PRESIDENTE DA SAD GARANTE A VINDA DE TRÊS...

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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 28 JANEIRO 2016 | N.º 553 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Misericórdia quer reembolso de 450 mil euros Anulado o acordo que visava a trans- ferência da gestão do hospital de Santo Tirso para a Misericórdia local, Provedor da Santa Casa espera agora que o investimento feito no mesmo por parte da instituição seja ressarci- do pelo Estado. À comunicação so- cial, José dos Santos Pinto deixou cri- ticas à posição da autarquia relativa- mente à transferência. PÁG.S 10 E 11 Votação em Santo Tirso segue tendência nacional e ajuda a fazer de Marcelo Presidente MARCELO GANHOU EM TODAS AS FREGUESIAS DO CONCELHO E CONQUISTA 51,8% DO ELEITORADO TIRSENSE João Carneiro reconduzido na direção da Arva Associação de Reformados de Vila das Aves foi a votos no final do ano passado e a tomada de pos- se aconteceu a 16 de janeiro. João Carneiro continua à frente da Associação, cumprindo agora um mandato de quatro anos. PÁG. 12 VILA DAS AVES O FUTURO DA ESCOLA AGRÍCOLA, A MISERICÓRDIA E O LEGADO DO CONDE DE S. BENTO EM ANÁLISE Celebração da dança em Guimarães faz-se, este ano, em diálogo com outras artes GUIDANCE - 4 A 3 DE FEVEREIRO EM GUIMARÃES Ganhe bilhetes com esta edição do Entre Margens. Saiba como na página 18 SAD do Desportivo das Aves quer investir 4 milhões em Centro de Estágios PRESIDENTE DA SAD GARANTE A VINDA DE TRÊS EQUIPAS POR ANO, DA CHINA, AO CENTRO DE ESTÁGIOS Junta local e Bombeiros de Vila das Aves entusiasmados com projeto mas, para já, sem acordo definitivo para a cedência de terrenos da Quinta dos Pinheiros FOTO: JEAN LOUIS FERNANDEZ DESTAQUE / PÁGINAS 4 E 5

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 28 JANEIRO 2016 | N.º 553 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Misericórdia querreembolso de450 mil eurosAnulado o acordo que visava a trans-ferência da gestão do hospital deSanto Tirso para a Misericórdia local,Provedor da Santa Casa espera agoraque o investimento feito no mesmo

por parte da instituição seja ressarci-do pelo Estado. À comunicação so-cial, José dos Santos Pinto deixou cri-ticas à posição da autarquia relativa-mente à transferência. PÁG.S 10 E 11

Votação em Santo Tirso seguetendência nacional e ajudaa fazer de Marcelo PresidenteMARCELO GANHOU EM TODAS AS FREGUESIAS DO CONCELHOE CONQUISTA 51,8% DO ELEITORADO TIRSENSE

João Carneiroreconduzidona direção daArvaAssociação de Reformados de Viladas Aves foi a votos no final doano passado e a tomada de pos-se aconteceu a 16 de janeiro.João Carneiro continua à frente daAssociação, cumprindo agora ummandato de quatro anos. PÁG. 12

VILA DAS AVES

O FUTURO DAESCOLA AGRÍCOLA,A MISERICÓRDIAE O LEGADODO CONDEDE S. BENTO

EM ANÁLISE

Celebração da dançaem Guimarãesfaz-se, este ano,em diálogocom outras artes

GUIDANCE - 4 A 3 DEFEVEREIRO EM GUIMARÃES

Ganhe bilhetes com esta ediçãodo Entre Margens.Saiba como na página 18

SAD do Desportivo das Aves querinvestir 4 milhõesem Centro de EstágiosPRESIDENTE DA SAD GARANTE A VINDA DE TRÊSEQUIPAS POR ANO, DA CHINA, AO CENTRO DE ESTÁGIOSJunta local e Bombeiros de Vila das Aves entusiasmados com projeto mas, parajá, sem acordo definitivo para a cedência de terrenos da Quinta dos Pinheiros

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||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

A morte de David Bowie, no passa-do dia 10 de janeiro, apanhou omundo de surpresa. As redes soci-ais encheram-se de merecidas ho-menagens, com fotografias, vídeos evários links de páginas. Uma delasmostra 25 (difíceis) escolhas do “Ca-maleão do Rock” entre a sua coleçãode cerca de 2.500 discos de vinil. Aopção mais óbvia talvez seja “TheVelvet Underground & Nico”, mas alista apresenta, de resto, algumas sur-presas obscuras. Trago para aqui umaque me despertou atenção imediata:“The Fugs”, de 1966.

Tal como o primeiro LP do gruponorte-americano, este também tem umtítulo homónimo. Por isso, a reediçãoem CD com 5 faixas-bónus, de 1993,é exibida como “The Fugs SecondAlbum”.

À distância de meio século, perce-bemos uma integração pioneira nocenário underground. As letras sãocruas e sarcásticas. Sexo, drogas ecrítica ao sistema social e político for-

mam um triângulo aguçado. Sentimos,nos vértices, vontade de confrontar,num humor cínico e, por vezes, inquie-tante. “Kill for Peace” põe a nu umproblema contemporâneo igual. Com-pare-se a atual luta contra o terroris-mo e a guerra do Vietname que tantotrauma causou naquela época e nasgerações seguintes. Matar para terpaz… dá que pensar, realmente. E éassim que começa o lado B do disco.Parece-me mais exuberante. A doce“Morning, Morning” e a irrequieta“Doin’ All Right” aparecem antes de“Virgin Forest”, a mais enigmática.Tudo termina com uma longa mantade retalhos, propositadamente deixa-da em blocos com penosa interliga-ção entre eles. Pois é, para muitos tal-vez seja melhor terminar a audiçãona faixa 9. Até lá temos um rock degaragem, pouco polido e com umasonoridade primitiva e despojada, tí-pica do estilo proto-punk. Há umafastamento em relação ao utopismoe positividade geral do movimentohippie. A capa sem cores já nos ti-nha avisado. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

Dentro de portas - “The Fugs”

Pioneiros nocenáriounderground

EXPOSIÇÃO

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestasegunda saída de janeiro foi o nosso estimado assinante José Moreira Alves,

residente no Bloco da Praça, entrada 71, 1.º esq., em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

“À distância de meioséculo, percebemosuma integração pio-neira no cenáriounderground. As letrassão cruas e sarcásti-cas. Sexo, drogas e crí-tica ao sistema sociale político formam umtriângulo aguçado”.

The Fugs é uma das 25(difíceis) escolhasdo Camaleão do Rock”

A data não foi escolhida ao acaso.Foi a 19 de Janeiro que nasceu, em1923, Eugénio de Andrade e foi a19 de Janeiro último que na Bibliote-ca Municipal de Santo Tirso se deua conhecer “Cumplicidades SobreUm Corpo”; exposição evocativa daobra do autor de “As Mãos e os Fru-tos” (1948) na qual se desvendamcumplicidades várias entre a poesiae as artes plásticas.

José Rodrigues, Cabral Pinto, JoséEmídio, Avelino Leite, Isabel Macha-do Guimarães, José Rosinhas, Eme-renciano, Artur Moreira, Alberto Pés-simo, Sousa Pereira, Evelina Oliveira,Graça Martins, Constança AraújoAmador, Pedro Sá e Cristina Valadassão os ‘cúmplices’ desta homenagema Eugénio de Andrade e, em particu-lar, às palavras que o autor nos dei-

O ‘corpo’ deEugénio naarte dos ‘amigos’ATÉ 26 DE MARÇO, A BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SANTOTIRSO EXPÕE TRABALHOS DE 15 ARTISTAS PLÁSTICOSEM DIÁLOGO COM A POESIA DE EUGÉNIO DE ANDRADE.

xou em herança; “palavras puras, lím-pidas, redondas, macias e até atrevi-das”, como escreve António Olivei-ra, responsável pela organizaçãodesta exposição, que ficará patenteao público até dia 26 de março.

No texto de apresentação destainiciativa, que reúne trabalhos de pin-tura, fotografia, escultura e instala-ção, escreve António Oliveira que“sublimar o corpo que se move en-tre as palavras” é o que procuramos artistas que integram esta exposi-ção, acrescentando ainda que “des-ta exposição, um corpo renasce deuma fonte que não cessa”.

A visita à exposição pode ser fei-ta no horário de funcionamento daBiblioteca Municipal; de segunda asexta das 9h00 às 19h00 e aossábados das 14h00 às 18h00. |||||

Passadas as festividades de Natale das boas-vindas ao ano novo,com o Cantar de Reis, a músicaregressa este sábado, 30 de janei-ro, ao auditório do Centro Cul-tural de Vila das Aves para que

Inovação etradição namúsica dosPontas Soltas

MÚSICA

ESTE SÁBADO, ÀS 21H30,NO CENTRO CULTURALDE VILA DAS AVES

se ouça a música trazida pelo trioPontas Soltas. Em palco, apresen-tam-se Ângela Ferreira acompa-nhada ao piano por Carlos Fernan-des e ao violino por Vera Ferreira.

Conforme se anuncia no car-taz deste espetáculo, “Pontas Sol-tas reúne em si diversos génerosmusicais, com forte ênfase na lín-gua portuguesa valorizando a ter-ra, as raízes e o que nela de me-lhor existe, aliando a tradição àinovação. A voz de Ângela Fer-reira, o som do piano de CarlosFernandes e do violino de VeraFerreira convidam a recordar sonsinesquecíveis, desafiam a conhe-cer o diferente e prometem pro-porcionar ao público um especi-al momento musical”.

Fica, então, o convite feito. Oconcerto, agendado para as21h30 deste sábado, 30 de ja-neiro, e tem entrada livre. |||||

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SEXTA, DIA 29 SÁBADO, DIA 30Céu limpo. Vento fraco.Max: 16º / min. 6º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 16º / min. 5º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 17º / min. 3º

DOMINGO, DIA 31

ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 03

TEATRO

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

São quatro atores em palco, na reali-dade e no papel de, nomeadamenteAlheli Guerrero, Anabela Faustino,Ivo Alexandre e Marcos Barbosa: jun-tam-se para comer e conversar numtempo, que é o nosso, em que as con-versas tão depressa se detêm, por ins-tantes, nas questões do terrorismopara, rapidamente, ‘baixarem’ a ques-tões ‘menores’ da cultura pop. Numtempo em que sabemos do desapare-cimento de alguém no ‘instragram’,mas ignoramos se o mesmo acontecena vida real, num tempo em que maisdepressa associamos ‘guacamole’ a

Na nova produção do Teatro Oficinaconfunde-se ‘guacamole’com aplicação de telemóvel......E ISSO É DIZER MUITO DO NOSSO TEMPO. ‘GRANDE CENA’ DE JACINTO LUCAS PIRES MARCA O ARRANQUEDA TEMPORADA DE 2016 DO TEATRO OFICINA. COM ENCENAÇÃO DE MARCOS BARBOSA, A PEÇA ESTREIAESTA NOITE E MANTÉM-SE EM CARTAZ, NO CENTRO CULTURAL VILA FLOR, EM GUIMARÃES, ATÉ DOMINGO

uma aplicação de telemóvel do queao prático típico da cozinha mexicana.

O texto é de Jacinto Lucas Pires ea encenação é de Marcos Barbosa.“Grande Cena” – título particularmen-te feliz quando sabemos ao que vi-mos - marca o arranque da tempora-da do Teatro Oficina e tem estreiahoje, 28 de janeiro, ficando em car-taz até ao final do mês, no pequenoauditório do Centro Cultural Vila Flor.Marcos Barbosa tem dúvidas se setrata de uma comédia; não deixamosde rir, é verdade e o próprio encena-dor, admite, que fartou-se de o fazerquando, pela primeira vez, leu o tex-to, mas depois, “caramba, o texto tem

coisas que nos deixa a pensar, a refle-tir porque até o nosso modo de fa-zer teatro é questionado nesta peça”.

Há mal-entendidos e equívocosvários, junta “terrorismo” com “alta li-teratura”, mas também “comédia ba-rata e teatro isabelino”, tem persona-gens de discurso “muito articulado”mas de uma “enorme hipocrisia”, eoutras que conseguem ver a imagemda Virgem num prato de abacate. E,depois, há palavras que disfarçamenormes fragilidades e discursos degrande erudição deixados a meiocom um “já estou cá com uma fome”.

“Grande Cena” é uma peça “so-bre estar vivo agora, no mundo” mas,

e concordando com Marcos Barbo-sa este ‘agora’ marca o fim de umtempo, em que as coisas acontecemem “catadupa”, sem no entanto per-cebermos o que de facto está a acon-tecer. Mário e Esmeralda, Sandra eEduardo, os casais de atores que sejuntam para conversar e comer, nãodeixam de ser disso testemunho.

Com estreia marcada para as 22horas desta noite, “Grande Cena” foisendo apresentado – através de en-saios abertos ao público - em diver-sas freguesias do concelho de Guima-rães como forma de “despertar a cu-riosidade do público” e levá-lo ago-ra a assistir ao resultado final. “Nemsequer é uma coisa inédita, mas en-quanto estiver no Teatro Oficina, estáserá uma das nossas apostas” dizMarcos Barbosa. “O teatro é uma artepopular que precisa de participaçãoe eu, como criador, não quero ter sem-pre as mesmas 20 pessoas a ouvir oque se tem para dizer, quero os tea-tros cheios”, sublinha o também dire-tor artístico do grupo de vimaranense.

A estreia de “Grande Cena” mar-ca também o inicio de um ano emque Jacinto Lucas Pires surge como odramaturgo residente. Haverá umaincursão pelo “Conto de Inverno” deShakespeare – num ‘recuperar de for-ças’ - mas o essencial passa pelas no-vas dramaturgias e em particular porJacinto Lucas Pires num “exercício deafirmação”, diz Marcos Barbosa, deque há pessoas a escrever para tea-tro em Portugal. “Há toda uma sériede artistas que trabalham à nossa vol-ta e que eu tenho vontade de assi-nalar e afirmar. Estas pessoas, que es-tão cá três meses e vão-se embora,também são o Teatro Oficina. E esseé um exercício de afirmação: este anoé o Jacinto, para o ano vemos o queacontece”, conclui Marcos Barbosa.

“Grande Cena” é apresentado atésábado às 22 horas no Centro Cul-tural Vila Flor, em Guimarães, estan-do a sessão de domingo marcadapara as 17 horas. Os bilhetes custam7,50 (cinco euros, com desconto). |||||

MARCOS BARBOSA, ALHELIGUERRERO, ANABELAFAUSTINO E IVO ALEXANDREDÃO CORPO A “GRANDE CENA”DO JACINTO LUCAS PIRES(FOTO: TEATRO OFICINA)

Não há sábado sem sol, nemdomingo sem missa,nem segunda sem preguiça

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04 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

DESTAQUEVILA DAS AVES

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O projeto é ambicioso mas, garanteo presidente da SAD do Aves, LuizCarlos Andrade, é algo real. A ideiaé criar um hotel e três campos de fu-tebol, “está projetado para ter 50apartamentos (35 duplos e 15 indi-viduais) e terá tudo o que uma equi-pa profissional e de formação preci-sa, desde departamento médico, salade imprensa, centro de treinamento,sala de recuperação física, como sau-na, hidromassagem”, explica o presi-dente que acredita que depois dosgrandes clubes de Portugal, “deve serum dos melhores porque há condi-ções para ter e é dentro disso que

SAD do Desportivodas Aves querCentro de Estágios naQuinta dos PinheirosSE AINDA NÃO OUVIU FALAR DA CONSTRUÇÃO DE UM CENTRO DE ESTÁGIOSEM VILA DAS AVES, SAIBA QUE O PROJETO ESTÁ BEM ENCAMINHADO PARAPASSAR DO SONHO À REALIDADE. A SOCIEDADE ANÓNIMA DESPORTIVA (SAD)DO CLUBE DESPORTIVO DAS AVES ESTÁ EMPENHADA EM LEVAR O PROJETOAVANTE E JÁ ESTÁ EM NEGOCIAÇÕES COM A JUNTA DE FREGUESIA E AASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VILA DAS AVESPARA A SUA CONSTRUÇÃO NOS TERRENOS DA QUINTA DOS PINHEIROS.

estamos a apostar”. A SAD está em-penhada no crescimento do clube e,para isso, diz precisar de espaço. OCentro de Estágios surge assim comouma forma de crescimento mas tam-bém de apoio à formação dos junio-res e criação de uma equipa de sub-23 onde seja possível encontrar no-vos talentos para a equipa principal.“Já ouvi alguns associados do Avesdizerem não entender as contrataçõesde jovens que nós estamos fazendono estrangeiro e aqui em Portugal,mas esses jovens vêm acrescentar eajudar os que já estão aqui, parapodermos ter uma equipa jovem parao ano e ter frutos para podermos apro-veitar na equipa principal”, explica.

Luiz Andrade nasceu no Brasil mastrabalha há 31 anos em Portugal comfutebol e assegura que “as pessoasda Vila das Aves têm que estar tran-quilas”. “Nós não somos aventurei-ros, não viemos jogar dinheiro forae não viemos enganar ninguém”, su-blinha realçando que já estão trata-das algumas formas de rentabiliza-ção do novo espaço. “Já está um pro-tocolo feito com a Federação Chine-sa de Futebol que vai trazer três equi-pas por ano”, refere, explicando que“a federação chinesa vai trazer trêsequipas todos os anos para as Aves,

vão estagiar, vão dar-nos sustentabi-lidade e algum valor monetário paragerir, vamos ter alguns jovens de ca-madas chinesas para trabalhar juntocom os nossos e separadamente, va-mos gerir isso de uma forma que to-dos fiquem agradados e vamos apos-tar principalmente numa formação nasAves”, refere. Por outro lado, “a renta-bilidade vai ser em vendas de joga-dores, em estágios de clubes que jáestão preparados para nos pagar, parafazer estágio durante vários anos aquinas Aves, jovens que vem para serformados aqui e acreditamos que vaiser um sucesso porque assim funci-onam as academias grandes”.

TERRENOS NÃO SERÃO VENDIDOSO investimento rondará os 4 milhõesde euros e a ideia é construir o novoCentro de Estágios nos terrenos per-tencentes à Junta de Freguesia de Viladas Aves e à Associação Humanitá-ria dos Bombeiros de Vila das Aves,na Quinta dos Pinheiros. As negocia-ções ainda não estão 100% fechadas,

assegura Luiz Andrade, mas “a nívelinterno está bem consolidado, estãosó faltando pormenores que pensoque sejam simples, que não seja nadacomplicado porque tanto a Junta co-mo os Bombeiros estão completamentede acordo em que a Vila das Avestenha um Centro de Estágio. Irá enri-quecer a vila, vai ajudar a nível de em-pregos, vai ajudar a nível de visibilida-de, vai ajudar a nível desportivo” atéporque acredita: ”no próximo ano Viladas Aves vai estar dentro de um circui-to desportivo mundial porque é paraisso que nós estamos trabalhando”.

A presidente da Junta, ElisabeteRoque Faria, acredita que Vila das

LUIZ ANDRADE (NA IMAGEM) NAS-CEU NO BRASIL MAS TRABALHA HÁ31 ANOS EM PORTUGAL. AOSAVENSES DEIXA MENSAGENS DETRAANQUILIDADE: “NÓS NÃOSOMOS AVENTUREIROS, NÃOVIEMOS JOGAR DINHEIRO FORA ENÃO VIEMOS ENGANAR NINGUÉM”

“Já está um protocolofeito com a FederaçãoChinesa de Futebolque vai trazer trêsequipas por anoao Centro de Estágio”

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Aves fica a ganhar se o projeto foravante. “Vai dar nome, vai ser muitofalado, muito divulgado e vai essen-cialmente dar emprego e movimentoà terra que é isso que nós tambémprecisamos”, sublinha. “Acho que éimportantíssimo para as Aves, nestemomento, podermos abraçar um pro-jeto destes”, reforça o presidente dadireção da Associação dos Bombei-ros Voluntário, Carlos Valente. ParaElisabete Roque Faria o projeto doCentro de Estágios surge como umaboa opção dado que não considerapossível ser feita “alguma coisa dogénero, que chame tanta gente paraa terra e que dê movimento” dentrodo período de tempo em negocia-ção e opinião semelhante tem CarlosValente. “A direção sempre esteverecetiva a entrar neste projeto, por-que o nosso terreno está lá e se ca-lhar tão cedo não vejo a associaçãocom capacidade de poder criar algu-ma coisa válida naquele terreno”.Ainda assim, ambas as partes garan-tem que “há pormenores a salvaguar-

dar” e que, apesar de já haver algunspontos definidos, “em concreto ain-da não há nada”. A bola, garanteCarlos Valente, está do lado da SAD.“Neste momento estamos à esperaque o projeto final passe para o pa-pel”, refere a presidente da junta.

Uma coisa é certa, “o terreno daJunta continua a ser da Junta, o terre-no dos Bombeiros continua a ser dosBombeiros”, ressalva Luiz Carlos An-drade. Os terrenos não irão ser ven-didos e o que irá ser feito é um pro-tocolo de cedência de direito de supe-rfície, até porque tanto os Bombeiroscomo a Junta não estão interessadosna venda. “Não podem vender, nãopodem passar, não podem fazer nadadessas coisas, se isso acontecer, seabandonarem ou pararem as obras,o terreno reverte outra vez para a Jun-ta de Freguesia e nos Bombeiros pen-

so que é a mesma coisa”, sublinhaElisabete Roque Faria. Ainda em aná-lise estão também algumas contrapar-tidas do acordo. “Foi posta uma pri-meira hipótese que, neste momento,já não é hipótese que era a constru-ção de uma Clínica de Fisioterapiano terreno pertencente aos Bombei-ros, mas por questões de projeto elicenciamento parece que é muitocomplicado e também não seremosnós que iremos complicar”, enalteceCarlos Valente, “teremos depois quereferir outras contrapartidas imediataspara, no mínimo, ser ressarcidos já deum determinado valor uma vez quevamos fazer um protocolo, à partida,a 25 anos”. No caso da Junta de Fre-guesia não está posta de parte a cri-ação de um passadiço e ciclovia jun-to ao rio Ave: “há a possibilidade decriar uma ciclovia por dentro dos cam-

pos que existem até ao centro da vilae depois até ao Amieiro Galego e doAmieiro Galego até à pista de pesca”.

Mas ainda nada está decidido ea questão ainda não foi discutida nasrespetivas Assembleias por ainda nãoexistirem todos os documentos ne-cessários mas Luiz Andrade destacaa vontade de ajudar a Junta e osBombeiros e rentabilizar o local.

A SAD está, neste momento, aaguardar algumas licenças mas ga-rante que o processo está em anda-mento. “Já temos um estudo bem fei-to, a Câmara de Santo Tirso sabe donosso projeto e aprova completamen-te, estamos aguardando por algumaslicenças que é necessário e acredita-mos que em um ano tem que estarpronto”, sublinha o Presidente da SADque volta a sossegar os avenses.“Queremos dar estabilidade total, que-remos ter resultados desportivos equeremos fazer com que o Aves cres-ça cada vez mais porque o nosso su-cesso depende do crescimento doAves”, adianta. Conquistada a estabi-lidade, Luiz Andrade garante que namira estará também a possibilidadede subida de divisão. |||||

“Acho que é impor-tantíssimo para asAves, neste momento,podermos abraçar umprojeto destes”CARLOS VALENTE, PRESIDENTE DOSBOMBEIROS DE VILA DAS AVES

[O Centro de Estágios]vai dar nome, vai sermuito falado, muitodivulgado e vai essen-cialmente dar em-prego e movimentoà terra que é issoque nós precisamos”

“ELISABETE FARIA, PRESIDENTE DAJUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES

ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 05

ESBOÇO DE PROJETO, APRESENTADO NA ASSEMBLEIA GERAL DOC D AVES, REALIZADA EM 22 DE OUTUBRO PASSADO

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06 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

OPINIAO

“Nós dizemos que vivemos nummundo cristão e católico, no nossopaís, quase toda a gente se diz católi-ca, mas no fundo as pessoas não têmquase nenhuma formação, não sa-bem o que é ser cristão, da Bíblia nãoconhecem quase nada, de textos doMagistério nada conhecem, de tex-tos litúrgicos também não”. Estas sãopalavras de D. António Couto - que jáfoi bispo auxiliar de Braga e, agora, ébispo de Lamego - ditas na aberturado XVI Encontro de Animadores So-ciopastorais das Migrações. Recupe-ro estas suas palavras não para refletirsobre as migrações, mas a propósitoda Quaresma, tempo de conversão,quarenta dias de preparação para a Pás-coa, que é a grande festa dos cristãos!

Não é certamente por acaso que

Meditar a Sagrada Escritura na Quaresmaa Igreja Católica, desde há séculos,comemora a conversão de São Pau-lo, no dia 25 de Janeiro, entre o perí-odo do Natal e o início da prepara-ção para a Páscoa. O acontecimentoque mudou a vida de Paulo de Tarso,quando seguia em perseguição doscristãos, relatado por S. Lucas nos Atosdos Apóstolos, mostra que para seser cristão se tem de ouvir e acolhera mensagem de Jesus; e não negare-mos que tal episódio é conhecidode todos: Paulo ouviu o chamamentode Deus e, de perseguidor do cristia-nismo, passou a missionário do Evan-gelho, todos o sabemos! Mas estamospreparados para sermos também arau-tos do Evangelho?

E será que chega ouvir a leiturados textos bíblicos para os conhecer-mos? Não precisaremos de, sozinhose em comunidade, os ler e de os me-ditar, de saber rezar com eles, parasermos capazes de transformar osseus ensinamentos em conduta devida que nos identifique como ver-dadeiros cristãos? Temos feito o pos-sível para termos tempo para inves-tir na formação religiosa ou nem se-

quer nos incomoda ouvir as palavrasde censura “da Bíblia não conhecemquase nada, dos textos do Magisté-rio nada conhecem”?

Os textos do Magistério da Igreja,como por exemplo as Cartas do Papa,são um manancial de doutrina, deexplicação da Palavra de Deus, deensinamentos que fortalecem a fédos crentes.

Por isso, para esta Quaresma, acon-selho a leitura da “Bula de Procla-mação do Jubileu Extraordinário daMisericórdia” (o qual começou em 8de dezembro de 2015 e terminaráem 20 de novembro de 2016), cujasaudação inicial é feita nestes termos“Francisco, Bispo de Roma, Servo dosServos de Deus, a Quantos lerem estaCarta, Graça, Misericórdia e Paz.”

Aqui deixo excertos, que esperosejam sugestivos.

“Na Sagrada Escritura, como se vê,a misericórdia é a palavra-chave paraindicar o agir de Deus para connosco.”

“A Quaresma deste Ano Jubilarseja vivida mais intensamente comotempo forte para celebrar e experimen-tar a misericórdia de Deus. Quantas

páginas da Sagrada Escritura se po-dem meditar, nas semanas da Qua-resma, para redescobrir o rosto mi-sericordioso do Pai!”

“A propósito, é muito significativoo apelo que Jesus faz ao texto doprofeta Oseias: « Eu quero a miseri-córdia e não os sacrifícios» (6, 6). Je-sus afirma que, a partir de agora, aregra de vida dos seus discípulosdeverá ser aquela que prevê o pri-mado da misericórdia, como Ele mes-mo dá testemunho partilhando a re-feição com os pecadores. A miseri-

córdia revela-se, mais uma vez, comodimensão fundamental da missão deJesus. É um verdadeiro desafio postoaos seus interlocutores, que se con-tentavam com o respeito formal dalei. Jesus, pelo contrário, vai além dalei, a sua partilha da mesa com aque-les que a lei considerava pecadorespermite compreender até onde che-ga a sua misericórdia.

“ Também o apóstolo Paulo fezum percurso semelhante. Antes deencontrar Cristo no caminho de Da-masco, a sua vida era dedicada aservir de maneira irrepreensível a jus-tiça da lei (cf. Fl 3, 6). A conversão aCristo levou-o a inverter a sua visão,a ponto de afirmar na Carta aosGálatas: « Também nós acreditámosem Cristo Jesus, para sermos justifi-cados pela fé em Cristo e não pelasobras da lei» (2, 16). A sua compre-ensão da justiça muda radicalmente:Paulo agora põe no primeiro lugar afé, e já não a lei. Não é a observân-cia da lei que salva, mas a fé em Je-sus Cristo, que, pela sua morte e res-surreição, traz a salvação com a mi-sericórdia que justifica.” |||||

“Os textos do Magisté-rio da Igreja, como porexemplo as Cartas doPapa, são um manan-cial de doutrina, deexplicação da Palavrade Deus, de ensina-mentos que forta-lecem a fé dos crentes.

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

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SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

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DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

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COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA,

FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, BELANITA ABREU, CATARINA GONÇALVES,

MANUEL NETO, FERNANDO TORRES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

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ENTRE MARGENS - Nº 552 - 14 JANEIRO 2016

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Felisbela Freitas

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CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 07

Começo este texto sob a influênciada leitura do “Cândido” de Voltaire,um livro exemplar que, de capítulopara capítulo, nos vai embalando naexpectativa de que este mundo é omelhor dos mundos mas, afinal, qua-se sempre as belas causas só produ-zem efeitos menos bons, senão mes-mo objetivamente detestáveis, a me-nos que sejamos capazes de ver o queacontece pelo crivo de um raciocíniocompensatório de que tudo está ori-entado para o melhor dos fins, assimsaibamos reorientar a visão e não de-sesperar. É assim que “Cândido”, estapersonagem ingénua, anda aos bal-dões do azar ou da sorte já que, malsaído das situações mais desespe-rantes, logo encontra forma de ir pa-rar a Lisboa naquele ano e mês fatí-dicos do Terramoto em 1755 parasofrer na carne e no espírito os ma-les que a abalou e, sobretudo, os ma-les da intolerância da Inquisição que,culpando os heréticos por um su-posto “castigo de Deus”, determinou

“proporcionar ao povo um belo auto-de-fé” para moralizar os indígenas.

Pois no contexto que nos é dadoviver, desde finais do ano transato eneste início de 2016 que temos an-dado “candidamente” pendentes des-ta última campanha eleitoral que cul-minará para os próximos anos a ar-quitetura do nosso regime democrá-tico com a eleição daquele que seráo árbitro das forças políticas que go-vernam o Estado, o supremo Magistra-do da nação e o Chefe supremo dasForças Armadas. Digo “candidamen-te” porque, correspondendo à gene-rosidade da Constituição que nos re-ge, assistimos a uma campanha elei-toral em que 10 candidatos diferen-temente colocados e uns “mais iguais”que os outros no cálculo de proba-bilidades de virem a ser eleitos, seapresentaram ao eleitorado com osseus programas e propostas de inter-venção, dando azo a um espetáculoessencialmente mediático que nosentrou pelas casas dentro através dedebates, de entrevistas, de reporta-gens, blocos noticiosos e coberturadas campanhas, e sobretudo de son-dagens diversas que só por si incul-cam determinismos há muito previs-tos. Escrevo a dois dias das eleiçõese, se surpresa existe, será a de saberse vamos prolongar a escolha do su-premo Magistrado através de umasegunda volta que, a haver, será na-

turalmente mais “igual”, mais compe-titiva e imprevisível. Não me pesa naconsciência ter orientado o meu sen-tido de voto para uma personalida-de que me pareceu mais combativa eque, oriunda de um campo políticocentral, conhece por dentro os víciosdo sistema sem ser nem um acomo-dado nem um exaltado, traz para apolítica as energias do mundo em-presarial e da economia real e queme pareceu susceptível de exercer umpapel de árbitro numa conjuntura degrande tensão entre o real e o ideal,entre o Estado de carência e o Estadoprovidência. Mas agora que aí estãoos resultados da votação só nos res-ta encará-los como um veredito po-pular que relativiza todos os cálculos,tudo aquilo que individualmente nosmotivou a ir votar e que tudo o maisque a história desta campanha (oudesta primeira volta) registou, as suaspolémicas, os seus contrastes e as suasoriginalidades, fique para os analis-tas que não deixarão de estudar eescalpelizar o assunto.

Deixo para o fim a circunstânciade termos perdido uma personalida-de que Manuel Alegre apresentoucomo “um príncipe da nossa Demo-cracia”, o falecido António de Almei-da Santos que concitou o elogio e aadmiração de todo o espetro parti-dário e de quase todaa sociedade,pois exerceu o segundo mais impor-tante cargo institucional, o de presi-dente da Assembleia da República,com elevação e mérito, depois de terposto o seu saber e experiência ao ser-viço da descolonização e da institu-cionalização do nosso regime legis-lativo e democrático. Naturalmentenum país livre e onde as sequelas dadescolonização e da transição da di-tadura para a democracia se fizeramsentir, haverá sempre quem não co-mungue deste consenso e o acuse deser um pioneiro da desconstrução deuma pátria intercontinental que, sendouma ideia generosa, só em ditadura eem estado de guerra era defensável. |||||

Presto a minha singela homenagem aoavense João Cidálio Machado Ferreira(falecido no passado dia 11), um ho-mem que andou pelo mundo, e registouprimeiro para o Jornal das Aves, que osmais velhos bem conheceram, crónicasmuito interessantes sobre as suas andan-ças em rubricas como “Cartas de Cabin-da” e depois, no Entre Margens, com a“Crónica de um Emigrante”. Foi tambémde Cabinda, da Floresta do Maiombe edas suas missões como técnico em em-presas americanas de extração de pe-tróleo que abundantemente nos falouno seu livro “Maria N’ Goi” editado emjunho de 2005 e de que, por essa altura,fiz uma apresentação circunstanciadapara os leitores do Entre Margens nasua edição de 12 de outubro de 2005;impresso na Tipografia das Aves comuma tiragem muito limitada, este “ro-mance” é merecedor de uma reedição,reedição que, estou em crer, os herdei-ros não deixarão de promover em suahomenagem. Curiosamente, o romancepretende também ter uma intervençãopolítica já que o seu autor era defensordo direito do povo de Cabinda à suaautodeterminação relativamente não sóao estado colonial mas também aos mo-vimentos que assinaram em 1975 o Acor-do para a Independência de Angola; tan-to assim que, num Epílogo sobre o talAcordo da Penina-Algarve, o autor ex-prime o seguinte: “Quando diante dasCâmaras da Rádio Televisão Portuguesafoi lida a acta do Acordo e ouvi dizerque Cabinda era parte integrante de An-gola, apossou-se de mim uma onda devergonha e repugnância. Mais uma vezos políticos atraiçoaram o Povo Cabinda.Povo mártir! Cabinda oiiééé!”

Presto a minha sincera homenagemao homem e escritor que nos deixou mastambém ao cidadão avense que no mo-vimento associativo, nomeadamente naAssociação de Reformados de Vila dasAves exerceu cargos diretivos. ||||| LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS

AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Luís Américo FernandesO DIRETOR

A democracia na suaimperfeição aindaé o melhor dos sistemas

“AGORA QUE AÍ ESTÃO OSRESULTADOS DA VOTAÇÃOSÓ NOS RESTA ENCARÁ-LOSCOMO UM VEREDITOPOPULAR QUE RELATIVIZATODOS OS CÁLCULOS, TUDOAQUILO QUE INDIVIDUAL-MENTE NOS MOTIVOU A IRVOTAR (...)”

CIDÁLIO FERREIRA[1942-2016]

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08 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

ATUALIDADEVotação em Santo Tirsosegue tendêncianacional e ajudaa fazer de MarceloPresidente da República

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Marcelo Rebelo de Sousa venceu aseleições presidenciais de 2016 à pri-meira volta com 52% dos votos ex-pressos. No concelho de Santo Tirsoos resultados foram muito semelhan-tes aos resultados nacionais, tendoMarcelo recolhido 51,8%. Nas fregue-sias a votação do candidato vence-dor teve a expressão máxima nas fre-guesias do Vale do Leça, com ÁguaLonga e Reguenga acima dos 65% etodas as outras bem acima da médiaconcelhia. Também Rebordões deuao vencedor uma proporção maiorque o concelho enquanto a Uniãode Freguesias de Santo Tirso é idên-tica à do concelho; Vila das Aves eNegrelos deram praticamente meta-de dos votos ao vencedor e Roriz ea União de Além Rio e Vila Nova do

MARCELO REBELO DE SOUSA ELEITO À PRIMEIRA VOLTA. RESUL-TADOS DO CONCELHO DE SANTO TIRSO IDÊNTICOS AOSNACIONAIS. VOTAÇÃO EM SAMPAIO DA NÓVA SUPEROU(MAS POUCO) O RESULTADO NACIONAL E MARISA MATIAS ALCANÇAA TERCEIRA POSIÇÃO

Campo um pouco menos mas a fre-guesia onde Marcelo venceu commenor percentagem foi Vilarinho,onde não chegou aos 40%.

O resultado de Sampaio da Nóvoaa nível do concelho superou ligeira-mente o resultado nacional (maiscerca de 1 ponto percentual), tendotido nas freguesias de Além Rio avotação mais expressiva, seguida daUnião de Santo Tirso, Vilarinho, Viladas Aves e Roriz. Marisa Matias ob-teve a terceira posição no concelhocom 9,4%, obtendo os resultadosmais elevados, em percentagem, nasfreguesias de Vilarinho, Vila Nova doCampo, Vila das Aves e Roriz. Mariade Belém só ficou à frente de MarisaMatias na União de Freguesias deAreias, Lama, Sequeirô e Palmeira – oAlém Rio – e no conjunto do conce-lho a diferença entre as duas candi-datas é quase de 4%.

Surpreendente é o resultado de Vi-torino Silva (o Tino de Rans), que obte-ve 1438 votos e o quinto lugar noconcelho, eclipsando todos os restan-tes candidatos. Só na freguesia deMonte Córdova obteve 125 votos en-tre 1889 votantes e um quarto lugar(o seu melhor resultado no concelho).

NA VILA DAS AVES, FALTA DEILUMINAÇÃO REAVIVACRÍTICA À ESCOLHA DO LOCALNa edição anterior do Entre Margensdemos conta da determinação da Câ-

mara Municipal em realizar o ato elei-toral na Escola Básica de Vila das Aves(EB2,3) junto do Estádio. Demos con-ta também da oposição da Junta, quehavia sugerido outro local em subs-tituição do Edifício da Junta de Fregue-sia, por este não reunir as melhorescondições, mas que não esteve deacordo com a Câmara com a esco-lha feita. A Câmara impôs a sua solu-ção escudando-se na letra da lei, aopasso que a sugestão da Junta parao Pavilhão dos Bombeiros ou para oPavilhão do Clube Desportivo dasAves tinha por base um facto concre-to: já lá houve atos eleitorais noutrasocasiões e não consta que tivesse ha-vido qualquer inconveniente ou opo-sição legal. Não tendo chegado aacordo, a Presidente da Junta de Fre-guesia fez saber que seria preferível,apesar de tudo, continuar no edifícioda Junta de Freguesia mas a Câmara

de Santo Tirso impôs a sua escolha.No final de contas, acabou por

verificar-se que a iluminação, oumelhor, a falta dela constituiu o mai-or inconveniente, a merecer críticasduras de quem decidiu votar depoisdas 18 horas. De facto, o arruamentointerior de acesso ao pavilhão ondedecorreram as votações não dispõede infraestruturas de iluminação e,apenas uma lâmpada no coberto deacesso e a luz interior do pavilhãopermitiam alguma visibilidade, razãopela qual muitos cidadãos usaram osseus telemóveis para iluminar o cami-nho. Para além disso, nas zonas nor-te e poente do pátio à volta do pavi-lhão dois projetores existentes esta-vam desligados e apenas uma lâm-pada num poste no antigo caminhoque ligava a Carreira a Rioberto e quefoi cortado para a construção da Es-cola, permitia alguma visibilidade. |||||

ELEIÇÕES PRESIDÊNCIAS 2016

ELEITO NOPASSADODOMINGO, ATOMADA DEPOSSE DEMARCELOREBELO DESOUSA ESTÁMARCADA PARA9 DE MARÇO

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ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 09

EcoRede já fazrecolha deresíduosem Santo Tirso

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

João Sá é administrador e acionistada empresa vencedora do concursointernacional que tem agora ao seuencargo o serviço de recolha de resí-duos urbanos, o Consórcio Rede Am-biente/EcoRede e acredita que SantoTirso e Vila das Aves vão ficar comum aspeto diferente. “Quando viemospara aqui no primeiro dia isto tinhafolhas por todo o lado, o centro dacidade estava bastante sujo e hojeveem que esta praticamente todo lim-po”. João Sá fala ainda na poupançaque o serviço representa para o mu-nicípio, já que “na recolha de resídu-os o custo de tonelada que o muni-

FAZER MAIS POR UM PREÇO MENOR. A TAREFA PARECEDIFÍCIL MAS FOI ISSO MESMO QUE A AUTARQUIACONSEGUIU COM O NOVO SERVIÇO DE RECOLHADE RESÍDUOS URBANOS E LIMPEZA URBANA. O SERVIÇOÉ AGORA PRESTADO PELA EMPRESA VENCEDORA DOCONCURSO INTERNACIONAL E INCLUI, PARA ALÉMDA RECOLHA DE LIXO, A LIMPEZA DE VÁRIAS RUASDAS FREGUESIAS DE SANTO TIRSO E VILA DAS AVES.

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Não fossem as intervenções dos ve-reados do PS, Alberto Costa e JoséPedro Machado, e a reunião poderiabem ter passado despercebida. Ospontos foram, na sua maioria, apro-vados por unanimidade e a sua dis-cussão foi cordial. Ainda assim, noperíodo antes da ordem do diaAlberto Costa trazia à baila a altera-ção do local de voto em Vila das Aves.

O vereador explicou os contor-nos que levaram à escolha da EB 2/3 para a colocação das Assembleiasde Voto e garantiu que “para a Câ-mara Municipal era um dado prati-camente adquirido que as secções devoto estariam localizadas no edifício-sede da junta de freguesia de Viladas Aves em cujo local se realizaram,por exemplo, as ultimas eleiçõeslegislativas”. Alberto Costa sublinhaque “a alteração do local das secçõesde voto só se verificou porque a Câ-mara Municipal, dadas as boas rela-ções institucionais existentes não ig-norou a chamada de atenção feitapela Junta de Freguesia de Vila daAves relativa à falta de condições decapacidade e acessibilidade a pesso-as com mobilidade condicionada nasede do edifício da junta”.

Já sobre o Hospital José Pedro Ma-chado reiterou a posição da autarquiade se congratular com a decisão doatual governo de anular a sua pas-sagem para a Misericórdia sublinhan-do que “de acordo com o despachodo Ministro da Saúde, o documentohomologado pelo anterior governoprevia a redução e alteração da ofer-ta dos cuidados de saúde prestadosà população dos concelhos da Trofae de Santo Tirso”. “Fica assim eviden-ciado que as dúvidas levantadas pelaCâmara Municipal relativamente àdefesa do interesse público não eraminfundadas”, continuou o vereador. Amaioria socialista acusa o anterior

A REVERSÃO DO ACORDO DE TRANSFERÊNCIA DO HOSPI-TAL DE SANTO TIRSO PARA A MISERICÓRDIA E A CELEUMAEM TORNO DO LOCAL ESCOLHIDO PARA AS MESAS DEVOTOS EM VILA DAS AVES DERAM O MOTE PARA A ULTIMAREUNIÃO DE CÂMARA DO MÊS DE JANEIROQUE SE REVELOU, EM QUASE TUDO, PACIFICA.

governo PSD/CDS de “ser adepto dapolítica do facto consumado e aves-so ao diálogo”, cujos objetivos seri-am a degradação do hospital, o des-mantelamento do Serviço Nacionalde Saúde e o aumento do setor pri-vado de Saúde em Portugal. A maio-ria mostra-se satisfeita com a rever-são e garante já ter manifestado jun-to do Ministério da saúde disponi-bilidade para “comparticipar por viado orçamento municipal os investi-mentos que são necessários fazer,caso as verbas sejam provenientes defundos comunitários”. “Não é poracaso que o município já tinha colo-cado no mapeamento da saúde, noâmbito do Portugal 2020, uma ver-ba de 4 milhões de euros para se-rem financiados por fundos comuni-tários com o objetivo de serem in-vestidos no Hospital de Santo Tirso”,explicou José Pedro Machado.

Da ordem de trabalhos da reuniãode dia 21 constaram assuntos comoa celebração de protocolo entre omunicípio, o Núcleo Associativo deSanto Tirso e a Associação de Setasdo Porto para a cedência da antigaEscola da Lomba, a atribuição de sub-sídio aos agrupamentos escolares paraapoio ao desenvolvimento de ativida-des de complemento curricular no anoletivo, entre outros. Todos eles mere-ceram a aprovação do executivo. |||||

Hospital voltaà reunião doexecutivo camarário

SANTO TIRSO

cípio pagava anteriormente era 40euros e agora são 29,50, são maisde 10 euros de diferença por tonela-da, salienta. Para além disso recordaque “o município de Santo Tirso atéagora tinha a recolha do lixo indife-renciado e dos ecopontos, agoraacrescenta uma nova valência que éa limpeza urbana na cidade e na Viladas Aves, os dois polos maiores doconcelho e, curiosamente, acrescenta-lhe mais serviço com menos custos”.

O presidente da Câmara, JoaquimCouto, lembra que o concurso inter-nacional permitiu a adjudicação, pordez anos, do serviço que, “quanto aopreço é francamente mais barato queo contrato anterior. E, quanto ao ser-viço, para já estamos satisfeitos como que tem vindo a ser feito”. Coutorealça também que com o atual servi-ço, “o centro de Santo Tirso e o centroda Vila das Aves passam a ter limpe-za urbana feita por esta empresa queé mais controlável”, refere. “Podemosescrutinar e porventura ser até maisexigentes do que éramos anterior-mente até porque alguns destes ser-viços eram feitos por pessoal do mu-nicípio e nem sempre estávamosem condições de fazer exigênciaspara uma qualidade ambiental, já quepor razões muitas vezes de naturezaprofissional, de doença e de outrosfatores as equipas que andavam noterreno se tornavam deficitárias por-que nem sempre podíamos ter asequipas completas”.

João Sá garante que o fator dife-renciador da empresa assenta tam-bém na proximidade e por isso, asse-gura estar ao dispor da autarquia paratudo o que precisarem. “Queremoscrescer mais e melhor e queremosque os senhores não se arrependampor nos terem adjudicado o serviço”,concluiu. A empresa tem no terrenocerca de 30 pessoas. ||||||

SANTO TIRSO E VILA DAS AVES

JOAQUIM COUTO, LEMBRA QUEO CONCURSO INTERNACIONALPERMITIU A ADJUDICAÇÃO, PORDEZ ANOS, DO SERVIÇO QUE,“QUANTO AO PREÇO ÉFRANCAMENTE MAIS BARATOQUE O CONTRATO ANTERIOR.

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ATUALIDADE

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

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||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A polémica em torno do Hospital deSanto Tirso e da sua transferência, ounão, para a Misericórdia parece estarlonge de abrandar e acaba de subirde tom. José Santos Pinto, provedorda Santa Casa da Misericórdia, dei-xou bem claro durante a visita dosdeputados do PSD do Porto no passa-do dia 18, que a instituição espera serreembolsada pelos investimentos que,ao longo do último ano de negocia-ções, foram sendo feitos no Hospitale que rondam os 450 mil euros.“Acredito que a lei prevaleça porquehá investimentos feitos e logicamentenós teremos de ser reembolsados”.José Pinto lembra que a Misericórdiaia assumir a gestão do hospital a 1 dejaneiro de 2016 e que, “com quinzedias de antecedência o Estado por-tuguês entendeu que ele não deve-ria ser entregue”. “Nós mandamosuma carta registada ao sr. Secretáriode Estado a perguntar o porquê eaté hoje, infelizmente, não tivemosqualquer tipo de resposta”, sublinha.

Misericórdia querreembolso de450 mil eurosDURANTE VISITA DOS DEPUTADOS DO PSD PORTO, O PROVEDORDA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTO TIRSO DISSEESPERAR QUE O INVESTIMENTO FEITO NO HOSPITAL PELAMISERICÓRDIA SEJA RESSARCIDO PELO ESTADO E CRITICOUPOSIÇÃO DA AUTARQUIA RELATIVAMENTE À TRANSFERÊNCIA.

Na mira do provedor da Miseri-córdia está também a Câmara Munici-pal. José Santo Pinto diz não entenderporque é que o “próprio autarca, quediz não ter nada contra a Misericór-dia, que é um exemplo a nível nacio-nal, põe algumas dúvidas se esta temou não capacidade para fazer a ges-tão do hospital”. Mas vai mais longee traz à discussão a questão do Ser-viço Nacional de Saúde dizendo ser“inadmissível que o responsável pelaautarquia passe a mensagem para aimprensa de que o Serviço Nacionalde Saúde estava em risco. Mentira,mentira, mentira. O Serviço Nacional deSaúde mantinha-se da mesma manei-ra, simplesmente mudava a gestão”.

O deputado Virgílio Macedo nãotem dúvidas de que a reversão doacordo que iria colocar o Hospital deSanto Tirso sob a alçada da Miseri-córdia “vai prejudicar todos os tirsen-

ses” e que “o interesse da populaçãoseria melhor servido através da suaentrega à Misericórdia”. “O que é quevai ser do Hospital de Santo Tirso da-qui a dois ou três meses, será que es-tes investimentos que iam ser feitospela Misericórdia de Santo Tirso vãoser feitos pelo Ministério da Saúde?”,questiona o deputado apelidando oatual governo socialista de “governodo marcha atrás”, que quer “andar paratrás em tudo aquilo que tirou o paísda bancarrota em 2011”. Virgílio Ma-cedo acredita estar em causa um “pre-conceito ideológico” relativamente àgestão por parte das Misericórdias“inexplicável”, até porque, considera

HOSPITAL DE SANTO TIRSO

Reversão do acordo“vai prejudicar todosos tirsenses”, dizVirgílio Macedo (PSD)

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O Partido Socialista de Santo Tirsojá veio manifestar-se sobre a ques-tão, lamentando “o oportunismopolítico do PSD local e da deputa-da Andreia Neto” que, consideram,“procuraram colocar a Misericór-dia contra a Câmara Municipal”

Os socialistas mantêm a opi-nião de que a “passagem do hos-pital para a Misericórdia não de-fendia o interesse público, uma vezque o acordo previa uma redu-ção/alteração da oferta dos cuida-dos de saúde” e desafiam a depu-tada e os social-democratas a de-monstrarem que “com a reduçãode 25% do valor a transferir doOrçamento do Estado para a Mise-ricórdia, ao abrigo do Acordo deCooperação estabelecido entre oanterior Governo PSD e a Uniãodas Misericórdias, o Hospital nãopassaria a prestar piores serviçosde saúde à população dos conce-lhos da Trofa e de Santo Tirso”.

O PS acusa o anterior gover-no de tentar “degradar” o hospi-tal para justificar a sua inviabili-dade económico-financeira” e dequerer “desmantelar o Serviço Na-cional de Saúde e privatizar o se-tor da saúde em Portugal”. O par-tido reafirma a sua satisfação pelareversão, acredita que a decisãodo atual governo defende os inte-resses da população de Santo Tir-so e sublinha que o que a autar-quia fez, “foi defender os interes-ses do município, não confundin-do uma decisão tomada pelo an-terior Governo PSD, contra a qualsempre se manifestou, com o pa-pel insubstituível desenvolvidopela Misericórdia no concelho emmatéria de assistência social”. |||||

que “o que está em causa é que hojeo Hospital de Santo Tirso tem um con-junto de valências que poderiam seralargadas, um conjunto de serviçosque poderiam ser melhorados e umconjunto de equipamentos que pode-ria ser ainda melhor”. Quem tambémnão compreende a reversão do acor-do é a deputada tirsense, AndreiaNeto, porque, “estamos a falar de umacordo entre a Administração Regi-onal de Saúde e a Santa Casa daMisericórdia, onde a Santa Casa secomprometia a não haver despedi-mentos no Hospital, se comprometiaa manter as valências que são pres-tadas a toda a população e ia maisalém porque havia um alargamentodessas valências”. Nesse sentido, An-dreia Neto, sublinha que os deputa-dos do PSD do Porto deram entradade uma pergunta na Assembleia daRepública, dirigida ao Ministro daSaúde. “Quais são as fundadas dú-vidas sobre a efetiva defesa do inte-resse público que determinaram adecisão governamental que jus-tificam esta reversão?”, foi uma dasquestões levantadas pelos deputadosdo PSD que querem saber, também,quais os custos envolvidos na rever-são, nomeadamente no que a indem-nizações às misericórdias diz respei-to, se estão garantidas às populaçõesde Santo Tirso e da Trofa as novasvalências asseguradas pelo acordo equal a previsão para que o Hospitalesteja completamente operacional. “Es-peramos que o sr. Ministro da Saúde,que sem mais nem menos, sem qual-quer explicação reverteu o acordo, res-ponda rapidamente para que os tirsen-ses possam ser esclarecidos”, subli-nha Andreia Neto. Já Virgílio Mace-do garante que os deputados do PSDdo Porto irão estar atentos a futurosinvestimentos, já que, “alguém quereverte um processo que ia ao encon-tro dos interesses da comunidade,tem uma opção melhor”. “Nós fica-mos a aguardar que seja imple-mentada”, conclui. |||||

PSD QUIS PÔRMISERICÓRDIACONTRA ACÂMARA, DIZ PS

Com 35 anos de existência e de ori-gem familiar, a “Têxteis Rarial” inau-gurou na passada sexta-feira, dia 22,o seu novo espaço. Depois de trans-ferir a sua sede, em Moreira de Cóne-gos, para Santo Tirso, a empresa estáagora sediada na Avenida da Rama-da, em Burgães.

O presidente da Câmara Munici-pal, Joaquim Couto, marcou presença

Empresa de têxteis-lar troca freguesiade Moreira deCónegos por BurgãesA EMPRESA TÊXTEIS RARIAL, AGORA SEDIADA EMSANTO TIRSO, EXPORTA PARA PAÍSES DETODO O MUNDO E ESTÁ EM FASE DE EXPANSÃO

na inaugurou das novas instalaçõesda empresa, sublinhando, na ocasiãoas vantagens da localização do mu-nicípio para os negócios que se ins-talam no concelho: “Temos grandesvantagens em termos de marketingterritorial e municipal, como a locali-zação do aeroporto e a situação es-tratégica a 15 minutos de Braga, Gui-marães e Porto. Para além disso, con-tamos com uma massa qualificada derecursos humanos, quer em SantoTirso, quer nos municípios vizinhos”.

“Somos uma Câmara amiga dasempresas e das famílias, o que contamuito para um ambiente amigável, decordialidade e sensibilidade entre aautarquia e o mundo empresarial”,destacou ainda Joaquim Couto su-blinhando por outro lado as váriasmedidas de apoio ao investimentono concelho, como Gabinete deApoio ao Investidor, a redução detaxas e impostos municipais

Com uma marca de fabrico pró-prio, a ‘Dona Erago’, a empresa temvindo a crescer e a internacionalizar-se. A rede de 10 lojas espalhadaspor todo o país, emprega 90 traba-lhadores no seu conjunto, 16 delesem Santo Tirso. Com uma filial emMoçambique, a exportação representa30% do volume de faturação totalda empresa. Espanha, França, Ango-la e África são os principais destinosde exportação.

Otimista com a internacionalizaçãoda empresa, o fundador da ‘TêxteisRarial’, Raul Palavras, refere ainda oobjetivo tornar a marca ‘Dona Erago’uma referência nacional: “Queremosfazer desta casa uma referência, nãosó para o concelho de Santo Tirso,mas também para a região norte, por-que temos muitos clientes nesta zonado país”, refere Raul Palavras.

A empresa, que produz e comer-cializa ao público, mas também a re-talhistas e a armazéns, conta com umavasta gama de artigos de têxteis-lar,bem como alguns apontamentos deimobiliário. ||||| CMCMCMCMCMSSSSSTTTTT (TEXTO EDITADO)

“Temos grandes vantagens em termos de marketing territoriale municipal, como a localização do aeroporto e asituação estratégica a 15 minutos de Braga, Guimarães e Porto”.JOAQUIM COUTO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

EMPRESAS & NEGÓCIOS

JOAQUIM COUTO COM OFUNDADOR DA ‘TÊXTEISRARIAL’, RAUL PALAVRAS, NAINAUGURAÇÃO DAS NOVASINSTALAÇÕES DA EMPRESA

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12 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

ATUALIDADE

S. TOMÉ DE NEGRELOS

1991 - 2016 / 25 anos25 anos25 anos25 anos25 anos

AV. COMENDADOR ABÍLIO F. OLIVEIRA, 122 / S. MARTINHO DO CAMPO

CAFÉ ROMPANTE

No passado dia 14 de janeiro, oAgrupamento de Escolas D. Afon-so Henriques (AEDAH) desafiou osalunos a falar de doping e levou àEscola Básica de S. Tomé de Negre-los Narciso Oliveira, médico especia-lista em medicina desportiva, Quim,guarda-redes do Desportivo dasAves e o ‘personal treiner’, MiguelAndrade, para um debate modera-do pela jornalista Susana Cardoso.

Os jovens tiveram oportunida-de de conhecer de perto históriasreais contadas pelos intervenientese perceber as consequências do con-sumo de substâncias associadas àatividade desportiva. Narciso Olivei-ra salientou que se algumas podemprovocar uma dependência para oresto da vida, outras podem mes-mo ser fatais. Ainda assim, subli-

Agrupamentoescolar pôs alunosa falar de ‘doping’JORNALISTA SUSANA CARDOSO MODEROU DEBATEREALIZADO, EM MEADOS DESTE MÊS,NO ÂMBITO DO PROGRAMA ERASMUS +

João Carneiroreconduzidona direção da Arva

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“O que estamos a fazer neste iníciode mandato é criar infra estruturasque melhorem o passado, corrijam omenos bom e se possível se dê umadinâmica maior à ARVA e a todo oconjunto dos associados”, garantiuao Entre Margens o presidente, apósa tomada de posse. João Carneirodiz-se ciente dos desafios que têmpela frente e do elevado do grau deresponsabilidade que este mandatoacarreta. Esta é a primeira vez que aAssociação elege corpos sociais para

ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS DE VILA DAS AVESFOI A VOTOS NO FINAL DO ANO PASSADO E ATOMADA DE POSSE ACONTECEU A 16 DE JANEIRO.JOÃO CARNEIRO CONTINUA À FRENTE DA ASSOCIAÇÃO.

com o contributo de todos os ele-mentos nas funções para as quaisforam indigitados, com dedicação, res-peito e pontualidade, sempre respei-tando as regras e hierarquias dos es-tatutos gerais e da lei instituída”.

Mas as diferenças não se ficam poraqui. O presidente acredita que a“Arva precisa de um elenco capaz dedar o seu melhor para que a associa-ção continue igual a si própria e me-lhore” e, para tal, o primeiro passo foia delegação de tarefas através da divi-são de setores. “O primeiro vice-pre-sidente fica com o setor administrati-vo e o segundo vice-presidente ficacom a área mais económica e finan-ceira”. João Carneiro acredita que opequeno “alívio” de tarefas lhe vaidar a possibilidade de resolver asquestões internas de forma mais pró-xima e célere.

Fazer melhor do que foi feito atéaqui é um dos objetivos da nova dire-ção e isso passa também por “resol-ver alguma negligência e distraçãode alguns associados no cumprimen-to dos seus deveres”. “Não vamos es-tar, como antes, preocupados em re-ceber mais sócios, prefiro que entremmenos mas que os que vierem este-jam convictos do que é o associativis-mo, dos seus direitos e deveres”. Issoe aproveitar ainda mais as “instala-ções excelentes” da associação.|||||

quatro anos, fruto do decreto-lei, ar-tigo nº172-A de 14 de novembrode 2014. João carneiro garante que,estando à frente da ARVA só há umcaminho: “cumprir integralmente a lei,

VILA DAS AVES

“A Asscoiação de Refor-mados precisa de umelenco capaz de daro seu melhor para quea associação melhore”JOÃO CARNEIRO

nhou que no que ao futebol dizrespeito o controle anti doping écada vez mais apertado o que levaa que atualmente o número de ca-sos seja quase inexistente. Quim,por outro lado, explicou o impactoque uma simples suspeita, ainda queinfundada pode ter na carreira deum atleta, enquanto Miguel Andra-de explicou que apesar de não terconhecimento de casos de doping,a verdade é que nos ginásios nãosão feitos quaisquer rastreios.

O evento está inserido no pro-jeto internacional em que o Agru-pamento Escolar está envolvido, oPrograma Erasmus +, que contacomo parceiros escolas da Itália,Espanha, Polónia, Gales e Lituânia.O projeto debruça-se sobre o des-porto e hábitos de vida saudável. |||||

25 anos cheios de históriasNasceu a dois de fevereiro de 1991 pelas mãos de DomingosRompante e é de mãos dadas com os seus clientes e amigosque se mantém de portas abertas até hoje. O CaféRompante, no número 122 da Av. Comendador AbílioFerreira Oliveira, em S. Martinho do Campo, comemora esteano 25 anos ao serviço da população. São 25 anos dehistórias, momentos e pessoas que se deixaram e continuama deixar contagiar pelo ambiente familiar que por lá se vive.

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Clube do Rioreabriu cominstalações ‘premium’

O renascimento estava mais do queanunciado mas nada fazia prever adimensão que o evento iria alcançar.A noite do passado dia 23 foi deglamour, requinte e sobretudo emo-ção com a reabertura do Clube doRio um dos espaços excelência parao exercício físico em Vila das Aves.

As novas instalações, garante Su-sana Fonseca, que juntamente com omarido, Rui Areal, dá alma ao espa-ço desde 2012, são ‘premium’, algoque “não existe na região”. A verdadeé que cada detalhe parece pensadoao pormenor, desde o ambiente jun-to à piscina, ao jardim exterior, à salade cycling ou à sala maior onde a

ESPAÇO REABRIU NO PASSADO SÁBADO, COM INSTALAÇÕESCOMPLETAMENTE RENOVADAS E EM AMBIENTE DE FESTA

grande parte dos equipamentosdesportivos se encontra. O espaço éa verdadeira definição de um ‘openspace’ onde a proximidade se con-funde com a profundidade dada pe-los espelhos.

O espírito, o rigor e o profissiona-lismo assegura serem os mesmos.“Continuamos com os mesmos valo-res, com a mesma postura, com o mes-mo rigor profissional, com a mesmavontade de fazer pessoas felizes, defazer pessoas saudáveis, de tornarpessoas ativas, continua tudo igual”,refere. Felicidade podia, de resto, sera palavra escolhida para definir a noi-te, que juntou amigos, clientes, e fi-

guras do concelho. Rui Areal garan-te que as novas instalações são a“concretização de um sonho”. “No dia2 de janeiro de 2012 quando adqui-rimos este espaço o nosso sonho co-meçou aí, fomos criando condiçõespara que este momento pudesse acon-tecer. Acima de tudo muitas coisasfomos mudando dentro do próprioespaço, não só a nível de infra-estru-tura, mas também relacionado com ocapital social, com os nossos colabo-radores, com a equipa do Clube doRio”. No Clube do Rio, todos se conhe-cem pelos nomes, partilham experien-cias e “todos são especiais”. “O nos-so sonho está concretizado mas nossomos exatamente os mesmos, comos mesmos propósitos, com a mesmaalegria, com a mesma humildade. Nãomudou nada, apenas lhes demos mui-to mais conforto”, sublinha Rui Areal.Mas com as novas instalações virãotambém grandes novidades, e maisdiversificação, até porque, para SusanaFonseca, “o céu é o limite”. Com 33colaboradores e 1200 alunos ativos,todos os meses, o Clube do Rio pro-mete, agora, como antes, dar às pes-soas o melhor de si, continuar a torná-las ativas e a dar provas de que sersaudável também passa por estar ro-deado de quem traz felicidade. ||||||

PUBLIREPORTAGEM

“Continuamos com os mesmos valores, com a mesmapostura, com o mesmo rigor profissional, com amesma vontade de fazer pessoas felizes, de fazer pessoassaudáveis, de tornar pessoas ativas, continua tudo igual”.SUSANA FONSECA

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ATUALIDADE

“A Câmara está preocupada emarranjar alternativas paraque o concelho continue a viver”

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Está em fase de franco crescimento,produz por mês 250 toneladas degaze purificada, “que se destina a fa-zer compressas ou outros materiaisde centro cirúrgico”, 60% das quaisdirecionadas à exportação. Atual-mente conta com cerca de 70 funci-onários mas o objetivo é chegar aos100 já no próximo ano. Luís An-drade, administrador da empresa, as-segura que a Ada Fios, que se insere

SEDIADA HÁ CERCA DE UM ANO EM SANTA CRISTINA DO COUTO A ‘ADA FIOS’ QUER CHEGAR,EM 2017, AOS 100 FUNCIONÁRIOS. NO PASSADO DIA 20, A AUTARQUIA VISITOUAS SUAS INSTALAÇÕES, SITUADAS ONDE, ANTERIORMENTE, FUNCIONAVA A ARCO FIOS

no grupo Ada, se instalou em SantoTirso por vários fatores. “Além de terboa gente, tem muito potencial dis-ponível, muito ‘know how’, as pesso-as sabem fazer, são trabalhadoras”,garante, sublinhando também as faci-lidades de comunicação. “Entendemosque Santo Tirso está bem ligado aoresto do país e tem aqui neste sítiouma zona industrial que me pareceexcelente, um sítio excelente para sefazer uma boa fábrica”, acrescentou.

Finda a visita às instalações, Luís

Andrade disse ver Santo Tirso comouma autarquia moderna, com “cons-ciência de que é preciso criar empre-sas, é preciso criar emprego e é pre-ciso criar bem-estar social”. “A Câma-ra está preocupada em arranjar alter-nativas para que o concelho conti-nue a viver, e parece-me fundamen-tal esta preocupação porque sem umasólida empregabilidade no concelhopenso que não é sustentável”, conti-nuou. E disso mesmo deu conta Jo-aquim Couto que sublinhou a von-tade da autarquia de desenvolver oconcelho de modo sustentável, “quecrie mais emprego e que entre final-mente numa situação de estabilida-de social face à crise que está a pas-sar”. O presidente da Câmara lem-brou as fortes ligações do Vale doAve ao têxtil, sublinhando algumasdiferenças, nomeadamente no con-celho. “Hoje a têxtil no vale do ave eem Santo Tirso está essencialmenteligado às tecnologias, à moda, aodesign, à qualidade, à marca e esse éum processo que está a evoluir rapi-damente e Portugal pode afirmar-se,porque no contexto europeu, Portu-gal tem um conjunto de mais-valiasque mais ninguém tem”.

Com um novo ano a iniciar-se,Joaquim Couto assegura que as ex-pectativas de crescimento no conce-lho se revelam favoráveis. “Há umconjunto de empresas já instaladasque estão a alargar-se e a aumentar,há empresas novas que vem para onosso município, há pequenas e microempresas que estão a nascer todosos dias e portanto o desemprego di-minuiu drasticamente no último tri-mestre de 2015”. O presidente acre-dita que o concelho está no bomcaminho “para conseguir o objetivode melhores empregos, mais empre-sas sobretudo baseadas na qualida-de, na tecnologia e numa adaptaçãomais rigorosa aos mercados e essecaminho trará, com certeza mais ri-queza e melhor qualidade de vidapara as pessoas”, concluiu. |||||

EMPRESAS & NEGÓCIOS

EM FRANCO CRESCIMENTO,A ADA FIOS PRODUZ PORMÊS 250 TONELADAS DEGAZE PURIFICADA, “QUE SEDESTINA A FAZERCOMPRESSAS OUOUTROS MATERIAISDE CENTRO CIRÚRGICO”

A causa do Super T não deixa nin-guém indiferente e prova disso étambém o associativismo negre-lense se juntou para levar a caboum mega evento de angariaçãode fundos e donativos. A ideiainicial parte de todas as Associa-ções da Freguesia de S. Tomé deNegrelos com apoio da junta defreguesia e outros parceiros nestainiciativa e na causa da luta doTiago contra o seu problema desaúde. “Por ti a rir” é o nome doespetáculo de Stand up Comedyque ira acontecer no próximo do-mingo, dia 31, pelas 15 horas, nopavilhão desportivo da Escola Bá-sica de S. Tomé de Negrelos. Oespetáculo contará com a atuaçãode nomes bem conhecidos dopanorama nacional como HugoSousa, João Seabra, Joel RicardoSanto e Paulo Baldaia. A entradatem um custo de 5 euros masquem assim o entender pode fa-zer contributos acima desse valor.A entrada será limitada a cercade dois mil lugares. |||||

‘Por ti a rir’este domingopara ajudaro Super T

S. TOMÉ DE NEGRELOS

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ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 15

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No âmbito do projeto anual “Dá-meMúsica”, os alunos do Jardim Infân-cia e do 1º Ciclo do “Colégio A Tor-re dos Pequeninos” receberam o com-positor, maestro e professor José Ma-nuel Pinheiro no âmbito das celebra-ções do Dia Mundial do Composi-tor que ocorreu no passado dia 15de janeiro. O Dia Mundial do Com-positor surgiu pela primeira vez noMéxico em 15 de janeiro de 1945 eé oficialmente celebrada no mundodesde 1983. José Manuel Pinheiro,o compositor convidado para o even-to, nasceu a 20 de fevereiro de 1972em S. Mamede de Infesta – Matosi-nhos e leciona, no Conservatório deMúsica do Porto e na visita ao colégio,expressou o seu agrado pela iniciati-va: “Foi um prazer partilhar um poucoda minha experiência com uma plateiade potenciais compositores, porquetodos em qualquer idade podemos

No dia 8 de janeiro, foi levada àcena, na Biblioteca Municipal, a peçade teatro “Auto da Barca do Infer-no”, de Gil Vicente, representadapelos alunos do 9.º ano da EscolaBásica e Secundária D. Dinis. Paraos ensaios reuniram-se vários alu-nos das turmas do 9.º ano, tendosido os papéis entregues de manei-ra a que toda a gente ficasse comum personagem de que gostasse.Os ensaios foram executados commuito entusiasmo e boa disposição.Na nossa opinião, esta peça foi mui-to divertida de fazer, pois as profes-soras, que realizaram um ótimo tra-balho, foram bastante flexíveis e dei-xaram-nos improvisar algumas par-tes para tornar a peça mais apelativa.

Todos os alunos e professoresque participaram e ajudaram a or-ganizar a peça fizeram um excelen-te trabalho. No final da peça, o

AREIAS

estreia absoluta. Assim, no tradicio-nal convívio de Natal, mais de meiacentena de crianças dos 3 aos 5anos cantaram esta peça musical, bri-lhando como estrelas do palco e dofirmamento e contagiando à plateiade mães e pais a paz e a alegria doNatal. “É uma peça original que trans-mite conhecimentos sobre astrono-mia, mas também os valores da espe-rança, do amor e da ternura que ca-racterizam o Natal. A própria músicae o cantar em coro é um pouco isso:o canto em conjunto faz desenvol-ver sentimentos únicos de coesão,harmonia e fraternidade. E isso foivisível na postura, na disciplina e naentrega de todas as crianças. Estoumuito orgulhoso dos meus alunos”,afirmou Rui Costa, professor de Ex-pressão Musical. O espetáculo con-tou com a colaboração da cantoraCristina Silva e com a presença doautor e compositor da peça musical.A apresentação da opereta “A Estre-la do Natal” repetiu-se, no dia 22 dedezembro, desta vez nas instalaçõesda Torre Sénior para todos os resi-dentes desta instituição. Sempre comsala cheia, assistiram às apresentaçõescerca de trezentas pessoas. ||||| torredos pequeninos (texto editado)

SANTO TIRSO

Alunos da secundáriaD. Dinis levaramà cena o “Autoda Barca do Inferno”

feedback que recebemos dos nos-sos colegas foi muito positivo, todaa gente se riu com o papel do “Par-vo” (interpretado por um aluno do9.ºA) que esteve na maior parte dascenas. Contámos, também, com aparticipação de três colegas (duascom violinos e uma com viola dearco) que tocaram um trecho musi-cal da época no início da repre-sentação da peça vicentina, com aajuda de alguns alunos do 12.ºano e com os responsáveis pelaroupa, luzes e som.

A peça foi um sucesso, toda agente que assistiu gostou e foi umaexperiência única, dado que conhe-cemos pessoas novas e ganhamosconhecimentos que, provavelmen-te, de outra maneira não iríamosadquirir. ||||| DIOGODIOGODIOGODIOGODIOGO CRUZCRUZCRUZCRUZCRUZ E JOANAJOANAJOANAJOANAJOANA

ALMEIDAALMEIDAALMEIDAALMEIDAALMEIDA,,,,, ALUNOS DA ESCOLA BÁSICA E

SECUNDÁRIA D. DINIS (TEXTO EDITADO)

brincar com os sons e organizá-lospara fazer a nossa música! Bem ha-jam as Escolas que valorizam as artese que promovem estas simbólicas masgrandes atividades!” Graça Couto,Coordenadora Pedagógica, realçouque “estas iniciativas são importantespela ligação à comunidade e à realida-de profissional e artística, contribuin-do para uma compreensão mais con-textualizada e significativa do mun-do e do lugar que cada um ocupaou pode vir a ocupar na sociedade.”

ÓPERA INFANTIL PELOSALUNOS DO JARDIM DE INFÂNCIANo passado dia 18 de dezembro etambém integrado no projeto “Dá-meMúsica”, os alunos do jardim-de-in-fância do Colégio A Torre dos Pe-queninos deram vida à mais recenteópera infantil “A Estrela de Natal” deautoria de José Carlos Godinho, em

Dia Mundial doCompositorno projeto‘Dá-me Música’

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EM ANALISE´́́́́

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

O mensário “Notícias de Santo Tirso”publicou, na sua edição de novembropassado, uma longa entrevista com o

O FUTURO DA ESCOLAAGRÍCOLA, A MISERICÓRDIAE O LEGADO DOCONDE DE S. BENTO

a par disso é referida “uma renda devalor muito alto” a substituir um subsí-dio que anteriormente a SCMST rece-bia, depois de um acordo em que “pas-saram (…) em cima do testamento doConde de S. Bento”. A Misericórdiaargumenta, por seu turno, que o referi-do acordo foi o desfecho de uma açãojudicial que a SCMST interpôs contrao Estado porque, até então, recebiaalgo como 740 contos anuais comosubsídio (destinado à manutenção doAsilo), sem qualquer outra contrapar-tida pela cedência do usufruto dasquintas ocupadas pela escola. E, nes-sa altura, ficou acordada a cedênciado prédio por mais 23 anos, “tempomais que suficiente para que fosseencontrada uma alternativa para a Es-cola Agrícola”, segundo a SCMST.

... A PROPÓSITO DE UMA ENTREVISTA PUBLICADA NO “NOTÍCIAS DE SANTO TIRSO”

diretor da Escola Profissional Agrí-cola Conde de S. Bento, Carlos Frutuosa(CF). O trabalho apareceu sob o títu-lo “Vontade do Conde de S. Bentoafrontada se a Escola Agrícola fecharem 2025”. Posteriormente a SantaCasa da Misericórdia de Santo Tirso(SCMST), proprietária das instalaçõesda Escola, publicou um esclarecimen-to sobre afirmações proferidas na en-trevista referida que considera lesi-vas da instituição. A leitura, quer daentrevista quer da réplica da Miseri-córdia, levanta várias questões quenos parece pertinente analisar.

O pano de fundo da entrevista éa perspetiva de encerramento da es-cola em 2025, prazo que resulta deacordo assinado entre o Ministérioda Educação e a SCMST em 2002. E

A Escola Agrícola é um estabeleci-mento público de ensino desde 1913,ano em que por decreto publicadoem 25 de junho, o governo da Repú-blica aceitou receber o usufruto daQuinta de Fora, da Quinta de Den-tro e da Coutada de Burgães paratransformar o “Asilo Agrícola do Con-de de S. Bento”, então existente, em“escola fixa de ensino profissional deagricultura” na dependência da Cir-cunscrição dos Serviços Agrícolas. Arazão da entrega ao Estado é expli-cada no texto introdutório do decre-to: “como, porém, para dirigir umainstituição de tal natureza é indis-pensável pessoal técnico devidamentehabilitado, torna-se difícil à Miseri-córdia, por carência daquele pessoal,cumprir satisfatoriamente o legado”(do Conde de S. Bento, explicita otexto noutro parágrafo).

Porém, a consulta do testamento doConde de S. Bento e do de seu sobri-nho José Luís de Andrade não confir-ma tal legado na forma como vem refe-rido. Esses documentos estão transcri-tos no número 9 dos “Cadernos deCultura Ave” (Câmara Municipal deSanto Tirso, 1999), dedicado a JoséLuís de Andrade, da autoria do PadreLuís Gonzaga Martins Pinheiro e aípode ler-se que o Conde apenas di-tou que “para o resto da minha heran-ça nomeio por universal herdeiro omeu sobrinho José Luís de Andrade,mas com a condição de ele só ter ousufruto e por sua morte tudo passa-rá a corporações religiosas e estabe-lecimentos de caridade que por eleforem escolhidos”. Ora José Luís deAndrade, por sua vez e cumprindo avontade do tio, fez contrato com aMisericórdia adjudicando a esta “osrespetivos bens da herança em pro-priedade”, renunciando ao direito denomear outros herdeiros e cedendotambém o usufruto, que tinha, de duasquintas. Mas tal renúncia e tal cedên-cia tinham condições. Entre estas con-dições encontram-se algumas da mai-or importância para a então Vila deSanto Tirso pois definiram novos ar-ruamentos, deram origem à criaçãoda ‘Fábrica de Santo Thyrso’ e estabele-ceram a fundação da futura escolaagrícola. Assim: “a segunda outorgantefundará um Asilo Agrícola pelo siste-ma dos dirigidos por Fellemberg eWeheli, sectários de Pestalozi, sendo

O ‘Asilo Agrícola’ quese transformou emEscola: um pouco dehistória

QUE CONSEQUÊNCIAS TERÁ NAPAISAGEM, NO PATRIMÓNIO E NOURBANISMO DA CIDADE OANUNCIADO FIM DA ESCOLAAGRÍCOLA É QUESTÃO AQUE SÓ TEMPO DARÁ RESPOSTA.

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ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 17

O risco de Santo Tirso perder a Escola Agrícola é enorme mas não parece queisso seja por causa da Misericórdia. O Estado vai, provavelmente, fazercumprir o contrato que assinou e devolver as instalações extinguindo a Escola”.“

especialmente para essa fundação queele, primeiro outorgante, faz a cedênciado usufruto daquelas duas quintas”.

Verifica-se assim que havia ummodelo pedagógico a orientar o de-sígnio de José Luís de Andrade: aescola de Hofwyl, na Suíça, uma esco-la autossustentada pela sua própriaprodução agrícola, onde jovens dasclasses desfavorecidas faziam a suaaprendizagem escolar e profissionale que foi, também, complementadacom cursos de agricultura para jovensdas classes com poder económico pa-ra poder pagar os estudos e, dessaforma, ajudar à sustentação econó-mica da escola.

Como foi atrás referido e justifica-do, o Asilo Agrícola passou a escolapública em 1913 e o decreto que de-fine a sua organização consagrou oensino gratuito, tanto para internoscomo para externos, dando preferên-cia na admissão na classe de inter-nos a rapazes pobres, órfãos, abando-nados e filhos de indigentes, da fre-guesia de Santo Tirso primeiro e de-pois do concelho. Outras disposições,como a remuneração dos alunos pe-los serviços úteis prestados, fazem crerque, em 1913, o modelo de Hofwylainda orientava a missão da escolae que a SCMST se comprometia comos objetivos e com esse modelo (aoceder o usufruto das quintas).

Esta já tinha sido a perspetiva doAsilo Agrícola. Mas José Luís de An-drade impôs também que nesse asi-lo houvesse uma secção para velhosde ambos os sexos. O esclarecimen-to da SCMST a propósito da entrevis-ta refere que nesse mesmo acordode 1913 ficou o Estado obrigado aentregar à Misericórdia um subsídioanual (o tal que em 2001 valia 740contos/ano) destinado a manter oasilo de velhos, que foi então trans-ferido para junto do hospital. Enten-de-se que a mudança do Asilo era adecisão lógica para não interferir coma organização da escola.

Pode, portanto dizer-se que, dum pon-to de vista formal, a SCMST não afron-tou nem poderá afrontar a vontade doConde de S. Bento ao aceitar a extinçãoda Escola Agrícola porque ele nadadispôs a respeito dela. E se pareceóbvio, também, que o falecimento deJosé Luís de Andrade (1899) faria ca-ducar o usufruto por ele cedido paraa criação da Escola, assumindo a Mise-ricórdia a propriedade plena, também

se pode afirmar que a continuidadeda instituição não foi nem deveria tersido, então, questionada já que serianormalmente esperada por todas aspartes. Não faz sentido pensar que JoséLuís de Andrade pretendesse umaescola efémera, condenada a desapa-recer após a sua morte, tanto mais queno contrato há muito mais em causado que a simples cedência dum usu-fruto: há uma renúncia ao direito quetinha de nomear outros herdeiros pa-ra o património do Conde… E pareceevidente que é esta interpretação davontade do testamenteiro, como exten-são da vontade do Conde, que justi-fica a transformação do Asilo Agríco-la em Escola na esfera do Estado, nu-ma perspetiva de melhoria da parteescolar do mesmo e com cedência dousufruto das quintas para manter aviabilidade da Escola. A Misericórdiaassume aí, estamos em crer, a vonta-de de José Luís de Andrade comoextensão da vontade do Conde. Porisso, parece razoável pensar que aSCMST tem alguma obrigação e res-ponsabilidade em salvaguardar, en-quanto possível e dentro de limites sen-satos, a Escola Agrícola Conde de S.Bento, pelo nome e pela história.

Mas a vontade de José Luís deAndrade concretizando e amplian-do a vontade do Conde de S. Bentonão sai atraiçoada com a extinçãoda escola por outros e bens maisfortes motivos. De facto, a verdadeirarazão da criação da escola foi a pro-moção de crianças e jovens carencia-dos através da educação, tendo aagricultura como instrumento peda-gógico e modelo de vida bem comocondição de subsistência da própriaescola. O objetivo da criação da es-cola não foi a promoção da agricul-tura pelo que ela possa significar paraa região ou para o país. Ora as crian-ças e jovens de hoje têm a educaçãobásica assegurada pelo Estado, o obje-tivo filantrópico esvaziou-se com o pro-gresso verificado em mais de um sécu-lo de vida da Escola. Não há nenhumargumento, para além dos argumen-tos históricos e sentimentais, para li-gar a continuidade da escola às dis-posições dos testamentos relativos àfortuna do Conde de S. Bento.

Revistos os fundamentos históricos daEscola Agrícola e deixando de ladoum percurso centenário que, natural-

mente, muito terá para contar e paraanalisar, atentemos nas preocupaçõesdo diretor da escola e nas reações quea SCMST divulgou. “Quando chegar-mos a 2025 vai ser preciso muita co-ragem para nos dizerem que temos defechar a escola”, afirmou Carlos Fru-tuosa, completando, “se a escola sairdaqui, mais cedo ou mais tarde istoserá para habitação, construção…”. Ea Misericórdia afirma: “mesmo hoje,a 10 anos da data prevista para a en-trega dos prédios, não se compreen-de a indignação do diretor da Esco-la Agrícola e as suas invetivas contraa Misericórdia e seus dirigentes, es-quecendo a inércia do Estado e, qui-çá, a sua própria inércia”.

Percebe-se que a necessidade deprocurar instalações alternativas é as-sunto a tratar desde 2002 e que issonão impediu que se investisse 1,6 mi-lhões de euros nas casas da Eira e docaseiro da Quinta de Fora… A SCMSTgarante que não pediu o que querque fosse ao Estado ou à Câmara Mu-nicipal”, “limitou-se a declarar que na-da teria a opor” após ter sido contacta-da pela Câmara, para que aí fossecriada a Escola de Hotelaria. E afirmaque “a Escola de Hotelaria só foi ins-talada na Quinta de Fora porque aEscola Agrícola entendeu que aque-le espaço não era necessário à suaatividade”. Como deve ser entendidaesta última afirmação se, de acordocom o que foi sendo difundido aolongo do processo de constituição edas realizações da Parceria de Regene-ração Urbana (PRU) a Escola e a Dire-ção Regional de Educação foram (são)parceiras da Câmara neste processode investimento e a Escola de Hotela-ria se destina à valorização dos cursosministrados pela Escola e ao aumen-to da oferta formativa da mesma?

A perplexidade de Frutuosa pe-rante a exigência, por parte da SCMST,de retomar, em 2025, os prédios on-de funciona a Escola, ajuda a expli-car, embora não justifique, o tom daentrevista e os desabafos do diretorcontra a Misericórdia. Mas esta, porsua vez, critica a inércia na procurade alternativas. Para quem está de forado processo parece claro que seriaperfeitamente possível a evolução daescola nas suas atuais instalações, enesse sentido as remodelações quederam origem às novas instalaçõespara a Escola de Hotelaria e Turismopareciam dar o rumo, com a condiçãode que o Estado assumisse a respon-sabilidade pelo pagamento de rendasjustas pelo uso do património, o quealiás parece que já acontece. Assim,as novas valências em instalações re-modeladas seriam, deste ponto de vis-

ta, uma âncora e uma esperança paraa escola. E seria realista pretender re-modelar também as instalações prin-cipais da escola, para lhe dar conti-nuidade mas também para preservaro histórico edifício? A possibilidadede renegociação da continuidade daEscola poderia ser honestamente en-carada pela SCMST, salvo se esta tiveroutro projeto sério e exequível deocupação do espaço do Mosteiro.

Mas, provavelmente, o Ministério ante-vê a extinção da Escola com natura-lidade e o prazo do contrato definiráo fim da mesma. E será assim porqueessa é a resposta mais fácil a outrasquestões pertinentes, como sejam: ascondições da escola são adequadasà realidade atual? Esta escola, aqui eagora, do ponto de vista do planea-mento estratégico da rede escolar,justifica-se? A diferenciação e especia-lização dos cursos oferecidos, o nú-mero de estudantes interessados eas alternativas possíveis justificam amanutenção da escola?

Em suma, o risco de Santo Tirso per-der a Escola Agrícola é enorme masnão parece que isso seja por causa daMisericórdia. O Estado vai, provavel-mente, fazer cumprir o contrato que as-sinou e devolver as instalações ex-tinguindo a Escola. As respostas queo Estado poderá dar às questões aci-ma referidas e a outros semelhantesdão-lhe muitos argumentos e nemsequer precisa de lamentar o investi-mento na Escola de Hotelaria a quedeu cobertura, porque as novas ins-talações podem serem usadas poroutra escola, pública ou privada…

Sabe-se, entretanto, que a Escola jáprescindiu também do uso de outrosterrenos da Quinta de Fora para pos-sibilitar a construção de uma “via pa-norâmica”, a surgir em breve. Prescin-dir de extensos e produtivos terrenosagrícolas é sinal de que o seu usoprodutivo não pesa nas práticas peda-gógicas nem na economia da Escolae possibilita-se, assim, à Misericórdiaautorizar ou antecipar a realização deprojetos que podem resultar em mais-valias com a valorização dos terrenos…E que ideias, que planos e projetoshaverá para os outros terrenos aindausados pela Escola? Que consequên-cias terá na paisagem, no patrimónioe no urbanismo da cidade o anunci-ado fim da Escola Agrícola é ques-tão a que só tempo dará resposta. |||||

A vontade do Condede S. Bento nãofoi afrontada. Mas...

Reabilitação de1,6 milhões naQuinta de Fora...para servir 10 anos?

ALGUNS REPAROS

A morte anunciadada escola vai mudara paisagem tirsense?

O Conde de S. Bento mereceu re-alce de página inteira na ediçãodo “Notícias de Santo Tirso” quepublicou a entrevista ao diretorda Escola Profissional com o seunome. É natural e legítima a refe-rência. Mas exige-se mais profun-didade na pesquisa da informa-ção e na sua validação para não secorrer o risco de defraudar os lei-tores escrevendo textos com im-precisões e informações erradas.Neste caso os erros são tantos queo reparo é necessário. Exemplos?Vejamos: referir o Asilo Agrícolae dizer que “o edifício foi inaugu-rado em 3 de janeiro de 1886” épropalar um erro crasso, confun-dindo a Escola Primária com oMosteiro. E é ridículo dizer que“repousa no jazigo (...) que estácolocado no meio do claustro doMosteiro de Santo Tirso”. Quemtal escreveu ou vivia no início doséc. XX e era necessário dizer quem,quando e onde escreveu, ou se foialguém que o escreveu agora esta-ria a observar um postal ilustra-

do dessa época. Há de facto umpostal a cores reproduzido napágina “Santo Tirso com histó-ria” (Facebook), que efetivamen-te mostra o jazigo do Conde noclaustro, mas no texto que tem aolado, fica bem claro que o tal jazi-go foi transferido para o cemitérioem 1932! E diz mais: nesse localestá uma magnífica ‘taça de pedra’do século XVII, felizmente de vol-ta ao seu sítio, depois de ter an-dado pela Quinta da Palmeira,pois tinha sido vendida quandoali fizeram jazer o benemérito. ||||

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CULTURA18 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Quando, em 2011, Guimarães davaa conhecer o seu Festival de DançaContemporânea, classificando-o co-mo mais uma “alavanca na estratégiaprogramática do Centro Cultural VilaFlor” o contexto da dança e das artesperformativas em geral não era, de to-do, o mais animador. De então paracá, muito mudou: a dança contem-porânea marca hoje as agendas dosteatros municipais (dois exemplos bempróximos; dia 6 de fevereiro a coreo-grafa Né Barros apresenta o seu maisrecente espectáculo “Lastro” em Fa-malicão, e dia 25 “Still Life” do gregoDimitris Papaioannou chega ao Tea-tro Circo de Braga) e o Porto – atra-vés do Teatro Rivoli – recupera agoraa dinâmica de outros tempos e pre-para-se para deixar marcas em Gaiae Matosinhos ao lançar em abril pró-ximo o Festival DDD – Dias da Dança.

Até então, e para além do persis-tente festival de artes performativasde Vila do Conde (Circular) a norte, adança foi sempre encontrando umpalco privilegiado em Guimarães, atra-vés de uma programação que nuncase confinou ao cartaz do festival. Doisexemplos: não fosse a cidade, e o tra-balho de Tânia Carvalho, um dos no-mes mais importantes da dança na-cional, permanecia quase no anoni-mato, e o mesmo pode-se dizer dadupla Vítor Roriz & Sofia Dias, o pri-meiro natural de Santo Tirso.

Há hoje, mais palcos para a dan-ça e é nesse contexto que se realiza,

Celebração da dança emGuimarães faz-se, este ano,em diálogocom outras artesHÁ ESTREIAS NACIONAIS E ABSOLUTAS, DE NOMES CONSAGRADOS E EMERGENTESDA DANÇA CONTEMPORÂNEA. REGRESSAM KAORI ITO E A COMPANHIA DE ANNETERESA DE KEERSMAEKER. REVISITA-SE “KAASH” DE AKRAM KHAN E CONSUBSTANCIAM-SE CRUZAMENTOS VÁRIOS. NESTE LUGAR À DANÇA, HÁ ESPAÇO PARA TCHEKHOV,MAPPLETHORPE OU PARA A MÚSICA DE NITIN SAWHNEY E BRIAN ENO.É A EDIÇÃO DE 2016 DO GUIDANCE, QUE SE REALIZA ENTRE 4 E 13 DE FEVEREIRO

pelo sexto ano consecutivo, o GUI-dance. Por isso, talvez valha a penaquestionarmo-nos sobre o que tempara mostrar, no agora, o festival vi-maranense. Natural de Vila das Aves,o programador do GUIdance, RuiTorrinha, ajuda na resposta ao subli-nhar o pensamento programático queorientou a edição deste ano: “cons-truir um festival de diálogos. Ou seja,a dança contemporânea na sua maiscompleta relação com as outras artes.Definimos quatro pontos cardeaispara incendiar criativamente as novepeças do programa deste ano. A sa-ber: teatro, música, literatura e artesvisuais onde se inclui a fotografia.Teremos Tchekhov, Mapplethorpe,Anish Kapoor, Nitin Sawhney, BrianEno, Shakespeare, entre outros.”

ESTREIAS ABSOLUTAS DE NOVOSTRABALHOS DE VICTOR HUGOPONTES E MIGUEL MOREIRAA abertura do GUIdance aconteceno dia 4 de fevereiro, às 22h00, nogrande auditório do Centro CulturalVila Flor (CCVF), com a estreia absolu-ta de “Se alguma vez precisares da mi-nha vida, vem e toma-a”. Novo espetá-culo do coreografo vimaranen-se Vic-tor Hugo Pontos que parte de umtexto de Tchékhov, “A Gaivota”, parao “despojar de palavra e o transfor-mar em dança”. Na noite seguinte, àmesma hora, no pequeno auditóriodo CCVF sobe ao palco “Hu(R)mano”que o jovem coreografo Marco daSilva Ferreira estreou há um ano noPorto e que, desde então, não para

de circular dentro e fora do país.No dia 6, às 19 horas, a Black Box

da Plataforma das Artes e da Criati-vidade (PAC) recebe a estreia nacio-nal de “Hyperfruit”, de Ludvig Daae,uma peça que se debruça sobre aforma como comunicamos nos diasde hoje. À noite, o grande auditóriodo CCVF acolhe outra estreia: a de“Maremoto”, de Miguel Moreira, dacompanhia Útero que regressa aofestival no arranque da segunda se-mana, a 10 de fevereiro, para a apre-sentação, na Black Box da PAC, daremontagem do marcante espetáculode 2002, “Parede”.

No dia 11, o grande auditório doCCVF recebe uma nova remontagem,desta vez de Akram Khan: “Kaash”.Há 14 anos, Akram Khan uniu esfor-ços com o célebre escultor Anish Ka-poor e com o compositor Nitin Saw-hney para concretizar este espetáculo.“Kaash” (palavra hindi que significa“e se”) constrói pontes entre os mun-dos da dança contemporânea e a for-ma de dança clássica indiana.

No dia 12, às 22 horas, regressaao pequeno auditório do CCVF a ja-ponesa Kaori Ito que traz a Guima-rães a estreia nacional de “Je danceparce que je me méfie des mots”. Efá-lo na companhia do seu pai, oescultor Hiroshi Ito, para a ‘dança deuma vida”. No último dia do GUI-dance, 13 de fevereiro, o festival apre-senta novamente dois espetáculos. À

tarde, a Black Box da PAC rece-be “Nevoeiro”, de Luís Guerra. Ànoite, retorna ao grande auditório doCCVF para apresentar, em estreia na-cional, “Golden Hours (As you likeit)”, de Anne Teresa De Keersmaeker,da companhia Rosas. “Golden Hours(As you like it)” esconde uma peçade teatro na dança, um encontro en-tre o álbum “Another Green World”,de Brian Eno, e a comédia clássicade Shakespeare, “As you like it”. Paraesta performance, De Keersmaeker ex-plora um elenco de onze jovens bai-larinos, acendendo os seus expres-sivos movimentos idiossincráticosatravés de uma paleta de dança rica,colorida e energética.

À semelhança das edições ante-riores, o GUIdance apresenta tam-bém um cartaz de atividades parale-las: há masterclasses com Victor Hu-go Pontes e a Akram Khan Company,há conversas pós-espetáculo comVictor Hugo Pontes, Miguel Moreirae Kaori Ito e há um debate modera-do por Cláudia Galhós. Mais infor-mação em: www.ccvf.pt

Numa colaboração com o EntreMargens, tem a organização doGUIdance para oferecer aos lei-tores deste jornal cinco (5) bi-lhetes individuais para quatro(4) espetáculos integrados naedição deste ano do festival.

São eles: “Se Alguma Vez Pre-cisares da Minha Vida, Vem eToma-a” de Victor Hugo Pontes(4 fevereiro, às 22 horas no CCVF);“Maremoto” de Miguel Moreira (6fevereiro, às 22 horas no CCVF);“Kaash” de Akram Khan (dia 11,às 22 horas no CCVF) e “GoldenHours (As You Like It) de AnneTeresa de Keersmaeker (13 feve-reiro, às 22 horas no CCVF). Parase habilitarem aos bilhetes dis-poníveis, os interessados devemenviar um e-mail para: [email protected] indi-cando o espetáculo que preten-dem assistir, habilitando-se assima um dos bilhetes a distribuir pe-los leitores deste jornal. O passa-tempo termina ao meio-dia do diaanterior à data de apresentaçãode cada espetáculo referenciadoneste passatempo. Ganham os pri-meiros cinco participantes. |||||

GANHEBILHETES PARAO GUIDANCE

EM ESTREIA ABSOLUTA, ESPE-TÁCULO DO COREOGRAFOVICTOR HUGO PONTES ABREEDIÇÃO DE 2016 DO GUIDANCE(FOTO: JOSÉ CALDEIRA)

GUIDANCE - FESTIVAL DE DANÇA CONTEMPORÂNEA DE GUIMARÃES

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ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 19

´INQUERITO“Um serviço de saúde deexcelência faz muitafalta ao nosso concelho”INQUÉRITO A SUSANA FONSECA, ‘GENERAL MANAGER’ DO CLUBE DO RIO

Natural de Vila das Aves, Susana Fon-seca é licenciada e pós-graduada,exercendo a sua atividade como en-genheira há 20 anos. Em janeiro de2012, juntamente com o seu marido,Rui Areal, abraçou aquilo a que de-signa por “o nosso sonho de proje-to”, ou seja, o Clube do Rio - Centrode Fitness, Escola de Natação, Saúde,Beleza e Bem Estar.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?De várias coisas, mas um serviço desaúde de excelência faz muita faltaao nosso concelho.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?De iniciativas dinâmicas que promo-vam e divulguem o que de melhortemos na nossa terra e na nossa re-gião, levando a uma maior participa-ção e união da população.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?De todas aquelas que consigam darmais qualidade de vida à população.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Não tenho palpite algum, mas enten-do que esse projeto deveria estar con-cluído o quanto antes. Acredito queseria possível, através daquele espa-ço, divulgar e promover o nosso con-celho, de forma marcante, ao nívelda arte, cultura e entretenimento. Épreciso levar o concelho para alémdos limites geográficos.

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia, porque acredito nasMulheres! Acredito que uma Mulherque reúna competência, sensibilida-de e capacidade de fazer e gerir umaboa equipa de trabalho, tem os facto-res fundamentais para construir umcaminho de sucesso, seja na políticaou noutra área qualquer.

A Casa de chá, no Parque D. Maria IIdá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Um Dom Pérignom. É um lugar queme traz boas recordações e onde gos-to de ir com o meu marido e os meusfilhos, especialmente no verão.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que……os valores morais se sobrepunhamaos valores materiais. Sinto-me privi-legiada pelos ensinamentos que osmeus pais me transmitiram e que fa-zem de mim a pessoa que hoje sou.

Eu faria um abaixo-assinado para……realizar uma verdadeira reforma naEducação. Entendo que os programasescolares estão desadequados, queos professores estão limitados, quer noseu âmbito da sua atuação quer nasua autoridade, e que as escolas estãoainda muito aquém, a nível de recur-sos, daquilo que se exige neste século.

Onde se comem os melhores jesuítas?Na Confeitaria Moura. É uma casade referência!

Eu pagava para……ver uma atuação política baseadaexclusivamente nos interesses públi-cos e não em interesses pessoais.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Julgo que esse dia acontecerá, quan-do se encontrar uma pessoa (que opartido identifique e valide) que con-siga claramente mostrar à populaçãoum projeto fundamentado, baseadoem atitudes e valores tais como ho-nestidade, dignidade e pró-atividade.

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?Com pessoas negativas e destrutivas.Gosto de gente que não se agarraaos problemas e se foca, antes, emsoluções. Gosto de gente que gostae se orgulha de fazer bem feito. Gos-to de gente com garra e determinação!

Com quem é que gostava de se coli-gar?Com pessoas de bem consigo pró-prias e de bem com a vida! Com pes-soas corretas e íntegras. Este tipo decoligação traz sempre grandes resul-tados.

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Julgo que é Maria do Céu, mas pes-soalmente não conheço.

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara um novo parque no concelho?Antes de um novo parque no conce-lho, parece-me que há obras de ca-rácter prioritário para se realizarem.

A quem dava com um pau de selfie?A todos aqueles que não conseguem,com hombridade, desempenhar asfunções que lhes foram atribuídas eque colocam os interesses pessoaise o deslumbre pela exposição mediá-

tica, à frente das necessidades cole-tivas daquilo que representam.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Sim! O importante é que a “pedala-da” seja extensível às várias freguesi-as do concelho! As boas festas, asfestas bem organizadas, as festas comum propósito, são importantes. Dina-mizam, geram movimento de pesso-as de dentro e fora do concelho,geram movimento de recursos, ge-ram receita e geram alegria.

A quem oferecia uma medalha demérito?A quem (individual ou empresa) con-tribuísse de forma definitiva para acausa do Super T. Sou mãe, e o casodo Tiago não é indiferente a ninguém,especialmente a quem tem filhos. Eleprecisa de ajuda, ajuda rápida. Os paiscrêem que a sua salvação passa pe-los tratamento nos EUA, mas para talé necessário elevado apoio financei-ro. Muitas têm sido as iniciativas de-senvolvidas na angariação desse su-porte financeiro (as quais são todaselas de louvar), mas dado o elevadovalor em causa, ainda há muito cami-nho para percorrer, pelo que acreditoque a solução seria haver um donativo,de alguém ou alguma instituição comforte capacidade financeira, que com-pletasse o valor em falta. Fica aqui oapelo! Hoje por ele, amanhã por qual-quer um de nós, pois todos nascemossem pedir e partimos sem querer. |||||

Sim (Santo Tirso tempedalada’ para tantafesta)! O importanteé que a ‘pedalada’seja extensível àsvárias freguesias doconcelho!SUSANA FONSECA

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20 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

DESPORTO

SEGUNDA OLIGA DE FUTEBOL // CD AVES

FUTEBOL // DISTRITAIS

17 - GUIMARÃES B 31

18 - LEIXÕES 30

19 - PENAFIEL 30

20 - SP COVILHÃ 29

21 - BENFICA B 28

23 - ORIENTAL 26

22 - MAFRA 26

2124 - UD OLIVEIRENSE

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - SC BRAGA B 38

10 - SPORTING B 36

11 - OLHANENSE 35

12 - VARZIM 34

13 - FARENSE 33

15 - AC VISEU 33

14 - ATLÉTICO CP 33

3216 - SANTA CLARA

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - FC PORTO B 52

02 - FREAMUNDE 46

03 - CHAVES 46

04 - GIL VICENTE 43

05 - FEIRENSE 43

07 - CD AVES 3906 - PORTIMONENSE 42

3908 - FAMALICÃO

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

No jogo com o Feirense o único goloda partida veio premiar o domínio daequipa avense. O Feirense nunca con-seguiu reagir ao golo sofrido. O Avesque acabou por gerir bem a vantagem,até ao final da partida, conseguiu uma

Aves entrou fortena segundavolta do campeonatoDEPOIS DE TER ENTRADO NA 2ªVOLTA COM O PÉ DIREITO,COM A VITÓRIA FORA DE PORTAS (0-3), NA COVILHÃ, O CDAVES RECEBEU E BATEU A FORTE EQUIPA DO CD FEIRENSE(1-0); E NO PASSADO SÁBADO (23 JANEIRO). NA DES-LOCAÇÃO AO ALGARVE, VENCEU O PORTIMONENSE (1-0).

justa vitória, que permitiu subir algunslugares na tabela classificativa mas,principalmente a aproximação aos ad-versários diretos.

No papel de equipa visitante, oAves foi ao Algarve com único obje-tivo: conseguir mais três pontos econtinuar a sua aproximação dos lu-gares cimeiros. Theo Mendy foi o “sal-vador da pátria” para a equipa avense,marcando o único golo da partidaao fechar a primeira parte (45’).

O jogo pode classificar-se de fra-co nível técnico; de domínio reparti-do pelas equipas durante a primeiraparte, acabando por pertencer aosalgarvios as melhores oportunidadesde golo. Na segunda parte, o jogocaiu de qualidade e teve um só sen-tido, o da baliza de Quim. Os ho-mens do Desportivo das Aves abdica-ram do ataque, limitando-se a defen-der a vantagem, e recorrendo a váriasparagens para assistência médica.

Apesar de ter maior posse de bolae de apostar no ataque, o Portimonen-se não conseguiu encontrar espaçosna área e apenas em lances de bolaparada ameaçou a baliza do guardiãoavense. Num desses lances, RicardoPessoa (57'), de livre direto, fez a bolaembater na barra, naquela que foi amelhor oportunidade dos algarvios emtoda a segunda metade do encontro.

Apesar de tudo o Aves regressoua casa com os três pontos. Note-se apresença de cerca 50 elementos daclaque Força Avense; que após o apitofinal festejaram com a equipa de formabastante efusiva mais uma vitória. |||||

Conforme tem vindo a ser anunci-ado realiza-se já no próximo sába-do o ato eleitoral que irá definir osCorpos Gerentes do Clube Desporti-vo das Aves no biénio 2016 / 2017.A votação vai realizar-se entre as14 e as 17 horas, na Sala de Impren-sa do Estádio e todos os associa-dos maiores de 18 anos com ascotas em dia podem aí exercer oseu direito de voto.

Confirma-se, também, a existên-cia de uma única lista candidata,liderada por Armando Silva, que emcomunicado enviado ao Entre Mar-gens, afirma ter apresentado a suacandidatura para honrar compromis-so assumido na Assembleia Geralde outubro passado e para conti-nuar um trabalho vem a efectuarhá já 6 épocas consecutivas. Nessecomunicado, Armando Silva referetambém que desde a data dessaAssembleia a sua direção foi ataca-da na praça pública por sócios quevotaram favoravelmente as contasda época 2014/2015, aliás apro-vadas por unanimidade, a propósi-to do passivo do Clube. ArmandoSilva vai mais longe e diz estranharque só agora virem manifestar-se napraça pública “quando já era do co-

Lista única nacorrida àdireção do Aves

ELEIÇÃO DOS CORPOS GERENTES

ASSEMBLEIA GERALPRESIDENTE: NARCISO ALBERTO ARAÚJO AZEVEDO OLIVEIRAVICE-PRESIDENTE: NUNO FILIPE LIMA CARDOSOSECRETÁRIO: JOSÉ MIGUEL MARTINS FERNANDESSECRETÁRIO: ANTÓNIO COELHO MACHADO

DIREÇÃOPRESIDENTE: ARMANDO AUGUSTO DA CUNHA LOPES DA SILVAPRESIDENTE ADJUNTO: JOÃO PAULO MOREIRA MARTINSVICE-PRESIDENTE: JOAQUIM DA SILVA NEVESVICE-PRESIDENTE: VÍTOR EMANUEL PACHECO DA COSTAVICE-PRESIDENTE: JOAQUIM MARTINS MACHADOVICE-PRESIDENTE: ANTÓNIO FERNANDO ALVES LOBÃOVICE-PRESIDENTE: JOÃO MANUEL MARQUES PINTO COELHOTESOUREIRO: JOSÉ CARLOS ALVES REBELOSECRETARIO: PEDRO MIGUEL MACHADO GOMES DE OLIVEIRA

CONSELHO FISCALPRESIDENTE: BENJAMIM CUNHA CASTRORELATOR: LUÍS AUGUSTO PEREIRA DE CASTROVOGAL: PEDRO MANUEL OLIVEIRA GONÇALVES

LISTA DOS CANDIDATOS

nhecimento dos sócios e principal-mente daqueles que mais acompa-nhavam as decisões da direcção eporque até fazem parte dos órgãossociais há muitas épocas consecuti-vas”, “em vez de internamente aju-darem a resolver problemas que jávêm de muitas épocas passadas”.

Sócio há 36 anos e dirigente há11, Armando Silva afirma apresen-tar-se a estas eleições com a mesmavontade e alegria da primeira elei-ção e assinala ter conseguido um par-ceiro sério e credível para investir nofutebol profissional, cujos resulta-dos económicos e desportivos con-sidera estarem dentro das previsões.

Saliente-se que esta é a primeiraeleição que se realiza no ClubeDesportivo das Aves após a consti-tuição da Sociedade Anónima Des-portiva (SAD), na qual o Clube de-tém apenas com 10% do capitalsocial, sendo grandes as expectati-vas quanto aos investimentos quea SAD pretende realizar (ver nou-tro local desta edição do Entre Mar-gens) como também quanto às ativi-dades do Clube, nomeadamentequanto ao futebol de formação, aofutsal e mesmo a criação de equipaamadora de futebol sénior. ||||||

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ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 21

FUTSAL // C.D.AVES

O Tirsense venceu o Vila Real poruma bola a zero fruto de um goloapontado por Ailton. A.R. S.Martinhoperdeu por 4-3 no terreno da U.Torcatense. As equipas do concelhode Santo Tirso terminam a 1ª faseem 6 (S.Martinho) e 7 (Tirsense) nasrespectivas series (B e C).

Agora, o campeonato pára e o ar-ranque da 2ª- fase está marcado para14 de fevereiro. ||||| CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

A equipa de Hugo Oliveira/PedroVilaça, continua empenhada e querfazer história no futsal do ClubeDesportivo das Aves. A equipa dacasa venceu por 3-6 a dos Pioneirosde Bragança.

Com esta vitória, o grupo de tra-balho passou a concentrar-se nogrande jogo da época, que se reali-zará no próximo sábado (30 de Ja-neiro) perante o Caxinas, no Pavilhãodo Clube Desportivo das Aves.

O departamento de futsal pede oapoio dos adeptos, pois considera serimprescindível a presença de toda amassa associativa para alcançar maisuma vitória. |||||

Aves quer fazerhistóriae pede apoiodos adeptos

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Tirsense despede-seda primeira fasea ganhar e S.Martinho a perder

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||||| TEXTO: ANAANAANAANAANA RITRITRITRITRITAAAAA LEITELEITELEITELEITELEITE

“A Força Avense foi refundada em2000 por um grupo de amigos queao mesmo tempo eram jogadoresdas camadas jovens do Aves. Ogosto e a vontade de ajudar o clu-be foi a principal motivação de sem-pre dos responsáveis do grupo.

O senso comum, e por vezes odesconhecimento de grande parteda população, leva a que um grupopor se denominar “claque” seja logorotulado como sendo um grupo dedelinquentes e onde impera a de-sorganização. Somos um grupo au-tossustentável, que está presente em

A CLAQUE DO CLUBE DESPORTIVO DAS AVES, FORÇAAVENSE, COMEMOROU O SEU 16º ANIVERSÁRIO NOPASSADO DIA 15 DE JANEIRO, FACTO QUE NÃO PASSOUDESPERCEBIDO ENTRE A COMUNIDADE AVENSE. ANARITA LEITE, COLABOROU COM O ENTRE MARGENS E,DEIXOU O SEU TESTEMUNHO RELATIVAMENTE À CLAQUEAVENSE, DA QUAL É MEMBRO.

cações no valor máximo de 5 euros.Podemos desde já congratular-nospor muitos avenses seniores e tam-bém sócios de outras bancadas nosacompanharem e eles próprios se-rem testemunhas do ambiente sau-dável que nos rodeia.

Numa outra vertente, alguns mem-bros da claque decidiram em de-zembro de 2014 criar a Associaçãode Adeptos do Desportivo das Aves1930 situada na Praceta das Fontai-nhas, que visa acima de tudo pas-sar a imagem do que realmente so-mos e não do que as pessoas semconhecimento gostam de nos apeli-dar. Está aberta a todos os adeptosavenses e mesmo de outros clubescomo tem vindo a acontecer. Con-gratulamo-nos também de sermosjá neste momento ponto de encon-tro dos adeptos avenses, sejam elessócios cativos, de camarote, da ForçaAvense, das camadas jovens ou dofutsal. Tentamos logo desde inicioadotar comportamentos o mais ade-quados à vida em sociedade, sen-do que é gratificante para nós que aassociação seja frequentada pelamaior parte dos inquilinos mais pró-ximos, ajustando os nossos objetivosao bem-estar de quem nos rodeia. |||||

Força Avensecompleta16.º aniversário

todos os campos onde o Desportivodas Aves se desloca (presentes tam-bém no apoio ao futsal sénior emcasa, e nos pavilhões que nos é pos-sível), e que desde o início destaépoca decidiu colocar à disposiçãodos seus elementos e de qualqueradepto do clube, o preço das deslo-

“Somos um grupo au-tossustentável, queestá presente emtodos os camposonde o Aves se desloca”.

GINÁSTICA RÍTMICA

Decorreu no passado fim de se-mana, em Sines, o Torneio José An-tónio Marques, destacando-se avitória de Ricardo Santos, do Giná-sio Clube de Santo Tirso, que al-cançou ao mesmo tempo o apu-ramento para o Campeonato daEuropa de 2016, que se irá reali-zar em Espanha em março. De real-çar igualmente a vitória da Ana Ca-tarina Pacheco, numa participaçãobastante positiva de todos os gi-nastas do clube de Santo Tirso. |||||

Vitória deRicardoSantos em Sines

TRAMPOLINS

Onze ginastas do Ginásio Clubede Santo Tirso desclocaram-se aSangalhos, para participarem no 1ºOpen de Conjuntos de GinásticaRítmica. O escalão de juniores (re-presentado pelas ginastas MartaFerreira, Carolina Maia, Joana Ser-doura, Francisca Moreira, FranciscaPereira e Catarina Ribeiro) e o es-calão de Seniores (representadopelas ginastas Joana leite, JulianaAmaral, Raquel Maia, Ana RitaLopes e Inês Pacheco), subiram aopódio desta competição com umdestacado primeiro lugar. |||||

Pódio para asginastas doGinásio Clube

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22 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

DESPORTO

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

MISSÃO T

KARATÉ

Mais de mil atletasparticiparam noTorneio Internacional deVila das Aves de karatéINICIATIVA, REALIZADA NO PAVILHÃO MUNICIPAL DE SANTO TIRSO, FICOUMARCADA PELA COMPETIÇÃO DEDICADA A ATLETAS COM TRISSOMIA 21

Todos já devem, pelo menos, terouvido falar do Super T. O Tiagopadece de um Neuroblastoma eprecisa de ajuda para realizar umtratamento nos Estados Unidosque ronda a base dos 300 mileuros. A onda de apoio não parade crescer e é nesse sentido quesurge a Missão T.

A Missão T não tem cara, as-sume-se como uma missão detodos nós. E, é com a determina-ção de um grupo de pessoas anó-nimas, que se vai realizar no dia20 de fevereiro, um mega eventoem prol desta causa – O Super T -precisa de ti.

Será uma tarde muito divertidaem Vila das Aves, com atividadesa decorrer no Pavilhão do Clube

Mega eventodesportivopara apoiaro Super T

Desportivo das Aves. Podemos con-firmar para já a Mega Aula deZumba a realizar às 18h00 e tam-bém, à noite, um Espectáculo deDança (21h30) patrocinado peloginásio OAMIS. Contudo muitassurpresas estão por desvendar.

O valor angariado reverte natotalidade para o Super T. A Mis-são T conta com o espirito solidá-rio de todos os que queiram par-ticipar e ajudar. ||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA

GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

O Karate Shotokan de Vila das Avesorganizou o seu XXII torneio (XIV In-ternacional e o III Torneio PresidenteJoão Salgado) no passado dia 16 dejaneiro, o qual decorreu no PavilhãoDes-portivo Municipal de Santo Tirsoe contou com o apoio da CâmaraMunicipal, da Federação NacionalKaraté Portugal e do Centro Portu-guês de Karaté.

Esta competição contou com 1117participantes, nas modalidades de kata

e kumite, com atletas com idades apartir dos 10 anos entre portugue-ses, luxemburgueses e espanhóis. Es-tiveram em competição quase todoscampeões nacionais e muitos cam-peões espanhóis e assistiu-se a com-bates com elevado nível nos campostécnico, tático e estratégico.

No fim das provas individuais eantes das equipas decorreu uma com-petição de kata para atletas portado-res de Trissomia 21 (conforme se vê

na imagem), que, segundo a organi-zação, se traduziu “num sucesso es-trondoso”: os atletas mostraram-semuito felizes antes da competição emuito concentrados durante a pro-va. Depois desta, voltou a felicidade,contagiando o público que pratica-mente enchia o Pavilhão Municipal eaplaudiu entusiasticamente, nummomento único e inolvidável.

Já os atletas do Karate ShotokanVila das Aves conquistaram cinco me-dalhas: Lea Barros com o 3º lugarkumite juvenis (menos 50kg), JúlioSilva com o 3º lugar kumite juvenil(mais de 50kg), Tánia Barros com o2º lugar kumite cadetes (menos de54kg), Manuel Ribeiro 3º lugar ku-mite sub 21 (mais de 84kg), AnaPinnto 2º lugar kumite seniores (me-nos de 61kg) e André Mesquita 2ºlugar katas Trissomia 21.

ASSOCIAÇÃO NEGRELENSE EKARATÉ DE VILARINHOTAMBÉM SUBIRAM AO PÓDIOAna Monteiro (kata sénior femini-no) e Bruno Fernandes (em kata ca-dete masculino) em representação daAssociação R.C.D. Negrelense, eMariana Faria (kumite juvenil femini-no), Pedro Mendes (kumite iniciadomasculino), Pedro Pereira ( kumitejuvenil masculino) e Rui Faria (kumitesub-21 masculino) em re-presentaçãoda Associação de Karaté de Vilarinho(AKV) estiveram presentes neste XXIITorneio de Vila das Aves, tendo AnaMonteiro alcançado um terceiro lu-gar e Rui Faria um segundo. JoséMonteiro participou como árbitro. ||||||

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ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016 | 23

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

NO RESTAURANTE:

Tenha a suaassinatura em dia e

Estrela do Monte

VILA DAS AVESMaria Irene Carvalho Sampedro (Viúva

do Sr. António Ribeiro)A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Vila das Aves, com 88 anos de idade, falecidano Hospital de V.N. de Famalicão no dia 5 de Janeiro de2016. O funeral realizou-se no dia 6 de Janeiro, naCapela Mortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz,indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila dasAves. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

No passado dia 14 de janeiro, faleceu o Sr. ManuelFernando Alves Neto, com 61 anos, casado com a D.Maria Lucinda Carneiro Ferreira Torres, residente na Av.1º de Maio - Vila de Rebordões.

Sr. Manuel Fernando Alves NetoAgradecimento Vila de Rebordões

Sua esposa, filhas e demais família vêm assim, muito sensibiliza-dos, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas decarinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando do faleci-mento do seu ente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

No passado dia 16de janeiro, faleceu o Sr. Cabo ManuelAntónio Soares de Sousa, com 59 anos, casado com D.Albertina Fernanda da Fonseca Peixoto, residente noGiestal - Vila de S. Tomé de Negrelos.

Sr. Cabo Manuel António Soares de SousaAgradecimento

Vila deS. Tomé de Negrelos

Suaesposa, filho(a) e demais família vêm assim, muito sensibiliza-dos, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas decarinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando do falecimentodo seu ente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de S. Tirso, com 86 anos de idade, falecida noIPO do Porto no dia 30 de Dezembro de 2015. O fu-neral realizou-se no dia 2 de Janeiro de 2016, na CapelaMortuária da Vila de Roriz, para o Mosteiro, indo deseguida a sepultar no Cemitério da Vila de Roriz. Suafamília renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

RORIZMaria de Sousa Maia

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Bernardina Ferreira Machado

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Lordelo, com 85 anos de idade, falecida noHospital de Guimarães no dia 5 de Janeiro de 2016. Ofuneral realizou-se no dia 6 de Janeiro, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Alice de Sousa Santos

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Lordelo, Com 90 anos de idade, falecida noLar de Lordelo no dia 23 de Janeiro de 2016. O funeralrealizou-se no dia 25 de Janeiro, na Capela Mortuáriada Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indo deseguida a sepultar no Cemitério da Vila de Lordelo. Suafamília renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

Maria Manuela Oliveira Azevedo

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Socorro - Lisboa, com 83 anos de idade,falecida na sua residência no dia 15 de Janeiro de 2016.O funeral realizou-se no dia 16 de Janeiro, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVESManuel Vilela de Araújo

(Pai do Fernando Quarenta)A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Ceide - V.N.Famalicão, com 80 anos deidade, falecido na sua residência no dia 2 de Janeiro de2016. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, naCapela Mortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz,indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila dasAves. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

S. TOMÉ DENEGRELOS

Joaquim Nunes Pedroso

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de S. Tomé de Negrelos, com 69 anos de idade,falecido no IPO do Porto no dia 30 de Dezembro de2015. O funeral realizou-se no dia 2 de Janeiro de 2016,na Casa Mortuária da Vila de S. Tomé de Negrelos,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepu ltar noCemitério da Vila de S. Tomé de Negrelos. Sua famíliarenova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVESJoão Cidálio Machado Ferreira

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 73 anos de idade, falecidono Hospital de S. Tirso no dia 11 de Janeiro de 2016. Ofuneral realizou-se no dia 12 de Janeiro, na CapelaMortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz, indode seguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves. Suafamília renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

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A FECHAR24 | ENTRE MARGENS | 28 JANEIRO 2016

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 11 de fevereiro

SANTO TIRSO

Faço saber que TRANSPORTES FREITAS, S. A., pretendeobter licença para uma instalação de combustíveis consti-tuída por Posto de Abastecimento destinada a Venda Pú-blico, sita em E.N. 209 - km 35,900, Freguesia de Figueiró,concelho de Paços de Ferreira e distrito de Porto.

A referida instalação encontra-se abrangida pelas disposi-ções do Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de Novembro ePortaria n.º 1188/2003, de 10 de Novembro, que estabele-cem os procedimentos de licenciamento das instalações dearmazenamento de produtos derivados do petróleo e pos-tos de abastecimento de combustíveis e pelos respetivosregulamentos de segurança.

Em conformidade com as disposições da referida Portaria,convidam-se as entidades singulares ou coletivas a apre-sentar por escrito, dentro do prazo de 20 dias contados dadata de publicação deste edital, as suas reclamações contraa concessão da licença requerida.

Porto, 06 de janeiro de 2016

O Chefe de Divisão de Instalações deCombustíveis do NorteSégio Ernesto Oliveira Ferreira

EDITAL

Este ano, em Santo Tirso, o Carnavalcomeça já a dia 5 e prolonga-se atédia 8. Atividades não vão faltar paraassinalar a data e o cortejo deste anoserá realizado em ligação com a co-munidade local, envolvendo as es-colas de dança e os bares do LargoCoronel Batista Coelho.

A data, será naturalmente celebra-da junto das escolas, com os alunosa saírem Às ruas da cidade já no dia5, pelas 14h. Mas um dos momen-

Espetáculo de dançaencerra, este domingo,semana de Santo TirsoA Semana de Santo Tirso já come-çou no passado dia 25 mas, atédia 31, estão ainda reservadas inú-meras atividades. Hoje, dia 28,acontece o hastear das bandeirasna sede da União de Freguesias,pelas 9 horas e pelas 14h30 é tem-po de afinar o paladar com a pro-moção dos jesuítas e do vinho ver-de tão tradicionais de Santo Tirso,também na sede da União. Pelas19 horas pode assistir à missa so-lene na Igreja Matriz.

Amanhã, dia 29, realiza-se acaminhada noturna do Mártir Tirsomarcada para as 21 horas, na sede.Este sábado poderá ainda assistir àinauguração das obras da Várzea

do Monte, às 11 horas ou à 4ª Jor-nada da Liga Toupeira, pelas 15h30.Se preferir pode também optar porassistir ao concerto comemorativoda Semana de Santo Tirso no au-ditório Eng. Eurico de Melo, com aatuação do coro dos PequenosCantores de Santo Tirso e o Coroda Santa Casa da Misericórdia,agendado para as 21h30.

As comemorações terminam nodomingo. Para as 15 horas está mar-cado o “Nós de Dança - A Evoluçãodos Transportes”, um espetáculo dasescolas de dança da União de Fre-guesias que terá lugar na Fábricade Santo Thyrso. A organização éda União de Freguesias. |||||

Concelho dá início, dia cinco,a quatro dias de Carnaval

tos altos promete mesmo ser o corte-jo carnavalesco como, de resto, temsido habitual. O cortejo saira do Pa-vilhão Municipal, pelas 21h30 de dia8 e a animação está, este ano, a car-go de várias escolas de dança do con-celho, nomeadamente Keep on Dan-cing, Trevo do Sucesso, Fitoamis, Aca-demia Open Stage, Academia Palco,Ritmos CAID, Party Fitness, BreakingPoint e LTW. Samba também não iráfaltar e marcarão presença o Grupo

de Samba de Refojos, o Grupo de Sam-ba “Os Morenos” (Estarreja) e a A.C.R.EIndependentes da Vila (Estarreja).

O cortejo carnavalesco percorre-rá diversas artérias da cidade, rumoao Largo Coronel Batista Coelho,onde a festa prossegue noite dentro,com a participação das escolas dedança de Santo Tirso, grupos de sam-ba e animação dos bares do LargoCoronel Batista Coelho, até às 3horas da manhã. |||||