PROJECTO FINAL DE ARQUITECTURA
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PROJECTO FINAL DE ARQUITECTURA \\ JOÃO PEDRO BORBA
ORIENTADORES
PROJECTO DE ARQUITECTURA
GIUSEPPE GUERRERA – PROF. DA FACOLTÀ DI ARCHITETTURA DI PALERMO
KATIA SFERRAZZA – PROF. DA FACOLTÀ DI ARCHITETTURA DI PALERMO
GABRIELA GONÇALVES (COORDENADOR) – PROF. AUXILIAR DO ISCTE-IUL
JOSÉ LUÍS SALDANHA – PROF. AUXILIAR DO ISCTE-IUL
TEORIA E HISTÓRIA DO RESTAURO \\ LABORATÓRIO DE RESTAURO DOS MONUMENTOS
FRANCESCO TOMASELLI– PROF. DA FACOLTÀ DI ARCHITETTURA DI PALERMO
GIOVANNI CARDAMONE – PROF. DA FACOLTÀ DI ARCHITETTURA DI PALERMO
RENATA PRESCIA – PROF. DA FACOLTÀ DI ARCHITETTURA DI PALERMO
FRANCESCO ASTA – PROF. DA FACOLTÀ DI ARCHITETTURA DI PALERMO
DESIGN INDUSTRIAL
MICHELE ARGENTINO – PROF. DA FACOLTÀ DI ARCHITETTURA DI PALERMO
PROJECTO FINAL DE ARQUITECTURA JOÃO PEDRO RIBEIRO COELHO DE BORBA
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA
ISCTE-IUL 2011\\2012
1
ITÁLIA
2
MUSEU RISO
– DESIGN INDUSTRIAL \\ 65
3
AS TRÊS PAISAGENS DA CONCA D’ORO
– PROJECTO DE ARQUITECTURA \\ 7
LA CONCA D’ORO \\ 9
PALERMO SUDESTE \\ 13
MASTERPLAN \\ 17
PROJECTO \\ 21
VIA DELL’ALBERGHERIA 74
– RESTAURO DOS MONUMENTO \\ 41
ANALISE \\ 47
PROPOSTA \\ 57
ÍNDICE
4
SICILIA
AS TRÊS PAISAGENS DA
CONCA D’ORO
P R O J E C T O D E A R Q U I T E C T U R A
7
A Concha de Ouro, é a planície sobre a qual se deita a cidade de
Palermo, na Ilha do Sol, a Sicília.
Outrora inteiramente cultivada por pomares de citrinos que
reflectiam as suas cores quentes e douradas, a Concha de Ouro
está rodeada pelos montes de Palermo, espelhando-se no mar
Tirreno.
Dividida entre o Mar, a Planície agora construída e as Montanhas, a
cidade de Palermo é palco destas três formas de paisagem que
coabitam no mesmo espaço, mas que encontram sucessivas
barreiras que impedem a sua convivência.
É exactamente sobre a interacção das três paisagens da cidade que
incide o tema principal do trabalho realizado pelo V ano da Facoltà
di Architettura di Palermo, sob orientação do Professor Giuseppe
Guerrera e da Professora Katia Sferrazza.
Apesar da massiva construção em Palermo, onde habitam
actualmente mais de um milhão de pessoas, resta ainda uma parte
daquele que foi o grande pomar de citrinos italiano, a sudeste da
cidade, onde se manteve o cultivo de árvores de fruto, chamado
Parque Agricola de Ciaculli, um importante recurso da cidade.
LA CONCA D’ORO
PALERMO SÉCULO XIX
9
3
4
PALERMO
Esta zona compreendida entre o mar, a colina de Ciaculli e o maior rio de
Palermo, o rio Oretto, constitui desde sempre a ‘’porta’’ da Sicília
Ocidental, o Vale de Mazzara. Nos Séculos XVI e XVII, de entre os
pomares despontavam grandes Villas Senhoriais que mantinham o espólio
territorial e exploravam as terras, no Mar, as embarcações atracavam no
porto piscatório da Bandita, que tinha grande importância para a pesca
local.
Hoje, mais conhecido como bairro de Brancaccio, este Palermo sudeste, é
uma das áreas mais degradadas da cidade, mas é também aquela que
oferece maior possibilidade para o desenvolvimento e construção de novos
serviços e infra-estruturas, onde já se encontram em curso diversas
iniciativas para a transformação do território, de modo a conferir um novo
rumo àquele que se considera como um dos mais problemáticos bairros da
Conca d’Oro. Tanto a níveis sociais, como urbanos, é uma zona
visivelmente frágil, onde reina o interesse da Máfia, que controla e
manipula a comunidade e a ocupação do território.
Dono da zona industrial da cidade, este é um espaço de barreiras, que
impedem a fusão há muito desejada pelos Palermitanos entre o Mar e a
Montanha, separados não só pela grande auto-estrada e linha ferroviária
que unem Palermo a Catânia, a segunda maior cidade Siciliana, mas
também pela massiva construção que se estende desde a costa de uma
forma desordenada.
PALERMO SUDESTE
BRANCACCIO DESDE O MONTE DE CIACULLI
13
PLANIMETRIA DA CIDADE DE PALERMO APONTANDO A RELAÇÃO DAS PAISAGENS A SUDESTE
\\ RESPECTIVA PANORÂMICA DESDE O MAR TIRRENO
14
BRANCACCIO
15
16
MASTERPLAN
17
MATERPLAN INTEGRANDO OS TRÊS PROJECTOS DESENVOLVIDOS E CICLOVIA
DIAGRAMA REPRESENTATIVO DA PAISAGEM EXISTENTE ENTRE A MONTANHA E O MAR
18
Numa primeira fase de trabalho, as intenções recaíam sobre estratégias para a desejada união entre
as paisagens, que debatidas em grupo e em audiência, geraram um sem número de sugestões,
desde as mais utópicas às mais óbvias, de entre diversas formas de atravessamento, a ideia de
percurso mantinha-se unânime. Um percurso que unisse as três paisagens à vontade de percorrê-lo,
surgia como ponto de partida comum a todas as propostas.
Uma vez que a grande cidade tende a crescer para sudeste, este lugar não pertence apenas aos
habitantes de Brancaccio, mas sim a todos os Palermitanos, que têm uma enorme vontade de verde
e de vazio.
Sugere-se então, uma linha que os conduz desde o centro da cidade a esta periferia, uma linha
sobre a costa que os direcciona à montanha, percorrendo três pontos-chave segundo o mote das
paisagens.
Este masterplan, realizado em parceria com os colegas Jaume Cortés e Joana Brazão, estabelecia
assim o motivo para a existência de um Parque da Cidade, que servisse como ponte, não só entre
as diferentes paisagens, mas sobretudo entre estas duas realidades distintas, a cidade e a sua
periferia.
Aliam-se deste modo hábitos rurais como a agricultura ou a pesca, a hábitos urbanos ligados à
cultura e ao lazer, numa partilha de experiências e práticas que criam este novo laço na cidade.
Através de um contacto directo com o local, observando e ouvindo os que diariamente contactam
com ele, desde moradores a empresários que usufruem das potencialidades e contestam as
fragilidades, são lançadas as pistas sobre o rumo que o território deve tomar. Mas é também com a
ajuda do projecto Europeu de planeamento urbano que se conhecem detalhadamente as
necessidades locais.
Chamado Electronic Town Meeting, este método utilizado frequentemente em pequenos e médios
centros urbanos da América do Norte, aplica-se agora no bairro de Brancaccio. Inserido no projecto
Parterre (Electronic Participation Tools for Spacial Planning and Territorial Development) convida os
habitantes a participarem de uma forma directa na planificação territorial da cidade, partilhando
questões de carácter quotidiano, problemas e cenários de desenvolvimento. Deste encontro de
opiniões, críticas e sugestões, nasce um documento que expõe os desejos e as necessidades dos
principais actores da cidade, os que nela habitam, servindo como base na intervenção tanto de
investidores públicos como de privados, procurando satisfazer as ambições dos cidadãos.
Com base nestes depoimentos desenham-se as directrizes do trabalho desenvolvido, que procura
também ele responder de forma eficaz, tanto a carências espaciais como sociais, mantendo o
equilíbrio entre as duas condicionantes.
19
PROJECTO
21
A proposta de um novo Parque Urbano para a cidade, implanta-se numa das
maiores áreas não-construídas da zona, junto ao Porto da Bandita,
estabelecendo precisamente o ponto de viragem desde o Mar rumo à
Montanha de Ciaculli. Actualmente cercado e inacessível, é um extenso
terreno privado, explorado pelos que habitam em seu redor. Utilizado para o
cultivo dos mais diversos produtos hortícolas, é desenhado pelos pedaços de
terra que essas hortas ocupam, aliadas a um considerável pomar de citrinos
que se mantém intacto, irrigado por um curso de água que escorre entre o
solo.
O principal objectivo é o de abrir este espaço e oferecê-lo à cidade, mantendo
as suas características, mas tornando-o parte integrante da malha urbana,
para que dele se possam colher todos os frutos desejados.
Uma vez que predomina a paisagem hortícola, é ela própria que comanda e
domina o espaço, recortando percursos e estabelecendo limites. Estrutura
uma imagem dinâmica no terreno, convidando e criando um pano de fundo
apetecível, pelas cores, texturas e diversidade, mantendo-se assim o espírito
do lugar.
Entre este cenário agrícola, um Centro Cultural aliado a uma Biblioteca,
desempenham um papel fundamental no funcionamento do Parque,
mantendo a tarefa de transportar as pessoas à Natureza, e vice-versa,
podendo promover iniciativas ligadas à agricultura, à pesca, à jardinagem, à
botânica, à biologia ou até mesmo à culinária, usufruindo de toda a paisagem
envolvente e do conhecimento dos que nela trabalham.
Também os percursos pedestres que rasgam o tecido agrícola em direcção
ao interior do Parque, convidam à entrada neste espaço de foro lúdico,
detentor de restaurante, café-concerto, galeria de exposições, aluguer de
bicicletas e motociclos, ginásio, livraria, mercado biológico, parque de
merendas e ciclovia, serviços que conferem ao parque um carácter urbano e
diversificado, capaz de satisfazer diversos tipos de público, e de diferentes
faixas etárias.
22
LINHA FERROVIARIA DE BRANCACCIO \ PORTO DELLA BANDITA \ PARQUE DE CIACULLI \ AUTO-ESTRADA PALERMO-CATÂNIA
24
Sobre este imenso vazio, debruçam-se sobretudo edifícios de habitação, que
pelas suas dimensões impedem o contacto visual com o mar. Deste modo, e de
forma a marcar o espaço como um ponto de referência na cidade, erguem-se
duas torres de cor clara, revestidas de lâminas de pedra calcária, tal como
propõem as construções rurais ainda presentes no local.
Uma das torres corresponde à biblioteca, de onde se vislumbra a paisagem
desde o mar até à montanha, e a outra funciona como centro cultural, que,
mantendo uma relação visual com a biblioteca, se estende no terreno,
estabelecendo limites mas sugerindo também uma maior permeabilidade entre a
costa e o Parque.
Este edifício de aspecto pesado adquire uma maior leveza pela transparência que
confere. A sucessão de espaços em constante relação visual atribui à paisagem
envolvente uma importância ainda mais acentuada, podendo-se vislumbrá-la a
partir de qualquer ponto do edifício.
Tanto a biblioteca como parte do centro cultural se estruturam em altura, numa
sequência de salas que se olham entre elas e que se tocam através de pontes
suspensas que atravessam o pé direito vazio sobre o átrio de entrada.
Os espaços fragmentados consoante a actividade atribuída, possibilitam ao
edifício uma maior dinâmica, no caso da biblioteca, dividida por temas, requere
uma flexibilidade espacial que permita essa mesma diferenciação de ambientes,
tais como zona de consulta, zona de estudo, espaço infantil, zona de periódicos
ou zona informática. No centro cultural, os espaços requerem-se maioritariamente
polivalentes, capazes de abranger as mais diversas actividades de uma forma
versátil, como salas de música, de dança, de artes plásticas, de formação, de
conferência ou de espectáculos.
25
SUGESTÃO DE AMBIENTES NO PARQUE DE PALERMO
ILUSTRAÇÕES REPRESENTATIVAS DA SIMBIOSE ENTRE A ARQUITECTURA E A NATUREZA
26
O parque de estacionamento subterrâneo, além de servir este centro de
actividades culturais e todos os restantes serviços, serve também os
edifícios de habitação que lhe estão próximos, evitando a circulação
automóvel à superfície.
De forma a preservar o espaço e o que nele já existe, permanecem
também algumas construções rurais que despontam entre as hortas e o
pomar, utilizadas para o apoio à actividade agrícola, e armazenamento de
utensílios, mantêm as suas funções, oferecendo condições para a prática
de formações e workshops destinados ao tema da agricultura.
Por outro lado, uma sequência de novos edifícios de dimensões variadas,
oferece à estrada adossada ao parque um carácter urbano,
disponibilizando uma série de serviços que desfrutam das qualidades do
espaço envolvente, principalmente ao nível das matérias-primas, como é o
caso do restaurante, ou do mercado biológico, que vendem directamente
os produtos da terra e do mar.
Esta sucessão de serviços destinados a actividades lúdicas e comerciais,
funciona também como porta para o Parque, marcando de uma forma
dinâmica a entrada para os diversos percursos pedestres e cicláveis, que
usam a paisagem como cenário e incentivam ao bem-estar e qualidade de
vida.
27
LEVANTAMENTO MORFOLÓGIO DO TERRENO
28
\PROPOSTA GERAL PARA O PARQUE DE PALERMO
29
PISO 4
PISO 3
PISO 2
PISO 1
PISO 0
BIBLIOTECA \\ CENTRO CULTURAL
ALÇADO NORTE BIBLIOTECA \ CENTRO CULTURAL
ALÇADO SUL BIBLIOTECA \ CENTRO CULTURAL
SECÇÃO TRANSVERSAL BIBLIOTECA \ CENTRO CULTURAL
SECÇÕES BIBLIOTECA \ CENTRO CULTURAL
34
36
PLANTA \ ALÇADOS ZONA COMERCIAL
37
GINÁSIO
38
CAFÉ-CONCERTO \ QUIOSQUE
39
DETALHE CICLOVIA
24
74 VIA
DELL’
R E S T A U R O D O S M O N U M E N T O S
ALBERGHERIA
41
PLANTA TOPOGRAFICA DE PALERMO 1893
42
A origem do nome Albergheria, é ambígua. Entre diversas etimologias, por vezes fantásticas e
pouco credíveis, deriva da palavra romana “albergo'‘, mas também da palavra árabe Arabhar
(perto do mar), ou da palavra “Vulgaria”, isto é, o bairro habitado por pessoas pobres e
vulgares.
Originalmente medieval, este “Novo Bairro” nascia da expansão da cidade de Palermo, sendo
um dos mais extensos da altura.
Após a abertura de uma das principais ruas da cidade, a Via Maqueda, no início do século
XVII, o bairro d’Albergaria formava uma das quatro partes em que Palermo se dividia, cujo
símbolo era composto por uma serpente verde num campo de ouro.
Especialmente no século XVIII, a zona d’Albergheria sofria uma serie de transformações no
que toca à sua configuração, contudo, mantém-se a aparência do típico bairro árabe, formado
por um labirinto de estradas estreitas, becos e pracetas sobre as quais se debruçam edifícios
antigos.
Atravessado pelo tradicional mercado Ballarò, restam ainda neste bairro alguns palácios
senhoriais, como o de Mortillaro do século XVIII, assim como a igreja de Nossa Senhora do
Socorro, construída no século XVI por padres Carmelitas ou alguns fragmentos das muralhas
medievais.
Na sequência do - Curso Integrado de Teoria e História do Restauro e Laboratório de Restauro
de Monumentos - coordenado pelo Professor Francesco Tomaselli e conduzido pelos
professores Giovanni Cardamone, Renata Prescia e Francesco Asta , surge um projecto de
Restauro de um edifício setecentista situado no númeno 74 da Via Albergheria.
Conhece-se pouco sobre esta casa senhorial, à semelhança das que a rodeiam, encontra-se
praticamente destruída e as inúmeras intervenções de que já foi alvo, conferem-lhe um aspecto
descaracterizado e pouco fiel à imagem daquilo que terá sido no século XVIII.
Do seu interior restam-lhe poucas paredes e indícios de alguns frescos, a cobertura está
destruída e a fachada principal incompleta. Hoje utilizada para armazenamento de mercadorias
a céu aberto, é um espaço devoluto e decadente, cedente de uma profunda intervenção.
Previamente a um projecto concreto, torna-se fundamental neste caso uma exaustiva
análise das condições do edifício, averiguando todas as anomalias presentes, analisando
as que possam ser recuperadas e tratadas, procurando as soluções mais adequadas de
forma a manter a integridade do edifício tal como se encontra.
A examinação dos materiais existentes, das anomalias e respectivas causas, é
determinante no restauro do edifício, facilitando um tratamento assertivo e cuidado.
43
VISTA AEREA BAIRRO DELL’ALBERGHERIA \\ MERCADO BALLARÒ AO CENTRO \\ NÚMERO 74 VIA ALBERGHERIA À ESQUERDA
74
44
ANÁLISE
46
48 PLANTA \ FACHADA PRINCIPAL
49 ILUSTRAÇÃO ESTADO ACTUAL DO EDIFÍCIO
MASSA DE CIMENTO
CIMENTO À BASE DE CAL COM VERNIZ
CIMENTO À BASE DE CAL PIGMENTADA
ENTAIPAMENTOS
CIMENTO À BASE DE CAL HIDRAULICA
MADEIRA
ARENITO
PAREDE DE TIJOLOS
50 ANÁLISE MATERIAIS
51
52 ANÁLISE ANOMALIAS E RESPECTIVAS CAUSAS
53
54 INTERVENÇÃO SOBRE ANOMALIAS \ LIMPEZA \ PROTECÇÃO \ CONSOLIDAÇÃO \ REPARAÇÃO E REINTEGRAÇÃO \ LIBERTAÇÃO
55
PROPOSTA
56
Após uma profunda análise do edifício e respectiva resolução de
anomalias, propõe-se uma intervenção no seu interior.
Uma vez que se encontra próximo de uma Universidade e de uma
residência de estudantes, surge como programa um Casa para Estudantes,
onde se possam reunir, estudar ou conviver. Dotada com diversos espaços
para convívio, pequena biblioteca, espaço informático, sala de jogos,
cafetaria e espaços exteriores, pretende-se que o Palazzo setecentista até
então encerrado e entaipado tome um carácter público e ofereça aos
estudantes um espaço agradável às suas necessidades.
De forma a manter na integra a configuração actual da fachada do edifício,
esta nova intervenção recua no seu interior, seguindo as métricas
existentes e utilizando o esquema de entrada de luz original, instala-se
como um novo corpo dentro das antigas paredes que o envolvem.
Dividida em três pisos distintos, a Casa de Estudantes pretende-se um
espaço dinâmico e flexível, onde todas as áreas se relacionam entre si,
oferecendo tanto ao interior daquele vazio, como à própria rua, uma nova
vivência.
A nova estrutura metálica em contraste com a pesada estrutura de pedra
existente, confere-lhe também esta ideia de espaço versátil, onde os
tempos se fundem e convivem harmoniosamente.
59
60 PLANTA CASA DE ESTUDANTES E RESPECTIVO SISTEMA ESTRUTURAL
61 INTERVENÇÃO FACHADA PRINCIPAL \ INTERIOR
8
7
6
5
4
3
2
1
62 PORMENORES FACHADA PRINCIPAL
63 SISTEMA CONSTRUTIVO
UM OLHAR ENTRE O PASSADO E O FUTURO D E S I G N I N D U S T R I A L
Sob a direcção cultural de Renato Quaglia, Riso, o Museu de Arte
Contemporanea da Sicilia assumiu em 2007 o carácter de Museu
Regional, envolvendo nas suas actividades os centros de Palermo,
Giebellina, Siracusa e Castel di Tusa. O Museu Riso promove e
coordena diversas iniciativas direccionadas aos jovens: além de
reuniões, criou bolsas de estudo e abriu portas à arte
contemporânea na Sicília, promovendo a criatividade da juventude
Siciliana em Itália e no estrangeiro.
A par da colecção do Museu, ao cuidado de Paolo Falcone e
Valentina Bruschi, juntam-se um sem numero de actividades
didácticas que envolvem novas realidades regionais e novos
projectos no sistema de arte contemporânea siciliano, com uma
serie de influências internacionais.
MUSEO D'ARTE CONTEMPORANEA DELLA SICILIA
UNO SGUARDO TRA PASSATO E FUTURO
67
No âmbito da disciplina de Design Industrial, dirigida pelo professor Michele
Argentino, o objectivo principal é o de fazer a ponte entre a Arquitectura e o Design.
Partindo da grande escala e do conceito de um edifício para trabalhar a uma escala
mais pequena, segundo o mote que um museu pode oferecer.
Sendo a Sicília uma ilha repleta de história e de valores, são inúmeros os museus
que contam o seu passado e que descrevem o seu futuro. O Museu Riso é um
deles, situado em pleno centro de Palermo, é o museu Regional de Arte
Contemporânea da Região, responsável pela mostra e pela difusão da Arte Siciliana
produzida na era em que vivemos.
Encomendado pelo principe Belmonte Ventimiglia em 1780, o Palazzo Belmonte
Riso é um exemplo arquitectonico da transição entre o Barroco Siciliano Tardio e o
Neoclassicismo.
O nome que conhecemos hoje provém da família Riso, que se tornou proprietária do
Palazzo no século XIX. Bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial,
permaneceu abandonado e parcialmente destruído até à década de 90, quando
começam a ser realizados os primeiros restauros do edificio e dos seus frescos,
para mais tarde dar lugar ao então Museu de Arte Contemporânea.
Partindo do conceito do Museu seleccionado, o desafio lançado pelo Professor
Argentino é o de criar um produto que possa servir como merchandising do Museu,
vendido como um objecto identificador de todo o contexto em que está inserido.
A partir do nome do Museu, RISO, que em português significa arroz, surgem
incontáveis possiblidades a explorar, uma vez que este é um alimento fortemente
presente na cozinha Siciliana. Uma das iguarias que melhor identifica esta cozinha,
são as famosas Arancine, a sua forma redonda assemelha-se a uma laranja, são
bolas de arroz fritas, recheadas geralmente com ragù, mozzarella e ervilhas.
Da fusão entre estes dois conceitos, o Museu e a culinária, surge como souvenir
uma embalagem de Arroz com cor, de modo a reinventar esta típica receita, tão
presente na alimentação Siciliana.
Riso Sorriso encara de forma divertida o mais puro da cultura Regional, a comida e
a Arte, que se unem num conceito que marca a diferença no prato, incentivando ao
tradicional de uma forma alternativa, abrindo o apetite para a gastronomia e para a
criatividade.
68 ARANCINE
70
SOR
SOR
SOR
200g e
200g e
200g e MUSEO D'ARTE CONTEMPORANEA DELLA SICILIA
MUSEO D'ARTE CONTEMPORANEA DELLA SICILIA
MUSEO D'ARTE CONTEMPORANEA DELLA SICILIA
71
EMBALAGEM
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MUSEO D'ARTE CONTEMPORANEA DELLA SICILIA SOR 200g e
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ARANCINE DI
1Tritate finemente la cipolla, il sedano, la carota e appassiteli
in 80 g di burro.
2Unite il macinato, rosolate bene, sfumate con il v ino e
lasciate evaporare.
3Salate e pepate, poi aggiungete la passata e cuocete per
15 minuti.
4Nel frattempo in una padella a parte tostate nel burro
rimasto il riso, poi unite il sugo di carne e portate a cottura
(occorreranno circa 20 minuti) unendo il brodo caldo. A 5
minuti dalla fine della cottura unite i piselli. Allontanate dal
fuoco il riso asciutto e lasciate raffreddare.
5Quando il riso sarà freddo, unite il formaggio e i tuorli
6Con la massa di riso formate gli arancini del peso di 45/50
grammi.
7Passate gli arancini nella farina, poi nelle uova sbattute.
8Infine ricopriteli con il pangrattato, poi friggeteli nell’olio
caldo e una volta dorati, scolateli su carta da cucina.
SOR
73