Unamuno lingüista

Vicente González Martín

A n t e s d e e n t r a r en m a t e r i a es i m p r e s c i n d i b l e a c l a r a r a lgo ace rca del t í tu lo del a r t í c u l o . El t é r m i n o lingüista a p l i c a d o a U n a m u n o n o d e b e res t r ing i r se ú n i c a m e n t e a la a c e p c i ó n c o n c r e t a q u e hoy t iene, s ino q u e d e b e e n t e n d e r s e c o m o u n c o n c e p t o m á s a m p l i o — y a c o r d e con la m e n t a l i d a d d e d o n M i g u e l y su é p o c a — q u e a b a r c a u n a ser ie d e a c t i t u d e s hac i a el lenguaje , las cua les p o d r í a n eng loba r se t a n t o en la L i n g ü í s t i c a , c o m o en la Fi lología , c o m o en la Filosofía del L e n g u a j e . V e r e m o s , sin e m b a r g o , c ó m o U n a m u n o t i ende a calif icar su ac t i v idad c o m o l ingüís t ica s i e m p r e q u e t r a t a el t e m a del l engua je .

N o es la p r e t e n s i ó n d e este a r t í cu lo t r a t a r t o d a la p r o b l e m á t i c a del t e m a . Es u n t r a b a j o a r d u o q u e estoy r e a l i z a n d o , q u e r e b a s a los l ími tes d e u n a r t í cu lo d e revis ta . D e t o d a s m a n e r a s i n t e n t a r é fijar lo m á s de f in i t i vamen te pos ib le a lgunos a spec tos esenc ia les c o m o son la c rono log ía d e su l a b o r en t o rno al l enguaje y las fuentes d e sus ideas l ingü í s t i cas . Dejo p a r a u n t r aba jo pos te r io r el aná l i s i s p o r m e n o r i z a d o d e e s tud ios u n a m u n i a n o s concre tos sobre hechos l ingüís t icos p a r t i c u l a r e s y sobre su vis ión d e la l e n g u a y los d ia lec tos e spaño les .

C o n t o d o ello p o d r e m o s t ene r u n a vis ión d e con jun to d e u n a a c t i v i d a d q u e se d e s a r r o l l ó m u y t e m p r a n o en U n a m u n o y q u e fue u n a c o n s t a n t e — a pesa r d e los a l t i b a j o s — d e t o d a su v ida .

A) Estudios acerca de la actividad lingüística de Unamuno

L a r ica y y a cop ios í s ima bibl iograf ía en t o r n o a la v i d a y la o b r a d e M i g u e l d e U n a m u n o n o p o d í a o lv ida r u n a faceta t an i m p o r t a n t e d e n u e s t r o a u t o r : su p r e o c u ­p a c i ó n p e r e n n e p o r el l enguaje .

Y s in e m b a r g o , a excepción del i n t e r e san t e e s tud io d e F e r n a n d o H u a r t e M o r -ton , El ideario lingüístico de Miguel de Unamuno ' , m u y pocos t r aba jos ac tua l e s se h a n h e c h o s o b r e es ta faceta d e la ac t i v idad u n a m u n i a n a . I n c l u s o el m i s m o d e H u a r t e , h e c h o en 1954, es tá ya a n t i c u a d o , p o r q u e a p a r t i r d e esa fecha son m u c h o s los escr i tos del R e c t o r d e S a l a m a n c a — b a s t a n t e s d e t e m a l i ngü í s t i co— q u e h a n ido a p a r e c i e n d o y q u e a c l a r a n , m a t i z a n , c a m b i a n y c o n t r a d i c e n m u c h o d e lo e x p u e s t o p o r H u a r t e M o r t o n . Así se p u b l i c a r o n po r p r i m e r a vez en 1965 las c a r t a s d e U n a ­m u n o a P e d r o d e M ú g i c a 2 , impre sc ind ib l e s p a r a el c o n o c i m i e n t o exac to d e la ini-

1 En «Cuadernos de la Cátedra Miguel de Unamuno» , Salamanca, 1954. 2 La edición por mí manejada es la de Cartas inéditas de Miguel de Unamuno (recopilación y prólogo de

Sergio Fernández) , Ed. Rodas, 2." ed., Madrid, 1972.

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d a c i ó n y l ingüís t ica d e U n a m u n o y las r azones d e d e d i c a r s e a esos t r aba jos . Pos te ­r i o r m e n t e , en 1977, B a r b a r a D . H u n t l e y y P i la r Lir ia e d i t a r o n la Gramática y glosario del poema del Cid 3 , t r aba jo en el q u e U n a m u n o — q u i z á la ú n i c a v e z — p u s o t o d o su e m p e ñ o y c a p a c i d a d f í lológico-l ingüíst icas. Y, po r ú l t imo , m u l t i t u d de a r t í cu los , d e c a r t a s y m a n u s c r i t o s h a n ido o r d e n á n d o s e y p o n i é n d o s e a d i spos ic ión del i n v e s t i g a d o r 4 .

E s t o n o q u i e r e dec i r q u e no h a y o t ros in t en tos d e a n a l i z a r la l a b o r u n a m u n i a n a en t o r n o al l engua je , a u n q u e sean l imi t ados . Así d e b e n m e n c i o n a r s e a d e m á s los t r aba jo s d e d o n M a n u e l G a r c í a B lanco , Don Miguel de Unamuno y la lengua española 5y « U n a m u n o , profesor y filólogo(>; C a r l o s B lanco A g u i n a g a , Unamuno, teórico del lenguaje ' ; Adolfo H e r n á n d e z J i m é n e z , Unamuno y la filosofía del lenguaje 8 , e tc .

F a l t a n , p u e s , t r aba jos serios sobre es ta faceta d e un escr i tor q u e con M e n é n d c z P i d a l t u v o el m é r i t o d e i n t r o d u c i r el anál is is científico en t o rno al l enguaje en la E s p a ñ a de l siglo X I X .

B) Crónica de la actividad lingüística de Unamuno

El p e n s a m i e n t o d e n u e s t r o a u t o r en c u a l q u i e r a de los t e m a s po r él t r a t a d o s d i f í c i lmente se suje ta a u n e s tud io g lobal , ya q u e su forma d e ver la r ea l idad del m u n d o en gene ra l no fue un i fo rme, s ino q u e es tuvo sujeta a f recuentes y p ro fu n d as v a r i a n t e s . D e a h í q u e la me todo log í a del e s tud io de su visión del lenguaje d e b i e r a h a c e r s e l i m i t á n d o s e a pe r íodos m á s o m e n o s h o m o g é n e o s . Sin e m b a r g o , esa ser ía la l a b o r d e u n l ibro y no d e un a r t í cu lo ; po r t a n t o yo i n t e n t a r é d a r u n a p a n o r á m i c a g l o b a l d e su a c t i v i d a d y p e n s a m i e n t o l ingüís t ico , a u n q u e sea en d e t r i m e n t o d e u n a m a y o r p r o f u n d i d a d .

D o n M a n u e l G a r c í a B lanco en el epí logo al t o m o V I de las Obras Completas d e U n a m u n o (edic ión Afrodisio A g u a d o , 1958) d i s t i ngue en la ac t i v idad l ingüís t ica u n a m u n i a n a t res pe r íodos : h a s t a 1900 escarceos lingüísticos, d e 1907 a 1924 jugueteos etimológicos, y d e 1930 a 1936 intermedios lingüísticos. E s t a divis ión p r e s u p o n e u n a c r eenc i a en la d i s c o n t i n u i d a d d e tal l abo r y está b a s a d a ú n i c a m e n t e en los a r t ícu los p u b l i c a d o s y conoc idos h a s t a 1958.

A mi e n t e n d e r la c ronología , a la vis ta de los ma te r i a l e s hoy d i spon ib les y d e la d e d i c a c i ó n p r e d o m i n a n t e , p o d r í a es tab lecerse c o m o sigue: p r i m e r pe r íodo : d e s d e la l e c t u r a d e su tesis Doc to ra l Crítica del problema sobre el origen y prehistoria de la raza vasca el 20 d e j u n i o d e 1884, h a s t a 1891 fecha d e la t o m a de poses ión d e la C á t e d r a d e G r i e g o d e la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a . E n es ta e t a p a su a t enc ión se c e n t r a p r e d o m i n a n t e m e n t e en la l engua vasca y en el m u n d o q u e a t ravés d e ella se expre ­sa . N o es q u e o t ros t e m a s l ingüís t icos es tén ausen t e s po r c o m p l e t o , s ino q u e su e n t o r n o vasco c o n d i c i o n a su ac t i v idad , c o m o p o s t e r i o r m e n t e la c o n d i c i o n a r á su pe r ­m a n e n c i a en S a l a m a n c a .

L a s lecc iones en M a d r i d d e su profesor de L i t e r a t u r a E s p a ñ o l a A n t o n i o Sán -

3 Espasa Calpc, Madrid , 1 9 7 7 . Debo señalar la dificultad que entraña la utilización de los manuscritos depositados en el Archivo-

Museo de Salamanca, muchos de ellos esenciales para un estudio completo y definitivo de la labor lingüística unamuniana .

5 Salamanca, 1 9 5 2 . s La Gaceta Literaria, 1 5 - 3 - 1 9 3 0 . 7 Méjico, 1 9 5 4 . " Universidad de Río Piedras, Puerto Rico, 1 9 7 3 .

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chcz y su vocac ión por el ap rend iza j e de i d i o m a s lo l levan ya en 1884 a ace rca r se a la Fi lo logía , d e la q u e nos d ice en su tesis:

Creo deber dispensarme de hablar sobre la importancia etnológica de los idio­mas y sobre esta sorprendente ciencia filológica, una de las glorias de nuestro tiempo.

(Crítica del problema sobre el origen y prehistoria de la raza vasca 9.)

A p a r t i r d e este m o m e n t o c o m i e n z a n sus t raba jos en t o rno al vasco . D e ellos m e r e c e n d e s t a c a r s e t res :

1." El a r t í cu lo «Del e l e m e n t o a l ien ígeno en el i d i o m a vasco , p u b l i c a d o en la Revista de Vizcaya e n t r e 1885 y 1886, t r a d u c i d o al a l e m á n en la Zeilschrifit Jur Romanis-che Philologie en 1893 y del q u e M o r e l Fa t i o escr ibió:

Observaciones interesantes y que denotan un espíritu abierto sobre los vocablos tomados por el vasco del castellano. Elegido el camino, el autor nos revela ciertos procesos de recreación de nombres vascos debidos a los líderes del euskarismo; pare­ce que él no aprecia mucho la civilización euskárica y se burla de los vascófilos. Sin embargo es vasco. ¡Va a hacerse lapidar! .

L a o b r a es un ser io i n t e n t o d e d e s c u b r i r c ien t í f i camente , sin n a c i o n a l i s m o s sub je t iv i s t a s , la fonología y e spec i a lmen te el e l e m e n t o léxico del vasco .

2." L a t r a d u c c i ó n al e spaño l de la o b r a d e G u i l l e r m o H u m b o l d t Reiseskizzen ous Biscaya en 1899 y el deseo d e t r a d u c i r o t r a del m i s m o a u t o r t i t u l ada Examen de las investigaciones acerca de los primitivos habitantes de España a través de la lengua vasca, a u n ­q u e t e r m i n ó h a c i é n d o l o su p r i m o Telesforo de A r a n z a d i . E s t a faceta d e t r a d u c t o r es i m p o r t a n t e p o r q u e fue u n o d e sus p r i m e r o s a c e r c a m i e n t o s a la l ingüís t ica a l e m a n a d e la q u e t a n t a s suge renc i a s e inc i tac iones t o m ó a lo la rgo d e su v ida y e spec i a lmen­te a H u m b o l d t , u n a d e sus fuentes m á s a p r e c i a d a s , c o m o v e r e m o s m á s a d e l a n t e .

3." U n a serie d e a r t ícu los sobre a spec tos s ecunda r io s de la l engua vasca o del l engua je en gene ra l y e spec i a lmen te sobre el d ia lec to b i lba íno . De en t r e ellos m e r e ­cen d e s t a c a r s e « G u e r n i c a » (1885) , « M á s sobre el va scuence» (1886) , «De O r t o g r a ­fía» (1886) , « S o b r e la a c e n t u a c i ó n de ape l l idos v a s c o n g a d o s » (1887) , «Cues t i ones G r a m a t i c a l e s » (1888) , «El d ia lec to b i lba íno» (1886) , «El d i m i n u t i v o b i lba íno» (1888) , e tc .

Es te b l o q u e es i m p o r t a n t e p o r q u e d a u n p a s o q u e será decis ivo en su concepc ión de l l engua je , ya q u e s u p o n e u n a t o m a de p a r t i d o en favor de la L ingü í s t i ca y en d e t r i m e n t o d e la Fi lología. C o m i e n z a su anál is is p o r m e n o r i z a d o sobre la l e n g u a v iva , el e s tud io s i s t emát i co de las fuentes a l e m a n a s :

Cuadernos y más cuadernos guardo, archivo de notas; sobre la base del celebé­rrimo, aunque ya anticuado Federico Diez, corrigiendo errores,

nos d ice en 1890; y e m p r e n d e la recog ida de ma te r i a l e s d e boca d e la gen t e del p u e b l o , c o m o informa a P e d r o d e M u g i c a el 6 d e m a y o d e 1890:

Doy también excursiones por los pueblos recogiendo el vascuence real y vivo, el que se habla, tan olvidado por esa gente de la «Euskal-erría».

Es te r e m o z a m i e n t o en la l engua viva lo lleva inc luso a i n t e n t a r su ap l icac ión en u n a o b r a t ea t r a l : La cuestión del galabasa en d ia lec to b i lba íno , a la e l abo rac ión inaca ­b a d a d e u n Diccionario vasco-castellano y a su p r e s e n t a c i ó n a la c á t e d r a de vasco del I n s t i t u t o v izca íno en 1888. El fracaso en estas opos ic iones s u p u s o u n a l e j amien to

9 Obras Completas, (omo VI , Afrodisio Aguado, Madrid, 1957-1964, p. 58. A partir de este momento las Obras Completas de M. de Unamuno en esta edición serán citadas por las siglas OC.

1(1 O. C, tomo VI , p. 24.

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m o m e n t á n e o y re la t ivo del v a s c u e n c e , q u e lo llevó p r o b a b l e m e n t e a p r e p a r a r s e las opos ic iones d e la t ín y a as is t i r en 1889 al p r i m e r C o n g r e s o l a t ino , c e l e b r a d o en I t a l i a .

E l c l imax m á s e l evado de este p r i m e r p e r í o d o se a l c a n z a en 1890, é p o c a en la q u e inicia su c o r r e s p o n d e n c i a con P e d r o d e M u g i c a y su re lac ión a t r avés d e éste con los l ingü i s t a s a l e m a n e s . E n es tas fechas confluyen en su a c t i v i d a d l ingüís t i ca — a p a r t e d e sus e s tud ios p a r a opos ic iones d e la t ín y g r i e g o — dos obje t ivos : u n o , el v a s c u e n c e ; o t ro , el r o m a n c e cas te l l ano . As í se lo a n u n c i a a M u g i c a el 29 d e ab r i l d e 1890:

Me he dado de firme al estudio del latín y el griego por una parte y en vista de obtener una plaza, por otra prosigo mis estudios sobre el vascuence, y también sobre los romances. Del castellano tengo recogidos numerosísimos datos, he tra­bajado en él en compañía de mi compañero y fiel amigo Sánchez Moguel. Dos son los propósitos más firmes que llevo; una obra lo más completa que pueda, amplia, cuésteme el tiempo que me cueste, acerca del vascuence, y una gramática histórica del castellano, una verdadera historia de nuestra lengua. En su fonética he hecho mucho, bastante en su morfología y no poco en el estudio curiosísimo y por desgra­cia muy abandonado de la evolución del significado en lo que llaman semiótica o semiología. Tengo también abundantes datos del castellano vulgar, de los modis­mos populares, de los giros, inflexiones y fonética del pueblo, que es quien hace vivir la lengua. He recogido frases de chulos, pronunciaciones de labriegos, etc. "

C i e r t a m e n t e , a p a r t i r d e este m o m e n t o el t e m a del vasco c o n t i n ú a v igen te en su o b r a , c o m o d e m u e s t r a n sus a r t í cu los « L a s a n g r e d e Ai to r» (1891) , « S o b r e el cu l t ivo de l v a s c u e n c e » (1893) , « R e s e ñ a s a c u a t r o l ibros de t e m a s vascos» (1896-1898) , « L a cus t i ón del v a s c u e n c e » (1902) , «Sobre la l e n g u a vasca» (1907) , « V a s c u e n c e , ga l lego y c a t a l á n » (1917) , « L a unif icación del va scuence» (1920) , e tc . , p e r o su t a r e a p r i ­m o r d i a l v a a c e n t r a r s e en su vocac ión d e l ingüís t ica r o m á n i c o , a c r e c e n t a d a a ra íz d e p a s a r las opos ic iones d e gr iego en 1891, p o r lo q u e esto le s u p u s o d e t r a n q u i l i d a d e c o n ó m i c a y d e l i be r t ad d e inves t igac ión . ^

Se in ic ia , p o r t a n t o , e n t r e 1890 y 1891 el s e g u n d o p e r í o d o d e su a c t i v i d a d l in­gü í s t i ca q u e a c a b a en 1903 con el e n c a r g o de la C á t e d r a d e Fi lología C o m p a r a d a de l l a t ín y el ca s t e l l ano d e la U n i v e r s i d a d de S a l a m a n c a . E n estos doce a ñ o s U n a -m u n o se a p l i c a r á a c u m p l i r su d e b e r profes ional de he len is ta y sobre t o d o a su vocac ión d e filólogo r o m á n i c o con m a y o r o m e n o r i n t e n s i d a d , s egún las c i r c u n s t a n ­c ias .

D e b e r o m p e r s e el pre ju ic io d e q u e d o n M i g u e l d e s c u i d ó todo lo q u e p u d o su c á t e d r a d e g r iego , c o n s i d e r á n d o l a ú n i c a m e n t e c o m o u n d e b e r a d m i n i s t r a t i v o . N o fue así , ya q u e se esforzó en cu l t ivar sus es tud ios he lénicos con deco ro . Así esc r ibe a M u g i c a el 27 d e j u l i o d e 1891, recién t o m a d a poses ión d e su c á t e d r a :

Además de mis trabajos para esta obra (Paz en la guerra) traduzco griego, pues deseo ya que oficialmente debo enseñarlo hacerlo a conciencia.

Y el 4 d e o c t u b r e d e 1891, al in ic iarse su p r i m e r cu r so en S a l a m a n c a .

Traigo ánimos de trabajar en mi cátedra de griego ante todo y sobre todo... Añada usted mis trabajos en el griego, a que por honra profesional debo dedicar­me... Me dedico bastante al inglés y mucho (como es natural) al griego. Ahora leo a Aristófanes.

C o n es te afán d e c u m p l i r p ro fe s iona lmen te se ded ica a p r e p a r a r b ien sus clases

Ob. oí., p. 82.

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d i a r i a s y e m p r e n d e en 1891 u n a t r a d u c c i ó n p a g a d a d e D e m ó s t e n e s a la q u e consi ­d e r a « u n t r a b a j o ú t i l í s imo en q u e se p ro fund iza el g r iego , el ca s t e l l ano y las ideas po l í t i cas d e los gr iegos en t i empos d e D e m ó s t e n e s » . A la vez se h a c e m i e m b r o d e la S o c i e d a d I n t e r n a c i o n a l H e l e n o - L a t i n a y se susc r ibe en 1902 a la rev is ta Cronache della Civiltà Elleno-Latina q u e d i r ige el c a t e d r á t i c o d e Sánsc r i to del I n s t i t u t o d e E s t u ­d ios S u p e r i o r e s d e F lo renc i a Ange lo d e G u b e r n a t i s , y c o n t i n ú a p r e p a r a n d o es tu­d ios d e t e m a he lén ico , c o m o a n u n c i a a R u b é n D a r í o el 6 d é s e p t i e m b r e d e 1899:

Más adelante publicaré mis ideas sobre la literatura y el espíritu helénicos, fruto también de mi profesorado, de la labor constante sobre mi espíritu, en esen­cia poco helénico, de esa literatura que he traducido y comentado con amor durante ocho cursos. Tiene muchas cosas el helenismo y muy diversas. Las expondré (mis ideas en tal respecto) en mi estudio sobre el gigantesco Esquilo.

L o q u e s u c e d e a U n a m u n o , po r lo q u e se refiere al g r iego es q u e se c o m p o r t a en e s t a m a t e r i a m á s c o m o filólogo, c o m o h u m a n i s t a , q u e c o m o l ingü is ta 1 2 y en los t ex tos gr iegos — t r a d u c i d o s en a b u n d a n c i a — veía ú n i c a m e n t e u n in te rés c u l t u r a l p a r a o c c i d e n t e . D e a h í su ap rend i za j e pos te r io r del gr iego m o d e r n o y su ace rca ­m i e n t o a la c u l t u r a v iva d e la G r e c i a a c t u a l . L a v e r d a d es q u e n u n c a a b a n d o n ó d e f i n i t i v a m e n t e su l a b o r d e filólogo gr iego , a u n q u e n o l l egara a t e r m i n a r inves t i ­g a c i o n e s en es te s e n t i d o po r su m i e d o a encas i l l a r se en el á m b i t o d e u n a l e n g u a m u e r t a .

S e r á al c a m p o d e la L ingü í s t i ca R o m á n i c a al q u e se d e d i c a r á i n i n t e r r u m p i d a y p r i m o r d i a l m e n t e — a u n q u e con los c o n s a b i d o s a l t i b a j o s — a p a r t i r d e 1890 con u n a d o b l e finalidad:

a) L a e l a b o r a c i ó n d e u n a G r a m á t i c a H i s t ó r i c a del cas t e l l ano . b) U n e s t u d i o l ingüís t ico sobre el p o e m a del C i d .

D e l p r i m e r t r aba jo t e n e m o s ya not ic ias en ab r i l d e 1890 y d e él nos d a c u e n t a en los a ñ o s suces ivos h a s t a 1903. O r i g i n a l m e n t e el t r aba jo d e b i ó ser el q u e él t i tu ló Vida del Romance castellano: Ensayo de biología lingüística. O b r a q u e él cons ide ró c o m o la m á s se r ia s u y a en m a t e r i a l ingüís t ica y la q u e m á s c o n c i e n z u d a y l e n t a m e n t e p r e p a ­ró . D e la m e t i c u l o s i d a d en su e l abo rac ión d ice a M u g i c a en m a y o d e 1896:

Pero mi obra, mi hijo, ese o viene como yo le sueño o no viene al mundo; a medio hacer no le quiero.

El ob je t ivo p r i m o r d i a l del t r aba jo era h a c e r u n a o b r a d e vu lga r i zac ión —«pour les gens du monde» nos d i c e — , n o p a r a especia l i s tas , en la q u e se exp l i ca r á la evolu­c ión de l c a s t e l l a n o y d e a h í la evoluc ión d e las l enguas en gene ra l , l l egando a u n a espec ie d e filosofización d e la l ingüís t ica .

L a m e t o d o l o g í a e m p l e a d a es d e t ipo ana l í t i co p a r a l legar a u n a s íntesis pos te ­r ior . P a r a ello se d e d i c a d u r a n t e años a recoger m a t e r i a l e s en l ibros y sob re t o d o d i r e c t a m e n t e en sus viajes y a n d a n z a s po r los p u e b l o s . E n la d é c a d a d e 1890 se r e p i t e n a f i rmac iones c o m o las q u e s iguen:

Tengo copiosos vocabularios de los dialectos salmantinos (recogidas las voces por mí), leonés y palentino. Hay términos interesantísimos.

...Tengo un rico vocabulario de voces palentinas (unas 400) y otro de leonesas... 1 3

1 2 Véase P. M. GONZÁLEZ DE LA CALLE, «Recuerdos profesionales de la vida profesional del maestro U n a m u n o » , Rev. Hispánica Moderna, tomo V I I , 1941.

1 3 Car tas a Pedro de Mugica , mayo 1895, ob. cit., pp . 206-8.

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...Estoy metido de hoz y con gran empeño en la formación del vocabulario de la región salmantina.. . .

E n 1892: Actualmente a la vez que prosigo, a paso de buey, en ordenar y concordar los

materiales que desde hace diez años vengo recogiendo para mi Vida del romance castellano: ensayo de biología lingüística.

E n 1904: Ayer me han traído de un pueblo de la ribera del Duero un buen aporte a mis

notas del lenguaje salmantino; una buena porción de vocablos, muy curiosos algunos .

Y t o d a v í a en 1905 nos h a b l a de su l abor d e recog ida d e ma te r i a l e s en S a l a m a n ­ca, Z a m o r a , Avi la y C á c e r e s :

Lo último que he recibido un vocabulario hecho ya hace más de 40 años por un maestro de Aceuche (Cáceres). Allí y en Malpart ida y otros pueblos aspiran la h, convierten la c, z, en d (y en algunos suena como la th inglesa del artículo the; lo he oído yo mismo) y las erres finales en 1. Dicen idil por decir icu,jadel por hacer' etc. Con otras cosas l 6 .

C o m o v e m o s po r este ex tenso p e r o ob l igado e lenco de c i tas su m é t o d o difiere p o c o d e los m o d e r n o s e n c u e s t a d o r e s y la i m p o r t a n c i a q u e as ignó a este t r aba jo es tá fuera d e t o d a d u d a .

Po r lo q u e se refiere a la e s t ruc tu r ac ión d e la o b r a , és ta d e b í a c o n s t a r d e las s igu ien te s p a r t e s : I n t r o d u c c i ó n a la h is tor ia de la l engua e s p a ñ o l a , fonética h i s p a n o -l a t i n a , morfo logía , semió t ica -semio log ía , s in taxis c o m p a r a d a (en la q u e se cons ide ra m á s flojo) y e t imolog ía .

D e t odas esas p a r t e s exis t ieron —¿exis ten t o d a v í a ? — m a n u s c r i t o s en su a r ch ivo , c o m o cons t a en el ú l t i m o i n v e n t a r i o hecho . E s p e r e m o s q u e c u a n d o cese la o s c u r i d a d q u e se c ie rne a c t u a l m e n t e sobre los m a n u s c r i t o s u n a m u n i a n o s a p i l a d o s en su C a s a - M u s c o p o d a m o s es tud ia r los .

L a r e a l i d a d es q u e es ta o b r a de g r a n a l i en to no llegó a ser p u b l i c a d a n u n c a . ¿ P o r q u é ? F u e r o n d ive r sas las r azones d e ello: en p r i m e r l u g a r o t ros m e n e s t e r e s c o m o su nove la Paz en la Guerra, sus clases d e gr iego y su ac t i v idad púb l i ca imp id i e ­r o n u n a conc lus ión q u e se a u g u r a b a feliz; en s e g u n d o luga r , la u rgenc i a de r e d a c t a r u n t r a b a j o sobre el Poema del Cid del q u e h a b l a r e m o s a c o n t i n u a c i ó n y, po r ú l t imo , la r a z ó n m á s i m p o r t a n t e , a mi e n t e n d e r , la pub l i cac ión en 1904 del Manual de Gra­mática Histórica Española de M e n é n d e z P ida l , sobre todo su s e g u n d a edic ión en la q u e el a u t o r a g r a d e c e «las m u y úti les obse rvac iones» h e c h a s po r ca r t a s del profesor d e la U n i v e r s i d a d de S a l a m a n c a Migue l d e U n a m u n o . C o n la apa r i c ión de es ta o b r a U n a m u n o , p r i m e r o r e t i c en t e a n t e M e n é n d e z P ida l , ve l lena u n a l a g u n a en la m o d e r n a l ingüís t ica e s p a ñ o l a y a pa r t i r de en tonces deja inconc lusa su p r o p i a o b r a y r e c o m i e n d a y usa aque l l a , c o m o h a c e en 1907:

El lector que desee más ilustración al respecto puede hallarla entre otros libros en el excelentísimo Manual de Gramática Histórica de la lengua española de don Ramón Menéndez Pidal, libro de solidísima doctrina y ajustado a las más rigurosas exi­gencias de la ciencia moderna. Es el que empleo como texto en mi cátedra de filología comparada del latín y castellano (agosto 1907) l 7 .

1 4 Ibid., p . 235. 1 5 Ibid., p. 300. 1 6 Ibid., p . 306. 17 O. C, tomo V I , p. 709.

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18 Ob. cit., p. 15.

Sin e m b a r g o , a p r o v e c h ó c o m o p u d o en a r t ícu los todo el m a t e r i a l r e u n i d o . Así p u b l i c ó e n t r e o t ros « L a re forma d e la or tograf ía en la soc iedad b u r g u e s a » (1894) , «Ref lexiones sob re la r e fo rma d e la or tograf ía» (1894) , «Or tog ra f í a ca s t e l l ana» (1896) , « L a r e fo rma de l cas t e l l ano» (1901) , « L a e n s e ñ a n z a del la t ín en E s p a ñ a » (1894) , « C o n t r a el p u r i s m o » (1903) , « L a l e n g u a escr i ta y la h a b l a d a » (1900) «Tu­g ú e t e o s e t imológ icos» (1903) , e tc . Sus ma te r i a l e s se los env ió a M e n é n d e z P ida l . P e r o el g r u e s o del t r aba jo fue a p a r a r a su e s tud io sobre La Gramática y el vocabulario del Poema del Cid, r e s p o n d i e n d o al c o n c u r s o c o n v o c a d o sobre el t e m a po r la Rea l A c a d e m i a d e la L e n g u a el 24 d e j u n i o d e 1892 y a d j u d i c a d o a M e n é n d e z P ida l en febre ro d e 1895.

El ser u n t r a b a j o p a g a d o inci tó a d o n M i g u e l — s i e m p r e p r e o c u p a d o p o r su e c o n o m í a — a p r e s e n t a r l o al c o n c u r s o y t r a b a j a r d u r a m e n t e t res a ñ o s en él. El f racaso o b t e n i d o — q u e él a t r i b u y ó a t r a m p a s y m a n e j o s y d e a h í sus fu r i bundos escr i tos c o n t r a la Rea l A c a d e m i a — y el no h a b e r s e q u e d a d o cop ia í n t eg ra le i m p i ­d i e r o n su p u b l i c a c i ó n , cosa q u e en 1977 h izo la ed i to r ia l E s p a s a y C a l p e d e M a d r i d .

L a i n t r o d u c c i ó n coinc ide en p a r t e con el c u a d e r n o p u b l i c a d o po r M . G a r c í a B l a n c o ( T . V I ) y la p a r t e d e fonética, morfología , s in tax is y g losar io d e b i ó e l abo ­r a r l a a p l i c a n d o m u c h o s d e los ma te r i a l e s recogidos p a r a su Vida del Romance castella­no, a u n q u e él los cons ide ró s i e m p r e dos t r aba jos d iversos .

D e l ú l t i m o a s p e c t o d e su ac t i v idad c o m o l ingüis ta r o m á n i c o : el e s tud io d e los d i a l e c t a l i s m o s , ya h e m o s s e ñ a l a d o a b u n d a n t e s c i tas .

C l a r o es tá q u e t oda es ta l abo r d e r o m a n i s t a no se p r o d u c e sin p ro fundos al t i ­bajos y casi a b a n d o n o . U n a s veces a f i rmará q u e su v e r d a d e r a vocac ión , su g e n u i n a y l eg í t ima vocac ión no es la de l ingü is ta y q u e es tá d i s p u e s t o a a b a n d o n a r este t ipo d e e s tud io s ; en o t r a s ocas iones a n h e l a la c reac ión d e c á t e d r a s de filología r o m á n i c a p a r a o c u p a r u n a d e el las. L a s r azones d e estos a l t iba jos son va r i a s y d e a l g u n a s , c o m o su a c t i v i d a d pol í t ica y d e novel is ta , ya he h a b l a d o ; p e r o p i enso q u e la m á s in f luyente en su á n i m o p a r a n o dec id i r se al cul t ivo p r o f u n d o d e la filología se d e b e b u s c a r en su convicc ión d e q u e E s p a ñ a no neces i ta especia l i s tas p o r q u e no p u e d e p e r m i t í r s e l o s en su época . E n u n magní f ico a r t í cu lo t i t u l ado « M i s i ó n del profesora­d o en la a c t u a l soc i edad e s p a ñ o l a » y p u b l i c a d o en el Mercurio el 1 d e agos to d e 1905 nos d ice en este sen t ido :

El especialismo, tan útil y provechoso para el adelanto de las ciencias, puede resultar una remora de progreso en países como el nuestro, en los que ante todo es menester educar al pueblo. Educar antes que instruirle.

N o o b s t a n t e , estos descensos en su ac t i v idad l ingüís t ica n o nos p e r m i t e n h a c e r a f i rmac iones t a n t a jan tes c o m o las d e F e r n a n d o H u a r t e M o r t o n c u a n d o d ice q u e a p a r t i r d e 1900 U n a m u n o no volvió a e s tud i a r L ingü í s t i ca y q u e

Esa cesación en el estudio científico hizo tal vez que agotara excesivamente el caudal de lo adquirido.. . Por eso llegó a decaer en unos jugueteos poco serios en que hacía de las etimologías de las palabras v de sus conclusiones fonéticas un pretexto para puros chistes y extravagancias 1 8 .

Es c ie r to q u e su d e d i c a c i ó n a la l ingüís t ica n o se rea l iza con la m i s m a i lusión h a c i a lo n u e v o q u e h a s t a 1903, s ino q u e a p a r t i r d e es ta fecha se inicia u n p e r í o d o , el t e r ce ro y ú l t i m o pe r íodo , fecundo en c reac iones l ingüís t icas , p e r o con d i s t in tos ob je t ivos : la e l a b o r a c i ó n d e t raba jos sobre los d ia lec tos cas te l lano- leoneses y sobre la l e n g u a e s p a ñ o l a , f o rmar a los futuros l ingüis tas a t ravés d e su c á t e d r a y leer o

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re leer a los l ingü i s tas e u r o p e o s del m o m e n t o . N o es ocioso c i t a r u n a s p a l a b r a s suyas d e 1907 en las q u e se v a n a g l o r i a d e e n s e ñ a r g r a m á t i c a c o m p a r a d a del la t ín y cas te ­l l ano p a r a t e r m i n a r a f i r m a n d o : «y ni p u e d o ni qu i e ro ni d e b o d e s p r e n d e r m e d e es to» .

Su p r e o c u p a c i ó n l ingüís t ica va a d i r ig i r se a e s t u d i a r a c iencia y conc ienc ia la l e n g u a de l p u e b l o q u e le r o d e a , n o a t ravés d e la g r a m á t i c a y los viejos escr i tores , s ino r e f l ex ionando sob re la e locución n a t u r a l y e s p o n t á n e a de l lenguaje . Y ello con la finalidad d e c o n t r i b u i r a r e n o v a r y vivificar el c o m ú n i d i o m a e spaño l . A p a r t i r d e es te m o m e n t o u s a r á en sus escr i tos lo q u e an t e s sos tuvo en escr i tos científicos sobre el l engua je y e s t u d i a r á el lenguaje del p u e b l o p a r a usa r lo . C o n él c o n s t r u i r á o b r a s l i t e r a r i a s , se rá la l e n g u a a c t u a n t e en su poes ía , su t ea t ro , sus a r t í cu los , sus c a r t a s .

A la p a r s igue v igen te — a u n q u e a veces a p e s a r s u y o — su viejo oficio d e filólo­go - l i ngü i s t a y b a s t a r á n a l g u n a s m u e s t r a s d e d ive r sas épocas p a r a c o r r o b o r a r e s tas a f i rmac iones .

C o n t i n ú a p u b l i c a n d o a r t í cu los d e t e m a s l ingüís t icos genera les c o m o « L a p l u m a y la l e n g u a » (1903) , « P e q u e n e c e s l ingüís t icas» (1910) , « L e n g u a y P a t r i a » (1911) « I n t e r m e d i o or tográf ico» (1912) , « I n t e r m e d i o l ingüís t ico» (1918) , « E s c r i t u r a y len­gua je» (1922) , « L e n g u a j e y esti lo» (1924) ; sobre el v a s c u e n c e « S o b r e la l e n g u a v a s c a » (1907) , « V a s c u e n c e , gal lego y c a t a l á n » (1917) , « L a unif icación de l v a s c u e n ­ce» (1920) , y e s p e c i a l m e n t e sobre la l engua e s p a ñ o l a : « L a e n s e ñ a n z a d e la g r a m á ­t i ca» (1906) , «El i d i o m a nac iona l» (1908) , «Su m a j e s t a d la l e n g u a e s p a ñ o l a » (1908) , «El ca s t e l l ano , i d i o m a un iversa l» (1911) , « E s p a ñ o l - P o r t u g u é s » (1914) , « C u e r v o y la g r a m á t i c a » (1919) , e tc .

A d e m á s se p r e o c u p a po r el va lo r o inu t i l i dad d e la e n s e ñ a n z a d e la g r a m á t i c a , d e la r e n o v a c i ó n d e la or tograf ía , d e la me todo log í a d e las l e n g u a s ex t r an je ras (en 1922) o d e i n fo rmar a sus amigos epis to lares d e la s i tuac ión l ingüís t ica en E s p a ñ a , c o m o en la c a r t a q u e env ía al a r g e n t i n o R i c a r d o Rojas el 6 d e o c t u b r e d e 1919, en la q u e le co r r ige p a l a b r a s , le m u e s t r a d ia lec ta l i smos cas te l l anos , e x t r e m e ñ o s y leone­ses, le s e ñ a l a e t imolog ías y le ofrece la s igu ien te p á g i n a d e l ingüís t ica e s p a ñ o l a :

Llevo dieciocho años explicando, además de griego, historia de la lengua caste­llana, o sea gramática histórica, y aunque veo que de eso cada vez se sabe, aquí y ahí, más y mejor, aún persisten viejos errores y cejadores de ciencia híbrida que los remachan. Ya ve usted, una de las cosas que más trabajo me cuesta en mi clase es enseñarles a leer el castellano anterior al siglo X V I , a distinguir pronunciando s de ss (casa y esso), c de z (caca, fizo), x de j (dixo, fijo), etc. Y eso que ya nadie lee maguer por maguer pero la Academia se empeña en que leamos y escribamos, encuesta, lo que fue, como es hoy en valenciano y catalán enquesta. Aunque mejor sería llamarle como le llama el viejo fuero de Zamora, enquisa, análogo a pesquisa y requisa.

Otra cosa le ha hecho a usted decir el funestísimo Cejador y es que los dialectos aragoneses son castellanos con voces catalanas. Disparate mayúsculo. El verano pasado recorrí el Alto Aragón, al pie de los Pirineos, y en el benasqués, el grausino y el estadillano se distingue perfectamente lo verdaderamente aragonés de lo caste­llano y de lo catalán, aunque uno y otro de éstos se metan en aquél. Así, en Benasque se oye decir noche castellano, nit catalán y nueite aragonés. El aragonés diptonga hasta donde el castellano no lo hace, en ó que precede a i proveniente de c, y dice como nueite, ueito (ocho), y el catalán no diptonga nunca. Para todas esas cosas no se fíe usted de españoles más que de Menéndez Pidal —en cuya gramáti­ca puede ver lo de raza y lo de heñir y no haga caso a Cejador que ha saltado de la escolástica lingüística a las más aventuradas hipótesis sin más que un atropellado atracón de fonética y morfología científicas de verdad. 1 9 .

1 ( 1 En M . GARCÍA BLANCO, «Ricardo Rojas v Unamuno» , Rev. de la Universidad de Buenos Aires, año I I I , n." 3, p. 441.

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P o r o t r a p a r t e c o n t i n ú a l eyendo y c i t a n d o a l ingüis tas e u r o p e o s y m a n t e n i e n d o c o r r e s p o n d e n c i a con a l g u n o s c o m o W a l t e r von W a r t b u r g (1920-1933) y E r n s t R o ­b e r t C u r t i u s (1921-1925) .

C o m o conc lus ión a este a p a r t a d o h a b r í a q u e dec i r q u e la a c t i v i d a d l ingüís t i ca d e U n a m u n o se d e s a r r o l l a p r á c t i c a m e n t e sin i n t e r r u p c i ó n a lo l a rgo d e su v ida , p e r o con d o s d i fe ren tes m é t o d o s . P r i m e r o con el clásico d e los espec ia l i s t as , h a s t a 1903, y p o s t e r i o r m e n t e con u n a c o n t i n u a p r e o c u p a c i ó n po r el l enguaje , c u e r p o ver­b a l d e t o d o p e n s a m i e n t o h u m a n o , p o r la l ingüís t ica e n t e n d i d a c o m o u n a c iencia h i s t ó r i ca p o r la p a l a b r a c r e a d o r a .

Sus ideas lingüísticas

E n la o b r a u n a m u n i a n a los concep tos d e filología y l ingüís t ica a p a r e c e n m u c h a s veces u s a d o s c o m o s i n ó n i m o s . N o h a y u n a d i s t inc ión c l a r a d e a m b o s t é r m i n o s y con a m b o s se refiere a sus es tud ios sob re el l engua je .

D e t o d a s fo rmas es pos ib le i nd ica r a l g u n o s rasgos i n d i v i d u a l i z a d o r e s q u e c a r a c ­t e r i z a n d i c h o s concep tos . L a filología es p a r a U n a m u n o la hija y h e r e d e r a d e la vieja g r a m á t i c a g e n e r a l y la e q u i p a r a m u c h a s veces a la filosofía. Los r a sgos m á s d i s t i n t ivos son su n o n o r m a t i v i d a d , su c a r g a d e e rud ic ión y el ser u n a c iencia colec­t iva . A d o p t a f rente a ella u n a ac t i t ud recelosa , a u n q u e c o m o s i e m p r e c a m b i a n t e , p o r su c r eenc i a d e q u e es impos ib l e u n cu l t ivo r igu roso i nd iv idua l d e es ta c ienc ia — v é a s e su a r t í cu lo d e 1920 «El filólogo y la a b e j a » — y p o r t a n t o es poco h u m a n a .

S in e m b a r g o , en d e t e r m i n a d a s ocas iones la cons ide r a « u n a d e las g lo r ias d e n u e s t r o t i e m p o » y jus t i f ica así su d e d i c a c i ó n a el la, s e ñ a l a n d o a la vez sus obje t ivos :

ni yo me dedico exclusivamente a la filología ni la cultivo como fin en sí y para todo, sino como instrumento de gimnástica intelectual, escuela de lógica inductiva y sobre todo campo fecundísimo de enseñanzas psicológicas.

...Este sentido, el más hondo, fecundo y profundo de la filología, es el que le dieron Lazarus y Steinthal, los creadores de la Völkerpsychologie, así como el gran antropólogo Waistz. Mis estudios filológicos me han servido de mucho para induc­ciones psicológicas y son el gran contrapeso...

Siempre he creído que todo estudio tiene un fin y sin desconocer que el filólogo de profesión hace obra útil con su labor aunque se confine en la filología, creo que su obra es viva porque sirve de base para nuevas inducciones. Saber permutacio­nes de sonido y cambios de forma de poco vale si no se aplica algún día a algo este saber. La enorme eflorescencia de los estudios filológicos formará una ciencia ro­busta y sólida que servirá de base para nuevos estudios que aclaren la psicología humana y hagan que el hombre se conozca mejor cada día... 2 0 .

As í p u e s , la filología es p a r a U n a m u n o u n a c ienc ia aux i l i a r d e la ps icología , c u y o m a t e r i a l es e s e n c i a l m e n t e los tex tos .

Su c o n c e p t o d e l ingüís t ica difiere del d e filología e s e n c i a l m e n t e en q u e a q u e l l a u s a c o m o m a t e r i a l e s los hechos vivos d e h a b l a , p e r o en o t ros m u c h o s rasgos las ident i f ica . El pref iere d e n o m i n a r a su ac t i v idad « l ingüís t i ca» — « m e res is to a l la­m a r l a filología, n o m b r e q u e rese rvo p a r a o t r a c o s a » — nos d ice ( ca r t a a M u g i c a 8 d e m a y o d e 1899) .

Así , se ident i f ican en ser c o n s i d e r a d a s a m b a s aux i l i a res d e la filosofía, u n m e d i o q u e pos ib i l i t a r á el c o n o c i m i e n t o del p e n s a r d e u n p u e b l o y q u e se rv i rá d e fuente

Car t a a Pedro Mágica, mayo 1890, ob. cit., pp . 91-92.

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2 1 Para una prolundización en las relaciones Croce-Unamuno puede consultarse mi artículo «Miguel de U n a m u n o y Benedetto Croce», Rev. Logos, Universidad de la Salle, Méjico, n.° 18, 1978.

2 2 En Revista de Occidente, n." 73, abril 1969, p. 9.

p a r a el e s t u d i o de l e sp í r i tu colect ivo, d e b i e n d o conver t i r se en consecuenc i a la m e t a ­física en m e t a l i n g ü í s t i c a y és ta a su vez en me ta lóg i ca .

P e r o la l ingüis t i ca t iene a su vez o t ros rasgos def inidores en la o b r a d e U n a m u -n o . E s a d e m á s u n a c iencia h i s tór ica q u e d e b e ser a p l i c a d a a n u e s t r o p r o p i o i d i o m a y a la q u e n o le i m p o r t a conocer el o r igen de c a d a p a l a b r a s ino el c ó m o se o r ig ina ; n o le i n t e r e s a s a b e r q u e encina v iene d e ilicina, s ino el p roceso en v i r t u d del cua l h a c a m b i a d o la i inicial en e y la / en n y h a ca ído la i b reve d e la s í l aba p r e t ó n i c a , p o r ser e s to u n a ley d e v ida .

C o i n c i d i e n d o u n a vez m á s con C r o c e a c e p t a sus teor ías d e o r igen h u m b o l d t i a n o , e x p u e s t a s en Aesthetica in nuce y en su Estética, sobre la ident i f icación d e l ingüís t ica y es té t i ca y la u n i ó n d e és ta con la filosofía de l l engua je .

E s t a u n i ó n e n t r e l ingüís t ica y es té t ica , en t r e lenguaje y poes ía , es a c e p t a d o p o r U n a m u n o p o r q u e r e s p o n d e a sus m i s m a s ideas . Pe ro a diferencia d e C r o c e n o ela­b o r a s o b r e este a s p e c t o u n a teor ía s i s t emá t i ca del lenguaje , d e b i d o a su p e c u l i a r t e n d e n c i a al f r a g m e n t a r i s m o y a su inf recuente i n c a p a c i d a d d e r e m a t a r sus c reac io ­nes l ingü í s t i cas o filosóficas.

E n lo q u e se refiere al pos ib le influjo c r o c e a n o sobre las teor ías l ingüís t icas d e U n a m u n o h a y q u e a n d a r s e con pies d e p l o m o . N o p u e d e a c e p t a r s e sin m á s lo q u e D i e g o C a t a l á n a f i rma t an c a t e g ó r i c a m e n t e , h a b l a n d o d e este t e m a , en Lingüística Ibero-románica: « L a inf luencia de C r o c e es i m p o r t a n t í s i m a en t o d a u n a e t a p a . » L a d i f i cu l tad e s t r i b a en d i l u c i d a r cuál es esa e t a p a , p u e s U n a m u n o n o leyó a C r o c e p o r lo m e n o s h a s t a 1909 y la Estética h a s t a 1911, en el e j e m p l a r q u e le rega ló J o s é S á n c h e z Ro jas y q u e hoy p u e d e verse en su b ib l io teca , l leno d e n o t a s . B ien es v e r d a d q u e en a l g u n a s ocas iones dice e s t a r d e a c u e r d o con las t eor ías l ingüís t icas de l filósofo n a p o l i t a n o . Pe ro eso n o s u p o n e u n influjo d e és te , s ino u n a i d e n t i d a d d e p u n t o s d e v is ta ; cosa lógica en dos l ingüís t icas q u e h a n b e b i d o d e u n a fuente co­m ú n , en es ta ocas ión a l e m a n a 2 1 .

A la L ingü í s t i ca , p u e s , la t iene U n a m u n o en u n a l to concep to ; t a n t o q u e en u n a c a r t a a G i n e r d e los Ríos d e 27 de d i c i e m b r e d e 1899 llega a a f i rmar q u e la L ingü í s ­t ica lo h a l l evado a Dios y le h a suge r ido i n n u m e r a b l e s ind icac iones 2 2 .

A h o r a bien ¿ q u é t ipo d e l ingüís t ica cu l t iva U n a m u n o ? ¿Cuá les son sus fuentes? Su a c t i v i d a d l ingüís t ica se m u e v e d e n t r o d e las ca rac te r í s t i cas d e la L ingü í s t i c a

de l siglo X I X . Así no se i n t e r e s a r á po r la n o r m a ni po r la regla , s ino p o r a n a l i z a r la v e r d a d e r a n a t u r a l e z a d e c a d a u n a d e las l enguas . V a a inves t iga r c ó m o se h a b l a y t e n d r á u n in te rés especia l p o r el concep to genera l del lenguaje . Se p r e o c u p a r á d e c ó m o son , c ó m o func ionan las l enguas y sus famil ias y t r a t a r á d e exp l i a r los fenó­m e n o s l ingüís t icos a t ravés d e la ps icología , la biología y la c o m p a r a c i ó n . D e a h í q u e U n a m u n o e n t i e n d a la L ingü ís t i ca c o m o u n cap í tu lo d e la biología gene ra l y c o m o un i n s t r u m e n t o d e los m á s eficaces d e la ps icología .

Su t r a b a j o , t i t u l ado Vida del Romance castellano: ensayo de biología lingüística y su p r o y e c t o d e escr ib i r u n a Patología del lenguaje ( C a r t a a A r z a d u n , 3 0 - X - 1 8 9 7 ) , lo si­t ú a n p l e n a m e n t e d e n t r o d e la l ingüís t ica fisiológica q u e a m e d i a d o s del siglo X I X se i m p o n e en E u r o p a . D e esa m a n e r a c o n s i d e r a r á el lenguaje c o m o u n o r g a n i s m o vivo y se i n t e r e s a r á po r las l enguas v ivas , d a r á i m p o r t a n c i a decis iva a las leyes fonét icas , c r ee r á en el n a c i m i e n t o , c r ec imien to y m u e r t e de las l enguas y se p r e o c u p a r á po r la fonét ica fisiológica y e x p e r i m e n t a l .

D e su b io log i smo l ingüís t ico s u b r a y a r e m o s sobre t o d o la c reencia firme y dec id i -

BOLETÍN AEPE Nº 26. Vicente GONZÁLEZ MARTÍN. Unamuno lingüista

O. C, tomo VI , p. 507.

d a en la c o n v e n i e n c i a d e e s t u d i a r las l enguas h a b l a d a s en todas sus mani fes tac io ­nes , h a s t a en las v a r i a n t e s d ia lec ta les , p o r q u e sólo en el h a b l a e s p o n t á n e a p o d e m o s r ecoge r los f enómenos d e c a r á c t e r psicológico, y la ap l icac ión del d a r w i n i s m o al l engua je en el s en t i do de q u e en las l enguas pe rv iven las fo rmas m á s a p t a s y las d e m á s s u c u m b e n .

F r e n t e a la d e c a d e n c i a fonética y el o scu rec imien to del va lor p r imi t i vo d e los e l e m e n t o s c o m p o n e n t e s d e u n vocab lo , c a u s a s p r inc ipa les a su e n t e n d e r d e la des ­t r u c c i ó n d e u n i d i o m a , la l e n g u a viva se def iende con la m a y o r faci l idad y r a p i d e z d e p r o n u n c i a c i ó n y el o lv ido d e la v a r i e d a d i n t e r n a del vocab lo y p o n i e n d o e n j u e g o sus p r o c e d i m i e n t o s d e de r ivac ión y compos ic ión p a r a c r ea r nuevos vocab los y p r e ­s e r v a r a los viejos d e la m u e r t e .

N a t u r a l m e n t e las fuentes de es tas teor ías b io logis tas e s t án en A u g u s t o Schlei-che r , a q u i e n U n a m u n o ci ta con a d m i r a c i ó n y en el e x p e r i m e n t a l i s m o fonético d e E d m u n d Sievers — e s p e c i a l m e n t e sus o b r a s Fundamento de la fisiología de los sonidos y Fundamentos de la Fonética— y del a b a t e Rousse lo t .

El a s p e c t o ps icologis ta es t a m b i é n i m p o r t a n t e . P a r t i e n d o del p a r a l e l i s m o con­c e p t u a l v e r b o - p e n s a m i e n t o está convenc ido d e q u e el l enguaje es el q u e c o n d i c i o n a el p e n s a m i e n t o y es i n d e p e n d i e n t e d e la lógica. A la vez a f i rmará q u e n o existe d i fe renc ia e n t r e la c reac ión o r ig ina r i a del lenguaje y su rec reac ión d i a r i a . D e ah í q u e el l engua je n o sea u n p r o d u c t o social i m p u e s t o , s ino u n p r o d u c t o i n d i v i d u a l o c o m o m u c h o u n p r o d u c t o social a c e p t a d o i n d i v i d u a l m e n t e , co inc id i endo con Ste in-tha l y L a z a r u s , cuyas o b r a s conoció .

C o n W i l h e m W u n d t — c u y a o b r a Grunzüge der physiologischen Psichologie se en­c u e n t r a en su b ib l i o t eca— af i rma q u e las l enguas son el reflejo m á s fiel d e las d i s t i n t a s n a c i o n a l i d a d e s , es «la s a n g r e de l esp í r i tu» :

U n a lengua lleva consigo —nos dirá en 1910—, no ya una manera especial de concebir la realidad, sino hasta una manera de sentirla. En las lenguas es donde más buscan los pueblos la independencia de su espíritu 2 i .

Su afición p e r e n n e a la g r a m á t i c a c o m p a r a d a le l leva a in t e resa r se po r los lin­g ü i s t a s d e es ta t e n d e n c i a y a c o m u l g a r con m u c h a s d e sus ideas . C o n o c e perfecta­m e n t e las o b r a s d e F r a n z B o p p {Gramática comparada de las lenguas indoeuropeas, c u y a ed ic ión f rancesa en c inco v o l ú m e n e s con un pró logo d e M i c h e l Brea l se e n c u e n t r a en su b ib l i o t eca ) , d e J a c o b G r i m m (Deutsche Grammatik), d e F r i e d r i c h Diez ( a u n q u e las d e és te las cons ide r a ya a n t i c u a d a s en 1890) y las d e A u g u s t o Pot t .

C o n ellos c ree en el c a r á c t e r h is tor ic is ta d e la L ingü í s t i ca y sos t iene las a f i rma­c iones d e G r i m m de q u e c a d a h a b l a n t e p u e d e cons ide ra r se a sí m i s m o c o m o u n a g r a m á t i c a v iv ien te y po r ello el l ingüis ta d e b e e x a m i n a r el f u n c i o n a m i e n t o del len­gua je en los h a b l a n t e s , y c o m p a r t e su in terés po r los d ia lec tos . D e Diez a p r o v e c h ó sob re t o d o sus es tud ios de filología r o m á n i c a , e s p e c i a l m e n t e la p a r t e léxica.

Son , sin e m b a r g o , dos los l ingüis tas q u e m á s a t r a j e ron su a t enc ión , q u e m á s s u g e r e n c i a s le d i e ron y con los q u e c o m p a r t e m á s ideas : u n o es W i l h e m von H u m -bo ld t ; el o t ro , H e r m a n n Pau l .

D e H u m b o l d t conoce pe r f ec t amen te su v ida y t od a su o b r a c o m o seña la en el Prólogo a G. de Humboldt «Bocetos de viaje a través del País Vasco» ya en 1889 y d e él a d o p t a su p r i m e r a conf igurac ión en t o rno a la l ingüís t ica . A p r e c i a d e él su l abo r filológica v e r d a d e r a m e n t e científica en t o rno al v a s c u e n c e y t r a d u c e su Reiseskizzen aus Biscaya en 1889.

BOLETÍN AEPE Nº 26. Vicente GONZÁLEZ MARTÍN. Unamuno lingüista

U n c ie r to r o m a n t i c i s m o e i dea l i smo en el c a r á c t e r u n a m u n i a n o lo l leva a a cep ­t a r m u c h a s ideas h u m b o l d t i a n a s y a hace r l a s suyas . Así cree en el p a r a l e l i s m o e n t r e el h a b l a r y el p e n s a r , en la inf luencia del lenguaje sobre el sen t i r d e los p u e b l o s , en el l engua je c o m o c r e a d o r d e la r ea l i dad ex t e rna . C o i n c i d e con él en c o n s i d e r a r a las l e n g u a s c o m o u n a consecuenc ia d e la fuerza del esp í r i tu y en n o ser cosas f i jadas, s ino en evo luc ión c o n s t a n t e , y en d i s t ingu i r la fo rma in te r ior del lenguaje —innere Sprachform— y la ex te r io r —äussere Sprachform—. Por ú l t i m o se b a s a en H u m b o l d t p a r a d iv id i r a las l enguas en monos i l áb i ca s , i n c o r p o r a n t e s , a g l u t i n a n t e s y flexivas. Y c o n s i d e r a m á s perfec tas a las ú l t i m a s ( m u e r t e del vasco po r -ser a g l u t i n a n t e ) .

A H e r m a n n P a u l , t eór ico p r inc ipa l d e la escuela N e o g r a m á t i c a , es a u n o d e los filólogos ex t r an je ros q u e mejor conoce y q u e m á s leyó. Su o b r a m á s c o n s u l t a d a es Principios de historia lingüística, q u e se e n c u e n t r a en su b ib l io teca a s a e t e a d a d e n o t a s y c o m e n t a r i o s y de l q u e nos d ice en 1899 q u e es «en gene ra l excelente» y q u e le «sug ie re n o p o c o » .

H e r m a n n P a u l a t e m p e r a su idea l i smo l ingüís t ico y lo l leva a e s t u d i a r m á s obje­t i v a m e n t e la n a t u r a l e z a y los factores q u e c o n d i c i o n a n los c a m b i o s l ingüís t icos , espe­c i a l m e n t e la analogía, q u e p a r a U n a m u n o es u n a d e las fuentes m á s i m p o r t a n t e s del l engua je , y los c a m b i o s fonéticos.

C i t a r a todos los l ingüis tas y ana l i z a r q u é a c e p t ó d e ellos en el e s t r echo m a r c o d e u n a r t í c u l o es p r e t e n d e r lo impos ib le . B a s t a r á m e n c i o n a r a d e m á s d e los ya ci ta­d o s a B r ü c k e , T o b l e r , Beno t , M o r e l Fa t io , M e y e r L ü b k e , Foers te r , G a s t o n Par i s , G r ö b e r , Bais t , H a v e l a c q u e , Sayce , W h i t n e y , C u r t i u s , W a r t b u r g , Vié to r , C o h e n , Ascol i , B rea l , e tc . , c o m o u n a m u e s t r a d e su a m p l i a p r e o c u p a c i ó n p o r la l ingüís t ica .

A c a b o es te a r t í cu lo s e ñ a l a n d o , a u n q u e sólo sea m u y d e p a s a d a , p o r q u e ello i m p l i c a r í a u n n u e v o t r aba jo y a en e l abo rac ión , q u e d o n M i g u e l n o sólo e l a b o r a u n a t eor ía a s i s t e m á t i c a y p e c u l i a r del lenguaje d e a c u e r d o con los l ingüis tas c i t ados , s ino q u e se p r e o c u p a p o r p r o b l e m a s concre tos d e la l ingüís t ica c o m o la d i ferencia d e l e n g u a esc r i t a y h a b l a d a , p o r la t e rmino log ía l ingüís t ica , po r los o r ígenes y evo­luc ión d e las l e n g u a s , p o r las grafías , po r la me tá t e s i s , la ana log ía , el d i m i n u t i v o , los d i a l ec tos , la l e n g u a e s p a ñ o l a y u n la rgo e tcé te ra q u e lo conf iguran c o m o u n in te lec­t ua l c o m p r o m e t i d o con la l engua , h a s t a el p u n t o d e e sg r imi r c o m o p r inc ipa l a r m a y o rgu l lo su p a l a b r a frente a la fuerza d e las me t r a l l e t a s el 12 d e o c t u b r e d e 1936 en el P a r a n i n f o d e es ta U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a d i c i endo :

y yo, que soy vasco, llevo toda mi vida enseñándoos la lengua española, que no sabéis. Ese sí es Imperio, el de la lengua española, y no...

BOLETÍN AEPE Nº 26. Vicente GONZÁLEZ MARTÍN. Unamuno lingüista