Modulo 04 O planeta Terra - Relevo

99
6º ano: Caderno 01 / Modulo 04 O PLANETA TERRA: RELEVO Professor Claudio Henrique Ramos Sales GEOGRAFIA

Transcript of Modulo 04 O planeta Terra - Relevo

6º ano: Caderno 01 / Modulo 04

O PLANETA TERRA: RELEVO

Professor Claudio Henrique Ramos Sales

GEOGRAFIA

A superfície terrestre possui formas variadas, áreas mais ou menos elevadas e outras mais ou menos planas. Também encontramos cânions e vales de rios, que fascinam os seres humanos desde a Antiguidade.A beleza das formas e suas características transforma alguns lugares em locais sagrados e, principalmente, em atrações turísticas. Há algum local turístico relacionado ao relevo onde você vive?Nesse módulo, vamos conhecer as formas da superfície terrestre, os agentes transformadores do relevo e estudar o relevo do Brasil.

O PLANETA TERRA: RELEVO

Sedimentação é o oposto de erosão. Na erosão os agentes intempéricos (vento e chuva, principalmente) desgastam as rochas e solo, soltando pequenos pedaços delas e transportando esses fragmentos para regiões mais baixas.Na sedimentação, após estes fragmentos serem depositados em um determinado local, com o tempo acabam por se fundirem (juntarem), formando novas rochas (rochas sedimentares).

EROSÃO X SEDIMENTAÇÃO

OS AGENTES TRANSFORMADORES DO RELEVO

Muitas vezes olhamos para uma paisagem e temos a sensação de que ela sempre foi assim. Mas na verdade o relevo terrestre encontra-se em permanente alteração, numa dinâmica constante de construção, desconstrução e reconstrução.Essas alterações acontecem devido à ação de forças ou agentes internos (parte interna do planeta Terra), também chamados de agentes endógenos, e de forças ou agentes externos (parte externa do planeta Terra), também chamados de agentes exógenos.

OS AGENTES TRANSFORMADORES DO RELEVO

AGENTES INTERNOS

(Endógenos)

Os agentes internos, como o nome diz, são os que têm origem no interior da Terra. Por exemplo, o tectonismo (movimentos tectônicos), o vulcanismo e os terremotos (abalos sísmicos).

AGENTES INTERNOS (ENDÓGENOS)

Os vulcões, ao entrar em erupção, trazem à superfície terrestre lava, cinzas, gases e outros materiais da crosta. A imagem acima mostra a erupção do vulcão Arenal, na Costa Rica

a) Vulcanismo (vulcões)b) Tectonismo (movimentos das placas tectônicas)c) Abalos sísmicos (terremotos)

AGENTES INTERNOS (ENDÓGENOS)

AGENTES INTERNOS (ENDÓGENOS) – VULCANISMO

Vulcanismo É a atividade pela qual os

materiais vindos do manto atingem a superfície.

Através de fendas ou

aberturas da crosta terrestre.

Lavas, cinzas e gases.

Vulcão Stromboli, na Itália.

A acumulação e consolidação da lava expelida pelos vulcões podem dar origem a montanhas e ilhas.

AGENTES INTERNOS (ENDÓGENOS) - TECTONISMO

movimentos das placas tectônicas

AGENTES INTERNOS (ENDÓGENOS) = ABALOS SÍSMICOS

Ocorrem pela liberação de ondas sísmicas que vão se manifestar em uma parte do relevo.O hipocentro é o local de surgimento do abalo, enquanto o epicentro é o local de manifestação deste.

Terremotos

AGENTES EXTERNOS

(Exógenos)

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS)Os agentes externos são aqueles que atuam sobre a superfície terrestre, como a água (por meio das chuvas, dos rios, do gelo, dos oceanos), os ventos e os seres vivos, especialmente o ser humano.O Monument Valley, nos Estados Unidos, é resultado da ação dos agentes externos, que esculpiram essas belas formas.

Os agentes externos modelam as formas do relevo, provocando um fenômeno conhecido como erosão, que é o desgaste da superfície. O material erodido é transportado pela natureza (por exemplo, pela água ou pelo vento) para pontos mais baixos da superfície terrestre, onde são depositados. Assim, podemos dizer que existem três etapas nesse processo: o desgaste, o transporte e a deposição.

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS)

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS): ÁGUA

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS) : ÁGUA

As chuvas

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS): ÁGUA

Os rios

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS): ÁGUA

Aguas oceânicas

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS) : ÁGUAAs geleiras

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS): VENTOO vento

AGENTES EXTERNOS (EXÓGENOS): HUMANOS

Ação humana

AS FORMAS DE RELEVO

As formas da superfície da Terra são caracterizadas a partir da análise dos aspectos visíveis, da sua origem e da sua composição (estrutura sedimentar ou cristalina).

AS FORMAS DE RELEVO

O RELEVO CONTINENTAL

A partir dos três elementos básicos (aspecto, origem e composição), podemos analisar as várias formas do relevo. Sobre a superfície continental destacam-se quatro formas predominantes: a cadeia de montanhas, a planície, a depressão e o planalto.

O RELEVO CONTINENTAL

Montanhas: Formadas pelo encontro de placas tectônicas (convergentes).Depressões: Relevo abaixo do relevo vizinho.Planaltos: Relevo relativamente plano acima de 300 metros.Planícies: Relevo plano abaixo de 300 metros.

O RELEVO CONTINENTAL

CADEIA DE MONTANHAS

As cadeias de montanhas, também chamadas de cordilheiras, são as maiores elevações na superfície terrestre e apresentam encostas íngremes. Têm sua origem em dobras recentes da crosta, por isso recebem a denominação de dobramentos modernos. Alguns exemplos são as montanhas Rochosas (América do Norte), a cordilheira dos Andes (América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia).

O RELEVO CONTINENTAL: CADEIA DE MONTANHAS

O RELEVO CONTINENTAL: MONTANHASSão dobramentos modernos formados pelo encontro

convergente de placas tectônicas.

No Brasil não existem montanhas, já que aqui não temos encontro de placas.

Os maiores picos do mundo (Evereste, K2, Aconcágua), são montanhas.

O RELEVO CONTINENTAL: MONTANHAS

Alpes em Luttertannen,Suíça.

CORDILHEIRA DO HIMALAIA

MONTE EVEREST – 8.848M

CORDILHEIRA DOS ANDES

MONTE ACONCÁGUA – 6. 962m

MONTE KILEMANJARO – 5.891m

MONTE KILEMANJARO – 5.891m

PLANÍCIE

O RELEVO CONTINENTAL: PLANÍCIES

Vista área do Pantanal. Poconé, MT.

São áreas geralmente planas e basicamente formadas por rochas sedimentares.

Em geral, essa forma de relevo é encontrada ao longo dos grandes rios e nas proximidades de lagos e mares.

Nas planícies, o processo de sedimentação supera o de erosão.

Essas Rochas sedimentares são formadas por sedimentos vindos de terrenos vizinhos com maior altitude, como os planaltos.

PantanalO RELEVO CONTINENTAL:

PLANÍCIES

Planície AmazônicaO RELEVO CONTINENTAL:

PLANÍCIES

O RELEVO CONTINENTAL: PLANÍCIES

Planície costeiraem Maxaranguape,litoral do Rio Grande do Norte.

O RELEVO CONTINENTAL: PLANÍCIES

DEPRESSÃO

O RELEVO CONTINENTAL: DEPRESSÃO

PlanaltoDepressãoEscarpa

São áreas mais baixas que o relevo ao seu redor. Nessa forma de relevo predomina o processo de erosão. Sua origem também pode estar ligada ao rebaixamento de determinadas áreas.

O RELEVO CONTINENTAL: DEPRESSÕES

O RELEVO CONTINENTAL: DEPRESSÕESSão áreas mais baixas que o relevo ao seu redor.

Apresentam uma leve inclinação. Essa superfície quase plana apresenta poucas irregularidades e altitudes que variam entre 100 m e 500 m.

As depressões podem ser classificadas com base no nível do mar.

Ex: O mar Morto, na Ásia, é um exemplo de depressão absoluta. Ele está metros abaixo do nível do mar. Área de depressão acima do nível do mar, localizada no parque nacional da

Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Exemplo de depressão relativa

Conforme já citado, são também caracterizadas por um processo de erosão, que é um aspecto determinante na sua formação.

São aquelas depressões que ficam acima do nível do mar.

DEPRESSÕES RELATIVAS

São aquelas depressões que ficam abaixo do nível do mar.

DEPRESSÕES ABSOLUTAS

O RELEVO CONTINENTAL: DEPRESSÕES

O RELEVO CONTINENTAL: DEPRESSÕES

PLANALTO

O RELEVO CONTINENTAL: PLANALTO

DepressãoPlanalto

Escarpa

O RELEVO CONTINENTAL: PLANALTOSSão terrenos elevados que se encontram acima dos 300 metros e, pelo menos de um

lado, devem estar acima de um relevo de altitude mais baixa.

Os planaltos podem ter terrenos planos ou inclinados .

Ex: Planalto Cristalino ou Oriental (São Paulo-SP) é um exemplo de planalto plano

Ex: Planalto Central (Brasília)é um exemplo de planalto plano

Os planaltos são superfícies que podem apresentar diferentes aspectos (serras, chapadas, morros, escarpas etc.), mas, todos são afetados principalmente pelo processo de erosão, fazendo com que eles doem mais sedimentos que recebam.

Obs.: Notem como o horizonte se encontra distante na foto, o que indica que o relevo é pouco movimentado, isto é, possui poucos morros ou inclinações.

Os planaltos em áreas sedimentares apresentam relevo mais plano, chamado de chapada.Já os planaltos em áreas cristalinas, isto é, formados por rochas magmáticas e metamórficas, apresentam terrenos mais acidentados.

O RELEVO CONTINENTAL: PLANALTO

O RELEVO CONTINENTAL: PLANALTO

Planalto emSanta Catarina.

MONTERORAIM

A

Planalto

Escarpa

SERRAS

Formadas, geralmente, por relevos alongados com topos irregulares, muitas vezes isolados na paisagem. Sua origem pode estar relacionada a antigas cadeias de montanhas desgastadas pela erosão.

O RELEVO CONTINENTAL: SERRAS

Serra Rio dos Rastros - SC

O RELEVO CONTINENTAL: SERRAS

Serra das Araras- RJ

O RELEVO CONTINENTAL: SERRAS

Serra da Mantiqueira - MG

O RELEVO CONTINENTAL: SERRAS

Serra da Leba - Angola

O RELEVO CONTINENTAL: SERRAS

Serra da Cantareira - SP

O RELEVO CONTINENTAL: SERRAS

ESCARPAS

O RELEVO CONTINENTAL: ESCARPAS

PlanaltoDepressãoEscarpa

São formas que lembram um degrau (ou paredões). O exemplo mais comum são as bordas de alguns planaltos. No Brasil, o termo serra é usado de maneira errônea para denominar as bordas de um planalto, que na verdade formam escarpas. Esse é o caso da Serra do Mar, no estado de São Paulo.

O RELEVO CONTINENTAL: ESCARPAS

O RELEVO CONTINENTAL: ESCARPAS

Escarpa da serra do Mar, no estado de São Paulo

O RELEVO CONTINENTAL: ESCARPAS

O RELEVO CONTINENTAL: ESCARPAS

RESUMINDO

O RELEVO SUBMARINO

As formas do relevo submarino apresentam características distintas.Em um primeiro patamar, que corresponde à continuação do continente, encontra-se a plataforma continental, de grande importância econômica, e o talude continental. A importância econômica está relacionada à atividade pesqueira e à exploração do petróleo, como ocorre no Brasil.Em um segundo patamar, que atinge grandes profundidades, encontram-se as bacias oceânicas, as fossas oceânicas e as cordilheiras marinhas ou dorsais oceânicas.As ilhas podem ser encontradas nesses dois patamares. Quando estão próximas ao continente, são chamadas de ilhas costeiras. Quando se encontram afastadas, recebem o nome de ilhas oceânicas. É o caso da ilha de Santa Helena, no meio do oceano Atlântico.

O RELEVO SUBMARINO

Plataforma Continental É a continuação do continente, mesmo submerso. Possui profundidade média de 0 a 200 m, o que significa que a luz solar infiltra-se na água, o que gera condições propícias à atividade biológica e ocasiona uma enorme importância econômica - a PESCA. Há também, na plataforma continental, a ocorrência de petróleo.

TaludeDesnível abrupto de 2 a 3 km. É o fim do continente.

Região AbissalQuando ocorre, aparece junto ao talude e corresponde às fossas marinhas.

Região PelágicaÉ o relevo submarino propriamente dito, com planícies, montanhas e depressões.Surgem aqui as ilhas oceânicas

RESUMO: RELEVO SUBMARINO

RESUMO

O RELEVO BRASILEIRO

O relevo brasileiro apresenta diversas formas com altitudes variadas.Observe no mapa a seguir a altimetria da superfície brasileira.

O RELEVO BRASILEIRO

Como podemos observar no mapa, as maiores altitudes brasileiras estão localizadas ao norte, na fronteira com a Venezuela e com a Guiana. Ao norte do estado do Amazonas, encontra-se o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, com 2994 metros. Próximo a ele está o Pico 31 de Março, com 2973 metros.

O RELEVO BRASILEIRO

O Sudeste é outra região que apresenta altitudes significativas para os padrões brasileiros. Na Serra do Caparaó, em Minas Gerais, encontram-se o Pico da Bandeira (2890 m) e a Pedra da Mina (2792 m).

O RELEVO BRASILEIRO

E por que nossas altitudes são tão baixas?

Conforme estudamos no módulo anterior, o território brasileiro possui posição privilegiada no centro da placa tectônica Sul-Americana, região mais estável do ponto de vista tectônico, estando, portanto, afastado de suas bordas. Isso faz com que os abalos sísmicos ocorram com baixa intensidade, sendo praticamente imperceptíveis na maioria das vezes.

Não havendo choque entre placas ou atividade vulcânica, não há formação de montanhas ou cordilheiras. Isso faz com que há milhões de anos não ocorram soerguimentos (refere-se à formação de elevações no relevo, como montanhas ou cordilheiras) no território brasileiro. Ou seja, as elevações da crosta terrestre no Brasil são muito antigas.

O RELEVO BRASILEIRO

Se por um lado os agentes internos não atuam de forma significativa há muito tempo, não se pode dizer o mesmo dos agentes externos. Ao longo desses milhões de anos o relevo brasileiro sofreu um desgaste causado, principalmente, pela ação da água e do vento. Essas características fazem com que não existam montanhas em nosso país.

O RELEVO BRASILEIRO

Assim, atualmente predominam no Brasil três grandes formas de relevo: os planaltos, as planícies e as depressões relativas. Essas formas apresentam características físicas próprias, relacionadas ao tipo de rocha predominante, bem como formas e altitudes semelhantes.

Observe o mapa a seguir.

O RELEVO BRASILEIRO