Monografia - Alex 2013

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    SO PAULO

    2013

    CENTRO EDUCACIONAL PAULA SOUZA

    ETEC GETLIO VARGAS

    ELETROTCNICA

    ALEXSANDRO FRANCISCO DIAS URBANO

    APOSTILA DE NOES BASICAS SOBRE S.P.D.A

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    ALEXSANDRO FRANCISCO DIAS URBANO

    APOSTILA DE NOES BASICAS SOBRE S.P.D.A

    Trabalho Tcnicointerdisciplinar

    Apresentado ao curso deEletrotcnica

    Da Escola Tcnica Getlio Vargas, como

    Requisito parcial para a obteno do ttulo

    De tcnico.

    ORIENTADOR: PROF. DOMINGOS ALTOBELLO NETO

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    2013

    ALEXSANDRO FRANCISCO DIAS URBANO

    APOSTILA DE NOES BASICAS SOBRE S.P.D.A

    Trabalho Tcnico

    interdisciplinar

    Apresentado ao curso de

    Eletrotcnica

    Da Escola Tcnica Getlio Vargas, como:

    Requisito parcial para a obteno do ttulo

    De tcnico.

    Aprovado pela Banca Examinadora em 10 de dezembro de 2013.

    BANCA EXAMINADORA:

    PROF. DOMINGOS ALTOBELLO NETO

    Orientador

    PROF. DOMINGOS ALTOBELLO NETO

    PROF. DOMINGOS ALTOBELLO NETO

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    Dedico este trabalho com todo carinho

    a toda minha famlia, minha esposa meus filhos,

    meu pai e minha me que so fonte de minha inspirao para a realizao destetrabalho.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a toda a minha famlia, minha esposa Karina Sato Urbano, uma pessoamuito especial que me apoiou em todos os momentos de dificuldades, e sempre esteao meu lado para me incentivar.

    Quero agradecer ao meu pai Luis Carlos Urbano e minha me Ana Dias Urbano queme ensinaram a ser objetivo e dedicado em toda a caminhada da minha vida.

    Quero agradecer aos meus filhos maravilhosos Thiago Ferreira Urbano, Magno Zaque

    Luis Faria, que so a fora que me motivam para alcanar os meus objetivos.

    Agradeo aos meus amigos e companheiros que me motivaram nos momentosdifceis quando as dificuldades se mostraram impertinentes.

    Agradeo a todos que me apoiaram para o desenvolvimento deste trabalho.

    E por fim agradeo ao orientador Dr. Sergio Ferraz e ao meu Professor Domingos queme ajudaram e souberam me conduzir durante o desenvolvimento deste trabalho.

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    RESUMO

    Esta apostila tem como principal fundamento abordar conhecimentos bsicos sobreum assunto na rea da eletrotcnica que tem grande importncia na proteo deSistemas Eltricos e Estruturas. Trata-se de Sistemas de Proteo de DescargasAtmosfricas, S.P.D.A.

    O contedo desse material descrevera os principais e mais importantes pontos doassunto, de forma didtica e esclarecedora para servir de introduo para um estudomais avanado e tcnico. Dando uma viso mais clara e ampla para este que e umassunto no muito abordado no meio profissional. Adotando como base de estudostodo o contexto j tratado na Norma Regulamentadora, a NBR 1519 - Proteo deestruturas contra descargas atmosfricas.

    De uma forma mais leiga abrangendo um assunto complexo, porm, trazendo umconhecimento mais claro sobre diversos tipos de projetos, instalaes e tcnicassobre S.P.D.A.

    Palavras-chaves: Para-Raios

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    ABSTRACT

    This book has as its main foundation to address basic knowledge about a topic

    in the field of electrical engineering that has great importance in the protection ofElectrical Systems and Structures. It Systems Lightning Protection, SPDAThe content of this material described the main and most important points of thesubject, in a didactic and enlightening to serve as an introduction to a more advancedand technical. Giving a clearer and wide for this and a subject that is not discussedmuch in the professional. Adopting the basis of studies already addressed the wholecontext in Norm,

    NBR 1519Protection of structures against lightning.On a more secular covering a complex subject, however, bringing a clearer knowledgeon various types of projects, facilities and techniques on SPDA.

    Keywords: lightning rod

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    LISTA DE ILUSTRAES

    FIGURA 01DESCARGAS ATMOSFRICAS

    FIGURA 02 CHOQUE ELTRICO

    FIGURA 03 SPDA

    FIGURA 04 HASTE VERTICAL

    FIGURA 05 CAPITOR TIPO FRANKLIN

    FIGURA 06 CONE DE PROTE O

    FIGURA 07ESFERA ROLANTE

    FIGURA 08 GAIOLA DE FARADAY

    FIGURA 09 CONDUTORES NATURA IS

    FIGURA 10 CONDUTOR DE DESCIDA

    FIGURA 11 CABO DE DESCIDA

    FIGURA 12 TENSO DE TOQUE

    FIGURA 13 DESCIDAS NATURA IS

    FIGURA 14 ATERRAMENMTO EM ANEL

    FIGURA 15 ATERRAMENTO RADIAL

    FIGURA 16 TENS O DE PASSO

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    LISTA DE TABELAS

    TABELA 01

    CLASSIFICA O DAS ESTRUTURAS QUANTO SCONSQUENCIAS DAS DESCARGAS (CD).

    TABELA 02 - CLASSIFICA O DAS ESTRUTURAS QUANTO A LTURA E

    IMPLANTAL O (AL )

    TABELA 03 - NECESSIDADE DE PROTE O CONTRA DESCARGAS

    ATMOSFRICAS

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    SUMRIO

    1. INTRODUO2. JUSTIFICATIVAS

    3. OBJETIVO

    3.1 . OBJETIVO GERAL

    3.2 . OBJETIVO ESPECFICO

    4. NORMA REGULAMENTADORA

    5. FENMENOS NATURAIS

    5.1 . DESCARGAS ATMOSFRICAS

    5.2 . RAIOS

    5.3 . CONSEQUNCIAS DAS DESCARGAS ATMOSFRICAS

    5.4 . EFEITOS DAS DESCARGAS ATMOSFRICAS EM LINHAS DETRANSMIO E DISTRIBUIO

    6. CHOQUE ELTRICO

    7. PRINCIPAIS EFEITOS CAUSADOS PELOS RAIOS

    7.1 . EFEITOS SOBRE OS SERES VIVOS

    8. NECESSIDADE DEPROTEO

    8.1 . NVEIS DE PROTEO

    9. INTRODUO AO SPDA (PARA-RAIOS)

    9. PROTEO ISOLADA

    10. CAPTOR

    10. 1. CAPTORES ARTIFICIAIS

    10. 1.1. HASTES VERTICAIS (TIPO FRANKLIN)

    MTODO FRANKLIN

    10. 1.2. CONDUTORES DE COBERTURA

    10. 1.3. EMALHADO DE CONDUTORES (GAIOLA DE FARADAY)

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    GAIOLA DE FARADAY

    10. 2. CAPTORES NATURAIS

    11. CONDUTORES DE DESCIDA11. 1. DESCIDAS ARTIFICIAIS

    11. 2. DESCIDAS NATURAIS

    12. ATERRAMENTO

    12. 1. ATERRAMENTOS NATURAIS

    12. 2. ATERRAMENTOS ARTIFICIAIS

    12. 2.1. CONDUTORES EM ANEL

    12. 2.2. ATERRAMENTO DO TIPO RADIAL

    13. LIGAES EQUIPOTENCIAIS

    14. PREVENO DA TENSO DE PASSO

    15. INSPEO

    15. 1. OBJETIVO DAS INSPEES

    15. 2. SEQUENCIAS DAS INSPEES

    15. 3. PERIODICIDADE DAS INSPEES

    16. DOCUMENTAES TCNICAS

    17. CLASSIFICAO DOS EDIFCIOS E ESTRUTURAS

    17. 1. CLASSIFICAO DAS ESTRUTURAS QUANTO S CONCEQUNCIASDAS DESCARGAS (CD)

    17. 2. CLASSIFICAO DAS ESTRUTURAS QUANTO ALTURA EIMPLEMENTAO (AL)

    18. NECESSIDADE DE PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS

    19. CONCLUSO

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    1 INTRODUO

    A presente pesquisa visa demonstrar os conceitos e mtodos adotados paraum levantamento de uma serie de fatores e estudos, que sero utilizados para a

    instalao de um sistema de proteo contra descargas atmosfricas, em uma

    edificao ou estrutura.

    A descarga atmosfrica, por ser to notvel e intensa, vem fomentando a

    curiosidade e o interesse desde os tempos pr-histricos. Este incrvel fenmeno, por

    apresentar tanto poder, era reverenciado pelas antigas civilizaes assim como um

    Deus. O fato que este fenmeno , ainda hoje, motivo de muito espanto e

    admirao.

    Raios so fenmenos atmosfricos caracterizados pela formao de correntes

    eltricas com milhes de volts de potencial e que atingem a superfcie causando

    prejuzos materiais e mesmo mortes.

    Normalmente, a temporada de temporais tem inicio em Setembro e vai at

    Maro.

    Foi muito longo o caminho para se descobrir a natureza eltrica das descargas

    atmosfricas e para se chegar a regras aceitveis de proteo para propriedades,

    aparelhos e principalmente pessoas.

    At hoje no se tem 100% de proteo, desde que Franklin props pela

    primeira vez o mtodo de proteo contra raios de um edifcio at os tempos de hoje a

    proteo mxima que se consegue 98% de eficincia.

    Esta pesquisa segue como base de estudo a NBR 5419, a norma

    regulamentadora que descreve os padres para a implantao de um projeto de

    proteo adequado e eficiente.

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    2 JUSTIFICATIVAS

    A importncia de um Sistema de Proteo contra Descargas Atmosfricas

    (S.P.D.A), de proteger estruturas, edificaes e pessoas contra os efeitos das

    descargas atmosfricas.

    A queda de raios causam incndios, danos em equipamentos eletrnicos sensveis eat perdas humanas.

    Coordenando o projeto de proteo com o de construo civil, obtm um custo menore um sistema mais eficaz de proteo.

    Por isso, a importncia de se instalar um SPDA e fazer inspees peridicas paraavaliao de sua eficincia.

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    3 OBJETIVO

    3.1 . OBJETIVO GERAL

    Apresentar uma introduo para sistemas de proteo contra descargas

    atmosfricas por meio de um material didtico e de fcil compreenso.

    3.1 . OBJETIVO ESPECFICO

    O objetivo desse trabalho apresentar um contedo de fcil compreenso e

    leitura sobre um assunto muito extenso, onde apesar de j existir uma norma

    regulamentador descrevendo todas as condies tcnicas para a implantao dos

    sistemas de proteo, ainda se apresenta como um assunto muito amplo e complexo.

    Desse modo, podendo ser introduzido no conhecimento e contexto do dia a dia

    do profissional da gama da Eletrotcnica, sendo uma base par uma pesquisa mais

    avanada e mais detalhada.Afim de que possa se tornar ate mesmo uma referencia como estudo e

    pesquisa para os profissionais que estiverem iniciando suas carreiras.

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    4 NORMA REGULAMENTADORA

    Existe na ABNT, uma NBR que rege todas as regras sobre SPDA.

    A NBR 5419, Proteo de estruturas contra descargas atmosfricas, nela

    contm todos os aspectos gerais para se fazer um projeto adequado e eficiente para a

    proteo de estruturas e edificaes contra descargas atmosfricas.

    Existem outras normas que so levadas em considerao para a citao da

    NBR 5419, elas so:

    - NBR 5410Instalaes eltricas de baixa tensoProcedimento

    - NBR 6323Produto de ao ou ferro fundido revestido de zinco por imerso a

    quenteEspecificao

    - NBR 9518Equipamentos eltricos para atmosferas explosivasRequisitos

    geraisEspecificaes

    - NBR 13571 Hastes de aterramentos em ao cobreado e acessrios

    Especificaes

    Esta no se aplica a:

    a) Sistemas ferrovirios

    b) Sistemas de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica

    externos s estruturas;

    c) Sistemas de telecomunicaes externos s estruturas;

    d) Veculos, aeronaves, navios e plataformas martimas.

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    5 FENMENOS NATURAIS

    5.1 . DESCARGAS ATMOSFRICAS

    As descargas atmosfricas so fenmenos eltricos, que embora complexos

    podem ser, de forma sucinta, descritos como originrios da neutralizao de cargas

    eltricas, segundo o professor do Departamento de Engenharia Eltrica da Escola de

    Engenharia de So Carlos e Pr-reitor de Cultura e Extenso Universitria da

    Universidade de So Paulo (USP), Ruy Alberto Corra Altafim. As nuvens so

    grandes mquinas eletrostticas, que provocam a separao das cargas

    eltricas positivas e negativas existentes na atmosfera.Essas cargas, assim

    separadas, ao atingirem determinados valores tendem a se neutralizar

    repentinamente com a formao de correntes eltricas de milhares de ampres

    e com curtos intervalos de tempo, da ordem de microsegundos. Essas

    correntes podem ocorrer tanto no interior das nuvens, como entre nuvens e

    entre a nuvem e a terra, explica ele.

    FIG. 01 DESCARGAS ATMOSFRICAS

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    5.2 . RAIOS

    Devido ao longo perodo de estiagem, as chuvas que comeam a cair so

    normalmente acompanhadas de tempestades, ou seja, as convectivas e as frontais.

    No primeiro, elas so originadas a partir do aquecimento do solo pelos raios solares

    que faz o ar quente subir, carregando com este as partculas de vapor. As

    tempestades frontais resultam do encontro de uma massa de ar frio com uma massa

    de ar quente. O raio um fenmeno de natureza eltrica sendo produzido pela nuvem

    do tipo cumulunimbusque tem um formato parecido com uma bigorna e chega a ter

    12 km de altura e vrios quilmetros de dimetro. As tempestades com trovoadas se

    verificam quando certas condies particulares (temperatura, presso, umidade do ar,velocidade dos ventos, etc), fazem com que um determinado tipo de nuvem de torne

    eletricamente carregada internamente. O mecanismo de auto produo de cargas

    eltricas vai aumentando de tal modo que d origem a uma onda eltrica (raio) que

    partir da base da nuvem em direo ao solo, buscando locais de menor potencial,

    definindo assim uma trajetria ramificada e aleatria. Esta primeira onda caracteriza o

    choque lder que define sua posio de queda entre 20 a 100m do solo. A partir deste

    estgio, o primeiro choque do raio deixou um canal ionizado entre a nuvem e o soloque dessa forma permitir a passagem de uma avalanche de cargas com corrente de

    pico em torno de 20.000 Amperes. Aps esse segundo choque violento das cargas

    eltricas passando pelo ar, provoca o aquecimento deste meio, at 30.000C,

    provocando assim a expanso do ar (TROVO). Neste processo os eltrons retirados

    das molculas de ar, retornam, fazendo com que a energia seja devolvida sob a forma

    de (RELMPAGO). As descargas atmosfricas podem ser ascendentes (da terra para

    a nuvem) ou descendentes (da nuvem para a terra) ou ainda entre nuvens. A fim de seevitar falsas expectativas sobre os sistemas de proteo e desmistificar muitas

    crenas populares, veja os seguintes esclarecimentos:

    1)O raio um fenmeno da natureza absolutamente imprevisvel tanto em

    relao s suas caractersticas eltricas como em relao aos efeitos destruidores

    decorrentes de sua incidncia sobre as edificaes, as pessoas e os animais.

    2) Nada em termos prticos pode ser feito para impedir a quedade uma

    descarga em uma determinada regio. Assim sendo, as solues aplicadas buscam

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    to somente minimizar os efeitos destruidores a partir de instalaes adequadas de

    captao de conduo segura da descarga para a terra.

    3)Cuidados pessoais no caso de enfrentar um tempestade:

    -Nunca procure abrigo sob rvores

    - No entre em rios ou lagos

    -Procure abrigo em instalaes seguras, jamais ficando ao relento.

    -Caso no encontre abrigo, durante uma tempestade, procure no se movimentar, e

    se possvel ficar agachado, evitando assim o efeito das pontas.

    5.3 . CONSEQUNCIAS DAS DESCARGAS ATMOSFRICAS

    A ao e efeito do raio causam diversos prejuzos, dentre eles esto:

    - Incndios em florestas, campos e prdios; destruio de estruturas e rvores;

    - Colapso na rede de energia eltrica;

    - Acidentes na aviao;

    - Acidentes nas embarcaes martimas;

    - Acidentes em torres de poos de petrleo;- Acidentes nas plataformas martimas de petrleo;

    - Mortes de seres humanos e animais; etc.

    5.4 . EFEITOS DAS DESCARGAS ATMOSFRICAS EM LINHA DE

    TRANSMIO E DISTRIBUIO

    O efeito das descargas pode ser direto ou indireto.- Linhas de Transmisso so dotadas de Cabo Guarda ou Cabo Para- Raios.

    - LTPossibilidade de desligamento da linha devido ao Back Flash Over (Descarga

    Disruptiva na cadeia de isoladores).

    - RDEImportncia significativa na composio de ndices de Qualidade de Energia

    Fornecida.

    - Amplitudes das solicitaes causadas por descargas indiretas so menos severas.

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    6. CHOQUE ELTRICO

    FIG. 02 CHOQUE ELTRICO

    O choque eltrico causado pela corrente eltrica que atravessa o corpo do ser

    humano ou de qualquer outro tipo de animal. O seu acontecimento pode causar at

    morte, dependendo da intensidade da corrente eltrica, por isso deve-se ter muito

    cuidado com tomadas, fios desencapados e at mesmo a rede eltrica de distribuio

    de energia, pois so muito perigosos e com alto poder para eletrocutar uma pessoa.

    O que determina as consequncias do choque a intensidade da corrente eltrica, ou

    seja, o valor da corrente. Lembrando que a corrente eltrica medida no Sistema

    Internacional de Unidades em ampre. Alguns estudos sobre esse fenmeno

    revelaram as consequncias de alguns valores aproximados, veja:

    Corrente de 1mA a 10 mA podem provocar apenas uma sensao de

    formigamento;

    Correntes entre 10 mA e 20 mA podem causar uma sensao dolorosa;

    Correntes maiores que 20 mA e menores que 10 mA causam

    dificuldades na respirao, pode causar morte por asfixia se no

    socorrido a tempo;

    Correntes superiores a 100 mA so muito perigosas com alto poder de

    matar, pois atacam direto o corao, fazendo com que ele funcione a

    rpidas contraes e de formas irregulares, a chamada fibrilao

    cardaca;

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    Correntes que so superiores a 200 mA j no causam mais a fibrilao

    cardaca, mas provocam graves queimaduras e parada cardaca.

    A voltagem no um fator determinante para o fenmeno do choque eltrico. Em

    algumas situaes, apesar da voltagem ser relativamente grande as cargas eltricas

    envolvidas so muito pequenas, e em consequncia disso o choque eltrico produzido

    no apresentam nenhum risco. Isso ocorre, por exemplo, no gerador de Van de

    Graaff, utilizado em laboratrios de ensino. No entanto, voltagens que so

    relativamente pequenas podem causar srios danos, dependendo da resistncia do

    corpo. O corpo humano tem resistncia aproximada de 100000 com a pele seca, j

    com a pele molhada cerca de 1000 . Ou seja, conclui-se que com corrente eltrica

    no se brinca, pois suas consequncias podem ser fatais.

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    7. PRINCIPAIS EFEITOS CAUSADOS PELOS RAIOS

    Os raios podem causar a morte de pessoas e animais por vrios efeitos durante

    a descarga entre nuvem e terra. Quando o lder ascendente, saindo de um solo plano,

    se encontra com o lder descendente, forma-se a descarga de retorno, que de

    grande intensidade, produzindo:

    Elevao da temperatura no centro do raio e como consequncia, uma

    violenta expanso do ar, com o rudo de um estrondo, que o trovo.

    Fortes campos eletromagnticos, em torno do ponto central do raio que

    se propagam a centenas de metros.

    Linhas radiais de corrente no solo, com origem no ponto de impacto do

    raio.

    Ao longo das linhas de corrente, existiro quedas de tenso, variveis

    com a resistncia do solo, formando em direo radial concntrico linhas

    de corrente e em direo de curvas concntricas linhas equipotenciais.

    Incndio de arvores se o raio for de baixa intensidade e longa durao

    ou romper-se se for de alta intensidade e baixa durao.

    7.1 . EFEITOS SOBRE OS SERES VIVOS

    So os efeitos que o raio provoca sobre os seres vivos, quando atinge direta ou

    indiretamente um ser vivo, podem ocorrer pela exposio ao campo eletromagntico e

    suas correntes de circulao no corpo dos seres vivos.

    PARADA CARDACAProvocada pela passagem de corrente no troco do ser vivo, que causa

    fibrilao ventricular com parada cardaca.

    TENSO DE PASSO a tenso entre os ps do ser vivo, ou seja, um passo do mesmo (com os ps

    separados), com isto ele ficara com os ps em linhas equipotenciais diferentes

    provocando passagem de corrente pelo seu tronco, num ser vivo bispede isto

    raramente provoca a morte, pois a parcela de corrente pequena (linhas

    equipotenciais prximas), j nos quadrpedes geralmente fatal (linhas

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    equipotenciais distantes) maior diferena de potencial, logo maior corrente passando

    pelo tronco do ser vivo.

    TENSO DE TOQUE a tenso provocada pelo toque do ser vivo no condutor durante uma

    descarga eletromagntica e geralmente provocada pela alta impedncia do

    condutor, provocando passagem de corrente pelo ser vivo que possui uma

    impedncia menor que o condutor.

    TENSO LATERAL provocado pela descarga do condutor ao ser vivo prximo pelo rompimento

    da resistncia do ar provocada pela alta tenso na hora da descarga atmosfrica,

    geralmente quando as pessoas esto em baixo do ponto de descarga (Arvores ousofrem efeitos dos campos magnticos no lao entre eles e a rvore).

    DESCARGA DIRETA o caso onde uma pessoa andando em campo aberto recebe diretamente o

    raio, neste caso ocorre queimaduras e passagem de corrente pelo corao e crebro

    geralmente levando o ser vivo a morte. Os sobreviventes geralmente so seres que

    receberam a descarga de um brao menor do raio ou ramo do mesmo, com baixa

    intensidade.

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    8. NECESSIDADE DE PROTEO

    A deciso de proteger uma determinada estrutura pode ser de ordem legal

    (cdigos de obras municipais Brasil), uma preocupao do proprietrio para evitar

    prejuzos materiais e pessoais, ou exigncia das seguradoras j que raios provocam

    danos e incndio.

    O Mtodo pode vir especificado pelo cdigo de obras ou ser um dos existentes

    na norma NBR5419.

    8.1 . NVEIS DE PROTEO

    A NBR5419 relaciona 4 nveis de proteo relacionados com as estruturas

    como relacionado abaixo:

    Nvel IDestinado s estruturas nas quais uma falha do sistema de proteo

    pode causar danos s estruturas vizinhas ou ao meio ambiente. Ex.: depsitos de

    explosivos, materiais sujeitos exploso, material txico ao meio ambiente...etc.

    Nvel II Destinados s estruturas cujos danos em caso de falha sero

    elevados ou haver destruio de bens insubstituveis e/ou de valor histrico, mas emqualquer caso se restringiro estrutura e seu contedo, EX.: Museus, escolas,

    ginsios esportivos, Estdio de futebol...etc.

    Nvel III Destinada s estruturas de uso comum, como residncias,

    escritrios, fbricas sem risco de exploso ou de risco, ...etc.

    Nvel IV Destinadas s estruturas construdas de material no inflamvel,

    com pouco acesso de pessoas, e com contedo no inflamvel. EX.: depsitos em

    concreto, e com contedo no inflamvel, estoque de produtos agrcolas ...etc.

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    9. INTRODUO AO SPDA (PARA-RAIOS)

    um sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos

    das descargas atmosfricas. composto de um sistema externo e em alguns casos

    de um sistema interno de proteo.

    9.1 . PROTEO ISOLADA

    aquela em que os componentes do sistema de proteo esto colocados

    acima e ao lado da estrutura, mantendo uma distncia em relao a esta,

    suficientemente alta, para prevenir descargas captor-teto ou descargas-faces laterais

    fachada.

    NOTA:O Para-raios dever ficar colocado pelo menos a 2 metros do ponto

    mais alto (segundo NP4426).

    Para que um para-raios seja tanto quanto possveleconmico e eficaz, o

    correspondente projeto deve ser elaborado em coordenao com o projeto de

    construo civil da estrutura a proteger.

    Elementos Bsicos:

    Captor;

    Condutor de Descida;

    Aterramento;

    FIG. 03 - SPDA

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    10.CAPTOR

    O Captor a parte do para-raios que se destina a interceptar as descargas

    atmosfricas incidentes no volume a proteger. Localiza-se principalmente no topo das

    estruturas ou edifcios a serem protegidos. O captor pode ser do tipo artificial ou

    natural.

    TIPOS DE CAPTORES

    * Captores artificiais

    - Hastes Verticais (Tipo Franklin)

    - Condutores de cobertura

    - Emalhado de condutores (Gaiola de Faraday)* Captores naturais

    - So todos os elementos condutores expostos, isto , que do ponto de vista

    fsico possam ser atingidos pelos raios, e devem ser considerados como parte do

    SPDA.

    10.1. CAPTORES ARTIFICIAIS

    10. 1.1. HASTES VERTICAIS (TIPO FRANKLIN)

    Este mtodo se baseia no uso de captores pontiagudos colocados em mastros

    verticais para se aproveitar os efeitos das pontas, quanto maior a altura, maior o

    volume protegido, volume este que tem a forma de um cone formado pelo triangulo

    retngulo girado em torno do mastro. So constitudas por um ou mais elementos

    condutores da mesma natureza (cobre ou ferro galvanizado ou ao inoxidvel).

    MTODO FRANKLIN

    Este mtodo baseado na proposta inicial feita por Benjamim Franklin e tem

    por base uma haste elevada. Esta haste na forma de ponta, produz, sob a nuvem

    carregada, uma alta concentrao de cargas eltricas, juntamente com um campo

    eltrico intenso. Isto produz a ionizao do ar, diminuindo a altura efetiva da nuvem

    carregada, o que propicia o raio atravs do rompimento da rigidez dieltrica do ar.

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    FIG. 04 HASTE VERTICAL

    FIG. 05 CAPTOR TIPO FRANKL IN

    FIG. 06CONE DE PROTEO

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    10. 1.2. CONDUTORES DE COBERTURA

    Destinam-se a conduzir a corrente de descarga desde os captores at s

    descidas. Pela sua posio elevada, estes condutores podem servir, eles prprios, de

    captores, integrando nesse caso sistemas de condutores emalhados do tipo gaiola de

    Faraday. Nesse mtodo, a rea protegida de uma edificao definida atravs de

    uma esfera imaginria que rolada sobre o sistema de proteo projetado (hastes

    verticais e condutores horizontais) e pelo entorno da edificao, de forma que nenhum

    ponto da estrutura seja tocado por esta esfera.

    FIG. 07 ESFERA ROLANTE

    10.1.3. EMALHADO DE CONDUTORES (METODO DE FRANKLIN)

    Mtodo mais utilizado atualmente, baseado na teoria de Faraday, segundo a

    qual o campo no interior de uma gaiola blindada nulo, mesmo quando passa por

    seus condutores uma corrente de valor elevado. Para que esse campo seja,

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    efetivamente, nulo preciso que a corrente se distribua uniformemente por toda a

    superfcie.

    O Mtodo de Faraday consiste em instalar um sistema de captores formado por

    condutores horizontais a serem instalados na cobertura da edificao, interligados em

    forma de malha, cujo mdulo (largura e comprimento) tambm deve estar de acordo

    com a Tabela 1 da NBR-5419. bom lembrar que no se deve colocar condutores

    eltricos paralelos aos condutores da malha na parte interior da estrutura e prximo

    aos mesmos.

    GAIOLA DE FARADAY

    Uma Gaiola de Faraday uma blindagem eltrica, ou seja, uma superfciecondutora que envolve uma dada regio do espao e que pode, em certas situaes,

    impedir a entrada de perturbaes produzidas por campos eltricos e ou

    eletromagnticos externos. Qualquer que seja o mtodo escolhido para a proteo

    deve-se:

    * Instalar um condutor na periferia do teto (em anel).

    * Instalar condutores nas periferias (em anel) de todas salincias das estruturas

    (casa de mquinas dos elevadores, chamins etc).* Instalar o sistema captor, que completando a malha sobre o teto interligado

    com os anis das salincias, quer colocando hastes verticais de maneira que todo o

    teto esteja dentro do volume de proteo (Franklin ou modelo eletrogeomtrico).

    FIG. 08 GAIOLA DE FARADAY

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    10.2. CAPTORES NATURAIS

    Podem ser usados como captores naturais os elementos metlicos existentes

    na parte superior da estrutura a proteger, e dimension ados de m aneira adequada

    para suportar o impacto direto de uma descarga, tais como coberturas de

    chamins, claraboias, depsitos, tomadas de ar dos sistemas de climatizao, etc.

    Os captores naturais so integrados nos para-raios atravs dos condutores de

    coberturas.

    Condies que devem satisfazer os captores naturais so as seguintes:

    FIG. 09 CONDUTORES NATURAIS

    A espessura do elemento metlico no deve ser inferior a 0,5 mm ou conforme

    na tabela indicada na NBR 5419, quando for necessrio prevenir contra perfuraes

    ou pontos quentes no volume a proteger;

    captor artificial(Gaiola de Faraday)

    (condutores de

    condutor de descida

    captor artificial(haste vertical tipo Franklin)

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    A espessura do elemento metlico pode ser inferior a 2,5 mm, quando no for

    importante prevenir contra perfuraes ou ignio de materiais combustveis no

    volume a proteger;

    O elemento metlico no deve ser revestido de material isolante (no se

    considera isolante uma camada de pintura de proteo, ou 0,5 mm de asfalto, ou 1

    mm de PVC);

    A continuidade eltrica entre as diversas partes deve ser executada de modo

    que assegure a durabilidade;

    Os elementos no metlicos acima ou sobre o elemento metlico podem ser

    excludos do volume a proteger (em telhas de fibrocarboneto, o impacto do raio ocorre

    habitualmente sobre os elementos metlicos de fixao).

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    11.CONDUTORES DE DESCIDA

    Parte do para-raios destinada a conduzir a corrente de descarga desde os

    captores at aos eltrodos de terra.

    Em construes de alvenaria, ou de qualquer tipo sem armadura metlica

    interligada, dever ser implantado um SPDA com descidas externas, ou descidas

    naturais que podem ser embutidas.

    Estruturas metlicas de torres, postes e mastros, assim como as armaduras de

    ao interligadas de postes de concreto, constituem descidas naturais at a base das

    mesmas, dispensando a necessidade de condutores de descida paralelos ao longo da

    sua extenso.

    11.1. DESCIDAS ARTIFICIAIS

    As descidas artificiais devem ser em condutores nus de cobre (seco 16 mm2,

    de ferro galvanizado ou de ao inoxidvel (seco 50 mm2)). O nmero mnimo de

    descidas artificiais de dois. O traado a seguir pelas descidas deve ser quanto

    possvel retilneo e vertical, de forma a minimizar o percurso entre os elementoscaptores e a terra. As descidas devem ser em regra, instaladas vista, fixadas

    superfcie exterior da estrutura a proteger por meio de elementos de suporte

    apropriados, estabelecidos razo de dois por metro, no mnimo. Cada descida

    artificial deve ser dotada de um ligador destinado a efetuar as verificaes e medies

    necessrias.

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    FIG. 10 CONDUTOR DE DESCIDA

    FIG. 11 CABO DE DESCIDA

    Os condutores de descida no naturais devem ser instalados a uma distncia

    mnima de 0,5 m de portas, janelas e outras aberturas e fixados a cada metro de

    percurso.

    11.2. DESCIDAS NATURAIS

    Pilares metlicos de galpes ou de prdios com estrutura metlica podem ser

    usados como elementos naturais de descida, desde que a sua continuidade seja

    garantida, nem que seja visualmente. Nesse caso recomendado adicionalmente que

    todos os pilares (pelo menos os externos) sejam aterrados, como forma de reduzir os

    riscos de tenso de toquepara quem est fora da edificao. Apesar disso no ser

    garantia de ausncias de outros riscos inerentes a descarga atmosfrica. No caso de

    descidas naturais que no seja possvel visualizar sua continuidade, por exemplo

    pilares metlicos revestidos por outros materiais, seria altamente recomendado testes

    de continuidade.

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    Os elementos da fachada (perfis e suportes metlicos) podero ser utilizados

    como condutores de descidas naturais, desde que suas sees sejam no mnimo

    iguais s especificadas para os condutores de descida conforme tabela 3 e com a sua

    continuidade eltrica no sentido vertical no mnimo equivalente. Em alternativa

    admite-se um afastamento no superior a 1 mm entre as superfcies sobrepostas de

    condutores consecutivos, desde que com rea no inferior a 100 cm2.

    As instalaes metlicas da estrutura podem ser consideradas condutores de

    descida naturais (inclusive quando revestidas por material isolante), desde que suas

    sees sejam no mnimo iguais s especificadas para condutores de descida na

    NBR-5419e com continuidade eltrica no sentido vertical no mnimo equivalente.

    Outra situao e o caso de sistemas isolados, onde a prpria estrutura desuporte do captor poder ser usada como descida natural. Lembrando que um SPDA

    isolado no e um SPDA com suportes isoladores, ate porque esse suporte no e

    isolador eltrico. Um SPDA isolado e um sistema de proteo que apresenta uma

    distancia mnima de 2 metros da edificao que esta sendo protegida, por exemplo um

    poste metlico afastado 2 metros de uma casa ou um paiol de explosivos.

    Para um sistema isolado em que a estrutura de suporte do captor no seja metlica

    (por exemplo, um poste de madeira), ser necessrio fazer uma descida. Esta e anica possibilidade que a norma permite uma nica descida, ou seja no sistema

    isolado. Dependendo da regio do pais as descidas podem ser chamadas prumadas

    ou baixadas. Em edificaes tombadas pelo Patrimnio Histrico, a tcnica e usar as

    barras chatas de alumnio pintadas na cor da fachada em locais escondidos,

    passando-os pelos adornos das fachadas. Caso existam condutores metlicos de

    gua pluvial, estes podem ser usados como condutores naturais, desde que sejam

    contnuos ou passem um condutor dentro deles, de cobre.

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    FIG. 12 TENS O DE TOQUE

    FIG. 13 DESCIDAS NA TURAIS

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    12.ATERRAMENTO

    Do ponto de vista da proteo contra o raio, um subsistema de aterramento

    nico integrado estrutura prefervel e adequado para todas as finalidades (ou seja,

    proteo contra o raio, sistemas de potncia de baixa tenso e sistemas de sinal).

    Para assegurar a disperso da corrente de descarga atmosfrica na terra sem

    causar sobretenses perigosas, o arranjo e as dimenses do subsistema de

    aterramento so mais importantes que o prprio valor da resistncia de aterramento.

    Entretanto, recomenda-se, para o caso de eletrodos no naturais, uma resistncia de

    aproximadamente 10 ,como forma de reduzir os gradientes de potencial no solo e a

    probabilidade de centelhamento perigoso. No caso de solo rochoso ou de alta

    resistividade, poder no ser possvel atingir valores prximos dos sugeridos. Nestes

    casos a soluo adotada dever ser tecnicamente justificada no projeto.

    Sistemas de aterramento distintos devem ser interligados atravs de uma

    ligao equipotencial de baixa impedncia.

    Os seguintes tipos de eletrodo de aterramento podem ser utilizados:

    Aterramentos naturais;

    Aterramentos artificiais;

    12.1. ATERRAMENTOS NATURAIS

    As armaduras de ao embutidas nas fundaes das estruturas, cujas

    caractersticas satisfaam s prescries da NBR 5419 devem ser preferencialmente

    utilizadas como eletrodo de aterramento natural nas seguintes condies:

    a) as armaduras de ao das estacas, dos blocos de fundao e das vigas

    baldrame devem ser firmemente amarradas com arame recozido em cerca de 50% de

    seus cruzamentos ou soldadas. As barras horizontais devem ser sobrepostas por no

    mnimo 20 vezes o seu dimetro, e firmemente amarradas com arame recozido ou

    soldadas;

    b) em fundao de alvenaria pode servir como eletrodo de aterramento, pela

    fundao, uma barra de ao de construo, com dimetro mnimo de 8mm, ou uma

    fita de ao de 25 mm x 4 mm, disposta com a largura na posio vertical, formando um

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    anel em todo o permetro da estrutura. A camada de concreto que envolve estes

    eletrodos deve ter uma espessura mnima de 5 cm;

    c) as armaduras de ao das fundaes devem ser interligadas com as

    armaduras de ao dos pilares da estrutura, utilizados como condutores de descida

    naturais, de modo a assegurar continuidade eltrica equivalente prescrita na NBR

    5419;

    d) o eletrodo de aterramento natural assim constitudo deve ser conectado

    ligao equipotencial principal prescrita na norma, atravs de uma barra de ao com

    dimetro mnimo de 8 mm ou uma fita de ao de 25 mm x 4 mm. Em alternativa, a

    ligao equipotencial principal deve simplesmente ser aterrada a uma armao de

    concreto armado prxima, quando estas so constituintes do SPDA;e) no caso de se utilizarem as armaduras como constituintes do SPDA, sempre

    que possvel, deve ser prevista a avaliao do aterramento da edificao, por injeo

    de corrente atravs da terra, entre a barra TAP, desligada da alimentao exterior, e

    um eletrodo externo ao edifcio;

    f) alm da verificao do aterramento, se a execuo da construo no tiver

    sido acompanhada pelo responsvel pelo aterramento, dever fazer-se a verificao

    da continuidade eltrica das armaduras, por injeo de corrente entre pontosafastados tanto na vertical como na horizontal. Os valores de impedncia medidos

    costumam situar-se entre alguns centsimos e poucos dcimos de ohm, respeitando o

    valor mximo indicado na NBR 5419.

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    12.2. ATERRAMENTOS ARTIFICIAIS

    12.2.1. CONDUTORES EM ANEL

    O eltrodo de terra preferencial utilizar num para-raios o eltrodo em anel,

    constitudo por um condutor instalado na base das fundaes do edifcio ou embebido

    no macio de beto das fundaes. Nestes casos, o eltrodo em anel deve,

    preferencialmente, ser constitudo por ferro galvanizado por imerso a quente.

    Alternativamente pode ser utilizado um condutor em anel, enterrado a uma

    profundidade de aproximadamente 0,80 m e envolvendo a estrutura a proteger.

    Se para as instalaes eltricas do edifcio for utilizado um eltrodo em anel este deveser tambm utilizado como eltrodo do para-raios.

    FIG. 14 ATERRAMENTO EM ANEL

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    12.2.2. ATERRAMENTO DO TIPO RADIAL

    Para estruturas de dimenses tais que o raio dos eletrodos em anel resulte

    inferior a 8 m, podem utilizar-se eletrodos do tipo radial (em forma de pata de ave),

    constitudos por trs condutores (no mnimo de 6 a 8 m cada) derivados de um ponto

    comum e enterrados horizontalmente no solo a uma profundidade mnima de 0,8 m.

    Se no se optar pelo eltrodo em anel, a cada descida deve corresponder um eltrodo

    de terra. Constituem eltrodos de terra naturais s estruturas metlicas enterradas

    que faam parte ou penetrem no edifcio ou estrutura a proteger. So ainda

    normalmente utilizadas para aquele fim as fundaes em beto armado, desde que a

    sua continuidade eltrica seja assegurada. Devido ao fato de se tornar difcil verificaras caractersticas dos eletrodos de terra naturais e, sobretudo, pela dificuldade de

    garantir a manuteno daquelas caractersticas ao longo do tempo utilizao dos

    eltrodos naturais no dispensa a instalao de eltrodos artificiais. Nos eletrodos

    radiais, o ngulo entre dois condutores adjacentes no deve ser inferior a 60.

    FIG. 15 ATERRAMENTO RADIAL

    A profundidade e o tipo dos eletrodos de aterramento devem ser escolhidos de

    forma a minimizar os efeitos da corroso e do ressecamento do solo, e assim

    estabilizar a resistncia de aterramento. Em solos de rocha viva, se no for possvel

    fazer aterramento pelas fundaes; os condutores devem ser cobertos por uma

    camada de concreto para proteo mecnica.

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    13.LIGAES EQUIPOTENCIAIS

    Todas as canalizaes ou estruturas condutoras enterradas (gua, esgotos, ar

    comprimido, combustveis, eletricidade, telecomunicaes, etc.) cujo traado se situe

    a menos de 3 m de qualquer ponto do conjunto de eltrodos de terra do para-raios

    devem ser interligadas com aquele conjunto de eltrodos de terra por meio de

    condutores de cobre (seco 16 mm2), de ferro galvanizado ou de ao inoxidvel

    (seco 50 mm2).Ou seja, so condutores que visam igualar o potencial entre os

    diferentes condutores de modo a impedir descargas laterais. Descargas laterais,

    tambm conhecidas como correntes de sobre tenses, so causadas por diferenas

    de potencial entre a corrente percorrendo o condutor e objetos prximos.

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    FIG. 16 TENS O DE PASSO

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    15.INSPEO

    15.1. OBJETIVO DAS INSPEES

    Este item no se aplica aos subsistemas do SPDA instalados, que tenham seus

    acessos impossibilitados por estarem embutidos no concreto armado (ferragens

    estruturais) ou reboco. As inspees visam a assegurar que:

    a) o SPDA est conforme o projeto;

    b) todos os componentes do SPDA esto em bom estado, as conexes e

    fixaes esto firmes e livres de corroso;

    c) o valor da resistncia de aterramento seja compatvel com o arranjo e com asdimenses do subsistema de aterramento, e com a resistividade do solo.

    Excetuam-se desta exigncia os sistemas que usam as fundaes como eletrodo de

    aterramento;

    d) todas as construes acrescentadas estrutura posteriormente instalao

    original esto integradas no volume a proteger, mediante ligao ao SPDA ou

    ampliao deste;

    e) a resistncia pode tambm ser calculada a partir da estratificao do solo ecom uso de um programa adequado.

    Neste caso fica dispensada a medio da resistncia de aterramento.

    15.2. SEQUENCIAS DAS INSPEES

    As inspees devem ser efetuadas na seguinte ordem cronolgica:

    a) durante a construo da estrutura, para verificar a correta instalao doseletrodos de aterramento e das condies para utilizao das armaduras como

    integrantes da gaiola de Faraday;

    b) aps o trmino da instalao do SPDA;

    c) periodicamente, para todas as inspees, e respectiva manuteno, em

    intervalos no superiores aos estabelecidos;

    d) aps qualquer modificao ou reparo no SPDA, para inspees completas;

    e) quando for constatado que o SPDA foi atingido por uma descarga

    atmosfrica, para inspees.

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    15.3. PERIODICIDADE DAS INSPEES

    Uma inspeo visual do SPDA deve ser efetuada anualmente.

    Inspees completas devem ser efetuadas periodicamente, em intervalos de:

    a) 5 anos, para estruturas destinadas a fins residenciais, comerciais,

    administrativos, agrcolas ou industriais, excetuando-se reas classificadas com risco

    de incndio ou exploso;

    b) 3 anos, para estruturas destinadas a grandes concentraes pblicas (por

    exemplo: hospitais, escolas, teatros, cinemas, estdios de esporte, centros comerciais

    e pavilhes), indstrias contendo reas com risco de exploso, conforme a NBR 9518,

    e depsitos de material inflamvel;c) 1 ano, para estruturas contendo munio ou explosivos, ou em locais

    expostos corroso atmosfrica severa (regies litorneas, ambientes industriais

    com atmosfera agressiva etc.).

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    16.DOCUMENTAO TCNICA

    A seguinte documentao tcnica deve ser mantida no local, ou em poder dos

    responsveis pela manuteno do SPDA:

    a) relatrio de verificao de necessidade do SPDA e de seleo do respectivo

    nvel de proteo, elaborado conforme anexo B. A no necessidade de instalao do

    SPDA dever ser documentada atravs dos clculos constantes no anexo B;

    b) desenhos em escala mostrando as dimenses, os materiais e as posies de

    todos os componentes do SPDA, inclusive eletrodos de aterramento;

    c) os dados sobre a natureza e a resistividade do solo; constando

    obrigatoriamente detalhes relativos s estratificaes do solo, ou seja, o nmero decamadas, a espessura e o valor da resistividade de cada uma.

    d) um registro de valores medidos de resistncia de aterramento a ser

    atualizado nas inspees peridicas ou quaisquer modificaes ou reparos SPDA. A

    medio de resistncia de aterramento pode ser realizada pelo mtodo de queda de

    potencial usando o medidor da resistncia de aterramento, voltmetro/ampermetro ou

    outro equivalente. No admissvel a utilizao de multmetro.

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    17.CLASSIFICAO DOS EDIFICIOS E ESTRUTURAS

    Com o fim de aconselhar quais os edifcios e estruturas a equipar com um pra-raios

    estes se classificam quanto s consequncias das descargas (CD)e quanto altura e implantao (AI).

    17.1. CLASSIFICAO DAS ESTRUTURAS QUANTO S CONSQUENCIASDAS DESCARGAS (CD).

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    17.2. CLASSIFICAO DAS ESTRUTURAS QUANTO ALTURA EIMPLANTALO (AL)

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    18.NECESSIDADE DE PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS

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    19.CONCLUSO

    Os Sistemas de Proteo contra Descargas Atmosfricas, so um conjunto de

    elementos, de mtodos, de estudos e tcnicas que trabalhados seguindo a norma da

    ABNT, desenvolve uma boa proteo para edifcios e estruturas.

    Contudo, SPDA um assunto muito complexo e tcnico, e mesmo em sua sntese,

    alguns pontos se mostram muitos difceis de no serem tratados de uma forma

    conceitual.

    Porm, o contedo deste trabalho foi suficientemente esclarecedor, atingindo sua

    proposta inicial, dando uma viso clara e bem objetiva para diversos temas, como,

    para-raios, descargas atmosfricas, sistemas de aterramentos, nveis de proteo.Enfim, todo o contexto tratado nesse trabalho, servira como porta de entrada para

    novas pesquisas e estudos, dando uma viso mais ampla para diversas tcnicas do

    extenso ramo da Eletrotcnica.

    Com base em toda a pesquisa realizada para montar este trabalho, um amplo e

    valoroso conhecimento sobre todo o assunto tratado pde ser adquirido. Muito dos

    assuntos aqui apresentados foram pesquisados de artigos e livros j existentes,

    porem cada texto lido, cada site visitado forma cuidadosamente avaliados, e toda essaexperincia serviu principalmente como um estudo pessoal.

    Ao final de todo trabalho, tendo ele j todo elaborado, um ganho efetivo de

    conhecimento, no somente sobre para-raios, mas tambm sobre todo o conceito

    sobre os Fenmenos Naturais que ocorrem, e dos quais o SPDA teve de ser

    implantado!

  • 8/13/2019 Monografia - Alex 2013

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    REFERNCIAS BIBILIOGRFICAS

    SPDA - SISTEMAS DE PROTEO CONTRA DESCARGAS

    ATMOSFRICAS - TEORIA, PRTICA E LEGISLAO

    2012 - ANDR NUNES DE SOUZA, JOS EDUARDO RODRIGUES,

    REINALDO BORELLI E BENJAMIM FERREIRA DE BARROS

    Editora rica

    PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS

    5 EDIO - AUTOR - DUILIO M. LEITE

    ATERRAMENTOS ELETRICOS

    2 EDIO - SILVERIO VISACRO FILHO NBR 5419 COMENTADA PROTEO DE ESTRUTURAS

    CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS

    SITES E BLOGS DA WEB

    www.agsolve.com.br/noticias/

    entenda.mais-sobre-descargas-atmosfericas-e-evite-prejuizos

    www.arg.feis .unesp.br/raios.htm

    Informativo AREIA Ano 1 - n4, novembro de 2000 www.mundoeducacao.com/fisica/

    choque-eletrico-um-verdadeiro-perigo.htm

    www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_2.asp

    www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_4.asp

    http://spdabrasil.blogspot.com.br/p/spda-o-que-e.html

    http://www.qenergia.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=231

    http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA374AL/projeto-spda http://www.teleco.com.br/pdfs/tutorialspda.pdf

    http://www.google.com/imagens

    http://www.agsolve.com.br/noticias/http://www.agsolve.com.br/noticias/http://www.mundoeducacao.com/fisica/http://www.mundoeducacao.com/fisica/http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_2.asphttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_2.asphttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_4.asphttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_4.asphttp://spdabrasil.blogspot.com.br/p/spda-o-que-e.htmlhttp://spdabrasil.blogspot.com.br/p/spda-o-que-e.htmlhttp://www.qenergia.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=231http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA374AL/projeto-spdahttp://www.teleco.com.br/pdfs/tutorialspda.pdfhttp://www.teleco.com.br/pdfs/tutorialspda.pdfhttp://www.ebah.com.br/content/ABAAAA374AL/projeto-spdahttp://www.qenergia.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=231http://spdabrasil.blogspot.com.br/p/spda-o-que-e.htmlhttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_4.asphttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_2.asphttp://www.mundoeducacao.com/fisica/http://www.agsolve.com.br/noticias/