Luisa Ometto Dal Prete- Olho

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OLHO O globo ocular está localizado na órbita. Possui cerca de 23mm de diâmetro e é formado externamente por: - Esclera: parte branca que recobre toda a superfície do globo, exceto pela região da íris e pupila, abaixo da córnea - Íris: colorida, que delimita a pupila - Pupila: parte central por onde entra a luminosidade - Córnea: película que recobre toda a região da íris com a pupila, externamente - Conjuntiva: revestimento interno da pálpebra em contato com a esclera. O saco conjuntival é banhado pelas lágrimas. A conjuntivite é a inflamação dessa membrana - Carúncula lacrimal: dobra da conjuntiva no ângulo medial do olho.

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OLHO

O globo ocular está localizado na órbita. Possui cerca de 23mm de diâmetro e é formado externamente por:

- Esclera: parte branca que recobre toda a superfície do globo, exceto pela região da íris e pupila, abaixo da córnea

- Íris: colorida, que delimita a pupila - Pupila: parte central por onde entra a luminosidade - Córnea: película que recobre toda a região da íris com a pupila, externamente - Conjuntiva: revestimento interno da pálpebra em contato com a esclera. O saco conjuntival é banhado pelas

lágrimas. A conjuntivite é a inflamação dessa membrana - Carúncula lacrimal: dobra da conjuntiva no ângulo medial do olho.

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Internamente é formado por:

- Corpo ciliar: estrutura contrátil que deforma o cristalino a fim de mudar a distância focal. - Cristalino: lente natural do olho, responsável por focar a imagem a na retina - Humor aquoso: líquido localizado entre a córnea e o cristalino (câmara anterior) e entre o cristalino e corpos

ciliares (câmara posterior). - Humor vítreo: líquido entre o cristalino e a retina - Retina: parte neural do olho, localizada na parte posterior, desde a parte superior e lateral até a inferior e

medial. - Úvea ou camada corioide: fica por fora da retina e carrega os vasos que a nutrem.

- Ora serata: região onde

não há mais visão. Estão

os ligamentos

suspensores do

cristalino.

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Dois músculos são responsáveis pela mudança de convexidade, pela acomodação do cristalino, o esfíncter e o

dilatador. Por serem músculos lisos, a sua ação é involuntária e controlada pelo sistema nervoso autônomo.

Enquanto o sistema simpático provoca o dilatamento da pupila (em condições de baixa luminosidade, por exemplo),

o parassimpático contrai a pupila (em casos de alta luminosidade). As pupilas estão em miose quando contraídas e

em midríase quando dilatadas.

O olho está localizado na órbita, formada por sete diferentes ossos do crânio. Está acompanhado de uma camada

gordurosa ao seu redor (corpo adiposo da órbita), de músculos extra-oculares, da glândula lacrimal e de nervos.

A chegada do nervo óptico na parte interna do crânio se dá pelo canal óptico, logo abaixo dos processos clinoides

anteriores. A irrigação também é muito importante, tanto anatômica como clinicamente, pois alterações na pressão,

por exemplo, causam alterações na estrutura dos vasos, que podem ser visualizadas através de um exame de fundo

de olho. O primeiro ramo da artéria carótida interna é o oftálmico, responsável por nutrir todo o globo ocular, que

dá origem a artéria central da retina.

Logo na bifurcação da oftálmica há uma região mais pálida, chamada de papila ou disco do nervo óptico. Nesse local

há convergência de todas as fibras da retina para formar o nervo óptico e de todas as veias. O ponto central da

papila chama-se escavação central do disco. As artérias são um pouco mais claras do que as veias, além de terem

menor calibre. Normalmente há uma artéria superior e uma veia superior e duas artérias inferiores e uma veia

inferior.

Ao observar a parte mais lateral do fundo do olho vê-se a fóvea central, um ponto mais escuro onde se encontram

maiores quantidade células fotorreceptoras. A região mais escura ao seu redor é chamada de mácula lútea.

A oftalmoscopia é útil para se diagnosticar diabetes, hipertensão intracraniana e hipertensão arterial sistêmica.

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MUSCULATURA DO OLHO

Os movimentos oculares acontecem pela ação de vários músculos. São quatro músculos retos (superior, inferior,

medial e lateral) e dois músculos oblíquos (superior e inferior). Observa-se que o músculo oblíquo superior passa por

uma estrutura óssea do osso frontal chamada tróclea.

A inervação dos músculos oculomotores é feita por três nervos cranianos diferentes, o oculomotor, troclear e

abducente.

Nervo Oculomotor (inerva ainda o levantador da pálpebra superior, faz a inervação sensitiva da esclera e contrai o

esfíncter da pupila):

- Reto superior (olhar para cima e lateral) - Reto inferior (olhar para baixo e lateral) - Reto medial (olhar para dentro) - Oblíquo inferior (olhar para cima e para dentro)

Nervo Abducente:

- Reto lateral (olhar para fora) Nervo Troclear:

- Oblíquo superior (olhar para baixo e para dentro)

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Paralisias:

Na paralisia unilateral do oculomotor, as pálpebras superiores não abrem e o olho aponta para baixo e lateral. Já

com o troclear, aponta para cima e lateral, e com o abducente para medial. Dica: fazer soma vetorial para verificar a

direção do olho afetado.

Oculomotor Abducente Troclear

Campo visual:

A retina da parte medial enxerga o campo visual lateral, enquanto a da parte lateral enxerga o capo visual medial. A

projeção da percepção visual de um mesmo lado da retina se dá para o mesmo hemisfério cerebral. Ou seja, o que

enxergamos com as porções do lado direto da retina serão projetadas no lado direito do cérebro e vice-versa.

Há um ponto cego no campo visual. Ele se dá pelo fato de a papila do nervo óptico, localizada na parte medial da

retina, não perceber estímulos luminosos. Sendo assim, o ponto cego estará no campo visual lateral de cada olho. A

melhor visão, no entanto, é quando a luz é focada na fóvea.

As fibras provenientes dos olhos se cruzam no quiasma óptico, de forma que o hemicampo direito seja projetado no

hemisfério esquerdo (retinas direitas de cada olho) e que o hemicampo esquerdo seja projetado no hemisfério

direito (retinas esquerdas de cada olho).

Depois de passar pelo quiasma, as fibras chegam ao corpo geniculado lateral do tálamo. Em seguida, formam a alça

de Meyer e a radiação óptica e vão até o córtex visual primário, localizada no lobo occipital ao redor do sulco

calcarino.

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A hemianopsia heterônima ocorre quando há perda da visão hemicampos opostos. Ou seja, há perda do hemicampo

temporal de um olho e nasal de outro. Geralmente ocorre quando se lesa as porções nervosas após o quiasma

óptico. A lesão do nervo óptico causa perda na visão dos dois hemicampos de um olho, o que se chama anopsia,

amaurose ou cegueira. Uma lesão do quiasma óptico provoca hemianopsia homônima, porque se perde o

hemicampo temporal direito e o hemicampo temporal esquerdo. O estudo dos campos visuais chama-se

campometria.

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Lágrimas:

As lágrimas são produzidas pela glândula lacrimal e despejadas no saco conjuntival na parte superior e

lateral do olho. Umedecem a região e são coletadas pelos pontos lacrimais superiores e inferiores. Depois disso,

seguem pelos canalículos e são despejadas no ducto lácrimo-nasal do osso lacrimal, que vai até o meato nasal

inferior.

Patologias do aparelho ocular:

Glaucoma: aumento da pressão no interior do olho, no humor vítreo, que pode causar lesões no nervo óptico.

Miopia: olho mais longo, imagem se forma antes da retina. Usa-se lentes divergentes.

Hipermetropia: olho mais longo, imagem se forma depois da retina. Lentes convergentes.

Presbiopia: vista cansada. Cristalino enrijecido, sem flexibilidade para contração e focalização.

Astigmatismo: irregularidades na córnea. Corrigida com lentes cilíndricas.

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Catarata: opacidade do cristalino devido a desnaturação proteica. Pode ser solucionada pela troca do cristalino em

cirurgia.

Ceratite: inflamação da córnea. Também pode ser transplantada.

Estrabismo: olhares convergentes ou divergentes.

Blefarite: inflamação da pálpebra.

Viúva: obstrução de glândulas sebáceas ou do folículo pinoso ciliar.

Dracriociscite: obstrução do ducto lácrimo-nasal, canalículos ou pontos lacrimais.

Lagoftalmia: lacrimejamento.