neonata e riv o lu zio n a ria R e p u b b lic a In d o n e sia n a ; d o p o il ric o n o sc i­m ento olandese d e ll’in dipen den za d e ll’In d o n e sia n el 1950 avevano ottim e rag io ­n i per aspettarsi un futuro d ifficile.

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Q u e llo ch e in realtà a w e n n e , co n un p ro cesso len to e in gran parte in volon tario , fu che una strana lin g u a d i stato si evolse sulle basi di un an tica « lin gua franca» in ter-in sulare36. C h iam ata dienstm aleisch («m alese d i servizio» o «m alese am m inistrativo»), questa lin gu a era sim ile p e r tip o lo g ia aU’« o ttom an o » o a q u e l « ted esco fiscale» che em erse d a l p o lig lo tta Im p e ro A s b u rg ic o 37. A lla fin e d e ll’800 aveva saldam ente co n q u istato un p o sto ufficiale. Q u a n d o , d o p o la m età del seco lo , il cap ita lism o-a-stam p a acq u isì so lid e d im en sio n i, la lingua entrò n ell’econ o m ia e nei m edia. U sata a ll’in izio so prattutto da g io r­nalisti ed ed ito ri cinesi e eurasiatici, ven n e adottata dagli inlanders verso la fin e d e l secolo . P resto , la p arte dienst del suo a lb ero ge n ea lo ­gico fu dim enticata e sostituita da un p resu n to p ro gen ito re n elle isole Riau (la p iù im p o rtan te d elle quali, g ià dal 18 19 , era d iven tata - forse p e r fo rtu n a - la S in ga p o re britann ica). N e l 1928, p lasm ata da d u e gen erazion i d i letto ri e scrittori, era p ro n ta p e r essere ad ottata dalla G io v e n tù in don esian a co m e lingua n azion ale (e nazionalista) bahasa Indonesia. D a allora non si è p iù vo ltata in dietro.

P e rò il caso in d o n esia n o , p u r interessante, n on ci d e v e far cre ­d ere ch e , se l ’O la n d a fo sse stata u n a p o te n za p iù g ra n d e 38, o se fosse g iu n ta n el 1850 in v e ce ch e nel 1600, la lin gu a n azio n ale n o n a v re b ­b e p o tu to a ltre tta n to e sse re l ’o la n d e se . N ie n te fa p e n s a re ch e il n azio n alism o d e l G h a n a sia una realtà m en o reale di q u ello in d o n e ­siano so lo p e rch é la sua lin g u a n azio n ale è l ’in glese e n o n l ’ashanti. E se m p re u n e rro re tra tta re le lin g u e co m e fa n n o c e rti id e o lo g i n azionalisti, c ioè, co m e e m b lem i d e lla n azion-ità, alla stregua d i b a n ­d ie re , c o s tu m i, o d a n z e fo lc lo r ic h e . L ’a sp e tto d i g ra n lu n g a p iù im p o rta n te d e lle lin g u e è la lo ro c a p a c ità d i g e n e ra re c o m u n ità im m agin ate, co stru en d o , in effetti, rapporti particolari d i solidarietà. D o p o tu tto , le lin g u e im p eriali son o sem p re dei volgari, p e r di p iù

36V e d i l ’u tile trattazione in J o h n H o i t m a n , « A F o re ig n In ve stm en t: In d ie s M a la y to 1902», Indonesia, 2 7 (a p rile 19 79 ), pp . 65-92.

37I m ilita ri «costituivano una specie d i casta a-nazionale, i cu i m em bri erano soliti co n durre una vita, anche nel lo ro privato, separata dal lo ro am biente naziona­le, e parlare spesso u n a lin g u a speciale, il cosiddetto àrarisch deutsch ( ‘ tedesco fiscale’), com e era ironicam ente definito dai rappresentanti del tedesco letterario, per d ire che era un o strano m iscuglio lin gu istico che non prendeva m olto sul serio le regole della grammatica». J a' s /.i, T he D issolution, p. 144. C o rs iv i d e ll’autore.

38N o n solo n el senso letterale. P oich é, nel ‘7 0 0 e n e ll’800, l ’O lan d a aveva solo una co lon ia, p e r quanto grande e ricca, era m o lto p iù p ra tico istru ire i p ro p ri fu n zio n a ri in un (s in g o lo ) diensttaal n o n -e uro p eo . C o l tem po, v en n e ro aperte scuole e facoltà speciali in m adrepatria per preparare linguisticam ente i fu tu ri fun zio n ari. P e r un im p ero m ulti-co ntinentale invece com e qu ello b rita n n ico non sarebbe bastato u n sin go lo diensttaal\oca\e.

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tra altri vo lg a ri. S e i rad ica li d e l M o z a m b ic o p a rla n o p o rto g h e se , sign ifica ch e è questa lin g u a il m ed iu m co n cu i il M o z a m b ic o vien e im m agin ato (e al tem p o stesso si delim ita rispetto a T an zan ia e Z a m ­bia). D a q u esto p u n to di vista l ’uso d el p o rto gh e se in M o z a m b ic o (o d e ll’in glese in In dia) non è p o i co sì d iverso da ll’uso d ell’ in glese in A u stra lia o d e l p o rto g h e se in Brasile. L a lin g u a n o n è u n o stru m en ­to d i esclu sion e; ch iu n q u e, in linea d i p rin cip io , p u ò im p arare q u a l­siasi lingua. E al con trario fo n d a m en ta lm en te in clu sivo , lim itato s o l­tan to dalla p e cu lia re fatalità d i B abele: n essun o p u ò v iv ere a b b a ­stanza a lu n g o d a im p arare tu tte le lingue. L a lin g u a stam p ata è ciò ch e crea il n a z io n a lism o , n o n un a p a rtic o la re lin g u a d i p e r sé 39. L’u n ico p u n to in te rro g a tiv o rim asto, circa l ’u so d e l p o rto g h e se in

M o z a m b ic o o d e ll’inglese in In dia, è se il sistem a am m inistrativo e q u e llo sco lastico , in p artico la re il seco n d o , p o ssa n o p o rtare a un a su ffic ien te d iffu sio n e d e l b ilin g u ism o . T re n t’ann i fa , quasi n essun in d o n e sia n o p a rla v a bahasa In donesia co m e p ro p ria m ad relin gu a; o g n u n o aveva la p ro p ria lin g u a «etnica», e so lo a lcu n i, in p artico lare i m e m b ri d e l m o v im e n to n az io n a lista , era n o in g r a d o d i p a r la re a n c h e Bahasa In d o n esia /D ien stm a le isch . O g g i l ’ in d o n e s ia n o è la m ad relin gu a d i m ilioni d i g io v an i in don esian i, tutti co n d iverse o r i­gin i etn olin guistiche.

N o n è an co ra certo se tra tre n t’anni a vrem o un a gen era zio n e d i abitan ti d el M o z a m b ico ch e p arlin o esclu sivam en te « p o rto gh ese m o zam b ica n o » , m a ch e q u esto avven ga n on è, a fin e ’900, u n a c o n ­d iz io n e in d isp e n s a b ile p e r c h é v i sia un sen tim en to d i so lid arietà n a z io n a le . In p r im o lu o g o , i p ro g re s s i te c n o lo g ic i n e lle c o m u n i­cazio n i, so p rattu tto radio e tv, o ffro n o alla stam p a alleati im p en sab i­li un seco lo fa. L a trasm issione in lin g u e d iverse p u ò e vo ca re l ’id ea

39L a testim onianza d i M a rr su llo s v ilu p p o delle lin gu e n e ll’ In d o cin a orientale è decisam ente interessante. E g li fa notare che già in to rn o al 1910 «la m aggior parte dei vietnam iti istru iti co n sideravan o il cinese o il francese d ei m o delli d i c o m u n ic a z io n e ‘s u p e r io r e ’». (V ietn a m ese T ra d itio n , p. 1 3 7 ) . D o p o i l 1920, co m u n q ue , e in parte a causa d ella spin ta d e llo stato verso l ’uso d e ll’alfabeto fonetico quòc ngu, le cose cam biaro no rapidam ente. P e r allora «era cresciuta la co n vin zio n e ch e il vietnam ita parlato fosse un com ponente im portante, e forse essenziale [sic] d e ll’identità nazionale. P e rfin o intellettuali p iù a lo ro agio con il francese che co n la lo ro m adrelin gua co m in cia ro n o ad apprezzare il significato del fatto che alm eno l ’8 5 % d e i lo ro co n n azio n a li parlava la stessa lin g u a» (p. 138). E ra n o orm ai ben co n sci d e l ru o lo svolto d a ll’alfabetizzazione d i massa nel favorire g li stati-nazione d ’E u ro p a e G ia p p o n e . E p p u re M a r r sottolinea che per un lun go p e rio d o n o n vi fu una ch iara co rrelazio n e tra scelta d i lin gua e riv e n d i­ca zio n i po litich e: «Sostenere la m adrelin gu a vietnam ita n on era patriottico, né pro m uo vere il francese era considerato co llaborazio nista», (p. 150).

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d i un a co m u n ità im m agin aria an ch e tra an alfabeti e tra p o p o la z io n i co n m a d re lin g u e d ifferen ti. (C ’è u n a sim ilitu dine co n la ra p p rese n ­

tazio n e del C ristian esim o m e d io ev ale tram ite im m agin i sacre e le tte ­rati b ilingui). In seco n d o lu o g o , i n azion alism i d e l ’900 h an n o , co m e h o p iù vo lte rip etu to , un carattere p ro fo n d a m e n te m o d u lare . P o sso ­n o rifarsi a p iù di un seco lo e m e zzo d i esp erien za e a tre m o d elli diversi di n azionalism o. I lea d e r n azionalisti p o sso n o o rgan izzare i sistem i scolastici civ ili e m ilitari su q u e lli deU’u fficial-n azion alism o;

p o sso n o m o d ella re le e lezio n i, le o rg an izza zio n i d ei partiti e le ce le ­b ra zio n i cu ltu rali su q u elle d el n azio n alism o p o p o la re d e ll’E u ro p a d e ll’800; p o sso n o in fin e sfruttare l ’id e a d e l rep u b b lica n e sim o nata n elle A m erich e . L’id e a stessa d i « n azion e» è orm ai ferm am en te ra­d icata in tu tte le lin g u e scritte e d è virtu a lm en te in sep arab ile dalla co scien za p olitica .

In un m o n d o in cu i lo stato n azio n a le ra p p resen ta la n orm a im p eran te, tu tto c iò fa p en sare ch e le n azio n i p o ssa n o o g g i essere im m agin ate sen za un a co m u n a n za lin gu istica, n on n e ll’in g en u o s p i­rito di nosotros los A m ericanos, m a n ella gen erale co n sa p ev o le zza di q u e l ch e la storia ha d im o stra to essere p o ssib ile40. S em b ra a p p ro ­p r ia to , in ta le c o n te s to , c o n c lu d e r e q u e s to c a p it o lo t o r n a n d o a ll’E u ro p a e p re n d e n d o in co n sid era zio n e b re ve m e n te q u e lle n a z io ­ni la cu i d iversità lin g u istica è stata sp esso usata co m e u n o stru m en ­to p e r co lp ire le teorie d e l n azio n alism o basate sulla lingua.

N e l 18 9 1 , in o c c a s io n e d e l se ice n te s im o a n n iv e rs a r io d e lla C o n fe d e ra zio n e d i S ch w y z , O b w a ld e n e N id w a ld e n , lo stato sv izze ­ro « d e c r e t ò » c h e i l 1 2 9 1 e r a la d a t a d i « f o n d a z io n e » d e l la S v izz e ra 41. T ale d e cis io n e , ch e aveva a sp e tta to 600 an n i p rim a d i essere presa, p resen ta asp etti d ivergen ti e g ià da sola su gg erisce ch e la m o d ern ità , p iù ch e l ’antichità, caratterizza il n azio n alism o sv izze ­ro. H u g h e s arriva ad a fferm are che le festività d el 18 9 1 seg n a n o la n a sc ita d i q u e s to n a z io n a lism o , co m m e n ta n d o c h e « n ella p rim a m età d e ll’800 ... la q u estio n e d e lla n azio n alità ve n n e sentita m o lto p o c o dalla classe b o rg h e se colta: M m e d e Staél (1 7 6 6 -1 8 1 7 ) , F u seli

(1 7 4 1 -1 8 2 5 ) , A n g e lic a K a u ffm a n n (1 7 4 1 -1 8 0 7 ) , S is m o n d i (1 7 7 3 -

40H o scritto «po sso n o» p e rch è esiste ovviam ente una m iriad e d i casi in cu i tale p o ssib ilità è stata, ed è, rifiutata. In tali casi, ad esem pio i l V e cch io Pakistan, la sp ie g a zio n e n o n sta n el p lu ra lism o e tn o -c u ltu ra le , b e n sì n e ll’im p o s s ib ilità d ’intrap ren dere pellegrinaggi.

" " C h r i s t o p h e r H u g h e s , Switzerland, p. 107. Q uesta eccellente opera, p e r cui Seton-W atson esprim e la sua giusta am m irazione, è alla base della trattazione che segue.

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1842), B enjam in C o n sta n t (176 7-18 3 0 ), sono tu tti svizzeri?42» Se la risp o sta im p lic ita è « n o » , c iò d ip e n d e d al fa tto ch e , n e ll’E u r o p a atto rn o alla Svizzera, la p rim a m età d e ll’800 v id e la n ascita d i m o v i­m en ti nazionalisti in cu i le «classi b o rg h e si co lte» (filo lo gi + cap ita li­sti) g io ca ro n o un ru o lo decisivo. P e rc h é allora il n azion alism o si d if­fu se così tard i in Svizzera, e quali co n se g u en ze e b b e q u esto ritardo p e r la sua fo rm a fin a le (Si p en si in p artico la re a ll’o d iern a m o ltep li­cità d i « lingue n azionali» svizzere)?

A lcu n e delle risposte si trovan o nella g io v in ezza dello stato sviz­zero, la cui storia, co m e H u gh es o sserva seccam en te, è d ifficile da tracciare p rim a d el 18 13 -1 5 , «senza l ’a iuto di qu alch e m en zo gn a» 45. H u g h e s ci r ic o rd a c h e la p rim a v e ra c itta d in a n z a sv iz ze ra - co n l ’in tro d u zion e del suffragio diretto (m aschile) e la fin e d ei dazi «inter­ni» e delle aree dogan ali - fu un tragu ard o ch e la R e p u b b lica E lvetica raggiunse forzatam en te grazie all’o ccu p a zio n e francese d e l 1798. Solo n el 1803 lo stato incluse un significativo n u m ero d i abitanti d i lingua italiana, con l ’acquisizion e del T icino. S o lo n el 18 15 otten n e le p o p o ­lo se zon e d i lingua francese di Valais, G in e v ra e N e u ch a te l44 da una ven dicativa Santa A llean za anti-francese, in cam b io della neutralità e di un a costitu zion e altam ente con servatrice. In effetti, l ’od iern a S v iz­zera p o lig lo tta è u n p ro d o tto del p rim o ’80045.

U n seco n d o fatto re fu l ’arretratezza d e l p aese ch e, co m b in ata co n u n a to p o g ra fia p ro ib itiva e co n la m a n ca n za d i risorse, im p ed ì l ’asso rb im en to da p arte di vic in i b e n p iù p o ten ti. O g g i p u ò essere d iffic ile ricord are ch e fin o alla seco n d a gu erra m o n d ia le la S vizzera era u n a n azio n e p o vera , co n un ten o re d i v ita p ari a circa la m età di q u e llo in glese, e so prattu tto un a n azio n e p ro fo n d a m e n te rurale. N e l 18 50 , so lo il 6 % della p o p o la zio n e v iv ev a in aree va ga m en te u rb a ­n izzate , e nel 1920 la p ercen tu a le era salita so lo al 2 7 ,6 % 46. P e r tut-

A2lbidem , p. 2 18. L e date sono interpolate da me.4iIbid., p. 85.44O ltre a A argau, St. G a lle n e G riso n s. Q u e st’ultim o è d i partico lare interes­

se, perché oggi è l ’u ltim o luogo in cu i sop ra vvive il rom ancio, la p iù svizzera d e l­le lin g u e parlate nel paese, status che ottenne pe raltro so lo nel 1 9 3 7! Ibid., pp.59 e 85.

45P ossiam o notare en passant che M adam e de Staèl fece appena a tem po a ve­derla p rim a d i m orire. L a sua fam iglia, com e quella dei S ism ondi, veniva da G i­nevra, fin o al 1815 uno staterello in d ip e n d en te al d i fu o ri della «Svizzera». N o n stupisce d un q ue che la nazionalità svizzera si avvolgesse m olto leggera sulle lo ro spalle.

M'Ibid., p p . 173 e 2 74 . Q u a lsia si «ceto m e dio co lto » ottocentesco doveva p e r forza essere davvero piccolo.

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to 1’800, q u in d i, la m a g g io r p arte della p o p o la zio n e era co stitu ita da un b lo c c o co n tad in o statico (eccetto la seco lare e sp o rta zio n e d i g io ­vani co ra gg io si co m e m ercen ari e gu ard ie p ap alin e). L ’arretratezza della n a z io n e n o n era sem p licem en te e co n o m ica , m a an ch e cu ltu ra ­le e p o litica . L a « V ecch ia Svizzera» , l ’area c io è ch e restò im m utata tra il 1 5 1 5 e il 1803, e i cu i abitan ti p arlavan o vari d ia letti germ an ici, era g o v e rn a ta d a u n a la rg a c o a liz io n e d i o lig a rch ie a risto cra tich e canton ali. «Il segreto della lu n ga d u rata della C o n fe d e ra z io n e fu la sua d o p p ia natura. C o n tro i n em ici esterni, essa p ro d u sse u n a su ffi­c ie n te u n ità d i p o p o lo . C o n tr o le r iv o lte in te rn e , u n a su ffic ie n te u n ità d e lle o ligarch ie. S e i co n tad in i si ribellavan o , co m e in effetti fe c e ro c irca tre v o lte a seco lo , le d iv ergen ze ven iva n o m esse d a p a r­te, e i governi d e g li altri can to n i o ffr iva n o la lo ro assistenza, m e d ian ­d o spesso, m a n o n sem p re, a fav o re dei lo ro con sim ili o ligarch i» 47. T ra n n e c h e p e r l ’a ssen za d i is titu z io n i m o n a r c h ic h e , il q u a d ro è sim ile a q u e llo d e i n u m ero si p ic c o li p rin cip a ti d e l S a cro R o m a n o Im p e ro , di cu i il L iech ten stein , al co n fin e o rien ta le d e lla Svizzera, è so lo l ’u ltim a, curiosa re liqu ia48.

F a p en sare il fatto ch e , a n co ra n el 1848, quasi d u e gen era zion i d o p o la nascita d e llo stato svizzero, le a n tich e sp acca tu re religiose fo s s e ro b e n p iù d r a m m a tic h e d i q u e lle lin g u is t ic h e . In te rr ito r i d ich iaratam en te catto lici, il p ro testan tesim o era proibito, e in quelli p ro testan ti il catto licesim o era illegale; e q u este leg g i ven iva n o a p p li­cate rigo ro sam en te. (L a lin g u a era q u e stio n e d i scelta p erso n a le e co n ven ien za). S o lo d o p o il 1848, co n le rip ercussion i dei ferm en ti r iv o lu zio n a ri ch e a ttraversaro n o tu ttà l ’E u ro p a e co n la d iffu sio n e g en era le d i m o vim en ti n azio n a li ch e p re n d e v a n o isp irazio n e dalle d iversità lin gu istich e, la lin g u a p rese il p o sto della religion e, e il p a e ­se fin ì su d d iv iso in in alterabili zo n e lin gu istich e. (L a religion e d iv e n ­n e così u n a q u estio n e d i scelta p erso n ale)49.

In fin e , la p ersisten za - in un p aese co sì p icco lo - di una gran v a rie tà d i d ia letti g e rm a n ici, sp esso re c ip ro ca m e n te in in te llig ib ili, su ggerisce ch e in gran p arte della so cietà co n ta d in a svizzera arrivas­sero assai ta rd i il ca p ita lism o -a -s ta m p a e la m o d e rn a is tru z io n e stan d a rd izza ta . L a H ochsp rache (te d e sco scritto ) h a a vu to , fin o a p o c o tem p o fa, la stessa fu n zio n e d i lin g u a d i stato d e ll 'àrarisch deut- sch e d el dienstm aleisch. In o ltre H u g h e s fa n otare ch e o g g i i p iù aid

A1Ibid., p. 86. Corsivo mio.‘’“L ’assenza d i m o narch ie caratterizzava anche la Lega anseatica, una co alizio ­

ne p o litica aperta che sarebbe d iffic ile d e fin ire u n o stato o una nazione.^ I b id , p. 2 7 4 .

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fu n zio n a ri so n o ten u ti a p a d ro n e g g ia re p e r il lo ro u ffic io a lm en o d u e delle lin g u e federali, restan do im p lic ito ch e n o n ci si aspetta la stessa co m p eten za dai loro subord in ati. U n a sim ile a fferm azio n e è co n ten u ta in direttam en te nelle D irettive federali d e l 1950, in cu i si sotto lin ea ch e «gli svizzeri ted esch i istruiti so n o certam en te in grad o di lavo rare in fran cese, così co m e gli svizzeri italiani istruiti»50. C i tro v iam o di fro n te , in e ffetti, a u n a s itu a z io n e sim ile a q u e lla del M o z a m b ic o ; una classe p o litica b ilin g u e p o sta al d i so p ra d i una v a r ie tà d i p o p o la z io n i m o n o lin g u e , c o n u n a so la d iffe r e n z a : la « secon d a lingua» in q u esto caso è q u ella di un p o te n te v ic in o in vece ch e d i un d o m in ato re co loniale.

E p e r ò , d i fr o n te al fa t to c h e n el 19 1 0 q u a si il 7 3 % d e lla p o p o la z io n e p arlava co m e lin g u a m ad re il ted e sco , il 22 % il fra n c e ­se, il 4 % l ’Ita lia n o e l ’ l % il ro m a n cio (q u este p ro p o rz io n i so n o m utate p o c o nei d ecen n i successivi), s tu p isce fo rse ch e n ella se co n ­da m età d e ll’800 (l’ep o ca d e ll’u fficial-n azion alism o) n o n si sia ten ta ­ta u n a germ a n izzaz io n e . F in o al 1 9 1 4 , v i fu r o n o ce rtam en te fo rti sen tim en ti filo -ted esch i. I co n fin i tra G e rm a n ia e S v izzera ted esca g iu n sero a essere p iu tto sto vagh i. G l i scam bi e g li in vestim enti, sv i­lu p p a ti sia da aristocratici, sia da p ro fessio n isti, d iven n ero sem p re p iù freq u en ti d a am bo le p arti. L a S vizzera co n fin a va p erò co n altre d u e p o te n ze e u ro p ee , F ran cia e Ita lia, ed erano e v id en ti i rischi p o li­tici d i u n a germ an izzazio n e. L a p arità legale tra ted esch i, fran cesi e italiani era l ’a ltra facc ia della m ed ag lia della n eutralità svizzera51.

T u tto c iò d im o stra ch e il n a z io n a lism o s v iz z e ro p u ò e ssere ca p ito m eglio se lo si co n sid era a ll’in tern o d e ll’«ultim a ond ata». Se H u g h e s ha ragio n e nel d atare la sua nascita n el 18 9 1, esso è p iù v e c ­ch io d i p o c o p iù d i d ieci anni d e i n azion alism i b irm an o o in d o n e sia ­n o. In altre p aro le , il n azio n alism o svizzero si sv ilu p p ò in un p e r io ­d o della storia m o n d iale in cu i la n a z io n e stava d iven tan d o la n orm a in tern azio n ale , e in cu i era p o ssib ile m o d ella re la n azion-ità in m o d i b e n p iù co m p lessi ch e in p re ced e n za . S e la p o litica con servatrice e la struttura so cio -eco n o m ica arretrata della S v izzera «rinviarono» la n ascita d e l n a z io n a lism o 52, il fa tto ch e le sue istitu zio n i p o litich e p re m o d ern e fu ro n o n on -d in astich e e n o n -m o n arch ich e co n trib u ì a

’ H bid., pp. 59-60. C o rs iv o m io.’ ' L ’aggiunta del rom ancio nel 1937 n o n riu sc ì a m ascherare il calcolo in izia le.32A n ch e la struttura sociale d e ll’U n g h eria era arretrata, ma l’aristocrazia m a­

giara v iv e v a in un e no rm e im p ero d in a stico m u ltie tn ico , in cu i il suo g ru p p o lin g u istico d i riferim ento era soltanto u n a m inoranza, anche se im portante. L a p icco la e re p ub b lican a o ligarchia aristocratica svizzera n on venne mai m inacciata allo stesso modo.

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p re ve n ire gli eccessi d e ll’ u fficial-n azio n alism o (Si co n fro n ti q u esto co n il ca so del Siam , d iscu sso n e l ca p ito lo 6). In fin e , co m e n el caso d e ll’A s ia sud-orien tale, l ’ app arire del n azio n alism o svizzero all’a lba d ella rivo lu zio n e d elle co m u n ica zio n i d e l ’900 rese p o ssib ile e p ra ti­c o « rap p resen ta re» la co m u n ità im m a g in ata in m o d i ch e n o n r i­

ch ie d e va n o u n ’u n iform ità linguistica.

In co n clu s io n e , è fo rse utile r ib a d ire il tem a p rin c ip a le d i q u e sto c a p ito lo . L ’«ultim a o n d ata » d e i n azio n a lism i, la m a g g io ra n z a dei quali si ab b atté n ei territo ri co lo n ia li d ’A fr ic a e d ’A sia , fu in o rig in e u n a risp o sta ai n u o vi m o d e lli d ’im p eria lism o g lo b a le resi p o ssib ili dalle realizzazio n i del capita lism o in dustria le. C o m e la m ette M a rx n el su o m o d o in im ita b ile , «il b is o g n o d i m e rca ti in co sta n te e s­p an sio n e p e r i p ro p ri p ro d o tti p ersegu ita la b o rg h e sia in o gn i a n g o ­lo d e l m o n d o » 55. H capita lism o p e rò co n tr ib u ì - se n o n altro grazie alla sua d iffu sio n e della stam p a - a creare in tutta E u r o p a n azio n a li­sm i p o p o la r i e basati sulla lingua; e q u esti, a d iversi livelli, m in aron o g li a n tich i p r in c ìp i d in astici e sp in sero a d a u to n a tu ra lizzarsi o gn i din astia in grad o di farlo . L ’u fficial-n azion alism o, p u n to d i fu sio n e dei n u o v i p rin cìp i n azio n ali e d egli antichi p rin cìp i d in astici (l’im p e ­ro britannico), p o rtò a sua vo lta a q u ella ch e p o trem o chiam are, p er co n ve n ie n za , «ru ssificazio n e» n e lle co lo n ie e x tra -e u ro p ee . Q u e s ta ten d e n za id e o lo g ica si fo n d e va b e n e co n varie esigen ze p ratich e. G li im p eri d e l tard o ’800 erano tro p p o gran d i e estesi p e r essere g o v e r­nati d a un p icco lo g ru p p o d i cittad in i della m adrep atria . P e r d i p iù , in tan d em co l capita lism o, lo stato stava rap id am en te m o ltip lica n d o le sue fu n zio n i, sia n ella m ad rep atria ch e n elle co lo n ie . Q u e s te fo r ­ze, co m b in ate , gen era ro n o u n sistem a scolastico «russificante», c o n ­ce p ito in p arte p er p ro d u rre gli o rg an ici in feriori d e lle b u ro cra zie statali e d im p re n d ito r ia li. Q u e s t i sistem i sco lastic i, ce n tra lizza ti e s ta n d a rd iz za ti, c re a ro n o n u o v i p e lle g r in a g g i ch e a v e v a n o le lo ro R o m e n elle varie capita li co lon iali, in q u a n to le n azio n i n ascoste nel cu o re d eg li im p eri n o n a vreb b e ro p erm esso u lteriori avan zam en ti di grad o. S p esso, m a n o n sem p re, p aralle li a qu esti p ellegrin a ggi e d u ­cativ i, se n e p e rco rre v a n o altri n ella sfera am m inistrativa . L ’in te r­c o n n e ssio n e tra p e lle g rin a g g i e d u ca tiv i e am m in istrativ i o ffr iv a la b a se territo ria le p e r n u o v e « co m u n ità im m agin ate» in c u i i n ativi p o te v a n o avere u n a visio n e di sé co m e « m em b ri di u n a n azione».

5JM a r x e E n g e l s , I l Manifesto del partito com unista, p . 3 7 . C h i se n on M a rx avrebbe d efinito questa classe che stava trasform ando il m o ndo com e perseguita­ta'?

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L’esp an sio n e d ello stato co lon iale che, p e r così d ire, in vitava i «n ati­v i» n e lle s c u o le e n eg li u ff ic i, e d e l ca p ita lism o c o lo n ia le , c h e li e sclu d ev a dai co n sig li d ’am m in istrazion e, p o rtò i p rim i p o rta v o ce d e l n a z io n a lism o c o lo n ia le a e sse re p iù ch e m ai iso la ti, b ilin g u i, in tellettuali e p riv i di legam i co n la fo rte b o rg h esia locale.

C o m e in tellighen zie b ilin gu i, co m u n q u e , m a so p rattu tto co m e in te lligh en zie d e l p rim o ’900, esse e b b e ro accesso , sia d e n tro ch e fu o ri d a lle au le, a m o d e lli d i n a z io n e , n a z io n a lità e n az io n a lism o distillati dalle tu rb o le n te e cao tich e esp erien ze d i p iù d i un seco lo di storia eu ro p ea e am ericana. Q u e sti m o d elli, a lo ro vo lta , c o n tr ib u i­ro n o a p lasm are m igliaia d i sogn i in form i. In varie co m b in azio n i, le lezio n i d e i n azionalism i creo lo , lin gu istico e u ffic ia le fu ro n o co p iate , adattate e m igliorate. In fine, m en tre il capita lism o trasfo rm ava a una ve lo cità sem p re m aggio re i m ezzi d i co m u n ica zio n e fisica e in te llet­tu ale, le in te llig h e n zie tro v a ro n o m o d i p e r a ggirare la stam p a nel p ro p a g a n d a re la co m u n ità im m a g in a ta , n o n s o lo v e rso le m asse analfabete, m a an ch e verso m asse ch e leggevano d ifferen ti lingue.

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8. PATRIOTTISMO E RAZZISMO

N e i ca p ito li p re ce d e n ti, h o ce rca to d i d elin eare i p ro ce ssi tram ite cu i le n azio n i ve n g o n o im m agin ate e, in segu ito , m o d ella te, adattate e trasform ate. Q u e s t ’analisi si è co n cen trata so prattutto sui ca m b ia ­m enti sociali e sulle d iverse fo rm e di co scien za. È d ifficile p e rò c a p i­re co m e cam b iam en ti so cia li e co scien ze trasfo rm ate p o ssa n o sp ie ­gare, d a soli, Pattaccam ento ch e le p erso n e p ro va n o p e r i fru tti della p ro p ria im m agin azio n e o - p er rip ro p o rre un a qu estio n e sollevata all’in izio d i q u esto testo - p erch é le p erso n e siano p ro n te a m o rire p e r essi.

In u n ’e p o c a in c u i c o s ì s p e s s o in te lle t tu a li p r o g r e s s is t i e co sm o p o liti (so p ra ttu tto in E u ro p a ? ) in sisto n o sul carattere quasi p a to lo g ico del n azion alism o, sul su o radicarsi n ella p au ra e n e ll’o d io p er l ’« A ltro » , e sulle sue affin ità co n il ra zzism o 1, è b e n e ricord are che le n azio n i suscitan o am ore, e sp esso am ore p ro n to al sacrificio . I p ro d o tti cu lturali del n azio n alism o (poesia, letteratu ra, m u sica e arti p lastiche) illustran o q u e st’am ore in cen tin aia d i fo rm e e stili diversi. M e n tre è m o lto p iù d iffic ile tro vare analoghi p ro d o tti n azio n alisti ch e esp rim an o p au ra e o d io 2. P e rfin o n el caso d i p o p o li co lo n izza ti, ch e a v reb b e ro o gn i d iritto di p ro va re u n o d io p ro fo n d o p e r i loro d o m in ato ri im perialisti, è in cred ib ile co m e q u esto e lem en to o ccu p i un ru o lo in sig n ifica n te n e ll’esp re ssio n e d e l sen tim en to n azio n ale. E c c o , ad ese m p io , la p r im a e l ’u ltim a s tro fa d e ll ’ U ltim o A d ió s , il fam o so p o e m a scritto d a R izal m en tre a tten d eva d i essere giustiziato dalle m an i d e ll’ im p erialism o sp agn olo:

1 . A d ió s , p a tria a d o ra d a , re g io n d e l s o l q u e rid a ,P e rla d e l M a r d e O rie n te , n u e stro p e rd id o e d en ,A d a rte v o y , a ie gre , la triste m u stia v id a ;

'C fr . i l passaggio nel Break-up o f Britain d i N a irn , pp. 14-15, e l ’afferm azione « alla B ied e rm eie r» di H o b sb aw m : « il fatto è che i m arxisti, in quanto tali, non sono nazionalisti». «Som e R eflection s», p. 10.

2P u ò i l lettore rico rd a re su b ito solo tre In n i a ll’O d io ? L a seconda strofa d i « G o d Save the Q u e e n /K in g » (« D io S alvi la R e g in a /il R e ») recita: « O Signore nostro D io , so rg i/D isp e rd i i suo i n e m ic i,/E falli ca d e re ;/C o n fo n d i i lo ro p o lit i­c i,/F a fa llire i lo ro tru cch i d iso n esti;/S u te rip o n iam o la nostra sp e ra n za ;/D io ci salvi tutti». N otate che questi n em ici n on hanno identità e potrebbero essere p e r­f in o in g le si, in q u a n to so n o i « su o i» n e m ici, non i « n o stri» . L ’ in te ro in n o è u n ’ode alla m o narch ia, non alla (né a «u na») nazione - term ine che n o n viene mai m enzionato.

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Y fu e ra m as b r illa n te , m as fre sca , m as f lo r id a , T a m b ié n p o r ti la d ie ra , la d ie ra p o r tu b ie n ...

12 . E n to n c e s n ad a im p o rta m e p o n g a s en o lv id o :T u atm o sfe ra, tu e sp a c io , tus v a lle s cu za ré ; V ib ra n te y lim p ia n ota seré p a r tu o id o ;A ro m a , lu z , co lo re s, ru m o r, ca n to , g e m id o , C o n s ta n te re p it ie n d o la e sen cia d e m i fe.

13. M i P a tria id o la tra d a , d o lo r de m is d o lo re s,Q u e r id a F ilip in a s , oye el p o s tre r ad ió s.A h i, te d e jo to d o : m is p a d re s, m is am ores.V o y d o n d e m o h ay esclavos, v e rd u g o s n i o presores; D o n d e la fe n o m ata, d o n d e e l q u e re in e es D io s .

14. A d ió s , p a d re s y h e rm a n o s, tro zo s de alm a m ia ,A m ig o s d e la in fa n c ia , en e l p e rd id o h o g a r;D a d g ra cia s, q u e d e scan so d e l fatig o so dia;A d io s , d u lc e e xtra n je ra , m i am iga, m i a le g ria ; A d io s , q u e rid o s séres. M o r ir es d e sc a n s a r3.

3E c c o la traduzione:

1. A d d io , P atria adorata, regione d al sole amata,P erla del m ar d ’O rien te, nostro eden p erduto !D arti voglio, allegro, la triste vana vita;F osse p iù b rillan te , p iù fresca, p iù ricca,A n co ra te la darei, la darei p e r il tuo bene...

12. N o n im porta d u n q u e che tu m i metta n e ll’oblio:se posso attraversare i l tuo spazio, le tue valli, la tua aria;E sse re una nota v ibrante e pu ra da te udita;E ssere arom a, luce, co lori, rum ore, canto e gem ito;Sem pre rip etendo l ’essenza della m ia fede.

13. M ia P atria idolatrata, do lo re dei m ie i do lo ri,A m ate F ilip p in e , ascolta l ’estrem o saluto.T i lascio tutto: i m iei p a d ri, i m ie i am ori.V a d o dove n o n c i son o sch ia vi n é aguzzini né o ppresso ri,D o v e la lede n o n u ccid e, dove a regnare è D io .

14. A d d io , p a d ri e fratelli, parti d e ll’anim a mia,A m ic i d e ll’ infanzia, nel perso focolare;G ra zie , che requie trovo al m io v iv e r faticoso;A d d io , dolce straniera, m ia am ica, m ia allegria;A d d io , esseri amati. M o rire è riposare.

Jaim e C . de V eyra, E l «U ltim o A diós» de Rizal: estudio critico-expositivo, pp. 89-90 e 101-2.

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Si n o ti ch e n o n so lo la n azionalità dei «tiranni» n o n vie n e m e n zio ­nata, m a l ’a p p a ssio n ato p atrio ttism o d i R iza l v ie n e e sp resso n ella lo ro stessa lin gu a4.

P o ssia m o sco p rire q u alco sa sulla n atura di q u est’am o re « p o li­tico» dal m o d o in cu i le lin g u e stesse d escrivo n o il p ro p rio oggetto: sia d a i v o ca b o li riferiti alla paren tela (m otherland, Vaterland, patria), ch e da qu elli riferiti alla terra natale (h eim a t, o tanah air, terra e aria, la frase co n cu i g li in d o n esian i ch iam an o il p ro p rio a rcip ela go n ata ­le). E n tram b e le esp ression i d en o tan o q u alco sa a cu i si è « n atu ral­m ente» legati. C o m e già detto , in tu tto c iò ch e è «naturale» c ’è sem ­p re q u a lco sa ch e tra sce n d e la n ostra fa c o ltà d i sceg liere . C o s ì, la n azio n alità risulta sem p re legata al co lo re d e lla p elle , al sesso, alle p aren tele e al p e r io d o d e lla nascita, tu tte co se, c io è, ch e n o n d ip e n ­d o n o d a noi. In qu esti « legam i naturali» s ’in traved e quella ch e p u ò essere defin ita «la b e lle zza della G em einschaft» . In altre p aro le , p r o ­p rio p e rch é n o n p o sso n o essere scelti, qu esti legam i su scitan o a tto r­no a sé un a lon e d i disinteresse.

M e n tre è ve ro ch e n egli u ltim i d u e d e cen n i m o lto è stato scrit­to sulla fam ig lia c o m e artico lata struttura di p o tere , q u esta vision e è p e rò d e l tu tto estranea alla stragran de m aggio ran za d e ll’u m an ità . A l co n tra r io , la fa m ig lia è tra d iz io n a lm en te c o n ce p ita c o m e il regn o d e ll’a m o re d isinteressato e della solidarietà. A llo stesso m o d o , la d ­d o v e gli storici, i d ip lo m atici, i p o litic i e i so c io lo g i so n o p e rfe tta ­m en te a lo ro agio c o n l ’id e a di « interesse n azionale» , p e r la m aggio r p arte d e lla g e n te c o m u n e d i qualsiasi classe so c ia le l ’a sp etto fo n ­d a m en ta le d e lla n a z io n e è ch e n o n su scita in teressi. P r o p r io p e r qu esta ragion e, p u ò p re te n d ere sacrifici.

C o m e a b b ia m o g ià fa tto n o ta re , le g ra n d i g u e rre d i q u e sto s e c o lo s o n o s t r a o r d in a r ie n o n t a n t o p e r c h é h a n n o p e r m e s s o a ll’u o m o d i u cc id e re su un a scala sen za p re ce d e n ti, q u a n to p e r il co lo ssa le n u m e ro d i in d iv id u i p ro n ti a sacrificare le p ro p r ie vite. N o n è fo rse ve ro ch e il n u m e ro d egli u ccisi ha su p erato d i gran lu n ­ga q u e llo d eg li u cc iso ri? Q u e s t ’id ea d i «ultim o sacrificio» p u ò d e ri­v a re s o lta n to d a u n ’id e a d i « p u r e z z a » , a ttra v e rso il c o n c e t to di «destino».

M o rire p er la p ro p ria patria , ch e di so lito n o n a b b ia m o scelto, assu m e u n va lo re d ecisam en te m a ggio re ch e m o rire p e r il P a rtito lab u rista , p e r l ’A sso c ia zio n e m e d ica am erican a o p ersin o p e r A m -

4V e n n e co m u nq ue tradotto rapidam ente in tagalog dal grande riv o lu zio n a rio filip p in o A n d ré s B o n ifacio . L a sua versio n e vien e presentata in ib id . , pp. 107- 109.

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n esty in tern a tio n al, p e r c h é q u este so n o a sso cia zio n i cu i ci si p u ò iscrivere o ch e si p o sso n o a b b an d o n a re a p ro p rio p iacim en to . M o r i­re p e r la rivo lu zio n e, in oltre, acquista m a ggio r v a lo re se è v isto co m e u n atto essenzialm en te p u ro . (Se la gen te avesse im m agin ato il p r o ­letariato p u ra m en te co m e un g ru p p o alla fren etica ricerca d i fr ig o r i­feri, d i v a ca n ze o d i p o te re , q u an ti, in clu si i p ro le ta ri, a v re b b e ro d esid erato m o rire p e r esso?5) E iro n ico che, n ella m isura in cu i le in te rp re ta z io n i m a rx iste d e lla sto ria so n o sen tite (p iù ch e cap ite) co m e rap p resen tazio n i d i u n in elu ttab ile d eterm in ism o , esse a cq u i­stino u n ’aura d i d isinteresse e d i purezza.

A q u e sto p u n to , d i n u o v o , è u tile g u ard are alla lin gu a. U n a delle p rim e co se ch e risultano eviden ti, è la p rim o rd ialità d elle lin ­gu e, an ch e d i quelle co n o sciu te co m e m o d ern e. N e ssu n o p u ò stab i­lire la data d i nascita d i un a lingua. Si staglian o tu tte su u n passato se n z a o r iz z o n ti. (P o ic h é Y h o m o sa piens è a n c h e h o m o d icen s, è d iffic ilm e n te im m a g in a b ile u n ’o rig in e d ella lin g u a p iù re ce n te di q u ella della specie). N e lle so cietà co n tem p o ra n ee, p iù di o g n i altra cosa, le lin g u e sem b ran o d u n q u e a ffo n d are le p ro p rie radici. A llo stesso tem p o , n iente ci lega affettivam en te alla m o rte p iù delia lin ­gua. S e un italiano sen te l ’esp ression e «T erra alla terra, cen eri alle c e n e ri, p o lv e r e a lla p o lv e r e » , p ro v a u n a s p e ttra le s e n s a z io n e d i sim ultan eità attraverso un tem p o v u o to e o m o gen eo . Il p eso di q u e ­ste p aro le d eriva n on so lo d a l lo ro so len ne sign ificato , m a an ch e da u n a sp ecie d i «italianità» ancestrale.

In s e c o n d o lu o g o , esiste u n p a rtic o la re g e n e re d i co m u n ità co n te m p o ra n e a che p u ò essere su ggerita so lo d alla lin gu a, so p ra t­tu tto n ella fo rm a d i p o es ie e can zo n i. P ren d e te , ad esem p io, gli in ni n azionali cantati n elle festività nazionali. N o n im p o rta qu an to b an ali s ian o le p a ro le e m e d io cre la m u sica , in q u e ste ca n z o n i si p ro v a s e m p r e u n a s e n s a z io n e d i s im u lta n e ità . N e l lo s te s s o id e n t ic o m o m e n to , in d iv id u i c o m p le ta m e n te estran ei tra lo ro u n isco n o le stesse p a ro le alla stessa m e lo d ia . L ’im m agin e: to ta le co n so n a n za . C a n ta re la M a rsig liese , W altzin g M a tild a o In d o n esia Raya o ffr e u n ’o cca sio n e d i co n so n an za, d i un a rea lizzazio n e fis ica ech eg gia ta d e lla c o m u n ità im m a g in a ta (co s ì c o m e a v v ie n e n e ll ’a sc o lta re , e m agari rip etere a bassa v o c e , la le ttu ra di u n a p o esia cerim o n iale , co m e ad esem p io b ra n i d e l L ib ro della Preghiera C om un e). C o m e

5Q u e sta fo rm u la z io n e n o n s ig n ific a n ece ssariam e n te che i m o v im e n ti r i ­v o lu zio n a ri n on perseguano o b iettiv i m ateriali. T a li obiettivi sono però visti n on come b e ni m ateriali da am m assare, ma com e co n d iz io n i necessarie per il bonheur generale d i Rousseau.

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sem bra altruista qu esta co n so n an za! Se p u re siam o co n sa p evo li che altri stan no ca n ta n d o q u este ca n zo n i esattam ente q u a n d o e co m e le cantiam o n oi, n on ab b iam o p erò id ea di ch i essi siano, né d o ve , fu o ­ri p o rtata d ’o re cch io , essi si trovino. N ie n te ci co n n ette p iù tran n e il su o n o im m agin ato .

M a a questi co ri ci si p u ò associare n el tem p o. Se io so n o let­tone, m ia figlia p o tre b b e essere australiana. Il fig lio d i un im m igrante italian o a N e w Y o r k , tro v e rà a n ten a ti tra i P a d r i P e lle g rin i. Se la

nazionalità ha in to rn o a sé u n ’aura d i fatalità, è co m u n q u e un a fata­lità im m ersa nella storia. E sem p lare in q u esto senso è l ’ed itto co n cui J osé d e San M a rtin b a tte zza v a g li in d io s d i lin g u a q u e ch u a co m e «peruvian i», un atto ch e rivela affinità co n u n a co n versio n e religiosa, in quan to m ostra ch e il co n cetto d i n azion e è basato sulla lingua, non su l san gu e, e ch e ch iu n q u e p u ò essere « in vitato » n ella co m u n ità im m aginata. D i con segu en za , anch e le n azio n i di ve d u te p iù strette, a ccettan o o g g i il p rin cip io della naturalizzazione (p arola m eravig lio ­sa!), a p resc in d ere da q u an to d ifficile sia p o i a m etterlo in pratica.

V ista sia co m e una fatalità storica ch e co m e un a co m u n ità im ­m agin ata attraverso la lin gu a, la n azio n e si p resen ta sim u ltan eam en ­te aperta e chiusa. Q u e s to p arad o sso è b e n e illustrato d ai d iversi rit­m i dei seg u en ti b ra n i ch e trattan o della m o rte d i J o h n M o o re nella b attaglia della C o ru n a 6:

1. N o t a d ru m w as h e a rd , not a fu n e ra l n o te ,A s h is co rse to the ra m p a rt w e h u rr ie d ;N o t a s o ld ie r d is c h a rg e d h is fa re w e ll shot O ’e r the g ra ve w h e re o u r h e ro w e b u rie d .

2. W e b u r ie d h im d a rk ly at d e a d o f n ig h t,T h e sods w ith o u r b a yo n e ts tu rn in g ;B y the s tru g g lin g m o o n b e a m s ’ m isty lig h t,A n d the la n te rn d im ly b u r n in g

3. N o useless c o ffin e n c lo se d h is b re ast,N o t in sheet o r in s h ro u d w e w o u n d h im ;B u t he la y lik e a w a r r io r ta k in g h is rest,W it h h is m a rtia l c lo a k a ro u n d h im ...

5 . W e th o u g h t, as w e h o llo w e d h is n a rro w b e d ,A n d sm o o th e d d o w n h is lo n e ly p illo w ,T h a t the foe a n d the stra n g e r w o u ld tre a d o ’ er h is h ea d A n d w e fa r aw ay o n the b illo w ...

6 «T he B u ria l o f S ir Jo h n M o o re », in T h e Poem s o f Charles W olfe, pp. 1 -2 .

8 . S lo w ly and sa d ly w e la id h im d o w n .F r o m the fie ld o f h is fam e fre sh and g o ry;W e c a rv e d n ot a lin e , a n d w e ra ise d n o t a sto ne - B u t w e le ft h im alo n e w it h h is glory!*

Q u e s te p o ch e righ e ce leb ran o u n a m em o ria eroica co n un a b e lle zza in sep arabile dalla lin gu a inglese; un a b e lle zza im p o ssib ile d a tra d u r­re e ch e p u ò essere a p p rezzata so lo da ch i è in grad o d i p arlare e le g g e re co rrettam en te l ’in glese. E p p u re sia M o o re , sia l ’au to re del su o e lo g io fu n e b r e e ra n o ir la n d e s i. E n o n c ’è ra g io n e p e r c u i i d iscen d en ti francesi o sp agn oli dei «nem ici» d i M o o re n on p o ssan o a p p re z za re a p p ie n o la riso n an za d el p o em a : l ’in g le se , co m e o gn i a ltra lin g u a , è s e m p re a p e rto a r ic e v e r e n u o v i in d iv id u i c h e lo vo g lian o parlare, ascoltare o leggere.

A n c h e se o gn i lin g u a è assim ilab ile, p e r p a d ro n e g g ia r la una p erso n a d eve in vestire un a p o rz io n e di vita; o gn i n u o va co n q u ista si so p p esa co n tro l ’ab breviarsi dei giorni. A lim itare l ’accesso alle lin ­gu e, n o n è la loro im p ervietà , m a la n ostra m ortalità , ed è questa la cau sa di un ce rta privacy d i o g n i lin g u a . P e r a n n i g li im p eria listi fran cesi e am ericani han no go vern a to , sfruttato e u cc iso i vietnam iti.

*[1. N o n un tam buro si ud ì, né una nota funebrem entre la sua spoglia al bastione affrettavam o; né un soldato scaricò la sua salve d ’addio

sulla tom ba dove il nostro eroe seppellim m o.

2 . A l l ’o scuro lo interram m o al m o rire della notte,le zolle co n le nostre baionette rivo ltan do n el vago lu co re dei raggi d i luna e l ’ardere fio co della lanterna.

3. N essuna van a bara circo n d ò il suo pettoné lo rin ch iud e m m o in len zu ola o sudario.M a giace, nel rip oso del guerriero, avvolto nel suo m anto m arziale...

5. Pensavam o, scavando il suo stretto giaciglio, e liscia n d o il suo solitario guanciale,

che sopra la sua testa il nem ico, lo straniero avrebbe cam m inato e n oi lontanissim i su i flutti...

8. P ian o, con mestizia lo calam m o giùdal cam po del suo o no re così fresco e cruento; n on incidem m o una riga, n on erigem m o una la p id e ma solo lo lasciam m o con la sua gloria!

P e r restare fedeli allo s p ir ito d i questa pagina d i A n d e rso n , n o n avrem m o dovuto tradu rre questi versi, com e il lettore capirà dalle righe seguenti. M a per com odità... Nota del curatore}

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Q u alsia si altra cosa si siano p o rtati via, la lin gu a vietn am ita è rim a­sta. D i qui, fin tro p p o sp esso, una ra b b ia p e r 1’ « im perscrutabilità» vietnam ita, e quella d isp erazio n e o scu ra ch e gen era il g e rg o v e le n o ­so t ip ic o d e i co lo n ia lism i m oren ti: « m u so gia llo» , «raton», e così v ia7. (A lla lun ga, le u n ich e risp o ste alla gran d e privacy d e lle lin gu e d eg li o p p ressi so n o una ritirata o an co ra un m assacro).

Q u e s ti epiteti so n o , n ella lo ro fo rm a in tern a, tip ica m en te ra z ­zisti, e d ecifra re questa fo rm a servirà a m ostrare p e r c h é N a irn sb a ­g lia q u a n d o a ffe rm a c h e ra z zism o e a n tisem itism o d e r iv a n o d a l n azio n alism o e, q u in d i, ch e « analizzato co n sufficien te p ro fo n d ità , il fascism o ci p u ò d ire di p iù in to rn o al n azion alism o d i qualsiasi altro fe n o m e n o storico » 8. U n ’esp ression e co m e « occh i a m a n d o rla» , ad e s e m p io , n o n e sp rim e u n a s e m p lic e o s tilità p o lit ic a ; r id u c e n d o l ’a vversario alla sua fis io n o m ia b io lo g ica , m ira a srad icare il sen ti­m en to n azio n a le 9. C a n ce lla , so stitu en d o lo , la p aro la «vietn am ita» , co sì co m e raton ca n ce lla , so stitu e n d o lo , « algerin o» . C o n te m p o ra ­n eam en te, getta «vietnam ita» n ello stesso ca ld ero n e sen za n o m e in cui so n o stati b u ttati « corean o», «cinese», « filip p in o » , e così via. Il carattere di un tale v o ca b o la r io p u ò d iven tare an co ra p iù eviden te se p a ra g o n a to ad altri term in i in u so n el p e r io d o d e lla gu erra del V ietn am , co m e « C h arlie» e « V .C .» , o ad altri, m en o recenti, co m e « C ru cch i» , « H u n s» , «Japs» (per i g iap p o n esi) e « M an giaran e» (p eri fra n c e s i) , c ia sc u n o a p p lic a to a un a sp e c ific a n a z io n a lità , e ch e q u in d i, n on o stan te l ’o d io , rico n o sce a ll’avversario il su o app arten ere a u n a so cietà d i n azio n i10.

Il fa tto è ch e il n azio n alism o p en sa in term ini di d estin i storici, m e n tr e il r a z z is m o s o g n a d i c o n ta m in a z io n i e te r n e , tra s m e s s e da ll’a lba dei tem p i attraverso un a seq u en za senza fin e d i co p u la z io ­ni ripugnan ti: fu o ri dalla storia. I n egri saranno, p e r il lo ro sangue,

7I1 ragionam ento è il seguente: 1. Io sarò m o tto prim a di a verli capiti. 2. I l m io potere è tale che lo ro h an n o d o vu to im p arare la m ia lingua. 3. Q u e sto significa però che la m ia privacy è stata violata. C h ia m a rli «m u si gialli» è u n a picco la ven ­detta.

*The Break-up o f Britain , pp . 3 3 7 e 34 7.^Notate che non esiste un co n tra rio d i « o cc h i a m andorla». « O c c h i tondi»?

« D ritt i» ? « O v a li» ?' “N o n solo, in realtà, in u n ’era precedente. E p p u re aleggia un certo o d ore di

ro b ivecch i in queste parole d i D ebray: « N o n posso concepire nessuna speranza per u n ’E u ro p a tranne che sotto l ’egem onia d i una F ra n cia rivo lu zio n aria, alzan­d o co n d e cisio n e la b a n d ie ra d e ll’in d ip e n d en za . A volte m i c h ie d o se tutta la m itologia an ti-«cru cch i» e il nostro secolare antagonism o con la G erm a n ia non saranno un g io rn o in d isp e n sa b ili per salvare la rivo lu zio n e, o persin o la nostra tradizio n e nazional-dem ocratica». « M a rxism and the N atio n al Q u estio n », p. 41.

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sem p re e so lo n egri; gli eb rei, fig li d i A b ra m o , sem p re e so lo ebrei, a p resc in d ere d a l lo ro p assap o rto o dalla lin g u a ch e le g g o n o o s cr iv o ­no. (C osì, p e r i nazisti, l ’ ebreo ted esco era sem p re un im p o sto re 11).

I sogn i del razzism o h a n n o o rig ine in id e o lo g ie di classe, p iù ch e in q uelle d i nazione; so prattutto nei p roclam i di divinità da p arte d ei governan ti, p er il lo ro san gu e «blu» o «bianco» e d i «genealogia» tra le aristocrazie12. N o n sorp ren d e ch e il p ad re p u tativ o del m o d e r­n o razzism o sia n on u n nazionalista p icco lo -b orgh ese, b en sì J osep h A rth ur, co n te di G o b in e a u 13. N é che, n el co m p lesso , razzism o e anti­s e m itism o si m a n ife stin o n o n tra i d iv ersi c o n fin i n a z io n a li, m a all’in tern o di essi. In altre p arole, n on son o giu stificazion i p e r gu erre tra stati, m a p e r la repression e interna e il d o m in io autoritario14.

F u o ri da ll’E u ro p a , n ell’800, là d o v e si svilu p p ò m aggio rm en te, il razzism o fu sem pre associato al dom in io eu ro p eo , e p er d u e m otivi p rin cipali. Il p rim o , e il p iù im p ortan te, fu la nascita d egli ufficial-na- z io n a lism i e d e i p ro ce ss i d i « ru ssifica zio n e» c o lo n ia le . C o m e già sottolineato, l ’ufficial-n azion alism o rappresenta in gen ere la risposta d i m o n arch ie e g ru p p i aristocratici m in accia ti (le classi so cia li p iù alte) al nazionalism o p o p o la re d i lingua volgare. Il razzism o colon iale era u n e lem en to fo n d am en ta le d i quel co n cetto di « im pero» ch e ce r­cava d i saldare la legittim ità din astica e la com un ità n azionale. C i riu ­scì gen era lizzan d o un p rin cip io d i su p eriorità innata e d ereditata, su cu i la p ro p ria esistenza era (anche se in m o d o non esattam ente soli-

11 I I vero significato d e ll’ap p a rire del sionism o e della nascita d ’Israele è che il p rim o segna il «reim m aginare» u n ’antica com unità religiosa com e una nazione tra le n azio ni, m entre la seconda veico la una trasform azione alchem ica da e rra ­b o n d o credente a patriota locale.

12« D a parte d e ll’a risto cra zia te rrie ra v e n n e ro co n ce tti q u a li u n ’in n ata s u ­p e rio rità d ella classe dirigente e una certa sensitività agli status, tratti im portanti fin o al ventesim o secolo. N u t rit i da nuove fonti, questi co n ce tti p o tero n o p o i essere volgarizzati e p ro p o sti ai tedeschi com e dottrine d i sup e rio rità razziale». B a r r i n g t o n M o o r e , Jr ., Social O rigins o f Dictatorship and Democracy, p. 436.

13L e date d ella vita d i G o b in e a u sono perfette. N asce nel 1816, due ann i d o p o la restaurazione dei B o rb o n i al tro n o francese. L a sua carriera dip lo m atica, 1848- 1 8 7 7 , fio risce sotto il Secondo Im p e ro d i L u ig i N a po leo n e e i l regim e reazionario m o narch ico d i M a rie E d m é P atrice M a u rice, conte d i M a cM a h o n , già p ro co n so ­le im p e ria lista ad A lg e ri. I l suo E ssai sur l'in ég a lité des races hum aines v ie n e p u b b lica to n el 1854 ( c e forse b iso gn o d i d ire che fu in risposta alle in surre zio n i p o p o la ri volgar-nazionaliste del 1848?).

MI1 razzism o sudafrican o , negli anni di V o rste r e Botha, non ha m ai im pedito re la z io n i a m ic h e v o li (se m p re p iu tto sto d iscre te , co m u n q u e ) co n im p o rta n ti u o m in i p o litic i n eri d i a lcu n i stati in d ipe n d en ti africani. A n ch e se in R ussia gli ebrei su b iva n o d iscrim in a zio n i, questo n o n im p ed ì a B re zn ev e a K is sin g e r d i avere rap p o rti lavorativi rispettabili.

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do) basata, sulla vastità dei dom in i oltrem are, su ggeren d o nascosta- m e n te (o a n ch e p iù a p erta m en te) l ’id e a ch e se, a e se m p io , i lo rd inglesi erano sup eriori agli altri inglesi, questi ultim i erano co m u n q u e su p eriori ai nativi soggiogati. S i è tentati addirittura di a fferm are che l ’esistenza degli u ltim i im p eri co lo n ia li sia anch e servita a sostenere i bastion i d ell’aristocrazia e u ro p ea , rap p resen tan d o su un p ian o g lo b a ­le e m o d e rn o antiche co n cezio n i d e l p o te re e del privilegio.

L o p o tè fa re , e q u i a rriv ia m o a lla s e c o n d a ra g io n e , p e r c h é l ’im p ero co lon iale, co n il su o a p p arato b u ro cra tic o in ra p id a esp a n ­sione e la sua p o litica «russificante», p erm ettev a d i g io ca re ai n ob ili a un gran n um ero di m e d i e p ic c o li b o rg h e si in trasferta, c io è o v u n ­q u e n e ll’im p ero trann e ch e in patria. In qualsiasi co lo n ia si p u ò tr o ­vare q u e sto tra g ico e d iv erte n te tableau v iv a n t il ge n tilu o m o b o r ­gh ese ch e parla di p o esia su u n o s fo n d o d i resid en ze sp aziose e giar­dini p ien i di m im osa e b o u g ain villea , e un a vario p in ta co m p a g n ia di m a g g io r d o m i, c a m e r ie r e , g ia r d in ie r i, c u o c h i, d o m e s t ic h e , tate , lavan d aie, e, so prattu tto , ca v a lli15. A n c h e ch i n o n riu sciva a c o n d u r­re q u e sto stile d i vita , co m e ad e se m p io i g io v a n i sca p o li, ven iva c o m u n q u e co n sid erato co m e un n o b ile fran cese alla vigilia d i una

jacquerie16:

In Moulmein, nella bassa Birmania [questa oscura cittadina meri­ta una spiegazione per i lettori del vecchio continente], io ero odiato da un vasto numero di persone; l’unica volta in vita mia che sono stato così importante per giustificare una cosa simile. Ero uno degli ufficiali di polizia della città.

Q u e s t a d e s c r iz io n e in u n o stile c h e p o tr e m m o d e fin ir e « g o tic o tro p icale» , era resa p o ssib ile d a ll’im m en so p o te re ch e il capita lism o aveva d a to alle m etro po li; u n p o te re ta lm en te gran d e da p o te r rim a­n ere d ie tro le quin te. N ie n te illustra c o s ’è capita lism o in d iligen za fe u d a l-a r is to c r a t ic a q u a n to l ’im p o r ta n z a d e lle m iliz ie c o lo n ia li , n oto riam en te distinte d a q u elle d e lla m adrep atria , a vo lte p ersin o in term in i fo rm ali e is titu zio n ali17. In E u r o p a c ’era d u n q u e il «p rim o esercito » , reclu tato co n la co scriz io n e di m assa d i cittadin i «nazio-

15P e r una sp le n d id a co llezio n e d i fotografie d i questi tableaux v ivan ts nelle In d ie O lan d e si (e p e r un testo elegantem ente iro n ic o ), v e d i « E . B reto n de N ijs» , Tem po D oeloe.

16G e o r g e O r w e u ., «Shooting an E le p h a n t» , in T he O rw ell Reader, p. 3 . L e parole tra parentesi sono ovviam ente mie.

17L o K n il (K o n in k lijk N e d e rla n d sc h -In d isch Leger) era decisam ente distin to d a llo K1 (K o n in k lijk Leger) in O lan da. A lla L egio n e straniera fu quasi da subito p ro ib ito per legge di operare nella F ra n cia continentale.

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riali» ; co n cep ito id eolo g icam en te co m e il d ifen so re d ella patria; co n l ’u n iform e d i un p ra tico e fu n zio n ale kaki; d o ta to d elle arm i m ig lio ­ri; in te m p o d i p a ce isolato in caserm e e in gu erra d isp o sto in trin cee o s c h ie r a to d ie tr o p e s a n ti c a n n o n i. F u o r i d a l l ’ E u r o p a c ’ e ra il « se c o n d o ese rcito » , re clu ta to (a p a rte g li u ffic ia li) tra m in o ra n ze r e l ig i o s e o e t n ic h e l o c a l i su b a s e m e r c e n a r ia ; c o n c e p i t o id e o lo g icam e n te co m e una fo rza di p o liz ia interna; in alta u n iform e sia nelle stan ze da letto sia n elle sale d a ballo ; arm ato con sp ad e o arm i orm ai o bsolete. S e lo sta ff m ilitare p ru ssian o , sen za d u b b io il p iù am m irato in E u ro p a , m etteva l ’accen to su ll’an on im a solidarietà di un c o rp o di professionisti, sulla balistica, su lle ferro vie , sul live llo d e ll’in gegn eria e della p ian ificazio n e strategica , l ’ese rcito co lo n ia le ten eva in co n sid erazion e so p rattu tto la gloria, i grad i, l ’ero ism o p e r ­sonale, il g io co del p o lo e u n ’arcaica cortesia tra i su o i u fficiali (e p o te v a p erm etterselo p ro p rio p e rch é il p r im o esercito e la m arina vig ilavan o d ietro le quinte). Q u e sta m en talità so p ravvisse p e r lu n g o tem p o . N e l T o n ch in o del 1894, L yautey scrisse18:

Quel dommage de n’ètre pas venu ici dix ans plus tòt! Quelles carrières à y fonder et à y mener. Il n’y a pas ici un de ces petits lieutenants, chefs de poste et de reconnaissance, qui ne dévelop- pe en six mois plus d ’initiative, de volonté, d’endurance, de per- sonnalité, qu’un officier de France en toute sa carrière* .

N e l T o n ch in o d e l 19 5 1, Jean d e L a ttre d e Tassigny, «ch e am ava gli u fficiali ch e co m b in av an o il co ra g g io co n lo stile, p rese in im m e d ia ­ta sim patia l ’ard ito cavalleggero (il co lo n n e llo d e C astries) con la sua ca p p a e la sua sciarpa S p ah i d i co lo re rosso in ten so , il suo m agn ifico fru stin o e la sua co m b in azio n e d i stile alla m an o e asp etto ducale , ch e lo resero irresistib ile p e r le d o n n e n e ll’In d o c in a d egli anni ’50 co m e lo era stato p e r le p arig in e d eg li anni ’3 0 » 19.

18L ettres du T o n k in et de M adagascar (18 9 4 -18 9 9 ), p. 84. L e tte ra d e l 22 dicem bre 1894, da H a n o i. C o rs iv o m io.

* [« C h e p e cc a to n o n e sse re v e n u to q u i d ie c i a n n i p r im a ! Q u a li c a rr ie re in trap ren d e rvi e percorrere. N o n c ’è un o d i questi tenentini, a capo d i avam posti e postazioni ch e non svilu p p i in sei m esi p iù in iziativa, p iù volon tà, p iù tenacia, p iù personalità d i quanto faccia un u fficiale di F ra n cia in tutta la sua carriera». Nota d el curatore]

’ ’ B e r n a r d B . F a l l , H e ll is a Very Sm all Place: T h e Siege o f D ien B ien Phu, p. 56. È facile im m aginarsi lo sp irito d i C la u sew itz ra b b riv id ire . (Sp ah i, derivato com e Sepoi d a ll’ottom ano S ipahi, sig n ifica cavaliere irre go lare m e rce na rio del ‘secon do esercito’ in A lgeria). E vero che la F ra n cia d i Lyautey e d i de L attre era una F ra n cia repubblican a. C o m u nq ue , la G ra n d e M uette era stata sin d a ll’in izio della ter/.a re p u b b lica un asilo p e r gli aristo cratici sem pre p iù esclusi da tutte le

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U n altro interessante in d izio della d erivazion e aristocratica, o pscu d o -a risto cra tica , d e l ra zzism o c o lo n ia le è la tip ica « so lid arietà tra b ia n c h i» , c h e le g a v a d o m in a to r i c o lo n ia l i d i d iv e r s e n a z io n i a p resc in d ere dai lo ro con flitti e dalle lo ro rivalità interne. Q u e sta so li­darietà, co n il suo cu rio so carattere transnazionale, ci riporta im m e­d iatam ente alla m em o ria la solidarietà d i classe delle aristocrazie e u ­ro p ee d e ll’800, nata tra p ad ig lion i d i caccia, b agn i term ali e saloni d a ballo; o p p u re ci ricorda il senso d i fratellanza tra «ufficia li e ge n til­uom ini» ch e tro va u n ’espression e m o d ern a, da X X seco lo , nella c o n ­v en zio n e d i G in e v ra ch e garantisce agli u fficiali n em ici catturati un trattam ento priv ilegiato , d iverso d a q u ello d e i partig ian i o dei civili.

L’a rgo m en to fin o ra a d o m b ra to p u ò an ch e essere v isto dal la to d e lle p o p o la zio n i co lon iali, in q u an to , a p resc in d ere d a lle a fferm a­z io n i d i a lcu n i id e o lo g i, è in c re d ib ile q u a n to p o c o q u e lla cu rio sa e n tità c o n o s c iu ta c o m e « razzism o in verso » si sia m a n ife sta ta n ei m o vim en ti anticoloniali. In questa m ateria è ab b astan za fa c ile ven ire in gann ati dalla lingua. B asti pen sare, ad esem p io, alla p aro la g ia v a ­n ese lon d o , usata p e r in d icare n on so lo gli o lan d esi, dal cu i n om e p e r a ltro d e riv a , m a i b ia n c h i in g e n e ra le . L a d e r iv a z io n e stessa, d ’altra p arte, m ostra ch e p er i co n ta d in i giavanesi, ch e d iffic ilm en te in co n tra va n o b ia n ch i n o n o lan d esi, i d u e sign ificati co in cid ev an o . Sim ilm ente, n ei territo ri co loniali fran cesi, «Ics blancs» in d icav a qu ei d o m in a to ri il cu i «essere fra n cesi» era in d istin g u ib ile d a ll ’«essere b ian ch i» . In n essu n o d ei d u e casi, ch e io sappia, le p a ro le « lon do» o « b la n c» h a n n o m a i p e r s o il lo ro v a lo re o rig in a le , n é h a n n o m ai assunto sign ificati seco n d a ri d e n ig ra to r i20.

altre im p ortan ti istitu zio n i della vita p u b b lica . N e l 1898, p iù d i u n qu arto d i tutti i generali d i brigata e di d iv isio n e era di estrazione aristocratica. In o ltre questa quantità d i u ffic ia li d i o rig in i n o b ili sarà fondam entale per l ’ im p erialism o france­se d e ll’800 e del ’900. « I l r ig id o co n tro llo im posto s u ll’esercito in m étropole non si estese m ai co m pletam en te alla France d ’outrem er. L ’estensio ne d e ll’ im p ero francese n e ll’800 fu in parte il risultato d e ll’ in con trollata in iz ia tiva da parte dei co m andanti m ilita ri co lo n ia li. C om e l ’A fric a occidentale francese fu quasi intera­m ente creata dal generale F aidherbe, così il C o n g o francese dovette la sua espan­sio n e soprattutto a sco rre rie dei m ilita ri n e ll’entroterra. U ffic ia li fu ro n o anche respo n sabili dei fa its accom plis che p o rtaro no alla creazione d i u n protettorato francese su T a h it i nel 1842 e, in m isu ra m ino re, a ll’o ccu pazio n e del T o n c h in o in In d o c in a verso la fine d e ll’800 ... N e l 1897 G a llié n i abolì la m onarch ia in M a d a ­gascar e deportò la regina, e tutto senza co nsultare il governo francese che po i accettò il fa it accom pli...». Jo h n S. A m b liìr, Th e French Arm y in Politics, Ì945- 1962, pp. 10-11 e 22 .

2(,N o n ho m ai sentito che in indo n esian o o giavanese esistessero term ini gerga­li per in d ica re «olandesi» o «bianchi». Pensate alla ricchezza d e ll’inglese: nigger, w o p (italian o ), k ik e (ebreo), gook (m uso giallo ), slant (o cch i a m ando rla), fuzzy-

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A l co n trario , il ve ro spirito del n azionalism o a n tico lo n ia le p u ò e s­sere tro v ato n ella to cca n te C o stitu z io n e scritta da M a k a rio Sakay p e r la p u r b re v e re p u b b lica d i K atagalu gan (1902), ch e d iceva tra l ’a ltro21

N e s su n tagalog, n ato n e l l’a rc ip e la g o T a g a lo g , d o v rà m ai esaltare a lc u n in d iv id u o p e r la razza o i l c o lo re d e lla su a p e lle ; b io n d o o s c u ro , r ic c o o p o v e ro , c o lto o ig n o ra n te , tu tti so n o co m p le ta m e n ­te u g u a li, e d o v re b b e ro p o s s e d e re tu tti lo ste sso lo o b (s p ir it o in te rio re ). P o s s o n o e sse rc i d iffe re n z e n e ll’e d u c a z io n e , n e lla r ic ­c h e z z a o n e l l ’ a p p a r e n z a , m a m a i n e l la n a t u r a e s s e n z ia le (pagkatao) e n e lla ca p a cità d i s e rv ire u n a causa.

E facile tro vare analogie in o gn i p arte d e l m o n d o . I m eticci m essi­can i d i lin g u a sp agn o la fan n o risalire le lo ro gen ea log ie n on ai c o n ­qu istad o res castigliani, m a agli o rm ai quasi scom p arsi m aya, aztechi, t o lte c h i e z a p o te c h i. I p a tr io t i r iv o lu z io n a r i u r u g u a ia n i, c r e o li a n c h ’essi, p resero il n o m e d a T u p a c A m a ru , l ’u ltim o g ra n d e in d i­g e n o ribellato si co n tro l ’o p p ressio n e creo la , m o rto nel 17 8 1 d o p o in d ic ib ili torture.

P u ò sem brare p aradossale ch e l ’o g g etto di q u esto attaccam en ­to siano d egli «im m aginari» (anonim i, sen za vo lto ) fratelli tagalog, le trib ù sterm inate, la M a d re R ussia, o il tanah air. M a ['am or patriae n on d ifferisce so tto q u esto aspetto d a tutti gli altri affetti, in cu i è sem p re p re se n te un e le m e n to d ’im m a g in a z io n e a ffe ttu o sa . (E cco p e rch é gu ard are le fo to g ra fie dei m atrim on i di sco n o sciu ti è co m e stu d iare la p ian ta a rch e o lo g ica d e i G ia r d in i P en sili d i B a b ilon ia). Q u e l ch e l ’o cch io rap presenta p e r l ’am ante, qu e l p artico la re e allo stesso tem p o co m u n e o cch io co n cu i lu i o lei è n ato , la lin g u a è p er il p atrio ta , q u a lu n q u e lin g u a la storia gli, o le, abbia assegn ato co m e p ro p ria . T ram ite la lingua, in co n trata p e r la p rim a vo lta sulle g in o c ­ch ia della m ad re, e salutata p e r l ’ ultim a solo n ella bara , si ristabilisce il p assato , s ’im m agin an o n u o ve fratellan ze, si so gn an o n u o vi futuri.

w uzzy e centinaia d i altri term ini. È po ssib ile che una tale innocenza linguistica sia tip ica delle p o p o lazion i colonizzate. I n eri d ’A m e rica, e d i certo anche altro ­ve, h an n o svilu ppato un variegato contro -vo cabolario : h o n k y (b ia n co ), ofays, ecc.

2,C o m e citato n e ll’o ttim o Pasyón and revolution: Popular M ovem ents in the Philippines, 1840-1910 d i R e y n a l o o I l e t o (p. 2 18 ). L a re p u b b lic a rib e lle d urò fino al 1907, qu an d o Sakay fu catturato e giustiziato dagli am ericani. P e r capire la prim a frase si deve rico rd a re che tre secoli d i d o m in io spagnolo e im m ig ra ­zione cinese avevano dato vita nelle isole a una po po lazion e m eticcia d i notevoli d im ensioni.

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9. l ’ a n g e l o d e l l a s t o r i a

A ll ’in izio d i qu esta b re v e analisi, a b b iam o p re so in co n sid era zio n e le g u e r re tra la R e p u b b lic a S o c ia lis ta d e l V ie tn a m , la K a m p u c h e a D e m o cra tica e la R e p u b b lica P o p o la re C in ese; è q u in d i g iu sto to r­nare in fin e al p u n to d i p arten za. C ’è n ien te d i quel che è stato detto fin o ra ch e ci p ossa aiutare a cap ire p iù a fo n d o i m o tivi ch e han n o p o rtato allo sco p p io d i q u ei con flitti?

In T h e Break-up o f Britain, T o m N a irn ci o ffre una p re zio sa te ­stim onianza sulle relazioni tra il sistem a p o litico b rita n n ico e quelli d e lle altre n azio n i del m o n d o m o d e rn o 1.

U n ic o , (il sistem a b rit a n n ic o ) h a rap p re se n ta to u n a « c re s c ita le n ­ta e o rd in a ta , n o n co m e g li a lt r i s is te m i, p r o d o t t i d i d e lib e ra te in v e n zio n i r is u lta n ti d a u n a te o ria » . E s s e n d o s i fo rm a ti in seg uito , q u e sti a ltri siste m i « c e rc a ro n o d i c o g lie re al v o lo tu tti i fru tt i n ati d a ll’e sp e rie n za d e llo stato i l c u i c o s titu z io n a lis m o s i era evo lu to n e ll’a rc o d i m o lt i se c o li» ... P o ic h é fu la p rim a , l ’e sp e rie n z a in g le ­se (in seg uito b rita n n ic a ) rim ase d is tin ta d a lle a ltre; e p o ic h é q u e ­ste u ltim e si fo rm a ro n o in u n m o n d o in c u i la r iv o lu z io n e in g lese e ra già a vve n u ta e s i era d iffu s a a ltro v e , le su cc e ssiv e so cie tà b o r ­g h esi n o n p o te ro n o rip e te re lo s v ilu p p o che s i era a vu to in p re c e ­d e n z a . I lo r o s tu d i e im ita z io n i generaron o qu alcosa d i sosta n ­zia lm en te d ifferen te : la d o ttrin a t ip ica m e n te m o d e rn a d e llo stato astratto o « im p e rs o n a le » ch e , p r o p r io p e r la su a n a tu ra astratta, p o trà essere im ita to n ei s e c o li a v e n ire .Q u e sta p u ò essere vista co m e la n o rm a le lo g ic a d e i p ro c e ss i d i s v ilu p p o . E stato u n p rim o e se m p io d i q u e lla ch e in seg uito v e rrà d e fin ita co n eleganza la « leg ge d e llo s v ilu p p o in e g u a le e c o m b i­n ato ».

Q u e l ch e N a im d ice p e r le n azio n i co n te m p o ra n e e va le p e r i d u e c o n cetti gem elli di cu i le n ostre tre n azio n i socialiste so n o l ’in carn a ­z io n e m o d e rn a : r iv o lu z io n e e n a z io n a lis m o . È fin t r o p p o fa c ile d im en tica re che am b ed u e, co m e p eraltro il capita lism o o il m a rx i­sm o, so n o in v en zio n i, su cu i è im p o ssib ile im p o rre un b re ve tto . E s i­sto n o , p e r co sì dire, p e r essere sfru ttate d a tutti. E d è p ro p rio da qu esti atti d i «pirateria», e solo d a essi, ch e d eriva questa b en nota anom alia: so cietà co m e C u b a , A lb a n ia o C in a , che, essen d o rivolu- zionar-socialiste, si co n sid era n o m o lto p iù avanzate di a ltre società,

'A pp. 17-18. C o rsivo m io. L a citazione è presa da C h a r l e s F r e d e r i c k S t r o n g ,

M odem Political Constitutions, p 28.

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co m e a e se m p io F ra n cia , S v izze ra o S ta ti u n iti, m a ch e , esse n d o caratterizzate da bassa p ro d u ttiv ità , m iserabili co n d iz io n i di v ita e t e c n o l o g i a o b s o l e t a , v e n g o n o c o m u n e m e n t e c o n s i d e r a t e «arretrate». (D a q u i il m alin co n ico sogn o di C h o u E n -lai d i ra gg iu n ­g ere l ’In gh ilterra capitalista en tro il 2000).

C o m e a b b ia m o già fa tto n o ta re , H o b s b a w m a ve va ra g io n e q u a n d o n otava ch e «la rivo lu zio n e fran cese n on era stata co n d o tta n é a ttu a ta d a un v e ro e p ro p r io p a rtito o m o v im e n to n el sen so m o d e rn o della p arola, né da uom in i in tenti a realizzare un p ro g ra m ­m a sistem atico». M a , grazie allo sv ilu p p o della stam pa, l ’ esp erien za fr a n c e s e n o n fu s o lo in e s t ir p a b ile d a lla m e m o ria d e l l ’u o m o , fu an ch e istruttiva. D a quasi un seco lo d i teo rizzazio n i e sp erim en ta­zion i p ra tich e derivaron o i b o lscev ich i, che attu aro n o la p rim a riv o ­lu z io n e «pianificata» riuscita (anche se il su ccesso si d e v e in p arte a lle p re c e d e n ti v itto r ie d i H in d e n b u r g a T a n n e n b e r g e su i la g h i M asu ri) e ch e cerca ro n o d i sv ilu p p are un p ro g ra m m a sistem atico (anche se in p ra tica l ’ im p ro vvisazio n e era a ll’o rd in e d e l g iorn o). Tra l ’a ltro sem b ra o rm a i ch ia ro ch e , senza q u e sti p ia n i e p ro g ra m m i s areb b e stata p raticam en te im p o ssib ile un a rivo lu zio n e in un o stato ch e stava a stento en tran d o n ell’e p o ca d e l capita lism o industriale. Il m o d e llo rivo lu zio n ario b o lscev ico è stato d ecisivo p er tu tte le r iv o ­lu z io n i d el ’900 p erch é ha reso p o ssib ile im m agin arle an ch e in s o ­cie tà an co ra p iù arretrate della R ussia (e ha o ffe rto la p o ssib ilità di tagliare i p o n ti della storia co n il passato). L ’ab ile o p e ra to di M a o T se-tu n g co n fe rm ò l ’utilità d e l m o d e llo al d i fu o ri d e ll’E u ro p a . Si p o tre b b e quasi in traved ere un a sorta d i cu lm in e di q u esto p ro ce sso m o d u la re n el caso della C a m b o g ia , d o ve, nel 1962, m en o d e l 2 ,5 % della fo rza la vo ro (co m p o sta d a 2 m ilio n i e m e zzo d i la vo ra to ri a d u l­ti) era effettivam en te «classe o p eraia» , e i capita listi erano lo 0 ,5 % 2.

S im ilm ente, dalla fin e d e l ’700, il n azion alism o aveva su b ito un p ro ce sso d i m o d u la rizza zio n e e d i adattam en to, a seco n d a dei d iv er­si p eriod i, regim i p o litici, eco n o m ie e strutture sociali. Il risultato fu c h e la « co m u n ità im m agin ata» si d iffu se in o gn i p o ss ib ile so cietà co n tem p o ran ea. Se la m o d ern a C a m b o g ia p u ò essere u tile p er illu ­

s tra re u n ’a c q u is iz io n e e s tr e m a m e n te m o d u la r e d e l c o n c e t to di

2S econdo i ca lc o li di E d w in W e lls , su lla base della tavola 9 d i C am bo dge, M inistèro du P ia n et In stitu t N atio n al de la Statistique et des R echerches Econo- m iq ue s, Résultats finals du Recensem ent G eneral de la Population 1962. W e lls d iv id e la p o po lazion e lavoratrice com e segue: u ffic ia li go vernativi e n u o vi p icco li borghesi, 8% ; piccola borghesia tradizio n ale (m ercanti, ecc.), 7 .5 % ; proletariato agricolo, 1 .8 % ; co ntadini, 7 8 .3 % . I capitalisti che possedevano delle vere im p re ­se m anifatturiere erano m eno d i 1300.

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« rivo lu zion e» , il V ietn am ci aiuta p er il co n cetto d i «n azionalism o», tram ite un b re v e e x cu rsu s sul n o m e di q u esta n azione.

A lla sua in co ro n a zio n e d e l 1802, G ia -lo n g d esid erava ch ia m a ­re il p ro p rio regn o « N a m V iet» , e in viò m essi p e r o tten ere l ’assenso d i P e c h in o . I l so v ra n o m a n ciù , in v e ce , in sistette a ffin ch é il n o m e fo sse « V iet N a m » . L a sp iegazio n e di tale in versio n e è la seguente: « V iet N a m » (o, in cinese, Y u eh -n a n ) sign ifica, p iù o m en o , «a su d d i V ie t (Y u eh )» , u n regn o co n q u ista to dagli H a n 17 seco li p rim a, e co n sid e ra to co rrisp o n d en te alle o d iern e p ro v in ce cin esi d i K w an g- tu n g e K w a n g si e alla valle d e l F iu m e R osso. Il « N a m V iet» di G ia - lo n g s ig n ific a v a al c o n tra r io « V ie t/ Y iie h d e l su d » , in p ra tica u n a riv en d ica zio n e d ell’a n tico regn o. C o m e d isse A le x a n d e r W o o d sid e , « d iffic ilm en te p o tre m m o afferm are ch e il n o m e V ietn am , in q u an to e m a n a z io n e d ir e tta d i P e c h in o , fu a p p r e z z a to u n s e c o lo fa d a i go v ern a n ti vietn am iti co m e lo è adesso. P o ic h é era un a p p ella tivo p iu tto sto artificiale, fu usato raram ente sia dai cinesi ch e dai v ie tn a ­m iti. I cin esi ricorsero al term ine sp reg iativ o T ’ang ‘A n n a m ’ (...); dal can to su o , n el 1838-39 la co rte vietn am ita, co n iò un a ltro n o m e p ri­va to p e r il p ro p rio regn o , e n on si cu rò d ’ in form are i cinesi. Il n u o ­v o n o m e, D a i N a m , il ‘G ra n d e S u d ’ o ‘S u d Im p e ria le ’, a p p a rve con regolarità su d o cu m e n ti di co rte e sui registri storici ufficiali, m a non è riu sc ito a so p ravvivere fin o ai g io rn i n ostri» 3. Q u e s to n u o v o n om e è in teressan te so tto d u e aspetti. In p rim o lu o g o , n on co n tien e alcun e lem en to «V iet»-nam ita. In seco n d o lu o g o , il riferim en to territoria le («S ud») ha va lo re so lo se m esso in re laz io n e al R egn o d i M e z z o 4.

Il fa tto ch e i vietn am iti d ifen d a n o o g g i co n tan to o rg o g lio un V iet N a m in ven tato sd eg n o sam en te da u n sovran o m an ciù d e ll’800, ci fa p en sare all’a fferm a zio n e d i R en an seco n d o cu i le n azio n i a v re b ­b e ro « o u b lié bien des choses», m a an ch e, p arad o ssa lm en te , al p o te re d ’im m a gin azio n e d e l n azionalism o.

G u a rd a n d o il V ietn am d egli anni ’30, o la C a m b o g ia d eg li anni ’60, si p o sso n o tro vare, m utatis m utandis, n u m ero se som iglianze: un gran d issim o n u m ero d i co n tad in i an alfabeti sfruttati, una m in uscola classe op eraia , un a b o rg h e sia fram m en tata e u n a classe co lta d e b o le

V ie tn a m and the C h in ese M odel, pp . 120-21'’ I l che n on è p o i così sorprendente. « I l bu ro cra te vietnam ita sem bra cinese; il

co n tad in o vietnam ita sem bra un asiatico d e l Sud-est. I l b uro cra te doveva scrivere in cinese, indossare una tun ica alla cinese, v ivere in una casa alla cinese, viaggiare in u n a portantina alla cinese e seguire p e rfin o le tip ich e id io sin c ra sie cinesi d i co n su m o ostentatorio, q u ali avere u n a vasca d i pesci rossi nel p ro p rio giard in o d el Sud-est asiatico». Ibidem , p. 199.

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e divisa5. N essu n lu c id o analista m o d ern o a vre b b e p o tu to p re v e d e ­re, sulla b ase di q u este co n d izio n i oggettive , n essun a d elle d u e r iv o ­lu zio n i ch e sareb b ero p resto seguite, o il lo ro effim ero trion fo . (In effetti, m o lto di q u ello ch e è stato d etto p u ò va lere a n ch e p e r il caso della C in a d e l 1910 ). Q u e llo ch e in sostanza le rese p o ssib ili fu l ’aver «p rep arato la rivo luzion e» e « im m agin ato la n azio n e» 6.

L a p o litica del regim e di P o l P o t solo in parte p u ò essere attri­b u ita alla cu ltura tradizion ale k h m er o alla crudeltà, paran oia o m e g a ­lom an ia dei suoi leader. G li k h m er han n o certo fatto la lo ro p arte di d esp o ti m egalom ani; alcun i d i essi fu ro n o respon sabili p e r A n g ko r. P iù im p o rta n ti so n o i m o d e lli ch e le r iv o lu z io n i h a n n o , p o sso n o , d o vreb b ero o non d o vreb b e ro aver tratto da Francia, Russia, C in a e V ietn am , e da tutti i lib ri scritti in francese sull’argo m en to 7.

L o stesso p u ò dirsi p e r il n azionalism o. Il n azio n alism o co n ­tem p o ra n eo è il risultato di d u e secoli di m u tam en ti storici. P e r tu t­te le ra g io n i ch e h o ce rca to d i d e sc riv e re fin q u i, q u e s t ’e re d ità è b ifro n te co m e G ia n o ; questo p e rch é tra gli e red i n o n c i so n o so lo San M artin o G a rib a ld i, m a an ch e U v a ro v e M acau lay. C o m e a b b ia ­m o visto , l ’u ffic ia l-n a zio n alism o è stato sin d a ll’in iz io u n a politica vo lu ta d i au to -co n servazion e, strettam en te legata agli interessi degli im p eri d in astici. M a un a vo lta su p ia zza , p o te v a essere facilm en te

’ S eco n do il ce n sim e nto d el 1 9 3 7 , il 9 3 -9 5 % d e lla p o p o la zio n e v ietn am ita viveva ancora in aree rurali. N o n p iù del 1 0 % della p o po lazion e era in grado di scrivere in una qualsiasi lingua. N o n p iù d i 20.000 persone avevano com pletato una scuola prim aria su p e rio re tra i l 1920 e il 1938. E quella che i m a rxisti v ie t­nam iti chiam avano la «borghesia indigena» (costituita p e rlo p iù , secondo M a rr, da p ro p rie ta ri terrieri che n o n risiedevano nelle lo ro terre, p iù a lcu n i im p re n d ito ­ri e qualche ufficiale sup e rio re ) contava circa 10.500 fam iglie, circa lo 0 ,5 % della popo lazion e. Vietnam ese Tradition , 2 5-2 6, 34 e 3 7 . C o n fro n ta questi dati co n q u e lli della nota 2 .

éE , com e p e r i b o lsce vich i, catastrofi fortuite: p e r la C in a , la m assiccia in v a ­sione del G ia p p o n e nel 1 9 3 7; p e r i l V ietnam , la d istruzion e della L in e a M agin o t e la breve o ccu pazio n e da parte dei giapponesi; p e r la C am bo gia, lo s c o n fin a ­m ento d ella guerra tra U S A e V ietn am n elle sue terre o rie n ta li d o p o il m arzo 1970. In o gn un o d i questi casi il potere dell 'ancien regim e esistente, fosse K u o - m intang, coloniale francese, o feudale-m onarchico, fu fatalm ente m inato da forze estranee.

7Si p o t r e b b e suggerire: «sì» a l la levée en masse e. a l T e rro re , «n o » a l term idoro e a l b o n a p a r t is m o , p e r la F ran cia; « s ì» al c o m u n iS m o d i g u e r r a , alla c o l le t t i v i z z a ­

zione e ai Processi d i M o sca, «no» alla N e p e alla de-stalinizzazione, per l ’U n io n e sovietica; «sì» a l la gu errig lia com unista dei co ntadini, al G ra n d e b alzo in avanti e alla R ivo lu zio n e culturale, «no» al P le n u m di L u sh a n , per la C in a ; «sì» alla R iv o ­lu zio n e d ’agosto e alla form ale liq u id a zio n e del P artito com unista in do cin ese nel 1945, « n o » alle da n n o se co n ce ssio n i ai p a rtiti c o m u n isti « p re ce d e n ti» , com e esem plificato negli A c c o rd i d i G in e v ra , p e r il V ietnam .

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co p ia to - co m e p rim a lo erano state le rifo rm e m ilitari della P russia d e l p rim o ’800 - , e da sistem i p o litici e sociali a ltrettan to etero gen ei. L ’aspetto p iù p ersistente d i q u esto stile d i n azio n alism o era, ed è a n ­co ra , il suo essere ufficiale, c io è creato d irettam en te d a llo stato p e r

servirne gli interessi.I l m o d e llo d e l l ’ u f f ic ia l-n a z io n a lis m o d iv e n ta r ile v a n te s o ­

p ra ttu tto q u a n d o i rivo lu zio n a ri p re n d o n o il co n tro llo d e llo stato e so n o p er la prim a vo lta in co n d izio n e d i usarne il p o te re p er i p ro p ri fin i. E q u e sta rile v a n za è m a g g io re se si p en sa ch e a n c h e i r iv o ­lu z io n a ri p iù rad ica li, in un ce rto sen so, « ered itan o » lo stato dal regim e d ecad u to. A lc u n e d i queste ered ità p o sso n o essere s im b o li­che, m a n o n p e r q u esto m e n o im portan ti. N o n o sta n te l ’o p p o siz io n e di T ro ck ij, la capita le d e ll’U rss fu sp ostata a M o sca , la v e cch ia città d eg li zar, e p er p iù d i 65 ann i i lea d e r d e l P c u s h an n o g u id a to il lo ro p aese d a l C rem lin o , l ’an tica c ittad ella d e l p o te re zarista. N e llo stesso m o d o , la capita le della R e p u b b lica p o p o la re cin ese è la stessa della dinastia m an ciù , e i lea d e r d e l P c c si riu n isco n o n ella C ittà p ro ib ita dei F ig li d e l C ie lo . In effetti, so n o ben p o c h e le lea d ersh ip socialiste ch e n on a b b ian o scelto d i o ccu p a re i c o m o d i p o sti d e i regim i p r e c e ­denti. M e n o e v id en te è il fa tto ch e i rivo lu zio n a ri vitto rio si ered itan o an ch e il co m p lesso b u ro cra tic o del v e c c h io stato: a vo lte fu n zio n ari e in fo rm ato ri, m a co m u n q u e sem p re sch edari, dossier, arch ivi, leggi, registri fin an ziari, cen sim en ti, m a p p e, trattati, co rr isp o n d en za , a p ­p u n ti, e co sì via. C o m e il co m p lica to im p ian to e lettrico di una q u a l­siasi g ra n d e casa ch e il v e c c h io p ro p rie ta r io h a la sc ia to , lo stato a s p e tta c h e il n u o v o in q u il in o a c c e n d a l ’ in te r r u t to r e p e r r ic o ­m in ciare a illu m in are co m e prim a.

N o n d o v re b b e so rp ren d ere m o lto , tra l ’altro, se sp esso alcun e le a d e r s h ip r iv o lu z io n a r ie si s o n o a d a g ia te , c o n s a p e v o lm e n te o m en o , nel ru o lo d i «sign ori d e l castello». N o n c i riferiam o sem p lice- m e n te a l l ’ id e n t i f i c a z i o n e d i D ju g a s v i l i c o n I v a n G r o 2n ii, n é a ll’esp ressa am m irazion e d i M a o p e r il tiran n o C h ’in Shih H u an g-tio al ric ic lagg io da p arte d i J o sip B ro z delle sfarzose cerim o n ie rurita- n e8. L’u fficial-n azio n alism o fa p resa sui m o d elli di lea d ersh ip p o st­riv o lu z io n a ri in un m o d o m o lto p iù so ttile . In te n d o d ire ch e p e r q u este lead ersh ip fu p iu tto sto fa c ile a d o tta re il p re su n to nationalno- st degli an tich i sovran i e lo stato din astico. C o n un a so rp ren d en te m o s s a r e tr o a tt iv a , s o v r a n i c h e n o n s a p e v a n o n u lla d i « C in a » , « Y u go slav ia» , «V ietn am » o « C a m b o gia » , d iven n ero p atrio ti (ta lvol­

8V e d i la straordinaria trattazione, n o n sem pre polem ica, in M i l o v a n D j i l a s ,

Tito: the Story from Inside, ca p ito lo 41, specie pp. 1 33 e seguenti.

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ta sen za n ean ch e «m eritare» un tale titolo). D a questa transazion e deriva in variab ilm en te quel m ach iavellism o ch e è un a caratteristica co sì fo rte dei regim i p ost-rivo lu zio n ari in co n trasto co n i m ovim en ti rivo lu zio n ari nazionalisti. P iù l ’an tico stato d in astico è naturalizzato ,

p iù il su o an tico m an te llo p u ò co p rire le sp alle d e lla riv o lu zio n e . L ’im m agin e d e ll’A n g k o r di Jayavarm an V II , raffigu rata sulla b a n d ie ­ra d ella K a m p u ch e a m arxista e d em o cra tica (co sì co m e sui vessilli d e lla re p u b b lica -fa n to cc io d i L o n N o i, e d e lla C a m b o g ia m o n a r­ch ica d i S ih an ou k), è u n ’ico n a n o n d i d e vo z io n e m a d i p o te re 9.

T en d o ad enfatizzare il co n cetto d i leadership, in q u a n to n on s o n o le p erso n e, m a ch i le g u id a a ered ita re i p o s t i d i co m a n d o . N e s s u n o c r e d e d a v v e ro , a lm e n o s p e ro , ch e le g r a n d i m a sse d e l p o p o lo c in ese sian o m in im am en te in teressate a q u e l c h e s u cce d e lu n g o i con fin i co lo n ia li d i C a m b o g ia e V ietn am , n é ch e con tad in i k h m er e vietnam iti desid erassero la gu erra tra i risp ettivi p o p o li o c h e s ia n o s ta t i c o n s u lta t i a l r ig u a r d o . S i è tr a t ta to d i « g u e r r e d ip lo m atich e» , in cu i il n azion alism o p o p o la re fu m o b ilita to s o p ra t­tu tto d o p o gli avven im en ti e sem p re in term in i d i autodifesa. (D a q u i d e riv a l ’en tu sia sm o p a rtic o la rm e n te f ia c c o d e i c in esi p e r cu i q u e s to lin g u a g g io e ra il m e n o p la u s ib ile , a n c h e s o tto il b la s o n e d e ll’ « egem o n ia so vie tica » 10). S o tto q u esto asp e tto , i casi d i C in a , V ietn am e C a m b o g ia n o n son o sin g o lari11. P e r q u e sto m o tivo si p u ò an cora sperare ch e i lo ro p re ced e n ti d i gu erre tra stati socialisti non a b b ian o seguito , e ch e la co m u n ità im m agin ata della n azio n e so cia li­sta v e n g a d im e n tica ta al p iù p resto . Q u e s te g u e rre , p e rò , d iff ic il­m e n te p o tra n n o e sse re lim ita te o p re v e n u te , a m e n o c h e n o n si a b b a n d o n in o lu o g h i co m u n i co m e «i m arxisti, in q u a n to tali, n o n so n o n azionalisti» , o «il n azionalism o è la p a to lo g ia della m o d ern a s to r ia d e llo s v ilu p p o » , e , al c o n tr a r io , ci si d e d ic h i a c o n o s c e r e l ’esp erien za d e l passato, reale e im m aginata.

A p ro p o sito d e ll’A n g e lo d ella Storia, W a lter B enjam in scrisseche:

9O w ia m e n te , le tendenze descritte sopra n on sono affatto caratteristica e sclu ­siva d ei regim i riv o lu zio n a ri m arxisti. L ’attenzione è concentrata su tali regim i sia p e r lo storico im pegno m arxista a ll’intem azion alism o p ro le tario e alla d istruzion e d egli stati feudali e capitalisti, sia a causa delle nuove guerre in d o cin esi. P e r d e ci­frare l ’arcaicizzante ico no grafia del regim e d i destra d i Suharto in In do n esia, ved iil m io Language and Pow er: Exploring Political Cultures in Indonesia , capito lo 5.

10L a differenza tra le in ve n zio n i deU’u fficial-n azio n alism o e quelle d i a ltri tipi d i nazionalism o è quella che c ’è d i so lito tra le falsità e i m iti.

" M a è p o ssib ile che alla fine d i questo secolo gli sto ric i possano a ttribu ire gran parte degli eccessi d e ll’ufficia l-n a zio n alism o com m essi da regim i socialisti p o st-rivo luzio na ri alla d isco n tin u ità tra m o dello socialista e realtà contadina.

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H a il v iso r iv o lto al passato. D o v e c i a p p a re u n a caten a d i e ve n ti, egli vede u n a so la ca tastro fe , ch e a c c u m u la sen za tre g u a ro v in e su ro vin e e le ro ve sc ia a i s u o i p ie d i. E g li v o rre b b e be n tra tte n ersi, d e sta re i m o rti e r ic o m p o rr e l ’ in fra n to . M a u n a tem p esta s p ira d al p a ra d iso , c h e si è im p ig lia ta n e lle sue ali, e d è c o s ì fo rte ch e e g li n o n p u ò p iù c h iu d e r le . Q u e s t a te m p e s ta lo s p in g e i r r e ­s is tib ilm e n te n e l fu tu ro a c u i v o lg e le sp a lle , m e n tre i l c u m u lo d e lle ro v in e d a v a n ti a lu i sale a l c ie lo . C iò ch e ch ia m ia m o i l p r o ­gresso , è qu esta tem p esta 12

M a l ’an gelo è im m o rta le, e i nostri visi so n o rivolti verso l ’o scu ritàch e ci attende.

12 «T e si di filosofia della storia», nella traduzione italiana in A ngelus Novus, p. 80.

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10. C E N S I M E N T O , M A P P A , M U S E O

N e lla p rim a ed izio n e di Com unità Im m aginate, h o scritto ch e «spes­so n elle p o litich e di ‘co stru zio n e n azio n a le ’ di n u o vi stati si ved o n o sia un entusiasm o nazionalista gen u in o e p o p o la re , sia un sistem ati­co, p ersin o m ach iavellico, instillare id e o lo g ia n azio n alista attraversoi m ass m ed ia, il sistem a sco lastico , i re go la m en ti am m in istrativ i e così v ia » 1. L a m ia m io p e co n vin zio n e era ch e l ’u fficial-n azion alism o delle co lo n izza te A sia e A fr ica fosse stato m o d ella to d irettam en te su q u ello d eg li stati d in astici d e ll’E u ro p a d e ll’800. U lterio ri riflessioni m i h an n o p ersuaso ch e q u esto p u n to di vista era in realtà avven tato e sup erfic iale , e ch e la sua im m ediata gen ea log ia an d ava rintracciata n e ll’idea d ello stato co loniale. A p rim a vista, questa co n clu sio n e p u ò so rp ren d ere, visto ch e gli stati co lo n ia li erano tip icam en te, e spesso v io len tem en te, ^«^'-nazionalisti. M a se si v o lg e lo sg u a rd o o ltre le id e o lo g ie e le p o litich e co lo n ia li e verso il co n testo in cui, sp ecie d a l­la m età d e ll’800, queste esp ression i v e n n e ro utilizzate, la d isce n d e n ­za risulta decisam en te p iù lam pante.

P o c h e cose co n trib u iro n o a re n d ere q u esto co n cetto p iù evi­d e n te d i tre istituzion i ch e, p u r in ven tate p rim a della m età d e ll’800, m u ta ro n o le lo r o fo rm e e fu n z io n i p r o p r io q u a n d o le te r re c o ­lo n izza te en traro n o n e ll’e ra della rip ro d u zio n e m e ccan ica . Q u e s te tre istitu zio n i era n o il ce n sim e n to , la carta g e o g ra fic a e il m useo: in siem e p lasm aron o p ro fo n d a m e n te il m o d o in cu i lo stato co lon iale ve d e v a i suoi do m in i (la n atura d egli esseri um an i ch e go vern ava, la g eo grafia dei p ro p ri territo ri e la leg ittim ità della su a gen ealogia). P e r esp lo rare la n atura di q u esto leg am e, in q u esto ca p ito lo restrin ­g erò la m ia atten zio n e all’A sia su d-orien tale , dato ch e le m ie co n c lu ­sioni so n o p ro vv iso rie e le m ie p re te se d i seria sp e c ia lizza z io n e si lim itan o a questa regione. Il S u d est asiatico offre, tra l ’altro, p a rtico ­lari van taggi a chi è in teressato all’analisi storica co m p arativa: c o m ­p re n d e territo ri co lo n iz za ti da q u a si tu tte le p o te n z e im p eria liste « bianch e» (Inghilterra, F ran cia, Sp agn a, P o rto g a llo , O la n d a e Stati uniti), co m e an ch e il n o n co lo n izza to Siam . I le tto ri co n m aggio ri co n o sce n ze di altre zo n e d e ll’ A sia e d ell’A fr ic a saranno in grad o di g iu d icare se le m ie teorie so n o sostenibili in un p iù am p io o rizzo n te storico e geografico .

’V e d i supra, p. 119.

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IL CENSIMENTO

In due bei recenti articoli, il so cio lo g o C h arles H irsch m a n ha iniziato a studiare la m entalità dei coloniali britannici ad d etti ai censim enti nella p en isola m alese e negli in sediam en ti degli Stretti, e dei lo ro su c­cessori ch e la vo raro n o p er lo stato in d ip en d en te d ella M alesia2. L a descrizion e data da H irschm an delle diverse « categorie di identità», ch e si si sono susseguite nei n u m erosi censim enti dal tard o ’800 fin o ai giorni nostri, m ostra una serie d i cam biam en ti straordin ariam ente ra p id i e a p p a re n tem en te a rb itra ri, in c u i le ca te g o rie son o c o n ti­n uam en te agglom erate, d isaggregate, ricom b in ate , m ischiate e r io rd i­nate (ma le categorie di identità p oliticam en te p iù p o ten ti so n o sem ­p re le p rim e ad app arire sulla lista). D a questi censim enti, H irsc h ­m an trae d u e co n clu sio n i fondam entali. L a p rim a è che, co n il p r o ­trarsi del p e r io d o coloniale, le ca tego rie censitarie acqu isiro n o u n ca ­rattere sem pre p iù visib ilm ente ed esclu sivam en te razziale3. L a stessa identità religiosa p erse grad u alm en te il suo va lo re d i classificazion e p rim a ria n ei cen sim en ti. G l i « in d ù » s c o m p a r v e ro d o p o il p r im o cen sim en to del 18 71 (dove erano affiancati d a «kling» e « b en gale­si»), I «parsi» resistettero fin o al cen sim en to d e l 19 0 1, d o v e co m p a r­vero p er l ’ultim a volta (accanto a «bengalesi» , «birm ani», e «tam il»), sotto la v o ce «Tam il e A ltri N a tiv i d e ll’India». L a sua seco n d a c o n ­clu sio n e è ch e , nel co m p lesso , d o p o l ’in d ip e n d en za le am p ie ca te ­go rie razziali fu ro n o m antenu te e p erfin o con cen trate , m a rid efin ite e riclassificate in «nativi della M alesia» , «cinesi», «indiani» e «altri». M a le anom alie co n tin u aro n o fin o ai nostri anni ’80. P ro p rio n el ce n ­sim ento del 1980, i «sikh» so n o p resen ti co m e su b-categoria p s e u d o ­etn ica (accanto a «m alesi» e «telegu», «pakistani» e «nativi d e l B a n ­g la d e sh » , « tam il d e llo S ri L a n k a » e « a ltre p o p o la z io n i d e llo Sri L an ka» ), so tto la d efin izio n e g en era le «indiani».

L e sp le n d id e d e sc riz io n i d i H irsc h m a n in co ra g g ia n o p e rò il letto re ad an d are o ltre l ’ asp etto p u ra m en te analitico. P ren d e te , ad

2C i i a r l e s H i r s c h m a n , « T h e M e a n in g a n d M e a s u re m e n t o f E t h n ic it y in M alaysia: A n A nalysis o f C en sus C la ssificatio n s», Journal o f Asian Studies, 46:3 (agosto 19 87), pp. 552-82; e « T h e M a k in g o f R ace in C o lo n ia l M alaya: P o litica l E c o n o m y a n d R a c ia l Id e o lo g y», Sociological Forum , 1:2 (p rim ave ra 1986), pp. 330-62.

’ P e r tutta l ’epoca colon iale, fu enum erata u n ’in c re d ib ile varietà d i «europei». M a m entre nel 1881 erano su d d iv isi nelle tre d e fin izio n i d i «residenti», « d i pas­saggio», e «p rig io n ie ri», nel 1911 erano tutti u n iti com e «m em bri d i una razza (bianca)». È p ro babile che, fino alla fine, gli addetti al censo si siano trovati in d u b b io su dove elencare co lo ro in d ica ti com e «ebrei».

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e se m p io , il ce n sim e n to d e llo stato fe d e ra to m alese d e l 1 9 1 1 , che e le n c a s o t t o « P o p o la z io n i d i R a z z a M a le s e » le s e g u e n t i v o c i: «m alesi» , « giavan esi» , «sakai» , « ban jaresi» , « b o y an esi» , «m end e- lin g » (!), « k rin ch i» (!), « ja m b i» , « a ch in esi» , « b u g i» e «altri» D i q u e sti « g ru p p i» , tutti tra n n e la m a g g io r p a rte d e i «m alesi» e dei «sakai» so n o o rig inari d elle iso le d i Sum atra, G ia v a , B o rn e o m eri­d io n ale e C e le b e s , p arti, c ioè, d e lla vasta co lo n ia d e lle In d ie O r ie n ­tali o landesi. M a queste o rig in i n o n fu ro n o ten ute in gran co n to dai resp o n sabili del cen sim en to che, n el d e fin ire i «m alesi», rivo lsero la lo ro atten zio n e solo a ll’in tern o dei p ro p ri co n fin i co lon iali. (L o g ica ­m e n te , al d i là d e l m a re , i c e n s im e n ti o la n d e s i d a v a n o u n ’a ltra im m a g in e d e i «m alesi» , c o m e e tn ia m in o re , su llo stesso p ian o di «achin esi» , «giavanesi» e cosi via). «Jam bi» e «krin chi» so n o p arole ch e si riferisco n o a lu o gh i, p iù ch e a q u a lco sa d i an ch e vagam en te etn o lin gu istico . E estrem am en te im p ro b a b ile ch e, n el 1 9 1 1 , un a p u r m in im a frazio n e d i qu esti in d iv id u i si sia rico n o sciu ta in sim ili e ti­ch ette. Q u e s te «identità», im m agin ate d a lla (confusa) m e n te classifi­ca to r ia d e llo stato co lo n ia le , e ra n o a n c o ra in a ttesa d i u n a re ifi­ca zio n e, ch e la p en etrazio n e am m inistrativa im p eriale a vreb b e p re ­sto reso p o ssib ile . Si n oti, tra l ’a ltro , la p assio n e che i resp o n sabili dei cen sim en ti m o stran o p er la co m p le te zz a e la ch iarezza , da cu i d erivan o sia la lo ro in to lleran za nei co n fro n ti d i id en tificazio n i m u l­tip le, p o litica m en te «travestite», in distin te o m u tevo li, sia la curiosa su b -categ oria , p resen te in o gn i g r u p p o razziale, d eg li «altri», da n o n co n fo n d e re assolutam en te co n altri «altri». L a gran d e fin z io n e d ei cen sim en ti è ch e tutti v i siano p resen ti, e ch e o g n u n o a b b ia u n o e un so lo p o sto estrem am en te chiaro . N ie n te frazion i.

Q u e s to m o d o d ’im m a gin are p ro p r io d e llo stato co lo n ia le ha o rig in i b e n p iù antiche dei censim enti a tto rn o al 18 70 , co sì ch e , p er co m p re n d ere a p p ien o la p ro fo n d a n o v ità dei cen sim en ti del tard o ’800, è utile vo lg ersi agli in izi d e lla p en etrazio n e e u ro p e a n el Sud est asiatico . S o n o p artico la rm en te in teressan ti d u e e se m p i p re si dagli a rcip ela gh i d elle F ilip p in e e d e ll’In d o n esia . In un a su a recen te o p e ­ra, W illia m H e n ry S co tt ha cercato d i ricostru ire m etico lo sa m en te le stru ttu re di classe d elle F ilip p in e p re-isp a n ich e, sulle b a se dei p rim i d o cu m en ti sp agn oli4. C o m e storico , S co tt è p erfe ttam en te co n sa p e ­v o le d e l fa tto ch e le F ilip p in e d e v o n o il p ro p rio n o m e a F ilip p o II di « Sp agn a» , e ch e, p e r sua fo rtu n a o m e n o , l ’arcip elago sareb b e p o tu ­to ca d ere in m an o in glese o d olan dese, v e n ir d iv iso p o litica m en te o

■’ W il l ia m H e n k y S c q t t , Cracks in the Parchm ent Curtain , ca p ito lo 7 , « F ilip i­n o C lass Structure in the Sixteenth C en tury».

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essere a ggregato ad altre co lo n ie 5. S a re b b e fa c ile a ttrib u ire la sua cu rio sa scelta d e ll’argo m en to alla sua lun ga residen za n elle F ilip p in e e alla p ro fo n d a sim p atia ch e p ro v a p e r u n n azio n a lism o filip p in o ch e, d a orm ai p iù d i un secolo , in segu e le tracce di un e d en a b o rig e ­no. C i son o p erò b u o n e p ossib ilità che i fa tto ri ch e p iù han n o in flu i­to sulla fo rm a zio n e della sua im m agin azio n e siano state le fo n ti su cu i si è d o v u to basare. In fatti, in qualsiasi iso la sb arcassero , i vari re lig io si e co n q u ista d o re s v e d e v a n o so lo principales, hidalgos, pe- cheros e d esclavos (p rìn cip i, n o b ili, a lleva to ri e sch ia vi), ca te g o rie quasi feu d ali adattate dalle classificazion i sociali d e lla Sp agn a tardo- m e d ie v a le . I d o c u m e n ti ch e h a n n o la sc ia to , m o s tra n o c h e i vari «hidalgos» erano p e r lo p iù ign ari della lo ro recip ro ca esistenza n el gran de, d iv iso e scarsam en te p o p o la to arcip elago , e, q u a n d o n e era­n o a co n o scen za , si co n sid eravan o tra lo ro n o n co m e hidalgos, m a co m e n em ici o sch ia vi p o te n zia li. M a il p o te re d e lle ca rte è co sì g r a n d e c h e q u e s to fa tto re sta m a rg in a le n e l l ’im m a g in a z io n e d i Scott, e d è d ifficile p e r lu i rendersi co n to che la «struttura d i classe» p reco lo n ia le è in realtà u n cen sim en to im m agin ario crea to dai g a le o ­ni spagn oli. O v u n q u e andassero, in co n tra va n o hidalgos e d esclavos che p o te va n o essere aggregati co m e tali, c io è «strutturalm en te», da u n in cip ien te stato co lon iale.

N e l caso d e ll’In d o n esia a b b iam o , grazie a lle ric erc h e d i M a so n H o ad ley , un ra p p o rto d ettagliato d i u n im p o rtan te caso g iu d iziario d e c is o n e l p o r to c o s tie ro d i C ir e b o n , v ic in o G ia v a , alla fin e d e l ’6006. P e r fo rtu n a, i d o cu m en ti o lan desi (V oc) e lo ca li so n o an co ra rin tracciabili. Se fossero sopravvissuti so lo i d o cu m e n ti cireb o n esi, a vrem m o co n o s c iu to il p re su n to assassin o co m e un a lto u ffic ia le della co rte d i C ire b o n e solo co n il suo titolo d i K i A ria M a rta N in - grat, n o n co n il su o n o m e p ro p rio . I registri d e lla V o c , in vece, lo id en tifican o rab b io sam en te co m e un chinees (l’in fo rm azio n e singola

5NeUa prim a metà del ’600, gli insediam enti spag noli s u ll’arcip elag o su b iro n o rip etuti attacchi da parte della V e ree n igd e O o st-In d isch e C o m p a n ie (V o c), la p iù grande co rpo razio ne «transnazionale» d e ll’epoca. I co lo n i ca tto lici dovettero la lo ro sopravvivenza a ll’ultra-eretico Protettore, che seppe tenere al gu in zaglio le m ire d i A m sterdam p e r la m aggior parte del suo regno. Se il V o c fosse stato v it­to rio so , M a n ila , e n o n B a tavia (G ia c a rta ), sarebbe p o tu ta d ive n ta re il ce n tro d e ll’im p ero «olandese» n el Sud-est asiatico. N e l 1762 , L o n d ra stra p p ò M a n ila alla Spagna, e la tenne p e r quasi due anni. E divertente notare che M a d rid la rio t­tenne solo o ffrendo in cam bio la F lo rid a e altri possedim enti «spagnoli» ad est d e l M iss is s ip p i. Se le n e g o z ia zio n i fossero state d iverse, l ’arc ip elag o a vre b b e potuto essere legato politicam ente alla M alesia e a Singapore n e ll’800.

6M a s o n C . H o a d l e y , «State vs. K i A r ia M a rta N in g ra t (1 6 9 6 ) a n d T ia n Siangko (1 72 0 -2 1 )» (m anoscritto m ai p u b b lica to , 1982).

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p iù im p ortan te che ci p o sso n o offrire). È chiaro quin di che la corte cirebo n ese iden tifica le p erso n e co n la carica e lo status, m entre la C o m p a gn ia si co n cen tra sulla «razza». N o n c e alcun m o tivo p er cu iil p resu nto o m icida, la cui alta carica testim onia p e r lu i e p er i suoi antenati una lun ga in tegrazione nella società cirebo n ese a prescin dere dalle lo ro origini, dovesse vedersi co m e «un» chinees. C o m e si è arri­vati d u n q u e a questa classificazione? D a ll’alto di quali to ld e si potè im m aginare chinees? S en za d u b b io dai crudeli casseri dei m ercantili che senza tregua n avigavano da p o rto a p o rto tra il g o lfo di M ergu i e la fo ce d ello Y angtze-kiang. D im en tich i del fatto che le p o p o lazio n i d e l R e g n o d i M e z z o e ra n o e te ro g e n e e , ch e le lo r o lin g u e era n o recip rocam en te in com pren sib ili, ch e la lo ro diasp ora nel Su d est asia­tico aveva avuto p articolari orig in i geo grafich e e sociali, gli im piegati della co m p ag n ia im m agin aron o, co n il lo ro sguardo trans-oceanico, una serie in fin ita d i chinezen, co m e i co n q u ista d o res avevan o visto una serie infinita d i hidalgos-, e sulla base d i questo censim ento im m a­ginario, co m in ciaro n o ad insistere affin ché tutti quelli che eran o sottoil lo ro co n tro llo , in d icati co m e chinezen, si vestissero, abitassero, si sposassero, ven issero seppelliti e lasciassero in eredità ben i co rrisp o n ­denti ai dati del cen sim en to. C o lp is ce il fatto che gli iberici, m olto m eno avven turosi e votati al co m m ercio , abbian o im m agin ato una ca ­tegoria p iu tto sto diversa, ch e d efin iron o sangley. Sangley è in realtà la versio n e sp agn o la d ella p aro la h o k k ien sengli, c io è «m ercan te» 7. E facile im m agin are i viaggiatori sp agn oli m entre ai m ercanti attirati a M anila dalla possibilità d i scam bi con i galeon i ch iedevano: «V oi chi siete?»; e si sentivano rispondere: « N o i siam o m ercanti»8. N o n n avi­gan d o n ei sette m ari d e ll’A sia , p e r d u e secoli gli iberici rim asero in una co n fo rtevo le e p ro vin cia le n eb b ia d i con oscen ze. Solo m olto len ­tam ente sangley d iven n e «cinese», fin o a scom p arire nel p rim o ’800 sostituito dalla p arola, di o rig in e V o c, chino.

L a vera in n o v azio n e d ei cen sim en ti d e g li an n i in to rn o al 1870, fu , d u n q u e , n on la costruzione d i c lassificazio n i etn ico -razzia li, m a p iu tto sto la lo ro sistem atica quantificazione. I d o m in a to ri p re c o lo ­n iali m alesi e g ia va n esi a veva n o ten tato di co n ta re le p o p o la z io n i so tto il lo ro co n tro llo , m a so lo attraverso i registri fiscali e le varie im p o ste . I lo ro sco p i eran o co n cre ti e sp ecific i, c io è sap ere co n esat­

7V e d i, a d esem pio, E d g a r W ic k b e r c ;, T h e C hinese in Philippine Life, 1850- 1898, ca p ito li 1 e 2 .

8I1 co m m ercio dei galeoni, p e r cu i M a n ila fu, p e r p iù d i d u e secoli, 1’entrepot, scam biava p o rcellan e e sete cin esi con l ’argento messicano.

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tezza a ch i p o te r im p o rre trib u ti e co scriz io n e m ilitare: qu esti g o ­vern anti erano interessati so lo alle riserve fin an ziarie e alla fo rza d ei p ro p r i e se rc iti. S o tto q u e s to a sp e tto , l ’o p e r a to d e i p r im i reg im i eu ro p ei nella regio n e n o n d ifferì di m o lto da q u e llo d e i lo ro p r e d e ­cessori. D a l 18 50 , p e rò , le auto rità co lo n ia li fe c e ro u so di m eto d i a m m in istra tiv i sem p re p iù s o fis tica ti p e r c o n ta re le p o p o la z io n i, com p resi d o n n e e b a m b in i (che g li an tich i d o m in ato ri avevan o sem ­p re ign o rato), seg u e n d o un lab irin to d i p ro ce d u re ch e n o n avevan o im m ediati sco p i finan ziari o m ilitari. U n tem p o , ch i era so tto p o sto a tasse e co scriz io n e era ben co n scio della sua «n um erabilità»: su q u e ­sto a rg o m e n to , d o m in a to re e d o m in a to si ca p iv a n o m o lto b e n e , anch e se in m o d o antagonista. N e l 1870, p erò , u n a d o n n a «cocin- c in e s e » , e se n ta sse e in a r r u o la b ile , p o te v a v iv e r e , fe lic e m e n te o in fe licem en te, n eg li in sed iam en ti d eg li Stretti, sen za m in im am en te sosp ettare che così era stata registrata d a ll’alto. Q u i ap p are la p e ­culiarità di q u esto n u o v o tip o d i censim ento ch e si d e d ica a ccu rata ­m en te a co n ta re g li o g g etti d e lla p ro p ria fe b b r ile im m agin azio n e . V ista l ’esclu siva n atura d el sistem a d i c lassificazion e, e la lo g ica della c la s s ific a z io n e stessa, u n « c o c in -c in e s e » a n d a v a c o n c e p ito s o lo co m e un n u m ero in un a serie d i « co cin -cin esi» , aU’in te rn o , o v v ia ­m ente, del territo rio d ello stato. M e n tre lo stato co lo n ia le am pliava le p ro p rie d im en sion i e fu n zio n i, la n u o va to p o g ra fia d em o gra fica si rad icò p ro fo n d a m e n te n e ll’a m b ito so cia le e is titu zio n ale . G u id a ta dalle sue m a p p e im m agin arie, o rg an izzò i n u o v i a p p arati b u ro cra tic i d e ll’ed u ca zio n e , d elle leg g i, d e lla sanità, della p o liz ìa e d e ll’im m i­grazio n e , ap p arati co stru iti su p rin cìp i di g e ra rch ie etn ico -razzia li, in terp retate in term in i di serie parallele. Il f lu sso d e lle p o p o la zio n i su d d ite a ttraverso le m aglie di trib u n a li d ifferen zia ti, d ifferen zia te scu o le , c lin ich e, stazioni di p o liz ia e d ifferen ziati u ffic i d ’im m ig ra ­zion e, creò « p erco rsi ab itu din ari» ch e , co l tem p o , d ie d ero una vita sociale reale a lle fantasie d e llo stato.

V a d a sé ch e lo stato n on v e leg g iò sem p re in a cq u e tranquille , e sp esso s ’ in c a g liò in re a ltà s c o m o d e . D i g ra n lu n g a la p iù im ­p o rtan te tra esse fu l ’a ffiliazio n e religiosa, che era servita d a b ase p er le an tich e e stabilissim e co m u n ità im m agin ate , p e r n ien te allineate co n l ’autoritaria grglia tasso n o m ica d ello stato la ico . N e lle d iverse co lo n ie del S u d est asiatico, a vari livelli, i g o v ern a n ti fu ro n o costretti a fa r e c o n fu s e c o n c e s s io n i, s p e c ie a l l ’Is la m e a l b u d d is m o . In p articolare, co n tin u a ro n o a fio rire tem p li, scu o le e tribun ali re lig io ­si, il cu i accesso era d e te rm in a to d a lla scelta in d iv id u a le , n on dal censim ento. R aram en te lo stato p o tè far p iù ch e ce rca re di regolare, lim itare, registrare, stan d ard izzare q u este istitu zio n i e su b o rd in arle

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gerarch icam en te alle p ro p rie9. F u p ro p rio p er la lo ro co n d iz io n e di «anom alia top o grafica» ch e tem pli, m o sch ee, scu o le e tribu n ali reli­gio si, fu ro n o co n cep iti co m e una sorta d i zon a franca, e , in seguito, co m e fo rtezze d a cu i i m ovim en ti antico loniali, religiosi p rim a, n azio ­nalisti p o i, p o te ro n o co n d u rre la lo ro guerra. A llo stesso tem p o , vi eran o frequ en ti tentativi di in durre fo rzatam en te una m igliore corri­sp o n d en za tra catego rie d e l censim ento e com un ità religiose, etniciz- zan d o p o liticam en te e g iu rid icam en te queste ultim e. N e g li stati fed e ­rati della M alesia co lo n ia le, qu es’o p era fu relativam en te facile. C o lo ­ro ch e il regim e in scriva tra i «m alesi», ven ivan o spinti ve rso le corti dei « loro» sultani, am m inistrate p e r lo p iù seco n d o i d ettam i della leg g e islam ica10. «Islam ico» d iven n e q u in d i solo un altro n o m e p er «m alese». (Solo d o p o l ’in d ip en d en za d e l 19 5 7 , alcuni g ru p p i politici te n ta ro n o d ’in v e rtire q u e sta lo g ic a tra sfo rm a n d o « m alese» in un altro n o m e p er «islam ico»). N elle vaste ed etero gen ee In d ie o lan desi, d o v e alla fin e d el p e r io d o co lo n ia le un vasto sch ieram en to di o rg a ­n izzazio n i m issionarie rivali aveva o p erato n um erose co n versio n i in aree disperse e lo n ta n e tra lo ro , u n a sim ile cam p agn a in co n trò o sta­co li b e n p iù im p o n en ti. N o n o sta n te ciò, anche qui gli anni ’20 e ’30 v id e ro la n ascita di un cristian esim o « etn ico » (la ch iesa B a ta k , la chiesa K a ro e, in seguito , la chiesa D a y ak ), derivan te dalla ten d en za d e llo stato ad affidare a d iversi g ru p p i m issionari d ifferen ti « zon e di in flu en za» , a seco n d a della to p o g ra fia ch e risultava d ai censim enti. B atavia n o n e b b e lo stesso successo co n l ’Islam . N o n osò p ro ib ire i p ellegrin aggi alla M e cca , anch e se cercò d i lim itare il n u m ero dei p e l­legrin i, co n tro llò i lo ro viagg i e li sp iò d a un avam po sto a J id d ah isti­tu ito p ro p rio a q u esto sco p o . N essu n a di queste m isure b astò a p re ­ve n ire l ’in te n sifica rsi d e i co n ta tti tra i m u su lm an i d e lle In d ie e il vasto m o n d o estern o d e ll’Islam , e, in p articolare, co n le n u o v e co r­ren ti di pen siero p ro ven ien ti dal C a iro 11.

LA MAPPA

N e l fra tte m p o , il C a ir o e la M e c c a co m in c ia v a n o a e sse r visti in m o d o strano, n on p iù co m e lu o g h i della geo grafia sacra m usulm an a, m a an ch e co m e p u n ti su fo g li d i carta ch e co n altri p u n ti in d icavan o P a r ig i, M o s c a , M a n ila e C a ra c a s; e la re la z io n e tra i v a r i p u n ti

lJV e d i sopra, ca p ito lo 7 (p. 125) p e r i tentativi d el co lo n ia lism o francese di separare il bud d ism o in C am bo gia dai su o i a ntich i legam i con il Siam.

10V e d i W i l l i a m R o it , T h e Origins o f Malay Nationalism , pp. 72-4." V e d i H a r r y .1 B l n d a , 'The Crescent and the Rising Sun, ca p ito li 1 e 2.

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in d ifferen tem en te sacri e p ro fa n i era determ in ata da n ien t’altro che dalla d istan za in linea d ’aria ca lco lata m atem aticam ente. L a m ap p a disegnata co n la p ro iezio n e di M e rca to re , in tro d o tta dai co lo n izza ­to r i e u ro p e i, s ta v a c o m in c ia n d o , tra m ite la s ta m p a , a p la s m a re l ’ im m agin ario d e ll’A sia sud-orientale.

In un a sua recen te e b rillan te d issertazion e, lo storico th a ilan ­d ese T h o n g ch a i W in ich a k u l ha d escritto i co m p lica ti p ro cessi che p o rta ro n o alla nascita dei co n fin i d el Siam tra il 18 50 e il 1 9 1 0 12. L a sua testim on ian za è interessante p ro p rio p erch é il S iam n o n fu c o lo ­n iz z a to , a n ch e se i su o i c o n fin i fu r o n o d e te rm in a ti c o n p r in c ìp i co loniali. N e l caso thailan dese, in oltre, è facile rilevare l ’em ergere di u n a n u o v a m e n t a l i t à s t a t a le a l l ’ in t e r n o d i u n a s t r u t t u r a «tradizion ale» d i p o te re p olitico .

F in o a ll’ascesa al tro n o , n el 18 5 1 , d e ll’in te llig e n te R am a IV, esistevan o in Siam solo d u e tipi di m ap p e, ed e n tra m b e erano d ise ­g n a te a m an o ; q u i l ’ e p o c a d e lla r ip ro d u zio n e m e cca n ica n o n era a n c o ra c o m in c ia ta . U n a d e lle m a p p e p o te v a essere ch ia m a ta un « co sm o g ra fo » , un a ra p p re se n ta zio n e fo rm a le e s im b o lica d e i T re M o n d i d e lla co sm o lo gia trad izio n ale b u d d ista . I l co sm o grafo non si p re se n ta va o rizzo n ta lm e n te , c o m e le n o stre m a p p e; era p iu tto sto u n a serie di p aradisi u ltraterreni e in fern i sotterran ei in castrati nel m o n d o v is ib ile lu n g o u n in v is ib ile asse v e rtica le . E ra in u tile p e r viaggiare, se n on in cerca d i m eriti e salvezza. I l seco n d o tip o , p re t­tam en te p ro fan o , con sisteva in d iagram m i da utilizzare p e r le c a m ­p a g n e m ilitari e la n avigazio n e costiera. O rg a n izza ta ro zzam en te in qu ad ran ti, fo rn iva fo n d a m en ta lm en te in fo rm azio n i su tem p i d i m a r­cia e n avigazio n e, grazie a n o te scritte, n ecessarie p e rc h é i carto grafi n o n avevan o alcun a n o zio n e tecn ica di «scala». R ivo lta a m isurare il so lo s p a z io te rre stre e p r o fa n o , q u e s to t ip o d i m a p p a era g e n e ­ra lm e n te d ise g n a ta c o n u n a b iz z a rr a p ro s p e tt iv a o b liq u a , o co n diverse p ro sp ettive , co m e se l ’o c c h io d el d isegn atore, a b itu ato dalla v ita q u o tid ia n a a v e d e re il p a e s a g g io o r iz z o n ta lm e n te a d a lte zza d ’u o m o , fo ss e c o m u n q u e in flu e n za to , a liv e llo su b lim in ale , d a lla v e rtica lità d e l c o sm o g ra fo . T h o n g c h a i so tto lin e a ch e ta li m a p p e , sem p re locali, n o n erano m ai situate in u n o stab ile co m p lesso g e o ­grafico p iù am p io , e ch e era del tu tto estranea la co n ven zio n a le p r o ­sp ettiva aerea d e lle m a p p e m od ern e.

E n tram b e le m a p p e n on recavan o in d icazio n i d i co n fin i. I lo ro

12T u o n g c h a j W i n i c h a k u l , Siam Mapped: A History o f the Geo-Body o f Siam(tesi d i dottorato in filosofia, U n ive rsity o f Sydney, 1988).

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d iseg n a to ri a v re b b e ro tro v a to in co m p re n sib ile l ’e le ga n te allcrm u- zion e d i R ich ard M u ir 13:

P o sti s u ll’ in te rfa ccia tra te rrito ri d i stati a d ia ce n ti, i c o n fin i n azio ­n a li h a n n o u n ’ im p o rta n z a p a rtic o la re n e llo sta b ilire i lim it i d e lla so v ra n ità e n el d e fin ire la fo rm a fis ic a d e lle v a rie re g io n i p o lit ic h e . (...) I c o n fin i (...) s i tro v a n o d o ve l ’ in te rfa ccia v e rtic a le tra d iv e rs i stati so v ra n i in te rse ca la s u p e rfic ie terrestre. (...) I n q u a n to in te r­faccia v e rtic a le , i c o n fin i n o n h a n n o este nsio n e o rizzo n ta le .

E s is te v a n o p ie tre d i c o n fin e e a n a lo g h i se g n a li, c h e in e ffe tt i si m o ltip lica ro n o lu n g o i lim iti o ccid e n ta li d e l regn o co n l ’aum en tare d e lla p re ssio n e b rita n n ica d alla b assa B irm an ia , m a q u e ste p ie tre erano co llo cate co n d isco n tin u ità, lu n g o passi d i m o n ta gn a o gu ad i d ’im p o rtan za strategica, sp esso a gran d e d istan za dalle p ietre co rr i­s p o n d e n t i p o s t e d a g li a v v e r s a r i . V e n iv a n o in t e r p r e t a t e o r i z ­z o n ta lm e n te , a d a lte zza d ’u o m o , co m e segn ali d e ll ’este n sio n e d e l p o te re reale; n o n « d all’aria». S o lo n ella seco n d a m età d e ll’800 i le a ­d e r thai co m in ciaro n o a v e d e re i co n fin i co m e p arti d i un a m a p p a co n tin u a n on c o rr is p o n d e n te a q u a lco sa di v is ib ile sul s u o lo , m a c o m e d e m a r c a z io n e d i u n ’e sc lu siv a so v ra n ità in ca stra ta tra a ltre sovranità. N e l 18 74 fece la sua ap p a riz io n e il p rim o m an u ale g e o ­g rafico , d e l m ission ario a m erican o J.W . V a n D y k e , un p rim o p r o ­d o tto d e l ca p ita lism o -a -stam p a ch e co m in ciav a o rm ai a in sin uarsi a n ch e n el Siam . N e l 18 8 2 , R a m a V fo n d ò un a sp e c ia le scu o la d i cartografia a B a n g k o k . N e l 1892, il p rin c ip e D a m ro n g R ajan u p h ab , n e ll’in au g u rare u n m o d e rn o sistem a sco lastico p e r il p aese, rese la g e o g r a fia u n a m a te r ia o b b lig a to r ia g ià d a lla s c u o la s e c o n d a ria . In to rn o al 1900 fu p u b b lica to P hum isat Sayam (G e o g ra fia del Siam ) d i W .G . J o h n so n , m o d e llo d i tu tte le su ccessiv e carte g e o g ra fich e stam p ate del p ae se 14. T h o n g c h a i fa n otare ch e la co n v e rg e n za v e tto ­riale tra il cap ita lism o-a-stam p a e la n u o v a co n cez io n e d e lla realtà sp aziale o ffe rta d a q u este m a p p e e b b e un im p atto im m e d ia to sul v o ca b o la r io della p o litica thai. T ra il 1900 e il 19 1 5 , le trad izio n ali p a r o l e k r u n g e m u a n g q u a s i s c o m p a r v e r o , p o ic h é e s s e i m ­m agin avan o il territo rio in term in i di cap ita li sacre e cen tri p o p o la ti v isib ili e d isco n tin u i15: al lo ro p o sto si sostitu ì p ra thet, «il p aese»,

15 R i c h a r d M u i r , M odern P olitical Geography , p. 119.mT ] io n c ;c h a i , Siam M apped, pp. 1 0 5 -1 0 ,2 8 6 .15P e r una com pleta trattazione s u ll’antico co n cetto d i potere a G ia va (che,

con m in im e differenze, co rrisp o n d e a q u e llo d e ll’A n tico Siam ), v e d i il m io Lan­guage and Poiver, capito lo 1.

d e fin iz io n e ch e lo im m agin ava n ei term in i in visib ili d i u n o sp azio territoria le lim itato 16.

C o m e i censim enti, le m a p p e all’eu ro p ea o p erav an o in base a una classificazion e totalizzante, e sp in sero i lo ro p ro d u tto ri e co n su ­m atori verso p o litich e dalle co n se g u en ze rivo lu zio n arie. D a q u an d o, n el 1 7 6 1 , J o h n H a rriso n aveva in v e n ta to il cro n o m e tro , ch e rese p o ssib ile il ca lco lo p re c iso della lo n g itu d in e, l ’intera su p erfic ie curva d e l p ia n eta era so tto p o sta a u n a g r ig lia g e o m e tr ic a c h e d iv id ev a m ari vu o ti e region i in esp lorate in aree m isurate e co n o s c iu te 17. Il co m p ito di «riem pire», p er co sì d ire, le aree era a ffid a to a esp lo ra to ­ri, to p o g ra fi e fo rze m ilitari. N e l S u d est asiatico , la seco n d a m età

d e ll’800 fu l ’età d e ll’o ro dei to p o g ra fi m ilitari (co lo n iali e, in seguito, thai). E ra n o decisi a p o rre lo sp azio so tto lo stesso co n tro llo che gli a g e n ti d e i ce n sim e n ti e se rc ita v a n o su lle p e rso n e . T ria n g o la z io n e d o p o t r ia n g o la z io n e , g u e r r a d o p o g u e r r a , t r a t ta t o su tr a tta to , l ’in sed iam en to di m a p p e e p o te ri p ro ce d ev a . C o n le giu ste p aro le di T h o n g c h a i18:

N e i te rm in i d e lla m a g g io r p a rte d e lle teo rie s u lla c o m u n ic a z io n e , e d e l senso co m u n e , u n a m a p p a è u n ’ a strazio n e s c ie n tific a d e lla realtà. U n a m a p p a ra p p re se n ta so lta n to q u a lc o sa ch e già s i tro v a oggettivam en te « là». N e lla sto ria ch e h o d e sc ritto , questa re la z io ­n e era in v e rtita . L a m a p p a a n tic ip a v a la re a ltà g e o g ra fic a , n on vicev e rsa . In a ltre p a ro le , la m a p p a era u n m o d e llo p er — e n o n m o d e llo d i - c iò ch e a v re b b e d o v u to ra p p re s e n ta re . ( ...) E r a d iv e n u ta u n v e ro e p r o p r io s tru m e n to p e r c o n c re tiz z a re p r o ie ­z io n i s u lla s u p e rfic ie terre stre. L a m a p p a e ra o rm a i n ece ssaria ai n u o v i m e c c a n is m i a m m in is tra t iv i e a lle t ru p p e p e r so ste n e re le p ro p r ie pretese. (...) L a c a rto g ra fia d iv e n n e i l n u o v o p a ra d ig m a c h e s e r v iv a n o , e a l c u i in t e r n o f u n z io n a v a n o , le o p e r a z io n i a m m in is tra tiv e e m ilita ri.

A lla fin e d e l se co lo , gra z ie a lle r ifo rm e d e l p r in c ip e D a m r o n g al m in istero degli in tern i (un b e l n o m e ca rto grafico ), l ’am m in istrazio­n e d el regn o fu in fin e p o sta su un a b a se co m p leta m en te cartografi- co-territoriale, co m e era già successo n elle v ic in e co lonie.

S a re b b e im p r o v v id o tra s c u ra re la c r u c ia le in te rs e z io n e tra m a p p a e censim ento: le n u o v e m a p p e fu ro n o in d isp en sab ili p e r seg ­m en tare l ’in fin ita serie d i «hakkas», «abitan ti d e llo Sri L a n k a n on

16T i i o n g c h a i , Siam Mapped, pp. 110.17D a v ì d S. L a n i ìu s , Revolution in Time: Clocks and the M aking o f th e M odem

W orld, capitolo 9.KSiam M apped , p. 310 .

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tam il» e «giavanesi», che l ’a p p arato fo rm ale del cen sim en to aveva co stru ito , d elim itan d o p e r sco p i p o litic i d o v e fin ivan o i territori da essi o ccu p a ti. A l co n trario , p e r u n a sorta di trian go lazio n e d e m o g ra ­fica , i cen sim en ti rie m p iro n o p o litic a m e n te la to p o g ra fia fo rm a le

d e lla m ap p a.D a q u e sti c a m b ia m e n ti e m e rse ro d u e a sp e tti fo n d a m e n ta li

d e lla carta g e o g ra fica (en tram b i istitu iti da llo stato co lo n ia le) ch e p re fig u ra n o d irettam en te l ’u fficial-n azio n alism o che il S u d est asiati- co sp erim en terà nel ’900. P e rfe tta m e n te co n sci della lo ro c o n d iz io ­ne d i in trusi nei d istan ti tro p ici, m a p ro ven ien ti da u n a società in cui l ’ered itarie tà legale e la trasferib ilità leg a le d egli spazi g e o g ra fic i e ra ­n o accettate da te m p o 19, gli e u ro p ei ten taro n o sp esso di legittim are il d iffo n d ersi d e l p ro p rio p o te re co n m e to d i n o n p ro p rio legali. Tra q u esti, u n o d ei p iù p o p o la r i fu la p retesa di «ereditare» p resu n te so vran ità d ei regn an ti n ativi, ch e g li e u ro p e i a veva n o e lim in a to o s o g g io g a to . C o m u n q u e , g li u s u r p a to r i si d a v a n o d a fa r e , sp e c ie r isp etto a gli a ltri e u ro p e i, p e r r id e fin ire la sto ria p ro p rie ta r ia dei lo ro n u o v i p o ssedim en ti. R isultato d i q u esta situazione fu l ’apparire, sp ecie n el tard o '800, d i « m a p p e storich e» , d isegnate p e r d im o stra­re, n el n u o v o d isco rso ca rto g ra fic o , l ’an tich ità di sp e c ific h e u n ità territo ria li. A ttr a v e r s o co s tru ite s e q u e n ze c r o n o lo g ic h e d i q u este m a p p e, si ven n e a creare un a sorta d i n arrazio n e p o litico -b io g rafica d e l regn o, a vo lte c o n u n a n o te vo le p ro fo n d ità storica20. In seguito questa narrativa fu adottata, an ch e se spesso riadattata, d agli stati- n a z io n e ch e nel ’900 d iv en n e ro gli e red i d egli stati co lo n ia li21.

l9N o n in tendo sem plicem ente l ’ereditare e il cedere terreni p riva ti nel senso com une d e l term ine. P iù im portante era la pratica tipicam ente europea d i trasfe­rim e n ti p o lit ic i d i terre, co n i lo ro abitanti, tram ite i m atrim oni dinastici. L e p rin ­cipesse, co n il m atrim onio, portavano ai lo ro m a riti ducati e p ic c o li p rin cip a ti, e questi trasferim en ti ven iva n o form alm ente negoziati e «firm ati». L ’espressione Bella gerant alti, tu, fe lix Austria, n ube! sarebbe stata in co n cep ib ile p e r qualsiasi stato d e ll’A sia precoloniale.

20V e d i T h o n g c h a i , Siam M apped , p. 3 8 7 , a p ro po sito d e ll’assorbim ento, da parte d e lla classe dirigente thai, di questo m o d e llo d ’ «im m aginazione». «Secon­do queste m appe sto riche , in o ltre , la realtà geografica n on è u n a p a rtico la rità m oderna, m a vien e fatta risa lire ad alm eno u n secolo prim a. L e m appe storiche, a iu ta n o q u in d i a negare o g n i suggestione seco n d o cu i il co n ce tto d i n azio n e sarebbe em erso solo n el recente passato, e l ’ idea che il Siam o d ie rn o sia il risulta ­to d i u n processo traum atico viene preclusa, così com e ogni sospetto che i rap ­po rti tra il Siam e le potenze d ’E u ro p a siano stati i v e ri pro creato ri d el Siam».

21 Q u e s t ’a d o zio n e n o n fu affatto u n o stratagem m a m a ch ia v e llic o . I p rim i n azio n alisti delle co lo n ie d i tutto i l Sudest asiatico si erano form ati sul m odello d e llo stato co lon iale e delle sue istituzioni. V e d i supra, capitolo 7.

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Il seco n d o asp etto fu la m app a-com e-logo*. L e sue o rig in i fu ro n o re la tiv a m e n te in n o ce n ti; la p ra tic a , t ip ic a d e g li stati im p eriali, di co lo ra re le c o lo n ie su lla m a p p a co n c o lo r i s p e c ific i p e r i d iv ersi im peri. N e lle ca rte d isegn ate a L o n d ra , le co lo n ie b rita n n ich e eran o in gen ere rosso ch iaro , quelle fran cesi vio la-b lu , q u elle olan desi gial- lo-m arron i e così via. C o lo ra ta in tal m o d o , o gn i co lo n ia sem brava un sin golo p e z z o d i un g ig an tesco p u zzle . Q u a n d o questo « effetto p u z z le » d iv e n n e n o rm a le , o g n i p e z z o p o tè essere iso lato d a l su o c o n te s to g e o g r a fic o . N e lla su a fo rm a fin a le tu tte le a n n o ta z io n i in fo rm ative fu ro n o rim osse: lin ee d i la titu d in e e lo n g itu d in e, n om i d i lu o g h i, segni dei fium i, dei m ari e d elle m o n tagn e, p a esi vicini. S o lo segni, n o n p iù «parte» d e l m o n d o . S o tto questa fo rm a la m a p ­p a en trò in u n a serie r ip ro d u cib ile a ll'in fin ito , su m an ifesti, sigilli u fficiali, carte intestate, co p ertin e d i lib ri e giornali, to va g lie e p areti di alberghi**. S u b ito rico n o scib ile , v isib ile o vu n q u e , la m a p p a -lo go si rad icò n e ll’im m agin ario p o p o la re , d iv en en d o p resto un p o te n te sim b o lo p e r i i n ascen te n azio n alism o an ti-co lon iale22.

L ’In d o n esia co n te m p o ra n e a ci o ffre u n b e llo , d o lo ro so esem ­p io d i q u e s to p ro c e ss o . N e l 1828 si e b b e il p r im o in se d ia m en to o lan d ese sull’isola della N u o v a G u in ea . A n c h e se l ’ in stallazione fu a b b a n d o n a ta n e l 18 3 6 , la c o ro n a o la n d e se p r o c la m ò la p r o p r ia sovranità su q u ella p arte d e ll’isola p o sta a ovest d ei 14 1 grad i d i lo n ­g itu d in e (una linea in visib ile ch e n on co rrisp o n d ev a ad a lcu n segno su l suolo , m a ch e rientrava nei sem p re p iù rari sp azi vu o ti d i C o n -

'[Logo è un term ine p u b b lic ita rio entrato n e ll’uso corrente d e ll’editoria e d e l­la grafica. S eco n do lo Z in g a re lli, è un acco rciativo d i logotipo : «form a g rafica progettata o realizzata p e r u n a parola o una sigla allo sco p o d i renderla il sim bolo fisso in cu i il cliente o l ’utente id e n tifica n o l ’im m agine com m erciale d i u n ’ azien­da o d i un pro dotto». Nota d el curatore]

“ [C o s i un ita lian o ric o n o sc e im m ediatam en te l ’ Italia d a lla silh o u e tte (d a l logo) dello Stivale, totalmente avulso e isolato dal suo contesto m editerraneo ed europeo. N e llo stesso m odo, a u n francese parla la figura stilizzata d e ll’Esagono, quella stessa che non d irebbe niente a un indonesiano. Nota d el curatore]

22N e g li scritti d i N ic k Jo aqufn , em inente letterato e ardente patriota, si p u ò vedere con quanta forza il sim bo lo agisca pe rfin o s u ll’intelligenza p iù sofisticata. A pro p o sito del generale A n to n io L u n a , tragico eroe della lotta anti-am ericana del 1898-99, Jo a q u in scrive che si d e d icò a «svolgere q u e llo che per tre secoli era stato il ruo lo istin tivo dei creo li: la difesa del territorio delle F ilip p in e dal d isg re ­gatore straniero». A Q uestion o f Heroes, p. 164 (co rsivo m io). A ltro ve fa osserva­re, incredibilm en te, che «g li alleati f ilip p in i (della Spagna), convertiti e m ercena­ri, in viati co n tro i r ib e lli f ilip p in i, po tra n n o anche aver m antenuto l ’arcipelago sp ag n o lo e c rist ia n o , ma h a n n o a n ch e c o n tr ib u ito a ten e rlo assiem e», e che «com battevano (a pre scin d e re dai progetti degli spagnoli) p e r tenere u n iti i f i l ip ­p in i». Ibid., p. 58.

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rad"), co n l ’e ccez io n e d i a lcun e zo n e co stiere rico n o sciu te so tto la sovran ità d e l sultan o del T id o re . S o lo n el 1901 L’A ia s’im p ossessò d e l sultanato, e in co rp o rò la N u o v a G u in e a o cc id e n ta le alle In d ie o lan d esi, a p p en a in tem p o p e r la lo ro « lo go izzazio n e» . G ra n p arte d e lla re g io n e rim ase n e g li sp a z i v u o ti d i C o n r a d f in o a d o p o la seco n d a gu erra m on diale; la m an ciata d i o lan desi ch e ci v iv ev a era co m p o sta p e r lo p iù da m issionari, isp ettori m inerari, e gu ard ian i di sp eciali ca m p i d i p rig io n ia p e r i n azion alisti in d o n esian i radicali. L e p a lu d i a n o r d d i M e r a u k e , a ll ’ e stre m o lim ite s u d o r ie n ta le d e lla N u o v a G u in e a olan dese, fu ro n o scelte co m e lu o g o id ea le p er questi b a gn i penali: la regio n e era co n sid erata irrag giu n gib ile d a l resto d e l­la co lo n ia e i p o p o li p rim itiv i ch e l ’a b ita va n o in co n tam in ati dal p e n ­siero n azio n alista23.

L ’in tern am en to, e sp esso la sep o ltu ra , dei m artiri n azionalisti in q u e ste z o n e , d ie d e ro alla N u o v a G u in e a o c c id e n ta le un p o sto cen tra le n el fo lk lo re della lo tta an tico lo n ia le, e la resero un lu o g o s a c r o n e l l ’ im m a g in a r io n a z io n a le : In d o n e s ia l ib e r a , d a S a b a n g (all’ estrem ità n o rd o cc id e n ta le d i Su m atra) a M e ra u k e (d o v e a ltri­m e n ti? ). N o n fe c e a lcu n a d iffe r e n z a il fa tto c h e , a p a r te a lcu n e centin aia d i internati, n essun nazionalista v id e la N u o v a G u in e a con i p ro p ri o c c h i fin o agli anni ’60. L e m a p p e -lo g o o lan d esi, p erò , c o r­sero a tu tta v e lo c ità a ttrav erso la co lo n ia , m o stra n d o u n a N u o v a G u in e a o ccid en ta le con n ien te a est, e irro b u sten d o in co n sciam en te i sem p re p iù fo rti leg am i im m agin ati. Q u a n d o , co n il co n clu d e rsi d elle asp re gu erre an tico lo n ia li d eg li anni ’4 5 -’49, gli o lan d esi fu r o ­n o c o s tre tt i a c e d e r e la s o v ra n ità d e l l ’a r c ip e la g o a g li S ta ti u n iti d ’ In d o n esia , si cercò , p e r ragio n i ch e esu lan o dal n ostro tem a, d i se­p arare la N u o v a G u in e a o cc id e n ta le p e r l ’ en n esim a v o lta , m ante-

*[In Cuore d i tenebra (1899 ), il protagonista M a rlo w dice: « D a ragazzino avevo una passione per le carte geografiche. F issa v o p e r ore il Sudam erica, l ’A frica o l ’A u stra lia e m i perdevo in tutte le glorie dell'esplorazione. A quei tempi c ’erano ancora m olti spazi vuo ti sulla terra, e quan do ne vedevo un o che sulla carta pare­va partico larm en te invitante (m a lo parevano tutti) c i m ettevo sopra un d ito e dicevo: ‘Q u a n d o sarò grande andrò in questo q u i’ (...) In a lcu n i ci sono stato e ..., bene, n o n parliam one. M a ce n ’era ancora u n o - il p iù grande, i l p iù vuoto, per co sì d ire - d i c u i avevo una gran voglia. C e rto , a questo punto, n o n era p iù uno spazio vuoto. D a l tem po della m ia adolescenza era stato riem pito co n fium i, laghi e nom i. A veva smesso d i essere un o spazio b ia n co di delizioso m istero - una ch iaz­za bianca su cu i sognarci sop ra per un ragazzo. E ra divenuto un luogo di tene­bra». J o s e p h C o n r a d , Heart o f Darkness and O ther Tales, O x fo rd , O x fo rd U n i­versity Press, 1990, p. 142. Nota del curatore]

2iV e d i R o b i n O s b o r n b , Indonesia’s Secret War, Th e Guerrilla Struggle in Irian ]aya, pp . 8-9.

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n e n d o te m p o r a n e a m e n te il re g im e c o lo n ia le , e d i p r e p a r a r la a u n ’esistenza in d ip en d en te. Q u e s t ’im presa fu a b b an d o n a ta solo nel 19 6 3 , a causa della fo rte p ression e d ip lo m atica am erican a e d ei raid m ilitari in donesian i. S o lo allora il p resid en te S u k a rn o p o tè visitare p e r la p rim a volta , all’età d i 62 anni, una region e p e r cu i aveva tan to lo tta to p er q u a ttro d ecen n i. L e su ccessive, d iffic ili re laz io n i tra le p o p o la zio n i della N u o v a G u in e a o ccid en ta le e g li em issari dello sta ­to in d o n esian o in d ip en d en te p o sso n o essere attrib u ite al fatto ch e g l i in d o n e s ia n i, p iù o m e n o s in c e r a m e n te , v e d o n o q u e lle p o ­p o la zio n i co m e «fratelli e sorelle», m en tre le p o p o la z io n i stesse, p e rlo p iù , ve d o n o le co se p iu tto sto d iversam ente24.

Q u e s te d ifferen ze so n o d o vu te m o lto a cen sim en to e m appa. L a lo n tan an za e il territorio a ccid en tato della N u o v a G u in e a han no dato vita, nel co rso d e i m illenni, a una straordin aria fram m en tazio n e lin g u is tic a . Q u a n d o g li o la n d e si la sc ia ro n o la re g io n e n el 19 6 3 , stim arono che, su un a p o p o la zio n e d i 700.000 anim e, esistevano p iù di 200 lin gu e tra lo ro in co m p ren sib ili25. M o lti d e i p iù rem oti gru p p i «tribali» non eran o n em m en o a co n o sce n za d ella recip ro ca esisten ­za. S o p ra ttu tto d o p o il 1950 , p e rò , m issio n ari e u ffic ia li o lan d esi fece ro seri ten tativi di «unificarli» tram ite i censim enti, il p o te n zia ­m en to della rete d i co m u n icazio n i, l ’apertura d i n u o v e scu o le , e la co stitu zio n e d i strutture go vern ative «sovra-tribali» . Q u e s ti ten tativi fu r o n o in tra p re s i da u n o stato c o lo n ia le c h e , c o m e a b b ia m o già n o ta to , era u n ico p er aver go v ern a to le In d ie n o n attraverso una lin ­gu a eu ro p ea, b en sì un a sorta d i «m alese am m inistrativo»26. Q u in d i, la N u o v a G u in e a o ccid en ta le fu «cresciuta» con la stessa lin gu a con cu i era stata g ià allevata l ’In d o n esia (e ch e, a te m p o d e b ito , d iven n e la lin gu a nazionale). L ’ironia è ch e il bahasa Indonesia d iven n e p o i la lin gu a fra n ca d i un fio ren te n azionalism o co m u n e alla N u o v a G u i­nea o ccid en ta le e alla P ap u asia o c c id e n ta le 27.

24D a l 1963 si son o rip etuti nella N u o v a G u in e a O c cid e n ta le (o ra chiam ata Ir ia n Jaya, G ra n d e Ir ia n ) num erosi fatti di sangue, in parte a causa della m ili­tarizzazione d e llo stato indo n esian o dal 1965, in parte a causa delle interm ittenti attività d i g u errig lia effettiva della cosiddetta O p m (O rg a n izzazio n e per la P a­puasia libera). T a li b rutalità im p allid isco n o però al co n fro n to con la ferocia di G ia karta n e ll’est T im o r, già terra portoghese, dove, nei p rim i tre a n n i seguenti a ll’invasione del 1976, m o rì circa un terzo dei 600.000 abitanti a causa di guerra, carestia, m alattie e «ri-in se d ia m en to » . N o n cre d o sia u n e rro re suggerire che questa differenza tra Ir ia n Jaya e T im o r d e riv i in parte d a ll’assenza d e ll’est T im o r nei logo delle In d ie o rie n ta li o landesi e, fin o al 1976, d e ll’ Indo n esia.

25O s b o k n e , Indonesia’s Secret War, p . 2 .

2<;V e d i supra, p. 110.27L a m igliore prova sta nel fatto che il nom e d e ll’organizzazione nazionalista

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Q u e llo ch e p e r ò un ì, sp e c ie d o p o il 1963, i g io v an i e litig io si n a ­zion alisti della P a p u a sia o ccid en ta le , fu la m ap p a. A n c h e se lo stato in d o n esian o aveva p iù v o lte cam b iato il n o m e della regio n e da W est N ie u w G u in e a a, p rim a , Ir ian B arat (Irian o c c id e n ta le ) e, p o i, a Irian Jaya, id en tificav a la sua realtà lo c a le d a ll’an tico atlan te in p r o ­spettiva aerea d e ll’era co lo n ia le. Q u a lc h e raro a n tro p o lo g o , m issio ­n ario e fu n zio n ario lo cale , a vreb b e p o tu to sap ere o p en sare q u a lc o ­sa d egli asm at, d ei b a u d i e d eg li ndani. L o stato stesso, p erò , e attra­ve rso d i esso la p o p o la z io n e in d o n esian a, v e d e v a so lo fan to m atici «irianesi» (o ran g irian ), co sì ch iam ati p ro p rio in b a se a lle m appe: p o ic h é «fantasm i», ve n iv a n o im m agin ati quasi co m e lo go : asp etto « n eg ro id e» , p erizo m a , e così via. C o n un p ro ce sso ch e ci r ico rd a c o m e l ’In d o n esia fu im m agin ata a ll’in tern o d e lle stru ttu re razziste delle In d ie orien ta li o lan desi del p rim o ’800, co m in ciò a em ergere l ’em b rio n e di un a co m u n ità n azion ale «irianese», d efin ita dal m eri­d ian o 14 1 e dalle p ro v in cie co n fin an ti d e lle M o lu c c h e setten trion ali e m erid io n ali. Q u a n d o A r n o ld A p , su o p o rta v o ce p iù e m in en te e p iù se d u ce n te , fu u c c is o d a llo stato n el 19 8 4 , era c u ra to re d i un m u seo statale d e d icato alla cu ltu ra (p rovin ciale) «irianese».

IL MUSEO

N o n è affa tto casuale il leg am e tra le attività d i A p e il suo o m icid io . P e rc h é i m usei e la stessa im m agin azio n e m useale son o p ro fo n d a ­m en te p o litic i. C h e il suo m u seo fo sse istitu ito dalla d istan te G ia ­carta , m o stra q u a n to il n u o v o sta to -n a z io n e d e ll’In d o n e s ia a b b ia im p arato dal su o p iù im m e d iato antenato, le co lo n iali In d ie orientali o lan desi. L’o d iern a p ro liferazio n e d i m usei in tu tto il S u d est asiatico su ggerisce ch e è in a tto un p ro ce sso gen era le d i trasm ission e d i ere­dità p o litica . N o n si ca p isce q u esto p ro ce sso se n on si co n sid era la n u o va a rch e o lo g ia co lo n ia le o tto ce n te sca , ch e rese p o ss ib ili questi m usei. F in o al p rim o ’800, i d o m in ato ri co loniali nel S u d est asiatico d im o stra ro n o scarsissim o in teresse p e r i m o n u m e n ti a n tich i d elle p o p o la z io n i ch e a v e v a n o so tto m e sso . T h o m a s S ta m fo r d R a ffles, sinistro em issario d e lla C a lcu tta di W illia m Jones, fu il p rim o fu n ­zion ario co lo n ia le d i un a certa im p o rtan za ch e n on so lo co llez io n ò u n a gran d e q uan tità d i objets d ’art locali, m a n e stu d iò sistem atica- m e n te an ch e la storia28. In seguito, co n ritm o sem p re p iù ra p id o , le

di guerriglia anti-indonesiana, Organisai Papua Merdeka (Opra), è composto da parole indonesiane.

2>!N e l 1811, la C om pagn ia delle In d ie o rie n ta li inglese s’im p a d ro n ì con la for­za d i tutti i possedim enti o landesi nelle In d ie (N a p o le o n e aveva assorbito l ’O lan-

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m agn ificen ze d i B o ro b u d u r, A n g k o r, P a ga n e d i altri siti a rch eo lo gi­c i f u r o n o d is s o tte r r a te , l ib e r a t e d a lle s te r p a g lie , m is u r a te , f o ­tografate, ricostru ite, recintate, studiate e m esse in m o stra29.1 servizi arch eo lo gici co lo n ia li d iven n ero istitu zion i d i g ra n d e p o te re e p resti­g io , d o ve p restavan o servizio co lti fu n zio n ari d i e ccezio n a le va lo re30.

da n e lla F ra n c ia l ’ a n n o p rim a ). R a ffle s g o v e rn ò G ia v a fin o al 1 8 1 5 . L a sua m onum entale History o f Java v ide la lu ce nel 1 8 1 7, due anni p rim a che egli fon ­dasse Singapore.

29L a m usealizzazione del B o ro b u d u r, il p iù grande stupa buddista del m ondo, è un esem pio ideale d i questo processo. N e l 1814 il regim e d i Raffles lo «sco prì» e fece c o m in c ia re il d isb o sc a m e n to del m o n u m e n to . N e l 1 8 4 5 , l ’a rtista -a v - v en turiero tedesco Schaefer persuase le autorità olandesi d i Batavia a pagarlo p e r farne i p rim i dagherrotipi. N e l 18 51, Batavia in viò una squadra d i im piegati sta­tali, g u id a ti d a ll’ingegnere c iv ile F .C . W ils e n , p e r registrare una catalogazione sistem atica dei bassorilievi e p e r p ro d u rre un insiem e com pleto e «scientifico» di litografie. N e l 1874 il do ttor C . Leem ans, d irettore del m useo delle antichità di Le id a, p u b b licò , p e r conto del m in istro delle colonie, la p rim a im portante m o n o ­grafia; si affidò soprattutto alle litografie d i W ilse n , n o n avendo visitato il luogo d i persona. D o p o i l 1880, il fotografo professionista C eph as si dedicò ad una p r i­ma catalogazione fotografica d i tipo m oderno. N e l 1901 il regim e co lon iale istituì una O u d h e id k u n d ig e C om m issie (com m issione delle antichità). T ra il 19 0 7 e il 1911, la com m issione su pervisio n ò il com pleto restauro dello stupa, interam ente a spese dello stato, condotto da una squadra guidata d a ll’ ingegnere civ ile V a n E rp . P ro p rio in ricon o scim en to del successo del restauro, la com m issione fu p ro ­m ossa, nel 1 9 1 3 , a « se rv iz io » , O u d h e id k u n d ig e n D ie n st (S e rviz io delle A n t i­chità), che cu rò la m anutenzione del m onum ento fin o alla fin e d e ll’e poca c o lo ­niale. V e d i C . L e e m a n s , Boro-Boudour, pp. I I - L V ; e N J . K r o m , Inleiding tot de Hindoe-Javansche Kunst, I , capitolo 1.

31'I1 viceré C u rz o n (1899 -190 5), u n appassionato d i antichità che, com e scrive G ro s lie r, «anim ò» la ricerca archeologica in In d ia , mette le cose in m odo assai sim patico: «È ...n o stro dovere scavare e sco p rire , classificare, r ip ro d u rre e d e sc ri­vere, copiare e decifrare, e custo dire e conservare». (F o u ca u lt n on avrebbe sapu­to dire m eglio). N e l 1899 fu fondato il D ip artim e n to archeo lo gico d ella B irm a ­nia, allora parte d e ll’ In d ia b rita n n ica , e presto co m in c iò il restauro d i Pagan. L ’a n n o p rim a era stata aperta a S a ig o n l ’É c o le F ra n ^ a ise d ’E x trè m e -O rie n t, seguita a ruota da un D ire tto rato d ei M u se i e dei M o n u m e n ti S to rici d e ll’In d o ­cina. Subito d o p o aver tolto al Siam il co n tro llo d i S iem reap e Battam bang nel 1907, la F ra n cia istituì ad A n g k o r una com m issione d i co n tro llo p e r «curzonizza- re» i p iù im p o rta n ti m o n u m e n ti del S ud-est asiatico. V e d i B e r n a r d P h ilip p e G r o s l ie r , Indochina , pp . 1 5 5 -7, 1 7 4 -7. C o m e già notato, la C o m m issio n e alle antichità olandese fu istituita nel 1901. L a co in cid e n za delle date (1899, 1898, 1901) m ostra n o n solo l ’attenzione con cu i le potenze c o lo n ia li riv a li si co n tro lla ­vano a vicenda, ma anche i m utam enti che avvenivan o oltrem are nel concetto d ’im perialism o alla fine del secolo. C o m e era da aspettarsi, il Siam indipendente seguì la stessa strada, m a p iù lentam ente. I l suo servizio archeo lo gico fu organ iz­zato solo nel 1924, il suo M u se o N a zio n a le solo nel 1926. V e d i C h a r l e s H i g i i a m ,

The Archaeology o f M ainland Southeast Asia, p. 25.

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E sp lo ra re d a vv ero p e rch é tu tto ciò a vv en n e ci p o rte r e b b e tro p p o lo n tan o . B asti sap ere ch e il cam b iam en to co in cise co n il tram o n to d ei regim i co m m e rcia l-co lo n ia li d elle d u e gran d i co m p a g n ie delle In d ie orientali, e co n il p assaggio a una vera co lo n ia m o d ern a, sotto il d iretto co n tro llo e u ro p e o 31. I l p restig io d e llo stato co lo n ia le era q u in d i in tim am en te leg a to a q u ello della su a m adrep atria . V a n otato ch e gli sfo rzi m a ggio ri fu ro n o rivolti al restauro dei m o n u m en ti p iù im p o n en ti (e che si co m in ciò a segnare tali m o n u m en ti su m a p p e d a d istribu ire al p u b b lic o , co m e u n a sorta d i cen sim en to n ecro lo g ico ). Q u e s t ’enfasi rifletteva certo una m o d a o rien taleggian te. M a l ’entità d elle so m m e in vestite c i fa p en sare ch e lo stato avesse le p ro p rie , tu tt’altro ch e scien tifich e, ragioni. T re in p artico la re ve n g o n o subito in m ente, e d i q u este l ’u ltim a è d i gran lu n g a la p iù im p o rtan te.

In p r im o lu o g o , il p e r io d o d e i p r im i in te re s s i a rc h e o lo g ic i co in cise co n il p rim o sco n tro p o litico sulla p u b b lic a istru zio n e32. I «p rogressisti» , tan to co lo n ia li q u a n to n ativi, sp in ge va n o p e r m a g ­gio ri in vestim en ti in un m o d e rn o sistem a scolastico . C o n tro di lo ro si sch ieraro n o i co n serv ato ri ch e tem evan o le co n se g u en ze a lu n g o term ine d i q u esta sco larizzazio n e, e p referivan o ch e i nativi restasse­ro nativi. In qu esta lu ce , le ricerch e a rch e o lo g ich e — p resto seguite d a ed izio n i a stam p a di testi letterari trad izio n ali a spese d e llo stato- p o sso n o essere viste co m e una sorta d i p ro gram m a e d u ca tiv o c o n ­servatore, ch e serviva an ch e da p retesto p e r resistere alle p ression i dei p rogressisti. In seco n d o lu o g o , il p ro gram m a id e o lo g ico form ale dei restauri p o n e v a i costru tto ri d ei m o n u m en ti e in n ativi sem p re in

} l L a V o c fu liq u id a ta , p e r b a n c a ro tta , n e l 1 79 9 . L a c o lo n ia d e lle In d ie O la n d e si, c o m u n q u e , nasce n e l 1 8 1 5 , q u a n d o l ’in d ip e n d e n z a d e ll’O la n d a è restaurata d a lla Santa A lle an za , e G u g lie lm o I d ’O ra n g e o ccu p a u n trono o lan d e ­se creato in o rigine nel 1806 da N apo leo n e per il m ite fratello L u ig i. L a C o m p a ­gnia delle In d ie o rie n ta li b ritann ich e sopravvisse fino al grande am m utinam ento Sepoys del 1857.

>2L a O u d h e id k u n d ig e C o m m issie fu istituita d a llo stesso g o vern o ch e (nel 1 9 11) aveva inaugurato la n uo va «po litica m orale» p e r le In d ie , una p o litica che per la p rim a volta m irava a stabilire un sistema educativo d i tipo occidentale p e r la m aggior parte della popo lazion e autoctona. I l governatore generale P a u l D o u - m e r (1 8 9 7 - 1 9 0 2 ) c re ò sia i l D ire tto ra to d e i m u se i e d ei m o n u m e n ti s to r ic i d e ll’ In d o c in a , sia i l m o d e rn o a p p a rato sco la stic o d e lla co lo n ia . In B irm a n ia c o m in c iò p ro p rio co n l ’istitu zio n e d i u n D ip a rtim e n to a rc h e o lo g ico b irm a n o l ’im p ro vviso s v ilu p p o d e ll’istruzion e superio re, che portò tra il 1900 e il 1940 ad aum entare d i otto volte il n um ero degli studenti iscritti a scuo le secondarie, da 2 7.4 01 a 2 3 3 .5 4 3 , e d i venti volte qu ello degli studenti d i college, da 115 a 2 .365. V e d i R o b e r t H . T a y l o r , The State in Burma, p. 114.

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una certa gerarch ia. In alcun i casi, co m e n elle In d ie o lan d esi fin o agli anni ’30, fu m an ten u ta la co n vin zio n e che in realtà i co stru tto ri n on fossero d ella stessa «razza» dei nativi (erano «davvero» im m i­gran ti in dian i)33. In altri casi, co m e in B irm ania, a essere im m agin ata era una d e cad e n za secolare, p e r cu i i n ativi co n tem p o ra n ei n o n e ra ­n o p iù in g ra d o di rip etere le rea lizzazio n i dei lo ro su p p o sti an ten a­ti. V is ti in q u e sta lu ce , i m o n u m e n ti rico stru iti, c o n tra p p o sti alla p o ve rtà rurale circostante, d icevan o ai nativi: la n ostra stessa p re se n ­za m ostra ch e vo i siete sem pre stati, o siete da tem p o d iven uti, in c a ­p aci d i gran d ezza o d i auto-govern o.

L a terza ra g io n e ci p o rta p iù in p ro fo n d ità e p iù v ic in o alla m ap p a. T rattan d o la « m ap pa storica» , avevam o visto co m e i regim i co lo n ia li avessero co m in ciato a fo n d a rsi tanto su ll’antichità q u an to sulla co n q u ista , in orig in e p e r p u ra , m achiavellica, a u to leg ittim azio ­ne. C o n il p assare del tem p o , p erò , si fece p iù so m m esso il d isco rso apertam en te b ru ta le sul d iritto d i co n qu ista e sem p re p iù c i si s fo rzò di creare legittim ità alternative. S em p re p iù e u ro p ei stavano n a sce n ­d o n el S u d est asiatico, ed eran o ten tati d i fa rn e la p ro p ria patria . L’a rch eo lo gia m o n u m en tale , sem p re p iù legata al turism o, p erm ette ­va allo stato di app arire co m e il gu ard ian o di u n a T ra d izio n e g e n era ­lizzata, m a al tem p o stesso lo cale . G li antichi lu o g h i sacri andavan o in c o rp o ra ti n elle m a p p e d e lla co lo n ia , e d el lo ro a n tico p re stig io (ch e, se sco m p arso , co m e sp esso accad eva, lo stato a vreb b e cercato di fa r riv ivere) si fre g ia ro n o i ca rto g rafi. Q u e s ta s itu a z io n e p a ra ­d ossale è ben illustrata dal fatto che, in to rn o ai m o n u m e n ti restau ra­ti, si tro vavan o spesso p rati b en ten uti, e sem p re cartelli esplicativi, co m p leti d i date, p ian tati q u a e là. E n essun o p o te v a entrarci, se n on i turisti itineranti (nessun rito re lig io so o p ellegrin a ggio , se p o s s ib i­le). R esi p raticam en te d ei m usei, eran o stati m essi al sicu ro co m e in ­seg n e d i u n o stato co lo n ia le laico.

C o m e g ià n o ta to , p e rò , un a d e lle ca ra tte ristich e p iù tip ich e d eg li strum enti di q u esto stato p ro fa n o era l ’in fin ita rip rod u cib ilità , resa p o ss ib ile te cn ica m e n te da stam p a e fo to g ra fia , m a sul p ia n o p o litico e cu ltu rale d a ll’in cred u lità d ei d o m in ato ri n ella reale sacra ­lità d i questi lu o gh i. Si p u ò rilevare o v u n q u e un a sorta d i p ro g r e s ­sione: ( 1) im p o n e n ti relazioni arch e o lo g ich e tecn ica m en te so fistica ­te, co n d o zzin e di fo to g ra fie , testim onian ti il p ro cesso d i restauro di

,3In flu e n za ti in parte da questo m odo d i pensare, in tellettuali, archeologi e m ilita ri th ailan desi co n se rvato ri a ttrib u isco n o a ncor o ggi A n g k o r ai m isteriosi kh om , che sco m pariron o senza lasciar traccia e certo n on hanno a lcu n rapporto con i tanto disprezzati cam bogiani di oggigiorno.

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p artico la ri rovine. (2) L ib r i illustrati p e r il gran d e p u b b lic o , co m ­p re n d e n ti ca rtin e d i tu tti i siti r ico stru iti a ll’in tern o della colonia (m e g lio a n co ra se, c o m e n e l caso d e lle In d ie o la n d e si, i san tuari in d o -b u d d isti p o te v a n o essere g iu sta p p o sti alle m o sch e e m u su lm a ­n e restaurate)34. G ra z ie al capita lism o-a-stam p a, i su d d iti d e llo stato a veva n o a d isp osizio n e, a n ch e se ad alti costi, una sorta d i cen sim en ­to illustrato del p atrim o n io dello stato. (3) U n a gen era le « logoizza- z ion e», resa p o ssib ile dai p rocessi d i la ic izzazio n e già in d icati. I fra n ­co b o lli, co n le lo ro serie caratteristiche (u ccelli tro p icali, fru tti, fa u ­na, p e rch é n o n i m o n u m en ti?) n e so n o o ttim i esem p i, m a carto lin e e lib ri sco lastici seg u o n o la stessa lo g ica . Il p asso è b re v e p e r arrivare al m ercato: h o tel P a ga n , p o llo fritto alla B o ro b u d u r e co sì via.

Q u e s t o t i p o d i a r c h e o lo g i a , m a t u r a t o n e l l ’ e p o c a d e lla r ip ro d u zio n e m e cca n ica , fu così p ro fo n d a m e n te « p o litico » ch e in p ra tica tutti, co m p re so il p erso n ale co lo n ia le (che, n eg li ann i ’30 era, n ella m a g g io r p a rte d e l S u d est a siatico , p e r il 9 0 % in d ig e n o ), ne eran o in co n sa p evo li. T u tto era o rm ai n orm ale e g iorn aliero: era p r o ­p rio l ’in fin ita rip ro d u cib ilità q u o tid ian a d elle sue in segn e a rivelare il vero p o te re d e llo stato.

N o n so rp ren d e p o i tro p p o che questa fo rm a di m usealizzazione p o litica sia stata ereditata dagli stati in d ipen d en ti che esib ivan o forti co n tin u ità co n i p r o p r i p r e d e c e s s o r i c o lo n ia li. P e r e se m p io , il 9 n o v em b re 1968, n el co n testo delle ce leb razio n i p e r il qu in d icesim o anniversario d e ll’in d ip en d en za cam bogian a, N o ro d o m Sih a n o u k fece costruire una gran d e rip rod u zio n e in le g n o e cartapesta d e l tem p io B ayon d i A n gkor, e la m ise in m ostra n ello stadio di P h n o m P e n h 35. Il m o d ello era in cred ib ilm en te grossolano e approssim ativo, m a servì al suo sco p o (il ricon oscim en to istantaneo tram ite un lo g o d e ll’era co lo ­niale. « A h , il n ostro B a yo n !» , con p e rò cancellato o gn i ricord o dei restauratori francesi). A n g k o r W at, restaurata dai francesi, d ivenne, ancora sotto fo rm a d i «p uzzle» , co m e già d etto nel ca p ito lo 9, il sim ­b o lo centrale delle successive b a n d ie re d ei lealisti d i S ih a n o u k , dei m ilitaristi di L o n N o i e del regim e gia co b in o d i P o l Pot.

,4N e è u n b u o n esem pio A n cie n t Indonesian A r t d e ll’a cca d e m ico olandese A .J. Bernet K em p ers a u to defin itosi «ex d ire tto re d e ll’archeologia in In d o n esia [sic]». A lle pp . 24-25 ci sono m appe che m o stran o la posizione degli a ntich i siti. L a p rim a è pa rtico la rm en te interessante, in q u an to la sua fo rm a rettangolare (delim itata a est dal 141esim o m eridian o ) in c lu d e l ’isola M in d a n a o delle F il ip p i­ne, il n o rd B o rneo , la M alesia p en in sulare e Singapore. N é un sito viene indicato su queste terre [esterne alle co lo n ie olandesi, n. d. c.], né un nom e, tranne un sin ­go lo , in e sp lica b ile « K e d a h » . I l passaggio d a ll’ in d o -b u d d ism o a ll ’Is la m avviene d o p o tavola 340.

35V e d i Kam buja, 45 (15 dicem bre 1968), p e r alcune fotografie curiose.

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C o lp is c e p e rò m a ggio rm en te l ’ ev id en za d i u n ’ered ità a live llo p iù p o p o la re . U n e sem p io in teressan te è la serie - co m m issio n ata dal m inistero in d o n esian o d e ll’is tru zio n e n eg li ann i ’5 0 - di q u a d ri su ep iso d i della storia n azionale. I d ip in ti d o veva n o essere p ro d o tti in

serie e d istribuiti in tu tto il sistem a d e lle scu o le elem entari; i b a m b i­ni in don esian i d o veva n o avere sui m uri d e lle lo ro classi (ovunqu e) rap p resen tazio n i v isiv e del p assato d e l p ro p rio p aese. L a m a ggio r p arte degli sfon d i fu d ip inta n el p re ve d ib ile stile sentim ental-natu- ralista, tip ico d e ll’arte co m m ercia le d el p rim o ’900, e le figu re u m a ­ne ven n ero riprese o dai d ioram i dei m usei co lo n ia li o dalle ra p p re ­se n ta z io n i tea tra li p o p o la r i p s e u d o s to r ic h e wayang orang. Il p iù interessante della serie, co m u n q u e , m ostrava ai b a m b in i un a ra p p re ­sen tazio n e d e l B o ro b u d u r. In realtà q u esto co lo ssa le m o n u m e n to , co n le sue 504 im m agin i di B u d d h a , 1460 p an n elli d ip in ti e 1212 d i ro cc ia decorativa, è u n fan tastico esem p io d e ll’antica scu ltu ra g ia v a ­nese. Il n o to artista cui q u esto q u a d ro era stato com m issio n ato d e c i­se p e r ò d ’in te r p r e ta r e c o n is tr u t t iv a p e r v e r s ità ta le m e r a v ig lia n e ll ’a p o g e o d e l n o n o se co lo d .C .. Il B o ro b u d u r è d ip in to in te ra ­m en te d i bianco , sen za tra ccia alcun a di scu ltura. C irc o n d a to d a p ra ­ti b e n te n u ti e s e n tie r i a lb e ra ti, sen za a lcu n u o m o in v ista}<\ S i p o tre b b e p en sare ch e q u esto « vu o to» rifletta il d isag io d i un p itto re m u su lm an o co n te m p o ra n e o d i fro n te a u n ’antica realtà b u d d ista . Io so sp etto p erò ch e in q u esto caso ci tro v iam o d i fro n te a u n ’ered ità d iretta e decisa d e ll’a rch eo lo gia coloniale: il B o ro b u d u r co m e sim ­b o lo d e llo stato e co m e e m b lem a chiaro e facilm en te ricon o scib ile . U n B o ro b u d u r tan to p iù p o te n te co m e segn o d ’id en tità n azio n ale in q u an to tutti lo co llo ca n o in u n a serie in fin ita d i id en tic i B o ro b u d u r.

L eg a ti tra lo ro , q u in d i, il cen sim en to , la m a p p a e il m u seo ch ia risco ­n o il m o d o in cui il tard o stato co lo n ia le p en sava ai p ro p ri p o sse d i­m enti. L a «tram a» d i q u esto p en siero era u n a griglia classificatoria to ta lizzan te , che p o te v a essere a p p lica ta co n in fin ita flessib ilità su qualsiasi cosa ca d esse so tto il co n tro llo , reale o p resu n to , dello stato: p erso n e, region i, religion i, lin g u e , p ro d o tti, m o n u m en ti e co si via. L ’e ffe tto di questa griglia fu d i d a re a o gn i co sa u n ’id en tità precisa: questo , n on quello; qui, n o n lì. E ra delim itata, determ in ata, e q u in ­di, in teoria, n um erabile . (I co m ici co n ten ito ri classificatorii e sotto- classificatorii, ch e il cen sim en to defin iva «A ltri» , co n ciliavan o tu tte

le a n o m a lie d e lla v ita re a le in u n o s p le n d id o tro m p e l ’o e i l b u -

3‘’Q uesto discorso si basa soprattutto su m ateriale analizzato p iù in pro fo n d ità in Language and. Power, capito lo 5.

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rocratico). Il «tessuto» era ciò che si p o tre b b e defin ire seria lizza zio ­ne: l ’assu nto ch e il m o n d o sia fa tto di p lurali rep licabili. Il p a rtic o la ­

re era visto co m e ra p p resen ta n te p ro vv iso rio di un a serie, e andava tra tta to co m e tale. E c c o p e r c h é lo stato co lo n ia le h a im m a gin ato un a serie d i cinesi p rim a di o gn i cin ese, e una serie d i nazionalisti

p rim a d i o gn i nazionalista.P e r d e fin ire q u esto m o d o di p en sare nessun o ha tro vato una

m eta fo ra m iglio re d e l g ra n d e ro m a n ziere in d o n e sia n o P ra m o e d y a Toer, ch e ha in tito lato l ’u ltim o v o lu m e d e lla sua tetralo gia su l p e r io ­d o co lo n ia le R um ah Kaca, « L a Serra». È u n ’im m agin e, fo rte quanto il P a n o p tico n d i B en th am , di to ta le sorvegliabilità. In effetti, lo stato co lo n ia le n o n m irava sem p licem en te a creare un p an o ra m a um an o di to ta le trasparenza; la co n d iz io n e d i qu esta «trasparenza» era che ch iu n q u e , o q u a lu n q u e cosa, avesse un n u m ero d i serie57. Q u e s to m o d o d ’im m agin are n o n n a cq u e dal nulla. F u il p ro d o tto d e lle n u o ­v e te cn o lo g ie d i n aviga zio n e, astron o m ia, o ro lo geria , so rveg lian za , fo to g ra fia e stam pa, p e r n on p arlare del p ro fo n d o in flu sso d e l c a p i­talism o.

M a p p a e cen sim en to p lasm a ro n o q u in d i le gram m atich e ch e a vreb b e ro reso p o ssib ile , a tem p o d e b ito , «B irm ania» e «birm an o», «Indon esia» e «in donesian o». M a il co n cretizzarsi di q u este p o ssib i­lità - o g g i sem p re p iù vivo , b e n d o p o la sco m p arsa d e llo stato c o lo ­n iale - d e v e m o lto alla p artico la re im m agin e che lo stato co lo n ia le e b b e d ella storia e d e l p o tere . N e l S u d est asiatico l ’ a rch eo lo g ia era q u alco sa d ’im p en sab ile p rim a d e l co lonialism o; fu ad o ttata n el non co lo n izza to Siam solo p iù tardi, e co m u n q u e sul m o d e llo co loniale. L ’arch eo lo g ia creò la ca tego ria « m o n u m en ti antichi» , su d d iv isi nelle c la s s i g e o g r a f ic o - d e m o g r a f ic h e « I n d ie o la n d e s i» e « B ir m a n ia in glese». C o n c e p ita all’ in tern o di q u este classi « laiche», o g n i rovina p o tè e sse re so rv eg lia ta e r ip r o d o tta a ll’ in fin ito . P o ic h é il serv iz io a rch e o lo g ico d e llo stato co lo n ia le rese p o ssib ile riu nire q u este serie sotto fo rm a di carte o fo to g ra fie , lo stato stesso co m in ciò a ve d e re la serie, lu n g o la storia , c o m e un a lb u m d ei su o i an ten a ti. Il p u n to ch iave n o n era lo sp ecifico B o ro b u d u r, n é lo s p ecifico P a ga n , p e r

57U n a conseguenza e sem plare d i questo tip o d i im m agin azio ne «d a serra», una conseguenza di cui l ’ex p rig io n ie ro p o litico Pram oedya è ben consapevole, è la carta d ’identità classificatoria che tutti gli indo n esian i a dulti sono costretti ad avere su di sé a o gn i m om ento. Q uesto docum ento è iso m o rlo al censim ento - rappresenta una sorta di censim ento p o litico , co n p a rtico la ri p e rfo razio n i p e r chi era inserito nelle sotto-categorie «sovversivi» e «tradito ri». V a notato che questo m odo di schedare fu perfezionato solo d o p o il raggiungim ento d e ll’In d ip e n d e n za nazionale.

cui lo stato n o n n utriva reale in teresse e co n cui aveva solo rap p o rti a r c h e o lo g ic i. L e serie r e p lic a b ili, in v e c e , c r e a v a n o u n a so rta d i p r o f o n d it à s t o r ic a c h e fu fa c i lm e n te e r e d ita t a d a l s u c c e s s o r e p o s tc o lo n ia le d e llo stato . I l r isu lta to lo g ic o fu il lo g o (ch e fo sse «P agan » o « F ilip pin e» , p o c o im p o rtava), ch e , co n il su o vu o to , la sua m an can za d i con testo , la facilità co n cu i v ien e rico rd a to e la sua in fin ità rip rod u cib ilità , co n d u sse cen sim en to e m a p p a , tram a e tes­suto , a un u n ico , in can ce llab ile abbraccio .

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11. RICORDARE E DIMENTICARE

SPAZIO NUOVO, SPAZIO ANTICO

N e w Y o r k , N u e v a L e o n , N o u v e lle O rlé a n s , N o v a L is b o a , N ie u w A m sterd a m . G ià n el ’500 gii eu ro p ei a veva n o la strana a b itu d in e di ch iam are lu o gh i rem oti, p rim a n elle A m e rich e e in A fr ica , p iù tardi in A sia , A u stra lia e O ce a n ia , co n « n u o ve» versio n i d i «vecch i» to ­p o n im i della lo ro terra d 'o rig in e . M a n te n n ero la tra d iz io n e an ch e q u a n d o qu ei lu o gh i p assaron o so tto il co n tro llo di altri im p eri, così c h e N o u v e lle O r lé a n s d iv e n n e s e m p lic e m e n te N e w O r le a n s , e N ie u w Z e ela n d , N e w Z ealan d .

N o n ch e, in gen era le , il d e fin ire «nuovi» lu o g h i p o litic i o reli­g io si fo sse di p e r sé u n a n ovità. N e l S u d est asiatico, a d esem p io , è fa c ile tro v a re città , n o n ce rto d i re ce n te fo n d a z io n e , il cu i n o m e in c lu d a a n c h e q u a lc h e r ic h ia m o a lla n o v ità : C h ia n g m a i (N u o v a C ittà ), K o ta B a h ru (N u o v o V illag g io ), P e k a n b a ru (N u o v o M ercato); m a in qu esti n o m i, « n u o vo » h a il s ig n ific a to d i « su cce sso re » , (o «erede») d i q u a lco sa c h e è orm ai sco m p arso . « V ecch io » e « n u ovo» so n o allineati d iacro n icam en te , e il n u o v o sem b ra sem p re in vo care u n ’a m b igu a b e n e d iz io n e dai m orti. Q u e l ch e co lp isce d ella to p o n o ­m astica am erican a d e l ’60 0 -70 0 , è ch e « vecch io» e « n u o vo » ven iva­n o accostati sim ultan eam ente, in un te m p o v u o to e o m o g e n e o . V iz ­caya è accanto a N u e v a V izcay a , N u o v a L o n d ra accanto a L on d ra: esp ression i d i co m p etiz io n e fratern a p iu tto sto ch e d i ered ità .

Q u e sta n u o va realtà sim ultan ea p u ò n ascere n ella storia so lo q u a n d o sign ificativi g ru p p i di in d iv id u i son o in u n a p o siz io n e tale d a p en sare d i v ivere v ite parallele a q u e lle di altri sign ificativi gru p p i d i in d iv id u i (se n o n in c o n tr a n d o s i, p r o c e d e n d o lu n g o la stessa traiettoria). Tra il 1500 e il 1800 l ’accu m u larsi d elle in n o v azio n i te c ­n o lo g ich e nella co stru zio n e d i n avi, n ella n avigazio n e, l ’o ro lo geria e la cartografia , m ed iate dalla stam pa, rese p o ssib ile q u esto m o d ello d i p e n sie ro 1. D iv en n e p o ssib ile abitare su gli a ltop ian i del P e rù , nella p a m p a argen tin a o n ei p o rti d e l « N e w » E n gla n d , e sentirsi com un -

' L ’a ccum ulazio ne raggiunse il suo zenit co n la ricerca «internazionale» (cioè europea) d e ll’esatta m isu ra della lo n gitu d in e , raccontata in m odo assai divertente in L a n d e s , Revolution in Tim e, capito lo 9. N e l 1 7 76 , m entre le tre d ici colonie d ich iara van o la lo ro in dipen den za, il G entlem an's M agazine p u b b lica va questo breve n ecrolo gio p e r Jo h n H a rriso n : « E ra il m eccanico p iù ingegnoso, e ricevette (da W estm inster) la ricom pensa d i 2 0.0 00 sterline p e r la sua scoperta della lo n g i­tud ine [sic]».

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q u e le g a ti a p a rtic o la r i re g io n i o co m u n ità , lo n ta n e c e n tin a ia d i m iglia, in In gh ilterra o nella p en isola ib erica . U n u o m o p o te va esse­re p ien am en te co n sa p ev o le d i co n d iv id e re co n altri un a lin gu a o una fe d e religiosa (fino a un certo p u n to ), usi e trad izion i, sen za p e r q u e ­sto aspettarsi d ’in co n tra rli2.

P e rc h é q u esto senso di p aralle lism o o sim ultan eità p o tesse n a ­scere e avere vaste co n se g u en ze p o litich e , fu n ecessario ch e i vari g r u p p i p a ra lle li fo ss e ro se p a ra ti d a g r a n d i d is ta n z e , e c h e i p iù recenti tra lo ro fossero di d im ension i n o tevo li e p erm an en tem en te in sediati in un lu o g o , co sì co m e ch iaram en te su b o rd in a ti ai p iù v e c ­chi. Q u e s te co n d izio n i ven n ero risp ettate n elle A m e ric h e com e m ailo erano state prim a. In p rim o lu o g o , l ’im m en sità d e ll’o cea n o A d a n - tico e le d iffe re n ti c o n d iz io n i g e o g r a fic h e d e lle d u e co ste re sero im p o ssib ile quella sorta di asso rb im en to d elle p o p o la zio n i in unità p o litico -cu ltu ra li, che trasform ò L as E sp an as in E sp an a e ch e so m ­m erse la S co zia n el R egn o unito. In seco n d o lu o g o , co m e già n otato nel ca p ito lo 4, le m igrazion i eu ro p ee ve rso le A m e ric h e e b b e ro lu o ­g o su una scala vastissim a. A lla fin e d e l ’700 vi eran o n o n m e n o d i 3.200.000 «bianch i» (di cui n on p iù d i 150.000 peninsulares) su una p o p o la zio n e di 16.900.000 abitanti d e ll’ im p ero o cc id e n ta le dei B o r ­b o n i d i S p ag n a 3. L e so le d im en sion i d i q u esta co m u n ità im m igrata (n on m en o del suo p o te re m ilitare, e co n o m ico e te cn o lo g ico in fin i­tam en te su p erio re a qu ello d eg li in digeni) le p erm isero di m a n ten e­re in tatti il p rim ato p o litico lo ca le e la sua id en tità cu ltu ra le 4. In ter-

2A1 tardo diffo n d e rsi di questa consapevolezza in A sia a llud e abilm ente P ra ­moedya A nanta T o e r nelle pagine in izia li d e l suo grande rom anzo sto rico Bum i M anusia ( « I l pianeta terra del genere um ano»). I l giovane eroe nazionalista rifle t­te sul fatto di essere nato lo stesso g iorn o della futura regina W ilh e lm in a d ’O lan- da, i l 31 agosto 1880. «M a m entre la m ia isola era ammantata d a ll’o scurità della notte, il suo paese era baciato dal sole; e se il suo paese era abbracciato dal b uio notturno, la mia isola b rilla v a nella mattina equatoriale», p. 4.

3C e rto , l ’ «essere b ia n ch i» era una categoria legale che aveva una relazio n e distinta, tangenziale con com plesse realtà sociali. C o m e il L ib e rta d o r stesso a f­ferm ò, « N o i siam o l ’abietta d iscen denza d e i p re d o n i sp ag n o li ch e ven n ero in A m e rica per dissanguarla e p e r procreare con le lo ro vittim e. P iù tardi la d iscen ­d e n z a ille g itt im a d i q u e ste u n io n i s i u n ì ai n ip o t i d e g li s c h ia v i tra s p o rta ti d a ll’A frica » . C o rs iv o m io. L y n c h , T he Spanish-American R evolutions, p, 249. Si d o vrebbe fare attenzione a n o n vedere n u lla d i «eternam ente euro peo» in questo criollism o. R ico rd a re tutti i D a Souza devotam ente buddisti-sin galesi, ai D a Silva relig io sam en te ca tto lic i-flo rin e si, e ai S o ria n o cin icam e n te ca tto lici-m a n ile n o s, che svo lg ono ru o li sociali, eco n om ici e p o lit ic i nelle o d ie rn e C eylo n , In d o n esia e F ilip p in e , ci aiuta a capire che, n elle giuste circostanze, gli e uro p e i potrebbero essere serenam ente assim ilati da cu ltu re non-europee.

''Pensate al destino d e ll’im m ensa p o po lazion e africana im m igrata. I l m eccani­smo brutale della schiavitù n o n solo ha decretato la sua fram m entazione po litico -

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zo lu o go , la m ad rep atria im p eriale era d o tata di fo rm id a b ili apparati b u ro cra tic i e id e o lo g ic i, ch e le p erm isero p e r vari seco li d ’ im p o rre il p ro p rio vo le re ai creoli. (Se si p en sa ai so li p ro b lem i lo g istic i in c o n ­trati, è certo am m irevole l ’abilità d i L o n d ra e M a d rid n el co m b a tte ­re i ribelli am erican i in lu n g h e gu erre co n tro -rivo lu zio n arie).

L a n ovità d i tu tte q u este co n d iz io n i risulta an cora p iù e v id en te se le p arag o n ia m o alle g ran d i (e quasi co n tem p o ran ee) m igrazio n i cin esi e a ra b e ve rso il S u d est asiatico e l ’A fr ic a o rien ta le. S o lo di rad o q u este m igrazio n i fu ro n o « p ian ificate» da una m ad rep atria , e a n co r p iù raram ente d ie d ero lu o g o a stabili ra p p o rti d i s u b o rd in a ­zion e. N e l caso cin ese, l ’u n ico d e b o le p aralle lism o è co stitu ito dalla straord in aria serie d i v ia gg i n e ll’o ce a n o In d ia n o gu id ati, nel ’400, dal b rillan te am m iraglio e u n u co C h en g -h o . Q u e s te ard ite im p rese, ord in ate da ll’ im p erato re Y u n g -lo , eran o in tese a im p o rre un m o n o ­p o lio regale sui co m m e rci co n l ’A sia S u d -o rien tale e co n le region i an co ra p iù a o vest, co n tro le rapine d ei m ercan ti p rivati cin esi5. A lla m età del seco lo fu ev id e n te ch e questa p o litica era destin ata al fa lli­m ento: i M in g a b b a n d o n a ro n o u lteriori avven tu re o ltrem are e r iv o l­sero i lo ro s fo rzi a p re v e n ire e v e n tu a li e m ig ra z io n i d a l R e g n o di M e zzo . L ’o ccu p a zio n e della C in a m erid io n ale da p arte d ei m an ciù n el 16 4 5 p ro d u sse la fu ga verso l ’A sia su d o rien ta le di q u ei rifugiati p er cui era n o im p en sab ili leg am i p o litic i co n la n u o va din astia. L a su cce ssiv a p o litica d ei C h ’in g n o n si d is ta c c ò so sta n zia lm en te da qu ella d ei M in g. N e l 1 7 1 2 , p e r esem p io , un ed itto d e ll’im p erato re K ’ a n g -h s i p r o ib iv a tu tti i c o m m e r c i c o n il S u d e s t a s ia tic o e d i­chiarava ch e il suo go v ern o a vreb b e rich iesto «ai go vern i stranieri c h e i c in esi recatisi a ll’estero fo sse ro rim p atriati p e r e ssere g iu sti­z ia ti» 6. L ’u ltim a g ra n d e m ig ra zio n e o ltre m a re a v v e n n e n e ll’800 a causa d e lla cad u ta della d inastia e d i un a g ra n d e d o m a n d a d i la v o ra ­to ri cin esi n on -sp ecia lizzati in A s ia su d o rien ta le e in Siam . P o ich é tutti g li em igran ti ven iva n o virtu alm en te «dim enticati» da P e ch in o , e p o ic h é erano so p rattu tto an alfabeti e in d iv id u i p arlan ti lin g u e tra lo ro sp esso in co m p ren sib ili, fu ro n o p er lo p iù assorbiti dalle cu ltu re locali, o sottom essi d a ll’avanzata e u ro p ea 7.

cu lturale, ma ha anche rim osso ogni p o ssib ilità che si m uovessero, su traiettorie parallele, com unità im m aginate n ere in V enezuela e in A fric a occidentale.

’ V e d i O .W . W o l t l r s , The F all ofSrivijaya in Malay Flistory, appe n d ice c.‘’C itato in G . W i l l i a m S k i n n e r , C hinese Society in Thailand, pp . 15-16.7L e co m u nità cin esi o ltrem are sem bravan o abbastanza g ra n d i da stim olare

una p ro fo n da paranoia negli e u ro p e i fino alla metà d el ’70 0 , quan do in fin e cessa­ro n o i ra b b io s i p o g ro m a n ti-c in e se d e g li o c c id e n ta li. D a a llo ra qu esta po co attraente tra d izio n e fu ereditata d alle p o p o la zio n i indigene.

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Q u a n to agli arabi, la m aggio r p arte delle lo ro m igrazio n i non e b b e o rig in e d a ll’H a d ra m a u t [reg ion e d e lla p en iso la a ra b a m erid io n ale tra g o lfo di A d e n e go lfo d i O m a n , n. d. c. |, area ch e non p o teva essere co n sid e ra ta u n a vera « m ad rep atria» a ll’e p o c a d e g li im p eri o tto m a n o e M o g h u l. P erson alità in trap ren d en ti p o sso n o aver tro v a ­to il m o d o d i fo n d a re p rin c ip a ti lo c a li, co m e q u e l m e rca n te ch e in stau rò il regn o d i P o n tian ak nel B o rn e o o ccid e n ta le d e l 1772 : s p o ­sò una lo ca le , p erse p resto il su o carattere «arabo», se n on la sua fed e n ell’Islam , e fin ì p er sottom ettersi ai n ascen ti im p eri o lan d ese e in g le s e n el S u d e s t a s ia tico , p iu tto s to ch e a q u a lc h e p o te n z a d e l M e d io orien te . N e l 18 3 1, S a yyid S a ’id , sign o re d i M u sca t, stab ilì un a p o te n te b ase sulla costa a frican a orientale, s ’in sed iò suH’isola di Z a n zib a r e n e fe ce il cen tro di un a fio ren te e co n o m ia basata sulla co ltu ra d ei c h io d i d i garo fan o . M a g li in glesi u sa ro n o le arm i p e r sp in gerlo a tagliare i legam i co n M u s ca t8. In sostanza, p u r aven d o via gg iato p e r m are in gran n u m ero n egli stessi seco li d egli eu ro p ei o ccid en ta li, né arabi, né cin esi riu sc iro n o a stabilire co m u n ità creo le c o e r e n t i , r ic c h e e c o n s a p e v o li , s u b o r d in a te a u n f o r t e p o te r e m etro p o litan o . I l m o n d o q u in d i n o n vid e m ai la nascita di N u o v a B asras o N u o v a W u h an s.

L ’ a m b ig u ità d e lle A m e r ic h e , e i m o tiv i d i ta le s itu a z io n e , d escritti sopra, a iu tan o a cap ire p e rch é il n azion alism o sia n ato p r i­m a n e l n u o v o m o n d o , e n o n n el v e c c h io 9. S p ie g a n o a n ch e d u e aspetti sp ecifici d elle gu erre rivo lu zio n arie ch e im p erversaro n o nel n u o v o m o n d o tra il 1 7 7 6 e il 1825. D a un lato , nessun rivo lu zio n ario creo lo h a m ai so gn ato di m antenere in tatto l ’im p ero , sem p licem en te d a n d o vita a un a rid istrib u zio n e d e l p o te re in tern o , invertendo c io è il p re ced e n te rap p o rto di sotto m issio n e tra E u r o p a e A m e r ic a 10. In altre p aro le, m iravan o n o n ad avere un a N u o v a L o n d ra ch e s o tto ­m ettesse, sostituisse o distruggesse la v e cch ia L o n d ra , bensì a sa lv a ­gu ard are la lo ro co n tin u a esisten za parallela. (P er ca p ire q u a n to sia n u o va questa fo rm a di pen siero basti p en sare alla storia d eg li antich i

8V e d i M a r s h a l l G . H o d g s o n , The Venture o f Islam, v o l . 3 , p p . 2 3 3 -5 .9E u n segno stupefacente di qu an to sia p ro fo n d o l ’euro cen trism o , che cosi

tanti studiosi e u ro p e i persistano - co ntro o gn i evidenza - a co nsiderare il n a z io ­nalism o com e u n ’invenzione europea.

inNotate però l ’ iro n ico caso del Brasile. N e l 1808, re Jo à o V I si recò a R io de Ja n eiro p e r sfuggire alle annate d i N apo leo n e. A n ch e se W e llin g to n aveva ca ccia ­to i francesi dal P ortogallo già nel 1 8 11, il m onarca em igrato, per paura dei m o vi­m enti re p u b b lican i in patria, restò in Sud A m e rica fin o al 1822, cosicché tra il 1808 e il 1822 R io fu il centro di un im pero m ondiale che si estendeva s u ll’A n- gola, il M o zam bico , M acao e l ’E st T im o r. M a quest’im p ero era governato da un europeo, n o n da un am ericano.

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im p eri in d eclin o , in cu i era sem p re p resen te un d esid erio d i sosti­tuire il v e c c h io centro). D a ll ’a ltro la to , an ch e se q u este g u erre d ie ­d e ro lu o g o a g ran d i so ffe re n ze e fu ro n o segnate dalla b a rb a rie , le p erd ite fu ro n o relativam en te basse. N é n el n o rd , n é nel S u d A m e r i­ca i c re o li d o v e tte ro m ai te m e re d i e ssere sterm in a ti o r id o tti in s c h ia v itù , c o m e in v e c e a c c a d d e p e r m o lt i a ltr i p o p o l i c h e i n ­cro c ia ro n o la strada d e ll’im p erialism o e u ro p eo . E ran o , d o p o tutto, « b ia n ch i» , cristiani, d i lin g u a sp agn o la o in glese; e ra n o a n ch e in ­disp en sab ili in term ediari d egli im p eri o cc id en ta li, la garan zia ch e il lo ro b e n essere e co n o m ico sareb b e rim asto so tto il co n tro llo e u ro ­p eo . E ra n o , in som m a, l ’u n ico s ig n ifica tivo g r u p p o e x tra -e u ro p eo , so tto m e sso a ll’E u ro p a , ch e a llo stesso te m p o n o n d o v e v a tem ere d is p e r a ta m e n te l ’E u r o p a . L e g u e r re r iv o lu z io n a r ie , p e r q u a n to a sp re , era n o c o m u n q u e ra ssicu ra n ti, e ra n o g u e rre tra co n sa n g u i­n ei11. Q u e s to legam e fam iliare, assicu rò ch e, d o p o un ce rto p erio d o d i o d io r e c ip r o c o , v e n isse ro ristretti g li a n tich i le g a m i cu ltu ra li, sp esso p o litic i, e d e co n o m ic i tra la m a d re p atria di un te m p o e le n u o v e n azioni.

TEMPO NUOVO, TEMPO ANTICO

S e p e r i c re o li d e l n u o v o m o n d o la stra n a to p o n o m a s t ic a so p ra d iscu ssa ra p p rese n ta in m o d o fig u ra to la lo ro cre s c e n te ca p a cità d ’im m agin arsi co m e co m u n ità parallele e paragonabili a q u e lle e u ro ­p e e , e v e n t i s t r a o r d in a r i n eU ’u lt im o q u a r to d e l ’70 0 d ie d e r o a q u e st’in n o vazio n e, all’im p ro vviso , un sign ificato to ta lm en te n u o vo . Il p rim o d i questi even ti fu la D ich ia ra z io n e d ’in d ip e n d e n za (delle T re d ic i C o lo n ie ) d e l 1 7 7 6 e, n eg li a n n i se g u e n ti, l ’ e ff ic a c e d ifesa m ilitare d i qu esta d ich iarazion e. L ’In d ip e n d e n z a - e il fa tto ch e fo s ­se u n ’in d ip e n d e n z a repubblicana - fu q u a lc o s a d i a sso lu ta m e n te sen za p reced en ti, e allo stesso tem p o , un a vo lta in atto, d i assoluta- m en te ragio n evo le . C o sì, q u a n d o la storia p erm ise ai rivo lu zio n ari

v en ezu ela n i d i stilare un a co stitu zio n e p e r la P rim a re p u b b lic a v e n e ­zu elan a, n o n v id e ro n iente di servile n el p re n d e re a p restito , p aro la p e r p aro la , la co stitu zio n e d egli Stati u n iti d ’A m e ric a 12, p o ic h é q u e l­lo ch e era stato scritto a F ilad elfia n o n sem brava a o cch i ven ezu elan i q u a lco sa di p artico larm en te n ord a m erican o , b e n sì un d o cu m e n to d i

''Q u e s to perm ise senza d u b b io al L ib e rta d o r d i afferm are a un certo punto che u n a rivolta dei n eri, degli sch iavi cioè, sarebbe stata «m ille volte peggio d i u n ’invasione spagnola». (V e d i supra, p. 64). U n a jacquerie d e g li sch iavi, se vitto ­riosa, avrebbe po tuto sign ificare l ’elim in azio n e fis ica dei creoli.

12V e d i M asuk, Bolivar, p. 131.

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v e rità e v a lo re u n ive rsa le . P o c o d o p o , n e l 17 8 9 , l ’e sp lo s io n e d e l n u o v o m o n d o riecheggiò nel v e cch io co n lo sco p p io im p ro v viso d e l­la rivo lu zio n e fra n cese 13.

E d ifficile o g g i ricreare n ell’im m agin azio n e un a co n d izio n e di v ita in cu i la n a z io n e era sen tita co m e q u a lco sa d ’in cre d ib ilm en te n u o vo . E p p u re co sì fu in q u e ll’e p o ca . L a D ich ia ra z io n e d ’In d ip en - d en za del 17 7 6 n on faceva a lcun riferim ento a C r is to fo ro C o lo m b o , a R o a n o k e ” o ai P a d ri P e llegrin i, n é si ce rcò in a lcun m o d o di g iu sti­fic a r e l ’in d ip e n d e n za in term in i « sto ric i» , n el sen so d i a ffe rm a re l ’antich ità d egli am ericani. In effetti, m eraviglia, la n a z io n e a m erica­n a n o n v i e ra n e a n c h e m e n z io n a ta . S i d if fu s e ra p id a m e n te u n p r o fo n d o s e n tim e n to d i ta g lio n e tto c o l p a s s a to (u n a « v io le n ta esp lo sion e nel co n tin u u m della storia»?). N ie n te esem p lifica m eglio q u e st’in tu izio n e q u an to la scelta, fatta dalla C o n v e n z io n e N a zio n a le fran cese il 5 o tto b re 179 3 , d i stracciare il m illen ario ca len d ario c r i­stian o e d ’in au g u rare un a n u o v a era co n l ’A n n o P r im o , a co m in ­ciare dall’a b olizio n e d e ll ’A n c ie n regim e e dalla p ro cla m a zio n e della R e p u b b lica , il 22 settem bre 17 9 2 14. (N essu n a riv o lu zio n e successiva h a p iù avu to un così fo rte sen so d ’in n o vazio n e, p ro b a b ilm en te p e r­ch é la rivo lu zio n e fran cese è p o i sem p re stata vista co m e a rch e tip o d i q u elle ch e l ’han n o seguita).

D a questo senso di n ovità d eriva a n ch e nuestra santa revolu­tio n , lo s p le n d id o n e o lo g is m o co n ia to d a J o sé M a ria M o re lo s y P a v o n (che p ro cla m ò n el 18 13 la re p u b b lica d e l M essico ), n o n m o l­to p r im a d i e ssere fu c ila to d a g li s p a g n o li15. H a la stessa o r ig in e a n ch e il d ecreto del 18 2 1 di San M artin , p e r cui «in fu tu ro g li a b o r i­ge n i n on d o vra n n o essere ch iam ati in d ian i o nativi; so n o figli e c itta ­d in i d e l P erù e saran n o qu in d i co n o sciu ti co m e p eru via n i» 16. Q u e -

n L a rivo lu zio n e francese riecheggiò a sua volta nel N u o v o M o n d o n ello sco p ­p io d e ll’in surre zio n e guidata da T ou ssain t L ’O u ve rtu re nel 1 7 9 1 , che p o rtò nel 1806 alla creazione, da parte degli e x-schiavi d i H a it i, della seconda re p u b b lica in d ipen den te d e ll’em isfero occidentale.

‘ [Roanoke è u n ’isola atlantica nel sud della V irg in ia in cu i S ir W a lte r Raleigh tentò d ’insediare una colonia nel 1587. N e l 1590 una spedizione raggiunse l ’isola, ma i coloni erano scom parsi e a tutt’oggi è irrisolto i l mistero del loro destino. N. d. c ]

I4I1 giovane W o rd sw o rth fu in F ra n c ia tra il 1791 e il 1792, e in seguito, in T h e Prelude, scrisse questi versi famosi:

B liss w as it in that dawn to be alive,B u t to be young was very heaven!

(« C h e felic ità era essere v iv i in q u e ll ’alba/ M a essere g io v a n i era un vero paradiso»). C o rs iv o m io.

15L y n c i i , The Spanish-American Revolutions, p p . 3 1 4 - 1 4 .

I6C om e già citato nel capito lo 4.

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st’a fferm azio n e fa p er gli «indiani» e/o «nativi» la stessa co sa ch e la C o n v e n zio n e di P arig i aveva fa tto p e r il calendario: a b o lisce le an ti­che defin izio n i o ffen sive e in au gu ra un a n u o va e p o ca . «P eruvian i» e « A n n o P rim o » segnan o q u in d i re to ricam en te u n o strap p o p ro fo n ­d o co n la realtà p reesisten te.

L a situ azio n e sareb b e p erò p resto cam biata , p e r gli stessi m o ti­vi ch e a v e v a n o g e n e ra to q u e s to s tra p p o . N e ll ’ u ltim o q u a rto d e l ’700, la sola In gh ilterra p ro d u c e v a tra i 150.000 e i 200.000 o ro lo g i a ll ’ a n n o , m o lti d e i q u a li p e r l ’ e sp o rta z io n e . L’ in te ra p ro d u z io n e an n u a e u ro p ea si a vv icin a va in q u e l p e r io d o a 500.000 p e z z i17 . I g io r n a li p e r io d ic i e ra n o o rm a i u n ’o g g e t to fa m ilia re d e lla c iv iltà urbana. L o stesso d icasi p er il ro m an zo , co n la sua sp ettaco lare c a ­pacità di rap p resen tare a zio n i sim ultan ee in u n te m p o v u o to e o m o ­g e n e o 18. L’o ro lo g io co sm ico , ch e a ve va reso p o ssib ile i gem ella gg i tra n so ce a n ic i, sem b ra v a c o m p o rta r e u n a v is io n e in tra m o n d a n a e seriale de lla casualità sociale; e qu esta visio n e d e l m o n d o affo n d ava sem p re p iù le sue rad ici n ell’im m a gin azio n e o ccid en ta le . N o n so r­p re n d e q u in d i ch e v e n t’anni d o p o la p ro cla m azio n e d e ll’A n n o P r i­m o, fossero create le p rim e ca tte d re un iversitarie d i S toria (n el 18 10 a ll’U n iversità di B erlin o e n el 18 12 alla S o rb o n a n ap o leo n ica). N ella p rim a m età d e ll’800, la Storia era orm ai fo rm alm en te ricon o sciu ta co m e un a « d iscip lina», co n tutta la sua am p ia gam m a d i riviste s p e ­cia lizzate19. M o lto p re sto l ’A n n o P rim o to rn ò a essere il 179 2, e le esp lo sion i rivo lu zio n arie d e l 1 7 7 6 e del 178 9 fu ro n o in castrate nella seq u en za storica, com e p reced enti e com e m od elli20.

P e r i m ovim en ti n azion alisti d i q u e lla ch e p o ssia m o d efin ire la « secon d a gen erazion e» , quelli c io è ch e si sv ilu p p aro n o tra il 18 15 e

I7L a n d e s , R evolution in T im e, pp. 2 3 0 -3 1 ,4 4 2 -4 3 .18V e d i supra, capito lo 2 .,9V e d i H a y d e n W h i t e , M etahistory: T h e H istorica l Im agination in N ine-

teenth-C entury E urope, pp . 1 3 5 -4 3 , p e r u n a so fistica ta d iscu ssio n e su questa trasform azione.

20Si trattava però di un 1792 d. C. [o, in inglese, A . D . per A n n o D om ini] ben particolare. P rim a dei m oti riv o lu zio n a ri il term ine A n n o D o m in i era attorniato ancora, anche se fragilm ente negli am bienti p iù illu m in a ti, da u n ’aura teologica em anante d a l su o la tin o m edievale. R ip o rta v a sem p re alla m ente l ’ irro m p e re d e ll’eternità nel tem po terreno che aveva avuto lu o go a Betlem m e. D o p o la ro ttu­ra, rid o tto m ono graficam en te ad A .D ., s i u n ì al vo lgare (in g lese) B .C . B efore C h rist, che racch iudeva una co ntinua storia cosm ica (alla quale la nuova scienza d e lla g e o lo g ia stava d a n d o im p o rta n ti c o n tr ib u t i) . P o ssia m o c a p ire q u an to pro fo n d o fosse l ’abisso che stava per spalancarsi tra A n n o D o m in i e A .D ./B .C . dal fatto ch e né i bu d d isti, né il m ondo islam ico a bbiano m ai im m aginato alcuna epoca definita com e «prim a del G o tam a B u d d h a » o «prim a d e ll’E g ira » . E n tra m ­b i si trovano a disagio con gli alieni m onogram m i A .C ., B.C .

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il 1850, e an ch e p e r le gen era zion i che e red ita ro n o g li stati n azionali in d ip en d en ti delle A m erich e , fu d u n q u e im p o ssib ile «recapture/The first f in e careless rapture»* dei lo ro p re d ece sso ri rivo lu zio n ari. P e r m o tivi d iversi e co n d iverse co n segu en ze , i d u e g ru p p i co m in cia ro ­n o a co n cep ire il n azionalism o genealogicam ente, co m e esp ression e di un a tra d izio n e storica d i co n tin u ità seriale.

In E u ro p a , i n u o vi n azionalism i co m in ciaro n o quasi su b ito a im m a g in a rs i c o m e « risv e g lia ti d a l so n n o » , u n to p o s ig n o to a lle A m erich e . G ià n el 1803, (abbiam o visto n el ca p ito lo 5) il g iovan e n azionalista g reco A d a m a n tio s K o ra e s d iceva a u n ’in teressata p latea parigina: «Per la prim a volta , la n a z io n e (greca) si tro v a d i fro n te l ’o d io so sp ettaco lo della p ro p ria ign o ran za e trema nel m isurare con g li o cch i la d istan za che la separa dalla g lo ria d e lla patria dei suoi a n ten a ti» . E c c o p e r fe tta m e n te d e fin ita la tra n s iz io n e tra i te m p i n u o vi e gli antichi. « P er la p rim a volta» e ch eg gia a n co ra gli en tu sia­sm i d e l 17 7 6 e d e l 1789, m a gli o cch i d i K o ra es so n o rivolti non in avanti ve rso il fu tu ro di San M a rtin , m a al p assa to , ve rso a n tich e glorie. N o n ci sareb b e v o lu to m o lto a far sco lo rire qu esta cu rio sa am b igu ità , a so stitu irla co n un risveglio m o d u la re , « co n tin u o » da un s o n n o d i stile m o d e rn o e m isu rato n el tem p o : u n rito rn o g a ­rantito a ll’essenza aborigen a21.

M o lti e lem enti co n trib u iro n o alla p o p o la rità d i q u esto m o d e l­lo . B asterà m en zio n arn e due. In n an zitu tto , il m o d e llo fe ce p ro p rio il sen so d i p aralle lism o d a cu i era n ato il n azio n a lism o am erican o e c h e il s u cce s so d e lla r iv o lu z io n e a m e ric a n a a v e v a n o te v o lm e n te rin fo rzato in E u ro p a . S em b rava sp iegare p e rc h é i m o vim en ti n a z io ­nalisti fo ssero esp lo si nel V e c c h io m o n d o c iv ilizzato , in così evid en te ritardo rispetto a l barbaro N u o v o M o n d o 22. V isto co m e un risveglio tard ivo , a n ch e se stim olato da lo n tan o , esso fe ce sp azio a u n ’im m e n ­sa «antichità» p rim a d e l so n n o ep o cale. In seco n d o lu o g o , il m o d e l­lo fo rn ì un leg am e m eta fo rico cru ciale tra i n u o v i n azionalism i e le l in g u e e u r o p e e . C o m e a b b ia m o g ià o s s e rv a to , i p r in c ip a li s ta ti

‘ [« rica ttu ra re / la prim a, bella n on curante estasi» do ve la rim a recapture/raptu­re è allusiva: oltre che «estasi», rapture s ign ifica anche, in term ini b ib lic i, l ’avven­to d i C risto alla fine del m o ndo , q u i l ’avvento rivo lu zio n ario . Nota d el curatore]

21N e l 1951, l ’ intelligente socialista in donesiano L in to n g M u lia Sitorus poteva ancora scrivere: « F in o alla fine deU’800, i p o p o li d i co lore d o rm ivan o ancora un sonno pro fo n d o, m entre i b ia n ch i lavoravano in daffarati in o gn i cam po». Sedja- rah Pergerakan Kebangsaan Indonesia (Storia del m ovim ento nazionalista in d o n e ­siano), p. 5.

22 Si potrebbe d ire che, per o cch i euro pei, queste riv o lu zio n i fu ro n o i p rim i eventi politici d i una reale im portanza accaduti al d i là d e ll’A tlantico .

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d e ll’800 eran o p e r lo p iù so cietà p o lig lo tte , i cu i co n fin i raram ente co rrisp o n d ev a n o a co m u n ità linguistiche. M o lti d e i lo ro m em b ri p iù colti avevan o ered itato dal p erio d o m ed ievale l ’a b itu d in e d i pen sare a certe lin g u e (se n o n p iù il latin o, allora il francese, l ’in glese, lo sp a ­g n o lo o il ted esco ) co m e alla lin gu a della civiltà. I r icch i b o rg h esi o lan d esi del ’700 erano o rgo glio si d i p arlare solo fra n cese n elle p r o ­p rie case; il ted esco era la lin gu a della cu ltu ra tan to n e ll’im p ero zari­sta o cc id e n ta le q u a n to nella «ceca» B o em ia. F in o al ta rd o ’700 n es­su n o p e n s ò a q u e ste lin g u e c o m e a p p a rte n e n ti a d a lc u n g r u p p o territoria lm en te defin ito . P resto p e rò , p e r ragion i ch e ab b iam o d e ­scritto nel ca p ito lo 3 , le lin g u e vo lgari «n on cu ltu ralizzate» co m in ­ciaro n o a svo lgere lo stesso ru o lo svo lto in p re ce d e n za d a ll’O c e a n o

A tla n tico : « sep arare» c io è le co m u n ità n azio n a li so tto m e sse dagli an tich i regn i dinastici; e p o ich é l ’avan gu ard ia d ei m o vim en ti n a z io ­nalisti e u ro p ei era co stitu ita dalle classi co lte, spesso no n abituate a usare questi vo lgari, q u e st’anom alia rich iese un a sp iegazio n e. N u lla sem b rò m eglio d e l «sonno»: ai b o rg h e si e ai le ttera ti c h e co m in cia ­v a n o a c o n s id e r a r s i c e c h i , u n g h e r e s i o f in la n d e s i , p e r m e tte v a d ’ im m a g in a re i p r o p r i s tu d i d i lin g u a , m u s ic a e fo lk lo r e c e c h i, m a gia ri o fin lan d esi, co m e la r isco p erta d i q u a lco sa c h e n el p r o ­fo n d o era n o to d a sem pre. (Inoltre, q u a n d o si co m in cia a p en sare alla n azio n alità in term in i d i con tin uità , p o c h e co se sem b ra n o sto ri­ca m en te ra d ica te co m e le lin g u e , cu i è im p o ss ib ile assegn are u n a data d i o rig in e23).

N e lle A m erich e il p ro b lem a fu p o sto diversam ente. D a una p a r­te , v e rs o il 18 3 0 , le lo ro in d ip e n d e n z e n a z io n a li e ra n o g ià state in tern azion alm ente ricon o sciu te quasi o vu n q u e. E ra n o q u in d i d ive­nute u n ’eredità, e, com e tale, ten ute a entrare in un a serie genealogica. P e rò non vi erano d isp on ib ili g li strum enti ch e si an d avan o svilup ­p an d o in E u ro p a. In p rim o lu o g o la lingua, ch e n o n era m ai stata un tem a im p ortan te p er i m ovim enti nazionalisti am ericani. C o m e abbia­m o visto, fu p recisam ente il co n d ivid ere una lin gu a co m u n e (e una religione e una cultura com un e) co n la m adrepatria, ch e rese possibile im m aginare in p rim o lu o g o il co n cetto di nazione. A dire il vero , agli inizi, si p o sso n o rilevare interessanti casi di «pensiero eu ro p eo » . A d esem pio, il d izion ario del 1828 di N o a h W e b ste r (un apparten en te, cioè, alla «secon da gen erazion e»), A m erican Dictionary o f th e English

23E p p u re , la p ro fo n d ità storica n o n è infinita. A un certo p u n to l ’inglese sva­nisce tra il francese n orm anno e l ’anglo-sassone; i l francese tra il la tin o e il «tede­sco» dei fra n ch i; e così via. V e d re m o p iù avanti com e si ottenne u n ’u lte rio re pro fo n d ità d i cam po.

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Language, il cui sco p o era quello di legittim are un a lingua am ericana co n u n ’identità distinta da quella inglese. N e l P aragu ay d e l ’700, l ’a b i­tudin e dei gesuiti di usare il guarani rese p o ssib ile il passaggio d i q u e ­st’ultim o da lingua «nativa», assolutam ente «non-spagnola», a lingua nazionale, sotto la lun ga dittatura x en o fo b a di José G a s p a r R o d rigu ez d e F ran cia (1814-1840). I tentativi di conferire p ro fo n d ità storica alla n azione attraverso la lingua han no tuttavia in co n trato ostacoli in sor­m o n tabili. P raticam en te tutti i creo li erano istitu zio n alm en te legati

(via scuole, giornali, usi am m inistrativi, e così via) a lin gu e eu ro p ee p iu tto sto ch e indigene. O g n i enfasi eccessiva sulle gen ealogie lin gu i­stich e rischiava d i ren dere p iù sfocata quella «m em oria d ’in d ip e n ­denza» che andava protetta ad o gn i costo.

L a so lu z io n e , fin a lm en te a p p lic a b ile sia n el N u o v o c h e n el V e c c h io m o n d o , ven n e trovata nella Storia, o m eglio , nella Storia ri­scritta in u n m o d o p articolare. A b b ia m o osservato co n quale ra p i­d ità a ll’A n n o P rim o sian o seg u ite le ca tte d re d i S to ria . C o m e fa n o ta re H a y d en W h ite , n on m en o d egn o d i n ota è il fatto ch e i c in ­q u e gen i p ro te tto ri d e lla sto r io g ra fia e u ro p e a sian o n ati tu tti n el q u a rto di seco lo successivo alla cesu ra tem p o ra le segnata dalla C o n ­ven zion e: R an ke nel 17 9 5 , M ich e let n el 1789, T o cq u ev ille n el 1805 e M a rx e B u rck h ard t n el 18 18 24. D e i c in q u e, è fo rse n aturale ch e sia M ich e let, auto-nom in atosi storico della R iv o lu zio n e, a m eglio ese m ­p lifica re il n ascere d e ll’im m agin azio n e nazionale, p e rch é fu il p rim o ch e, con sciam en te, v o lle scrivere dalla parte d ei m orti25. E sem p lareil p assaggio seguente:

O u i, ch a q u e m o rt la isse u n p e tit b ie n , sa m é m o ire , et d e m an d e q u ’o n la so ign e . P o u r c e lu i q u i n ’a p a s d ’am is, i l fau t q u e le m agi- strat y su p p lé e . C a r la lo i, la ju stice , est p lu s su re q u e tou tes n o s ten dresses o u b lie u se s, n o s la rm e s si v ite séchées. C ette m a g istra ­tu re , c ’ est l ’H is to ire . E t les m o rts son t, p o u r d ire co m m e le D ro it ro m a in , ces m iserabiles personae d o n t le m a g istra t d o it se p ré o c - cu p e r. Ja m a is d a n s m a c a rriè re je n ’ai p e rd u de v u e ce d e v o ir de l ’h isto rie n . J ’ai d o n n é à b e a c o u p de m o rts tro p o u b lié s P assistan- ce d o n t m o i-m è m e j ’ a u ra i b e so in . J e le s a i e x h u m é s p o u r u n e se c o n d e vie ... I l s v iv e n t m a in te n a n t avec n o u s q u i n o u s sen to n s le u rs p a re n ts, le u rs am is. A in s i se fait u n e fa m ille , u n e cité c o m ­m u n e e ntre le s v iv a n ts et le s m o rts26.

2AMetahistory, p. 1 4 0 . H e g e l, nato nel 1 7 7 0 , era già nella sua tarda adolescen­za quan do sco ppiò la R iv o lu zio n e , ma le sue Vorlesungen ùber die Philosophie der W eltgeschichte furo no p u b b licate solo nel 1 8 3 7 , sei anni dopo la sua morte.

23W h i t e , Metahistory, p . 1 5 9 .

26«St, ogni m orto lascia una p icco la eredità, la sua m em oria, e ch iede che sia

1%

Q u i co m e altrove M ich e let fa cap ire ch iaram en te ch e co lo ro che egli sta esu m an d o n o n so n o affatto co rp i sen za vita, anon im i e d im e n ti­cati. F u ro n o i lo ro sacrifici, attraverso la Storia , a ren d ere p o ssib ile la n ascita d i un a n a z io n e fra n cese, an ch e quando ta li sacrifici non vennero interpretati com e ta li dalle vittim e. N e l 18 42, scrive d i questi m orti: «Il le u r fau t u n O e d ip e q u i le u r e x p liq u e le u r p ro p re énigm e d o n t ils n ’o n t pas eu le sens, qui leu r a p p re n n e ce q u e vo u la ien t dire leurs p aro les, leu rs actes, q u ’ils n ’o n t p as co m p ris» 27.

Q u e s t ’a fferm a zio n e, cred o , n o n h a p re ced e n ti. M ich e le t n on solo a fferm a d i p arlare p e r c o n to d i u n gran n u m e ro d i anon im e p erso n e m orte, m a insiste n el d ire, co n to cca n te autorità, di p o ter in terp retare q u ello ch e essi in te n d essero « veram en te» e v o lessero «veram ente», p o ic h é lo ro stessi «n on a veva n o capito » . D a q u e l m o ­m en to, il silen zio d ei m o rti n o n fu p iù d ’o sta co lo a ll’esu m are i lo ro d esid eri p iù p ro fo n d i.

S ulla sua scia, fu ro n o sem p re d i p iù i n azionalisti della « secon ­da gen erazion e» , n elle A m e rich e e a ltrove, ch e im p araro n o a parlare « p er» g e n te m o rta , c o n c u i s a r e b b e s ta to im p o s s ib ile , o in d e s i­d erabile , stabilire un a co n n essio n e lin gu istica. Q u e s to ven trilo q u io in vertito co n trib u ì ad ap rire la strada p e r u n indigenism o co n scio , sp ecie n elle A m e r ic h e d e l sud. A i lim iti d e l p arad o sso : m essican i ch e p arlavan o in sp agn o lo «per» civ iltà p re -co lo m b ian e , «indiane» di cu i n o n ca p ivan o le lin g u e 28. Q u a n to rivo lu zio n ario fo sse questo tip o d i esu m azione, si p u ò cap ire m e tte n d o lo a p arag o n e co n l ’a ffer­m azio n e d i F erm in d e V argas, citata nel ca p ito lo 2. L a d d o v e F erm in

curata. P e r ch i n o n ha am ici, è i l m agistrato ch e deve sup p lire. P e rch é la legge, la g iustizia, son o p iù sicure d i tutte le nostre svagate tenerezze, delle nostre lacrim e così presto asciugate. Q uesta m agistratura è la Storia. E i m o rti sono, per d irla com e il d iritto ro m an o , queste m iserabiles personae d i c u i i l m agistrato deve p re o ccu p a rsi. M a i, n ella m ia carrie ra, h o p e rd u to di vista questo d o vere dello storico. A m o lti m orti tro p p o dim enticati h o dato l ’assistenza di cu i io stesso avrò b isogno. L i h o esum ati p e r una seconda vita... O ra v iv o n o con n oi ch e ci sentia­m o lo ro parenti. C o s ì si co struisce una fam iglia, una città co m u ne tra i v iv i e i m orti». J u l e s M i c h e l e t , O euvres Com pletes, X X I , p. 268, nella p refazion e del secondo volum e (« Ju sq u ’au 18 B rum a ire ») del suo in com p leto H istoire du X lX e Siede.

27« H a n n o bisogno d i un E d ip o che g li spiegh i il lo ro enigm a d i cu i essi non hanno afferrato il senso, che gli insegni q u e l che volevano d ire le lo ro parole, i lo ro atti che essi n o n h an n o capito». C itato in R o l a n d B a r t h e s , M ichelet par lui- méme, p. 92. I l volum e delle Oeuvres Com pletes co n queste frasi n o n è ancora pubblicato .

2KA1 con trario , in tutto il M e ssico c ’è una sola statua d i H e rn à n C ortés. Q u e ­sto m onum ento, discretam ente nascosto in una n ic ch ia a C ittà del M essico, fu eretto solo alla fin e dei n ostri ann i ’7 0 , d a ll’o d io so regim e d i Jo sé L o p e z P o rtillo .

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p arlava allegram en te d i «estin guere» gli in d io s, m o lti suoi n ip o tin i p o litic i fu ro n o o ssession ati d a l « rico rd a rli» , anzi d a l « p arlare p e r loro» , fo rse p ro p rio p erch é gli in d io s erano stati d a essi co sì spesso «estinti».

IL FRATRICIDIO RASSICURANTE

C o lp isce com e, nelle afferm azioni da «secon da gen erazion e» di M i­chelet, l ’attenzione sia sem p re rivolta a esum are p erson e ed eventi che risch ian o di essere d im en tica ti29. E g li n on sen te a lcu n b is o g n o di riflettere su questo «dim enticare». M a q u an d o, n el 1882, p iù d i un se­colo d o p o la D ich iarazion e d ’in d ip e n d en za d i F iladelp hia, e o tto anni d o p o la m o rte di M ich elet stesso, R enan p u b b lic ò il su o Q u ’est-ce qu u n e nation?, affrontò p ro p rio il b isogn o di d im enticare. R ico n sid e­riam o, ad esem pio, l ’ afferm azione riportata nel p rim o capitolo:

O r , l ’essence d ’u n e n a tio n est q u e to u s le s in d iv id u s a ien t beau- c o u p de ch o ses en co m m u n et a u ssi q u e to u s a ien t o u b lié b ie n d e s c h o se s . . .T o u t c ito y e n f ra n c a is d o it a v o ir o u b lié la S a in t- B a rth é le m y , les m assacres d u M id i a u X H I e s ie d e 311.

A p rim a vista q u este d u e frasi p o sso n o sem brare ch iarissim e5’ . M a q u a lch e istante d i riflession e rivela q u a n to sian o in e ffe tti b izza rre . S i noti, ad esem p io, che R enan n o n sen tiva a lcu n b iso g n o d i sp ie g a ­re ai su o i lettori cosa sign ificassero «la n otte d i San B a rto lo m eo » o «i m assacri del M id i n el ’200». D ’altra p arte ch i, se n on i fran cesi, a v reb b e ca p ito a ll’istan te ch e «la n o tte d i San B a rto lo m eo » si r i­feriva al fe ro ce p o gro m an ti-u go n o tto lanciato d a ll’e re d e V alo is C a r ­lo I X e d alla m ad re fio ren tin a il 24 agosto 15 7 2 , o ch e «i m assacri d e l M id i» a llu d e allo sterm inio d egli a lb igesi - n ella vasta fascia tra i P iren e i e le A lp i m eridion ali, - istigato da In n o ce n zo III, u n p ap a

29Senza d u b b io perché, p e r gran parte della sua v ita, dovette so ffrire sotto surrogati di m onarchie o legittim ità restaurate. L a sua fedeltà al 1789 e alla F ra n ­cia è dim ostrata d a l r ifiu to di g iu ra re lealtà a L u ig i N a p o le o n e . B rusca m e n te rim osso dalla sua carica di A rch iv ista nazionale, M ich e let visse alle soglie della povertà fino alla sua m o n e n e l 1874; abbastanza a lu n g o però , p e r assistere alla caduta deH’im postore e alla restaurazione delle istituzio ni repubblicane.

i 0« O ra , l ’essenza di una nazione è che tutti abbiano m olte cose in com une e che tutti a b b ia n o m olte cose dim enticato... O g n i c itta d in o francese deve aver dim enticato la notte di San Bartolom eo, i m assacri nel M id i del ’200». R enan era nato nel 1823, u n quarto di secolo d o p o M ichelet, e passò la m aggior parte della sua giovinezza sotto il c in ic o regim e dei persecutori d i M ichelet.

3!C om e p u rtro p p o h o creduto io fin o al 1983.

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a n co ra p iù crim inale d e i su o i cirm in ali p red ecessori? N é R enan tro ­v a a lc u n c h é d i b iz z a r r o n el d a re p e r s c o n ta te « m e m o rie » , n ella m e n te dei suoi letto ri, di eventi a ccad u ti 300 o 600 ann i p rim a. C o l­p isc e an ch e la sintassi p eren toria della frase doit avoir o u b lié (non doit oublier), «costretti ad avere o rm ai d im en ticato» , ch e suggerisce, n ei to n i m in accio si d e i co d ic i d elle im p o ste e delle leg gi di co scriz io ­n e m ilitari, ch e l ’«aver o rm ai d im en ticato» le an tich e traged ie è un vita le d o vere c iv ico co n tem p o ra n eo . In realtà, i le tto ri d i R en an e ra ­n o in vitati ad « a ver o rm a i d im e n tica to » q u e llo ch e le su e p a ro le d a va n o p e r sco n tato ch e essi ricordassero!

C o m e s p ie g a r e q u e s to p a r a d o s s o ? P o tr e m m o c o m in c ia r e o s s e r v a n d o c h e i l s o s t a n t i v o s i n g o l a r e f r a n c e s e « la S a in t - B arth élem y» [la feste d e i santi in fran cese so n o d eclin a te al fem m i­nile: la san G io v a n n i, la san P ie tro , ecc ., n. d. c.] u n isce u cciso ri e uccisi, q u in d i q u e i ca tto lic i e q u ei p ro testan ti ch e e b b e ro un a p arte lo ca le n ella ben p iù vasta gu erra santa ch e in fu riò su ll’E u ro p a set­ten trio n ale n el ’500, e ch e certo n on p en savan o a sé co m e a « fran ce­si». C o s ì, la lo c u z io n e «i m assacri d e l M id i del ’200» co n fo n d e v itti­m e e assassini senza n o m e d ietro la p u ra fran cesità d e l «M id i» . N o n c ’è alcun b iso gn o d i ricord a re ai letto ri ch e la m a g g io r p arte d egli a lb igesi u cc isi p arlava p ro v e n za le o catalan o, o ch e i lo ro carn efici p ro v e n iv a n o da varie p arti d e ll’E u ro p a o ccid en ta le. L ’effe tto di q u e ­s t ’ a l le g o r ia è d i m o s tr a r e e p is o d i d e i g r a n d i c o n f l i t t i r e lig io s i d e l l ’E u r o p a m e d ie v a le e m o d e rn a c o m e ra ss icu ra n ti g u e r re f r a ­tric id e tra (chi altri?) fra te lli francesi. P o ic h é p o ssiam o cred e re ch e, lasciata a sé stessa, la stra gra n d e m a g g io ra n za d ei co n te m p o ra n e i fra n cesi d i R enan n o n a v re b b e m ai sen tito p arlare d e lla « n o tte d i San B arto lo m eo » o d ei «m assacri d e l M id i» , p ossiam o ricon o scere u n a s is te m a tic a c a m p a g n a s t o r io g r a f ic a , p r o m o s s a d a llo s ta to so p rattu tto a ttraverso il sistem a sco lastico , p e r « rico rd a re» a o gn i g io v a n e fran cese u n a serie d i an tich i m assacri ch e v e n g o n o o g g i visti co m e «ritratti d i fam iglia» . A vere l ’o b b lig o d i «aver o rm a i d im en ti­ca to » tra g e d ie ch e d e v o n o e ssere in cessa n tem e n te « r ico rd a te » , si rivela lo stru m en to caratteristico d ella su ccessiva co stru zio n e d elle gen ea lo g ie nazionali. (E in teressan te il fatto ch e R en an non afferm a c h e i fra n c e s i d e b b a n o « a ver o rm a i d im e n tica to » la C o m u n e d i Parig i. N e l 1882 il suo rico rd o era an co ra reale e tu tt’a ltro ch e m iti­co , e tro p p o d o lo ro so p e r essere in terp retato so tto il segn o d e l « fra­tric id io rassicurante»).

C o m e è lo g ico , in tu tto c iò n o n ci fu , e n on c ’è, n u lla d ’esclusi- va m e n te francese. U n ’im p o n en te in d u stria p e d a g o g ica lavo ra senza so sta p e r o b b lig a re i g io v an i a m erican i a rico rd a re/d im en tica re le

ostilità del 18 6 1-65 co m e una gran d e gu erra «civile» tra «fratelli», p iu tto sto ch e fra d u e separati stati-nazione sovrani co m e fu p er b r e ­ve tem p o . (S iam o certi ch e, se la C o n fe d e ra z io n e fo sse riu sc ita a m antenere la p ro p ria in d ip en d en za , questa «guerra civile» sarebbe stata sostituita n ella m em oria d a q ualcosa di assai m e n o fratern o). I lib ri d i storia b ritan n ici o ffro n o l ’affascinante sp ettaco lo d i un g ra n ­d e P a d re F o n d a to re , ch e o gn i sco laro im p ara a ch iam are G u g lie lm oil C o n q u is t a t o r e . L o s te s s o r a g a z z o n o n v ie n e in fo r m a t o c h e G u g lie lm o n o n p arlava inglese, n é a vreb b e p o tu to , v isto ch e la lin ­g u a in g le s e n o n e sis te v a a ll ’e p o c a ; n é v ie n e p o s ta la q u e s tio n e : « C o n q u istato re di ch e» ? Q u e s to p e rch é l ’u n ica risposta m o d ern a e accettab ile sareb b e « C o n q u istato re d egli inglesi», cosa ch e a vreb b e reso il ve cch io p re d o n e n o rm a n n o un b e n p iù ca lza n te p recu rso re d i N a p o le o n e o d i H itler. Il « C o n q u ista to re » h a q u in d i lo stesso v a lo re e llitt ic o d e lla « n o tte d i San B a rto lo m e o » , r ic o rd a re , c io è , q u a lco sa ch e si è su b ito o b b liga ti a d im enticare. G u g lie lm o il n o r ­m an n o e A ro ld o il sassone s’in co n trera n n o così sul ca m p o d i H a ­stings, se n on co m e co m p ag n i di ballo , a lm en o co m e fratelli.

C e rto , è tro p p o fa c ile a ttr ib u ire qu esti rassicu ran ti fra tric id i an tichi alle g e lid e m a cch in azio n i d i fu n zio n ari statali. E ssi rifletton o difatti, a un altro livello , u n a p ro fo n d a revision e d e ll’im m agin ario di cu i lo stato era a p p en a co scien te , e su cu i lo stato h a avu to , e ha a n co ra , so lo u n e sig u o c o n tro llo . N e g li an n i ’30 u o m in i d i va rie n azionalità si recaro n o a co m b a ttere n ella p en iso la ib erica , p o ic h é la ved eva n o co m e u n ’arena in cu i si sco n travan o gran d i cause e fo rze sto rich e di live llo m o n d iale . Q u a n d o il lo n g e v o re g im e di F ra n co co stru ì la V alle dei C a d u ti, lim itò l ’in gresso a q u esta tetra n ecro p o li a chi, ai suoi o cch i, era ca d u to n ella lo tta m o n d iale co n tro il b o ls c e ­vism o e l ’ateism o. A i m argini d e llo stato, p erò , stava g ià em ergen d o la « m e m o ria » d e lla g u e r ra c iv ile s p a g n o la . S o lo d o p o la m o rte d e ll’astuto tiran n o, e la successiva, in cre d ib ilm en te liscia transizione a u n a d e m o cra zia b o rg h e se , n e lla q u a le g io c ò u n ru o lo d e c is iv o , q u esta «m em oria» d iven n e ufficiale . A U ’in circa a llo stesso m o d o , la co lossale gu erra d i classe che in fu riò dal 19 18 al 1920 tra i p am ir e i v istu la ven n e rico rd a ta /d im e n tica ta n el c in em a e n ella lette ra tu ra so vietica co m e la «nostra» g u erra civ ile , m en tre lo stato so vietico

m an ten n e p er lo p iù un a vision e m arxista della lotta.S o tto q u e s t ’a sp e tto è is tru ttiv o il n a z io n a lism o c re o lo d e lle

A m erich e . D a un a p arte gli stati am ericani fu ro n o p e r vari d ecen n i deb o li, decen tralizzati e p iu tto sto m o d esti nelle lo ro am bizion i e d u ­cative. D a ll’altra, la società am erican a, in cu i i co lo n i «bianchi» erano co n trap p o sti a schiavi «negri» e ai «nativi» sem i-sterm inati, si p r e ­

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sentava in tern am en te lacerata a u n live llo im p en sabile p e r l ’E uropa. E p p u r e , l ’ id e a d i fra te r n ità , sen za c u i v ie n e a m a n ca re l ’a sp e tto rassicurante del fratricid io , ap p are p e r la p rim a vo lta abbastan za p re ­sto, e n o n senza una curiosa, auten tica p o p o larità . Q u e sto paradosso vien e esem p lificato p ro p rio b en e d agli Stati uniti d ’A m erica.

N e l 1840, nel p ien o della b ru tale gu erra di o tto anni co n tro i Sem inoles della F lo rid a (e m entre M ich e let co n vo ca va il suo O e d i­pus), Jam es F en im o re C o o p e r p u b b lica v a T h e Pathfinder, il quarto dei suoi c in q u e fam o si raccon ti d el v e cch io W est. F o n d am en ta le in questo rom an zo (cosi co m e in tutti gli altri trann e il p rim o) è quello ch e L eslie F ied ler ha defin ito l ’«austero, q u asi in artico lato, m a in d i­scusso am ore» ch e un isce il «bianco» b o sca io lo N a tty B u m p p o e il n o b ile ca p o trib ù D e la w a re C h in g a ch g o o k (« C h ica go » !)32. I l co n te­sto renaniano p er situare la lo ro fratellan za è p e rò costitu ito n o n dai san guinosi anni a cavallo d e l 1830, m a dagli ultim i dim enticati/ricor- d a ti a n n i d e l d o m in io im p e r ia le in g lese . I d u e p ro ta g o n is ti so n o descritti co m e «am ericani» ch e lo ttan o p er la sop ravviven za (co n tro i francesi, i lo ro alleati «nativi», c io è i « d iab o lici M in go s» , e i p erfid i agen ti d i G io rg io III).

Q u a n d o , n e l 1 8 5 1 , H e r m a n M e lv i l le d e s c r is s e Is h m a e l e Q u e e q u e g co m o d a m e n te in sie m e a le tto a llo S p o u te r In n («qu i, d u n q u e , nella lu n a di m ie le d e i n ostri cu o ri, g ia cem m o io e Q u e e ­q u eg» ), il n o b ile se lvag gio p o lin esian o ven n e iro n ica m en te a m erica­n izzato in questo m o d o 33:

...c e rto la s u a te sta e ra , d a u n p u n t o d i v is ta f re n o lo g ic o , u n e se m p lare e cce lle n te . P u ò s e m b ra re r id ic o lo , m a m i r ic o rd a v a la testa d i G e o rg e W a s h in g to n , co m e v ie n e r itra tto in tu tti i s u o i b u sti. A v e v a la stessa fro n te la rg a , d e g ra d a n te re g o la rm e n te su lle s o p ra c c ig lia , c h e e ra n o tra l ’a ltro m o lto p ro m in e n ti, co m e d u e

32V e d i il suo Love and D eath in th e Am erican N ovel, p. 192. F ie d le r legge que­sta relazione psicologicam ente, e astoricam ente, com e u n esem pio del fallim ento d ella letteratura am ericana n e l rap p o rta rsi co n l ’am ore eterosessuale adulto, e d ella sua ossessione co n la m orte, l ’ incesto e u n innocente erotism o omosessuale. M a è in azione, sospetto, n on tanto un erotism o nazionale, q u an to u n n azio n ali­sm o erotizzato. I rap p o rti «m aschio-m aschio» n ella società protestante, che sin d a ll’in iz io ha p ro ib ito rig idam ente l ’in c ro c io tra razze diverse, van n o confrontati co n i «sacri am ori» m aschio-fem m ina dei ro m an zi n azio n alisti latino-am ericani, dove il cattolicesim o perm ise la crescita d i u n ’am pia p o po lazion e m eticcia. (La d ice lu n ga il fatto che la lin g u a inglese abbia do vu to farsi prestare d a llo spagnolo il term ine «m estizo»).

,3H e r m a n M u lvilllz , M oby D ick , p. 7 1 . Q u a n to l ’autore avrà assaporato l'u lt i­ma, m aligna, frase!

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lu n g h i p ro m o n to ri d a lla c im a fitta m en te b o sco sa . Q u e e q u e g era G e o rg e W a s h in g to n ca n n ib a le sc a m e n te s v ilu p p a to .

F u co m p ito d i M a rk T w ain creare n el 18 8 1, m o lto d o p o la «guerra civile» e il p ro c la m a d i em an cip azio n e di L in co ln , la p rim a im m a gi­n e in d ele b ile di b ia n ch i e n eri co m e «fratelli» am erican i: H u c k e Jim , am ich evo lm en te alla deriva sul gran d e M ississip p i34. Il ro m a n ­zo è situato p erò in un rico rd a to /d im en d ca to an tegu erra [civile] in cu i il n ero è an co ra un o schiavo.

Q u e s te im p ressio n an ti im m agin i d i fratern ità, ch e e m erg o n o «n aturalm ente» in un a società lacerata d ai p iù v io le n d antagonism i r a z z ia li , d i c la s s e e r e g io n a li , m o s tr a n o c o m e il n a z io n a lis m o n ell’ep o ca di M ich elet e R enan rap presen tasse una n u o va fo rm a di co sc ien za - un a co scien za ch e si fa ce v a lu c e q u a n d o n on era p iù p o ssib ile sp erim en tare la n azio n e co m e un che di n u o vo , a ll’ap ice della rottura.

LA BIOGRAFIA DELLE NAZIONI

P e r p ro p ria natura, tutti i p ro fo n d i m u tam en ti della co scien za p o r ­tano co n sé am nesie caratteristiche. D a q u e st ’o b lio , in sp ecifich e c ir­co sta n ze sto rich e , sg o rg an o n arrazio n i. D o p o a v e r sp erim en ta to i cam biam en ti fisio log ici e d em otivi p ro d o tti dalla p u b ertà , è im p o s ­sib ile «ricordare» la coscien za d e l b a m b in o ch e siam o stati. Q u a n te m igliaia di gio rn i passati tra in fan zia e g io v in e zza sco m p a io n o dalla m e m o ria im m e d ia ta ! C o m e è stra n o a v e re b is o g n o d e l l ’a iu to d i q u a lcu n altro p e r ca p ire ch e q u e l b a m b in o n u d o n ella fo to g ra fia ingiallita, disteso felicem en te su un a co p erta o d e n tro un lettin o, sei tu. L a fo to grafia , sp len d id a figlia d e ll’e p o ca della r ip ro d u zio n e m e c ­canica, è so lo la p iù evid en te d i una lu n ga e m o d e rn a serie d i p ro v e d o cu m e n ta rie (ce rtificati di n ascita, d iari, p a g e lle , le ttere , cartelle c lin ich e , e co sì via) c h e registra un a ce rta co n tin u ità a p p a re n te e in sie m e s o tto lin e a la su a s c o m p a r s a d a lla m e m o ria . D a q u e s to straniam en to deriva un sen so della p erso n a, u n ’ identità (sì, tu e q u el b a m b in o siete identici) ch e, p ro p rio p e rch é n on p u ò essere « rico r­data» , va racco n tata. In co n trasto co n la d im o stra zio n e b io lo g ica ch e o gn i singola cellu la d e l co rp o u m a n o è sostitu ita o g n i sette anni, le a u to b io g ra fie e le b io g ra fie in v a d o n o o g n i an n o il m ercato della carta stam pata.

54V a notato che la pu b b lica zio n e D i Huckleberry Finn aveva preceduto d i soli po ch i mesi l ’evocazione di R enan de «la notte d i San B artolom eo».

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Q u e s te n arrazion i, co m e i ro m an zi e i g io rn a li di c u i a b b iam o d i­scusso nel ca p ito lo 2, si co llo ca n o in un tem p o v u o to e o m o gen eo . L a lo ro struttura è q u in d i storica, e il lo ro am bito so cio lo g ico . E c c o p erch é m o lte a u to b io g ra fie co m in cian o co n n otizie rigu ard an ti g e n i­to ri e n on n i, su cu i l ’au to re p u ò aver avu to so lo testim o n ian ze circo- stanziali e testuali, e sp iega an ch e p e rch é i b io grafi so n o così o sses­sionati dal registrare le d ate d i d u e even ti b io lo g ic i ch e il lo ro o g g e t­to n on p u ò ricordare: il g io rn o della n ascita e q u e llo della m orte. N ie n te d im o stra m e g lio la m o d e rn ità d i q u e sto tip o d i n arrazio n i ch e le p a ro le d i ap ertu ra d e l V a n g elo se co n d o M a tte o , d o ve l ’evan- gelista scio rin a u n ’austera lista d i trenta u om in i, gen era ti in su cces­sio n e l ’ u n o d a ll’ a ltro , d a l P a tria rca A b r a m o a G e s ù C r is to . (S o lo u n a d o n n a vie n e m en zio n a ta, n o n p e rch é si tratti d i u n a gen itrice, m a p e r c h é è u n a m o a b ita n o n -eb rea). N o n vien e fo rn ita n essun a d a ta p e r n essu n p ro g e n ito r e d i G e s ù , p e r n o n p a rla re p o i di in ­fo rm a zio n i s o cio lo g ich e , cu ltu rali, f is io lo g ic h e o p o litich e . Q u e s to stile letterario (ch e riflette tra l ’a ltro il d iven ire m em o ria della rottu- ra -d i-B eth lem m e) e ra a sso lu ta m en te ra g io n ev o le p e r M a tte o , ch e n o n co n cep iv a C r is to co m e una «person alità» storica, m a so lo co m eil v e ro F ig lio d i D io .

C o m e p e r le p erso n e m o d e rn e , co sì p er le n azioni. L a co n sa ­p e v o le z za d i essere inseriti in un te m p o la ico e seriale co n tutte le sue im p licazio n i d i co n tin u ità , a n ch e qu ella d i « dim enticare» l ’e sp e ­rien za d e lla co n tin u ità - co n segu en za p ro d o tta dalle ro ttu re del tar­d o ’70 0 - re n d e n ece ssa ria u n a n a rra zio n e d ’« id en tità» . È o rm ai d e fin ito il co m p ito d e l m a gistra to m ich e letia n o . T ra le n arrazio n i d e g li uo m in i e q u e lle d elle n a z io n i v i è p e rò un a fo n d a m e n ta le d iffe ­ren za d ’uso. N e lla storia la ica d e lla «person a» c ’è un in izio e u n a f i ­ne. L a p erso n a e m erg e d ai cro m o so m i d e i gen ito ri e da p articolari co n d iz io n i sociali in u n p reciso , b re v e co n testo storico in c u i essa ha un a sua p arte fin o alla m orte. D o p o d i ch e, n on resta ch e la p e n o m ­b ra di un a fam a o u n ’in flu en za p erd u ran ti. (P ro vate a im m agin are co m e sa reb b e strano co n clu d e re un a «V ita d i E lider» , o sservan d o c h e il 30 a p rile 19 4 5 è s p ro fo n d a to d iretta m e n te a ll’ in fe rn o ). L e n azio n i, in vece, n o n h a n n o m ai un g io rn o di n ascita p re c iso , e le lo ro m o rti, se si p r o d u c o n o , n o n a v v e n g o n o m ai p e r ca u se n a tu ­rali35. P o ic h é n o n v i è un vero e p ro p rio P a d re P rim ige n io , la b io ­grafia d e lle n azio n i n on p u ò essere scritta e v a n g elica m en te, co m e una lu n ga serie di gen itori. L’u n ica a ltern ativa è m o d ellarla «risalen­

t i neologism o «gen o cidio » è stato recentem ente coniato p ro p rio per in d ica ­re tali apocalissi.

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d o il tem p o » , arrivan d o fin o a ll’U o m o di P e ch in o , a ll’U o m o di G ia - va, a R e A rtù , o v u n q u e la lam p ad a d e ll’a rch eo lo gia d iriga il su o fio ­co baglio re . Q u e s to m o d ello , p erò , è segnato d a m orti ch e, in un a cu rio sa in versio n e d e lla gen ea lo g ia co n v e n zio n a le , co m in cian o da un o rig inario p resen te. L a seco n d a gu erra m o n d iale gen era la p r i­m a, d a S ed an deriva A u sterlitz , l ’antenato della rivolta d i V arsavia èlo stato d ’Israele.

M a sono d i un tip o sp eciale le m o rti ch e stru ttu ran o la b io g ra ­fia d i un a n azione. N o n o sta n te «la n o tte d i San B arto lo m eo » cad a q u a s i e s a t ta m e n t e n e l m e z z o d e l lu n g o r e g n o d i F i l i p p o I I , q u est’e cc id io è rico rd a to solo di p assa ggio n elle 1.200 p ag in e della straord in aria d e scriz io n e che F e rn a n d B ra u d e l tra cc ia d e l m o n d o m ed iterran eo so tto la din astia a sb u rg ica. « G li eventi» ha scritto il m aestro «sono p o lvere: traversano la storia co m e b a glio ri fuggitivi; so n o a p p en a n ati e già torn an o alla n otte e sp esso a ll’o b lio » 36. C iò ch e co n ta so n o qu ei tassi d i m ortalità secolari ch e gli h a n n o p erm es­so d i carto grafare il len to m u tare d elle co n d izio n i d i v ita d i m ilioni di an on im i esseri um ani, p e r cu i l ’ultim a p re o ccu p a z io n e è p ro p rio la lo ro n azionalità. C o n tro i cim iteri b rau d elian i accu m u lan tisi senza rim orso, la b io grafia d elle n azio n i strapp a p erò b a g lio ri all’oscurità: su icid i esem p lari, p u gn a ci m artin i, assassinii, esecu zio n i, o locau sti. M a, p e r servire agli sco p i narrativi, tu tte q u este m o rti v io len te d e v o ­n o essere ricord ate/d im en ticate co m e «nostre».

36F e k n a n d B r a u d e l , La M éd itena n ée e t le m onde méditerranéen à l ’époque de Philippe II (1949 ), Arm ane! C o lin , 19 76 5, vol. I I , p. 223.

I L N U O V O D I S O R D I N E M O N D I A L E U N ’ A P P E N D I C E * (1992)

È ben possibile che gli storici del 2050, gu ardan do indietro alla nostra fine seco lo , in d ivid u in o - com e p ro fo n d o som m ovim en to tettonico disteso su oltre 200 anni - la disintegrazione dei grandi im peri p oliet­n ic i, p o lig lo tt i e sp esso p o lir e lig io s i c o s tru iti c o n tan ta p en a n el M e d io ev o e nella prim a m odern ità. N ella m aggior parte dei casi, la disintegrazione fu accom pagnata da u n ’esplosione di violenza e spesso seguita da decen n i d i guerre civili o fra stati. A tto rn o al 1770 il prim o stato-nazione n acqu e in nord A m erica da una resistenza arm ata alla G ra n B retagna im periale, m a era interiorm ente così d iviso che dovette po i sopp ortare la p iù sanguinosa guerra civile d ell’800. D a ll’estenuan­te collasso d ell’im p ero spagn olo, tra il 18 10 e il 1830, derivaron o i cru­deli dispotism i, le rivolte, le faide civili che hanno afflitto l ’A m erica latina fin o a oggi. C o m e esito della gran de guerra 19 14 -18 , gli im peri ottom ano, asbu rgico e degli H o h en zo llern si d isintegrarono, lasciando nella lo ro scia una con gerie di stati-nazione p iccoli, d eb o li e general­m ente instabili n ell’E u ro p a centrale e orientale e nel M ed io oriente. L a caduta dell’im p ero C h ’ing nel 191-1 inaugurò due generazioni di gu erre civili in C in a. Partition* n ell’India britannica, sistem atica vio ­len za in ter-etn ica in Sri L an k a , gu erra dei T r e n t ’anni in V ietn am , p ersiste n te gu erra c iv ile in Ir lan d a d e l N o r d , san g u in o so collasso d ell’ im p ero etio p ico , orrori in U gan d a e in Zaire: ogn u n o p u ò essere visto com e esito dello stesso lun go processo.

In apparente reazion e a questo som m ovim ento tetton ico - che im plicava ovviam ente alm eno tanta liberazione quanta d isintegrazio­n e - fu il com uniSm o nella sua originaria form a internazionalista. Il successo della rivoluzion e bolscevica, p ro p rio n el cuore d ell’evapo ra­to im p ero R om anov, p erm ise a L en in e ai suoi di rim ettere insiem e i co cci di qu ell’im pero all’in izio degli anni ’20. M a l ’U n io n e sovietica v id e se stessa non com e un n uovo, im m enso stato-nazione, m a p iu tto ­sto com e una sorta di m o d ello p er un fu tu ro in cui il n azionalism o sarebbe stato superato com e p rin cip io p olitico . E così, p er un p erio ­

*Nella versione italiana, aggiungiamo alla seconda edizione inglese d i Imagined communities questo testo posteriore, apparso nel numero 193 della New Left Review, maggio/giugno 19 9 2 ,pp. 3-13.

" [ N e l 1947 i po sse d im e n ti b r ita n n ic i nel sub co n tin en te in d ia n o d iven nero indipendenti ma furono divisi in due stati - India e Pakistan - da quella che fu chia­mata la Partition e che ha dato luogo, immediatamente, a un ’ondata di massacri reli­giosi, e da allora a ben tre guerre tra i due stati e alla nascita del Bangladesh. Nola del curatore]

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do, sotto il con trollo centralizzato di un p artito com unista m ultietnico e m ilitante, il n azionalism o fu rid otto generalm ente a u n ’etnicità «cu l­turale» politicam ente insignificante.

Q uesta fase p erò non durò a lungo. B arcollan do so tto la feroce invasione delle arm ate hitleriane, Stalin e i suoi sco p riro n o che in co ­raggiare il nazionalism o era cruciale p er lo sforzo bellico. In un fa m o ­so discorso del 7 n ovem bre 19 4 1, il segretario generale del P cus cosi sp ro n a v a i su o i a sc o lta to r i: « C h e in q u e sta g u e rra c i is p ir in o le m aschie im m agini dei nostri grandi antenati A leksan d r N evskij, D m i- trij D on skoij, K u zm a M inin, D m itri P ozharskij, A leksa n d r S u vo ro v e M ikh ail K u tu zo v» 5. L a p rospera E u ro p a ha oggi d im enticato quanto d e v e sia a S ta lin , sia al n a z io n a lis m o ru s s o , p e r la d is tr u z io n e d e ll ’ im p e ro n azista . M a n e lle p e r ip e z ie d e l d o p o g u e rr a si r iv e lò im possibile unire all’U rss gli stati com unistizzati d e ll’E u ro p a dell’est. E così in iziò una p lu ra lizza zio n e di stati co m u n isti ch e p o rtav an o n om i nazionali. D o p o l ’E u ro p a d e ll’est ven n ero Y u g o sla v ia , C o rea del nord, C ina, C u b a e V ietnam , C am bo gia , Laos. N e l ’79 sco p p iò la prim a e - p u ò darsi - l’u ltim a guerra tra stati com unisti, quand o il V ietn am invase la C am bo gia e la C in a invase il V ietn am . U na lo gica storica era già visibile, anche se inosservata. Il nazionalism o p u ò esse­re con ten uto, ma n o n so ffo ca to o su p erato p er sem pre. C o sì, n egli anni ’80, l ’im pero so vietico stava im p lo d en d o co n la stessa in elu ttab i­lità co n cui si era dissolto quello di C hurchill.

N e l frattem p o , sem pre com e esito della seco n d a guerra m o n ­diale, collassarono gli im peri co lon iali bo rg h esi d i F ran cia, G ra n B r e ­tagna, O la n d a , B e lg io e in fin e P o rto g a llo , p o rta n d o alla fine degli anni ’70 a u n ’O rga n izzazio n e delle n azioni unite (O n u ) co n il q u a ­d ru p lo dei m em bri che m ezzo seco lo prim a avevano aderito alla p io ­nieristica L e g a delle nazioni.

L ’ ultim a rein carn azion e di un im p ero p rem o d ern o è la C in a, d o ve M ao Z ed o n g , sp ilu ccan d o dai libri sia di Stalin, sia dei F ig li del C ie lo , ten tò eroicam ente di creare un o stato socialista su fondam enta im periali. M a esso fu ch iam ato R e p u b b lica p o p o la re d i C in a e fin

'A leksandr Nevskij (1220-80) sconfisse l ’esercito svedese sulle rive della Neva nel 1240 e i cavalieri teutonici sul lago ghiacciato Peipus nel 1242; D m itrij D onskoj (1350- 89) sbaragliò i mongoli sulle rive del D on nel 1380; D m itrij Pozharskij (Demetrio il falso I I ) cacciò i polacchi da Mosca nel 1612, contribuendo così alla fondazione della dinastia Romanov; A leksandr Suvorov (1729-1800) fu il più importante generale di Caterina la G rande; M ichail K utuzov (1745-1813) - grazie a ll’energica propaganda tolstoiana - è d i solito considerato come l ’avversario vincitore di Napoleone nel 1812. In un altro discorso di qu ell’anno, Stalin parlò più diffusamente dei tedeschi come di «un popolo privo di coscienza e di onore, un popolo con una morale da bestie che ha l ’impudenza di voler distruggere la G rande Nazione russa, la Nazione di Plekhanov, L e nin , B e lin skij, C h e rn ich evskij, P u sk in , T o lsto ij, G lin k a , C h a iko v skij, G o rk ij e Cechov, di Pavlov e Cechinov... e Kutuzov».

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dall’in izio rap presentò un m isero ten tativo d i stiracchiare la p iccola, tesa p elle del n azionalism o su un im p ero m ultietn ico , m ultilinguisti- co e m ultireligioso. C i si ripresenta alla m ente la F rancia d egli anni ’50 che ancora in cludeva l ’A lgeria co m e parte della m etro p o li e che co m battè u n ’o rren dam en te b ru tale - e futile - guerra per m antenere questa situazione. E b en p o ssib ile che l ’im p ero d i M a o si sbricioli, p erlom en o ai bordi. T a iw a n è già in dipend en tre. Il T ib e t p u ò seguire e così forse le zon e turche e m o n go le della C in a2. N o n c ’è ragion e di pensare che gli u ltim i im p eri m u o ian o p iù serenam ente d ei lo ro p re ­decessori, o che le ricad u te del lo ro m o rire siano m en o torm entate.

I PREGIUDIZI

In questa p rosp ettiva che senso ha riflettere su tutto questo? Q u attro son o gli e q u ivo ci che, cred o , a n d reb b e ro scartati sin d a ll’in izio. Il p rim o è che quel ch e sta su cced en d o n el m o n d o è «fram m entazione» e «disintegrazione» - con tu tte le m in acciose, p ato lo g ich e co n n o ta ­z io n i ch e q u e sti term in i p o rta n o co n sé. Q u e s to lin g u a g g io c i fa dim enticare i decen n i o i secoli di vio len za ch e serviron o a costruire «stati integrati» alla F ran ken stein , com e il R egn o unito del 1900, che in c lu d e va tu tta l ’Irlan d a. N o n d o vrem m o co n sid e ra re p a to lo g ich e queste in tegrazioni qu an d o vediam o co n quanta calm a han no co esi­stito il R egn o unito e la rep u b b lica d ’Irlan da da qu an d o q u est’ultim a è stata fondata n el 19 2 1 , d o p o d ecen n i d i repressione vio lenta e resi­s t e n z a ? O q u a n d o o s s e r v ia m o la g u e r r a e la v io le n z a a ttu a li n e ll’Irlan da del n ord «integrata»? D ie tro il lin gu aggio della « fram ­m entazion e» si n asco n d e sem p re un con servato rism o pan glossian o che am a im m aginarsi ch e ogn i status q u o sia graziosam ente norm ale.

I l se co n d o p re g iu d iz io , co rre la to e cresciu to co l p rim o , ha a che ved ere con la re lazion e tra capita lism o, m ercati e gran d ezza degli stati. C o m m en ta to ri irriflessivi - a destra e a sinistra - spesso assu­m on o che «piccoli» paesi, co n lim itate risorse di m aterie prim e e di lavo ro , so n o n on «reali» o scarsam en te v iv ib ili di fro n te ai gigan ti industriali e alle esigen ze d e ll’econ om ia capitalistica m on diale. Q u e ­sto m o d o di p en sare risale assai a d d ietro nel m o d e rn o m e rca n tili­sm o, e fu rin fo rzato n el ’700 dal nazionalista am erican o A lex an d e r H a m ilton e, a m età ’800, dal nazionalista ted esco F ried rich L ist che a u sp ica v a «gran d i» stati n a z io n a li, a rg o m e n ta n d o ch e s o lo questi avevano m ercati interni abbastan za vasti da p erm ettere una «sovra­

2Certo, gli H an formano la gran maggioranza della popolazione cinese e questo pe­so demografico dovrebbe m ilitare contro le probabilità di separatismi. Ma non si do­vrebbe scordare le potenzialità di scissione politica tra gli stessi H an . N egli ultimi 150 anni la C in a è stata più a lungo divisa che unita.

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nità econ om ica» e una seria fo rza co m p etitiva in un m o n d o che si stava in dustrializzan do.

M a, seco n d o g li studiosi revisionisti, in u n ’econ o m ia m ondiale altam ente interconnessa so n o spesso i p icco li stati, om o gen ei etn ica­m ente e culturalm ente, a ottenere i m igliori risultati. In E u ro p a in ­d icano O lan d a, F inlan dia, N o rvegia , A u stria risp etto a Fran cia, Italia e R egn o unito. In A sia si p osson o co n trap p o rre C o rea del Sud, T h a i­landia, S in gapore a India, Indonesia, e Pakistan. L ’argom en to è sem ­p lice in fondo. E che in sim ili paesi p icco li e om ogen ei il senso della solidarietà n azionale è forte e ren de p iù facile ai lead er p olitici ch ie­dere sacrifici senza co ercizion e , svilu p p are re lazio n i in dustria li più sm ussate e scovarsi n icch ie sp ecializzate nella d iv ision e in tern azion a­le del lavoro. V iceversa, giganti co n gravi p ro b lem i interni, co m e Sta­ti uniti o In dia, a ffron tan o enorm i d iffico ltà p olitich e nel riconvertire e rinnovare l ’econ om ia nazionale.

L a terza illusione è che le «corporazioni transnazionali» abbian o reso obsoleto il nazionalism o: d o p o tutto, dice la gente, vediam o che la G en eral electric abban dona l ’A m erica dagli alti salari p er situare le sue fabbrich e in V en ezu ela e Zam bia, d o ve il lavo ro è a b u o n m ercato e dove assum e ven ezuelan i e zam biani com e m anager locali. Q u esto p u n to di vista trascura il fatto o vv io che i co n tro llori effettivi della G e n e ra l e lectric sono quasi tutti cittad in i am ericani, v iv o n o e sono attivi politicam ente n egli U sa e si co n trap p o n go n o alle «transnaziona­li» giapponesi, tedesche o francesi. L a lo ro in differenza allo stato dei lavoratori am ericani non è p ro p rio nuova, e per essa è p iù facile farla franca prop rio grazie alla gran de taglia degli Stati uniti.

Il quarto pregiudizio è che ci sia u n ’im perscrutabile connessione tra capitalism o e «pace», così che il «libero m ercato» sia istintivam ente contrapposto, non solo all’econom ia pianificata, m a anch e alla guerra. Q u e s t ’idea si sgon fia su b ito d i fron te a ll’evid en za storica . N e ll’800 nessun paese ha com battu to p iù guerre dell’Inghilterra «libero m erca­to». N ella seco n d a m età del ’900 n essun p aese h a co m b a ttu to p iù guerre d ell’A m erica che «vorrebbe-essere-libero-m ercato»; e am bedue le guerre m ondiali sono state istigate dai giganti capitalisti.

T u tte e q u attro queste illusioni so n o p ro fo n d am en te con serva­trici e, nella m isura in cu i i leader di gran di paesi v i cred o n o davvero, so n o p erico lo se p e rch é h an n o l ’e ffe tto cu m u la tiv o d ’in co ra g g ia re costoro a im m aginarsi di stare dalla p arte del p ro gresso e della pace, m entre i loro avversari stareb b ero dalla p arte del «m eschino» n a z io ­nalism o, cam panilism o e, spesso, «terrorism o». S o n o co sì in co raggia­ti a sguinzagliare la lo ro p rep o n d eran te p o ten za m ilitare p er far p re ­valere i p rop ri desideri. U n esem p io è la sanguinosa «integrazione» indonesiana della vecch ia co lonia p o rto gh ese di T im o r est che, tra il ’75 e l ’80, ha significato la m orte di un terzo della p op o lazio n e locale.

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O g g i, di fron te alla sem pre p iù coraggiosa resistenza a q iiest’«mtegra- zione», il regim e di Jakarta si attrezza p er una m aggiore repressione c o n t r o « d is g r e g a z io n is t i» , « s e p a r a t is t i» , e d « e le m e n t i a n ti- indonesiani». C h iu n q u e è in grado di capire che la violenza sp arireb­be di b o tto n el m in uto seco n d o in cui Jakarta accettasse d i a b b an d o ­nare T im o r est e lasciasse so lo il suo infelice ed eroico p o p o lo .

IMMAGINARI MODERNI

M a cosa spiega il trascinan te p o tere del nazionalism o e del p iù gio va­ne, e m o lto m en o risp ettabile , rap p o rto di etnicità? E com e sono co l­legati i due? N o n resiston o a un serio esam e le due sp iegazion i co r­renti. U n a è che nazionalism o ed etnicità sono effetti d e llo scon ten to eco n o m ico e della p overtà. E vero ch e m olti m ovim en ti n azionalisti ed etn ici si son o ed ificati con questo sco n ten to o lo han no sfruttato. M a lo stesso scon ten to ha suscitato un am pio sp ettro di altri m o vi­m en ti so cia li, sp esso in co m p e tiz io n e co l n azio n alism o: so cia listi, com un isti, religiosi e così via. A n ch e se questi antagonisti del n azio ­nalism o sem brano oggi, p e r diverse ragioni, aver perso, alm en o p er ora, il lo ro p o tere id eo lo g ico . Q u in d i nazionalism o ed etn icità han no fo rti p ro b a b ilità d i p re n d e re il lo ro p o sto : lo ve d ia m o in E u ro p a orientale, d o ve i fedelissim i dello stalin ism o si stanno ric ic lan d o in n azio n a listi sfegatati. L ’ altra sp iega zio n e, p ro p ag an d a ta d ai lead er p o litic i dei m ovim en ti nazionalisti ed etn ici è che essi rap presen tan o la m em o ria storica e la com un ità tradizion ale. In v ece qu esti m o vi­m en ti son o fru tto di im m aginari prop riam en te m o d ern i e n essun o di lo ro p u ò risalire p iù in d ietro della fine del ’700. L a verità è che p ro ­p rio la m o d ern ità dà o ggi un tale p o tere al nazionalism o e a ll’etnicità.

I due fattori p iù sign ificativi che han no gen erato nazionalism o ed e tn icità so n o stre tta m en te co n n essi al so rg ere d e l cap ita lism o: som m ariam ente, co m u n icazio n i di m assa e m igrazion i di m assa. F in o all’ 800, la stragran de m aggioran za delle p erson e n egli stati p iù avan­zati n on sapeva né scrivere né leggere e v iveva e m oriva v ic in o a dove erano vissuti e m orti i suoi avi. M a il capitalism o, sp ecialm en te q u el­lo industriale, ha ca m b iato tu tto questo , prim a in E u ro p a e in A m eri­ca, p oi, con velocità crescen te, nel resto del m ondo.

II capitalism o, co llegato alla tecn ologia della stam pa, aveva già creato ai suoi albori un ’im pressionante p ro d u zio n e di lib ri nelle lin ­gu e volgari. N e ll ’800 a p p a rve il g io rn ale di m assa, co n su m ato non so lo dalle classi m edie lettrici di libri, m a dalle crescenti classi lavo ra­trici che, a d ifferen za dei lo ro p red ecessori rurali, d o veva n o a lfab e­tizzarsi p er fu n zio n are in m o d o efficace n elle fab b rich e e nei nuovi con testi urbani. C o scie n ti delle necessità di m an o d o p era qualificata da parte del capita lism o e da parte d elle p rop rie m acch in e di guerra

in d u s tr ia liz z a te e b a sa te su lla c o s c r iz io n e o b b lig a to r ia , i g o v e rn i co m in ciaro n o a svilu p p are m od ern i sistem i sco lastici con m anuali, cu rrico li ed esam i stan d ard izzati n elle lin gu e n azio n ali dom in an ti. In siem e al d iffo n d ersi delle d ottrin e p o litich e di rep u b b lica n ism o , liberalism o e d em ocrazia p o p o lare , il capitalism o-a-stam pa creò un p u b b lico di m assa che com in ciò a im m aginarsi, attraverso i m edia, un n u o vo tip o di com unità: la nazione. N e l ’900, co n lo svilup p o di radio e televisione, questi im pulsi sono stati enorm em ente rinforzati e si d iffo n d o n o an cor di p iù p erch é i lo ro m essaggi sono accessib ili a p erso n e ch e n on han no più b iso gn o di essere alfabetizzate nella lin ­gu a nazionale dom inante - e p er di p iù sono m essaggi d i u n ’im m e­d iatezza co lloquiale, auditiva e visiva, co n cu i lo stam pato non p u ò com petere.

MIGRAZIONI DI MASSA E MERCATO DEL LAVORO

A n c h e la m igrazio n e di m assa ha a cq u isito un n u o v o carattere n ei tem p i m od ern i p erch é è stata causata m en o dai disastri e dalla g u er­ra, che dallo svilu p p o capitalista di trasporti sem pre p iù rapidi a lu n ­ga distanza. T ra il ’600, il ’700 e l ’SOO, m ilioni di e u ro p ei m in im a­m ente liberi e di africani schiavizzati, attraversarono l ’A tla n tico verso l ’A m e rica . N e ll ’800, si p ro d u sse un o stra o rd in a rio flu sso di n o n ­e u ro p ei da con tin en te a continente. C in esi in C aliforn ia , sud-est asia­t ic o e A u stra lia . In d ia n i in S u d am e rica , A fr ic a , O c e a n ia e S u d est asiatico. E p o i arm eni, libanesi, arabi e tanti altri. A i n ostri g iorni il ritm o è p iù v e lo ce e p u ò an co ra accelerare , grazie a tren o , aereo, autobus: co rean i in C an ad a, filipp in i in Italia, thailandesi in G ia p p o ­ne, turchi in G erm an ia , caraibici in In gh ilterra, algerini in Fran cia, a decin e se non a centinaia di m igliaia. C erto , m olti sono «spinti» dalla repression e p oliziesca in patria, m a la m aggior parte è «tirata» p ro ­p rio da quella forza — il m ercato - che G e o rg e B ush im m agina com e una fo rza di p ace e di ordine, m a che tutta la storia m odern a m ostra essere l ’ istituzione p iù sovversiva che n oi conosciam o.

I co rp i um ani, trascinati nel vo rtice del m ercato, n o n sono sem ­p licem en te u n ’altra form a di m erce. C o m e segu o n o la scia di gran o e oro , gom m a e tessili, p etro lch im ica e ch ip di silicio, cosi p o rtan o con sé m em orie e abitudini, cred en ze e usi culinari, m usich e e desideri sessuali. E queste caratteristiche che, n ei paesi d ’origine, son o p o rta ­te co n leggerezza e quasi in consciam en te, acquistan o u n risalto dra­sticam en te diverso nelle d iaspore della vita m oderna. N o n è un caso se storicam en te il nazionalism o ha avu to il suo eso rd io storico nelle A m erich e tra i d iscendenti di scozzesi e castigliani che co n d ivid eva­n o lingua e religione co n scozzesi e sp agn oli d ’E u ro p a , m a quasi m ai avevano visto Scozia e C astig lia. L e m adripatrie pensavano a essi con

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sp rezzo co m e «co lo n ia li» o « creoli» - p o ic h é era n o e u ro p ei n o n ­e u ro p ei — e q u est’identità sfrattata, im p osta, fin ì co l fon dersi a un attaccam en to p er la prop ria casa n on -europ ea, sino a creare la p ossi­b ilità di d iven ire m essican i, ven ezu elan i e «am ericani». M a questa g e n te era stra o rd in ariam en te fo rtu n ata r isp etto ai su ccesso ri. P e r quanto «sviliti» fossero agli o cch i d e ll’ im p ero m etro p o litan o , erano p u r tuttavia «bianchi», p arlavan o lin gu e eu ro p ee e cred evan o in re li­g io n i eu ro p ee . N o n p o te v a n o essere trattati co n la p ien a b ru talità inflitta a indiani, a fricani e asiatici. P e r di p iù seguivan o il m ercato fuori dalla m adrepatria, n o n d en tro di essa. N e lle A m erich e d iven n e­ro rap id am en te p ad ro n i delle p o p o la zio n i in digene. (D o p o l ’in d ip en ­denza dalle m adripatrie, in co raggiaro n o n u o ve im m ani im m igrazion i d a ll’E u ro p a n on -britan n ica e n on -sp ag n o la p er co n so lid a re questo d om in io e p er p ro m u o vere l ’a ccu m u lazion e in un co n testo di grande scarsità di forza lavoro). In seguito, so lo in A ustralia , N u o v a Z e lan ­da, C an ad a e S u d A fr ica p o tè essere segu ito il lo ro esem pio. In tutte le successive m igrazion i d i m ercato, la gen te si è m ossa dalle p eriferie verso i centri, n on ha avuto altra scelta se n on quella di essere su b o r­dinata e m ai è stata vista n ean ch e com e un «eu rop eo svilito».

L a dim ension e e la v e lo cità di queste m odern e m igrazion i gu i­date dal m ercato ha reso difficilissim e tutte le form e tradizion ali di assim ilazione graduale ai n uovi contesti. D i fron te allo sm arrim ento di am bien ti alieni c ’era da aspettarsi ch e gli im m igrati si sarebbero rivolti l ’un l ’ altro p er un re c ip ro co aiuto eco n o m ico e m orale: e così si so n o ra g g ru p p a ti in gh etti p ic c o li o gran d i, a D e tro it , B erlin o, H u d d ersfie ld , Sào P a u lo o M arsiglia. P iù seriam ente, il capitalism o li ha p arad o ssa lm en te la scia ti in m a n o e in p o te re d e lle lo ro p atrie d ’origine. D a un lato p otevan o, in teoria, facilm ente tornare in patria con gli stessi treni, aerei, autobus che li avevano evacuati dalle p ro ­p rie case. T e le x , te le fo n o e posta li h a n n o in co raggiati a restare in co n tatto in un m o d o in im m aginabile n ei seco li p receden ti. C o sì, m ol­ti di lo ro han no so gn ato una m igrazion e circolare, u n ’andata e ritor­n o, p iù ch e ce rca re di a ccasarsi in una n u o va p atria p erm an en te, anche se alla fine era a questa che si trovavan o incollati. M a n on era­n o so lo m em o rie lo ca li e fam iliari q u e lle ch e p o rta v a n o co n sé. Il capitalism o ha avuto un suo m od o p er aiutarli a im m aginarsi un ’ iden ­tità p iù m ediata. R icord ate la fam osa fo to grafia di un Gastarbeiter del P e lo p o n n eso , sedu to ab b acch iato n ella sua stanzetta in u n ’anonim a città in d u stria le ted esca - S to cca rd a fo rse? L a stan zetta è spoglia, tranne che p er un p o ste r del P a rten o n e p ro d o tto dalla L u fth an sa, con una scritta, in tedesco, ch e invita chi guarda ad andare in vacanza in G re c ia . E vid en te m e n te il P a rte n o n e d e lla L u fth an sa n o n è una m em o ria reale p e r il m a lin co n ico la vo ra to re . L u i l ’ha m esso sulla p arete co m e segno della « G recia» e, n ella sua m iseria d i S toccarda,

di u n ’«etnicità» che so lo Sto ccard a lo ha in coraggiato a im m aginare.D a l la to o p p o s to , la co m p a rsa , n e lle co m u n ità resid en ti, di

m ig lia ia d i im m ig ra ti, n o n m a n c ò e n o n m a n c h e rà d i p r o d u r r e u n ’etnicizzazione sim m etrica. In Fran cia, il m ovim en to neofascista di L e P en trova la sua base p iù forte tra due gruppi che una volta erano visibilm ente antagonisti tra loro: i lavoratori, un tem p o fedeli m ilitanti del P artito com unista francese, m a i cui quartieri d iroccati sono esat­tam ente quelli in cui i poveri im m igranti sono spinti ad am m ucch iar­si; e gli ex p ied -n o in (i coloniali «bianchi») che lasciaron o l ’A lgeria nel 1962 e che, nonostante i lo ro avi m altesi, italiani, spagnoli, levanti­ni, si sentono p iù che m ai francesi; i neonazisti e gli skinhead dietro a lle recen ti v io le n ze n ella G erm a n ia un ita, il F ro n te n azio n a le nel R egn o unito, gli estrem isti di «P otere B ianco» n egli Stati uniti - che p ro p ag an d a n o se stessi e tn icam en te co m e i veri ted esch i, inglesi o am ericani - sono in parte risposte ai flussi di lavo ro creati su scala di m assa dal capitalism o m ondiale con tem poraneo.

LA MARCIA DEGLI ESERCITI

P e rò c ’è un altro m o d o in cu i il m ercato dà il suo co n trib u to al n u o ­v o d iso rd in e m o n d ia le e in te ra g isce sp esso co n g li a sp etti o r o ra m enzionati. A g li in izi d e ll’in dustrialism o, le in dustrie bellich e n egli stati o ccid en tali avanzati o p eravan o p er lo p iù fu o ri m ercato. A v e v a ­n o d i so lito un so lo g ra n d e c lie n te , lo stato; p ro d u c e v a n o m e rc i seco n d o le sp ecifiche del cliente, caricavano p rezzi am m inistrati ed e ra n o , a ca u sa d e lle riv a lità im p eria li, c irc o n d a te da un m u ro di segretezza. M a, in to rn o al 1880, a lcun i di questi giganti degli arm a­m enti, p er esem p io A rm stro n g in G ra n B retagna e K ru p p in G e rm a ­n ia , in fra n sero la m o rsa m o n o p o lis tic a d e llo s ta to e in iz ia ro n o a costruire un neon ato m ercato m o n diale delle arm i. I clienti di questo lib e ro m erca to era n o n o rm a lm en te stati p e r ife r ic i, d e b o li, agrari, in cap aci di dotarsi d egli im pian ti ch im ici e m eta lm eccan ici ad alta tecn o lo gia necessari p er fabb ricarsi da soli arm i m o d ern e su scala di m assa. C o sì le arm i inglesi e am erican e flu iro n o verso gli stati su d a ­m ericani app en a d iven uti in d ip en d en ti e le arm i ted esch e soprattuto verso l ’E u ro p a orientale e l ’ im p ero o ttom an o. Q u e sto p ro cesso subì u n ’accelerazion e im provvisa d o p o la prim a guerra m on diale, fo n d a ­m entalm en te p er d u e ragion i. L a prim a era il collasso degli im peri asbu rg ico, ottom an o, dei R o m an o v e degli H o h e n zo llern e la su cces­siva p roliferazione, dalle lo ro rovine, d i una m o ltitu d in e di n uovi sta ­ti-nazion e deboli, rurali e d u n q u e totalm ente in cap aci di autoarm ar- si. L a seco n d a ragio n e stava nella n u o va ve lo c ità co n cu i i sistem i d ’arm a diventavano o b so leti m an m an o che s ’accelerava il ritm o d e l­le invenzioni: nello sp azio di una gen erazion e, aereoplan i, so tto m ari­

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ni, carri arm ati e gas tossici avevano fatto tutti la lo ro app arizion e. L e gra n d i in d u strie b e llic h e si d e tte ro co sì al business d i v e n d ere al n u cleo d u ro della p ro p ria clien tela m acchin ari di gu erra p iù avanzati e p iù costosi p ossib ile , m a anch e di ven dere serie di p ro d o tti o bso leti e p iù econ o m ici sul m ercato m ondiale.

L a lo g ica so g g ia ce n te a qu esti sv ilu p p i a ccre b b e la sua fo rza d o p o la secon da gu erra m on diale, q u an d o l ’in n ovazion e tecn ologica su b ì u n ’ulteriore accelerazion e. M a d u e n u o ve co n d izio n i aggravaro­n o in m o d o sostanziale la situazione. D a un lato, com e esito della cri­si p etro lifera del 19 73, il m o n d o co m p ren d e, p er la prim a volta, stati agrari, d eb o li m a im m ensam ente ricch i, co m e A ra b ia saudita, Iran e Iraq , co n un p o te re d ’acquisto tale che p o sso n o co m p rare arm i di «prim a classe». D a ll’a ltro lato, l ’in izio della guerra fred d a lan ciò le d u e s u p e rp o te n z e in un a lo tta g lo b a le , co m b a ttu ta il p iù so ve n te a ttraverso d e lega ti p erife ric i p ro p rio p e rch é le d u e p o te n z e eran o atterrite a ll’ idea d i una guerra n u cleare tra di loro . C o m e elem ento costan te della p o litica statale, sv ilu p p aro n o program m i d i assistenza m ilitare su vasta scala e p er lo p iù fu o ri dal m ercato in tern azion ale, dato che i con ti dei lo ro b eneficiari erano spesso p agati dalle stesse su p erp o te n ze. D a qu i le m assiccie co rse agli arm am en ti n egli anni ’60, ’70 e ’80 nel M e d io orien te , n e ll’A sia del sud e del sudest, in A m erica latina e p ersin o in A frica . L a natura della con tesa tra super- p o te n ze spinse am bo le parti a ven d ere o regalare arm i assai so fistica­te a c lien ti-co n su m ato ri che n on eran o go vern i di stati-azio n i, m a gu erriglie , ribelli, terroristi e con troterroristi in q u alu n q u e region e in cu i fosse egem on ica la su p erp o ten za rivale. R ico rd iam o le op erazion i am erican e co n tro C u b a , A n g o la e A fgh an istan , so tto in flu en za so vie­tica, e le op erazion i so vietich e co n tro S u d A fr ica e A m erica latina, so tto in flu en za am ericana. In m olti di questi casi, l ’ap p o gg io m ilitare d elle su p erp o ten ze era fo rn ito a gru p p i che, in m aggio re o m in ore gra d o , d efin ivan o se stessi in term in i n azion alisti, e tn ici o razziali. (Q u e ste ten tazioni fu ro n o p articolarm en te forti in A sia e A frica: lì gli im perialism i d e ll’800 e d e l p rim o ’900 avevano p ro d o tto u n ’«integra- z io n e » — im p o s ta d a l le g r a t e d ’ a c c ia io d e l c o lo n ia l is m o - d i u n ’im m ensa varietà d i p iù an tichi regim i, g ru p p i e tn o -lin g u istic i e com un ità religiose3. P e rc iò gli stati-successori, nati d o p o la secon da gu erra m on diale, erano p articolarm en te vu ln erabili alla m a n ip o lazio ­ne esterna d i sen tim en ti etnici).

L ’e se m p io d e lle d u e s u p e r p o te n z e fu s e g u ito a ru o ta d a lle p o te n z e in term edie: p ic c o li p aesi in d u stria li co m e F ra n cia e G ra n

3H grande storico dell’A frica R oland O liver descrive la spartizione del continente nell’ultim o quarto d e ll’800 come «uno spietato atto di amalgamazione politica, dove qualcosa dell’ordine delle diecimila unità fu ridotto a una semplice quarantina».

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Bretagna; stati app en a industrializzati, m a che go d evan o di relazioni speciali con le su p erp o ten ze, com e Israele o Iran. A lm en o alcun i di q u e sti p aesi h a n n o c e rc a to d i n u c le a r iz z a rs i, m a lg ra d o g li s fo rz i d e ll’attuale club ato m ico p er m antenere la sua esclusività d ’iscrizio ­ne. Infine, un b u o n n u m ero di stati del T e rzo m o n d o , si son o rivelati assai p ro n ti a d irottare arm i ricevute o com p rate dalle gran di p oten ­ze p e r regalarle a gru p p i am ici di o p p o sizio n e in stati vic in i co n cui a ve va n o co n ti da re go la re (p er esem p io , l ’a p p o g g io m ilitare della T an zan ia agli o p p o sito ri d i A m in D a d a in U gan d a o le arm i forn ite d a ll’In dia alla prim a ribellione b engalese co n tro il v ecch io Pakistan).

F in o a un ce rto p u n to è p lausibile sostenere ch e la fin e della gu erra fredda e l ’im p lo sio n e d e ll’U n io n e sovietica rid uca in qualche m isura il flusso di arm i nel m on do. M a il co n trib u to di M osca a q u e­sto flusso è sem pre stato di gran lunga m in ore di q u ello di W a sh in g ­ton da sola, p er n on parlare di tutto l ’O ccid en te . N e llo stesso tem po, m ezzo seco lo di guerra fred d a ha creato enorm i co m p lessi m ilitar- in dustriali in O ccid en te , ch e resisteranno con tutta la lo ro p o ten za ai ten tativi d i ridurre il loro peso, e p er cu i il m ercato m on diale degli arm am enti - con i su o i form idabili n uovi clienti d e ll’E u ro p a d e ll’est— co n tin u a a costitu ire u n ’ irresistibile calam ita. L a stessa p ro d u zio n e di arm i è rap idam en te straripata fuori dai paesi p ro d u tto ri trad izio ­nali - in Brasile, A rgen tin a , Israele, India, C in a, e p ersin o in posti com e T h ailan dia e In don esia. P u ò anch e succedere che l ’attenuarsi d e l tim ore m on diale d i un gran de o lo cau sto ato m ico alim enti u lte­riorm en te il m ercato con venzionale, visto che la sp inta a ven dere è m en o in ibita da gran di con sid erazion i strategiche e/o m orali.

D a g li inizi del nazionalism o, la cui cultura era basata su ll’idea d i sovranità p o p o la re , era accettato a p riori che u n o dei garanti cen ­trali della realtà di questa sovranità fosse un esercito nazionale. M a an ch e in forti sistem i industriali, co m e G erm an ia , F ran cia e G ia p p o ­ne, questi eserciti n azionali han no p resto avu to un ru o lo centrale n el­la politica interna. N ei d e b o li stati p eriferici, i m ilitari, in gran parte arm ati e addestrati da stranieri, erano ancora p iù p ro p en si a volgersi agli a ffari interni, com e m ostra l ’esperienza ottocen tesca d e ll’A m eri- ca latina. O g g i il m o n d o è p ien o di eserciti nazionali che n on hanno m ai co m b a ttu to un n e m ico estern o m a co n tin u a n o a to rm en tare i p ro p ri con cittadin i.

T ra le m olte ragioni di questa introversione van no enum erati, so prattu tto nella periferia ex-colon iale , lo stesso p ro cesso di d e co lo ­n izzazio n e e le ten tazio n i che suscitava l ’assenza gen erale di p oteri interni co n tro b ilan ciam i in n azio n i p overe, deboli e ancora pesante­m ente rurali. In p rim o lu o go , q u an d o i p o teri im periali in iziaron o a creare eserciti locali n elle co lon ie, li addestraron o a sco p o di co n tro l­lo in tern o. P e r esem p io, i fu cilieri b irm an i erano destin ati a essere

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schierati solo nella Birm ania britannica e contro la resistenza interna birm ana al dom in io britannico. In seco n d o lu o go , p er o w ie ragioni p o litich e, reclutaron o su base p esantem en te etnica, p riv ilegian d o di solito m inoranze deboli e/o cristiane: le «razze guerriere» in India, gli am bonesi nelle In die olandesi, i karens in Birm ania, i berberi in A lg e ­ria, gli ib o in N igeria, e così via. Q u in d i il trasferim ento di sovranità creò spesso un antagonism o fondam entale e perico loso tra una m in o­ranza etn ica che co n tro llava la p iù p o te n te o rg a n izza zio n e in tern a (l’esercito) e m aggioranze o m olteplicità che reclam avano il potere sta­tale sulla base di elezioni popolari e go vern o rappresentativo. A n ch e d o ve non ci sono stati su b ito co lp i di stato, i m ilitari erano tro p p o im portanti per i n uovi governi nazionali p er non tentare di prendere il con trollo del reclutam ento del corp o ufficiali. N elle m igliori co n dizio­ni, cioè dove i m ilitari aderivano a qualche genuina con cezione della rap p resen tan za n azio n a le , le m a ggio ran ze etn ich e m in accia v an o le ancora potenti m inoranze all’interno d e ll’esercito con l ’erosione, a lun ­go term ine, della lo ro influenza e forse della loro capacità di aiutare m em bri della propria etnia in tem pi d i difficoltà. In altri casi, com e in A m erica latina, il reclutam en to del co rp o ufficiali era p esantem en te fon dato su criteri etnico-razziali, che di so lito esclu devan o gli indios e favorivan o creoli e m eticci delle classi m edie e m edio-superiori. N o n stu p isce che, nella periferia, gli eserciti siano stati sistem aticam ente usati p er m an ten ere al p o tere stru ttu re che, n on o stan te la reto rica nazionalista, sono state p rofondam ente etnicizzate. A n co r m en o stupi­sce che lo scontento — e la ribellione - con tro tali status quo definisca se stesso in term ini etnici, quasi-etnici, razziali.

E c c o quindi, m algrado la guerra fred d a sia finita, le p erico lo se con vergen ze, ch e già erano em erse nel seco lo scorso, m ostrare segni di n u o vo sviluppo: p ro liferazio n e del m ercato delle arm i, m itizzazio ­ne dei m ilitari co m e sim boli e garanti sin e qua non d e lla sovranità nazionale, ed etn icizzazion e del co rp o ufficiali.

NAZIONALISMO IN TELESELEZIONE

Son o qui al lavoro p ro fo n d e fo rze econ om ich e, sociali, culturali, su cui le leadership p o litich e, anch e n egli avanzati stati «dem ocratici» , h an n o un co n tro llo so lo m arginale. P e r sen tire queste fo rze n o n è n ecessario uscire d a ll’E u ro p a. In linea d ’aria, B elfast è a m en o di 500 chilom etri da L o n d ra , m a p er 25 anni è stata un ca m p o di battaglia, n on ostan te i britann ici abbian o usato co n tro l ’Ira tra i p iù sofisticati m eto d i di antiguerriglia u rban a, e n on ostan te l ’azione repressiva di lead er aggressivi com e M argaret T h a tch er. L ’Ira sopravvive non solo a causa del fascino nazionalista che esercita localm en te, o a causa dei suoi m eto d i spietati, m a p erch é si è con quistata un sostegn o p o litico

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fin an ziario n egli Stati un iti e nella stessa In gh ilterra e ha o tten u to arm i sul m ercato internazionale, addestram ento e su p p o rto in form a­tivo dalla L ib ia e dal V ic in o oriente. B elgrad o è a m en o di 1.000 ch i­lom etri da B erlin o, capitale del p iù p o ten te stato eu ro p eo e p erno d ella C o m u n ità europea. M a B erlino, la C ee, gli U sa sem bran o im p o ­tenti di fron te alla guerra civile che sta d istru ggen d o la vecch ia J u g o ­slavia. B e lgrad o è il quartier generale di un sedicen te esercito « n azio­nale» che era ed è sp rop orzion atam en te serbo e che ora è usato per scopi serb i p iù che jugoslavi. D ’a ltro canto, i p olitici croati sono stati attivissim i sul m ercato m on diale delle arm i e han n o ricevuto risorse sostanziali dalle com unità croate em igrate in giro p e r i i m on do.

Q u e s te is ta n ze m o stra n o ch e il n a z io n a lism o n o n è a ffa tto o bsoleto . A l contrario, n egli ultim i 150 anni, le vaste m igrazion i p ro ­d otte dal m ercato, dalle guerre e dall’op p ressio n e h a n n o p ro fo n d a ­m ente in crin ato quel che una volta sem brava una co in cid en za «natu­rale» tra sentim ento n azionale e risiedere p er tutta la vita nella terra m adre, o terra padre. In questo p ro cesso sono state gen erate etnicità che segu o n o i n azionalism i n e ll’ord in e storico , m a ch e o ggi sono co l­legate ai nazionalism i in m od i com p lessi e spesso esplosivi. E cco p er­ché alcuni dei p iù duri «nazionalisti irlandesi» d e ll’Ira v iv o n o le lo ro vite d i irlandesi negli Stati uniti. L o stesso su cced e p er m olti ucraini residen ti a T o ro n to , tam il a M elb ou rn e, giam aican i a L o n d ra , croati a Sidney, eb re i a N e w Y o r k , vietnam iti a L os A n g ele s e tu rch i a B e r­lin o . P u ò ben essere ch e ci troviam o di fro n te a un n u o v o tip o di n azionalista: «il nazionalista in teleselezione » si p o tre b b e chiam arlo. B en ch é tecnicam ente cittadin o dello stato in cui vive com odam en te, m a a cui lo lega un o scarso attaccam en to, egli è d avvero ten tato di g io ca re alle identità p o litich e p a rtec ip a n d o (con la p ro p ag an d a , il denaro, le arm i, in ogn i m o d o tranne che co n il voto) ai con flitti della sua H eim at im m aginata, ora distante solo uno squillo di telefon o. M a q u esta p artecip azion e senza cittadinanza è in evitab ilm en te irresp o n ­sabile: il n o stro ero e n o n d o vrà risp o n d ere d e lla p o lit ic a a lu n ga distanza che egli in trapren de, né dovrà p agarne il p rezzo . E sarà faci­le p red a dei m anipolatori p o litici a ll’o p era nella sua patria sognata.

’ [ L ’espressione inglese è long-distance nationalist, e il termine long-distance indica le chiamate In teleselezione. Nota del curatore]

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