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Viagem Técnica ESTRADA REAL/MG Turismo Cultural 30 de agosto a 03 de setembro de 2006 RELATÓRIO FINAL

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Viagem Técnica

ESTRADA REAL/MG

Turismo Cultural 30 de agosto a 03 de setembro de 2006

RELATÓRIO FINAL

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Presidência da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, presidente MINISTÉRIO DO TURISMO Walfrido dos Mares Guia, ministro de Estado Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira, secretário Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Tânia Brizolla, diretora Benita Monteiro, coordenadora-geral de Regionalização Wilken Souto Marcelo Abreu Daniele Velozo SEBRAE NACIONAL Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, presidente Diretoria de Administração e Finanças Cezar Acosta Rech, diretor Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, diretor Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Vinícius Lages, gerente Dival Schmidt Ilma Ordine Lopes Germana Barros Magalhães Valéria Barros BRAZTOA Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Zuquim, presidente Monica Samia, diretora executiva Karem Basulto, coordenadora técnica do Projeto Daniela Sarmento Lilian La Luna Priscila Nunes IMB Instituto Marca Brasil Daniela Bitencourt, diretora superintendente Alice Souto Maior, gestora do Projeto Adriana Girão Elisangela Barros Márcia Lemos

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Consultores Andréia Pedro Eduardo Fayet Fátima Trópia Luciane Camilotti Rosiane Rockenbach

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO PROJETO VIVÊNCIAS BRASIL.....................................................5

APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL............................................................................7

MAPA DOS PARTICIPANTES DA VIAGEM TÉCNICA ......................................................8

MAPA ESTRADA REAL.......................................................................................... 10

INFORMAÇÕES GERAIS DA ESTRADA REAL ............................................................. 14

Turismo na Estrada Real...................................................................................... 14

Turismo cultural na Estrada Real .......................................................................... 15

DADOS DA CIDADE DE OURO PRETO .................................................................... 17

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM OURO PRETO ......................................................... 18

DADOS DA CIDADE DE MARIANA .......................................................................... 24

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM MARIANA .............................................................. 24

DADOS DA CIDADE DE CONGONHAS ..................................................................... 26

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM CONGONHAS ......................................................... 26

DADOS DA CIDADE DE SÃO JOÃO DEL REI ............................................................. 27

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM SÃO JOÃO DEL REI ................................................. 27

DADOS DA CIDADE DE TIRADENTES...................................................................... 29

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM TIRADENTES.......................................................... 29

MELHORES E BOAS PRÁTICAS OBSERVADAS.......................................................... 37

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 52

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APRESENTAÇÃO DO PROJETO VIVÊNCIAS BRASIL

Aprendendo com o turismo nacional O projeto VIVÊNCIAS BRASIL: aprendendo com o turismo nacional foi formatado em 2005, no âmbito do macroprojeto Brasil, Brasil, cujo objetivo é proporcionar a diversificação da oferta turística a partir dos segmentos turísticos. O projeto é uma iniciativa do Ministério do Turismo, por meio da Secretaria Nacional de Políticas, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) com apoio à gestão, do Instituto Marca Brasil (IMB). Dessa forma, os objetivos do projeto Vivências Brasil estão contextualizados dentro das políticas públicas mais amplas, proporcionando aos nossos destinos o incremento na qualidade da oferta e a melhoria nas práticas da operação, através da realização de viagens técnicas nacionais para a observação da operação e das estratégias de desenvolvimento de produtos turísticos segmentados, que são referência no país. A realização de viagens técnicas para as observações de experiências que possuam boas práticas, na operação da atividade turística com foco na oferta segmentada é vista como uma forma alternativa de encorajar os atores de destinos turísticos à implementação de significativas mudanças na sua maneira de atuar, elevando a qualidade dos serviços prestados. A partir do projeto EXCELÊNCIA EM TURISMO: aprendendo com as melhores experiências internacionais em 2005, foram identificadas melhorias e inovações na gestão dos destinos que tiveram operadores turísticos participantes. Assim, com aprendizado adquirido no projeto EXCELÊNCIA EM TURISMO foi possível verificar a eminente carência de se trabalhar processos similares a este projeto para atender regiões turísticas do Brasil, que ainda não estão em estágio avançado para implementação de melhores práticas, mas que já recebem números significativos de turistas do país e do mundo. Nesse caso, o projeto VIVÊNCIAS BRASIL foi idealizado a partir de algumas regiões turísticas do país, que já trabalham o produto turístico de forma madura e satisfatória, podendo se constituir em exemplos de boas práticas que podem e devem ser assimiladas e replicadas nas regiões menos desenvolvidas nesse quesito. Público-alvo Prestadores de serviços turísticos, empresários do setor das regiões e dos roteiros turísticos indicados pelo Programa de Regionalização do Turismo e em conformidade com os projetos da Gestão Estratégica Orientada para Resultados, trabalhados pelo Sebrae. Objetivo geral Identificar e observar, em destinos nacionalmente reconhecidos, boas e melhores práticas nos segmentos de ecoturismo, aventura, sol e praia, cultural, rural, possibilitando que outros destinos turísticos com vocações semelhantes possam ter como referência as estratégias e modelos levantados e adaptá-los à sua cultura e às suas peculiaridades, com vistas a uma mudança que leve a melhores resultados o desenvolvimento da atividade turística no país, nesse caso, em especial a Estrada Real. Por meio da organização de seis viagens técnicas, o Projeto foca na observação da operação e da estratégia de desenvolvimento de produtos turísticos nos segmentos - tema, que é hoje referência no país. Foca também no aprendizado e no fomento à

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implementação das boas práticas observadas, visando o aprendizado por parte dos participantes e o conseqüente aprimoramento dos serviços, da qualidade e da competitividade dos produtos turísticos brasileiros.

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APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL

• Ministério do Turismo Tem como missão desenvolver o turismo como uma atividade econômica sustentável, com papel relevante na geração de empregos e divisas, proporcionando a inclusão social. O Ministério do Turismo inova na condução de políticas públicas com um modelo de gestão descentralizado, orientado pelo pensamento estratégico. Papel no projeto - Instituidora Propôs o Projeto e acompanha os resultados

• Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional)

Trabalha pelo desenvolvimento sustentável das empresas de pequeno porte, promovendo cursos de capacitação, facilitando o acesso a serviços financeiros, estimulando a cooperação entre as empresas, organizando feiras e rodadas de negócios e incentivando o desenvolvimento de atividades que contribuem para a geração de emprego e renda. Papel no Projeto - Instituidora Propôs o Projeto e acompanha os resultados

• Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) É uma sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 1989. Sua finalidade é:

• Promover a valorização das atividades desenvolvidas por seus associados, no país e no exterior;

• promover ações que aproximem seus associados das agências de viagens e dos demais segmentos do setor turístico;

• promover o aperfeiçoamento das relações comerciais entre seus associados e transportadores aéreas, hotéis e demais fornecedores;

• aproximar os associados de entidades congêneres nacionais ou internacionais, podendo participar também de suas ações promocionais;

• Promover pesquisas, capacitação e ensino, visando o desenvolvimento institucional;

• promover, por meio de projetos e parcerias, a divulgação de informações, atividades e outras demandas de interesse da entidade e de seus associados em qualquer meio falado, escrito, eletrônico ou virtual, procedendo-se os eventuais registros nos órgãos competentes, se necessário.

Papel no Projeto - Executora Executa as ações previstas no Projeto

• Instituto Marca Brasil (IMB) Realiza articulação entre as entidades parceiras, acompanha tecnicamente a execução e monitora resultados.

Papel no Projeto – Apoio à gestão técnica

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MAPA DOS PARTICIPANTES DA VIAGEM TÉCNICA

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PARTICIPANTES DA VIAGEM TÉCNICA

EMPRESAS

Empresa Participante Destino de Operação

Contato

ALIAR TURISMO E CULTURA

Elizabete Pereira dos Santos

OURO PRETO/MG

[email protected]

BROCKER TURISMO

Patrícia Terres da Luz

CANELA/RS

[email protected]

ENLACE TURISMO Anne Caroline Santos

BRASÍLIA/DF [email protected]

GRANDE SERTÃO VIAGENS E TURISMO

Thiago de Castro Aguiar

CURVELO/MG

[email protected]

IMPERIAL TOUR

Camila Freitas de Melo

PETRÓPOLIS/ RJ

[email protected]

MILÊNIO OPERADORA DE VIAGENS E TURISMO

Lara Bourguignon RIO DE JANEIRO/RJ

[email protected]

TERRA RASGADA ROTEIROS TURÍSTICOS

Ingrid Marie Gimenes Dante

SOROCABA/SP [email protected]

TROPICAL ADVENTURE

Virlene Sandoval Camargo Leal

BARREIRINHAS/MA

[email protected]

TURISVALE AGÊNCIA DE TURISMO

Márcia Cristina B. Bendia

MIGUEL PEREIRA/RJ

[email protected]

EQUIPE TÉCNICA Entidade Participante Localidade Contato MINISTÉRIO DO TURISMO

CAROLINA CAMPOS BRASÍLIA/DF [email protected]

BRAZTOA KAREM BASULTO SÃO PAULO/SP [email protected] [email protected]

IMB ALICE SOUTO MAIOR

BRASÍLIA/DF [email protected]

CONSULTORA FÁTIMA TROPIA OURO PRETO/ MG [email protected]

CONSULTORA BENCHMARKING

LUCIANE CAMILOTTI

FLORIANÓPOLIS/SC [email protected]

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MAPA ESTRADA REAL

Fonte: www.estradareal.gov.br

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ROTEIRO

Data Local Horário Atividades 30/08 – Quarta

Ouro Preto Centro Cultural e Turístico Do Sistema FIEMG

12h 14h 14h15 14h30 15h 15h40 16h20 17h20 17h45 18h 18h50 19h30

Saída do Aeroporto de Confins - BHZ Chegada e acomodação em Ouro Preto – Pousada Sinhá Olímpia Café com prosa Reunião de pactualização. – Apresentação do Projeto Apresentação dos empresários e representantes de instituições Contextualização do destino e roteiro – Consultor Treinamento de benchmarking – Consultor Apresentação dos questionários – Consultor Café com prosa Apresentação do Instituto da Estrada Real (IER) Encontro com a representante do Escritório Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Apresentação do Sebrae Minas Encerramento

Ouro Preto – Tour noturno pelas ruas da cidade.

20h Passeio noturno pelo centro histórico acompanhado por um guia de turismo - (Largo de Coimbra, Praça Tiradentes, Beco do Carmo, Travessa do Arieira, Rua Direita, Praça do Cinema, Rua São José)

Ouro Preto 20h30 Jantar - pizzaria O Passo – pizzas regionais. Conversa com os proprietários sobre o empreendimento e restauração do casarão.

22h30 Retorno ao hotel 31/08 - Quinta

Ouro Preto 8h Café da manhã no hotel

Ouro Preto 9h 09h45 10h20

Visita à Igreja São Francisco de Assis –obra-prima do Mestre Aleijadinho. Visita à Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar – uma das mais ricas de Minas - pintura interior foliada a ouro. Encontro prefeito de Ouro Preto

Ouro Preto 11h 11h15

Visita à estação ferroviária de Ouro Preto – Projeto Trem da Vale Passeio de trem turístico – Ouro Preto – Mariana, na maria-fumaça

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Mariana – primeira

capital de Minas 12h30 12h45 13h20 14h

Chegada na estação ferroviária de Mariana Concerto com Josinéia Godinho – catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção (Sé) – Órgão alemão Arp-Schnitger, fabricado em 1701 Espetáculo no Ateliê de Marionetes – Catin Nardi Retorno para Ouro Preto

Ouro Preto 14h20 Almoço – Restaurante Chafariz – comida típica mineira

Ouro Preto 15h40 16h20 17h 18h 18h30 19h30 22h

Visita ao Museu da Inconfidência Visita ao Museu do Oratório – magnífica coleção, única em todo o mundo com 162 oratórios e imagens sacras dos séculos XVII ao XX Visita Praça Tiradentes e entorno (artesanato e gemas) City tour – Ouro Preto sobre Rodas Visita à Pousada Arcanjo – hotel temático sobre a história da Inconfidência Mineira Encontro com o gerente Café mineiro – quitutes e quitandas mineiras e caldos - Casa colonial de família tradicional ouropretana e encontro com representantes de agências receptivo local. Apresentação da presidente da Associação dos Produtores de Cachaça Serestas pelas ruas da cidade – do Rosário até Rua Direita – Bar do Beco

01/09 – Sexta

Ouro Preto

8h Café da manhã e saída do hotel com destino a Congonhas pela Estrada Real (55 quilômetros)

Congonhas 10h Chegada em Congonhas – chegada a Romaria e encontro com a diretora de Turismo. Visita ao Santuário de Bom Jesus de Matosinhos – onde estão os 12 profetas de pedra-sabão esculpidos pelo Aleijadinho – Patrimônio Mundial da Humanidade

12h Saída de Congonhas com destino a São João del Rei (108 quilômetros)

São João del Rei 14h 15H

Chegada em São João del Rei - almoço no restaurante L’Arlequin Encontro com agências de turismo e com o secretário municipal de Turismo e Cultura (no restaurante)

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16h

16h30 17h30

Visita guiada à loja, fábrica e museu do estanho Visita à igreja Nossa Senhora do Carmo Visita Centro Referência Musicológica (Cerem) Encontro com a diretora-geral Saída para Tiradentes (oito quilômetros)

Tiradentes 18h30 Chegada em Tiradentes, Hotel Brisa da Serra

19h45 20h15 21h45 23h

Igreja Matriz de Santo Antônio - Espetáculo Roteiro Narrado Jantar no restaurante – Tragaluz Reunião de avaliação no Tragaluz Retorno ao hotel

02/09-Sábado

Tiradentes Bichinho – localidade próxima a Tiradentes concentração do artesanato local

9h 10h 11h 12h 13h30 15h30 18h 20h30

Café da manhã Visita ao Centro Cultural Yves Alves – Encontro com o presidente do Conselho Deliberativo, empresários e secretário municipal de Turismo e Cultura Visita ao Hotel Solar da Ponte – Roteiro do Charme – Encontro com os proprietários – Palestra sobre turismo cultural Almoço no restaurante Viradas do Largo Tour pela cidade – Teatro de bonecos na Pousada Três Portas Visita à Pousada Pequena Tiradentes Jantar de encerramento – Hotel Brisa da Serra

03/09 - Domingo

Tiradentes

8h30 9h 12h

Café da manhã Reunião de avaliação Saída de Tiradentes com parada em Lagoa Dourada para compra na terra do rocambole. Retorno para Belo Horizonte (197quilômetros) ou cidade de origem

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INFORMAÇÕES GERAIS DA ESTRADA REAL

Turismo na Estrada Real Traçada a partir do século XVII pelos bandeirantes – que seguiram a marcação de trilhas indígenas ainda mais antigas -, a Estrada Real serviu, ao longo de mais de três séculos, como principal roteiro para o transporte de ouro, diamantes e idéias revolucionárias. Neste percurso, ainda hoje se encontram trilhas calçadas por escravos, monumentos, pontes, cidades, distritos, ruínas, povoados que preservam um rico patrimônio cultural e natural. Segundo Márcio Santos, o nome Estrada Real passou a aludir, assim, àquelas vias que, pela sua antiguidade, importância e natureza oficial, eram propriedades da Coroa metropolitana. Durante todo o século XVIII, e também em parte do XIX, quando a era mineradora já se fora e os caminhos se tornaram livres e empobrecidos, as estradas reais foram os troncos viários principais do centro-sul do território colonial. Ao longo dos caminhos reais espalharam-se os antigos registros, postos fiscais de controle, alguns dos quais ainda podem ser apreciados na atualidade. Eram de diversos tipos: registros do ouro, que fiscalizavam o transporte do metal e cobravam o quinto; registros de entradas, que cobravam pelo tráfego de pessoas, mercadorias e animais; registros da Demarcação Diamantina, responsáveis pelo severo policiamento do contrabando e pela cobrança dos direitos de entrada na zona diamantífera e contagens, que tributavam o trânsito de animais. Os prédios dos registros eram instalados em locais estratégicos dos caminhos: passagens entre serras, desfiladeiros, margens de cursos de água. No seu interior ficava o pessoal empregado: um administrador, um contador, um fiel e dois ou quatro soldados. Um portão com cadeado fechava a estrada. A expansão originária dos primeiros grandes caminhos do centro-sul do território colonial conformou um dos mais significativos movimentos de apropriação do interior brasileiro e de sua integração com a faixa litorânea. Ampliando a base territorial da América portuguesa, as vias hoje reunidas sob o nome de Estrada Real foram, assim, fundamentais na história do povoamento e da colonização de vastas regiões do território brasileiro, tornando-se verdadeiros eixos histórico-culturais de construção de parte da nossa história. O historiador e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Friedrich Ewald Renger, destaca que, o conceito Estrada Real é de natureza tributária e fiscal. Diz respeito àqueles percursos que, abertos por índios e bandeirantes, foram utilizados pela Fazenda Real, a partir de 1718 para a instalação de postos de cobrança dos Direitos de Entrada, que incidiam sobre a circulação de produtos, de pessoas, do gado e escravos que chegavam ao solo mineiro. Ainda que possa estar no desejo de municípios instalados nas proximidades destas rotas históricas se verem incluídos no programa implantado, o Instituto Estrada Real, a UFMG e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), após estudos realizados, optaram por aqueles caminhos que, respeitando o conceito histórico e geográfico, apresentassem viabilidade para a atração de turistas e propiciassem a instalação de infra-estrutura turística.

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O programa turístico Estrada Real já ultrapassou, na curta existência de seis anos, a condição de um conceito, deixou de ser algo que guarda intimidade apenas com os sonhos de seus idealizadores, para tornar-se peça fundamental no incentivo ao desenvolvimento econômico e social sustentado, à diminuição das desigualdades regionais, à geração de emprego e renda e à preservação dos patrimônios históricos, culturais, artísticos e ecológicos. É conhecido o potencial da Estrada Real no incentivo ao turismo cultural, religioso, histórico, gastronômico, rural, ao ecoturismo e ao turismo de aventura em seu entorno, e sua contribuição na implantação ou ampliação de atividades empresariais e na melhoria da qualidade de vida de seus agentes nos municípios sob sua área de atuação. A Estrada Real é um dos maiores projetos turísticos em desenvolvimento no país. Abrange 1.400 quilômetros, passando por 177 municípios, sendo 162 em Minas Gerais, oito no estado do Rio de Janeiro e sete no estado de São Paulo, distribuídos em três caminhos: o Caminho Velho foi a primeira via a ser oficializada, que liga Paraty (RJ) a Ouro Preto (MG); o Caminho Novo, foi aberto no final do século XVII, que liga a cidade do Rio de Janeiro (RJ) a Ouro Preto (MG) e o Caminho dos Diamantes, com a descoberta de diamantes em 1729, na região do Serro Frio, ligando Ouro Preto a Diamantina em Minas Gerais. Turismo cultural na Estrada Real A Estrada Real é rica em patrimônios culturais e naturais que atraem milhares de turistas cada ano, especialmente de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. É um destino favorecido com recursos naturais, especialmente água. Mais de 60% das atrações consiste de lagos, cachoeiras, rios etc. As áreas mais importantes são Serra do Cipó, Santa Bárbara, Diamantina e Carrancas. Mas seu maior potencial está nos patrimônios culturais. A Estrada Real pode ser considerada como uma janela para a história do Brasil. Ela foi criada em 1697 pela Coroa Portuguesa para ligar Paraty e Rio de Janeiro a Ouro Preto e Diamantina e ao longo da Estrada, há alguns dos mais bonitos patrimônios culturais do estado de Minas Gerais (igrejas, conjuntos de monumentos,gastronomia, artesanatos etc.). Em reconhecimento ao seu significado cultural e histórico altamente expressivo, três áreas de herança cultural foram inscritas na lista de Sítios de Patrimônio da Humanidade da Unesco, especialmente Ouro Preto (1980), Santuário do Bom Jesus em Congonhas (1985) e Diamantina (1999). Destaque para os vários festivais e eventos culturais realizados todo ano pelas autoridades privadas e instituições públicas. Por sua história, arquitetura, sua cozinha, suas belezas naturais e o calor humano de seu povo, a Estrada Real é um destino inimaginável para turistas de todo o mundo. Entre os inumeráveis lugares dignos de menção por serem de interesse cultural encontram-se as cidades de Ouro Preto, Diamantina, Tiradentes, Paraty, Mariana, São João Del Rei, Congonhas entre outras. Visitar a Estrada Real é encontrar-se com a história, as artes e a hospitalidade, mas também é descobrir seu riquíssimo patrimônio monumental ou sua deslumbrante natureza. O turismo cultural é motivado pela busca de informações, de novos conhecimentos, de interação com outras pessoas, comunidades e lugares, da curiosidade cultural, dos costumes, da tradição e da identidade cultural.

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A atividade turística tem como fundamento o elo entre o passado e o presente, o contato e a convivência com o legado cultural, com tradições que foram influenciadas pela dinâmica do tempo, mas que permaneceram; com as formas expressivas reveladoras do ser e fazer de cada comunidade. Esse cenário vem sendo desenvolvido na Estrada Real com o objetivo de atrair os turistas interessados em visitar e vivenciar experiências na área da cultura. Agregando os atrativos aos equipamentos e serviços turísticos de qualidade com seus hotéis, pousadas, restaurantes e fazeres artísticos locais. O patrimônio edificado é utilizado pela comunidade seja para suas atividades cotidianas, seja para apresentações culturais e artísticas, projetos de desenvolvimento social que utilizam atividades culturais como matéria-prima da educação , transformam pequenos lugarejos e exercem a cidadania. A busca de lugares singulares e autênticos, pelo turista contemporâneo, faz do segmento do turismo cultural um forte elemento de atratividade, gerando um grande crescimento da demanda no cenário nacional. Para praticar o turismo cultural é importante ter um novo olhar, aguçar os sentidos, ficar atento aos detalhes, para melhor entender essas comunidades, seus costumes e valores. O turismo cultural tem como base alguns princípios: • Gestão, qualidade, sustentabilidade e interpretação; • deve ser realizado por um número pequeno de visitantes, com tempo para apreciar lugares e manifestações, recebendo mensagens detalhadas dos lugares, com muita qualidade; • é preciso envolver o visitante em um novo universo de experiências, com visitas apoiadas em atividades práticas, através da arte, da gastronomia, das manifestações populares, das manifestações culturais e dos atrativos naturais. O patrimônio cultural sinaliza o valor único de um determinado ambiente, estabelecendo uma sincera comunicação com o visitante, ampliando seu conhecimento, estimulando suas várias formas de olhar e aprender, buscando a singularidade do lugar, seus símbolos e significados. A valorização da nossa cultura passa pela preservação de todo o patrimônio. Estudos mostram que a partir do momento que aproximamos a idéia de preservação para o coração e mente das pessoas, lidando com suas emoções de forma a desenvolver afeições pelo ambiente visitado, pelo espaço público e pelos sítios históricos, formamos grandes aliados para a luta pela preservação. Na Estrada Real cada cidade tem seu movimento, suas características físicas, suas emoções, seus cheiros, seus sons, suas experiências e cada uma, a seu modo, nos convida a experimentar e vivenciar sua história.

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DADOS DA CIDADE DE OURO PRETO

Palco de vários acontecimentos que marcaram a história brasileira, Ouro Preto sempre foi a preferência dos turistas - nacionais e internacionais - que buscam conhecer a história, a cultura e a religiosidade mineiras. Sempre citada por artistas, foi palco do movimento modernista brasileiro, no qual a preservação da memória nacional se tornou lei com a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O município completou 308 anos reafirmando sua vocação natural para o turismo. Através desta atividade a economia recebe o impulso necessário para a continuidade de seu ciclo. São hotéis, pousadas, restaurantes, lojas, ateliês de artistas plásticos, irmandades religiosas, museus e instituições, responsáveis pela manutenção da condição financeira de toda a população e pela conservação de importantes bens culturais e do patrimônio histórico. Instituições: Instituto da Estrada Real (IER) www.estradareal.org.br O Instituto Estrada Real realiza um trabalho que objetiva a melhoria dos serviços e produtos das cidades, de forma a conquistar a preferência dos turistas nacionais e estrangeiros, através de: oferta de atrativos culturais e naturais, com destaque na singularidade de suas histórias e seu patrimônio material, gastronomia, artesanato, eventos culturais e de sua beleza natural; promoção de cursos de qualificação para mão-de-obra; parcerias com instituições públicas e empresas privadas; sinalização com marcos em todo o percurso do caminho, divulgação do destino em feiras e eventos do setor; fortalecimento da marca e um programa de certificação para os empreendimentos estabelecidos ao longo do caminho. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) www.iphan.gov.br A apresentação do Iphan focou sobre a importância do papel deste instituto na preservação da memória cultural do país. A missão de órgão regimentador e fiscalizador do desenvolvimento urbano ordenado e preocupado com o patrimônio cultural e natural das cidades, através do tombamento de bens materiais e imateriais e da conscientização das comunidades sobre a importância da preservação patrimonial, é de fundamental importância para o desenvolvimento do turismo cultural nas cidades, que promovem seus atrativos culturais e recebem visitantes nacionais e internacionais. Estas ações promovem também um ambiente de “bem viver” para a comunidade local.

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EQUIPAMENTOS VISITADOS EM OURO PRETO Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG

Fonte: www.estradareal.org.br

Atua como espaço receptivo, ligado à cultura, capaz de atender a milhares de turistas nacionais e internacionais que circulam por Ouro Preto. Criado em 2006, este projeto apresenta uma gestão planejada de ocupação do espaço, promovendo durante toda a semana atividades para a comunidade local e turistas, tendo em sua arquitetura a preservação de uma estrutura antiga integrada a uma concepção moderna, abrigando galeria de arte, café, recepção, livraria, eventos culturais e informações turísticas, com pessoal e serviços de qualidade. Restaurante O Passo

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

O restaurante apresenta uma diversidade de produtos e serviços: restaurante-pizzaria, delivery, boate e adega. A qualidade desses produtos e serviços e o planejamento constante das ações fazem deste empreendimento um local de destaque e de sucesso no setor gastronômico da cidade.

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Igreja de São Francisco de Assis e Matriz de Nossa Senhora do Pilar Foto - Igreja São Francisco de Assis Foto - Matriz de Nossa Senhora do Pilar

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes Fonte: www.marianahandebol.kit.net

Duas edificações religiosas, verdadeiras obras de artes que representam a memória da cultura religiosa e artística do século XVIII. Templo associado a museu, as duas igrejas recebem turistas do mundo inteiro, pelo seu valor arquitetônico, artístico e histórico. A Igreja de São Francisco de Assis se destaca pela obra e arte de Aleijadinho, o maior escultor do século XVIII e do Mestre Ataíde. A Matriz de Nossa Senhora do Pilar é considerada um símbolo do Barroco Mineiro, tem no seu interior toda a pintura foliada a ouro. No porão abriga o Museu da Prata com objetos de arte sacra e ricos paramentos. Projeto Trem da Vale – Trem turístico Ouro Preto – Mariana

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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Projeto de revitalização da estrada de ferro entre a cidade de Ouro Preto e Mariana, com 18 quilômetros de trecho recuperado. O Projeto contemplou a restauração das duas estações e a instalação de equipamentos e estruturas para funcionamento do Projeto de Educação Patrimonial. As estações são abertas ao público – comunidade e turistas - de terça-feira a domingo e oferecem: Em Ouro Preto – Sala Linha do Tempo – com uma maquete das estações contendo todo o trecho e os trenzinhos, um equipamento de multimídia com a história e dados sobre as cidades de Ouro Preto e Mariana, além de toda a história da rede ferroviária local, com depoimentos de antigos ferroviários e moradores. A sala UFOP, um pequeno museu sobre a história da metalurgia e engrenagens das máquinas, além de informações da flora e fauna da região e vídeo com depoimentos de moradores sobre fazeres e saberes locais. Um vagão sonoro–ambiental onde existe a instalação de instrumentos alternativos fabricados com tubos de pvc, mangueiras, tampas de panelas e outros, para a prática de musicalidade e novos sons, pelas crianças. Uma lona para aulas de práticas circenses, educação patrimonial e ambiental, para crianças da comunidade e um vagão-café. Em Mariana – Uma biblioteca infanto-juvenil com quatro mil exemplares e seis computadores para uso das crianças. Uma praça lúdico–musical com equipamentos de lazer para crianças até 10 anos. Um vagão dos sentidos com vídeos sobre o barroco mineiro e a mineração e um vagão-café. Tudo isto associado a uma viagem pelo tempo com maria-fumaça. Restaurante Chafariz

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Restaurante de comida típica mineira self-service. Servida em panelas de pedra, a comida mineira apresenta-se de forma variada e com um aroma especial.

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Museu do Oratório e Museu da Inconfidência

Fonte: www.ouropreto.com.br/noticias Fonte: www.estradareal.org.br Estes dois atrativos culturais são de grande peso na visitação turística da cidade de Ouro Preto, ambos conhecidos nacional e internacionalmente têm algo em comum: a exposição permanente das obras leva a assinatura do arquiteto Pierre Catel, de fama internacional. A gestão do Museu do Oratório pertence a uma fundação e a do Museu da Inconfidência é do governo Federal, ambas se preocupam com a qualidade no atendimento e no planejamento para a sustentabilidade financeira. O Museu do Oratório possui uma lojinha que vende produtos artesanais locais referentes ao tema. O Museu da Inconfidência conta com um grupo de pessoas que apóia as atividades denominadas “Amigos do Museu” uma associação para desenvolver projetos culturais. City Tour – Ouro Preto sobre rodas www.citytourouropreto.com.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Um roteiro guiado em vans, onde o turista escuta através de uma gravação, com qualidade de som em MP3, a descrição das igrejas e prédios históricos pela cidade, com fundo musical de temas brasileiros.

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Hotel Pousada do Arcanjo www.arcanjohotel.com.br

Fonte: www.arcanjohotel.com.br Fonte: Arquivo pessoal dos participantes O hotel Pousada do Arcanjo tem a proposta de ser uma pousada temática, sobre o assunto Inconfidência Mineira. Sua gestão é de uma pequena empresa familiar. Trabalha com planejamento e ações para satisfazer ao hóspede e atrair mais clientes. Café colonial

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes Em uma casa de família tradicional de Ouro Preto o turista é recebido para tomar um café colonial, com os quitutes e quitandas locais. O serviço é ofertado sob encomenda para o mínimo de seis pessoas. A dona da casa recebe os turistas e conta um pouco sobre as características da gastronomia local, do que está sendo oferecido e como é a experiência de receber em sua casa.

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Seresta

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

A cultura popular é surpreendente e muitas vezes singela. Um grupo da melhor idade se reuniu e criou um grupo de seresta, que canta pelas ruas e becos históricos de Ouro Preto. Uma atividade cultural transformada e utilizada como um produto turístico. Bar do Beco

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes Um espaço para lazer que integra informação e cultura. A proprietária é botânica e produtora de cachaça, presidente da Associação dos Produtores de Cachaça da região. O turista adquire o conhecimento sobre a história e fabricação da bebida de forma criativa e ao final ainda pode comprar uma garrafa de cachaça ou dos produtos derivados, à venda no local.

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DADOS DA CIDADE DE MARIANA

Além da importância histórica, Mariana se destaca pela relevância de seu conjunto arquitetônico; entre as cidades coloniais mineiras, é a única de traçado planejado, tendo sido a primeira cidade planejada do país. Ela se encontra estruturada em torno de três praças: Cívica, Matriz e Intendência. A cidade concentra algumas das construções religiosas e monumentos civis mais importantes do período colonial brasileiro. São seis igrejas e seis capelas, que merecem destaques: a Catedral Basílica da Sé (1709-1750), onde fica o órgão alemão Arp-Schnitger; a Igreja de São Francisco de Assis (1762-1794) - o medalhão da portada, em pedra-sabão, é atribuído a Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho); e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo (1758-1826). Entre os monumentos civis (13) destacam-se: a Casa de Câmara e Cadeia (1795) e o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra. O município conta com o Centro de Cultura do Sesiminas; uma casa de cultura; 17 estabelecimentos de hospedagem – 11 na sede municipal, totalizando 750 leitos, diversos bares; 10 restaurantes; uma agência de turismo; Associação de Guias de Turismo; três galerias de arte e um centro cultural; cinco agências bancárias; além de um terminal rodoviário-turístico de grande porte.

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM MARIANA

Apresentação do órgão Arp Schnitger na Catedral da Sé

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Esse atrativo cultural consiste em uma apresentação musical contemplando a história do instrumento artístico-musical – o órgão alemão Arp-Schnitger, fabricado em 1701

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Ateliê de Marionetes – Catin Nardi

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes Utilizado para apresentação de um teatro de marionetes, o Ateliê de Marionetes tem uma gestão de empresa familiar. No espaço café, loja e ateliê, o visitante pode conhecer o processo de fabricação dos bonecos.

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DADOS DA CIDADE DE CONGONHAS

Em Congonhas está reunido o maior conjunto artístico de Aleijadinho. A basílica do Senhor do Bom Jesus de Matosinhos, os 12 profetas esculpidos em pedra-sabão, por Aleijadinho e seus auxiliares, que estão no adro e as imagens dos Passos de Cristo – pequenas capelas que pontuam o caminho até a Basílica -, é uma das mais ricas obras do barroco mineiro. O conjunto que fica na parte alta da cidade - santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em 1985 recebeu da Unesco, o título de Patrimônio Cultural da Humanidade e é um dos mais espetaculares monumentos religiosos de todo o mundo. O conjunto foi recentemente escolhido como a “Imagem de Minas”, pelo projeto Terra de Minas da Rede Globo. Há um planejamento e desenvolvimento turístico, elencando as atividades desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Congonhas. Podemos citar algumas, como: - projetos de restauração dos monumentos religiosos - eventos : passeios dos Profetas, Copa Ametur, Jubileu, Festival de Cultura, entre outros. “Não tem como trabalhar turismo se não for de maneira integrada e regionalizada” (Ana Alcântara, prefeitura de Congonhas).

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM CONGONHAS

Basílica Senhor Bom Jesus de Matosinhos

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Obra-prima do Aleijadinho a basílica possui em sua fachada, as 12 estátuas dos profetas, esculpidas pelo mestre Aleijadinho em pedra-sabão, que tem o título concedido pela Unesco, de Patrimônio Cultural da Humanidade. A visita é realizada com a presença dos guias turísticos da Prefeitura; são estudantes, bem informados e treinados para exercerem um atendimento de qualidade.

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DADOS DA CIDADE DE SÃO JOÃO DEL REI

Em São João Del Rei, além das igrejas, que representam o estilo “barroco mineiro”, onde se destaca a opulência dos altares dourados e a profusão de detalhes arquitetônicos e ornamentais, a cidade apresenta uma grande diversidade de atrações: suas construções históricas, encravadas em meio a casas dos mais diversos estilos; a produção artesanal, principalmente objetos de estanho, móveis em madeira e imagens sacras; cachaça e rica musicalidade sacra. A bela paisagem da Serra do Lenheiro favorece atividades de ecoturismo, de aventura e educacionais. Com relação à infra-estrutura turística, São João conta hoje com cerca de 50 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), 22 restaurantes, 13 lojas de artesanato, e sete agências bancárias diversas, duas agências de receptivo, serviço de informações turísticas. A Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ) completa a infra-estrutura para grandes eventos como congressos, seminários, encontros etc. São João Del Rei faz parte do circuito Trilha dos Inconfidentes e da Associação das Cidades Históricas.

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM SÃO JOÃO DEL REI

Restaurante L’ Arlequim

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Com uma proposta diferenciada, instalado em pequeno sítio na área urbana de São João Del Rei, o Restaurante L’ Arlequim oferece aos seus clientes gastronomia mineira, porém com variações de ingredientes e no modo de preparar, em um ambiente familiar tipicamente mineiro.

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Visita ao Museu, loja e fábrica de estanho

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

A fabricação de estanho é uma tradição do artesanato na cidade de São João Del Rei, a loja expõe os produtos produzidos na fábrica, o visitante pode conhecer toda a linha de produção das peças que são feitas de forma artesanal. No mesmo espaço o turista também visita um pequeno museu de peças utilitárias antigas feitas de estanho. O próprio funcionário da fábrica faz a visita guiada aos espaços. Visita ao Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (Cerem)

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes O Cerem é um espaço cultural que tem como objetivo resgatar a memória musical de São João Del Rei e educar as futuras gerações. O espaço abriga salas de aula, uma pequena acomodação (quarto com banheiro e copa) para músicos de outras localidades que procuram a cidade para realizar suas pesquisas, uma biblioteca de partituras antigas e livros sobre a vida e obra dos artistas. Abriga também um pequeno café. A casa foi totalmente restaurada, bem como todo o seu entorno como as fachadas e calçadas.

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DADOS DA CIDADE DE TIRADENTES

A oito quilômetros de São João Del Rei está localizada Tiradentes, fenômeno turístico de Minas nos últimos dez anos. A pequena Tiradentes possui um charme inversamente proporcional ao seu tamanho. Uma das menores, e atualmente a mais visitada cidade histórica de Minas, é difícil encontrar quem não se encante por ela. Um dos motivos é a combinação perfeita entre patrimônio histórico e natureza exuberante. Com o seu casario e a arquitetura de suas igrejas, a cidade de Tiradentes possui um dos perfis coloniais mais autênticos do Brasil e um dos mais expressivos acervos da arte barroca (chafarizes, sobrados, museus, igrejas, capelas etc). Como destino turístico Tiradentes se destaca, também, pelos equipamentos turísticos de hospedagem. São 93 pousadas e 61 restaurantes, estes com uma variedade de ofertas gastronômicas. A cidade conta ainda com uma escola de gastronomia de nível internacional do Senac, conseqüência da consolidação e da importância do Festival Internacional de Gastronomia para a economia e divulgação da cidade.

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM TIRADENTES

Roteiro Narrado – Visita guiada à Matriz de Santo Antônio

Fonte: www.estradareal.org.br

Na visita à Matriz de Santo Antônio, o patrimônio é interpretado através do Roteiro Narrado, um espetáculo de som e luz que valoriza todo o trabalho deixado pelos artistas da época. Cada altar é destacado com focos de luz, a música e a narração da história envolvem o visitante transportando-o para o século passado. Um produto turístico de excelente qualidade e principalmente um exemplo de valorização e preservação do patrimônio cultural. Todo o projeto foi realizado com a parceria de empresa privada através da lei de incentivo à cultura.

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Restaurante Tragaluz

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

O restaurante Tragaluz representa um empreendimento que foi planejado desde sua concepção, em uma construção histórica. Sua gestão pauta por qualidade de serviço, de produto e de ambiente. Sua infra-estrutura é completa, seja nos espaços, na cozinha, nos banheiros. O seu negócio é bem definido - atender de forma excepcional o cliente. A disposição das mesas, a decoração, os objetos de arte e artesanato, os funcionários e a forma de receber, encantam o cliente. A qualidade da comida, a apresentação dos pratos e o cardápio definem a identidade do restaurante. A valorização das pessoas e do tratamento com o outro é marcante na personalidade da proprietária que passa toda esta maneira especial de receber, para seus funcionários. A administração se preocupa em surpreender o cliente, seu maior marketing é o relacionamento. Este restaurante está contemplado no Guia 4 rodas e em outros guias, como ótima opção. Visita ao Centro Cultural Yves Alves www.centroculturalyvesalves.org.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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O Centro Cultural Yves Alves é um pequeno espaço de eventos que desenvolve trabalhos com a comunidade, como aulas de música e teatro, tem um espaço para exposição e promove a mostra do artesanato local. O Centro tem uma gestão voltada para disseminar a cultura. Promove eventos técnicos e culturais. É um grande parceiro dos eventos de grande porte que acontecem em Tiradentes conhecidos nacionalmente, como o Festival de Gastronomia e Mostra do Cinema Nacional. Tem uma infra-estrutura bem organizada. Pousada Solar da Ponte www.solardaponte.com.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Uma pousada modelo para os padrões nacionais. Sua gestão está ligada a um conceito – as pousadas de charme - e faz parte do Roteiro do Charme , uma certificação de hotéis e pousadas no Brasil. Restaurante Viradas do Lago Um restaurante com tradição e especialista na gastronomia mineira, a chef e proprietária do restaurante é premiada pela qualidade de sua cozinha. Um local espaçoso, mas ao mesmo tempo aconchegante; a horta ao lado oferece os produtos utilizados em sua cozinha. Pousada Pequena Tiradentes www.pequenatiradentes.com.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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Uma pousada temática, sua arquitetura retrata uma vila colonial mineira do século XVIII. Por entre ruas e vielas, jardins, lampiões e sobrados, o hóspede vive a impressão de um outro tempo. Qualidade no atendimento e conforto integrando a uma infra-estrutura excepcional, com salas de jogos, áreas de lazer, centro de eventos e loja.

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Metodologia de benchmarking utilizada

O benchmarking é um procedimento de comparação contínuo e sistemático que tem como objetivo principal verificar o estado de evolução de organizações, produtos, processos, estratégias ou atividades em relação a outras com características similares e/ou passíveis desta comparação. O benchmarking também tem como objetivo criar os padrões de referência para que as organizações e pessoas possam melhorar seu rendimento (performance) e portanto, obter resultados mais adequados para a diferenciação competitiva no mercado. Para o Projeto de VIVÊNCIAS BRASIL: Aprendendo com o Turismo Nacional, o processo aconteceu utilizando pesquisas estruturadas e uma metodologia específica, considerando cinco etapas subdivididas conforme demonstra a Figura 1.

Figura 1. Etapas da Pesquisa

2- Pesquisa de campo

3- Avaliação

4- Relatório Final

1- Pré-etapa

5- Disseminação

Workshop técnico Elaboração dos instrumentos de levantamento de informações Reunião de pactualização com empresários

Visitas técnicas/observação Aplicação dos questionários/entrevistas

Tabulação dos dados Análise dos dados

Organização das informações

Disseminação do conhecimento obtido Aplicação

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Na primeira etapa (chamada Pré-etapa) foi realizado um workshop com os técnicos das entidades participantes e os consultores contratados com o objetivo de alinhar os conceitos básicos de benchmarking garantindo a eficácia na busca e na filtragem das informações, proporcionando mais objetividade e qualidade nas avaliações e mais consistência às conclusões finais. Para a elaboração dos instrumentos foram levados em consideração os objetivos do projeto, visando a coleta de informações para o delineamento das boas e melhores práticas identificadas em cada um dos destinos. Os instrumentos elaborados foram:

1. Questionário individual/restrito - distribuído ao grupo de empresários para aplicação individual; trata-se de um questionário que busca informações de maneira mais simplificada, possibilitando seu preenchimento de forma mais rápida.

2. Questionário em duplas/ampliado – aplicado por duplas de empresários, em entrevistas com informações mais detalhadas sobre o negócio, distribuído somente a uma dupla de participantes – preferencialmente ligados ou com conhecimento da área de atividade do equipamento visitado.

3. Questionário superestrutura - distribuído exclusivamente ao grupo técnico, formado por representantes das instituições MTur/Sebrae e outras convidadas.

4. Diário de bordo dos operadores – para registro de observações, pontos fortes e fracos dos equipamentos ou organizações.

5. Diário de bordo dos técnicos - para registro de observações, pontos fortes e fracos dos equipamentos ou organizações.

Também foram realizadas as reuniões de pactualização, no destino, com o consultor, empresários e técnicos participantes de cada viagem, com o objetivo de informar detalhadamente a metodologia do referido projeto, alinhar os conhecimentos de benchmarking e explicar os principais aspectos a serem observados ao longo da viagem, na aplicação dos questionários e na realização das entrevistas, sendo:

Aspectos de Gestão - Este item é relativo ao processo de gestão dos negócios. A observação deverá ser efetuada considerando quais os elementos do processo de gestão que apóiam ou contribuem para a boa gestão dos negócios de turismo. É muito importante que em todas as questões avaliadas sejam considerados unicamente os aspectos correlatos ao negócio e seu respectivo gerenciamento.

Aspectos de Infra-estrutura - Este item é relativo à disponibilidade de equipamento turístico adequado ao público-alvo do destino e suas respectivas necessidades no período de permanência. Analisa os equipamentos disponíveis, os serviços oferecidos e sua adequação ao segmento analisado, ao público-alvo e suas respectivas necessidades. Avalia as informações e esclarecimentos disponíveis e sinalização no local, os transportes, assim como observa a possibilidade e infra-estrutura de acesso para qualquer tipo de pessoa (mulheres grávidas, jovens, idosos, portadores de mobilidade reduzida).

Aspectos do Negócio – Produtos e Serviços Ofertados - Este item é relativo ao negócio propriamente dito, considerando as características específicas de cada equipamento turístico. É relacionado com a definição e estratégias dos quatro pês do marketing (produto, praça, promoção e preço). São as especificidades de cada negócio, de cada empreendimento.

Aspectos de Certificação - Este item é relativo ao processo de padronização e validação de procedimentos para a devida certificação dos produtos e/ou serviços turísticos. Corresponde à avaliação da existência de normas, regulamentos e padrões mínimos para o estabelecimento de processos de estruturação, avaliação e certificação dos produtos turísticos locais e/ou regionais.

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Aspectos de Formação e Qualificação - Este item investiga as ações relativas à formação de profissionais para executar os serviços turísticos e as respectivas classificações de formação existentes no destino. Também observa a relação da formação profissional com os aspectos culturais e suas especificidades. Identifica qual a infra-estrutura de instituições de formação e qualificações profissionais existentes e que contribuem para o desenvolvimento do turismo.

Aspectos de Segurança - Neste item é importante a observação dos aspectos relativos à segurança pessoal dos turistas/clientes, a sua integridade física e moral. Observa a segurança de equipamentos utilizados no produto turístico, a gestão de riscos das atividades e os respectivos códigos de conduta. Também identifica a existência de normas e regulamentos para a execução do turismo responsável.

Aspectos de Parcerias - Networking - Neste item são observados os aspectos relativos à parceria entre empresas, entre o setor público e privado e as entidades de classe e representação empresarial. Também investiga e identifica as melhores práticas de articulações interinstitucionais que promoveram o desenvolvimento dos negócios do turismo no destino.

Aspectos de Envolvimento da Comunidade - Este item investiga como se realiza o envolvimento da comunidade local, considerando suas características e especificidades. Observa a existência de projetos de inclusão social e desenvolvimento da comunidade. Também verifica a integração e utilização dos aspectos culturais do local nos produtos turísticos, como artesanato, costumes e cultura local e outros.

Atividades Agregadas - Neste item são observadas as características e detalhes específicos dos espaços e atividades relacionados ao segmento analisado, sua forma de constituição e a importância como negócio.

Na segunda etapa (chamada Pesquisa de Campo) foram realizadas, nas visitas técnicas, os levantamentos de informações, aplicação dos questionários e entrevistas. O elemento principal da pesquisa de campo foi a busca de informações norteada pela necessidade dos empresários nas experiências práticas de cada viagem através da observação da realidade, registro das principais observações e entrevistas (conversas, reuniões e apresentações) com os atores locais – empresários de turismo, representantes do governo, instituições ligadas ao setor etc. O projeto Vivências Brasil, nesta etapa possibilita o contato com as boas e melhores práticas. Na terceira etapa (chamada Avaliação) foram realizadas as respectivas tabulações e análises dos instrumentos de levantamento de informações utilizados. Nas análises quantitativas os equipamentos foram agrupados de acordo com o tipo de atividade do negócio, sendo que as respostas foram transformadas em porcentagens. Nas questões que continham graduações de 1 a 5 (escalas Likert), as análises foram a partir das médias obtidas em cada questão. A análise das questões teve como objetivo principal validar as boas e melhores práticas identificadas no destino e nos equipamentos visitados. Na quarta etapa (chamada Relatório Final) foram efetuados os cruzamentos dos dados necessários e a identificação e respectivas conclusões de cada uma das boas e melhores práticas identificadas em cada destino. Como resultados desta etapa foram constituídos dois relatórios, sendo um com toda a análise quantitativa dos destinos visitados, tendo como base as respostas nos questionários, referente às observações das visitas técnicas realizadas pelos empresários, técnicos, e consultores; e outro relatório com a análise e descrição das boas e melhores práticas identificadas. Na última etapa (chamada Disseminação) foram realizadas reuniões, palestras e oficinas em várias regiões do Brasil para que os participantes (empresários e técnicos) das

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viagens possam disseminar os conhecimentos apreendidos e informações com o objetivo de promover novas práticas para o desenvolvimento do turismo. O presente relatório é resultado final da quarta etapa, que descreve as boas e melhores práticas de cada destino, fazendo referência aos principais exemplos que caracterizam a aplicação prática de gestão no turismo, infra-estrutura para o turismo, negócios turísticos, certificação e segurança nas operações de turismo, qualificação e formação de pessoas para atuar no turismo, parcerias empresariais e governamentais para desenvolver o turismo, envolvimento da comunidade no turismo e atividades agregadas no destino visitado. Para facilitar o entendimento do leitor, destacam-se as diferenças entre boas e melhores práticas.

• Boas práticas são aquelas que refletem a aplicação de técnicas e ações já amplamente conhecidas em outros negócios e setores, mas que ainda, no setor do turismo, não estão totalmente disseminadas e que, também, proporcionam algum grau de diferenciação do negócio ou destino turístico. Também é importante ressaltar que um conjunto de boas práticas poderá ajudar a construir uma melhor prática, evidenciando o processo de melhoria contínua que os negócios podem obter com uma boa gestão.

• Melhores práticas são aquelas que refletem uma implementação de técnicas e ações com alto grau de excelência, portanto, resultando em uma diferenciação significativa no negócio ou destino turístico. Importante ressaltar que a prática de excelência pode tornar o negócio ou destino turístico uma exceção entre seus concorrentes, proporcionando alta competitividade empresarial (negócio turístico) e regional (destino turístico).

A partir da análise das boas e melhores práticas, inicia-se os procedimentos da última etapa (chamada Disseminação) contempla a realização de reuniões, palestras e oficinas em várias regiões do Brasil para que os participantes (empresários, consultores e técnicos) das viagens possam disseminar os conhecimentos apreendidos e informações com o objetivo de promover novas práticas para o desenvolvimento do turismo. Esse relatório evidencia as melhores e boas práticas observadas durante a viagem técnica à Estrada Real.

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MELHORES E BOAS PRÁTICAS OBSERVADAS

Gestão MELHOR PRÁTICA 1. Valorização da cultura local - por meio do resgate da cultura local, criando oportunidades de inclusão e integração da comunidade no turismo, ao mesmo tempo em que proporciona ao turista uma imersão em atividades culturais que ressaltam a identidade local. Isto pode ser visualizado, sobretudo, na comercialização da gastronomia que prima pelas criações locais, no uso do genuíno artesanato local como objeto de decoração e ambientação dos empreendimentos, em projetos de resgate e divulgação de manifestações culturais.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

BOAS PRÁTICAS 1. Conservação do patrimônio material e imaterial – Há na região uma preocupação com a conservação do patrimônio cultural, que tem permitido às diversas gerações o conhecimento e usufruto de bens culturais, que também são atrativos turísticos da maior importância na região. A) Museu da Inconfidência – Ouro Preto O museu, mantido pelo Ministério da Cultura sofreu obras de revitalização e recentemente teve sua linguagem museológica modernizada, no intuito de melhorar a visitação ao museu em todos os sentidos.

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Fonte: www.revistamuseu.com.br/emfoco

B) Projeto Museu Aberto – Cidade Viva Projeto de iniciativa da Associação das Mulheres Empreendedoras, mulheres comerciantes locais, que instalaram placas interpretativas nas casas de Ouro Preto, contando as histórias daqueles que nelas habitaram. Tem por objetivo elevar a auto-estima da comunidade e estimular a conservação do patrimônio.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

2. Uso compartilhado de espaços - por meio da criação de espaços multiusos que sejam utilizados por turistas e comunidade. Esta multifuncionalidade é benéfica para os dois públicos: através da visitação turística, valoriza-se o local perante a comunidade e é possível auferir recursos para a manutenção do local; para os turistas, é uma oportunidade de vivenciar um espaço autêntico e vivo, já que faz parte do cotidiano local. A) Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (Cerem) Este espaço cultural destaca-se pela criação de locais multiusos que podem ser utilizados tanto pela comunidade local quanto pelos turistas, integrando e comungando usos diferenciados.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Igrejas como, a de São Francisco de Assis e a Matriz de Nossa Senhora do Pilar compatibilizam a função espiritual, usufruída pela população local, com a de atrativo turístico, agregando valor à oferta cultural da região.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

3. Integração entre o antigo e o moderno – alguns estabelecimentos com finalidade comercial e/ou cultural procuram preservar as características originais (especialmente as fachadas históricas) sem deixar de inserir uma concepção moderna (nas estruturas internas principalmente), promovendo uma integração entre o moderno e o antigo, que remetem também aos velhos e novos usos que se dá a esses espaços e os tornam interessantes do ponto de vista turístico. A) Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG Possui uma arquitetura que preserva uma estrutura antiga integrada a uma concepção moderna, agregando galeria de arte, café, recepção, livraria, eventos culturais e informações turísticas, com pessoal e serviços de qualidade.

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4. Otimização do aproveitamento de espaços - espaços e imóveis ociosos nas cidades, como estações, prédios antigos, são revitalizados como equipamentos de educação e cultura para a comunidade e visitantes, ampliando a oferta de atrativos dos destinos. A) Trem da Vale O trem turístico Ouro Preto tem um projeto que é um ótimo exemplo de como utilizar espaços e imóveis ociosos nas cidades, como estações, prédios antigos, transformando – os em espaços educacionais e culturais para a comunidade e turistas. Além de oferecer o passeio de trem, possui espaços para a prática da educação patrimonial.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

5. Política voltada para o desenvolvimento regional do turismo – Há uma preocupação do poder público e dos empresários no desenvolvimento regional do turismo. Para isso, são desenvolvidas macroações que contemplam inúmeros municípios e buscam a integração e a consolidação de um produto regional, de caráter cultural marcante. • Para desenvolver a Estrada Real, como destino turístico, vem sendo realizada uma série de projetos entre o poder público, que os assumiram como um programa estadual (Programa de Incentivo para o Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real - Lei 13.173 de 20 de janeiro de 1999 e sua regulamentação no Decreto 41.205 de 8 de agosto de 2000; Decreto 45.539 de 21 de agosto de 2003), a iniciativa privada e o Instituto Estrada Real, especialmente criado para o desenvolvimento deste destino.

Fonte: www.estradareal.org.br

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PRÁTICAS INTERESSANTES A SEREM OBSERVADAS 1. Calendário para eventos culturais – Os empreendimentos estão envolvidos com as atividades culturais oferecidas na cidade, buscando parcerias.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

A) Pizzaria O Passo Apóia as atividades culturais que acontecem na cidade (Festival de Inverno, Festival Tudo é Jazz, carnaval) e buscam parcerias com empresas do ramo (Coca-cola, Kibon etc). B) Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG Promove um calendário de atividades ofertadas durante toda a semana para a comunidade local e turistas, com atividades culturais e de informações turísticas. Infra-estrutura BOAS PRÁTICAS 1. Pousadas como modelo de hotelaria - Há empreendimentos com adequada estrutura de atendimento ao turista, que contemplam desde aspectos construtivos e arquitetônicos, a mobiliários que primam pela ambientação cultural do local. A) Pousada Solar da Ponte É uma pousada modelo para os padrões nacionais. A infra-estrutura é de qualidade, possui todos os padrões de segurança e de equipamentos para atendimento também a pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida. A qualidade dos serviços segue padrões internacionais de atendimento devido à formação dos seus proprietários. A recepção dos hóspedes é feita de forma elegante e discreta, valores culturais da região fazem parte da decoração do Solar, como também obras de artistas consagrados. Acomodações e espaços confortáveis e preservação do ambiente fizeram do Solar um exemplo de qualidade hoteleira.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

2. Equipamentos de tecnologia – Pode-se identificar a utilização de tecnologia moderna em determinados espaços, trazendo benefícios e maior satisfação no atendimento ao cliente. A) Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG Apresenta uma infra-estrutura moderna com equipamentos de tecnologia de ponta, como quiosques multimídias, para uso dos visitantes, sobre a história da casa e de atrativos locais, informações turísticas sobre museus, hotéis, restaurantes e outros atrativos. Além disso, os acessos aos espaços e aos sanitários atendem também os usuários com portadores de deficiência ou mobilidade reduzida.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

3. Sinalização eficiente – Pode-se identificar ao longo do percurso da Estrada Real, placas de sinalização turística e interpretativa, que utilizam um padrão único de confecção e conferem identidade ao destino.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Fonte: Instituto Estrada Real

A) A reforma do Museu da Inconfidência contou com investimentos na infra-estrutura extremamente moderna, como os expositores, a sinalização, as identificações dos objetos e sinalização interpretativa bilíngüe, assim como a iluminação que é adequada. B) O Programa Estrada Real tem previsto e implantado placas de sinalização turística e interpretativa nos principais trechos e atrativos da Estrada Real, facilitando o acesso dos turistas, a compreensão do patrimônio cultural e o usufruto dos atrativos turísticos.

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Negócios – Produtos e serviços ofertados MELHOR PRÁTICA 1. Interpretação patrimonial - processo de adicionar valor à experiência de um lugar, por meio de informações e representações que realcem sua história e características culturais e ambientais. As técnicas de interpretação patrimonial são utilizadas na Estrada Real para comunicar ao visitante o significado e a importância histórica, artística e/ou simbólica dos locais. A) Hotel Pousada do Arcanjo Tem a proposta de ser uma pousada temática, sobre o assunto Inconfidência Mineira. Os funcionários usam uniformes com temas de época e os apartamentos têm em suas portas, nomes dos inconfidentes. Procuram trabalhar com a interpretação buscando comunicar aos turistas temas ligados à história e à cultura local.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Matriz de Santo Antônio A visita à Matriz de Santo Antônio chama a atenção pelo horário do projeto, denominado Roteiro Narrado, às 20h, com a Matriz toda iluminada por fora, mas a maior surpresa é no seu interior, uma obra de arte do século XVIII, como tantas, vistas nas cidades mineiras, mas com um diferencial expressivo: suas histórias são contadas por meio da interpretação do patrimônio, que se utiliza de um espetáculo de som e luz para ressaltar determinadas obras dentro da igreja e explicar o seu significado. BOAS PRÁTICAS 1. Agregação de atividades secundárias ao produto principal do negócio - oferece ao visitante a possibilidade de conhecer o processo de produção, a história do produto e ainda disponibiliza a possibilidade de comprar os produtos finais.

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A) Restaurante O Passo Destaca-se pelas seguintes ações: surgiu de uma pesquisa de mercado que buscou identificar uma “lacuna” nos serviços ofertados na cidade; procura diversificar o negócio, oferecendo restaurante – pizzaria, delivery, boate e adega. Preocupou-se em valorizar o patrimônio local, restaurando o prédio em que está instalado; apresenta salões espaçosos e adequados para os clientes; a estrutura da cozinha é moderna e possibilita a visão dos clientes na confecção das pizzas e pratos, mostrando transparência no trabalho dos cozinheiros. 2. Tematização dos ambientes com motivos regionais e artesanato local – os empreendimentos procuram valorizar o artesanato local, utilizando-o em sua decoração interna, realizando parcerias com os artesãos e promovendo o desenvolvimento da comunidade. A) Pousada Pequena Tiradentes Uma pousada temática, sua arquitetura retrata uma vila colonial mineira do século XVIII. Tudo na pousada está à venda, desde os objetos decorativos da recepção e quartos, até as camas, mesas e cadeiras utilizadas pelos hóspedes. Um exemplo de valorização e parceria com o artesanato local.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Museu do Oratório As lembranças vendidas no museu são minioratórios produzidos pela comunidade da região.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

3. Criatividade no oferecimento dos serviços turísticos – há o oferecimento de serviços autênticos, com diferencial de atendimento, que proporciona a vivência e interação do turista, com baixo custo e elevado poder de atratividade. A) Café colonial em casa de família Trata-se de um produto extremamente personalizado e autêntico, de grande criatividade, uma verdadeira arte de receber, para o turista vivenciar uma casa local e o cotidiano da cidade. Apresenta qualidade no atendimento, segurança, interação e diferencial.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Restaurante Tragaluz A qualidade e apresentação dos pratos e o cardápio que mostra a história do restaurante, seus funcionários e os pratos, de forma criativa, são os destaques do empreendimento, que mescla elementos do popular e do sofisticado.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

4. Valorização da gastronomia local como atração turística - resgate da cultura local, com criatividade e praticidade, criando um ambiente aconchegante, familiar e com diferencial no atendimento, promovendo a interação do turista com a comunidade.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

A) Tiradentes Destaca-se pela variedade de ofertas gastronômicas como: cozinha mineira - cozinha internacional - cozinha italiana - pizzas e bacalhau; bares, cafés e lanchonetes, cachaças e doces. Em Tiradentes encontra-se um cenário propício para a “boa mesa”, com restaurantes charmosos e requintados, comandados por chefs que proporcionam um contato com a verdadeira arte da gastronomia.

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B) Restaurante Viradas do Lago Um restaurante com tradição e especialista na gastronomia mineira. Utiliza produtos de sua horta na preparação dos pratos. O prato “boa lembrança” é uma sugestão do chefe, uma forma de promover um tipo de prato do mês. A comida é servida em panelas de pedra e barro, típicas da região, agregando valor cultural e tradicional. C) Restaurante L’ Arlequim O Restaurante L’ Arlequim tem um estilo próprio. Sua gastronomia mineira dispõe de um cardápio diferenciado utilizando hortaliças de sua plantação. No interior, mesas, cadeiras, decoração, toalhas de tear, feitas por artesãos locais, desenham o estilo e o tema do produto.

5. Criação de serviços receptivos alternativos – Trata-se do oferecimento de nova alternativa para o conhecimento da cidade, que atende a determinados segmentos de público que necessitam ou desejam formas diferentes de se visitar os atrativos turísticos. A) City tour sobre rodas – Ouro Preto sobre rodas As proprietárias pesquisaram o mercado local e detectaram a falta de um produto como esse, presente em várias cidades do exterior. É um roteiro criativo, bem planejado e de fácil acesso, principalmente para o público da terceira idade. O roteiro é acompanhado por um guia local e tem a duração de uma hora.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

6. Criatividade na promoção e divulgação dos empreendimentos – Utiliza-se meios alternativos para divulgar o empreendimento, com criatividade e baixo custo. A) Restaurante Chafariz Uma forma criativa e diferente de promoção e divulgação são os cartões postais entregues aos clientes para escreverem mensagens aos amigos e familiares, sendo que a postagem dos mesmos fica por conta do restaurante, que possui uma urna dos correios, no local.

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7.Integração das artes na atividade turística Há a utilização de produtos culturais de artes cênicas como atrativos turísticos, apresentando técnicas e habilidades de artistas locais. Ressalta-se a valorização da cultura por meio desta atividade e a promoção de atividades educativas. A) Ateliê de Marionetes – Catin Nardi Espaço oficina teatro, agrega um café e uma loja, é curioso, diversificado e dinâmico

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

8. Utilização de alimentos naturais – os produtos são plantados e colhidos nos próprios quintais, que podem ser trabalhados com a comunidade local na busca de novas formas de geração de renda. A) Restaurante L’ Arlequim Tem um estilo, servir um cardápio diferenciado utilizando hortaliças de sua própria plantação. Uma gastronomia mineira, mas com variações de ingredientes e no modo de preparar. A administração é caseira e prática; a família comanda a cozinha, serve os pratos e arruma no final. Parcerias - network BOAS PRÁTICAS 1. Cultura de parceria – as parcerias são realizadas visando a revitalização de espaços, a gestão de atrativos turísticos, a educação patrimonial, havendo ainda o cuidado de transmitir e preservar a memória cultural da região.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

A) Projeto Trem da Vale O projeto foi todo patrocinado com a parceria da iniciativa privada e governo Federal. Possui sinalização e infra-estrutura para receber os visitantes, além de monitores (estudantes dos cursos de turismo, artes cênicas, música e história) da Universidade Federal de Ouro Preto, treinados e qualificados para trabalhar com crianças e educação. O projeto resgata a memória e a história local. B) Apresentação do órgão Arp Schnitger na Catedral da Sé O Concerto é realizado por um musicista especialista em cravos e órgãos do séc. XVIII. As apresentações acontecem duas vezes por semana nas sextas e nos domingos e são realizadas de forma educativa. A gestão do projeto é de responsabilidade da organista. O projeto é realizado em parceria com a paróquia que recebe 10% da arrecadação dos ingressos. Envolvimento da comunidade BOAS PRÁTICAS 1. Valorização dos saberes e fazeres da comunidade – Criação de produtos de turismo cultural que tenham a participação da comunidade nos seus saberes e fazeres, valorizando a cultura da comunidade. A) Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (Cerem) O espaço cultural Cerem recebe músicos e pessoas interessadas na história da música. Procura preservar a cultura e a valorização dos talentos locais. O planejamento e a gestão do projeto buscam a sustentabilidade, cultivando o conhecimento e a identidade cultural do povo mineiro. B) Seresta em Ouro Preto O grupo de seresta convida o turista a conhecer a cidade à noite, caminhando e cantando antigas melodias. Este atrativo faz com que o turista não esqueça o destino: sensibiliza, emociona e o visitante se sentir bem, além de valorizar a cultura local. A apresentação é realizada mediante solicitação de um receptivo local.

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Atividades agregadas BOA PRÁTICA 1. Histórias e tradições como diferencial - uma das estratégias dos empreendimentos da Estrada Real, para a elaboração de diferentes produtos, é a utilização da história e das tradições para apresentar e vender ao turista, por meio de novas leituras e interpretações, um produto que já se vende e é conhecido no mercado.

A) Bar do Beco O produto turístico consiste em uma pequena palestra sobre a história da cachaça e suas características, acompanhada de uma degustação. A combinação de um espaço atraente, temático e a transferência de informações faz deste produto, realizado sob encomenda, um diferencial para atrair o turista.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Museu, loja e fábrica de estanho Além da venda do estanho, tradição da cidade de São João Del Rei, o empreendimento oferece ao turista a oportunidade de conhecer em sua fábrica, todo o processo de produção dos produtos de estanho, bem como conhecer peças antigas em um pequeno museu. Desta forma, aos produtos finais são agregados valores relacionados ao saber local.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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REFERÊNCIAS

Caminho velho de Paraty a Ouro Preto. Catálogo de Serviços Turísticos, Estrada Real.

Brasil: maio 2006, Ministério do Turismo/Sebrae. Cidades históricas: Brasil. São Paulo: Empresa das Artes, 2003. Guias Unibanco Brasil: Minas Gerais. São Paulo: BEI Comunicação, 2005. MURTA, Stela Maris; BRIAN, Goodey. Interpretação do patrimônio para o turismo

sustentado – um guia. Brasil:1995, Sebrae. Patrimônio mundial no Brasil. Brasília: Unesco/Caixa Econômica Federal, 2000. Plano Nacional do Turismo – diretrizes, metas e programas para 2003-2007 Brasil: Ministério do Turismo. SIMÃO, M.C.R. Preservação do patrimônio cultural em cidades. Brasil: 2001. Apoio de pesquisa : Instituto Estrada Real. Sites www.cultura.gov.br www.almg.gov.br www.iphan.gov.br www.estradareal.org.br www.cidadeshistoricas.art.br www.ouropreto.mg.gov.br www.ouropreto.com.br www.mariana.mg.gov.br www.sj.com.br www.sãojoãodelreisite.com.br www.tiradentes.mg.gov.br www.guiadasvertentes.com.br www.wikipedia.org www. turismo.gov.br www.citytourouropreto.com.br www.arcanjohotel.com.br www.centroculturalyvesalves.org.br www.solardaponte.com.br www.pequenatiradentes.com.br www.revistamuseu.com.br/emfoco www.marianahandebol.kit.net