AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E...

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AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE ILUMINAÇÃO DO ESTÁDIO MUNICIPAL DR. RONALDO JUNQUEIRA Luis Eduardo Ricci Rio de Janeiro 2019 Projeto de Graduação apresentado ao Corpo Docente do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Eletricista. Orientador: Jorge Luiz do Nascimento

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AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS E DE ILUMINAÇÃO DO ESTÁDIO MUNICIPAL

DR. RONALDO JUNQUEIRA

Luis Eduardo Ricci

Rio de Janeiro

2019

Projeto de Graduação apresentado ao

Corpo Docente do Departamento de

Engenharia Elétrica da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro,

como parte dos requisitos necessários à

obtenção do título de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Jorge Luiz do Nascimento

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AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS E DE ILUMINAÇÃO DO ESTÁDIO MUNICIPAL

DR. RONALDO JUNQUEIRA

Luis Eduardo Ricci

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO

DOCENTE DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA

POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A

OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO ELETRICISTA.

Examinado por:

_______________________________________________

Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.

(Orientador)

___________________________________________

Prof. Jorge Nemésio Sousa, MSc. UFRJ

___________________________________________

Prof. José Luiz da Silva Neto, Dr. Ing.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

AGOSTO DE 2019

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Ricci, Luis Eduardo

Avaliação e Diagnóstico das Instalações Elétricas e de

Iluminação do Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira/

Luis Eduardo Ricci - Rio de Janeiro: UFRJ / ESCOLA

POLITÉCNICA, 2019.

XIII, 95 p.; il.; 29,7 cm.

Orientador: Jorge Luiz do Nascimento

Projeto de Graduação - UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Elétrica, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 88-92.

1. Introdução 2. Situação Atual 3. Sistema de

Iluminação 4. Sistema Elétrico 5. Baixas e Soluções 6.

Conclusão

I. Nascimento, Jorge Luiz do. II. Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia

Elétrica. III. Título.

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Dedico este trabalho à minha mãe

Rosangela,

ao meu pai Luiz Antônio,

ao meu irmão Lucas,

e a todos meus amigos e familiares.

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v

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais Luiz e Rosangela pelo incentivo e apoio durante toda

minha jornada na UFRJ, fazendo o possível para que eu atingisse os meus objetivos. Ao

meu irmão Lucas pela amizade e companheirismo.

A minha namorada Mariana pelos momentos de carinho e confiança que me dão

forças para realizar meus sonhos.

Aos meus familiares que sempre me apoiaram e comemoraram minhas conquistas,

prestando suporte durante minha caminhada.

Aos docentes e funcionários do Departamento de Engenharia Elétrica da UFRJ,

por toda ajuda e amparo nos momentos que precisei.

Um agradecimento especial ao meu orientador do projeto de graduação, Jorge

Luiz do Nascimento pela compreensão e orientação na reta final do curso.

Aos meus amigos do curso de Engenharia Elétrica, que viveram comigo todos os

momentos ao longo desses anos.

Aos meus amigos da República dos Créto, que foram minha segunda família no

Rio de Janeiro, com quem vivi momentos de descontração e aprendizado. Agradeço

também a Janete que era nossa segunda mãe no Rio de Janeiro.

Agradeço aos profissionais da Eco Brasil Solar, que me deram a oportunidade de

aprendizado e trabalho.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista

AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE

ILUMINAÇÃO DO ESTÁDIO MUNICIPAL DR. RONALDO JUNQUEIRA

Luis Eduardo Ricci

Agosto/2019

Orientador: Jorge Luiz do Nascimento

Curso: Engenharia Elétrica

O futebol é o esporte favorito e mais popular no mundo todo. Em seu âmbito

profissional ele é praticado em estádios que devem garantir conforto ao público e o

ambiente propício para os jogadores desempenharem sua profissão, além das condições

ideais para transmissões pela TV e internet com alta qualidade de imagem.

Para que as partidas também possam ser realizadas ao fim da tarde ou a noite o

estádio deve contar com um projeto de iluminação completo. Um sistema que atenda aos

corredores, circulações e vias de escape rápido, e o sistema de iluminação do campo para

que os jogadores, árbitros e espectadores possam ver a ação de forma clara e sem esforço.

Este trabalho visa analisar as condições físicas, elétricas e o sistema de iluminação

do estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira em Poços de Caldas, averiguando se o

mesmo atende aos requisitos estabelecidos pelas normas nacionais e internacionais. Ao

final são propostas soluções para corrigir os problemas encontrados e proposto um projeto

de adequação visando cumprir todas as recomendações de iluminação esportiva para a

classe ao qual o estádio é designado.

Palavras-chave: Iluminação de Estádios, Eventos Televisionados, Estádio Ronaldão,

Iluminação Esportiva, Instalações Elétricas

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

the requirements for the degree of Electric Engineer

EVALUATION AND DIAGNOSIS OF ELECTRICAL AND LIGHTING

INSTALLATIONS OF THE MUNICIPAL STADIUM DR. RONALDO

JUNQUEIRA

Luis Eduardo Ricci

August/2019

Advisor: Jorge Luiz Nascimento

Course: Electrical Engineering

Football is the favorite s and most popular sport worldwide. In its professional

scope, it is practiced in stadiums that must ensure comfort to the public and the ambience

propitious for the players carry out their profession, besides the ideal conditions for TV

and internet transmission with high quality of image.

In order for matches to be played in the late afternoon or evening, the stadium

must have a complete lighting project. A system that caters to corridors, circulations and

fast escape routes, and the field lighting system so players, referees and spectators can

see the action clearly and effortlessly.

This work aims to analyze the physical conditions, electric and lighting system of

the Municipal Stadium Dr. Ronaldo Junqueira in Poços de Caldas, ascertaining if it meets

the requirements established by the national and international standards. At the end,

solutions are proposed to correct problems encountered and proposed an adequacy

project, aiming to fulfill all the sport lighting recommendations for the class to which the

stadium is designated.

Key-words: Stadium Lighting, Television Events, Ronaldão Stadium, Sports Lighting,

Electrical Installations

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Obras do Estádio Ronaldão em 1978................................................................ 6

Figura 2 - Fachada do Estádio Ronaldão........................................................................... 6

Figura 3 - Fachada e Muro................................................................................................. 7

Figura 4 - Vestiário do Estádio Ronaldão.......................................................................... 7

Figura 5 - Pintura do Vestiário.......................................................................................... 8

Figura 6 - Calha em Uma Sala do Estádio......................................................................... 8

Figura 7 - Desenho da Planta 1.......................................................................................... 9

Figura 8 - Desenho da Planta 2.......................................................................................... 9

Figura 9 - Desenho da Planta 3.......................................................................................... 9

Figura 10 - Área de Circulação........................................................................................ 10

Figura 11 - Desenho da Planta da Arquibancada Descoberta.......................................... 11

Figura 12 - Placa de Sinalização da Arquibancada Coberta............................................. 11

Figura 13 - Salas de Transmissão e Monitoramento........................................................ 12

Figura 14 - Portões de Saída............................................................................................ 13

Figura 15 - Distância das Arquibancadas ao Campo........................................................ 14

Figura 16 - Corrimãos e Escadas do Estádio Ronaldão................................................... 14

Figura 17 - Hidrante na Parte Interna do Estádio............................................................. 15

Figura 18 - Calha na Arquibancada Descoberta............................................................... 16

Figura 19 - Vista do Estádio a Partir da Arquibancada Coberta...................................... 16

Figura 20 - Torre de Reservatório de Água...................................................................... 17

Figura 21 - Banco de Reservas......................................................................................... 17

Figura 22 - Localização da Torre de Iluminação na Parte Externa.................................. 18

Figura 23 - Distância das Torres até o Meio de Campo................................................... 19

Figura 24 - Portão de Entrada Para Veículos de Emergência.......................................... 19

Figura 25 - Sinalização de Capacidade Máxima do Gramado......................................... 20

Figura 26 - Visão Superior do Ronaldão e Rua Hélio Dominguete................................. 21

Figura 27 - Área Externa do Estádio Ronaldão................................................................ 22

Figura 28 - Projetores...................................................................................................... 24

Figura 29 - Lâmpada Utilizada na Iluminação do Campo............................................... 24

Figura 30 - Disposição dos Postes Refletores em uma das Laterais do Campo............... 25

Figura 31 - Planta da Arquibancada Coberta................................................................... 26

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Figura 32 - Disposição de Uma Lâmpada na Área de Circulação................................... 26

Figura 33 - Reator das Lâmpadas Fluorescentes............................................................. 27

Figura 34 - Luminária das Salas do Estádio Ronaldão.................................................... 27

Figura 35 - Luminária de Emergência............................................................................. 29

Figura 36 - Diagrama Trifilar da Iluminação Externa...................................................... 30

Figura 37 - Caixa do Disjuntor......................................................................................... 31

Figura 38 - Luminárias Para Iluminação Externa............................................................ 31

Figura 39 - Luminárias Externas Para Circulação de Pedestres....................................... 32

Figura 40 - Painel de Controle Para Acendimento dos Holofotes................................... 33

Figura 41 - Refletor Utilizado no Estádio........................................................................ 34

Figura 42 - Disposição dos Projetores............................................................................. 35

Figura 43 - Angulação dos Projetores.............................................................................. 35

Figura 44 - Transformador Responsável Pelo Fornecimento de Energia......................... 36

Figura 45 - Disjuntor de Proteção.................................................................................... 37

Figura 46 - Sequência de Acionamento dos Holofotes.................................................... 38

Figura 47 - Construção que Abriga os Reatores .............................................................. 39

Figura 48 - Equipamentos de Proteção das Torres de Iluminação................................... 40

Figura 49 - Saídas da Sinalização, Bombas e Administração.......................................... 41

Figura 50 – Quadro de Distribuição Trifásico.................................................................. 42

Figura 51 - Transformador e Quadro de Distribuição...................................................... 42

Figura 52 - Diagrama Trifilar do Sistema Elétrico........................................................... 43

Figura 53 - Medidor de Energia da Parte Administrativa................................................ 44

Figura 54 - Quadro de Distribuição Secundário............................................................... 45

Figura 55 - Quadro de Distribuição dos Vestiários.......................................................... 46

Figura 56 - Quadro de Distribuição Das Demais Salas.................................................... 47

Figura 57 - Planta do Sistema Elétrico em Parte 1........................................................... 48

Figura 58 - Planta do Sistema Elétrico em Parte 2........................................................... 48

Figura 59 - Planta do Sistema Elétrico em Parte 3........................................................... 49

Figura 60 - Cabeamento da Iluminação do Campo.......................................................... 50

Figura 61 - Grupo Motor-Gerador do Estádio Ronaldão................................................. 51

Figura 62 - Quadro de Ligação Entre Gerador e Rede..................................................... 51

Figura 63 - Para-raios da Torre de Iluminação................................................................. 52

Figura 64 - Bomba Hidráulica......................................................................................... 53

Figura 65 - Painel de Acionamento da Bomba Hidráulica............................................... 54

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Figura 66 - Infiltração na Arquibancada Descoberta....................................................... 56

Figura 67 - Estacionamento Descoberto.......................................................................... 57

Figura 68 - Túnel Descoberto de Acesso ao Campo........................................................ 58

Figura 69 - Quadro de Distribuição................................................................................. 61

Figura 70 - Placa de Isopor no Quadro de Distribuição................................................... 62

Figura 71 - Extensão Elétrica........................................................................................... 63

Figura 72 - Transformador sem Placa de Identificação Visível....................................... 65

Figura 73 - Placa de Identificação do Transformador...................................................... 65

Figura 74 - Sala do Grupo Motor-Gerador....................................................................... 66

Figura 75 - Cabo da Sala do Grupo Gerador.................................................................... 67

Figura 76 - Cabo no Cubículo do Transformador............................................................ 68

Figura 77 - Cabos da Bomba d’Água............................................................................... 68

Figura 78 - Ligação da Luminária de Emergência do Túnel............................................ 69

Figura 79 - Tomada no Vestiário..................................................................................... 70

Figura 80 - Tomada de 3 Pinos........................................................................................ 71

Figura 81 - Lâmpada Tubular de LED............................................................................. 72

Figura 82 - Lâmpada do Túnel de Acesso ao Campo...................................................... 73

Figura 83 - Lâmpada para Iluminação Externa................................................................ 74

Figura 84 - Lâmpada de Modelo HQI-TS........................................................................ 75

Figura 85 - Projetor Escolhido para o Projeto.................................................................. 76

Figura 86 - Altura das Torres de Iluminação.................................................................... 77

Figura 87 - Dados Utilizados no Conversor Lumens-Lux............................................... 79

Figura 88 - Direcionamento das Luminárias no DIALux................................................ 81

Figura 89 - Áreas Onde Não Devem Ter Luminárias...................................................... 81

Figura 90 – Localização dos Postes..................................................................................82

Figura 91 - Mapa com Níveis de Iluminação................................................................... 82

Figura 92 - Resultados para Iluminação........................................................................... 83

Figura 93 - Reator............................................................................................................ 84

Figura 94 - Gerador a ser Utilizado no Projeto de Adequação........................................ 85

Figura A1 - Interface do DIALux.................................................................................... 93

Figura A2 - Aba Iluminação de Campos.......................................................................... 94

Figura A3 - Tabela de Holofotes...................................................................................... 94

Figura A4 - Relatórios da Avaliação................................................................................ 95

Figura A5 - Inserção de Luminárias................................................................................. 95

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LISTA DE SIGLAS

W - Watt

kVA - Kilovoltampere

NBR - Norma Brasileira

Hz - Hertz

IRC ou Ra - Índice de Reprodução de Cor

Tk - Temperatura Kelvin

DME - Departamento Municipal de Eletricidade

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

IP - Índice de Proteção

CBF - Confederação Brasileira de Futebol

FIFA - Fédération Internationale de Football Association

IEC - International Electrotechnical Commission

UEFA - Union of European Football Associations

IES - Illuminating Engineering Society

UPS - Uninterruptible Power Supply

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 1

1.1 OBJETIVO........................................................................................................ 3

1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................... 3

1.3 METODOLOGIA............................................................................................... 3

1.4 ORGANIZAÇÃO............................................................................................... 4

2 SITUAÇÃO ATUAL.................................................................................................. 5

2.1 O ESTÁDIO....................................................................................................... 5

2.2 ESPAÇO INTERNO.......................................................................................... 6

2.3 ARQUIBANCADAS E DEMAIS ESTRUTURAS.......................................... 13

2.4 GRAMADO..................................................................................................... 20

2.5 ÁREA EXTERNA E ESTACIONAMENTO................................................... 20

3 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO................................................................................ 23

3.1 ILUMINAÇÃO DO CAMPO........................................................................... 23

3.2 ILUMINAÇÃO INTERNA.............................................................................. 25

3.2.1 Iluminação de Segurança..................................................................... 28

3.3 ILUMINAÇÃO EXTERNA E ESTACIONAMENTO.................................... 29

3.4 LÂMPADAS E EQUIPAMENTOS AUXILIARES........................................ 32

3.4.1 Índice de Reprodução de Cor e Temperatura.................................... 34

3.5 PROJETORES.................................................................................................. 34

4 SISTEMA ELÉTRICO............................................................................................ 36

4.1 ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DO ESTÁDIO................................................ 36

4.1.1 Painel de Controle................................................................................. 37

4.1.2 Quadro de Distribuição Trifásico e Transformador.......................... 41

4.2 CIRCUITO ELÉTRICO EM GERAL.............................................................. 44

4.3 CABEAMENTO.............................................................................................. 49

4.4 GERADOR DE ENERGIA ELÉTRICA.......................................................... 50

4.5 SISTEMA DE ATERRAMENTO E PARA-RAIOS........................................ 52

4.6 SISTEMA DE BOMBA DE INCÊNDIO......................................................... 53

5 BAIXAS E SOLUÇÕES........................................................................................... 55

5.1 ESTRUTURA FÍSICA..................................................................................... 55

5.1.1 Infiltração.............................................................................................. 55

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5.1.2 Estacionamento Descoberto................................................................. 56

5.1.3 Túnel de Acesso ao Campo................................................................... 57

5.2 INSTALAÇÃO ELÉTRICA............................................................................ 59

5.2.1 Diagramas Trifilares e Unifilares........................................................ 59

5.2.2 Quadros de Distribuição Secundários................................................. 60

5.2.2.1 Extensão Elétrica.......................................................................... 63

5.2.3 Quadro de Distribuição Trifásico........................................................ 64

5.2.4 Transformador Interno........................................................................ 64

5.2.5 Isolamento Acústico da Sala do Gerador............................................ 66

5.2.6 Cabos..................................................................................................... 67

5.2.7 Ligação da Luminária de Emergência dos Túneis............................. 69

5.2.8 Tomadas................................................................................................ 70

5.3 ILUMINAÇÃO COMUM................................................................................ 71

5.3.1 Iluminação dos Túneis.......................................................................... 72

5.3.2 Iluminação Externa.............................................................................. 73

5.4 ILUMINAÇÃO ESPORTIVA.......................................................................... 74

5.4.1 Lâmpadas.............................................................................................. 74

5.4.2 Projetores.............................................................................................. 76

5.4.3 Altura dos Postes Refletores................................................................. 77

5.4.4 Níveis de Iluminação e Uniformidade................................................. 78

5.4.5 Simulação do Sistema de Iluminação.................................................. 79

5.4.6 Reatores................................................................................................. 83

5.4.7 Alimentação Elétrica do Estádio.......................................................... 84

5.4.8 Gerador de Energia Elétrica................................................................ 85

6 CONCLUSÃO........................................................................................................... 86

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 88

APÊNDICE A - DIALUX............................................................................................. 93

A1 VISÃO GERAL DA INSTALAÇÃO DO DIALUX 4.13................................ 93

A2 FUNÇÕES E UTILIZAÇÃO............................................................................ 93

A3 INSERÇÃO DE LUMINÁRIAS...................................................................... 95

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1

1 INTRODUÇÃO

Antes da invenção da lâmpada, o período produtivo era compreendido entre o

nascer do Sol até o momento em que se punha. Com o surgimento da iluminação artificial,

o período produtivo pôde ser estendido, aumentando-se as horas úteis de trabalho e de

lazer, o que proporcionou o avanço da civilização, impulsionando a indústria, a economia,

a cultura, a ciência e o entretenimento [1]. A iluminação artificial é fundamental nos dias

atuais para o bem-estar da população. Um local mal iluminado contribui para a

diminuição da segurança das pessoas, como também colabora para problemas físicos e

emocionais no ambiente de trabalho. A falta de iluminação acarreta no não

aproveitamento da plena capacidade de um determinado local, afastando as pessoas e

diminuindo a produção, o lazer e o consumo.

Por se tratar de uma área tecnológica, o projeto de iluminação deve estar sempre

atualizado, utilizando as técnicas e equipamentos mais modernos. A obsolescência em

uma instalação de iluminação pode acarretar no desperdício de dinheiro e de recursos

energéticos, visto que as lâmpadas e equipamentos antigos apresentam maiores perdas e

menor eficiência, além de poderem não estar mais dentro das normas vigentes para

instalações elétricas devido as suas atualizações. Em um projeto luminotécnico, como em

qualquer projeto de engenharia, a iluminação deve ser pensada individualmente para cada

caso, a fim de evitar o surgimento de muitos problemas. Também, toda a parte elétrica de

alimentação dos aparelhos de iluminação deve ser bem estruturada para que não ocorram

curtos, choques elétricos e interrupção da passagem de energia e de produção da luz. Em

instalações antigas podem ocorrer umidade e oxidação, não havendo o funcionamento

correto dos aparelhos e podendo causar acidentes. Outros problemas estão relacionados

com a manutenção dos equipamentos de proteção, como disjuntores e fusíveis e até com

a escolha errada das lâmpadas, luminárias e projetores que não sejam adequados à

finalidade desejada.

Dentre os vários tipos de iluminação existentes, encontram-se a iluminação de

interiores, no que diz respeito a residências, locais de trabalho, salões de festas, pátios de

fábrica, entre outros, a iluminação pública que é responsável pela iluminação das vias de

circulação e espaços públicos, a iluminação de fachadas e monumentos usada em prédios,

museus, estátuas e outras construções e também a iluminação esportiva, utilizada em

ginásios, estádios e outras instalações esportivas. No início da prática do futebol, os jogos

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2

na maioria dos estádios somente podiam ser realizados no período diurno devido ao fato

desse esporte ainda não ser muito difundido e os estádios não terem suporte para

iluminação. Com a popularização do esporte e os avanços tecnológicos na área de

iluminação técnica, proporcionou-se que os jogos também fossem realizados no fim da

tarde e durante a noite.

O Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, conhecido como Ronaldão,

localizado em Poços de Caldas – MG, é um exemplo desta estrutura para jogos de futebol

também no período noturno. Ele recebe jogos de futebol de campeonatos estaduais e

nacionais no período da noite, além de receber outros eventos para entretenimento da

população, tanto dentro do estádio como na sua parte externa, sendo assim necessária a

utilização do sistema de iluminação artificial específica para tais atividades propiciada

também pelo avanço tecnológico também das instalações de energia elétrica e estrutural

das edificações.

O estádio foi projetado na década de 70, tendo então sua estrutura física quase 50

anos desde a construção. Muitos de seus equipamentos da parte elétrica e de iluminação

são antigos. Mesmo havendo algumas melhorias e expansões ao longo desses anos, o

estádio Ronaldão deixa a desejar em alguns aspectos.

Como as partidas são televisionadas e transmitidas via internet, o projeto de

iluminação do campo deve proporcionar ao telespectador uma visão nítida das ações de

forma clara e sem esforço, além de propiciar aos atletas, árbitros e público que acompanha

das arquibancadas uma visão ampla e sem empecilhos, sempre obedecendo as normas

vigentes para transmissão televisiva dos jogos. Não só isso, a iluminação instalada em

toda a estrutura de um estádio esportivo deve garantir também a segurança no estar e nos

deslocamentos das pessoas, aplicando-se também na parte externa, onde a questão da

segurança contra malfeitores não pode ser esquecida. É necessário, portanto, avaliar e

atualizar constantemente o sistema de iluminação e o sistema elétrico que fornece a

energia para a iluminação. Um trabalho como estes envolve a avaliação das condições

das instalações em geral: iluminação, elétrica e estrutural, concluindo por apontar

soluções tecnologicamente atualizadas e em conformidade com as normas vigentes, além

de rever a adequação de itens relacionados aos projetos anteriores.

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3

1.1 OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo analisar o sistema elétrico de iluminação do

Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira em Poços de Caldas para avaliar se ele pode

sediar jogos de âmbitos estadual e nacional, seguindo todos os requisitos e normas

estabelecidos, proporcionando um nível adequado de iluminação, além de averiguar se

suas instalações internas e externas atendem às normas vigentes para a realização de

outros eventos relacionados. Para os itens em desacordo serão propostas mudanças para

sua adequação, sendo realizado os cálculos necessários, além da escolha correta dos

equipamentos de iluminação, mudanças estruturais de postes e alteração no sistema de

fornecimento de energia.

1.2 JUSTIFICATIVA

No Brasil acontecem campeonatos estaduais e de divisões inferiores na qual a

qualidade do espetáculo é afetada pela falta de infraestrutura dos estádios, incluindo o

sistema de iluminação, o que também afasta os torcedores de acompanharem as partidas.

Fazendo uma análise criteriosa do Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, vê-

se que é possível melhorar e adequar o estádio para que atraia maior público tanto no

local quanto nas exibições televisivas, seguindo as normas existentes, além de propiciar

um ambiente mais confortável para a realização de eventos de entretenimento no local.

1.3 METODOLOGIA

No trabalho são adotados os seguintes métodos:

• Levantamento da situação atual do estádio, de suas partes civil, elétrica e de

iluminação.

• Estudo das instalações do Estádio Ronaldo Junqueira.

• Apresentação das normas técnicas referentes a iluminação de estádios de

futebol e instalações elétricas e civis.

• Análise quanto a implementação das normas.

• Propostas de alteração no sistema de iluminação e solução do sistema elétrico

e civil do Estádio Ronaldo Junqueira.

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4

• Projeto de adequação do sistema de iluminação para o estádio.

1.4 ORGANIZAÇÃO

Este trabalho está elaborado em 6 Capítulos, incluindo o Capítulo introdutório.

O Capítulo 2 traz o levantamento da situação atual do estádio, quanto à parte civil

e também suas finalidades, para que se compreenda qual a importância do estádio.

O Capítulo 3 aborda o levantamento da parte de iluminação do estádio, tanto em

suas dependências internas quanto a iluminação esportiva.

O Capítulo 4 tem ênfase no levantamento do sistema elétrico do estádio.

O Capítulo 5 traz uma análise criteriosa do sistema de iluminação do estádio, da

parte civil e do sistema elétrico, expondo as baixas encontradas atualmente e iniciando

uma abordagem para que estes problemas sejam solucionados. Posteriormente soluções

são propostas e um novo projeto de iluminação é apresentado.

O Capítulo 6 conclui o trabalho, fazendo uma consideração sobre os pontos

analisados, modificações realizadas e cumprimento das recomendações.

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5

2 SITUAÇÃO ATUAL

No presente capítulo será apresentada uma descrição, como resultado de uma

inspeção realizada sobre as condições físicas e estruturais das partes edificadas do estádio

Ronaldão, com relação a sua utilização para as finalidades a que se destina.

2.1 O ESTÁDIO

O Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, popularmente conhecido como

Ronaldão, é um estádio de futebol localizado na cidade de Poços de Caldas no Sul de

Minas Gerais, distante cerca de 460 km da capital estadual, Belo Horizonte. É situado no

endereço Rua Hélio Dominguete, S/N no bairro Vila Olímpica e tem como gestor a

prefeitura municipal da cidade de Poços de Caldas.

O estádio foi idealizado em 1976 e o terreno doado pelo Estado em 1977, dando

início às obras realizadas com recursos da Prefeitura Municipal e através de recursos

advindos da venda de cadeiras cativas e de loteamentos da área doada. A construção foi

iniciada em 1978 (Figura 1) e após 1 ano de obras o Ronaldão foi inaugurado no dia 4 de

setembro de 1979, numa partida amistosa realizada entre Caldense e Corinthians.

Diversos jogos importantes já foram realizados no local, destacando-se o amistoso entre

Caldense e a seleção brasileira como preparação para a Copa do Mundo de 1982 e o jogo

do título do Campeonato Mineiro de 2002, sobre o Nacional de Uberaba.

O local sedia diversos eventos esportivos e de entretenimento da região, além de

ser a casa dos times da cidade: o Poços de Caldas Futebol Clube e, principalmente, a

Associação Atlética Caldense, que disputa a primeira divisão do campeonato mineiro de

futebol e campeonatos nacionais [2].

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6

Figura 1 - Obras do Estádio Ronaldão em 1978

Fonte: Caldense [3]

2.2 ESPAÇO INTERNO

O Estádio Ronaldão tem sua parte edificada projetada no fim da década de 70, não

havendo nenhuma adição estrutural por obras pós-projeto, conservando até os dias atuais

a mesma estruturação da sua parte interna e sua fachada original, como pode ser visto na

Figura 2 e na Figura 3, compreendendo também o muro que cerca o estádio junto à

fachada. No estádio foram realizadas apenas melhorias nos vestiários, como a troca de

azulejos e pintura das paredes (Figuras 4 e 5) e nas calhas do estádio (Figura 6).

Figura 2 - Fachada do Estádio Ronaldão

Fonte: acervo do autor

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Figura 3 - Fachada e Muro

Fonte: acervo do autor

Figura 4 - Vestiário do Estádio Ronaldão

Fonte: acervo do autor

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Figura 5 - Pintura do Vestiário

Fonte: acervo do autor

Figura 6 - Calha em Uma Sala do Estádio

Fonte: acervo do autor

Na parte inferior da arquibancada coberta, encontra-se: vestiário do clube local,

túnel de acesso ao campo, sala de fisioterapia, rouparia, alojamento, depósitos e oficinas

(Figura 7). Bares, cozinha, entradas, área de circulação de torcedores (Figura 8).

Bilheteria, sala da tesouraria, salão dos sócios e sala da secretaria (Figura 9). A área de

circulação com bares e cozinha ao lado esquerdo pode ser visto na Figura 10.

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Figura 7 - Desenho da Planta 1

(Figura do autor)

Figura 8 - Desenho da Planta 2

(Figura do autor)

Figura 9 - Desenho da Planta 3

(Figura do autor)

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Figura 10 - Área de Circulação

Fonte: acervo do autor

Na parte inferior da arquibancada descoberta, encontra-se o vestiário do clube

visitante, alojamento, rouparia e banheiros dispostos da mesma forma que na

arquibancada coberta visto anteriormente na Figura 10. O bar, cozinha, entrada e área de

circulação também estão dispostos da mesma maneira que mostrado anteriormente na

Figura 8. A bilheteria destinada aos torcedores visitantes, vestiário dos juízes e demais

salas podem ser vistos no desenho da planta mostrado na Figura 11.

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11

Figura 11 - Desenho da Planta da Arquibancada Descoberta

(Figura do autor)

Estas informações são encontradas em consulta às plantas do Estádio Municipal

de Poços de Caldas [4]. Na Figura 12, pode-se ver uma placa de sinalização da

arquibancada coberta.

Figura 12 - Placa de Sinalização da Arquibancada Coberta

Fonte: acervo do autor

O estádio ainda conta com salas destinadas às transmissões de rádio e televisão,

além de uma sala para monitoramento do estádio e outra para a polícia militar, como pode

ser visto na Figura 13.

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Figura 13 - Salas de Transmissão e Monitoramento

Fonte: acervo do autor

As instalações como secretaria, sala da diretoria e tesouraria funcionam

diariamente, fazendo parte do setor administrativo do estádio. Instalações como

arquibancadas, bares, vestiários e banheiros são utilizadas somente durante eventos de

partidas de futebol realizadas no estádio, como, também, as cabines de transmissão e o

gramado.

As condições físicas destas instalações atendem às necessidades impostas pelo

Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, tal como entrada exclusiva para árbitros e equipe

de mídia, vestiários separados para as equipes e banheiros destinados aos torcedores,

sinalização adequada e a presença de extintores contra incêndio, sendo suficiente para

que o estádio receba o aval de funcionamento. Também aprovado pela Federação Mineira

de Futebol para a disputa do Campeonato Mineiro, como pode ser consultado nos laudos

encontrados no site da Federação [5]. Os portões de acesso foram ajustados recentemente

para se adequarem à exigência de que abrissem para fora, com saídas independentes das

entradas, garantido maior segurança e melhorando a infraestrutura, de acordo com a

Figura 14.

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Figura 14 - Portões de Saída

Fonte: acervo do autor

2.3 ARQUIBANCADAS E DEMAIS ESTRUTURAS

A capacidade atual liberada pelo Corpo de Bombeiros é de 7600 espectadores

sentados, sendo composto pela arquibancada coberta numerada e a descoberta, que é

destinada aos visitantes, além do espaço destinado a imprensa e camarotes. Cada

arquibancada tem sua estrutura em concreto pré-moldado apoiado em vigas e colunas de

concreto moldado [6], que se localizam em uma lateral do campo, a cerca de 17,45 metros

do campo, observado através do esquema do estádio na Figura 15.

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Figura 15 - Distância das Arquibancadas ao Campo

Fonte: acervo do autor

Sua estrutura física não se alterou desde a inauguração, contudo passa sempre por

processos de manutenção de modo a adequar o estádio segundo exigências do Corpo de

Bombeiros, como o aumento da altura dos corrimãos para 1,1 m e a expansão na largura

das escadas das arquibancadas para 1,2 m, visando o conforto e a segurança dos

torcedores, além da instalação de um hidrante na parte interna do estádio para auxílio no

combate a possíveis incêndios. Detalhes dos corrimãos e escadas podem ser vistos na

Figura 16 e do hidrante na Figura 17.

Figura 16 - Corrimãos e Escadas do Estádio Ronaldão

Fonte: acervo do autor

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Figura 17 - Hidrante na Parte Interna do Estádio

Fonte: acervo do autor

As arquibancadas e a cobertura não possuem nenhum dano estrutural, como

rachaduras ou desníveis, além de possuírem as devidas sinalizações e pinturas recentes,

possuindo também grades de proteção e alambrados em bom estado. Segundo Laudo de

Engenharia [6] consultado junto ao clube da Caldense, as fundações do estádio, marquises

e pilares estão em boas condições, estando o estádio Ronaldão apto a sediar partidas

estaduais e nacionais com relação a sua estrutura. Com relação à arquibancada descoberta,

devido ao desgaste das juntas de dilatação, o setor apresenta vazamento causado por

fatores naturais, mas que foram corrigidos com a instalação de calhas para recolhimento

da água infiltrada, evitando transtorno aos usuários, como pode ser visto na Figura 18. A

vista geral do estádio pode ser observada através da Figura 19, destacando alambrados e

portões de acesso ao gramado.

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Figura 18 – Calha na Arquibancada Descoberta

Fonte: acervo do autor

Figura 19 – Vista do Estádio a Partir da Arquibancada Coberta

Fonte: acervo do autor

Com relação as demais estruturas físicas do estádio, existe uma torre de água que

possui tampa de fechamento estanque, em conjunto com uma bomba d’água, destinado a

atender os hidrantes de combate a incêndio [6], visto na Figura 20. Essa torre se localiza

ao lado da arquibancada descoberta e está em perfeito estado de conservação.

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Figura 20 - Torre de Reservatório de Água

Fonte: acervo do autor

Os bancos de reservas se localizam atrás de cada gol, ao lado do túnel de acesso

ao campo e apresentam estrutura coberta e assentos em bom estado de conservação

(Figura 21).

Figura 21 - Banco de Reservas

Fonte: Google Maps [7]

As torres de iluminação se localizam na parte externa do estádio, sendo um

conjunto de 2 torres atrás de cada arquibancada. Elas são de concreto armado e

apresentam escada com armação metálica para proteção para quem realize manutenções

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18

necessárias na estrutura de iluminação. Não apresentam nenhum dano estrutural, como

visto na Figura 22.

Figura 22 - Localização da Torre de Iluminação na Parte Externa

Fonte: acervo do autor

As torres de iluminação têm uma altura aproximada de 20 metros com relação a

linha mais baixa de projetores até 24 metros no seu ponto mais alto. Não existe nenhuma

parte estrutural das arquibancadas obstruindo o fluxo luminoso proveniente dos projetores

e nem a montagem das torres atrapalha a visão do público. A distância das torres até o

centro do campo é de aproximadamente 70 metros (Figura 23).

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Figura 23 - Distância das Torres até o Meio de Campo

(Figura do autor)

O estádio é cercado por um muro que acompanha o contorno da Rua Hélio

Dominguete, constituído de placas de concreto pré-moldado, apresentando 6 entradas

com portões de chapas de aço, estruturada em perfis metálicos na ala norte e na ala sul,

para tráfego de ambulância, oficiais da partida, policiamento, transporte dos jogadores e

demais autoridades do evento [6]. A foto do muro e uma das entradas pode ser visto na

Figura 24.

Figura 24 - Portão de Entrada Para Veículos de Emergência

Fonte: acervo do autor

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2.4 GRAMADO

As dimensões do gramado são de 105 x 68 m, com grama natural, o qual passou

por completa revitalização no ano de 2016 para correção de buracos e desnivelamento do

campo [8]. Além do seu uso para as partidas de futebol, o local do gramado também é

utilizado na realização de alguns eventos de entretenimento e até mesmo shows, tendo

sua capacidade máxima permitida para 9500 pessoas, que garante conforto e segurança

aos presentes de acordo com sinalização no local (Figura 25). Devido esses eventos

causarem desgastes no campo de jogo, a manutenção é realizada frequentemente para

garantir a qualidade dos jogos de futebol.

O gramado não conta com um sistema moderno de irrigação, nem um sistema de

escoamento para evitar que encharque, o que contribuiria para a maior qualidade das

partidas, contudo o sistema de irrigação atual cumpre as exigências das federações para

disputa dos campeonatos.

Figura 25 - Sinalização de Capacidade Máxima do Gramado

Fonte: acervo do autor

2.5 ÁREA EXTERNA E ESTACIONAMENTO

A área externa do Ronaldão é compreendida pela Rua Hélio Dominguete que

circunda todo o estádio, como pode ser visto na Figura 26. Sua área total é estimada em

trinta mil metros quadrados. Quando não há realização de eventos no estádio a via é

utilizada por pedestres e veículos, incluindo caminhões de transporte. Em dias de jogos e

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outros eventos no interior do estádio, a via é interditada e destinada apenas a circulação

de torcedores, veículos de árbitros e autoridades ou artistas, além dos ônibus que

transportam os jogadores, funcionando também como estacionamento, admitindo o

estacionamento de mais de dois mil veículos [6]. O espaço também é utilizado para

realização de grandes eventos culturais e de entretenimento da prefeitura, além de shows

realizados por organizadores particulares, sendo instalado no local, praças de

alimentação, palcos e demais estruturas como cercamento e iluminação independente.

Entre os inúmeros eventos se destacam a corrida Volta ao Cristo1 com saída do Estádio e

a tradicional Festa UAI2 na área de estacionamento do estádio [9].

A via é asfaltada e está em boas condições de uso, não havendo entraves quanto a

parte estrutural para a realização dos eventos, como visto na Figura 27.

Figura 26 - Visão Superior do Ronaldão e Rua Hélio Dominguete

Fonte: Google Maps [7]

1 Volta ao Cristo: Prova de corrida pedestre, onde os atletas saem do Estádio Municipal Dr.

Ronaldo Junqueira e percorrem cerca de 16 quilômetros ao longo de diversas ruas e pontos turísticos de

Poços de Caldas. 2 Festa UAI: Tradicional festa caipira realizada no mês de agosto, com a participação de grupos

folclóricos e gastronomia mineira.

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Figura 27 - Área Externa do Estádio Ronaldão

Fonte: acervo do autor

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3 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO

Neste capítulo será realizado o levantamento de todos os equipamentos que

compõe o sistema de iluminação do Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, tal como

suas condições, funcionalidade e localização no projeto.

3.1 ILUMINAÇÃO DO CAMPO

A iluminação de estádios de futebol é fundamental para propiciar que jogos ao

fim da tarde e à noite sejam realizados da forma mais cômoda, tanto para os jogadores,

quanto árbitros e principalmente garantir a iluminação do ambiente para gerar imagens

de qualidade para as equipes televisivas.

O sistema de iluminação principal do campo do estádio Ronaldão é composto por

4 postes refletores, contendo cada um deles 15 projetores com lâmpadas de vapor

metálico (Figura 28), com tecnologia de quartzo da marca Osram de 2000 W de potência

e tensão de entrada de 380 V, iguais às mostradas na Figura 29, totalizando 120 kVA de

potência para todo o conjunto. Segundo medições realizadas pelo corpo de engenheiros

responsáveis no estádio, a iluminância média do campo é de 158 lux3, conforme

informações contidas no Laudo de Engenharia do Estádio [6].

3 Lux - Unidade de iluminância ou intensidade luminosa. Corresponde à incidência de 1 lúmen

em uma superfície de 1 metro quadrado. Lúmen é unidade do Sistema Internacional de medida de fluxo luminoso - é o fluxo luminoso dentro de um cone de 1 esferorradiano, emitido por um ponto luminoso com intensidade de 1 candela, em todas as direções. Candela é a unidade de medida básica do Sistema Internacional para a intensidade luminosa. Ela é definida a partir da potência irradiada por uma fonte luminosa em uma particular direção.

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Figura 28 - Projetores

Fonte: acervo do autor

Figura 29 - Lâmpada Utilizada na Iluminação do Campo

Fonte: Osram [10]

De acordo com a planta obtida do local [11], os postes refletores localizam-se aos

pares em cada lateral do campo atrás das arquibancadas, como pode ser visto na Figura

30. Cada poste apresenta uma altura aproximada de 20 metros com relação a fileira mais

baixa de refletores, além de estarem a uma distância de 70 metros do meio do campo de

jogo, como visto no Capítulo 2.

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Figura 30 – Disposição dos Postes Refletores em uma das Laterais do Campo

Fonte: acervo do autor

3.2 ILUMINAÇÃO INTERNA

A iluminação interna do estádio Ronaldão compreende suas dependências nas

partes inferiores das arquibancadas coberta e descoberta, além das salas de

monitoramento e transmissão. Ela é responsável para que se tenha um ambiente bem

iluminado tanto para jogadores que utilizam o espaço de vestiários e sala de fisioterapia,

quanto para torcedores que utilizam os corredores, bares e banheiros. A partir da Figura

31, pode-se observar uma parte da planta do sistema elétrico do estádio, visualizando a

localização das luminárias no teto do corredor de circulação e das arandelas na parede do

bar. As luminárias da área de circulação e dos vestiários e corredores estão bem alocadas

em uma estrutura metálica, não havendo desgaste e mau funcionamento, sendo compostas

por lâmpadas tubulares fluorescentes, vista na Figura 32, que são ligadas através de

reatores de 220 volts (V), visto na Figura 33. Analisando as plantas do sistema elétrico

do restante do estádio que foram obtidas na Secretaria de Planejamento de Poços de

Caldas, calcula-se em 15 kVA a potência total das lâmpadas e demais equipamentos

instalados.

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Figura 31 - Planta da Arquibancada Coberta

Fonte: acervo do autor

Figura 32 - Disposição de Uma Lâmpada na Área de Circulação

Fonte: acervo do autor

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Figura 33 - Reator das Lâmpadas Fluorescentes

Fonte: acervo do autor

Ainda nas dependências internas do estádio, são utilizadas luminárias com

lâmpadas fluorescentes nas salas da administração, bilheteria, banheiros e demais salas,

como visto na Figura 34.

Figura 34 - Luminária das Salas do Estádio Ronaldão

Fonte: acervo do autor

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3.2.1 Iluminação de Segurança

Deve cumprir duas funções de acordo com a NBR 10898: a primeira é de iluminar

as vias de acesso e escape de forma clara, para que o público não tenha dúvida de qual

direção seguir em caso de emergência, minimizando o risco de tropeçar e cair mesmo

quando em estado de pânico; a segunda é iluminar os pontos de chamada de emergência

e equipamentos de combate a incêndio.

Luminárias devem ser instaladas ao longo das passagens de modo que não haja

áreas escuras, principalmente em escadas, patamares, pisos e portas de emergência, num

nível de iluminação de pelo menos 1 lux, de acordo com a NBR 10898 [12]. Todo o

sistema de iluminação de emergência deve entrar em funcionamento caso o sistema de

alimentação principal falhe, dentro de cerca de cinco segundos após a queda da rede.

De acordo com os laudos consultados no site da Federação Mineira de Futebol

[5], o estádio Ronaldão possui sinalização de segurança em suas vias de escape e

circulação que são devidamente iluminadas. Apresentando também iluminação de

emergência, que são compostas por luminárias de LED localizadas na cobertura da

arquibancada e nas paredes de circulação interna e portões de saída, respeitando os níveis

mínimos de iluminação previstos pela NBR 10898, passando a atuar imediatamente em

caso de falha no fornecimento de energia. Um dos pontos onde se localizam as luminárias

de emergência na arquibancada do estádio é visto a partir da Figura 35.

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Figura 35 - Luminária de Emergência

Fonte: acervo do autor

3.3 ILUMINAÇÃO EXTERNA E ESTACIONAMENTO

A iluminação externa do estádio Ronaldão é responsável por atender ao fluxo de

torcedores em seu entorno, além de suprir as necessidades de iluminação da área de

estacionamento. Esses pontos de iluminação, são divididos em 2 circuitos com 12 pontos

de iluminação, como mostrado na Figura 36, onde se vê o diagrama trifilar de um desses

circuitos. Cada um dos pontos está localizado na estrutura externa das arquibancadas,

onde um ponto de iluminação está instalado na estrutura de cada um dos postes refletores

da iluminação do campo, contendo 2 luminárias direcionadas para a área de

estacionamento do estádio e são ligadas separadamente através de um disjuntor localizado

na torre (Figura 37). Tanto as luminárias, como as lâmpadas, são as mesmas utilizadas na

iluminação principal do campo, como se pode ver através da Figura 38.

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Figura 36 - Diagrama Trifilar da Iluminação Externa

Fonte: Departamento Municipal de Eletricidade [13]

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Figura 37 - Caixa do Disjuntor

Fonte: acervo do autor

Figura 38 - Luminárias Para Iluminação Externa

Fonte: acervo do autor

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Nos demais pontos em cada estrutura das arquibancadas estão instaladas as

luminárias e lâmpadas responsáveis pela iluminação da região de circulação de pedestres

no entorno do estádio, como pode ser visto em destaque na Figura 39.

Figura 39 - Luminárias Externas Para Circulação de Pedestres

Fonte: acervo do autor

3.4 LÂMPADAS E EQUIPAMENTOS AUXILIARES

As lâmpadas utilizadas no projeto de iluminação principal do estádio são de vapor

metálico e apresentam potência nominal de 2000 W e tensão de 380 V. Cada lâmpada é

acesa através de reatores que dão a partida para o acendimento. O painel de controle

localizado dentro das dependências do estádio Ronaldão pode ser visto a partir da Figura

40. Todos os equipamentos funcionam na faixa de frequência de 60 Hz.

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Figura 40 - Painel de Controle Para Acendimento dos Holofotes

Fonte: acervo do autor

De acordo com o catálogo do fabricante [10], as lâmpadas da Osram de modelo

HQI-T, apresentam tempo de vida médio de 6000 horas e mantém o fluxo luminoso em

85% após 4000 horas de uso, quando sua vida útil apresenta redução de 30%.

Os refletores são da marca HGE [14] para lâmpadas de até 2000W, como visto na

Figura 41. No site do fabricante não é citado o grau de proteção, nem em qual categoria

de índice contra impactos eles se enquadram, mas em consulta ao site do fabricante é

fornecido que os refletores são resistentes a maresias e intempéries e são fabricados 100%

em alumínio, o que garante um bom desempenho e robustez. Todos os equipamentos são

de fácil manutenção, tendo ampla assistência técnica no Brasil, mesmo aqueles de marcas

estrangeiras.

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34

Figura 41 - Refletor Utilizado no Estádio

Fonte: HGE [14]

3.4.1 Índice de Reprodução de Cor e Temperatura

Através da consulta ao catálogo do fabricante das lâmpadas, encontramos as

informações referentes ao IRC e a temperatura de cor a seguir:

• Índice de reprodução de cor (IRC)4 : 60 𝑅𝐴;

• Temperatura de cor (Tk)5: 4150 K.

Esses valores não levam em conta possível ajustes das câmeras para melhoria da

qualidade das cores em uma transmissão televisiva.

3.5 PROJETORES

A disposição dos projetores é fundamental pois visa iluminar bem todo o campo

de jogo, evitando zonas com sombras. A estrutura dos postes do estádio Ronaldão é

metálica e os projetores estão bem acomodados, de modo que se tenha espaço para

realizar manutenção. Esses projetores estão dispostos em 5 linhas, contendo cada linha 3

lâmpadas. Os projetores da linha mais baixa estão a uma altura de 20 metros, enquanto

os da fileira mais alta encontram-se a 24 metros do solo. O feixe de luz que sai de cada

projetor, forma com a linha normal ao plano do gramado, diversos ângulos que variam de

4 IRC: Índice de Reprodução de cor é a escala (de 0 a 100) utilizada para medir a fidelidade

de cor que a iluminação reproduz nos objetos. 5 Temperatura de cor é a definição que se dá pela aparência de cor da luz emitida por sua fonte em

relação à sua temperatura. É a variação de tonalidade de cor que uma fonte de luz emite.

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35

acordo com a altura de instalação. A partir da Figura 42 pode-se observar como os

projetores estão dispostos e como estão posicionados de forma a iluminar diferentes

regiões do gramado.

Figura 42 - Disposição dos Projetores

Fonte: acervo do autor

Cada projetor possui uma angulação diferente, de acordo com a altura que se

encontra. Observando a montagem é possível perceber as diferentes faixas de angulação

que os projetores se encontram considerando o meio de campo.

Com relação ao ângulo formado pela reta que se origina da primeira linha e pela

linha mais acima de projetores com o meio de campo, foi calculado e se encontra na faixa

entre 16º e 19º, como visto na Figura 43. Todas essas medidas referem-se de forma igual

a todos os 4 postes de iluminação.

Figura 43 - Angulação dos Projetores

Fonte: acervo do autor

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36

4 SISTEMA ELÉTRICO

Neste capítulo será abordado o levantamento das instalações de energia presentes

no Estádio Ronaldão, fornecimento de energia, geradores e organização dessas

instalações.

4.1 ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DO ESTÁDIO

O fornecimento de energia elétrica para o estádio é feito exclusivamente através

de um transformador a óleo para garantir a isolação elétrica e realizar a refrigeração

através da troca de calor, com potência de 225 kVA da marca Siemens, instalado na

Avenida Benedito Carlos Simões, energizado com uma tensão de 13,8 kV que por sua

vez é abastecido pela Subestação de Interligação, que tem o papel de fazer a ligação entre

a companhia distribuidora de energia DME - Departamento Municipal de Eletricidade, e

o sistema de Furnas Centrais Elétricas S/A [15]. O transformador possui relação de

transformação 13800 / 380-220 V, transformando a tensão para níveis adequados de

utilização no estádio e sendo responsável pelo fornecimento de energia de todo o sistema

de iluminação do campo e bomba d’água. O transformador possui oxidação em sua

estrutura externa na região dos radiadores, mas que não impede seu correto

funcionamento. As buchas do primário se localizam na tampa na parte superior do

transformador, como pode ser visto através da Figura 44.

Figura 44 - Transformador Responsável Pelo Fornecimento de Energia

Fonte: acervo do autor

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37

4.1.1 Painel de Controle

Em conjunto ao sistema de alimentação elétrica do estádio há a presença de um

disjuntor principal de 350 amperes (A) para proteção contra sobrecorrentes que possam

danificá-lo, localizado no painel de controle dentro do estádio. Esse painel é sinalizado

contra riscos de choque e o acesso é restrito ao DME, apresentando perfeito estado de

funcionamento, como visto na Figura 45.

Figura 45 - Disjuntor de Proteção

Fonte: acervo do autor

Através desse painel é feita a distribuição de energia ao restante do estádio e o

acionamento para acender os holofotes da iluminação do campo. A partida dos reatores é

dada seguindo uma sequência pré-determinada para o correto acionamento, como pode

ser visto na Figura 46.

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38

Figura 46 - Sequência de Acionamento dos Holofotes

Fonte: acervo do autor

Através do painel de controle, um banco de reatores é acionado para acender os

holofotes, que ficam localizados em um gabinete de alvenaria junto às torres de

iluminação na parte externa, como visto na Figura 47. O gabinete localizado junto aos

postes de iluminação tem suporte ao vandalismo, sendo construído com materiais que

garantem a sua isolação do ambiente externo e reforço contra impactos e ações

impróprias, de acordo com a NBR IEC 62262:2015 [16].

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39

Figura 47 - Construção que Abriga os Reatores

Fonte: acervo do autor

No painel de controle, existem ainda fusíveis, disjuntores de 80 A para proteção

do sistema elétrico de cada uma das torres e barramento de neutro e terra, como visto na

Figura 48. Nele também se encontra o quadro de distribuição principal contendo as saídas

de sinalização e da bomba d’água e o medidor de energia do setor de iluminação do

campo, como visto na Figura 49.

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40

Figura 48 - Equipamentos de Proteção das Torres de Iluminação

Fonte: acervo do autor

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41

Figura 49 - Saídas da Sinalização, Bombas e Administração

Fonte: acervo do autor

4.1.2 Quadro de Distribuição Trifásico e Transformador

Nas dependências do estádio encontra-se uma cabine metálica isolada, em boas

condições físicas e bem sinalizada, onde se localiza o quadro de aferição de energia e

contém um transformador trifásico com potência de 30 kVA com relação de

transformação de 380/220 V ou 220/127 V, que é responsável pelo abastecimento de

energia da parte administrativa do estádio. O sistema apresenta o quadro de distribuição

trifásico, visto na Figura 50, contando com um disjuntor trifásico termomagnético de 125

A, tendo sido verificado que seus contatos e mecanismo estão satisfatórios. No quadro

também há um barramento de cobre isolado para condução de eletricidade pelo estádio,

contudo se apresenta desprotegido contra o contato de pessoas, além de estar oxidado,

como visto demarcado na parte inferior da Figura 50. A entrada nessa cabine só é

permitida por técnicos autorizados. Nela é possível constatar que todos os equipamentos

estão em perfeito estado de funcionamento. O transformador não apresenta vazamento e

tem o nível do óleo satisfatório, além de nenhum ruído excessivo. Suas buchas de alta e

baixa tensão, radiadores e relés de proteção estão em boas condições. O gabinete e

transformador de 30 kVA podem ser vistos na Figura 51.

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42

Figura 50 – Quadro de Distribuição Trifásico

Fonte: acervo do autor

Figura 51 - Transformador e Quadro de Distribuição

Fonte: acervo do autor

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43

Na Figura 52 podemos observar o diagrama trifilar do sistema elétrico do estádio

Dr. Ronaldo Junqueira.

Figura 52 - Diagrama Trifilar do Sistema Elétrico

Fonte: Departamento Municipal de Energia [17]

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44

4.2 CIRCUITO ELÉTRICO EM GERAL

O circuito elétrico responsável pela distribuição de energia a toda a parte interna

do estádio, apresenta medidor de energia, de acordo com a Figura 53 e alguns quadros de

distribuição secundários em baixa tensão6, para ramificação do sistema, onde se constata

disjuntores automáticos, com proteção termomagnética contra sobrecarga e curto-

circuito, unipolares para proteção ou comando dos circuitos. Os condutores apresentam,

boa fixação e sem sinal de aquecimento. Da mesma forma, a chegada de condutores de

proteção (terra) e disjuntores de proteção para cada parte do estádio estão demarcadas

com fitas coloridas, apesar de não muito adequadas. O quadro responsável por alimentar

as luzes da parte inferior da arquibancada coberta, cabines de rádio e televisão e

iluminação externa é visto na Figura 54.

Figura 53 - Medidor de Energia da Parte Administrativa

Fonte: acervo do autor

6 Baixa tensão é um termo em engenharia elétrica utilizado para identificar as considerações de

segurança de sistema de geração, distribuição e utilização de energia elétrica baseado no valor de

tensão abaixo de 1000 V.

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45

Figura 54 - Quadro de Distribuição Secundário

Fonte: acervo do autor

Na Figura 55, pode-se ver o quadro de distribuição responsável pelos vestiários,

atendendo às luzes, tomadas e chuveiros elétricos em circuitos independentes, cada um

protegido por um disjuntor diferente. Este quadro não tem proteção contra contato com

as partes vivas do circuito e a ligação do seu barramento de aterramento está

desorganizado. Na Figura 56 é mostrado o quadro secundário responsável pelas tomadas

e luzes das demais salas.

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46

Figura 55 - Quadro de Distribuição dos Vestiários

Fonte: acervo do autor

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47

Figura 56 - Quadro de Distribuição Das Demais Salas

Fonte: acervo do autor

A maioria das tomadas e interruptores possuem funcionamento adequado e

proteção contra contato direto e indireto. Apenas alguns interruptores estão mal alocados

ou deteriorados, como o da Figura 56. Na planta do sistema elétrico do estádio, é possível

ver, em partes, através das Figuras 57, 58 e 59, a disposição das linhas e pontos das

luminárias e tomadas, assim como também a localização de quadro de distribuição e caixa

de passagem.

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48

Figura 57 - Planta do Sistema Elétrico em Parte 1

Fonte: PADULA, M. A. [4]

Figura 58 - Planta do Sistema Elétrico em Parte 2

Fonte: PADULA, M. A. [4]

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49

Figura 59 - Planta do Sistema Elétrico em Parte 3

Fonte: PADULA, M. A. [4]

4.3 CABEAMENTO

O cabeamento do sistema elétrico das torres de iluminação principal possui

diversos trechos que utilizam bitolas diferentes. Segundo a planta das redes de iluminação

mais recente consultada junto ao DME, o cabeamento instalado data da inauguração do

estádio em 1979 [11].

A ligação entre o transformador que alimenta o estádio até o painel de controle

tem 65 metros até o poste da concessionária localizado fora do estádio e mais 65 metros

subterrâneos até a sala da diretoria, onde se encontra o painel. Utilizam-se eletrodutos de

3 ½ polegadas de diâmetro e cabos com bitola de 107 mm² de seção para as fases e 85

mm² para o neutro. Após a sala da diretoria, os cabos que fazem a ligação até as torres de

iluminação e os sistemas elétricos do restante do estádio apresentam eletrodutos que

variam de 2 a 3 polegadas de diâmetro e os cabos apresentam diferentes bitolas de acordo

com sua localização, sendo também todos subterrâneos nos quais, em toda linha, os

terminais de ligação apresentam boas condições de operação, bem como os bancos de

eletrodutos subterrâneos.

Para o fornecimento ao restante do estádio, os cabos apresentam bitola compatível

e satisfatória, também adequados aos equipamentos de proteção instalados.

Através da Figura 60 pode-se observar um desenho da planta para os tubos e cabos

do estádio Ronaldão, que compreende a ligação até a sala da diretoria e posteriormente

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50

as ligações até as estruturas das torres de iluminação localizadas atrás da arquibancada

coberta, observando inclusive a bitola dos condutores.

Figura 60 - Cabeamento da Iluminação do Campo

Fonte: acervo do autor

4.4 GERADOR DE ENERGIA ELÉTRICA

Recentemente foi instalado no estádio Ronaldão um gerador de energia elétrica

de segurança, capaz de suprir o fornecimento de energia em caso de queda ou falha no

sistema de fornecimento proveniente da companhia energética. Esta configuração conta

com um grupo motor-gerador, sendo o motor de modelo Mercedes Benz [6] 366 de 200

CV e o gerador da marca WEG [6], com potência de 140 kVA e tensão trifásica de 380

V, cujo acionamento se dá de forma manual, contando com uma equipe de plantão para

possível acionamento. Esse grupo motor-gerador funciona a diesel com tanque com uma

capacidade de 100 litros. Tem autonomia de funcionamento de 4 horas e abrange todo o

sistema elétrico do Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira. O conjunto pode ser

observado na Figura 61 na Figura 62 pode ser visto o quadro que faz a ligação entre o

gerador e a rede, apresentando inclusive fusíveis de proteção de 250A.

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51

Figura 61 - Grupo Motor-Gerador do Estádio Ronaldão

Fonte: acervo do autor

Figura 62 - Quadro de Ligação Entre Gerador e Rede

Fonte: acervo do autor

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52

4.5 SISTEMA DE ATERRAMENTO E PARA-RAIOS

O Estádio Ronaldão possui sistema de aterramento geral, por meio das armaduras

de concreto da edificação complementado por hastes metálicas verticais, além da entrada

de energia da concessionária ter aterramento das partes metálicas e para-raios de

distribuição.

Com relação à iluminação principal, existe a presença de um sistema contra

descargas atmosféricas do tipo Franklin7 [6] fixadas no alto das torres de iluminação do

campo, como pode ser visto na Figura 63. Foram feitos ensaios para medição da

resistência nos cabos das malhas de aterramento localizados nas torres de iluminação nas

condições de solo úmido e temperatura ambiente de 28º C, onde se constatou uma

resistência ôhmica de aterramento de 1,2 ohms (Ω). Estes dados se encontram no laudo

de engenharia na Associação Atlética Caldense [6].

Figura 63 - Para-raios da Torre de Iluminação

Fonte: acervo do autor

7 Para-raios tipo Franklin consiste na utilização de um ou mais mastros com captores, de modo que

todo volume da edificação a ser protegido fique dentro de uma zona espacial de proteção do sistema, no

interior do cone de proteção criado pelo para-raios.

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53

4.6 SISTEMA DA BOMBA DE INCÊNDIO

O estádio possui um sistema de combate a incêndio, no qual há um motor

responsável por bombear a água do reservatório até os hidrantes localizados na área de

circulação. Esse motor é da marca WEG de tensão 220/380 V e 10 cavalos de potência, e

segue recomendações da norma NBR 7094 [18], como consta em sua placa de

identificação. O modelo pode ser visto na Figura 64.

Figura 64 - Bomba Hidráulica

Fonte: acervo do autor

O conjunto é acionado através de um painel que dá a partida no motor, como pode

ser visto na Figura 65. Dentro desse painel, se encontra os dispositivos de proteção do

sistema da bomba.

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54

Figura 65 - Painel de Acionamento da Bomba Hidráulica

Fonte: acervo do autor

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55

5 BAIXAS E SOLUÇÕES

Neste Capítulo será apresentada a vistoria de baixas8 com relação as condições

físicas, elétricas e de iluminação do Estádio Ronaldão, abordados nos capítulos anteriores,

naquelas onde foram encontradas estruturas e instalações obsoletas, não funcionais e mal

planejadas, sendo também propostas soluções para cada caso.

Com o auxílio do software de iluminação DIALux [19], podemos também simular

o projeto de iluminação principal de acordo com as escolhas feitas para comprovar que

os cálculos estão em conformidade. Informações adicionais sobre a utilização do software

DIALux podem ser encontradas no Apêndice A.

5.1 ESTRUTURA FÍSICA

Nesta Seção é apresentada as baixas e soluções para a parte civil do Estádio

Ronaldão.

5.1.1 Infiltração

A estrutura física do Estádio Ronaldão passou por diversas manutenções ao longo

dos anos, que lhe garantem uma condição adequada de funcionalidade para os fins a que

se destina, como foi mostrado no Capítulo 2. Apenas a arquibancada descoberta apresenta

infiltrações devido ao desgaste das juntas de dilatação, como pode ser visto na Figura 66.

8 Baixas - identificação das inadequações, não conformidades e instalações incorretas ou com

defeito.

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56

Figura 66 - Infiltração na Arquibancada Descoberta

Fonte: acervo do autor

Calhas para escoamento da água infiltrada, como vistas na Seção 2.2, foram

instaladas de modo que minimizasse os transtornos aos torcedores, contudo uma medida

definitiva deveria ser adotada para corrigir o problema.

Solução

Para que o problema seja solucionado é proposto que haja o preenchimento das

juntas com material elástico ou adaptação das calhas para coleta e direcionamento da água

infiltrada.

5.1.2 Estacionamento Descoberto

Nas dependências do estádio encontra-se espaço destinado ao estacionamento de

veículos de times mandantes e visitantes, contudo não são cobertos, o que pode causar

transtorno em dias de chuva e outras intempéries, como pode ser visto na Figura 67.

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57

Figura 67 - Estacionamento Descoberto

Fonte: acervo do autor

Solução

Para que o problema seja corrigido, uma cobertura fixa deve ser instalada

abrangendo toda a área de estacionamento, de modo que o trafego dos veículos dos times

não seja prejudicado e cuja estrutura suporte ações do vento e da chuva e cumpra normas

de segurança e resistência, de acordo com a ABNT - Associação Brasileira de Normas

Técnicas - NBR 8800 [20]. O material indicado da estrutura é metálico, pois visa a

facilidade de montagem e de reposição de peças em eventuais manutenções.

5.1.3 Túnel de Acesso ao Campo

No Estádio Ronaldão há a presença de 3 túneis de acesso ao campo, utilizados

pela equipe mandante, visitante e árbitros, respectivamente. Esses túneis não apresentam

cobertura contra chuva, inclusive sofrendo alagamentos em dias de temporais,

dificultando o acesso e podendo ocasionar acidentes aos jogadores e árbitros, devendo

então, esse problema ser solucionado. O túnel utilizado pela equipe mandante pode ser

visto na Figura 68.

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Figura 68 - Túnel Descoberto de Acesso ao Campo

Fonte: acervo do autor

Solução

Para evitar que a chuva caia nas escadas e escoa para dentro do túnel uma armação

metálica é a indicada por ser resistente a ventos e ter longa vida útil, sendo regida pela

norma NBR 8800 [20]. Concomitante com a instalação da cobertura metálica, deve-se

instalar ralos lineares próximo à entrada, devido ao túnel estar em um plano rebaixado ao

gramado que o cerca, com isso evitaria que se acumulasse água e transbordasse para

dentro do túnel. Conforme a NBR 10844 [21], que trata de instalações prediais de águas

pluviais, devem ser construídas canaletas de concreto, preocupando-se, na sua execução,

em dimensionar a largura para que supra a vazão de água, fazendo a ligação até o sistema

de esgoto existente no estádio.

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59

5.2 INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Nesta Seção é apresentado as baixas e soluções para a parte elétrica do Estádio

Ronaldão.

5.2.1 Diagramas Trifilares e Unifilares

A documentação técnica da parte elétrica do estádio Ronaldão contempla

diagramas unifilares9 e trifilares10, podendo ser consultados na Secretaria de

Planejamento de Poços de Caldas e através de documentos junto ao DME. Esses

diagramas são importantes pois visam orientar e facilitar o trabalho de engenheiros e

técnicos na manutenção e correção de falhas e o estudo do sistema elétrico, garantindo

segurança e eficácia.

Todo o sistema elétrico passa por monitoramento do DME, estando todo ele bem

dimensionado e com sua manutenção regularmente atualizada.

Devido à instalação do grupo motor-gerador ter sido feita recentemente, ele não

se encontra representado nos diagramas trifilares do sistema de iluminação do estádio,

pelo fato de ter sido instalado após 2009, ano da elaboração do diagrama.

Solução

Os diagramas devem estar sempre atualizados e todo projeto elétrico deve tê-los

obrigatoriamente de acordo com a norma NBR 5410 [22]. A não atualização ou falta dos

diagramas acarreta na falta de segurança e dificuldade em realizar manutenções. A

solução seria elaborar um novo documento constando o grupo motor-gerador no diagrama

do sistema elétrico da iluminação do campo do estádio Ronaldão, apresentando suas

ligações, dispositivos de proteção e controle, bem como as demais especificações. O novo

diagrama poderá ser feito pela equipe responsável do DME.

9 Diagramas unifilares são desenhos técnicos que representam de forma simplificada o

sistema elétrico da empresa, desde a origem da instalação até os quadros de distribuição de circuitos. 10 Diagrama trifilar é um tipo de diagrama que é muito usado em sistemas de comandos elétricos

e máquinas trifásicas, e que representa cada uma das três fases de um sistema elétrico e também suas

respectivas derivações. Sua aplicação é ligada diretamente a comandos elétricos e máquinas elétricas, que

são representados por circuitos de controle e também circuitos de potência.

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60

5.2.2 Quadros de Distribuição Secundários

De acordo com a norma NBR 5410 [22] para instalações elétricas de baixa tensão,

os quadros de distribuição devem respeitar algumas características, como número limite

de circuitos alocados em cada quadro, ligações corretas, suporte contra choques elétricos,

aterramento adequado, espaço reserva para eventuais acréscimos de circuitos e

identificação clara. Nos diversos quadros de distribuição e caixas de passagens

encontrados no estádio Ronaldão, constava que os cuidados com proteção e aterramento

estavam presentes, mas em todos eles não havia identificação correta quanto a qual

circuito cada disjuntor correspondia, sendo feito por meio de fitas coloridas que dificulta

a compreensão de quem irá manuseá-los, como visto na Figura 69. No quadro de

distribuição responsável pelas salas usadas como depósito havia ainda a presença de uma

placa de isopor usada para separar e cobrir as partes vivas do circuito, como visto na

Figura 70, o qual, além de ser um material altamente inflamável, pode favorecer o

surgimento de acidentes. Em outros quadros havia o barramento de cobre descoberto,

podendo ocasionar choques elétricos, como visto na Seção 4.2.

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61

Figura 69 - Quadro de Distribuição

Fonte: acervo do autor

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62

Figura 70 - Placa de Isopor no Quadro de Distribuição

Fonte: acervo do autor

Solução

Todo quadro de distribuição e caixa de passagem deverá conter uma placa

metálica de identificação fixada em sua tampa com o esquema dos circuitos e fases a qual

cada disjuntor pertence, de modo a evitar confusão e facilitar no trabalho de responsáveis,

além de ter um aviso fixado em sua tampa, advertindo sobre seu correto uso que não seja

facilmente removível. Em alguns dos quadros de distribuição é necessário que uma placa

de proteção em policarbonato seja utilizada para proteger e reduzir o risco de choque

elétrico, caso alguém, operando os disjuntores, encoste no barramento ou em partes vivas

do circuito.

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63

Como as caixas estão desgastadas e antigas, a recomendação é que elas sejam

substituídas por novas que devem seguir a NBR IEC 60439-1 [23], definindo os graus de

proteção11 para os quadros de IP 27 para área dos vestiários, IP 21 para demais áreas e IP

31 para a sala de máquinas.

5.2.2.1 Extensão Elétrica

No quadro de distribuição destinado à área de circulação, existe uma extensão

elétrica ligada diretamente ao quadro, como visto na Figura 71. Esta ligação direta não é

permitida segundo a norma NBR 5041.

Figura 71 - Extensão Elétrica

Fonte: acervo do autor

11 Graus de proteção: IP 21 - Proteção contra objetos sólidos com 12,5 mm de diâmetro ou mais;

IP 31 - Proteção contra objetos sólidos com 2,5 mm de diâmetro ou mais; IP 27 - Protegido contra imersão

temporária em água de até 1 metro por 30 minutos.

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64

Solução

A retirada dessa extensão deve ser feita imediatamente, evitando possíveis

acidentes e incêndios, podendo ser utilizada em algum ponto de tomada já existente e

previamente projetado.

5.2.3 Quadro de Distribuição Trifásico

O quadro de distribuição trifásico para as partes gerais do estádio possui seu

barramento de cobre oxidado e sem proteção contra choques, como visto na Seção 4.1.2.

Solução

A solução neste caso, seria a troca do barramento de cobre oxidado por um novo,

obedecendo as normas de atuação da NR 10 [24], operando com o sistema elétrico

desligado e utilizando ferramentas e equipamentos de proteção adequados. A instalação

de uma placa de policarbonato transparente e não condutora se faz necessário para evitar

que as partes vivas do circuito fiquem acessíveis e ocorra risco de choque elétrico.

5.2.4 Transformador Interno

O transformador presente nas dependências do estádio Ronaldão se encontra

isolado dentro de um cubículo metálico, contendo avisos quanto ao risco de choque

elétrico. Contudo, de acordo com a norma NBR 5410 [22], este transformador deveria

apresentar placa de identificação contendo todas suas informações, que fosse de fácil

visualização a quem o manuseasse e que fosse fixada na grade do lado de fora do cubículo.

Pela Figura 72, podemos ver que não existe nenhuma placa de identificação do

transformador fixada na cabine, estando ela presente na parte traseira do transformador,

de difícil visualização, como mostrado na Figura 73.

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65

Figura 72 - Transformador sem Placa de Identificação Visível

Fonte: acervo do autor

Figura 73 - Placa de Identificação do Transformador

Fonte: acervo do autor

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66

Solução

Uma placa metálica de identificação contendo as informações do transformador,

como sua relação de transformação, potência, fabricante, ano de fabricação, tipo de

ligação entre outros, de acordo com as diretrizes da NBR 5410 [22] deve ser fixada na

grade do cubículo, ao lado dos avisos de segurança.

5.2.5 Isolamento Acústico da Sala do Gerador

O Estádio apresenta uma sala destinada exclusivamente ao grupo motor-gerador,

cujo local deve respeitar um nível de ruídos de modo a não prejudicar as pessoas que

utilizam o espaço. Segundo a norma NBR 10152 [25], para espaços esportivos o nível de

ruído não deve ultrapassar a faixa de 60 decibéis a 1 metro do local medido. Apesar de

não ter sido feita medição pelo corpo de engenharia responsável pelo estádio, a sala não

apresenta nenhum isolamento acústico, como visto na Figura 74.

Figura 74 - Sala do Grupo Motor-Gerador

Fonte: acervo do autor

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Solução

A sala do grupo motor-gerador deve apresentar isolação acústica feita por meio

de kits de atenuação, com placas de espuma acústica antichamas de poliéter uretano

instaladas no teto e nas paredes do local, dimensionadas de forma que os ruídos fiquem

dentro dos níveis recomendados.

5.2.6 Cabos

Em algumas seções, como na sala do grupo motor-gerador e no cubículo do

transformador de corrente, alguns cabos não estão fixados à parede e estão

desorganizados, demonstrando que a instalação foi feita de maneira equivocada, como

pode ser visto nas Figuras 75 e 76.

Figura 75 - Cabo da Sala do Grupo Gerador

Fonte: acervo do autor

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68

Figura 76 - Cabo no Cubículo do Transformador

Fonte: acervo do autor

Através da Figura 77, podemos ver o cabeamento que liga os disjuntores de

proteção da bomba d’água até o painel de acionamento, não estando ele fixado na parede,

apresentando inclusive regiões sem isolação.

Figura 77 - Cabos da Bomba d’Água

Fonte: acervo do autor

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69

Solução

Segundo a NBR 5041, todo o cabeamento deve ser protegido por eletrodutos e

rentes as paredes, observando quando necessário a mudança de direção, obedecendo o

contorno das paredes e apresentar curvas de 90º. Também define que todo cabo apresente

isolamento, de acordo com a bitola e capacidade de condução de corrente dos fios. Estas

mudanças devem ser realizadas nestas seções a fim do cumprir as regulamentações.

5.2.7 Ligação da Luminária de Emergência dos Túneis

Definido pela norma NBR 5041, cada ponto de iluminação e de tomadas deve ser

separado, formando circuitos diferentes. A partir da Figura 78 percebemos a instalação

equivocada, onde a luminária de emergência é ligada através de uma conexão no ponto

de luz do túnel.

Figura 78 - Ligação da Luminária de Emergência do Túnel

Fonte: acervo do autor

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70

Solução

Esse tipo de ligação apresenta risco de curto-circuito e incêndio, estando mal

isolado e sinalizado. A solução seria a instalação de um novo ponto de tomada na parede

do túnel, onde a luminária de emergência pudesse ser ligada exclusivamente, respeitando

as normativas da NBR 5041.

5.2.8 Tomadas

Algumas tomadas do estádio Ronaldão, tendo em vista sua construção da década

de 70, não seguem o padrão brasileiro atualmente vigente pela norma NBR 14136 [26]

de plugues e tomadas, como a tomada do vestiário vista na Figura 79.

Figura 79 - Tomada no Vestiário

Fonte: acervo do autor

Solução

A troca das tomadas antigas deve ser efetuada por modelos de 3 pinos com

condutor de proteção estabelecidos pela padronização atual, como se vê na Figura 80.

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71

Figura 80 - Tomada de 3 Pinos

Fonte: ELETRICIDADE MODERNA [27]

5.3 ILUMINAÇÃO COMUM

A iluminação do interior do estádio tem suas luminárias e lâmpadas em perfeito

funcionamento, onde as lâmpadas dos corredores e demais instalações garantem a boa

iluminação do local, além do sistema de iluminação de emergência.

Com relação à área de circulação e bares, tanto para arquibancada descoberta e

arquibancada coberta, não existem cálculos feitos quanto a iluminância média,

aparentando visualmente não entregar o nível de iluminação desejada, por isso é

necessário a realização desses cálculos.

Solução

A área de circulação tem aproximadamente 30 metros de comprimento por 5

metros de largura, observado através das plantas do estádio mostradas no Capítulo 3,

totalizando uma área de 150 m². Segundo a NBR 5413 [28], a iluminância média para

recintos de circulação de pessoas ou com tarefas visuais simples devem apresentar

iluminância12 entre 50 a 100 lux, sendo utilizado esse último valor para nossos cálculos.

12 Iluminância é uma grandeza de luminosidade, representado por E, fazendo a relação entre o

fluxo luminoso que incide na direção perpendicular a uma superfície e sua área.

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72

Contendo então 12 pontos de iluminação, escolhemos as lâmpadas tubulares de

LED TL20616 de base G13 da marca Empalux [29], com 20 W de potência e 1860 lumens

de fluxo luminoso, como visto na Figura 81, pois é a mesma base das lâmpadas já

existentes, apresenta um menor consumo de energia e também não necessita de reatores

para sua partida, facilitando o trabalho de manutenção. Ao todo, essas lâmpadas

proporcionarão 22320 lumens, que divididos pela área do recinto entregarão 148,8 lux de

iluminância média, cumprindo, com certa margem, as definições da norma vigente

adotando-se um fator de utilização13 de 0,7.

Figura 81 - Lâmpada Tubular de LED

Fonte: Empalux [29]

5.3.1 Iluminação dos Túneis

A iluminação do túnel é satisfatória, apresenta aproximadamente 15 metros de

comprimento por 1 metro de largura, com 15m² de área. Utiliza 2 pontos de luz contendo

lâmpadas fluorescentes espirais da marca GE de 24 W de potência com 1500 lumens de

fluxo luminoso, entregando 200 lux de iluminância média ao ambiente. Contudo não

apresenta nenhuma luminária na região das escadas, como visto na Figura 82 o que é

obrigatório segundo a NBR 5413.

13 Fator de utilização é avaliação do fluxo luminoso útil que incidirá sobre o plano analisado.

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73

Figura 82 - Lâmpada do Túnel de Acesso ao Campo

Fonte: acervo do autor

Solução

A instalação de um ponto de luz na área das escadas é fundamental para cumprir

as normas da NBR 5413, que exigem a iluminância entre 75 e 150 lux para escadas. A

instalação das mesmas lâmpadas usados nos túneis cumpre essa função.

5.3.2 Iluminação Externa

Quanto a iluminação externa, as luminárias que foram projetadas para atender o

fluxo de torcedores na entrada ao estádio e o acesso as bilheterias, apresentava lâmpadas

queimadas e até mesmo a inexistência delas.

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74

Solução

Para que o problema seja solucionado basta que ocorra a substituição dessas

lâmpadas que estão queimadas e a inclusão de outras nas luminárias onde estão faltando.

Como sugestão de escolha, estariam as lâmpadas de LED de alta potência de 17

W da marca Osram (Figura 83), pois garantem maior economia de energia e apresentam

1836 lm de intensidade luminosa, garantindo a boa iluminação do local, além de serem

compatíveis com as luminárias existentes.

Figura 83- Lâmpada para Iluminação Externa

Fonte: Osram [30]

5.4 ILUMINAÇÃO ESPORTIVA

De acordo com normas vigentes a respeito de iluminação esportiva e de

recomendações de órgãos que as seguem, como a CBF [31] e FIFA [32], podemos avaliar

e apresentar soluções quanto as inadequações do sistema de iluminação do campo.

5.4.1 Lâmpadas

Como o objetivo do projeto de iluminação é proporcionar qualidade de imagens

para eventos televisivos, as lâmpadas utilizadas são recomendadas que sejam de vapor

metálico. Quanto aos níveis mínimos de temperatura de cor e índice de reprodução de

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75

cores, não são abordados especificamente em nenhuma norma. Sendo assim, os níveis

considerados serão os recomendados pelos órgãos esportivos que regem a prática do

futebol no Brasil.

O valor para o índice de reprodução das cores das lâmpadas utilizadas atualmente

no estádio, está abaixo da recomendação da FIFA, onde seriam para IRC de 65 𝑅𝐴 e para

temperatura de cor de 4000 K.

Solução

Uma lâmpada que apresenta um bom custo-benefício atrelado com alta

intensidade luminosa são as de vapor metálico. Aproveitando que no projeto original são

utilizadas lâmpadas da marca Osram, a escolha também será da mesma marca, mudando

apenas o modelo.

O modelo de lâmpada escolhido é a PowerStar HQI-TS de 2000W de potência

nominal, com mostrado na Figura 84.

Figura 84 – Lâmpada de Modelo HQI-TS

Fonte: Osram [33]

As especificações para essa lâmpada incluem o valor de fluxo luminoso de 23000

lumens, manutenção do fluxo luminoso em 92% após 4000 horas de uso e vida média de

4500 horas. Além disso apresentam índice de reprodução de cor (IRC): 83 𝑅𝐴; e

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76

temperatura de cor (Tk): 6200 K, o que torna adequada esse tipo de lâmpada quanto as

recomendações.

5.4.2 Projetores

No projeto de iluminação do estádio Ronaldão, os projetores atingem os requisitos

de proteção recomendados, definidos pela norma IEC 60629 [34] como também os

refletores possuem as características desejadas, tendo garantia e assistência técnica no

Brasil. Contudo para proporcionar a melhor qualidade de iluminação é necessário a

escolha de projetores que tem facho direto e regulável, que evitam a dispersão da

luminosidade e o surgimento da poluição luminosa.

Solução

Para a adequação do estádio Ronaldão, os projetores escolhidos devem ser

compatíveis com a lâmpada de modelo HQI-TS e terem regulagem do ângulo de abertura

do facho, por volta de 35º, fazendo com que os valores de iluminância média sejam

atendidos. Para nosso projeto escolhemos o projetor Hevelius Premium One, mostrado na

Figura 85, pois atende aos níveis de proteção, tem facho regulável e é compatível com a

lâmpada escolhida.

Figura 85 – Projetor Escolhido para o Projeto

Fonte: LugBrazil [35]

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77

5.4.3 Altura dos Postes Refletores

Tendo em vista que a altura dos postes visa o melhor desempenho na iluminação,

bem como a preocupação com as imagens que são televisionadas, os órgãos como FIFA

e UEFA [36] determinam que o ângulo formado pela reta que sai do meio de campo até

os projetores com a reta do nível do solo deveria ser no mínimo de 25º e não deveria

exceder 45º no seu ponto mais alto, não estando assim o estádio Ronaldão de acordo com

essa recomendação.

Outro ponto importante se refere ao ângulo de inclinação que as luminárias devem

apresentar, onde pelas recomendações dos órgãos internacionais, não deve ultrapassar 70º

considerando o nadir (ponto diretamente para baixo) em relação ao centro do feixe. As

luminárias dos postes de iluminação do estádio Ronaldão estão num faixa de ângulo que

varia entre 50º até 75º, estando, portanto, algumas delas fora da faixa recomendada.

Solução

Para a distância de 70 metros das torres de iluminação até o centro do gramado, a

altura mínima (h mín.) da primeira linha de projetores, como mostrado na Figura 86

deveria ser de:

θ = 25 = tg−1 (hmín

70) → hmín = tg(25) × 70 → hmín = 32,64 metros

Figura 86 - Altura das Torres de Iluminação

Fonte: acervo do autor

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78

Como uma mudança estrutural do estádio visando diminuir a distância das

arquibancadas até o gramado não é cogitada nesse trabalho, a solução proposta seria a

troca das torres de iluminação por outras de tamanho maior, que atingissem a altura

mínima de 32,64 metros até a linha mais baixa de projetores.

De acordo com a IES RP-6-15 [37], as torres devem ser preferencialmente de aço

galvanizado ou concreto, além de apresentar fundação sólida que suporte o peso das torres

e dos projetores nela instalados, observando fatores como a estrutura do solo, ação do

vento e cargas aplicadas às torres, previamente calculadas de acordo com as técnicas

usuais e por pessoal especializado.

Quanto a posição das luminárias, devem ser redirecionadas para que nenhuma

fique acima do limite de 70º considerando o nadir em relação ao centro do feixe.

5.4.4 Níveis de Iluminação e Uniformidade

De acordo com a norma internacional IES RP-6-15, a iluminância média

horizontal para estádios de futebol profissional com mais de 5000 espectadores deve ser

de 1000 lux, mas deixa em aberto o nível de iluminação exigido para transmissões

televisivas, além da razão entre iluminação máxima e mínima, Emáximo Emínimo⁄ seja de

1,71 ou menor. De acordo com as recomendações da CBF, os estádios deverão adotar

como referência os seguintes parâmetros: (i) em 2019, nível mínimo de 800 lux na

horizontal com uniformidade 0,6; (ii) em 2020, nível mínimo de 1600 lux; (iii) em 2021,

nível mínimo de 2021. Já com relação a recomendações da FIFA, a iluminância média

vertical deve ser de no mínimo 2000 lux.

Com relação a estas normativas, vamos adotar o valor de 2000 lux para iluminação

vertical e horizontal, pois respeita as recomendações atuais desses órgãos.

Solução

Com o objetivo de atingir o valor mínimo de 2000 lux de iluminância média, o

cálculo para dimensionar a quantidade de lâmpadas utilizadas foi feito utilizando-se um

conversor de lumens para lux. No cálculo precisamos da informação sobre o fluxo

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79

luminoso14 da lâmpada, a distância entre a fonte de luz e a superfície a ser iluminada, cujo

valor foi aproximado para 77 metros, e o ângulo de abertura do facho dos projetores.

Considerando a altura do poste ideal citada e a utilização de um projetor com facho direto

e regulável com angulação média estipulada em 35º, chegamos ao resultado de que cada

lâmpada proporcionaria 13,34 lux de iluminância média, mostrado na Figura 87. Assim,

chegamos ao número mínimo (N) de lâmpadas necessárias:

N =2000

13,34= 150 lâmpadas

No total serão utilizadas no mínimo 150 lâmpadas para que o projeto atenda ao

limite recomendado.

Figura 87 - Dados Utilizados no Conversor Lumens-Lux

Fonte: Kelux [38]

5.4.5 Simulação do Sistema de Iluminação

Para atender os níveis de uniformidade estabelecidos pelas normas internacionais

o uso de um simulador computacional se faz necessário para solucionar o nível de

iluminação do Estádio Ronaldão.

Solução

O software DIALux é um dos mais completos e utilizado mundialmente para

simulação de projetos de iluminação, onde diversas fabricantes de equipamentos para

iluminação disponibilizam arquivos para elaboração de projetos. Através do site da

14 Fluxo luminoso é a radiação total emitida em todas as direções por uma fonte luminosa que pode

produzir estímulo visual.

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80

fabricante LUG [34], pode-se obter as curvas fotométricas para os projetores que são

compatíveis com o DIALux.

Para a iluminação esportiva do estádio Ronaldão, foi criado um ambiente que

simulava o campo de jogo em suas reais dimensões, como também a altura de montagem

dos projetores e sua localização de acordo com a sugestão de novo projeto.

Os projetores Hevelius Premium One e as lâmpadas Osram HQI-TS, foram

alocados de maneira a cumprir as recomendações de iluminação, tendo sido utilizadas as

suas curvas fotométricas com diferentes aberturas de facho.

Com isso, têm-se acesso a uma planilha contendo todas as luminárias, onde cada

uma delas foi direcionada individualmente para cada setor do campo, procurando manter

a uniformidade e respeitando o limite angular entre os projetores e a linha do meio de

campo.

Através de simulações, chegou-se ao número de 160 projetores, dispostos em 8

postes refletores. Para as torres localizadas na lateral do campo, serão instaladas 24

lâmpadas em cada uma delas, dispostas em 4 linhas contendo cada linha 6 projetores. Nas

torres localizadas na região do escanteio, serão instaladas 16 lâmpadas em cada uma

delas, disposta em 4 linhas contendo cada linha 4 projetores.

As 4 novas torres localizadas na zona de escanteio serão alimentadas por um

transformador de 150 kVA de potência, as outras 4 torres das laterais do campo e o

restante do estádio serão alimentados pelo transformador de 225 kVA já existente. O

direcionamento de cada luminária bem como a posição das torres de iluminação pode ser

visto através da Figura 88.

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81

Figura 88 - Direcionamento das Luminárias no DIALux

(Figura do autor)

A Figura 89 demarca em sombreado as regiões onde não se deve instalar postes e

luminárias através da IES RP-6-15, pode-se ver que todos os postes utilizados no projeto

da simulação encontram-se fora dessa região (Figura 90), portanto de acordo com as

recomendações.

Figura 89 - Áreas Onde Não Devem Ter Luminárias

Fonte: IES [37]

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82

Figura 90 – Localização das Torres

Fonte: acervo do autor

Feito o direcionamento para todas as 160 luminárias, foi inserido uma superfície

de cálculo vertical com uma grade de cálculo com 128 x 128 pontos. Sendo assim, o

projeto de iluminação pôde então ser avaliado, dando início aos cálculos através do

software DIALux. Após os cálculos terem sido realizados, pode-se observar através da

Figura 91 um mapa de cores falsas, expressando o nível de iluminação que incide em cada

ponto do campo de jogo.

Figura 91 - Mapa com Níveis de Iluminação

Fonte: acervo do autor

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83

O programa também gera uma planilha com os dados obtidos para a superfície de

cálculo escolhida. Através desses dados, constata-se que a iluminação projetada atinge os

níveis de iluminação vertical, como também seus níveis de uniformidade recomendados

pela IES RP-6-15, onde Emáximo Emínimo⁄ é de 1,637. Os resultados podem ser vistos na

Figura 92.

Figura 92 - Resultados para Iluminação

Fonte: o autor

5.4.6 Reatores

O ponto que merece atenção é em relação ao sistema elétrico das torres de

iluminação. Os reatores que o compõe são antigos, apresentando obsolescência e maiores

perdas de energia. A substituição desses equipamentos se faz necessária para que haja

maior rendimento do sistema elétrico e maior qualidade do sistema de iluminação.

Solução

Na troca dos reatores utilizados para dar partida ao acendimento das lâmpadas de

alta descarga, eles devem ser compatíveis com as lâmpadas de 2000 W, do mesmo modelo

utilizado no projeto. A escolha será pelos reatores da marca Intral, visto na Figura 93 que

são compatíveis com as lâmpadas da marca Osram utilizadas e possuem ampla assistência

técnica no Brasil.

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84

Figura 93 - Reator

Fonte: Intral [39]

5.4.7 Alimentação Elétrica do Estádio

Parte fundamental no projeto de iluminação, a alimentação elétrica deve ser

dimensionada para que atenda todo o complexo do estádio. De acordo com as instalações

atuais, a alimentação elétrica está bem dimensionada e projetada, contudo uma alteração

deve ser feita para que se adeque a nova iluminação esportiva, onde foram acrescentados

postes de iluminação e projetores para atingir o nível recomendado de iluminância média.

Solução

No projeto de adequação do estádio Ronaldão, serão utilizadas 160 lâmpadas de

2000 W de potência para a iluminação do campo, que correspondem a uma potência de

320 kVA, mais os 15 kVA do restante das instalações do estádio, totalizando assim 335

kVA.

O fornecimento de energia do estádio deve então ser feito através de um

transformador com potência igual ou superior a essa. Habitualmente a concessionária de

energia utiliza transformadores com 225 kVA de potência, então para melhor adequação

do sistema, iremos continuar utilizando o transformador de 225 kVA e adicionar ao

projeto mais um transformador de 150 kVA, que irão suprir toda a demanda do estádio.

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85

O transformador já instalado será ligado a um conjunto de 96 lâmpadas da iluminação do

campo mais a iluminação e equipamentos elétricos do restante do estádio, totalizando 207

kVA de potência. O novo transformador de 150 kVA irá atender um conjunto de 64

lâmpadas da iluminação do campo, totalizando 128 kVA de potência. Todos os

transformadores funcionarão na tensão de 13,8 kV / 220-380 V.

5.4.8 Gerador de Energia Elétrica

Devido ao aumento da carga proporcionada pela inclusão de novos postes

refletores e de lâmpadas, o gerador de energia de emergência deverá ser redimensionado

para atender a potência total de 335 kVA.

Solução

O gerador de emergência deve ser do tipo UPS15, garantindo que o fornecimento

de energia seja ininterrupto quando há falha ou queda de energia do sistema principal. O

modelo escolhido é da empresa Kinolt [40], que apresenta garantia e assistência técnica

no Brasil, além de suprirem a energia durante todo o período do evento. Será utilizado

um grupo de motor-gerador, que irá alimentar toda a iluminação do estádio, com motor a

diesel com potência de 400 kVA, como visto na Figura 94.

Figura 94 – Gerador a ser Utilizado no Projeto de Adequação

Fonte: Euro Diesel Brasil [40]

15 UPS - Uninterruptible Power Supply, ou fonte de alimentação ininterrupta, também conhecida

como no-break. É um sistema de alimentação secundário de energia elétrica que entra em ação quando há

interrupção no fornecimento de energia principal.

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86

6 CONCLUSÃO

O trabalho exposto teve o propósito de fazer um estudo abrangendo a iluminação,

sistema elétrico e civil do Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira em Poços de Caldas.

Muitos estádios pelo interior do Brasil apresentam instalações precárias, o que atrapalha

na qualidade do evento.

Durante o estudo, pode-se ter conhecimento sobre o sistema de iluminação do

campo, alimentação de energia do estádio, gerador de emergência, sistema elétrico e

infraestrutura civil do Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira.

Muitos dados necessários foram conseguidos através de laudos e informações

passadas pelos engenheiros responsáveis. Algumas informações foram retiradas de

catálogos dos fabricantes dos equipamentos e alguns outros parâmetros que são

considerados importantes, vieram de órgãos internacionais além das normas vigentes

acerca de projetos civis, elétricos e de iluminação.

Fazendo a análise do estádio, pode-se constatar algumas não conformidades na

parte civil e na disposição de alguns equipamentos da parte elétrica e soluções foram

propostas para corrigi-las. A análise do sistema de iluminação nos possibilitou verificar

que algumas recomendações das normas de engenharia vigentes eram atendidas, além de

indicações de órgãos internacionais a respeito do sistema de iluminação esportivo como

o gerador que supria todo o estádio, o posicionamento das torres de iluminação e sistema

de iluminação de segurança. Porém, algumas exigências não estavam sendo cumpridas,

como a altura das torres, iluminância média do campo e iluminação para torcedores. Com

isso, soluções foram propostas para que todas as normas e recomendações fossem

atendidas.

Tendo as soluções em mãos, foi feita então uma elaboração de um projeto de

iluminação para o estádio, onde as normas fossem contempladas. Com relação a

iluminância média, foi feito um cálculo do número de projetores necessários e a sua

escolha correta. Algumas torres foram acrescentadas para atender a uniformidade

luminosa, além da altura de montagem dessas torres ter sido modificada. A alimentação

de energia e o gerador de segurança foram redimensionados para atender o novo projeto.

Como sugestão para futuros trabalhos, estão painéis fotovoltaicos para geração de

energia elétrica que seriam instalados na cobertura do estádio, visando também proteção

dos espectadores contra sol e chuva, funcionando como uma cobertura. O uso de energias

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87

de fontes renováveis tem se expandido muito no Brasil e deixaria os estádios mais

modernos e ecologicamente sustentáveis.

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88

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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%26thumbfov%3D100!7i13312!8i6656. Acesso em: 12 dez. 2018.

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[8] MUNIZ, Renan. Ronaldão recebe melhorias e sedia treino da Caldense. 2018.

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90

[16] ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC

62262: graus de proteção assegurados pelos invólucros de equipamentos elétricos contra

os impactos mecânicos externos (código IK). Rio de Janeiro: ABNT, 2015. 5p.

[17] DME - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ELETRICIDADE. Projeto de

iluminação indireta para todas as instalações do Estádio Municipal Dr. Ronaldo

Junqueira. nº PD-806/2010. Poços de Caldas: DME. 20 mar. 2009. Sem escala.

[18] ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7094:

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[19] DIALUX. Software de iluminação DIALux. 2019. Disponível em:

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[20] ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800:

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[21] ______, NBR 10844: Instalações prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro:

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[22] ______, NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT,

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[25] ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152:

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91

[26] ______, NBR 14136: plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20A/250V

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93

APÊNDICE A - DIALUX

A.1 VISÃO GERAL DA INSTALAÇÃO DO DIALUX 4.13

O download do software DIALUX em sua versão 4.13 mais recente, pode ser

efetuado a partir do próprio site do fabricante, sendo totalmente livre e gratuito. Após o

download concluído deve-se executar o arquivo e seguir as instruções nas caixas de

diálogo que se seguem para sua instalação. Alguns itens podem ser marcados de acordo

com o interesse do usuário, como o idioma usado e instalação de outros programas

complementares como o DIALux 4.13 Light.

A.2 FUNÇÕES E UTILIZAÇÃO

Ao abrir o DIALux, a interface mostrada na Figura A1 aparecerá. Temos opções

de Novo Projeto Interno, Externo e para ruas, além de opção para abrir projetos já

realizados e um assistente.

Figura A1 - Interface do DIALux

Ao escolhermos Novo projeto externo, o programa será aberto, e uma lista com

diversas opções aparecerá do lado direito da tela. Para a iluminação esportiva de campos

de futebol, utiliza-se a aba Iluminação de campos, como mostrado na Figura A2.

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Figura A2 - Aba Iluminação de Campos

Poderá ser inserido um ficheiro DWG ou então criar um campo a partir do próprio

DIALux. Após o cenário da simulação estar preparado, podemos selecionar as luminárias

que serão utilizadas. A disposição dos holofotes quanto a sua posição no projeto e direção

do foco podem ser feitos através da opção Tabela de holofotes dentro da aba Iluminação

de campos. Assim, a tabela será aberta como mostrado na Figura A3.

Figura A3 - Tabela de Holofotes

Através da opção Inserir superfície de cálculo, diversos tipos de superfície

poderão ser escolhidas, tais como iluminação horizontal e vertical, alocando-as dentro do

cenário projetado.

Ao final do projeto então, podemos iniciar a avaliação através da opção Iniciar

cálculo.

Na parte inferior esquerda da tela, podemos ter acesso aos relatórios da avaliação

feita, na aba Edição, escolhendo a opção que desejarmos, como visto na Figura A4.

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Figura A4 - Relatórios da Avaliação

A.3 INSERÇÃO DE LUMINÁRIAS

A inserção de luminárias no DIALux será dá através do download das curvas

fotométricas do tipo .ies fornecida pelos próprios fabricantes, muitas vezes encontrado

em seus sites. Após o download efetuado, a curva desejada deverá ser arrastada para

dentro do DIALux e a opção Inserir distribuição de Holofotes deve ser escolhida, como

mostrado na Figura A5.

Figura A5 - Inserção de Luminárias