Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Título: Avaliação e Intervenção das crianças com deficiência visual junto aos familiares utilizando brinquedos e brincadeiras
Autor: Vanda Fátima Vinhotte de Souza
Disciplina/Área:
Educação Especial
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Hugo Simas Rua Pio XII, 195, centro. Londrina/Pr
Município da escola: Londrina
Núcleo Regional de Educação: Londrina
Professor Orientador: Profª Dra. Célia Regina Vitaliano
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina
Relação Interdisciplinar:
Resumo:
O Caderno Pedagógico com o título:
Avaliação e intervenção das crianças com
deficiência visual junto aos familiares
utilizando brinquedos e brincadeiras têm
como objetivo desenvolver um programa de
orientação junto aos familiares, para favorecer
o processo de desenvolvimento e
aprendizagem de seus filhos com NEE, com
baixa visão. Partindo da perspectiva que os
pais orientados podem melhorar o padrão
interativo com seus filhos, o programa de
orientação vai oferecer condições e
oportunidades que favorecem o
desenvolvimento global das crianças. Foi
observado que a utilização de brinquedos e
brincadeiras durante os atendimentos
favoreceram na estimulação visual tornando-
as mais dinâmica e produtiva. Para efetivar a
realização deste trabalho será desenvolvido
junto aos pais de alunos de 0 a 5 anos
matriculados no CAE-DV de Londrina/Paraná,
reuniões, entrevistas com a família,
depoimento, palestras, encontros individuais e
em grupos e oficina, os pais receberão um
manual de orientação sobre os brinquedos.
As intervenção e orientação específicas sobre
brinquedos e brincadeiras serão de forma
individualizadas favorecendo no processo de
estimulação da criança com deficiência visual.
Palavras-chave:
Brinquedos; Família; Estimulação visual.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico Público:
Pais
1. INTRODUÇÃO
O caderno pedagógico foi desenvolvido no intuito de orientar as
famílias das crianças com deficiência visual a estimularem seus filhos com
brincadeiras simples e brinquedos que podem ser construído por eles mesmos.
Para realizar esse trabalho a experiência profissional foi fundamental.
Observou que as faltas constantes dos alunos, geralmente estão relacionadas
ao fato das crianças apresentarem, além da deficiência visual, saúde frágil e
outros comprometimentos, por isso necessitam sempre frequentar consultórios
médicos, laboratórios e hospitais. Constatou também que têm famílias que
pouco se envolvem com os atendimentos do seu filho. Assim, este projeto
propõe a realização de orientações sistematizadas visando prepará-las para
intervir de modo adequado junto aos seus filhos em casa durante as atividades
rotineiras, bem como acrescentar oportunidades de brincarem juntos.
Discutir sobre a importância da família para o desenvolvimento
das crianças que apresentam NEE, decorrentes de deficiência é primordial. Foi
observado durante as sessões de atendimento, junto aos alunos, que a
utilização de metodologias adequadas, são fatores primordiais para o avanço
cognitivo e motor da criança.
Em relação ao comportamento, quando utilizado o lúdico as
crianças ficam a vontade e participam prazerosamente das sessões de
estimulação visual, e das avaliações, tornando-as mais dinâmicas, e
produtivas. “... A brincadeira é uma atividade importante na infância que auxilia
as crianças a dominarem todas as suas necessidades de desenvolvimento”.
(Maxim, 1997, p.261)
Também vale destacar a importância dos professores
especialistas em Educação Especial e os professores das escolas de ensino
Infantil incorporarem os brinquedos e brincadeiras em seu planejamento.
Levando em consideração que esses devem ser adaptados de acordo com a
necessidade dos alunos. O planejamento é a melhor forma de atingir os
objetivos propostos.
Bruno (1992) observou que, em crianças com deficiência
visual, o brincar surge de um simples exercício para a representação do vivido
pelo jogo simbólico.
Neste sentido, a intervenção é essencial principalmente em
crianças com Necessidades Educacionais Especiais na área Visual, o
professor deve utilizar como material de trabalho brinquedos, brincadeiras que
podem ser confeccionados ou adaptados por pais.
Lindstedt (1997) entende que a intervenção essencial
minimiza a perda visual através correção ótica adequada e estimulação visual,
resultando, portanto em um melhor desenvolvimento possível da capacidade
visual das crianças.
O profissional que trabalha com crianças com NEE precisa ser
um educador que acredita no potencial de seus alunos. A família também deve
desenvolver tais expectativas e atuar em casa de modo a enriquecer os
estímulos e interações.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS QUE APRESENTAM NEE, DECORRENTES DE DEFICIÊNCIA VISUAL
A família é o primeiro contato de toda criança, sendo ela
fundamental para a formação e desenvolvimento dos indivíduos, principalmente
quando este apresenta NEE decorrentes de deficiência visual.
Mello, 1999 conceitua as palavras família e familiar da seguinte
maneira: (...) família e familiar são substantivos que relembram a sensação de proximidade, de calor, de aconchego. Família é a origem, o lugar para onde correm as lembranças de infância e seus privilégios. O que nos é familiar é o que conhecemos, faz parte de nossa experiência, não é estranho, não causa medo. (MELLO, 1999, p.2)
Para Fiamenghi e Messa (2007, p. 237) “família é o primeiro
grupo no qual o indivíduo é inserido”, sendo assim a primeira instituição a
colaborar para o desenvolvimento de uma criança.
Segundo Vygotsky, as relações histórico-sociais são vistas
como colaboradoras do desenvolvimento sócio cognitivo da criança,
corroborando com a afirmativa de Wallon que considera o sujeito como
“geneticamente social” e entende a criança de forma contextualizada nas
relações com o meio. (RODRIGUES, 2005)
Wallon observou que as relações sociais exercem uma
função importante na construção da linguagem que é indispensável ao
progresso do pensamento e também atua como estrutura do mesmo.
(RODRIGUES,2005). “Lane, 1997 p. 34 diz: A palavra, a língua, a cultura
relaciona-se com a realidade, com a própria vida e com os motivos de cada
indivíduo”.
Desta forma, percebe-se o quão importante são as relações familiares
para o desenvolvimento das crianças, especialmente para aquelas com NEE,
decorrentes de deficiência visual. Omote (2003) entende que o atendimento às
famílias de crianças com NEE deve ser construído com duas perspectivas
interdependentes: a de prover condições favoráveis ao desenvolvimento infantil
e a de auxiliar cada familiar a enfrentar as dificuldades de seus papeis como
membros dessa família diante de uma criança vista e tratada como desviante.
“A inclusão implica o total envolvimento da criança nas rotinas da família, nas atividades sociais com parentes e amigos bem como nas diversas oportunidades educativas e recreativas que as comunidades têm a oferecer” (BRANDÃO, p.94/2007)
Considerando o papel dos familiares em prover condições
favoráveis para o desenvolvimento dos seus filhos este caderno pedagógico
tem como função elaborar um texto que possa se utilizado junto ao programa
de intervenção junto às famílias de alunos com deficiência visual, o qual possa
favorecer que identifiquem mais claramente o seu papel e possam identificar
formas de promover condições que possam favorecer o desenvolvimento
global de seus filhos. Para isso contaremos com o depoimento de uma mãe
experiente, estudos por meio de vídeos, palestras, oficinas para elaboração de
brinquedos.
Considerando as atividades previstas este caderno será dividido em
unidades.
UNIDADE I 2.1.1 Confecção e Adaptação de Brinquedos e seu Uso no Processo de
Estimulação Visual: Depoimento de uma mãe
Quando uma família descobre que seu filho (a) tem algum tipo
de deficiência, muitas dúvidas surgem. A mãe é a primeira a questionar-se
sobre os fatores que levaram a criança a desenvolver esse problema, há uma
insegurança, um medo, uma falta de conhecimento em lidar com essa criança.
Baseado nesta necessidade uma mãe irá proporcionar um
momento de diálogo, no qual, será relatado o processo de desenvolvimento do
seu filho e sua trajetória de atendimento, utilizando os brinquedos e
brincadeiras como meio de favorecer o processo de desenvolvimento e
aprendizagem da criança com NEE, com baixa visão.
Este será o momento para expor as dúvidas mais comuns
entre as mães, pontuando os fatores relevantes do projeto, comprovando que
com metodologias e recursos simples as habilidades de uma criança podem
ser ampliadas de maneira significativa.
2.2 A Importância Do Lúdico No Processo De Aprendizagem Das Crianças Com Deficiência Visual
Em muitos países as brincadeiras têm sido referencia para
o desenvolvimento das crianças, nas perspectivas psicossociais educacionais e
recreativas. Autores como Wallon, Vygotsky, Berlyne, entre outros, realizaram
estudos sobre o brincar no desenvolvimento global da criança. (SIAULYS,
2005). Atualmente observa-se que a revolução tecnológica inibe a criatividade
da criança já que estas não têm mais o hábito de inventar, criar brinquedos ou
de usar o lúdico em brincadeiras, tal fato coíbe o exercício da criatividade, da
cognição e socialização.
Rodrigues (2005) analisa que segundo Vygotsky os brinquedos
criam zonas de desenvolvimento proximal à medida que colocam a criança em
situações de reprodução dos papéis, regras sociais e repetição dos valores. “Numa situação imaginária como a da brincadeira de “faz-de-conta” (...) a criança é levada a agir num mundo imaginário ( o “ônibus” que está dirigindo na brincadeira, por exemplo) em que situação é definida pela significado estabelecido pela brincadeira (O ônibus, o motorista, o passageiro e etc) e não pelos elementos reais concretamente presentes ( as cadeiras da sala onde está brincando de ônibus, as bonecas etc.) (...)Mas além de seruma situação imaginária, o brinquedo é também uma atividade regida por regras. Mesmo no universo de “faz-de-conta”, há regras que devem ser seguidas.” (OLIVEIRA, 1993,p.67)
Em ambientes adequados os cuidadores das crianças
devem promover tipos de brincadeiras: espontânea, estruturada, imaginativa e
criativa e dessa forma preparar as crianças para implementar seu potencial de
aprendizagem. (BROCK,DOODS, JARVIS & OLUSOGA, 2011)
Muitas vezes, ao falar em ampliar o conhecimento por meio de
brinquedos pedagógicos, as pessoas têm em mente, brinquedos caros, que
requerem recursos financeiros, porém com medidas simples, os pais e os
professores podem confeccionar esses objetos que estimulam a criança e
colaboram no seu processo de desenvolvimento intelectual.
Kishimoto, 2003 fala que:
O brinquedo educativo [...] entendido como recurso que ensina, desenvolve e educa de forma prazerosa, o brinquedo educativo materializa-se no quebra-cabeça, destinado a ensinar formas ou cores; nos brinquedos de tabuleiro, que exigem a compreensão do número e das operações matemáticas; nos brinquedos de encaixe, que trabalham a noção de sequência, de tamanho e de forma; nos múltiplos brinquedos e brincadeiras cuja concepção exigiu um olhar para o desenvolvimento infantil e materialização da função psicopedagógica: móbiles destinados à percepção visual, sonora ou motora; carrinhos munidos de pinos que encaixam para desenvolver a coordenação motora; parlendas para expressão da linguagem; brincadeiras envolvendo músicas, danças, expressão motora, gráfica e simbólica. (KISHIMOTO, 2003, p.36)
Para a criança com deficiência visual, as brincadeiras e os
brinquedos facilitam a interação com o meio social, favorecem as habilidades
motoras, cognitivas, perceptivas e da linguagem, ocorrendo de forma
agradável, auxilia na elevação da autoestima do aluno. (CORSI, 2001)
Assim, ao incluir na rotina diária da criança momentos de
brincadeiras, os pais estão contribuindo para o desenvolvimento global de seus
filhos. Fonseca ressalta que: Todas as crianças deveriam beneficiar-se de uma educação psicomotora diária, pelo menos de 30 a 50 minutos de duração, não apenas duas sessões semanais, muito menos de atividades recreativas espontânea ou repetitivas não-supervisionada. (FONSECA, 2008, p.294)
Isso demonstra a importância dos pais promoverem atividades
em suas casas, assim, aquilo que o aluno aprende é aprimorado, sendo então,
essencial para sua evolução.
Bruno (1992) percebeu que as crianças com perda visual
acentuada, em idade pré-escolar adquirem experiências fragmentadas, sem
observar o desencadeamento e sequência das ações tempos-espaciais, o
entendimento das relações causa-efeitos que serão determinantes para
aquisição das representações conceituais. Portanto o lúdico é básico para
desenvolver um bom trabalho de ensino-aprendizagem com as crianças que
apresentam déficit visual. Segundo Bruno (1992) o brinquedo sempre foi
importante para a criança e para muitos adultos que sabem valorizar esse
grande instrumento de integração e comunicação.
Cratty diz que a participação lúdica facilita a aquisição das
noções simbólicas fundamentais para aprendizagem. (FONSECA, 2008, apud
CRATTY, p.253). O lúdico está relacionado não somente com a brincadeira,
mas também com o brinquedo. A manipulação de objetos aprimora os sistemas
perceptivos, desenvolvendo habilidades significativas para a aprendizagem.
Kephart, 1960 apud Fonseca, p. 232 cita que “em todas as
formas de aprendizagem a visão assume a liderança, o olho aprende a ver o
que a mão faz e sente”, ou seja, quanto mais contato com materiais
estimuladores a criança com deficiência visual tiver, sua capacidade de
percepção vai melhorar.
Sem levar em consideração as condições: físicas, intelectuais
ou sociais, todas as crianças precisam brincar, pois se trata de algo
indispensável a sua vida. O brincar estimula e motiva, dando-lhes oportunidade
da interação social e de ficar feliz, trocar experiências, ajudarem-se
mutuamente; as que têm visão e as cegas, as que ouvem e as que são surdas-
mudas, as que podem se movimentar e as que não podem se movimentar.
(SIAULYS, 2005)
Por meio das considerações aqui levantadas fica claro
como é importante trabalhar e estimular as crianças com deficiência visual. O
brinquedo e o brincar devem ser aproveitados de forma criativa e educativa,
pois esses fatores são elementares para as habilidades básicas da
aprendizagem.
2.2.1 Filme: “O Milagre de Anne Sullivan”
Este caderno pedagógico busca conscientizar a família das
crianças com deficiência visual, em desenvolver na rotina familiar, atividades
com brinquedos e brincadeiras que possam contribuir no avanço cognitivo de
seus filhos. Os pais podem conhecer e entender como certas atividades,
possibilitam avanços psicossociais, afetivo, motor, visual de seus filhos.
Assim, o programa de orientação aos pais, apresentará o filme:
“O Milagre de Anne Sullivan” para promover uma discussão sobre a situação
vivenciada no filme e as referentes em suas casas. O filme é de 1962, do
gênero drama biográfico, dirigido por Arthur Penn, e baseado no livro The Story
of my Life, de Helen Keller e na peça teatral de William Gibson.
O filme conta a história de uma menina com deficiente auditiva
e visual chamada Helen Keller. Ela não reconhecia o mundo a sua volta,
porque mediante ao seu problema ela não sabia como se expressar. Ele
retrada as dificuldades em viver em um mundo escuro e silencioso. Também
mostra que muitas pessoas não sabem como lidar com os limites físicos
pertinentes ao um ser humano.
A obra mostra que a família de Hellen, busca sempre
compensar sua deficiência por meio da liberdade e da falta de limites. A
menina passa a dominar sua família, sendo impulsiva, desobediente, nunca
aceitando um não. Esta situação será discutida com os pais. Eles precisam
compreender que a educação de seus filhos deve seguir um direcionamento
que vai colaborar para o desenvolvimento da criança e não, tratá-la como
incapaz. A criança necessita criar autonomia, e a família é responsável por
esse processo.
O filme mostra que todos precisam de uma orientação. Assim,
para auxiliar na educação de Hellen a família contrata uma professora
chamada Anne Sullivan. A professora tem a difícil tarefa de mostrar para a
menina como viver no mundo e como entendê-lo. Também mostrar à família
que sua filha deve ser tratada como normal.
Há certa resistência entre a família e a orientação, o pai
representado no filme, não acredita no trabalho da professora. Este é outro
ponto a ser discutido na orientação com os pais. Será que todos aceitam ser
questionados sobre a maneira de educar seus filhos? Você enquanto pai ou
mãe de uma criança com deficiência visual vai colocar em prática aquilo que
está aprendendo para ampliar as habilidades de seu filho?
Finalmente o filme demonstra que com o trabalho e a
determinação de Anne, o “milagre” acontece. A menina começa a entender seu
mundo e como viver nele, aprende a respeitar regras e entender seus limites,
conseguindo viver de maneira autônoma na sociedade.
Por meio desse filme os pais poderão refletir sobre suas
atitudes na educação de seus filhos, aceitando as orientações que auxiliarão
nesse processo de desenvolvimento de maneira significativa e precisa,
tornando-os capazes de atuar na sociedade com autonomia exercendo seu
papel de cidadão.
2.2.2 Palestra: A Família e a Posição dos Pais Em Relação ao Diagnóstico do
Filho e a Importância Do Lúdico Para Favorecer o Desenvolvimento Global Da
Criança
Dando procedimento ao trabalho de orientação aos pais, uma
palestra será organizada com a psicóloga especialista, a qual discutirá as
reações das famílias frente a deficiência de seu filho e o lúdico como forma de
ampliação das habilidades das crianças, bem como as intervenções possíveis
que a família pode realizar em seu ambiente familiar.
Regen (2005) Salienta que a família tem sofrido um processo
evolutivo em todo o mundo, inclusive no Brasil, e tem um papel importante na
formação da personalidade do indivíduo, por ser a primeira célula social a que
pertencemos. A autora reflete sobre os processos que essa família deverá
passar ao receber uma criança diferente da que foi esperada. Desde o impacto,
do susto até a elaboração do luto pela perda do filho idealizado e a aceitação
do filho real.
A autora ainda ressalta que a segurança emocional da criança
é desenvolvida através de sentimentos de pertencer a um determinado grupo,
por intermédio do amor, respeito e interesse. O fato de se ter os mesmo direito
e limites também é relevante. O ato de oferecer carinho e conforto são atitudes
que permitem que ela cresça em ambiente de compreensão e respeito
humano. A família que oferece afeto, segurança e responsabilidade estará
possibilitando que esse filho consiga ser aceito em outros ambientes.
Bronfenbrenner (1996) menciona que a posição que os pais
têm frente à questão de um filho que apresenta uma dificuldade de acesso à
aprendizagem por conta do déficit visual é de extrema importância para o
desempenho dessa criança. Ou seja, o envolvimento e acolhimento dessa
criança dentro de seu contexto familiar faz uma grande diferença para o
desenvolvimento global da mesma. Os pais que apostam no potencial dos
filhos colaboram para a superação de barreiras. Pode-se afirmar que criança,
família e contexto constituem uma unidade que deverá materializar-se em um
programa de estimulação.
Sendo assim, é este o objetivo da palestra instruir os pais em
metodologias que auxiliam o desenvolvimento de seu filho. Mostrando que com
medidas simples como o brincar, os pais podem auxiliar nos avanços
cognitivos da criança. Os pais têm que entender que o ambiente familiar é rico
em estímulos, basta usar a criatividade. Eles precisam entender que uma
brincadeira ou um brinquedo (comprado, confeccionado ou improvisado) pode
ser capaz de transformar a vida da criança.
2.3 ESTUDOS DAS PATOLOGIAS ASSOCIADAS À DEFICIÊNCIA VISUAL
Para entender o que uma pessoa com deficiência visual sente, é preciso
conhecer as patologias que integram essa deficiência. Desta forma, será
elencado as patologias mais comuns nos pacientes com deficiência visual. São
elas:
• Ambliopia: é uma diminuição da acuidade visual, uni ou bilateral, no
qual não se encontra lesão ao exame oftalmológico, que aparece em
decorrência de obstáculos desenvolvimento da visão. Esta doença
acontece dentro dos seis primeiros anos de vida e é reversível quando
tratada em tempo hábil. As causas mais comuns são: estrabismo e erro
de refração. Os dois primeiros anos de vida são os de maior plasticidade
sensorial.
• Retinopatia da Prematuridade: é uma doença que pode ocorrer em bebês
prematuros podendo levar a cegueira. Com a prematuridade os vasos
sanguíneos que irrigam a retina ainda não estão completamente
desenvolvidos e continuam a se desenvolver após o nascimento.
Algumas vezes crescem de forma desorganizada causando essa
doença na retina. Em muitos casos, a retinopatia da prematuridade cura-
se espontaneamente, porém mesmo após a cura, esses
bebês apresentam um maior risco de desenvolverem miopia, estrabismo
e deficiência visual. Os lactentes com uma retinopatia da prematuridade
muito grave apresentam maior risco de descolamento da retina, que
quando detectado a tempo pode ser corrigido evitando que o bebê perca
a visão no olho afetado. O tratamento de qualquer distúrbio visual
durante o primeiro ano de vida provê a melhor chance de uma boa visão
posteriormente.
• Retinose pigmentar: é a nomenclatura de uma série de alterações
genéticas que causam uma doença caracterizada pela perda de visão
noturna, perda do campo visual e de visão central. É uma distrofia dos
cones e bastonetes, as células especiais da retina responsáveis por
transformar a luz visível em impulso nervoso que é levado até o cérebro.
A doença é genética, mas segue diferentes padrões de herança, que
são os tipos de alteração dos genes. Alguns pacientes apresentam
manifestações extraoculares, como alterações auditivas ou obesidade e
estas associações recebem nomes específicos como Síndrome de
Usher, Síndrome de Bardet-Bidl, etc. Infelizmente ainda não existe
tratamento para retinose pigmentar. Novas pesquisas buscam evitar a
degeneração das células da retina ou recuperar as células lesadas.
• Glaucoma: refere-se a um grupo de doenças oculares que provocam
danos no nervo óptico, nervo que carrega informações visuais do olho
até o cérebro. Em muitos casos, os danos ao nervo óptico resultam de
um aumento da pressão ocular, também conhecida como pressão
intraocular.
• Coloboma: É uma malformação congênita ocular que pode ser
hereditária ou causada por uso de drogas pela mãe durante a gravidez,
ou por doenças infecciosas adquiridas durante o período de gestação.
Também pode ser associada a traumas oculares ou cirurgias.
É necessário conhecer as patologias para saber como inferir e
desenvolver atividades que possam colaborar no desenvolvimento das crianças
com deficiência visual. Assim, para dar continuidade ao trabalho de orientação
aos pais, uma apresentação será realizada por meio de slides onde serão
apresentadas as principais patologias.
2.3.1 Vendo por Meio dos Olhos de uma Criança com Deficiência Visual
Após a apresentação das informações sobre as patologias
os pais participarão de uma dinâmica na qual, poderão experimentar por meio
de óculos adaptados as patologias estudadas, ou seja, eles poderão vivenciar
as deficiências, e ver através dos olhos de uma criança com déficit visual. Este
trabalho de orientação esclarece aos pais, formas de como agir e contribuir
com medidas de ação diante de um problema de seu filho.
2.3.2 Oficina: Confecções de Brinquedos
Além da ampliação de conhecimento fornecido por este
caderno pedagógico, os pais irão participar de uma oficina na qual, vão
desenvolver brinquedos através de materiais recicláveis que auxiliarão no
processo de aprendizagem das crianças.
Como já mencionado o lúdico é um recurso que deve ser
explorado em todos os contextos seja escolar ou familiar. Os brinquedos e as
brincadeiras fazem parte do termo lúdico. Para Kishimoto:
O brinquedo coloca a criança na presença de reprodução: tudo o que existe no cotidiano, a natureza e as construções humanas. Pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é dar à criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los. (KISHIMOTO, 2010, p. 21)
É por meio dos brinquedos que a criança com deficiência
visual, poderá ampliar habilidades de compreensão de mundo de modo a se
tornar autônoma. “Quando brinca, a criança toma certa distância da vida
cotidiana, entra no mundo imaginário”. (KISHIMOTO, 2010, p.27)
Além dos brinquedos, as brincadeiras são outros recursos que
pode ser explorado no trabalho com crianças com deficiência visual. Elas
estimulam a criatividade, levando à descoberta das regras e estas colaboram
com a aquisição de conhecimento. Sabendo que as crianças passam a maior
parte de seu tempo no contexto familiar, é interessante que eles utilizem
desses recursos para o desenvolvimento de seu filho.
É a ação comunicativa que se desenrola nas brincadeiras entre mãe e filho que dá significado aos gestos e que permite à criança decodificar contextos e aprender a falar. (KISHIMOTO, 2010, p.37)
Tendo conhecimento que o brinquedo e as brincadeiras são
primordiais para o desenvolvimento da criança uma oficina será desenvolvida
de modo a auxiliarem os pais na construção de brinquedos para seus próprios
filhos.
Esta oficina será realizada em grupo no qual, poderão
participar pais, professores e demais interessados. Para isso, serão
confeccionados alguns brinquedos utilizando materiais reaproveitáveis.
Os pais terão acesso também a um manual de orientação com
instruções sobre brinquedos confeccionados a partir de materiais
reaproveitáveis, brinquedos pedagógicos adquiridos em lojas, e orientações
sobre as brincadeiras.
Por meio dessa oficina os pais poderão construir seus próprios
brinquedos para desenvolver atividades na rotina familiar, dando continuidade
a todo o trabalho desenvolvido na instituição de ensino CAE DV (Centro de
Atendimento Educacional Deficiência Visual).
3 INTERVENÇÕES E ORIENTAÇÕES
As intervenções e orientações acontecerão de forma
individualizada, por meio de sessões, no qual o professor especialista realizará
o atendimento dos alunos, promovendo a estimulação visual e estimulação
essencial de acordo com a patologia, suprindo a necessidade existente.
Durante as sessões de atendimento serão utilizados os
brinquedos que foram confeccionados, dos quais os pais terão acesso no
manual de orientação. Os pais poderão levar os brinquedos para utilizá-los em
sua rotina com seus filhos, também farão um revezamentos dos brinquedos de
modo que todos possam utilizá-los. Nessas sessões os pais serão orientados
nos procedimentos e nas atividades a serem desenvolvidas em casa, sendo ele
o mediatizador das atividades proposta. Fonseca, 2001 ressalta que: Os pais mediatizadores podem ser discretos como promotores do enriquecimento cognitivo dos seus filhos. Os pais ilustram um importante estilo de ensinar, o estilo da pedagogia mediatizada. (FONSECA, 2001, p. 96)
É importante ressaltar que durante os encontros acontecerão
esclarecimentos sobre o processo de estimulação visual e global de acordo
estimulação essencial.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração desse caderno pedagógico permite refletir sobre
o processo de desenvolvimento de uma criança com deficiência visual, assim
como entender os mecanismos que podem facilitar este processo.
Este material pode auxiliar a família a organizar sua rotina, de
modo que as brincadeiras e os brinquedos façam parte dela como estímulo,
tendo sempre como objetivo orientar no processo de estimulação.
Os pais de criança com déficit visual devem subsidiar seus
filhos, proporcionando por meio de brinquedos e brincadeiras formas lúdicas
capazes de ampliar sua percepção sensória motora, visual, social, entre outras.
De forma que a aprendizagem das crianças com deficiência visual ocorra de
forma satisfatória.
Desenvolver as orientações aqui propostas não é uma tarefa
fácil, porém é preciso iniciar esse trabalho para garantir o pleno
desenvolvimento da criança com essa deficiência. Assim, estas sugestões não
param, o campo de pesquisa é extenso necessitando ser desvendado a cada
dia.
É possível observar que quando os pais compreendem e se
envolvem no processo de estimulação global de seus filhos e seguem as
orientações do professor especialista, apresentam melhoras no seu
desempenho.
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http://br.freepik.com/vetores-gratuitas acesso em: 11 de novembro de 2013.
Apêndice A
MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
VANDA FÁTIMA VINHOTTE DE SOUZA
MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
ESPECIAL
Londrina-2013
Fonte: Vinhotte, 2013.
VANDA FÁTIMA VINHOTTE DE SOUZA
MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
ESPECIAL
“A criança é como borboleta passando por sua metamorfose. Se antecipamos alguma fase do processo evolutivo, podemos quebrar-lhe as asas comprometendo-as no vôo para a vida.”
(Vinhotte)
Fonte: Vinhotte, 2013.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
I ETAPA: Brinquedos Pedagógicos que são Confeccionados a partir de materias reaproveitáveis.
1. Chocalho Sonoro
2. Cubo Multiuso
3. Caixa Surpresa tátil
4. Boliche Colorido
5. Caixa de Classificação
6. Ache a Metade
7. Almofadinhas táteis
8. Silueta dos animais
9. Jogo das caixas
10. Caixa das Grandezas
II ETAPA: Brinquedos Pedagógicos que podem ser adquiridas em Lojas de Brinquedos.
1. Jogos Bate Pinos
2. Pinos de Encaixar
3. Cata Vento
4. Quebra Cabeça Caracol
5. Seguindo o caminho
III ETAPA: Brincadeiras importantes para o desenvolvimento das crianças.
1. Os Animais
2. Bola Colorida
3. Papai e Mamãe vamos brincar?
4. Bola na Lata
5. Compartilhando os brinquedos
REFERÊNCIAS
Londrina-2013
Apresentação
O ato de ensinar requer metodologias específicas para que os
alunos contemplem a sua aprendizagem. O trabalho com os brinquedos
possibilitam essa articulação, eles são grandes facilitadores da aprendizagem.
Isso porque propiciam diversificação na abordagem dos diferentes assuntos.
O brinquedo potencializa o conhecimento e assim facilita a
aprendizagem, principalmente das crianças com NEE, sem contar que a
linguagem é próxima da vivência dos alunos e o desafio sempre é estimulante.
A criança gosta de ser desafiadas, e desta forma, brincando ela pode
sistematizar o seu conhecimento.
São inúmeros os brinquedos e brincadeiras facilitadores de
conhecimento. O professor e a família devem estar atentos a escolha deles,
tendo sempre bem claro os seus objetivos. As brincadeiras não são um “passa
tempo”, são instrumentos metodológicos a serem explorados na sala de aula e
também no contexto familiar.
Assim, este manual de instrução tem a pretensão de fornecer
informações e orientações aos pais e professores sobre os brinquedos para
estimulação essencial e visual de crianças com NEE. Os brinquedos podem ser
confeccionados a partir de materiais reaproveitáveis. Também há sugestões de
brinquedos pedagógicos que podem ser adquiridos em lojas e brincadeiras que
podem ser utilizadas junto aos seus filhos.
Este caderno consta de três etapas:
1ª etapa: brinquedos pedagógicos que são confeccionados a partir de
materiais reaproveitáveis.
2ª etapa: são os brinquedos pedagógicos que podem ser adquiridos em lojas
de brinquedos.
A 3 ª etapa: brincadeiras que são importantes para o desenvolvimento das
crianças.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
I – ETAPA
BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS QUE SÃO CONFECCIONADOS A PARTIR DE MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS “Por trás de cada brinquedo sempre há conhecimentos, sejam eles bons ou maus, depende da sua escolha e de como os usamos”
(Vinhotte)
Fonte: Vinhotte, 2013
CHOCALHO SONORO
MATERIAL
2- latinhas de refrigerante vazias, EVA azul com brilho e textura e amarelo
felpudo, colam para EVA, grãos e pedrinhas. Opção: pode usar tecidos xadrez,
listrados ou coloridos ou papel contact.
CONFECÇÃO
Colocar um pouco clipes ou tampinhas em uma das latas, na outra lata grãos,
encapar com EVA.
OBJETIVOS:
Estimular as percepções: visuais, auditiva, tátil, coordenação motora fina e
noção de leve e pesado.
HORA DA BRINCADEIRA Colocar os chocalhos para que a criança possa explorá-los, tateando-os com
suas mãos. Colocar o chocalho diante do rosto da criança em diferentes
direções central e laterais, em cima, embaixo em diagonais explorando a
percepção visual e seguimento do objeto. Balançar o chocalho para que a
criança busque o objeto pelo som.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Fonte: Vinhotte, 2013 (Adaptado de Siaulys, 2005)
CUBO MULTIUSO
MATERIAL Um Cubo de espuma com 20 cm dos lados, tecidos de cores contrastantes,
faixas de velcro, placas com figuras de animais, frutas, fotos da família. Obs:
Cada grupo deve ser composto de seis figuras. CONFECÇÃO: Encapar com tecido preto o cubo, costurando os lados. Prender
um faixa de velcro no centro dos seis lados do cubo e no verso das figuras,
quando for brincar é só prender no cubo.
OBJETIVOS: Estimular as percepções: visual, tátil , cognitiva e motora
HORA DA BRINCADEIRA Deixar a criança explorar o brinquedo tateando-o, sentindo sua textura,
explorando- o visualmente. Colocar o cubo diante do rosto da criança e
estimular a sequência visual em todas as direções. Adaptar as placas
escolhida e jogar com a criança usando de criatividade as placas com a ajuda
da criança e jogar escolhendo a figura desejada.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
CAIXA SURPRESA TÁTIL
MATERIAL Uma caixa de papelão, papel colorido cores vibrantes, estilete, cola, tecido
alguns objetos, brinquedos, frutas e materiais de higiene. CONFECÇÃO Encape com papel colorido uma caixa de papelão, faça um círculo no centro de
um dos lados da caixa recorte com o estilete, coloque os objetos conhecidos da
criança dentro e cole o tecido em volta do círculo deixando a passagem para as
mãos. OBJETIVOS Estimular a percepção tátil, visual e desenvolvimento do pensamento. HORA DA BRINCADEIRA
Coloque os objetos dentro da caixa, sem que a criança veja, e peça para que
ela explore os objetos através do tato e identifique falando o nome, depois
retire para ver se acertou. Também é interessante colocar dois objetos iguais,
de maneira que ela tenha que encontrar o par.
Fonte: Vinhotte, 2013.
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BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
BOLICHE COLORIDO
MATERIAL
Seis garrafas pet vazias, papéis crepom coloridos e bolas coloridas.
CONFECÇÃO Pegue seis garrafas pet e coloque dentro papeis crepom coloridos picados,
sendo uma cor em cada garrafa e tampe. Atenção: Se quiser pode colocar
números nas garrafas ou figuras de animais. Pode fazer bolas de meia, ou
aumentar a quantidade de garrafas.
OBJETIVOS
Estimular a percepção visual e tátil, coordenação viso motora, concentração no
alvo, controle da força e direção, identificação das cores e coordenação motora
ampla.
HORA DA BRINCADEIRA: Coloque as garrafas uma perto da outra na posição de boliche. Marque uma
distância e peça para que a criança jogue as bolas na direção das garrafas,
estimule a criança a cada jogada. Ganha quem derrubar mais garrafas.
Fonte: Vinhotte, 2013
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
CAIXA DE CLASSIFICAÇÃO
MATERIAL Uma caixa, seis potes de iogurte, estilete, lápis, tampinhas de refrigerantes em
seis cores diferentes. Observação pode usar outros materiais bolinhas, botões,
miçangas. CONFECÇÃO Riscar sobre o fundo da caixa o tamanho exato dos potes e corte com o
estilete. Encaixe os potes de iogurte.
OBJETIVOS Classificar objetos por cores e tamanhos. Estimular, a percepção visual e
óculo manual, atenção, concentração, Raciocínio lógico matemático.
Desenvolver a coordenação motora fina.
HORA DA BRINCADEIRA Misturar todas as tampinhas e pedir para a criança colocar uma tampinha em
cada pote, classificando por cor. Cada pote deve ter seis peças. A família ou a
professora deve estar coordenando a brincadeira, tendo o cuidado para a
criança não colocar peças nas bocas.
Fonte: Vinhotte, 2013 (Adaptado de Cunha, 1999)
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ACHAR A METADE
MATERIAL Figuras diversas retiradas de revistas livros ou pesquisa na internet como:
bichos, casa, barco, carro, frutas. Papelão, cola, tesoura régua, lápis, opção
papel contact com figuras.
CONFECÇÃO
Recorte quadrados com 15X15 cole as figuras, marque o meio e corte.
OBJETIVOS Estimular discriminação visual, a concentração e coordenação motora.
Orientar a noção de Simetria.
HORA DA BRINCADEIRA Misturar as figuras e pedir para a criança achar a metade, após isso pedir para
ela descrever a figura,explorando a linguagem.
Fonte: Vinhotte, 2013
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ALMOFADINHAS TÁTEIS
MATERIAL Tecidos bem coloridos, agulha, linha grossa, flocos de espuma, algodão,
bolinhas de isopor, arroz, milho e feijão.
CONFECÇÃO Cortar 12 círculos com 15 cm de diâmetro, dobrar ao meio costurar deixar um
orifício para colocar os conteúdos em cada almofadinha fazer pares fechar.
Pode costurar na máquina.
OBJETIVOS Explorar a percepção tátil, estabelecendo do conceito de macio, leve pesado.
HORA DA BRINCADEIRA Tatear os saquinhos tentando descobrir o que tem dentro, achar os pares,
separá-los em leves e pesados. Jogar os saquinhos leves para o alto para que
a criança acompanhe com o olhar.
Fonte: Vinhotte, 2013 (Adaptado de Cunha, 1999)
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
SILHUETA DOS ANIMAIS
MATERIAL Placa em acrílico ou cartolina, cola em bastão, figuras de animais, sendo os
mesmos em três possibilidade das silhuetas pretas e contornos.
CONFECÇÃO Recortar 18 placas de acrílico ou papel Paraná de 10x10 cm. Colar os bichos
com siluetas, os pretos e os coloridos. OBJETIVOS Estimular a percepção visual central e periférica. Discriminar os animais e
parear as figuras.
HORA DA BRINCADEIRA Deixar a criança explorar o material depois orientar quanto a brincadeira.
Explorando os tipos de animais, o que fazem o que comem, como é coberto
seu corpo, etc. Cantar a música: A Fazenda do “Seu Lobato”. Imitando os
animais. Pode ser utilizado também como jogo da memória.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
JOGO DAS CAIXAS
MATERIAL
Caixas de papelão em quatro tamanhos diferentes.
CONFECÇÃO
Pegar quatro caixas de diferentes tamanhos, encapar com papéis colorido. Obs: as caixas devem caber umas dentro das outras.
OBJETIVOS Desenvolver a coordenação viso-motor, a memória visual, a percepção visual,
percepção tátil, discriminação, ordenação.
HORA DA BRINCADEIRA
Convidar papai e mamãe ou amiguinhos para brincar, explorar as caixas,
tamanho forma, peso, colocar objetos dentro e balançar, para ouvir o som.
Fazer uma torre empilhando do maior para o menor. Colocar o objeto dentro de
uma das caixas e pedir para o aluno adivinhar o que é. Pode ser trabalhada
ordem crescente e decrescente.
Fonte: Vinhotte, 2013.
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BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
CAIXA DAS GRANDEZAS
MATERIAL
Caixa de papelão encapada na parte superior corta dois círculos um grande e
um pequeno, que passe duas bolas uma maior e outra menor. As bolas a
maior de isopor e apequena de borracha.
OBJETIVOS
Estimular a percepção tátil e percepção visual. Trabalhar as grandezas maiores
e o menor. Estimular a coordenação motora e coordenação óculo manual.
Reconhecer a bola grande e a pequena. Perceber e conhecer noção espacial
dentro e fora.
HORA DA BRINCADEIRA
Deixe que a criança explore a caixa (tampar e destampar, brincar com a bola,
perguntar qual é a grande e a pequena). Agora o orientador vai questionar
sobre a brincadeira: Você vai colocar a bola maior dentro da caixa, será que ela
vai passar por aqui? Agora tente ali. Agora ali ela passou, e agora qual o lugar
da bola pequena? Que bom isto mesmo é por ali.
Agora as duas bolas então dentro da caixa. Então vamos por a bola maior fora
da caixa. Muito bem você acertou. Parabéns!
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
II ETAPA
BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS QUE PODEM SER ADQUIRIDOS EM LOJAS
DE BRINQUEDOS
“Ensina-nos a usar bem os dias de nossa vida para que nos tornemos
sábios .” Moisés(Salmo 90:12)
Fonte: Vinhotte, 2013
BATE PINOS
MATERIAL
Este brinquedo é feito em madeira, composto por 6 pinos, divididos nas cores
amarelo, vermelho e azul. Contém um martelo de madeira e um apoio com 6
furos.
OBJETIVOS Trabalhar a pressão palmar, Identificação de cores, Iniciação a matemática
quantidade. Estimular coordenação óculo-manual.
HORA DA BRINCADEIRA Vamos ver quem consegue colocar os pinos no lugar? Escolha qual cor você
quer.
Agora pegue o martelo, e bate sobre os pinos, vamos ver se ele aparece do
outro lado. Que legal, agora pegue mais dois, qual a cor? Isto agora vai pegar
os dois últimos que legal você é muito forte. Vamos contar quantos pinos são?
Muito bem! Você acertou.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
PINOS DE ENCAIXAR MATERIAL Este brinquedo é feito em madeira, ele tem 20 pinos coloridos, dividido em 4
cores: azul, amarelo, vermelho e verde, os pinos tem quatro tamanhos
diferentes tamanhos diferentes do maior para o menos. Tem uma base onde
são encaixados os pinos.
Podem ser adquiridos em lojas e brinquedos.
OBJETIVOS
Estimular a percepção visual, óculo manual. Desenvolver a coordenação
motora fina. Trabalhar cores e tamanhos dos pinos. Introduzir aos conceitos
numéricos quantidade e ordens maiores e menores,classificar e seriar.
HORA DA BRINCADEIRA O jogo de pinos é um brinquedo pedagógico que proporciona a exploração da
seguinte forma. Misturar todos os pinos e pedir para a criança selecionar por
cores, por tamanho. Contar quantos pinos tem de cada cor, quais são os
pequenos e os grandes. Agora vamos encaixar pela ordem de tamanho.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
CATA VENTO MATERIAL Este brinquedo é composto por dois cata ventos, é feito em tecido de tactel,
são formados por seis joaninhas maiores e seis menores, e uma pequena em
papel.
Sua cor é contrastante em vermelha com bolas pretas com acabamento
laterais em preto. Elas estão presas em uma haste.
OBJETIVOS Estimular as percepções visuais; visão central e periférica. Trabalhar os
conceitos matemáticos, quantidade e grandezas (maior e menor). Estimular a
linguagem. Trabalhar iniciação a Ciências.
HORA DA BRINCADEIRA Os pais podem levar a criança para brincar no jardim, procurar joaninhas,
correr com o cata vento observar ele girar. Utilize o lúdico invente ler histórias
sobre joaninhas, cante músicas estimule a linguagem. Conte quantas são as
joaninhas, aponte as grandes e pequenas.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
QUEBRA CABEÇA CARACOL
MATERIAL Este brinquedo é composto por seis peças em EVA, tem diversas cores, pode
ser adquiridos em lojas de brinquedos ou bazares.
OBJETIVOS Estimular a percepção visual. Discriminação das partes, depois de um todo.
Trabalhar concentração e observação. Estimular a coordenação motora fina.
Reconhecer as cores do caracol. Explorar a figura onde vive este bichinho. HORA DA BRINCADEIRA Colocar o quebra cabeça sobre a mesa montado e pedir para a criança
observar o bichinho. Agora nós vamos misturar tudo, e você vai encaixar as
peças do Caracol.
Você pode começar pela cabeça, coitadinho cadê seus olhinhos e sua
boquinha? Coloque o resto das peças. Que lindo que ficou! Vamos descobrir
onde mora o Caracol? O que será que ele come? Como ele anda? Você já viu
um Caracol?
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
SEGUINDO O CAMINHO
MATERIAL Esse brinquedo é composto de uma placa de madeira, um arame em círculo, e
três bloquinhos de madeira perfurados no centro.
OBJETIVOS Estimular a coordenação motora fina e agilidade. Promover a coordenação
viso-motora e seguimento visual. Identificar cores.
HORA DA BRINCADEIRA Orientar a criança quanto aos procedimentos da brincadeira. A criança deve
levar cada bloco de uma ponta para outra fazendo a volta completa do arame.
Pode usar o lúdico inventando que é um carro e que tem que fazer a curva
devagar.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
III ETAPA
BRINCADEIRAS IMPORTANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS.
“Sabemos o que queremos e sabemos como chegar. Então, deixe
que a criança cresça e floresça, frutifique dentro de seu tempo e seus
limites.”
(Vinhotte)
Fonte:Pinpx Vetores gratuito; Pai e Filho: Felicidade, flores e silhueta.
OS ANIMAIS
MATERIAL
Esses são bichinhos de borracha, e uma lanterna. Os brinquedos resistentes e
baratos são adquiridos em lojas de brinquedos. Observação: Faça um corte em
círculo no fundo dos brinquedos e retire os assobios.
OBJETIVOS Estimular a percepção visual central e periférica. Seguir com olhar os
brinquedos em diagonal, para cima e para baixo. Fixar o objeto num ponto
determinado. Reconhecer cada bichinho falando seu nome. Estimular a
linguagem, imitando os sons onomatopaicos.
HORA DA BRINCADEIRA A brincadeira é assim? Vamos brincar de fazendinha?
Vamos falar o nome dos animais? Você acertou?
Agora vamos imitar os animais?
O patinho, que legal! O que eles comem?
Explorar o habitat. Tem pêlos ou penas?
Encaixar o farolete dentro de brinquedo com o ambiente a meia luz, explorar
A percepções visuais da criança, deixar ela brincar, usar a imaginação.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
BOLA COLORIDA
MATERIAL
Uma bola de tamanho médio, um cesto ou um balde.
OBJETIVOS: Desenvolver a percepção visual, óculo manual e óculo pedal.
Ampliar a coordenação motora. Perceber o espaço e direção.Seguir
visualmente o objeto.
HORA DA BRINCADEIRA:
Os pais e a criança sentam no chão de frente um para o outro e pede para
criança lançar a bola um joga para o outro. A criança pode chutar a bola, no
ponto determinado, depois que ela explorou a bola. Agora vamos jogar bola no
cesto, marque uma distância para o cesto faça um círculo no chão à criança
entra no círculo e arremessa a bola no cesto.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
PAPAI E MAMÃE, VAMOS BRINCAR?
MATERIAL: Aparelho de som, CDS com músicas infantis, fantoches, bola.
OBJETIVO:
Interagir com os pais, por meio de brincadeiras. Explorar a percepção visual, a
coordenação motora, óculo manual e linguagem.
HORA DA BRINCADEIRA
Coloque uma música, os pais sentam no chão com a criança e jogam a bola
um para o outro. Depois cantam usando fantoche e a música de predileção
da criança. Obs. Use o lúdico.
Fonte: Vinhotte, 2013.
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BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
BOLA NA LATA
MATERIAL Dez latas de refrigerantes vazias, EVA nas cores preta, amarela, azul,
vermelho e branca, cola para EVA ou cola quente, seis bexigas, painço.
CONFECÇÃO Encapar quatro latas com Eva preto, três latas em amarelo, duas latas em
vermelho e uma em branco. Encher a primeira bexiga com 70 gramas de
painço, depois amarrar e revestir com as outras bexigas até ficar firme.
OBJETIVOS Estimular a coordenação motora ampla e visual. Controlar força. Fixar e seguir
o olhar no objeto em movimento e alvo. Identificar cores e contar as latas
organizar o material.
HORA DA BRINCADEIRA Pedir para a criança ajudar a empilhar as latas por cores. Depois jogar a bola
nas latas e contar quantas derrubou.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
COMPARTILHANDO OS BRINQUEDOS
MATERIAL Carrinho, bichinhos, joguinhos fantoche bola.
OBJETIVOS Desenvolver a capacidade de socialização. Aprender a compartilhar os
brinquedos
Organizar os brinquedos. Estimular a percepção visual e Coordenação motora.
HORA DA BRINCADEIRA Espalhar os brinquedos pelo chão e deixe a criança escolher. Em um
determinado momento incentive a fazer a troca dos brinquedos, desta forma,
aquelas que possuem seu egocentrismo vai recusar a troca, é ai que entra as
intervenções necessárias, fazendo com que a criança aprenda a dividir,
compartilhar, ter boas maneiras, utilizar-se das palavras mágicas da boa
educação.
Fonte: Vinhotte, 2013.
ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES SOBRE OS BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
REFERÊNCIAS
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brincar, pensar e conhecer: brinquedos, jogos, atividades. São Paulo, 3. Edição, 1999.
SIAULYS, Mara O. Campos. Brincar para todos. São Paulo: Laramara, 2005.
http://br.freepik.com/vetores-gratuitas acesso em: 11 de novembro de 2013.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CONVITE
Venho convidá-lo para participar do projeto: Avaliação e Intervenção das Crianças com Deficiência Visual junto aos Familiares utilizando Brinquedos e Brincadeiras, que tem como objetivo desenvolver junto aos pais ou responsáveis pelos alunos matriculados no CAE DV no Colégio Hugo Simas - Londrina atividades que favoreçam o desenvolvimento de seus filhos, por meio de brinquedos e brincadeiras. Sabendo o quão é rico e indispensável o envolvimento da família no processo de estimulação e desenvolvimento da criança com déficit visual.
Durante o desenvolvimento do projeto que ocorrerá semanalmente no período de fevereiro a junho de 2014 serão desenvolvidas atividades referentes à orientações e oficinas de modo individual e em grupo junto aos pais ou responsáveis. Por meio de informações e avaliações sistematizadas os pais acompanharão o processo de desenvolvimento de seus filhos, e poderão aprender sobre a importância dos brinquedos e brincadeiras adequadas, assim como adaptar e criar brinquedos de acordo com a patologia de seu filho e adequar a rotina diária com atividades enriquecedoras para o desenvolvimento global.
Durante o processo serão realizadas oficinas de brinquedos específicos, palestras, análise de filmes e orientações sobre as atividades de rotina em casa.
Todo esse processo foi criteriosamente estudado e baseado em textos elaborados cientificamente por especialistas conceituados sobre a importância dos brinquedos e brincadeiras e o envolvimento das famílias nesse processo de desenvolvimento da criança especial.
Destacamos que envolvimento da família é de extrema importância na Estimulação Essencial, a participação ativa dos pais, durante esse processo assegura a eficácia do plano individual e sua continuidade no lar.
“ A FAMÍLIA É PARA O HOMEM O QUE O TRONCO DA ÁRVORE É PARA A
ÁRVORE”
(Pestalozzi)
Responsável: __________________________________________
Professor PDE:_________________________________________
Formulário entrevista com os pais
1)- A partir de sua experiência você considera importante receber orientações de um profissional, quanto aos procedimentos para a aprendizagem e desenvolvimento global de seu filho? ( ) Concordo plenamente ( ) Concordo em partes ( ) discordo 2) Você conhece o trabalho desenvolvido pelo CAE. DV e sabe qual sua função? ( ) Mais ou menos ( ) Sim ( ) Não tenho conhecimento 3)- Você já ouviu, ou leu algo a respeito da importância dos brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento das crianças especiais em: ( ) livros ( ) televisão ( ) computador ( ) Não tive acesso 4)- Muitos autores afirmam que os brinquedos e brincadeiras favorecem o processo de desenvolvimento das crianças com Necessidades Educacionais Especiais. Qual sua opinião em relação a esse assunto? ( ) Concordo com afirmação ( ) É importante buscar orientações ( ) Não sei 5) Como você vê os brinquedos no processo de desenvolvimento de seus filho? ( ) Muito Importante ( ) Importante ( ) Não é importante 6)- Que tipo de brinquedo você costuma comprar para seu filho ?
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Superintendência da Educação Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional
( ) Os sonoros ( ) Os pedagógicos ( ) Os coloridos ( ) Os que eu gosto 7) - Quando você compra brinquedos para seu filho, você sabe qual a importância daquele brinquedo para ele? Quais você compra? ( ) Sim ( ) Não pensei a respeito ( ) Não ( ) Pedagógicos ( ) Sonoros ( ) Qualquer brinquedo 8)- Que tipos de brinquedos são atraentes para seu filho ? ( ) Brinquedos Sonoros ( ) de encaixes ( ) Cores vibrantes 9)- Com qual frequência você tem o hábito de brincar com seu filho? ( ) Todos os dias ( ) As vezes ( )Não tenho tempo ( ) Não tem o hábito. 10)- Como é a participação de seu filho nas brincadeiras? ( ) Fica Feliz ( ) Não interage ( ) Fica irritado 11)- Você já confeccionou ou adaptou algum brinquedo para seu filho? ( ) Sim ( ) ( ) Não ( ) Não sei como fazer 12)- Você gostaria participar de oficinas para confeccionar brinquedos para seu filho? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei. Socialização 13)- Com qual frequência a família sai a passeios? ( ) Toda semana ( ) Dificilmente ( ) Não vai 14)- A criança participa das brincadeiras em festas parques entre outros divertimentos. ( ) Sim ( ) Ás vezes ( ) Não participa 15 )- A família costuma ir em : ( ) Aniversários ( ) festas em família ( ) viagens ( ) parques ( ) Shopping
Atividades da vida diária 16)-Perante alguma dificuldade de seu filho,em realizar alguma atividade, você imediatamente o faz para ele? ( ) Sim ( ) Deixa ele tentar ( ) Não faz 17)-Durante o banho de seu filho como você procede: ( ) Aproveita para brincar ( ) Apenas dou o banho ( )Trabalha partes do corpo 18) Como é o processo de alimentação da criança? ( ) Ele come sozinho ( ) Dá os alimentos em sua boca ( ) com ajuda 19)- Nas vestimentas como procede; ( ) Ele se veste sozinho ( ) Com ajuda ( ) a mãe o faz 20)- Você tem dificuldades nos procedimentos de como ensinar seu filho no processo de seu desenvolvimento global? ( ) Muita dificuldade ( ) Fico insegura ( ) sei como fazer ( ) acho bom ter ajuda 21)- Você acha que as famílias devem participar do processo de estimulação e essencial de seus filhos? ( ) Muito Importante ( ) Importante ( ) Não é importante 22) O que você espera desse projeto de intervenção? R____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Cronograma de Execução do Projeto
Encontro Conteúdos Metodologia Duração Orientação Público fev mar abril maio jun jul 1 Apresentação da
proposta e convite
Slides e Formulário
2h Grupo Pais X
2 Entrevista com o Pais
Formulário 4h Individual Pais X
3 Avaliação dos Alunos
Formulário de Portage-Bruno Materiais didáticos
4h Individual Pais e alunos
X
X
4 Depoimento de uma mãe sobre a construção de brinquedo e desenvolvimento de seu filho com deficiência
Debate 2h Grupo Pais X
5 Apresentação do filme O Milagre de Anne Sullivan
Filme
2 horas
x
6 Palestra: família
e suas reações
frente ao filho
com deficiência
e a importância
do lúdico para
favorecer o
desenvolvimento
global da criança
Palestra e slides
2h Grupo Pais X
7 Estudo de patologias
Slides e textos 2h Grupo Pais
x
8 Oficina: Confecção de brinquedos
Confeccionar brinquedos por meio de materiais recicláveis.
4h x
8 Intervenções e Orientações
Materiais pedagógicos específicos para avaliação ( brinquedos pedagógicos), jogos,lanternas formulários e etc.
10 horas
Individual
Pais e alunos
X
X
X
X
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