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N.° 86L M-10-54

ltt reportagens assinadas por: Luiz Mendes, Maü-ro Pinheiro, Leunam Leite, Carlos Sampaio, Ma-nuel Etiel, Jorge Miranda, Sérgio Lopes, ArgeuAffonso, Alberto Nassif, Vasco Rocha e Valdo Mo-reira.

Humorismo: José Luz.

Ilustrações fotográficas: José Santos. Alberto Fer-reira, Newton Viana, Vito Moniz e Ângelo Gomes.

Gráfico de "goals": Desenhados por William Guí-marães e sua equipe de observadores: José Romeu.José Luís Pereira e Carlos Gonçalves.

Desenhos: Alberto Lima.

Caricaturas: Fortuna.

Fundado em 12 de abril de 1938 — Propriedadeda CIA. EDITORA AMERICANA — Diretor: Gratu-Hano Brito — Rua Visconde de Maranguape 15— Rio — Endereço Telegráfico: REVISTA — Tele-fones — RedaçSo: 22-4447 — Publicidade: 22-9>70 —Administração: 22-2550 — PREÇOS: Número avulso:NO DISTRITO FEDERAL: CrS 3,00 — NOS ES-TADOS: CrS 4.00 — PUBLICIDADE NO RIO J. M.Costa Júnior, S. L. Guimarães, A. Mendes, S.SanfAnna e A. Nóbrega. EM SAO PAULO: Distri-bulção e Venda: Agência Zambardino, Rua CapitãoSalomão 69 — Tel.: 34-1509. Publicidade e Repor-tagens: Av. Ipiranga. 879, 3.° and. Tel.: 35-0351.

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CAPA: O notável goleiro vascaino Barbosa numsensacional vôo para deter a pelota. — (Foto deJosé Santos).

CONTRA-CAPA: O ataque do América com Pa-ragualo, Alarcon. Leônidas, João Carlos e Denone.— (Foto de Alberto Ferreira).

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¦9Um avanço dos atacantes do Fonseca,durante o encontro intere»t«dnal de

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QUEM SERÁO MAIOR?

A apuração das eleições transfor-mou o Maracanã em cancha de fute-boi político, atraindo grande público,superior mesmo a jnuita pelada queque tem se realizado no maior estádiodo Muiido.

A contagem de votos que levou à"Gaiola de Ouro" meia dúzia de fi-guras do esporte, apresentando comocampeão da votação de vereadores, olocutor esportivo Raul Brunini, e quedesiludiu três dezenas de outros ilus-três representantes esportivos, atra-sou de uma semana o campeonatocarioca de 54, precisamente no seuponto culminante, o grande clássicoVasco x Flamengo, precisamente se-gundo colocado è líder, ambos semderrota.

O Vasco, com sangue novo em suasfileiras, com apenas alguns veteranosno time, perdeu apenas um ponto di-ante do América, enquanto que ocampeão carioca de 53 logrou sete vi-tórias consecutivas. Será uma lutasensacional, um duelo verdadeiramen-te empolgante o que travarão domin-go no Maracanã, rubro-negros e vas-cainos para decidir quem será omaior?

LEVY KLEIMAN

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Danilo, o ex-"scratchnuin" nacional, eivvergando o uniform*

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0 PULO de DANILO!O "Príncipe" acabou mesmo no Botafogo, depois de um

duelo de entrevistas com os atuais dirigentes vascainos.Mas para envergar a camiseta alvi-negra, nesta tempo-rada, o que seria impossível em face do regulamento daFMF, Danilo teve que se transferir para um clube de Nite-rói, pelo qual pelo menos um jogo teria que disputar. Assimaconteceu, sábado último, o ex-centro-médio do Vasco, en-vergou a camiseta do Fonseca, num amistoso com o qua-dru misto do Botafogo. O time alvi-negro venceu por4x2, e Danilo teve boa exibição. Após a peleja, em plenoestádio Caio Martins, foi rescindido o contrato do ."Prín-cipe", e ali mesmo cedidos os direitos ao Botafogo, peloqual jogará sábado próximo enfrentando o Bangu. Teráassim o "Príncipe" uma excelente oportunidade para rea-firmar que ainda não acabou o seu futebol.

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NHA VITORIOSA do

CTO e ABSOLUTO!* Fotos de ALBERTO FERREIRA

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Evaristo atira contra o gol do Bonsucesso,mas Ari impede o objetivo do rubro-negro

O quauro campeão da cidade em1953, para gáudio dos seus numerosostorcedores, vem reproduzindo nestecertame a sua vitoriosa campanha doúltimo campeonato. Após 7 rodadas, oesquadrão dirigido por Pleitas Solichmantém-se invicto, e agora elevou-seà condição de líder absoluto. Sem dú-vida alguma, não se poderia exigirmais de uma equipe aue almeja a con-quista do bi-campeonato.

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^Slll ESPORTE ILUSTRADO — Pág. 4

Existem, porém, detalhes curiosos datrajetória que os rubro-negros vêmdescrevendo na atual temporada, quemerecem ser analisados. Assim, lem-braremos inicialmente que o seu"onze" não pôde apresentar-se com-plete uma única vez, nestas 7 roda-das. Isto porque os titulares Marinho,Servílio e Esquerdinha por força decontusões não puderam ainda ser in-chúdos no time, à exceção de Servi-lio, que jogou uma única vez, na pri-meira rodada. Além disso, a ofensiva,também conhecida como "rolo com-pressor", disputou os cinco primeiroscompromissos com apenas três titula-res na sua formação, pois além de Es-querdinha ora faltava Rubens, oraíndio, ora Benitez, o que proporclo-nou ao reserva Evaristo disputar ascinco primeiras rodadas integrando ofamoso "rolo compressor", fazendo-ode maneira excelente, por sinal. Sò-mente nos dois últimos Jogcs. contrao América e a Portuguesa, pode o Pia-mengo contar com o seu trio atacan-te completo e apresentando, assim, timúnico desfalque no ataque.

Oferecemos, a seguir, alguns dadosestatísticos e curiosidades sobre a Jor-nada rubro-negra no atual campeona-to, até o presente momento.

Nada menos de quatorze jogadorestomaram parte na vitoriosa campanhaaté agora. Os componentes da equi-pe foram, portanto, os seguintes: Gar-cia, Tòmires, Pavão, Dequlnha, Jordane Joel, com 7 atuações; Jadir, índio.Benitez e Zagalo, 6; Evaristo, 5; Ru-bens, 4; Servílio e Babá, apenas 1vez.

Os artilheiros — índio, 7; Benitez, 6;Evaristo, 3 e Rubens, 2. Total: 18"goals" em 7 Jogos.

Goleiro vazado — Garcia, 5 "goals"em sete jogos.

Jogadores mais eficientes da defesaGarcia, Pavão e Dequinha.^Jogadores mais eficientes do ataqueíndio, Joel e Evaristo.Melhor atuação da equipe — Con-

tra o América (2x0.)Atuação mais fraca — Contra o

Bangu (1 x 0).O mais belo gol conquistado -— O

segundo de índio frente ao América.

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UTEBOL TEMReportagem cie Leunam Leite * Fotos de Alberto Ferreira

Um dos técnicos mais discutidos, atualmente, no futebol carioca, é o jovempreparador da equipe do América. Martim Francisco. Isto, por sinal, é compreen-sível, pois de uns tempos para cá tornou-se ato heróico o fato de um "coach"aceitar o cargo de orientador do "onze" profissional do grêmio rubro. Mas. paraMartim náo existem problemas insolúveis, por isso que o treinador mineiro éprofundo conhecedor dos mais variados mistérios do "association". E, semdúvida, o trabalho que vem realizando à frente do plantei americano tem fruti-ficado e dado provas de eficiência, haja vista a poslçáo que o quadro ocupa, nomemento, na tábua de colocações dos dlsputantes do campeonato carioca. Pro-curamos, portanto, com Justo Interesse, ouvir as suas impressões, a fim de apre-sentar aos leitores um retrato fiel da sua carreira como homem do esporte.

Martim Francisco Ribeiro de Andrade nasceu na cidade mineira de Barbace-na. aos 21 dias do mês de fevereiro de 1928. Demonstrou Inclinação pelo futeboldesde cedo, e as suas primeiras atividades no "esporte-rei" foram na qualidadede jogador. Assim, aos 13 anos ingressou no quadro infantil do clube Olimpique,do seu Torrfto natal, na poslçáo de goleiro. Mais tarde, transferiu-se para o E. C.Juventus, voltando para o Olimpique, Já como amador. Viu-se obrigado a descal-çar as chuteiras, entretanto, em virtude de um acidente. Quando se encontravano Rio de Janeiro, concluindo os seus estudos universitários, interessou-se no-vãmente pelas atividades futebolísticas, passando a ser aprendiz de técnico doFluminense. Isto ocorreu em 1948, quando dirigia o plantei tricolor o conhecidotreinador Ondino Viera, que foi assim o seu grande mestre. Os seus conheci-

(Continua na pág. 18>O técnico-professor acompanha três fases da preparação do ESPORTE ILUS-TUA DO: Xorberto compondo as reportagens na linotipo, Jorge paginando e

Albino montando as capas

ESPORTE ILUSTRADO — Pág. 5

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O MADUREIRA VALORIZOUA VITÓRIA do AMÉRICA!Escreveu VALDO MOREIRA

fotôfou ALBERTO .FERREIRA

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O América foi recepcionado peloMadureira em Conselheiro Galváo, naabertura da 8.a rodada do certameguanabarino. E como nós sabemos,as coisas lá em Madureira não sãonada agradáveis no que se refere àpretensão de vitória dos visitantes.O grêmio de Conselheiro Galváo quan-do luta fora de seus domínios, costu-ma dar o máximo, desta maneira po-demos fazer uma idéia do que è oMadureira quando se acha conforta-velmente instalado em seus domínios.

Um cotejo, muito bem disputado,pelos 2 litigantes que mostraram aopúbiico um futebol credenciado com

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lances emocionantes que arrebatavampor vezes a torcida. O América lutoude igual para igual com o Madureiraque caiu de pé, náo se entregando ab-solutamente, em nenhum momento dacontenda.

O jogo até os primeiros 30 minutos,mostrava-se equilibrado, com igual vo-lume de ações para ambos os con ten-dores. Sucediam ataques perigosos emambos os arcos, denotando grandemovimentação. O América teve en-tretanto, uma leve superioridade de-pois dos 30 minutos iniciais, apresen-tando-se mais coordenado e conran-dando a maior parte das ações. Assim

tivemos um certo realce do Américano período suplementar que culminoucom a abertura do escore em Tavor desuas cores. O centro-atacante Leôni-das teve a primazia de movimentarpela primeira vez o escore domingo emConselheiro Galv&o. De uma Jogadaabsolutamente inofensiva e banal sur-giu a vantagem do América na 1.»etapa do encontro. O meia esquerdaDavi falhou na jogada, ficando ocouro com Alarcon que cedeu no sen-tido de Leonidas, para que esse mar-casse o tento, depois de esperar a en-trada de Darci. O Madureira teve opor-tunidade para marcar, náo o fazendopor Incrível falta de sorte, quandoDirceu com um impressionante pe-tardo, conseguiu bater Osni, porém obalão chocou-se com o travessão. De-lirou a torcida que hoje portou-semagnlficamente, incentivando de umamaneira brilhante, as Jogadas de me-nor vulto. Como não poderia deixarde ser, compareceu a Já famosa cha-ranga americana.

Na segunda etapa o Jogo melhorou,consideravelmente com as duas equi-pes se portando a altura, náo decep-clonando o grande público que alicompareceu.

O Madureira com contra-ataques es-porádicos e perigosos levava o pânicoà cidadela de Osni, o mesmo ocorren-do com o América. Quando contava-mos com 14 minutos da etapa com-plementar, surgiu o gol mais bonitoda tarde. O seu autor foi o meia es-querda Davi, que fuzilou Osni, semqualquer apelaçáo para o arqueiro.Estava empatada a peleja. Os dois ti-mes tinham sérias razões para a con-quista da vitória. O América lutavadesesperadamente para conservar asua invejável posição de quarto co-

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Darci intercepta uma carga de Para-gliaio contra o arco de Dantou, sol)

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O tento de Leonidas, 1.° do América. Vemos Dan-ton batido no terreno, Alarcon exultando com ofeito do seu companheiro, e Denslene desolado *£

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Perigosa investida dt* Leonidas, que Itoualene cor-tou, quando Pautou já se preparava pari) entrar

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locado que no finai da rodada, Iriase modificar com o empate do Flumi-nense.

Por outro lado o Madureira náoqueria quebrar a sua série de vitóriasconsecutivas. A sorte, entretanto sur-giu para o América, que se via emvantagem no marcador, quando pre-cisamente aos 24 minutos Paraguaiomovimentava o placar, que permane-çeu até o final do "match,,,. Outrajogada do endlabrado Leonidas quecedendo a Paraguaio e este num tirocruzado conseguiu o tento que seria oda vitória. No Madureira individual-mente ninguém a destacar. Todosquase dentro do mesmo nível de pro-duçáo, ressaltando ligeiramente o tra-palho de Davi que de fato tem pin-ta de craque. No América Leonidas ab-soluto. Jogou como numa de suasmelhores apresentações, pondo emconstante perigo a meta madurelren-se. Danton, por certo, ficou apavora-do com a performance de Leonidas.Seguido o "colored" avante amerlca-110 de Perto por Alarcón e Paraguaio.Na defesa todos bastante esforçados.Não podemos deixar de mencionara grande assistência que domingo sedirigiu a Conselheiro Galváo, lotandocompletamente, as dependências doestádio.

O árbitro Gama Malcher, soberbo,náo teve falhas que pudessem com-prometer sua magnífica arbitragem.

Osmar aplica sensacional "sem-pulo"dentro da sua área, assistido por

Rubens

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Norma Va/., do Vasco, vencedora do arremôssodo pOso

A representação atlética do Vasco da Gama obtevemais um sensacional triunfo no atletismo, vencendoo troféu "Mário Márcio Cunha", na competiçãodisputada no estádio das Laranjeiras com a partici-paçâo do clube local, do Flamengo e do Botafogo.

Um novo recorde carioca foi alcançado pelo atletarubro-negro Sebastião da Silva, nos 1.500 metros,com o excelente tempo de 4 minutos, 2 segundos e6 décimos..

Outros excelentes resultados foram obtidos porJosé Teles da Conceição, com 10"7 nos 100 metrosrasos — Ahylton da Conceição, do Botafogo, com 7metros e 12 no salto em distância; Mário Nasclmen-to, do Vasco, com 1 minuto, 56 segundos e 7 déci-mos nos 800 metros; Laura Eunlce das Chagas, doVasco, com 5m2 no salto e.n distância; e Norma Vaz,também do Vasco, com 10m69 no arremesso do peso.

Durante a realização da prova de salto em dis-tância, acidentou-se o atleta botafogvense AhyltonConceição. Chegou a pular 7 metros e 12 centíme-tros, quando sofreu uma entorse no pé esquerdo queo Impossibilitou de continuar a disputa.

Nas principais provas foram estes os vencedores.

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100 metros — José Teles da Conceição (Flamen-go), 10" 7; 800 metros — Mário Nascimento (Vasco),

Mário Nascimento, do Vasco, vencedor dos 800metros e José B. de Souza, 4.° colocado

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A atleta tricolor Hilda Lassen, segunda colocadano peso

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Alcides Dainbrós, do Vasco, primeiro no arre-mêsso do pftso

rò6"7; 4 x 100 — Equipe do Fluminense — 43"8; —•400 metros — barreiras — Ulisses Santos (Vasco).56"; Peso — Alcides Dambrós (Vasco) — 14m81;Dardo — Antônio Pereira dos Anjos (Vasco), 52m55;Distância — Ahylton da Conceição (Botafogo), ~7ml2; Vara — Carlos Geraldo Muschen (Flumlnen-se) — 3m70; 1.500 metros — Sebastião Mendes (Fia-mengo). 4'2"6; 110 metros barreiras — Wilson Oo-mes (Vasco) — 15"1; Disco — Alcides Dambrós (Vas-co) — 43m23; 200 metros — Cláudio Ribeiro (Flu-minense) — 23"; 400 metros — Mário Nascimento(Vasco) — 49"; Altura — José Teles da Conceição(Flamengo), — lm80; 10.000 metros — Rômulo Go-mes (Vasco), — 33,5"2; Salto triplo — Renato Nasci-mento (Fluminense). 14ml6; 4 x 400 — Equipe doVasco — 3'31"3.

MOÇAS

80 metros barreiras — Dirce Silva iVasco) -—13"6; Peso — Norma Vaz (Vasco) — 10m69; Disco —Babet Zoet (Fluminense) — 33m21; Distância —Laura Eunlce (Vasco) — 5m2; Altura — Isaura Mar-ly Alvarez (Fluminense) — lm45; 100 metros —Arlene Soares (Vasco) — 12"9; Dardo — Norma RosaVaz (Vasco) — 34m56 e 4 x 100 — Equipe do Vas-co — 53"4.

O vencedor do salto em distância, Ayltpu daConceição, do Botafogo, carregado pelo treina-dor alvl-negro, após ter sofrido uma entorse itò

pé esquerdo

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ESPORTE ILUSTRADO Pág. 8

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Benltezdisputa

O médio direito Gavilan importadojuntamente com o zagueiro centralCabrera pelo Bangu, ladeado por

Tórbis e Zózimo

A importação no futebol brasileirofoi motivo durante muito tempo de"necessidade vital" para os clubes. Eessa importação ou Imigração de era-quês e craques remediados, chegou emdeterminadas fases do nosso "soecer"a atingir altos algarismos. De certafeita, o América, — quando de seuapogeu, — teve em Rivarola, Façola,Dedovitch e Arezi, quatro reforços va-liosos para as suas melhores vitórias.No período compreendido entre 1937

quando data a fusáo das duas ligase 1948 aproximadamente, o futebol

do Rio de Janeiro andou invadido poralgumas estréias de brilho do esporte-rei do exterior. A Argentina forneceuvalores de toda espécie aos clubes doRio de Janeiro. Desde jogadores datempera e categoria de um Gonzalez,Arcádio, Lopez. Valido, Villa, Capuano,até elementos bisonhos como Cosso.Camafio, Invernizi, etc. Mas tambémjogadores dados como "acabados" parao futebol, tal e qual Santamarla, apa-receram com destaque. Rongo veio edecidiu um campeonato em favor doFluminense. O Flamengo teve em Reu-ben e Castillo, dois "players" úteis. OBotafogo utilisou Valsechi e Dlaz.Também contou com o zagueiro La-dislaw e mais tarde por obra do está-glo. possuiu Oscar Basso e tambémmulto pouco utilizou Ruben Bravo. OVasco nâo sofreu apenas o "biuff" docentro médio uruguaio Lago, mastambém de uma ala esquerda Gan-dulla e Emeal. Em compensação se vi-torlou muito e muito com Figliola,Berascochea, Dacunto, Gonzalez, Villa-doniga, Rafagnelll, etc. O Fluminen-se tirou Renganeschi do Bonsucesso, eainda o mesmo tricolor foi super-

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grande importação paraguaia do Flamengo de f>2, via Argentina,sua partida de bilhar com Marinho, jogador brasileiro, importado

da Colômbia em 53

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DOMÍNIO paraguaioReportagem de MAURO PINHEIRO

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campeão com Telesca, que sem sercraque, lhe foi muito útil.

Talvez o último craque de maiorenvergadura que tenha surgido comoimportação, afora o já citado Basso,tenha sido o uruguaio Raul Rodrigues.E falaríamos em outros mais, comoSpinelli, Malazo, Baztarrlca, todos doFluminense; Volante, Engel, Buchellido Flamengo e assim por diante.

Depois o futebol carioca desistiu daimportação em massa. E tivemos umtrabalho de renovação, com os últimoscampeonatos apresentando poucas, ra-ras mesmo, importações.

Nesses últimos dois anos, a Impor-taçáo tomou as cores vermelha e bran-

(Continua na pág. IS)

O goleiro Gavilan que o Américaimportou em 52, do Paraguai

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1Como se estivéssemos voltando

Maracanã, o jogo prlncipai da tno estádio das Laranjeiras

O público, relativamente ao 1tricolor, foi numeroso, lotandlChaves. Era o único jogo a se Iphca. sem dúvida, o interesse (ÊIndistintamente, comparecerami

A partida entre Fluminense «dar pelas emoções que desperto!cotejo pobre em técnica, sem ocdas, sem a firmeza do jogo feitoandou quase sempre no ar, esptdo jogo pertenceu ao Flumtn«»|tricolores, n&o havia jogo rastelr

•pelo alto e chutes à frente íaclüSâo Cristóvão, cuja defesa po»vels nas bolas por cima. Já o crasteiro, que é o mais indicado pmelhores coisas do préllo foesmero sancristovense em prasomos exagerados quando clizenwmais méritos que o quadro do 1tivesse que existir nesse jogo,,mais lógico se pendesse para <porém, acabou por premia, aospelo esforço que realizou, a Mapercebeu que o jogo náo lhe itóvfeo pelo bom trabalho efettgcumprimento de um plano táticJnador. Vimos.que o médlo-esqvíquando êle recuou e ainda qua*tro, naquele seu papel lntíeíinil1tempo. Décio, seguidamente. P»da orla do campo, onde habituaiValdir, incumbido de vigiar os Ipermaneceu somente no centro olado quando para ai corria seu iatacante toda a vez que Robsonvez J. Alves colou em Dlci: e ç»O zagueiro Jorge, que foi o rowsempre as sobras da área e n^8dante Valdo, enquanto Cosme. jflhosa missão para evitar o progM

Dominando integralmente comcontrários, o São Cristóvão apec»ofensiva. No primeiro, tempo.. JJvorável, náo tirou proveito ae»perder dois "goals" feitos, amo»deles, Castilho e Pinheiro rontujcom gol à feição, chutou por cim»Cabo Frio fêz o impossível dembaixo do travessão, por cima oeetapa complementar, atuando ^tóváo ainda foi menos Pe^05^fender as desorganizadas invesaa despeito do vento, em errobola pelo alto, do que Jorge earqueiro Hélio, tiraram P»rtsancristovense.

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os TRICOLORES

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1 — Hélio afasta de munhecaço uma carga deDidi contra a meta dos alvos; 2 — Segura interven-<;ão de Castilho, impedindo uma entrada de Nelsí-nho; 3 — O goleiro "cadete" prepara-se para en-caixar a pelota; 4 — Saltam Valdo e José Alveslutando pela posse da bola; 5 — Castilho arroja-seaos pés de Cabo Frio; 6 — Sensacional arremessode Valdo, que/ passou por Hélio, mas cobriu o tra-vessão; 7 — Conceição afasta de cabeça um ataquede Didi.

1ENDES

)ljo tempo em que não havia o«Ide de domingo foi reallsado

nanho da praça de esporteslis dependências de Álvarotuar na zona sul, o que ex-

fi >ertado pelos torcedores, quelocal do prelio.

lo Cristóvão conseguiu agra-mbora, num todo. fosse um¦>rido das Jogadas bem urdi-chão. Ao contrário, a bolaalmente quando o controleQuando as Iniciativas erampasses calculados. Era bolarido o trabalho defensivo dohomens altos, tnstransponí-

B^Junto alvo procurou o Jogobom senso associativo. E asexatamente devidas a esseum futebol racional. Náoque o São Cristóvão somou

jminense e se um vencedortriunfo, forçosamente, seriaclube "cadete". O empate,ois quadros: ao Fluminenseque empreendeu, quando seava favorável; ao São Cris-e principalmente pelo fielré-estabelecldo pelo seu trei-ifl Io Décio cuidou de Telê até» ele se deslocou para o cen-de ponta e meia ao mesmo

| so era visto no meio, longeente atua. E o centro-médlossos d0 meia de ligação náointermediária, caindo para o

| mera e transformando-se emescia para defender. Por sua-eiç&o não largou Escurinho.nomem em campo, esperouà Síií * * berdade ao coman-jflneia de ligação, teve traba-flfáàrt âVO úe Jair e Pinguela.1 nf

blociUeio aos dianteiros, »Sn SUfPo/ defeit°s de ordem° iS f^rte Vento lhe ío1 fa"? ;n. handcap" e acabou porS Si err°S de Cabo Frio- NumS ;^m-se e Cabo Frio. mesmo[f

I no outro, após um "comer",|

'acear, mesmo estando em-J

! mesmo travessão (!) . Na| vento .contra, o São Cris-1

&}&<llxe' lirnltando-se a de-^ do Fluminense, que eram.|^rante. levadas a cabo comAlves, bem como o excelente»*"* manter Intacta a meta

iContinna na pág. 18)

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M- KSPOÜTK ILUSTRADO — Pite. 12

A brilhante representação rubro*negra de vôli na Olimpíada Femini*na, promovida pelo "Jornal dosoports*', demonstrou mais uma vezquo detétv a supremacia absoluta .d--e.sPorte da rede. Triunfou a equip-do Flamengo tanto na categoria principal, obtendo o título de bl-campeêao vencer o forte conjunto do Pinhei*ros, de São Paulo, nela contagem de2x1, assim como na divisão de estreantes suplantando a turma do Icarai,de Niterói, por 2x1. Foram estas asequipes campeãs dos "Jogos da Pri-mavera" envergando a camiseta ru-bro-negra: Divisão principal: Leila,Marina. Carminha. Celma, RosinhaLígia,.Pequenina e Selma. .Na foto aoalto, aparecem as bi-campeãs ladeando o presidente Gilberto Cardoso, eum aspecto da peleja final entre Fia-mengo x Pinheiros. Em baixo, a equi-pe campeã de estreantes, que assimalinhou: Helena, Fani, Iara, Hanelore, Sônia, Maria Helena, Vitória, Ro-ehele, Maria Lúcia, Helga e HeloísaAo centro, fase da peleja final entreFlamengo x Icaraí.

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t'm flagrante do jogoBangu \ Vasco, de52, quando Barbosadefendeu com o nv.com /.i/üiíic cantofrente ao arco paraarrematar. Foi nessemesmo prelio queKarbosa *ez à maiordefesa de sua vida

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SAO PAULO

Barbosa em espetacular vôo mostra como se defende naera atômica

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Apresentamos esta semana a figura de umgoleiro para nos relatar o lance mais sensacio-nal que disputou, com êxito, em sua carreira.Acreditamos que escolhendo Barbosa para essemister, estamos satisfazendo a curiosidade dopublico, que muito admira o eficiente arqueirocruzmaltino. Quando foi abordado pela-repor-tagem, Barbosa mostrou-se hesitante, conside-rando muito difícil a escolha. Mas, depois dealguns instantes, lembrou-se da defesa magis-trai que realizou no jogo decisivo do campeo-nato de 1952, quando teve oportunidade de le-vantar o seu título mais recente. A jogada foitoda efetuada com a mais fina classe do fute-boi. Jogavam Vasco da Gama e Bangu e, comodissemos, a vitória vascaína decidiria o certa.-me. Num ataque banguense, Zizinho conseguiuiludir toda a defesa contrária, entrando na áreaameaçadoramente desferindo um tiro traiçoeiro,colocado no ângulo da meta. Barbosa, fazendouso de sua extraordinária elasticidade, executouum sensacional vôo, logrando alcançar a pelotaem pleno ar. O lance foi, portanto, notável, einfluiu decisivamente para o triunfo e para aobtenção do título.

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O gráfico do lance, mostrando Zizinho driblando a defesavascaína, e depois chutando no Angulo, mas Barbosa ém

sensacional vôo agarrou, evitando um gol certo

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Mário assinala o l.° "goal" do Olaria, iludindo o goleiro Celso

MELHOR RESULTADOo EMPATE em NITERÓI

Escreveu ALBERTO NASSIFFotos de VITO MONIZ

¦ Agir

LUIZMENDES

apresenta

TODOS

OS DOMINGOS, às 20,05 hs44 D 11

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' 7 RESENHA COMPLETA DOSACONTECIMENTOS DO DIA

P RAOK1.180 KCS

0B0

Cumpriram Canto do Rio e Olariamais uma etapa do campeonato ca-rloca de futebol de 1954, com um em-pate de 2 tentos, que diga-se de pas-sagem foi muito expressivo para aagremiação bariri. Os cantorriensesiniciaram o prélio com uma disposi»çâo excepcional, chegando mesmo adominar técnica e territorialmente oseu antagonlsta, que náo se entro-sava e a despeito desse mal desempe-nho, nâo chegou a apelar ao Jogo vio-lento, motivo que fêz voltar a harmo-nia ao quadro suburbano. Como prê-mio ao maior volume de Jogo posto emprática pelos seus "players", o Cantodo Rio marcou seu primeiro tento aos10 minutos da 1.» etapa, quando Edé-sio desviou para o canto direito deAnibal, um centro da esquerda ende-recado por Almir. Continuou o Ola-ria a ser superado pelo seu contendor,até o momento em que o seu pontei-ro esquerdo Mário aproveitando umafalha do zagueiro Carlos empatou apartida, quando eram decorridos 37minutos ainda do 1.° tempo, contl-nuando assim a pressionar até o finaldos primeiros 45 minutos, obrigando adefensiva local a se empenhar ao má-ximo. No segundo "half-time" a dis-posiçáo dos alvi-anis de Niterói náoera a mesma, do que se aproveitaramos bariris para equilibrarem o encon-tro e até a Jogarem melhor, fazendorefletir a superior conduta no mar-cador, aos 18 minutos, através umtento de boa feitura de Washington.Daí por diante o conjunto capltanea-do por Edéslo passou mais a se de-

(Continua na i»ãg. 1K>

O quadro cantorriense, que alcançou um empate frente ao Olaria. Km pe:Osvaldo, Aníbal, Jorge, Olavo, Moacir e Dodô; agachados: Canário, Washington,

Gringo, Maxwell e Mário

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ESPORTE ILUSTRADO — Pá*. 14

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escreveu VASCO ROCHAfotos de NEWTON VIANA

Bonsueesso e Portuguesa disputaram uma partida bastante interessante, natarde de domingo, no tradicional »*stadinho da avenida Teixeira de Castro,interessante, pelos vários aspectos, muito expressivos, que ofereceu o "match"para um público multo reduzido, Já que os adversários lutaram com o má-ximo de entusiasmo e de ardor pela vitória que afinal não surgiu, para dei-xar que o empate premiasse os esforços iguais empreendidos por contendoresque realmente se eqüivaleram em todos os pontos de vista. Não houve, pois,abertura de contagem. Zero a zero foi o escore do prelio, um "maçarei mutio,que falou, entretanto, da perfeita igualdade de ações.

No primeiro período, os "lusos" estiveram melhor armados e foram maispenetrantes, enquanto os leopoldinenses quase que se limitaram a agir nosetor defensivo, de raro em raro experimentando uma investidura mais pro-funda sobre os alicerces defensivos dos "lusos" os quais, como os rubro-anis.souberam, com denódo e bom desempenho, manter incólume sua meta. Muitasoportunidades foram perdidas, de parte a parte, bem como os goleiros Ari eAntoninho tiveram ensejo de, mais uma vez. provar o estado atual de suaforma técnica.

No segundo tempo do jogo o equilíbrio ainda mais se evidenciou se quandoo Bonsueesso apresentou produção perfeitamente igual à apresentada pela Por-tuguêsa, tornando-se o "match", po risso, ainda mais interessante, pela movi-mentação e eombatividade e pelo seu colorido de entusiasmo e ardor. Toda-via. perdeu a Portuguesa uma grande oportunidade de assinalar o gol. Foiquando Bibi praticou "foul"-pênaltl em Baduca, que o juiz aeertadamente con-Blgnou, Mas. Aristóbulo, ao cobrar a penalidade máxima, fê-lo com tiro pos-sante, resultando bater a bola no travessão superior e voltar à cancha, paraser afastada pelo próprio Bibi.

Reinou a melhor disciplina, a despeito de haver sido registrada uma de-sinteligência entre Miltinho e Paulo, os quais foram expulsos pelo árbitro

(Continua na pág. 18)

Miltinho "fura" es-petacular-mente, indo a pelota

se oferecer a Gonçalo

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A equipe portuguesa, campeã mundial de "hockey" em patinsde 48: OHvério Serpa, Sidônio Serpa, Antônio Henrique*, Cl-

priano Santos, Correia dos Santos e Vasco Vele/.

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BASQUETEBOL :Em que pese o pleno transcorrer de agitados Cam-

peonatos de Juvenis e Aspirantes e de um super-agita-díssimo Campeonato da 2.a Divisão que culminou comaquele jogo Fluminense x Vasco, bela demonstração de"como não se deve, não se pode e nunca se apitou bas-quetebol", tendo como "vedette" fulgurante um senhorconhecido em algumas rodas como Marzano, acompa-nhado de outro senhor, também enfeitado com umapito ao redor de um pescoço que segura uma cabe-ça que... bem, voltemos ao assunto.

Em que pese tudo isso, esperável, aliás, numa enti-dade que tem a presidi-la o desportista Arnaldo Perón,o público amante da bola-ao-cêsto aguardou, espe-rançado, a solução do caso "Campeonato Mundial".

Graças a Deus, e à inteligente operosidade dos men-tores da C.B.D., tudo foi resolvido com rara felicidade.As cadeiras do Maracanãzinho serão postas à vendadesde já, conseguindo-se destarte o numerário in-dispensável para o magno empreendimento.

Só nos resta, agora, preparar-nos para assistir àsexibições dos maiores- craques do basquete mundial etorcer pela vitória dos comandados de Kanela, pelavitória do Brasil.CICLISMO :

Um "raid" ciclístico, nestes tempos de bomba H ede aviões super-sônicos, não deixa de constituir notapitoresca.

Lucarno Zamarini, brasileiro (apesar do nome itá-lico), que iniciou extenso "raid" São Paulo-Alasca, nodia 22 de dezembro do ano findo, quando pouca ounenhuma gente se recordava dele, volta a ocupar ascolunas dos jornais, com a sua chegada triunfal aCosta Rica, após atravessar toda a América do Sul eparte da América Central.

E Lucarno Zamarini avisa que pretende escrever umlivro sobre esse "raid". Quanto ao titulo, damos-lhedesde já, nossa sugestão: "Devagar e sempre".HÓQUEI EM PATINS :

São Paulo vem sendo, no esporte, como nas outrasatividades, o estado pioneiro em idéias novas. Aindahá pouco, no gramado do Maracanã, foi-nos dado ver,pela primeira vez, um espetáculo a que só no exteriorhavíamos presenciado: um jogo de "hand-ball". E osquadros disputantes? Paulistas. (Continua na pág. 1.8)

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O CAMPEÃO MINEIRO DE 510 U E R SERCAMPEÃO CARIOCA DE 54

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Três Instancarregando

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no Fluminense: ao alto, a direita, fazendo torça,o com a camiseta tricolor, e em baixo, em pa-eparador Gradlm e ò goleiro Jairo

Pov.cas vezes temos visto um craque desconhecido adquirir tanta popularida-de em táo curto espaço de tempo, como aconteceu a Escurinho. Há um ano, oatual ponteiro tricolor era um ilustre desconhecido público carioca, que somentede vez em quando se inteirava das façanhas que o Jogador "colored" realizavaem Belo Horizonte. De repente, porém, passou à ser notado, foi vendo o seucartaz crescer entre nós e hoje em dia é um dos grandes ídolos da torcida tri-color. Mas, procuremos concatenar as diversas fases da sua carreira, a fim deque os leitores possam ter uma idéia real sobre o atacante que o Fluminensetrouxe das Alterosas.

Nascido em Neve. Lima. Estado de Minas Gerais, no dia 3 de Julho de 1930,Escurinho recebeu nr. pia batismal o nome de Benedito Custódio Ferreira. Essenom°, entretanto, seria substituído mais tarde pelo apelido com que é conhecidoatualmente pelo público esportivo. Aos 15 anos, o craque montanhês ingressouno quadro juvenil do E. C. Morro Velho, passando depois à qualidade de amador.Em 1950, começou a Jogar pelo Vila Nova, sendo efetivado na equipe no ano de1951. quando assumiu a direçáo técnica do Vila Nova o conhecido preparadorMartlm Francisco. Durante esse primeiro ano em que integrou o conjunto deprofissionais do Vila Nova, o atacante sagrovi-se campeão de um torneio inter-clubes efetuado pouco antes do certame mineiro, e levantou finalmente o cam-peonato montankêf de 1951. Este feito significou uma grande emoçáo para ojogador, que ate hoje o considera como a maior façanha de sua carreira. Em1952 e 53, o seu quadro náo obteve a repetição da conquista, embora Escurinhofosse ..melhorando ctia a dia, tornando-se um verdadeiro 'astro'. A sua grandeoporumidide surgiu quando se realizou a primeira parte do campeonato brasi-loiro de íutebol do 1954. Formando na extrema esquerda do selecionado do seuEstado, o excelente jogador teve atuações tão destacadas que fêz jus a umaconvocação para o "scratch" nacional, que iniciava os seus preparativos para par-tlclpar da V Copa do Mundo. A esta altura, o seu cartaz começava a crescer, entreos desportistas da capital da República. Após os treinos em que tomou parte,formando entre os "scratchmen", viu-se dispensado em virtude de apresentarprecário tratamento dentário. Essa dispensa, entretanto, náo diminuiu o valordo ponteiro esqxierdo, que passou a ser cobiçado por grandes clubes da capital.Coube, então, ao Fluminense, a prioridade para compra do seu passe, o que foifeito sem perda de tempo. Poucos dias depois Escurinho assinava um compro-m»SSO com o tricolor, pelo qual passava a perceber um salário de CrS 12.000,00mensais Desde então, o jovem craque mineiro tem dado as maiores satisfaçõesaos aflcionados do clube das Laranjeiras, realizando "performances" ótimas edemonstrando sempre um espírito de luta dos mais elogiáveis.

O artilheiro que parece teç resolvido o problema da extrema canhota tricolor,tem como maior asoiraçáo a conquista do título carioca de 54, na sua primeiratemporada em canchas do Rio. Será que a escrita mineira se repete?

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NÚMEROS DO CAMPEONATO CARIOCA DE 1954CLASSIFICAÇÃO V E D j G j CS D

8.a Rodada Jogos | Pontos Goalsl.« FLAMENGO j 7 7 | 14 — 18 5 13 —2.o VASCO DA GAMA 7 6 13 1 23 5 18 —3.o FLUMINENSE • 8 5 2 12 4 19 9 10 —3.° AMÉRICA -8 5 2 12 4 13 (5 —4.0 BOTAFOGO 7 4 1 9 5 15 10 —4.o BANGU 7 3 3 9 5 15 7 -~5.0 MADUREIRA 8 3 1 7 9 14 21 . 76.o OLARIA 8 2 1 õ 11 14 19 o7.o SÃO CRTSTÓVAO 8 — 4 4 12 17 138.° PORTUGUESA 8 1 1 | 3 13 11 19 89.o BONSUCESSO 8—2 2 14 12 109.Q CANTO DO RIO 8 — 2 2 14 27 18

Total de -goals" em 46 jogos: 157 (cento cinqüenta e sete).Artilheiros: 1.° Vavá (Vasco) e índio (Flamengo) — 7; 2.° Nívio (Bangu).

Ademir (Vasco). Didi (Fluminense), Benitez (Flamengo) e Washington (Ola-ria) —6; 3.° Dino (Botafogo), Escurinho (Fluminense), Gringo (Olaria) e Leo-nidas (América) — 5; 4.o Quarentinha (Botafogo), Pinga (Vasco), Valdo (biu-minense), Alarcon (América), Machado (Madureira) e Miltinho (Portuguesa)

4; õ.o Mmuel (Bangu), Evaristo (Flamengo), Robson (Fluminense), Decio(Bangu), Paródi (Vasco), Robertinho (Canto do Rio) e Osvaldo (Madureira)

3: fi.0 Almir (Canto do Rio), Garrincha (Botafogo), Guilherme (Portuguesa).Paraguaio (América), Rubens (Flamengo), Ivan (Portuguesa), Paulinho (Bo-tafogo), Zezinho, Dirceu e David (Madureira) — 2; 7.° Zizinho (Bangu), De jair(Vasco), Edésio e Osmar (Canto do Rio), Carlmhos (Sao CristóvaoL Laerte(Vasco), Cabo Frio (S. Cristóvão), Caca (América), Santo Cristo (São Crls-tóvão). Jorge (Olaria). Zózimo (Bangu), Lucas (Bangu), Carlyle (Botafogo ,Bené (Bonsucesso). Mário (Olaria), Jairo (Canto cio R o), Sabará (Vasco).Cosme (São Cristóvão), Zôquinha (Canto do R o) Neca (Po^^ff VoK?)(América), Moreira (Bonsucesso), Deuslene (Madureira e Cahâtlo (Olaria).

Artilheiros negativos: Weber (Madureira) e Torbis (Bangu) — 1.Total de rendas em 46 jogos: CrS 0.684.393.30. r»A«Íiii*«Próxima rodada: Sábado — Bangu x Botafogo, no Maracanã; Domingo —

flamengo x Vasco, no Maracanã.

Quarta-feira, dia 6 de outubroDínamo, üe Moscou 5 x Arsenal,

de Londres 0.Quinta-feira, dia 7 de cutubro

Flamengo 4 x Americano de Cam*pos 2 — Em Campos

Vasco 2 x Vitória 1 — Em Vitória,Espírito Santo.DOMINGO, DIA 10 DE OUTUBROFluminense 0 x São Cristóvão 0

(0 x 0) — Em Álvaro Chaves — Juiz:Diego de Leo, ótimo. CrS 118.622,20.

FLUMINENSE — Castilho; Píndaro ePinheiro; Jair, Pinguela e Bigode; Telê,Didi, Valdo, Robson e Escurinho.

S. CRISTÓVÃO — Hélio; Conceição eJorge; J. Alves, Valdir e Décio; SantoCristo, Nelsinho, Cabo Frio, Cosme eCarlinhos.

América 2 x Madureira 1 (América 1x 0) — Em Cons. Galvão •—• Leônidas eParaguaio, do América — Davi, do Ma-dureira — Juiz: Alberto Malcher, bom.CrS 109.369,10.

AMÉRICA — Osni; Caca e Osmar;Rubens, Osvaldinho e Ivan; Paraguaio,Alarcon, Leônidas, João Carlos e De-none.

MADUREIRA — Danton; Deuslenee Darci; Nilo, Weber e Mário; Milton,Machado, Dirceu, Davi e Osvaldo.

Canto do Rio 2 x Olaria 2(ixl) —Em Caio Martins — Edésio e Osmar,do Canto do Rio — Mário e Washing-ton, do Olaria — Juiz: Tijolo, bom.CrS 10.627,00.

CANTO DO RIO — Celso; Arnóbio eCarlos; Roberto, Júlio e Dico; BinhaOsmar, Zèquinha, Edésio e Almir.•OLARIA — Aníbal; Osvaldo e Jorge;Olavo, Moacir e Dodô; Canário, Wa-shlngton, Gringo, Maxwell e MárioBonsucesso 0 x Portuguesa 0 (0 x 0)— Em Teixeira de Castro — Juiz-Amilcar Ferreira, bom. CrS 21.380 70BONSUCESSO - Ari, Bibl e Gonça-

Io; Moreira, Valdemar e Paulo; Bené,Soca, Moacir Vinhas, Décio e Alemão.

PORTUGUESA — Antoninho; Valtere Clcarino; Aristóbulo, Joe e MárioFaria; Guilherme, Ivan, Miltinho. Ne-ca e Baduca.

Campeonato carioca de aspirantes —Fluminense 3 x São Cristóvão 0; Amé-rica 4 x Madureira 2; Canto do Rio 2x Olaria 2; Bonsucesso 3 x Portu-guêsa 2.

Campeonato carioca de juvenis —Flamengo 1 x Vasco 0; Botafogo 1 xBangu 0; Fluminense 1 x São Cristo-vão 1; América 6 x Madureira 1; Bon-sucesso 1 x Portuguesa 0.

COLOCAÇÃO POR PONTOSPERDIDOS

Aspirantes — 1.° Fluminense (0);2.° Flamengo e Vasco (2); 3.° Amérl-ca (4); 4.° Bangu (5); 5.° Botafogo(6); 6.° Bonsucesso (9); 7.° São Crls-tóvão (11); 8.° Madureira e Olaria(12); 9.° Canto do Rio (13); 10.° Por-tuguêsa (16).

Juvenis — 1.° Fluminense e Bota-fogo (3); 2." Flamengo e São Cristo-vão (4); 3.° Vasco e América (6); 4.°Bangu (7); 5.° Olaria (9); 6.° Madu-reira (11); 7.° Bonsucesso (13); 8.°Portuguesa (14).

Colocação por pontos ganhos naTaça Eficiência — 1.° Fluminense(128); 2.° Flamengo (117). 3.° Vasco(104); 4.° América (100); 5.° Bangue Botafogo (82); 6.° São Cristóvão(55); 7." Madureira (51); 8.° Olaria(40); 9.° Bonsucesso (35); 10.° Cantodo Rio (20); 11.° Portuguesa (16).

AMISTOSOSFlamengo - x Marilia 0 (0 x 0) —

Em Marilia — Rubens — CrS 116.000,00.Bangu 4 x E. O Rezende 1 (2 x 0) —

Em Rezende — Luiz Carlos, Nívio, Xa-vier e Zózimo, do Bangu — Ivo, doRezende.

Equilíbrio: 0x0!(Continuação da pág. 15)

SÍÒw^auandí^aTtev1^ d* prec?u?°' P*ra evitar mal maior. Também, issout-orreu quancio faltavam tres minutos para o término do "matrh" miò ofiSttaVfíSrS? ÍS^^J^SMhlU^^^>a^»Í^^perSü/ que houvesse SSSS*^

arbltra*em' ° ^ AmAcar freira nãoO que deve finalmente ser acentuado é que Bonsucesso e Portiuruêsn disnn

£f,aÍS e,xce ent« Partida e que o empate traduziuf com fidelidadf a perfettà

rSíTnd;ÍJ? f°r?aS ~e de- WálliÓ realizado. Nessas condições nãoPvale a

P£™ í*?i*U1r atuações isoladas, porque, na realidade, todos os elementosintegrantes das duas equipes contribuíram, com igual quinhão para o bomdesenrolar da peleja disputada no Estadinho de Teixeira de Castro

Esporte por Esporte.

SStSnsyssi-^rsLír08-pessoa1'3oBar "^-^ «ssrsissComo puderam constatar, a semana esportiva foi fraca. O carioca maispreocupado e com muita razão, com os assuntos de natureza política,'poucaatenção pode ciar às coisas atléticas. As competições de natação e atletismoadiadas e as outras, em numero reduzido, estiveram às moscas.Talvez que os próximos sete dias tragam, em seu bojo. mais notícias ou oelomenos, noticias de mais palpitante interesse.

Empate branco. . v. .(Continuação da pag li)

Que se dizer de um "team" que comete o erro de jogar pelo alto quando sopravento forte? Que buscou, evidentemente, os caminhos errados para alcançar oohiprivo da vitória E ai está onde mais pecados vimos no Fluminense. Faltoucabe -a ao "team" na hora de decidir o jogo, no momento de tirar proveito dovento a favor. Que isso tivesse faltado ao Sao Cristóvão, va lá.. Mas ao Flu-minense Era natural que o São Cristóvão, por afoito e até por inexperiência,cometesse erros assim, constituído que é seu quadro por Jogadores novos, exce-cão feita a Santo Cristo, Cabo Frio e Carlinhos.

Mas o Fluminense, com tantos jogadores de primeira linha entre os quaisrrS "scratohmen" brasileiros, não poderia cometer essa infantilidade de erguera bola uoraue o jogo feito pelo alto é coisa de roça e é pena que equipes de altaMtirDe de "pedigrep" nobre, estejam, como é o caso do Fluminense, teimandoem adotá-lo. Isso é involução futebolística, não se adaptando, de maneira alguma,a um futebol progressista como o brasileiro. «¦¦'¦,

Para sintetizar nosso ponto de vista, concluímos que o Fluminense está atra-veísando uma fase má. Desde aquele Jogo com o América que Isso nos apareceude forrna irretorquivel. E para nós a vitória sobre o Botafogo nao convenceuoonto de nos modificar a impressão, pois aquela vitória foi mais um fruto dosazares do Botafogo, melhor dito, dos azares de Gilson, do que propriamente umaconseqüência de atração do Fluminense. O empate do Bangu Ja foi multo parao onze tricolor, multo mesmo, quando melhor esteve o Bangu. naquele prélltanto quanto domingo nos pareceu mais seguro de si o São Cristóvão e aindaassim o Fluminense apenas perdeu um ponto...

A verdade é que o Fluminense ainda saiu com menos danos do que tem mere-cldo Está com 4 pontos perdidos, mas, se formos olhar as coisas exatamente ncnivei da realidade, veremos que ainda podia ser pior... E como vai descansar nsDróxlma semana, não será difícil ao tricolor efetuar amplas modificações para naonerder de todo as esperanças do título. Zezé Moreira, por certo, pensa tirarpartido desses 14 dias de espaço vago, para realizar um trabalho que poderá porcerto mudar o rumo dos acontecimentos.O Juiz Diego de Leo foi magnífico. Cumpriu uma atuação estupenda, a melhorde sua trajetória em nosso futebol...

0 técnico-professor afirma:(Continuação da pág. .**>)

mentos puderam ser aperfeiçoados como assistente técnico do "scratch" amadormineiro, cujo técnico era Urbano Santos, o popular Campeão. Em 1950 foi dl-retor do Departamento do Interior da Federação Mineira de Futebol. Em 1951,teve pela primeira vez a seu cargo a orientação de uma equipe de profissionais,assumindo a direção técnica do Vila Nova. Não poderia ser mais auspiciosa aestréia do novo preparador, oois no mesmo ano conquistou o título montanhês,após excelente campanha cumprida pelo seu conjunto. Também revelou-secomo exímio descobridor de craques, efetivando no time Escurinho e Lito, queviriam depois adquirir fama no "soecer" metropolitano. No ano seguinte, diri-gindo o Siderúrgica, quase repetiu a façanha, sagrando-se vice-campeão. Rea-lizou nesse mesmo ano um grande feito, que foi a vitória de um selecionado denovos do futebol mineiro sobre os cariocas no Rio de Janeiro. Transferindo-seem 53 para o Atlético, não decepcionou os aflcionados "carijós", levantandomais uma vez o certame das Alterosas. Recebeu, então, a incumbência de pre-parar a representação mineira ao campeonato brasileiro de 54. Conseguiu con.que os seus pupilos realizassem uma campanha invicta na primeira parte daJornada, ficando depois o certame suspenso, quando os montanheses ostentavamainda essa invejável situação. Após efetuar tantos feitos brilhantes, teve final-rrente a oportunidade de dirigir vim clube carioca, passando em abril do corren-te à condição de treinador do América F. C Como dissemos acima, inúmerastêm sido as dificuldades encontradas para levar a bom termo a sua miss&o, acomeçar pela tarefa de liqüidar o "tico-tico", vício enraizado na equipe deCampos Sales, mal crônico que persegue os atacantes rubros há muito tempo cque tem rasgado o cartaz de muitos técnicos que têm se aventurado a destruí-loMas, com o seu extenso cabedal de conhecimentos, poderá perfeitamente darcabo desse mister.

CURIOSIDADES SOBRE' MARTIM — A SUA FILOSOFIAMartim Francisco, antes de ser preparador de craques, era preparador de íiló-sofos. Com efeito, o atual "coach" americano possui diploma de Filosofia Psico-logla, Pedagogia, Sociologia, Metodologia e ciências congêneres. Abandonou o ma-

glstério quando se viu seduzido pela arte de aperfeiçoar Jogadores e orlentá-loína matéria futebolística. Martim, que havia se dedicado com afinco aos estudo."universitários, tem igualmente dado o melhor dos seus esforços a fim de obtermaior dose de cultura em relação ao "assoclation". Assim, possui uma bibliote-ca especializada que conta com 650 volumes, tratando exclusivamente de futebolOs livros que considera mais completos de sua coleção são: "El preparador ténl-co" (espanhol) e "Táticas y ténlcas" (argentino). Em sua opinião, todas a&táticas que se queiram introduzir no futebol terão forçosamente que se basearnas duas fundamentais: a do terceiro zagueiro, de Kirschner, e o WM, deChapman. Vários outros conceitos nos foram emitidos por Martim, sobre osmais diversos assuntos relacionados com o "soecer". Desta maneira, a seu veros dois quadros mais estruturados atualmente, entre os participantes do campeo-nato carioca, são o Vasco da Gama e o Flamengo; a Psicologia deveria ser umadas ciências exigidas ao treinador de uma equipe, em qualquer esporte; vim dosgrandes problemas do nosso futebol é a intromissão de dirigentes de clubes nostrabalhos do técnico. Finalmente, como remate de conversa, o Jovem "coach"nos disse que de todos os esportes aue conhece, aauêle aue apresenta mal-lógica no? seus resultados é Justamente o futebol. Essa revelação não deixa deter o seu cunho curioso, quando se sabe que a opinião corrente quando se querjustificar um Insucesso de um quadro favorito é exatamente a de acusar alógica do "assoclation"...

No páreo da imigração. ..(Continuação da pág. 9)

ca do Paraguai. E sem contar comBria, que era um ilustre desconhecidoe acabou sendo tri-campeão pelo Fia-mengo vamos encontrar outros tantos.

A importação guarani é um fato. OFiamengo, quando Bria descalçou aschuteiras tinha Garcia e tinha Beni-tez, dois antigos titulares do seleclo-nado guarani. O Flamengo tem maiso técnico Fleitas Sollch e pensou emRomerlto muito tempo.

O Vasco da Gama logrou o concur-so dos "scratchmen" Sílvio Paródi eVitor Gonzalez e ainda antes o Ban-gu havia adqtürido também Gavillane Cabrera, que somados à deserção deRomerlto para o Uruguai, vamos veri-ficar que se esfacelou o bom seleclo-nado do Paraguai.

O futebol brasileiro vive tardes mes-ciadas das mais lindas "guaranias" deAssunção. Mistura de samba e de míi-stea típica. Aí estão nas extremas doVasco: o pandeiro e a batucada ca-racterizados em Sabará e as melodiassuaves das guitarras com Sílvio Pa-ródi, ..

Melhor resultado o...(Continnação da pág. 14)

fender, pois os olarienses haviam seinflamado com o tento de desempatee ameaçavam ampliar o marcador. Sur-giam ainda esporádicas descidas doCanto do Rio, mas sempre perigosase numa dessas, após tremendo bate-bola diante do arco defendido porAnibal, havendo Inclusive tima pena-lidade máxima assinalada por Osvaldoque se encontrava caído, sobrou o ba-lão para Osmar, que de dentro daárea colheu potente tiro, indo a bolabeijar as redes olarienses.

Canto do Rio e Olaria colheram omelhor resultado que poderia surgir,pois veio o empate de dois tentos pre-mlar os esforços de ambas as equipesNo Canto do Rio gostamos do traba-lho de Celso, Arnóbio, Roberto eOsmar. No Olaria se salientaram Ani-bal. Olavo e Mário. O árbitro foi o sr.Carlos de Oliveira Monteiro, o popu-lar Tijolo, com um trabalho qtie podeser considerado muito bom. fi verdadeque o panorama disciplinar do préliomuito auxiliou a sua conduta, porémtem qualidades para evitar a práticado jogo violento.


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EU POR SER MÍOPE. ERA VASCO E FOIRCER NO MEIO DA CHARANGA DO FLAMENGO

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./_.5XS7|£_pu flT@ (3>C^^_IMc chamam de Saracura, mas só pelas costas, por-

que pela frente eu rebento logo. • NSo sou jardínclro,mas gosto de balançar a roseira. * Costumo conver-

sar com os colegas de profissão durante os jogos.

* Chego no ouvido de um e digo assim: (Censura-do). • Sou sempre arma secreta, mas se gosto de

baixar o pau como é que posso ficar secreto? •

Comecei com Juvenal hA 83 anos e espero jogarmais uns 46. Tá?

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ARQUIVOS INAPAGAVEIS

No intuito de aumentar a culturado nosso povo, divulgamos hojeum valiosíssimo documento, quefomos desenterrar dos arquivos daBanda Portugal:

«... e em se chegando a estamui dadivosa terra, o* AlmirantePedr'Alvares Cabral, por real ins-

piração de D. Manuel, houve tidoa brilhante idéia da fundação doVasco, sendo esse o seu primeirogesto em terras de Vera Cruz, digoSanto Cruz, digo Brasil!»

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A DIFERENÇA ENTRE 0 VASCO E 0 CANTO DO RIO É QUE 0 VASCOJOGA FORA DA BARCA E 0 CANTO DO RIO NEM NA BARCA JOGA

Craque vaseaino, sendoadvertido pelo Vasco.

mii&wVEmfoCHUVEIRO — Esse inimigo da in-

tegridade física.

BANHEIRA — Local onde nenhumbom vaseaino se coloca.

FLAMENGO — Grande co-irmãoque quando nos derrota é.. . è...

LEITERIA CASTILHO — O únicoestabelecimento onde não temos cré-dito.

CARTEIRA DE SÓCIO — Documen-to que se deve ter em milhões devias, para rasgá-lo mais a vontade.

BASCO — Deturpação da palavraVasco que só um vurro pode cometer.

EL1ADA — Poema épico de ossose contusões.

HISTÓRIA (E PRÉ-HISTÓRIA) DO FUTEBOL

O Vasco ioi o introdu-tor em nosso futebol, dostamancos com travas.

O clube, no início, quase faliu com

a tal história: — «Entra, Basco, que

meu marido é bócío!»

Rei e Rainha, antigos go-leiros do Vasco. O primeiro,antes de se retirar como ma-jestade, foi também o reidos franguelros.

O Vasco ó famoso comosendo o time que dá maio-res bichos aos seus joga-dores.

E aqui estão os principais Departamentos Cruzmaltinos:

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No tempo de Gandula e Emeal(a ala lero-lero), o Vasco eraum simples carrinho de môo.

Hoje, com Ademir, é o famosoexpresso da Vitória!Exp

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Empate branco.

NÚMEROS DO CAMPEONATO CARIOCA DE 1954CLASSIFICAÇÃO

8.a Rodada.1 E D G C D

Jogos Pontos Goalsl.o FLAMENGO 2.p VASCO DA GAMA3 ° FLUMINENSE . . .3.° AMÉRICA 4.o BOTAFOGO 4.o BANGU 5.o MADUREIRA Ci.o OLARIA 7.o SÃO CRISTÓVÃO8.o PORTUGUESA . . .9.o BONSUCESSO . . .9.o CANTO DO RIO .

7 7 —ti 15 2

8 5 27 4 1

3 33 1

8 2 18—48 1 18—28—2

11214546B6

1413121299754322

144559

1112131414

1823191315151414

411

29

o96

107

211917191227

131810758

513

81018

Total de -'goals" em 46 jogos: 157 (cento cinqüenta e sete). ,_ „ ."raseo) e tndio (Flamengo) — 7; 2.° Nivio (Bangu).Artilheiros: l.o vavá (VAdemir (Vasco). Didi (Fluminense), Benitez (flamengo; e wasníngLuu^wm-ria) — 6; 3.o Dino (Botafogo), Escurinho (Fluminense), Gringo (Olaria eLnidas (América) — 5; 4.° Quarentinha (Botafogo), Pinga (Vasco), Valdo (Mu-minense)Ala?eon (AmériSü, Machado (Madureira) e Miltinho.(Po^guêsa)— 4: 5.o Miguel (Bangu), Evaristo (Flamengo), gobson (Flu/"me"^;lt2frc'°(Ban»u) Parodi (Vasco), Robertinho (Canto do Rio) e Osvaldo (Madureira)

^'ahí^ríítodo^Rlo). Garrincha (Botafogo), Guilherme (Portuguesa),) Ivan fPortuguesa). Paulinho (Bo-

2; 7.° Zizinho (Bangu), DejairLaerteW*%^tmêutv^áF(Z!"feir^ - 2; 7.» ». («angu,,

VaTo), EdésioA. Osmar, (Canto ..toRjo)., Cartinhos 'Sa^Cnstovaoh.

tóvBené

âo), Jorge (Olaria), Zózimo (Bangu), Lucas (Bangu) C^ly^^0^^ 'Rnn«nppôi Mário (Olaria), Jalro (Canto do Rio), Sabará (vasco),

CoXfsâo CriY&âoTzUrnna (Canto do Rio)Necaa (Portuguesa)( Denoni(América), Moreira (Bonsucesso Deuslene (MatoaeCanárw (Olaria).

Artilheiros negativos: Weber (Madureira) e> Torbls (Bangu) l.mm-. J* Jl mm-mm^m Aí* írtrVAL'- f^T»^ i\ fl X *l A >l A. ."SU -

KÜ 3S& MbiSo^ Bangu ¦x'BSSfai£ nò Maracanã; Domingoflamengo x Vasco, no Maracanã.

Quarta-feira, dia 6 de outubroDínamo, de Moscou 5 x Arsenal,

de Londres 0.Quinta-feira, dia 7 de cutnbro

Flamengo 4 x Americano de Canvpos 2 — Em Campos .

Vasco 2 x Vitória 1 — Em \ itórin,Espírito Santo.DOMINGO, DIA 10 DE OUTUBROFluminense 0 x São Cristóvão 0

(0 x 0) — Em Álvaro Chaves — Juiz:Diego de Leo, ótimo. CrS 118.622,20.

FLUMINENSE — Castilho; Píndaro ePinheiro; Jair, Pinguela e Bigode; Telê,Dldl, Valdo, Robson e Escurinho.

S. CRISTÓVÃO — Hélio; Conceição eJorge; J. Alves, Valdir e Décio; SantoCristo, Nelsinho, Cabo Frio, Cosme eCarlinhos.

América 2 x Madureira 1 (América 1x 0) — Em Cons. Galvão — Leõnidas eParaguaio, do América — Davi, do Ma-dureira — Juiz: Alberto Malcher, bom.CrS 109.369,10.

AMÉRICA — Osni; Caca e Osmar;Rubens, Osvaldinho e Ivan; Paraguaio,Alarcon, Leõnidas, João Carlos e De-none.

MADUREIRA — Danton; Deuslenee Darci; Nilo, Weber e Mário; Milton,Machado, Dirceu, Davi e Osvaldo.

Canto do Rio 2 x Olaria 2 (lxl) —Em Caio Martins — Edésio e Osmar,do Canto do Rio — Mário e Washing-ton, do Olaria — Juiz: Tijolo, bom.CrS 10.627,00.

CANTO DO RIO — Celso; Arnóbio eCarlos; Roberto, Júlio e Dico; Binha,Osmar, Zèquinha, Edésio e Almir.•OLARIA — Aníbal; Osvaldo e Jorge;Olavo, Moacir e Dodô; Canário, Wa-shington, Gringo, Maxwell e Mário.Bonsucesso .0 x Portuguesa 0 (0 x 0)— Em Teixeira de Castro — Juiz:Amilcar Ferreira, bom. CrS 21.380,70

BONSUCESSO — Ari, Bibl e Gonça-

lo- Moreira, Valdemar e Paulo; Bené,Soca, Moacir Vinhas, Décio e Alemáo.

PORTUGUESA — Antoninho; Valtere Clcarlno; Aristóbulo, Joe e MárioFaria; Guilherme, Ivan, Miltinho, Ne-ca e Baduca.

Campeonato carioca de aspirantes —Fluminense 3 x São Cristóvão 0; Amé-rica 4 x Madureira 2; Canto do Rio 2x Olaria 2; Bonsucesso 3 x Portu-guêsa 2.

Campeonato carioca de juvenis —Flamengo 1 x Vasco 0; Botafogo 1 xBangu 0; Fluminense 1 x São Cristo-vão 1; América 6 x Madureira 1; Bon-sucesso 1 x Portuguesa 0.

COLOCAÇÃO POR PONTOSPERDIDOS

Aspirantes — 1.° Fluminense (0);2.° Flamengo e Vasco (2); 3.° Améri-ca (4); 4.° Bangu (5); 5.° Botafogo(6); 6.° Bonsucesso (9); 7.° São Crls-tóvão (11); 8.° Madureira e Olaria(12); 9.° Canto do Rio (13); 10.° Por-tuguêsa (16).

Juvenis — 1." Fluminense e Bota-fogo (3); 2.° Flamengo e São Cristo-vão (4); 3.° Vasco e América (6) ; 4.°Bangu (7); 5.° Olaria (9); 6.° Madu-relra (11); 7.° Bonsucesso (13); 8.°Portuguesa (14).

Colocação por pontos ganhos naTaça Eficiência — 1.° Fluminense(128); 2.° Flamengo (117). 3." Vasco(104); 4.° América (100); 5.° Bangue Botafogo (82); 6.° São Cristóvão(55); 7.° Madureira (51); 8.° Olaria(40); 9.° Bonsucesso (35); 10.° Cantodo Rio (20); 11.° Portuguesa (16).

AMISTOSOSFlamengo - x Marilia 0 (0 x 0) —

Em Marilia — Rubens — CrS 116.000,00.Bangu 4 x E. C. Rezende 1 (2 x 0) —

Em Rezende — Luiz Carlos, Nivio, Xa-vier e Zózimo, do Bangu — Ivo, doRezende.

Equilíbrio: 0x0!(Continuação da pág. 15)

Í!Sênte co1mox.^dida de precaução, para evitar mal maior. Também, issoocorreu quando faltavam três minutos para o término do "match", que afi-nai ae contas foi disputado sem outros incidentes, mesmo porque, agindo comcritério e acerto, tendo mesmo ótima arbitragem, o juiz Amilcar Ferreira náopermitiu que houvesse excessos.O que deve finalmente ser acentuado é que Bonsucesso e Portuguesa dispu-taram excelente, partida e que o empate traduziu com fidelidade a perfeitaIgualdade cie forças e de trabalho realizado. Nessas condições, não vale apena ressaltar atuações isoladas, porque, na realidade, todos os elementosintegrantes das duas equipes contribuíram, com igual quinhão, para o bomdesenrolar da peleja disputada no Estadinho de Teixeira de Castro.

Esporte por Esporte.'" igífc.

„. X (Continuação da pág. 16)Agora, em Sao Paulo, váo-se travar os encontros do Campeonato Sul-Americanode Hóquei em Patins. Quando aos cariocas será dado o prazer de novas emoçõesdos novos (aqui) esportes? Vamos, pessoal, jogar "hand-ball"? Vamos, minhagente, jogar nóquei em patins?

Como puderam constatar, a semana esportiva foi fraca. O carioca, maispreocupado, e com muita razão, com os assuntos de natureza política,' poucaatenção pôde dar às coisas atléticas. As competições de natação e atletismo,adiadas e as outras, em número reduzido, estiveram às moscas.

Talvez qwe os próximos sete dias tragam, em seu bojo, mais notícias ou, pelomenos, notícias de mais palpitante interesse.

(CoTtíintxação ãa pág 11)^ , «- Hw«r ha nm "Lpam" aue comete o erro de jogar pelo alto quando sopraQue se dizer de "™^&™

^temente os caminhos errados para alcançar oSvfSvSlaEatesta

donde mais" pecados vimos no Fluminense. Faltou

objetivo da vitória E ai esta onue» momento de tirar proveito docabeça ao "*f™ »aJlor^ vá lá... Mas ao Flu-

Xensae EraQnalu^queersÍoC?istovâo, por afoito e até por inexperianela.

come?esse erro* assim constituído que é seu quadro por Jogadores novos, exce-

ção feita a Santo Cristo Cabo Frio etorUnhOB. lmeira Unha> entre OS quais

,rX"Rr°ra^ poS cometer essa infantilidade de e?g uertrês scralchmen1Att[a/""™, ' rito * coisa de roça e é pena que equipes de altaa bola. Pf^^Jô, feito pelo alto é «asa ae roça p

Fluminense, teimando

TZ^y^l^^Z^ rniZu^"^ ae adaptando, de maneira alguma,

" ^^íàS'SSSr5^560^SS^«ln.o. Que o Fluminense esta atra-Para sintetizar «osso P""^ .„,,a1p 1ogo Com o América que isso nos apareceu

vessando uma fase ma. Desde aquêl! jogo com o *m convenceu a

de forma irretorquível E P^ra nós a ôrUx

sonre folbmais um frut0 dos

ponto de nos modificar » ^"^'P^g^ Gilson do que propriamente uma

tanto quanto domingo nos pareceu mais seguro de st o São Cristóvão e ainda

TkrtSM^ KeSaínZSL' menos danos do que tem mere-^.''SrSçJjTpS.Sí Perdidos mas se ^°^'

"^«rssssís SS

?M& ô°T™Z™nlT^n uma atuação estupenda, a melhor

de sua trajetória em nosso futebol...

O técnico-professor afirma:(Continuação da pág. 5)

mentos puderam ser aperfeiçoados como assistente técnico do "scratch" amadormineiro, cujo técnico era Urbano Santos, o popular Campeão. Em 1950 foi di-retor do Departamento do Interior da Federação Mineira de Futebol. Em 1951.teve pela primeira vez a seu cargo a orientação de uma equipe de profissionais,assumindo a direção técnica do Vila Nova. Não poderia ser mais auspiciosa aestréia do novo preparador, oois no mesmo ano conquistou o título montanhas,após excelente campanha cumprida pelo seu conjunto. Também revelou-secomo cximio descobridor de craques, efetivando no time Escurinho e Lito, queviriam depois adquirir fama no "soccer" metropolitano. No ano seguinte, diri-glndo o Siderúrgica, quase repetiu a façanha, sagrando-se vice-campeáo. Rea-Hv.ov. nesse mesmo ano um grande feito, que foi a vitória de um selecionado denovos do futebol mineiro sobre os cariocas no Rio de Janeiro. Transferlndo-soem 53 para o Atlético, náo decepcionou os aflclonados "carljós", levantandomais uma vez o certame das Alterosas. Recebeu, então, a incumbência de pre-parar a representação mineira ao campeonato brasileiro de 54. Conseguiu con,que os seus pupilos realizassem uma campanha invicta na primeira parte dalornada. ficando depois o certame suspenso, quando os montanheses ostentavamainda essa invejável situação. Após efetuar tantos feitos brilhantes, teve final-mente a oportunidade de dirigir um clube carioca, passando em abril do corren-te à condição de treinador do América F. C. Como dissemos acima, Inúmerastêm sido as dificuldades encontradas para levar a bom termo a sua missão, acomeçar pela tarefa de Uaüidar o "tico-tico", vício enraizado na equipe deCampos Sales, mal crônico que persegue os atacantes rubros há multo tempo cque tem rasgado o cartaz de muitos técnicos que têm se aventurado a destruí-loMas, com o seu extenso cabedal de conhecimentos, poderá perfeitamente darcabo desse mister.

CURIOSIDADES SOBRE MARTIM — A SUA FILOSOFIAMartlm Francisco, antes de ser preparador de craques, era preparador de filo-

sofos. Com eft-ito, o atual "coach" americano possui diploma de Filosofia. Psico-logia, Pedagogia, Sociologia, Metodologia e ciências congêneres. Abandonou o ma-glstérlo quando se viu seduzido pela arte de aperfeiçoar jogadores e orientá-lo.-na matéria futebolística. Martlm, que havia se dedicado com afinco aos estudo.'?universitários, tem igualmente dado o melhor dos seus esforços a fim de obtermaior dose de cultura em relação ao "associatlon". Assim, possui uma bibliote-ca especializada que conta com 650 volumes, tratando exclusivamente de futebolOs livros que considera mais completos de sua coleção são: "El preparador téni-co" (espanhol) e "Táticas y ténicas" (argentino). Em sua opinião, todas aítáticas que se queiram introduzir no futebol terão forçosamente que se basearnas duas fundamentais: a do terceiro zagueiro, de Kirschner, e o WM, deChapman. Vários outros conceitos nos foram emitidos por Martlm, sobre osmais diversos assuntos relacionados com o "soccer". Desta maneira, a seu ver,os dois quadros mais estruturados atualmente, entre os participantes do campeo-nato carioca, são o Vasco da Gama e o Flamengo; a Psicologia deveria ser umadas ciências exigidas ao treinador de uma equipe, em qualquer esporte; um dosgrandes problemas do nosso futebol é a intromissão de dirigentes de clubes nortrabalhos do técnico. Finalmente, como remate de conversa, o jovem "coach'nos disse que de todos os esportes aue conhece, aauêle aue apresenta maUlógica nos seus resultados é Justamente o futebol. Essa revelação não deixa deter o seu cunho curioso, quando se sabe que a opinião corrente quando se querjustificar um insucesso de um quadro favorito é exatamente a de acusar alógica do "associatlon"...

No páreo da imigração. ..(Continuação da pág. 9)

ca do Paraguai. E sem contar comBria, que era um ilustre desconhecidoe acabou sendo trl-campeão pelo Fia-mengo vamos encontrar outros tantos.

A Importação guarani é um fato. OFlamengo, quando Brla descalçou aschuteiras tinha Garcia e tinha Beni-tez, dois antigos titulares do seleclo-nado guarani. O Flamengo tem maiso técnico Fleltas Solich e pensou emRomerito muito tempo.

O Vasco da Gama logrou o concur-so dos "scratchmen" Sílvio Paródi eVitor Gonzalez e ainda antes o Ban-gu havia adquirido também Gavillane Cabrera, que somados à deserção deRomerito para o Uruguai, vamos veri-ficar que se esfacelou o bom seleclo-nado do Paraguai.

O futebol brasileiro vive tardes mes-ciadas das mais lindas "guaranias" deAssunção. Mistura de samba e de mú-stea típica. Aí estão nas extremas doVasco: o pandeiro e a batucada ca-racterizados em Sabará e as melodiassuaves das guitarras com Sílvio Pa-rõdi...

Melhor resultado o(Continuação da pág. 14)

fender, pois os olarienses haviam seinflamado com o tento de desempatee ameaçavam ampliar o marcador. Sur-glam ainda esporádicas descidas doCanto do Rio, mas sempre perigosase numa dessas, após tremendo bate-bola diante do arco defendido porAníbal, havendo inclusive tima pena-lidade máxima assinalada por Osvaldoque se encontrava caído, sobrou o ba-lão para Osmar, que de dentro daárea colheu potente tiro. indo a bolabeijar as redes olarienses.

Canto do Rio e Olaria colheram omelhor resultado que poderia surgir,pois veio o empate de dois tentos pre-miar os esforços de ambas as equipes.No Canto do Rio gostamos do traba-lho de Celso, Arnóbio, Roberto eOsmar. No Olaria se salientaram Aní-bal, Olavo e Mário. O árbitro foi o sr.Carlos de Oliveira Monteiro, o popu-lar Tijolo, com um trabalho que podeser considerado muito bom. fi verdadeque o panorama disciplinar do préliomuito auxiliou a sua condtita, porémtem qualidades para evitar a práticado jogo violento.


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Me chamam de Saracura, mas só pelas costas, por-

que pela frente eu rebento logo. • Não sou Jardlnclro,mas gosto de balançar a roseira. * Costumo conver-

sar com os colegas de profissão durante os jogos.

* Chego no ouvido de um e digo assim: (Censura-

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baixar o pau como é que posso ficar secreto? •

Comecei com Juvenal ha 83 anos e espero Jogar

mais uns 46. Tá?II opajjiv -vxsodsaM

A DIFERENÇA ENTRE O VASCO E OJOGA FORA DA BARCA E O CANTO

ARQUIVOS INAPAGAVEIS

No intuito de aumentar a cultura

do nosso povo, divulgamos hoje

um valiosíssimo documento, quefomos desenterrar dos arquivos da

Banda Portugal:

«... e em se chegando a esta

mui dadivosa terra, o* Almirante

Pedr'Alvares Cabral, por real ins-

piração de D. Manuel, houve tido

a brilhante idéia da fundação do

Vasco, sendo esse o seu primeiro

gesto em terras de Vera Crui, digo

Santo Cruz, digo Brasil!»

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CARTEIRA DE SÓCIO — Documen-to que se deve ter em milhões devias, para rasgá-lo mais a vontade.

BASCO — Deturpação da palavraVasco que só um vurro pode cometer.

EL1ADA — Poema épico de ossose contusões.

HISTÓRIA (E PRÉ-HISTÓRIA) DO

O Vasco foi o introdu-tor em nosso futebol, dostamancos com travas.

O clube, no inicio, quase faliu com

a tal história: — «Entra, Basco, que

meu marido ó sócio!»

Rei e Rainha, antigos go-leiros do Vasco. O primeiro,antes de se retirar como ma-jestade, foi também o reidos frangueiros.

O Vasco ó famoso comosendo o time que dá maio-res bichos aos seus joga-

E aqui estão os principais Departamentos Cruzmaltinos:

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