Gandhi, Mahatma - Biografia

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    Mahatma Gandhi (1869 1948)Lder pacifista indiano. Principal personalidade da independncia da

    ndia. Seu nome verdadeiro era Mohandas Karamchand Gandhi.Mahatma significa "grande alma".

    Formou-se em direito em Londres e, em 1891, voltou para a ndia a fim

    de praticar a advocacia.

    Dois anos depois, vai para a frica do Sul, tambm colnia britnica,onde inicia o movimento pacifista, lutando pelos direitos dos hindus.

    Volta ndia em 1914 e difunde seu movimento, cujo mtodo principal a resistncia passiva. Nega colaborao com o domnio britnico e pregaa no violncia como forma de luta.

    Em 1922, organiza uma greve contra o aumento de impostos, na qual

    uma multido queima um posto policial.

    Detido, declara-se culpado e condenado seis anos, mas sai da prisoem 1924.

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    Em 1930, lidera marcha para o mar, quando milhares de pessoas andammais de 320 quilmetros a p, para protestar contra os impostos sobre osal.

    Em 1947, proclamada a independncia da ndia. Gandhi tenta evitar a

    luta entre hindus e muulmanos, que estabelecem um Estado separado,o Paquisto. Aceita a diviso do pas e atrai o dio dos nacionalistashindus. Um deles o mata no ano seguinte.

    Churchill costumava cham-lo de "faquir despido". Einstein era um deseus maiores admiradores. Martin Luther King inspirou-se nele. MahatmaGandhi um dos grandes homens do sculo XX.

    Mohandas Karanchand Gandhi, conhecido por seu povo como"Mahatma", ou "a grande alma", sem dvida um dos indianos que mais

    influncia tiveram em nossos dias.

    Gandhi foi um pacifista e sempre pregou uma doutrina de no-violncia.

    Desejava que a paz reinasse entre hindus e muulmanos; entreindianos e ingleses.

    Visitando a Inglaterra

    O domnio colonial britnico durou mais de duzentos anos. Os indianoseram considerados cidados de segunda classe.

    Em 1930, Gandhi viaja a Londres para pedir que a Inglaterra concedaindependncia ndia. L, visita bairros operrios.

    "Sei que guardarei para sempre, em meu corao, a lembrana da

    acolhida que recebi do povo pobre de East London", diz Gandhi.Ao retornar ndia, recebido em triunfo por milhares de pessoas, aindaque nada de muito significativo tenha resultado da viagem.

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    Gandhi anuncia multido que pretende continuar em sua campanhapela desobedincia civil, para obrigar a Inglaterra a dar a independncia ndia. Os britnicos, outra vez, o mandam para a priso.

    Em 1942 o governo ingls manda para Nova Delhi Sir Stafford Cripps,

    com a misso de negociar com Gandhi. As propostas que Sir Cripps trazso inaceitveis para Gandhi, que deseja independncia total. Gandhiretoma a campanha pela desobedincia civil. Desta vez preso econdenado a dois anos de cadeia.

    Quando Lord Louis Mountbatten torna-se vice-rei, aproxima-se deGandhi e nasce, entre Gandhi, Lord e Lady Mountbatten, uma grandeamizade.

    No vero de 1947, a hostilidade entre hindus e muulmanos atinge o

    auge do fanatismo. Nas ruas h milhares de cadveres. Os muulmanosreivindicam um Estado independente, o Paquisto. Gandhi tentarestabelecer a paz dando incio a uma dcima-quinta greve de fome. Osacrifcio pessoal de Gandhi e sua firmeza conseguem o que nem ospolticos nem o exrcito conseguira: a ndia conquista sua independnciae criado o Estado muulmano do Paquisto.

    Em 30 de janeiro de 1948, Gandhi morre assassinado por um hindu.Estava com 78 anos. Lord e Lady Mountbatten, ao lado de um milho deindianos, comparecem ao funeral. Suas cinzas so lanadas s guas

    sagradas do Rio Jumna.

    "Mahatma" Gandhi permanecer, para sempre, como smbolo daresistncia pela no-violncia.

    Obra Prima de Mahatma Gandhi. Leitura Obrigatria!

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    Autobiografia: Minha Vida e Minhas Experincias com a VerdadeMAHATMA GANDHI

    Pensamentos de Mahatma Gandhi1

    O desejo sincero e profundo do corao sempre realizado; em minhaprpria vida tenho sempre verificado a certeza disto.

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    Creio poder afirmar, sem arrogncia e com a devida humildade, que aminha mensagem e os meus mtodos so vlidos, em sua essncia,para todo o mundo.

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    Acho que vai certo mtodo atravs das minhas incoerncias. Creio queh uma coerncia que passa por todas as minhas incoerncias assimcomo h na natureza uma unidade que permeia as aparentesdiversidades.

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    As enfermidades so os resultados no s dos nossos atos comotambm dos nossos pensamentos.

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    Satyagraha - a fora do esprito - no depende do nmero; depende dograu de firmeza.

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    Satyagraha e Ahimsa so como duas faces da mesma medalha, oumelhor, como as duas cades de um pequeno disco de metal liso e semincises. Quem poder dizer qual a certa? A no-violncia o meio. AVerdade, o fim.

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    A minha vida um Todo indivisvel, e todos os meus atos convergem unsnos outros; e todos eles nascem do insacivel amor que tenho para comtoda a humanidade.

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    Uma coisa lanou profundas razes em mim: a convico de que a moral o fundamento das coisas, e a verdade, a substncia de qualquer moral.A verdade tornou-se meu nico objetivo. Ganhou importncia a cada dia.E tambm a minha definio dela se foi constantementeampliando.

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    Minha devoo verdade empurrou-me para a poltica; e posso dizer,sem a mnima hesitao, e tambm com toda a humildade que, noentendem nada de religio aqueles que afirmam que ela nada tem a vercom a poltica.

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    A minha preocupao no est em ser coerente com as minhas

    afirmaes anteriores sobre determinado problema, mas em ser coerentecom a verdade.

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    O erro no se torna verdade por se difundir e multiplicar facilmente. Domesmo modo a verdade no se torna erro pelo f ato de ningum a ver.

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    O amor a fora mais abstrata, e tambm a mais potente, que h nomundo.

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    O Amor e a verdade esto to unidos entre si que praticamenteimpossvel separ-los. So como duas faces da mesma medalha.

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    O ahimsa (amor) no somente um estado negativo que consiste emno fazer o mal, mas tambm um estado positivo que consiste em amar,em fazer o bem a todos, inclusive a quem faz o mal.

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    O ahimsa no coisa to fcil. mais fcil danar sobre uma corda quesobre o fio da ahimsa.

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    S podemos vencer o adversrio com o amor, nunca com o dio.

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    A nica maneira de castigar quem se ama sofrer em seu lugar.

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    o sofrimento, e s o sofrimento, que abre no homem a compreensointerior.

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    Unir a mais firme resistncia ao mal com a maior benevolncia para como malfeitor. No existe outro modo de purificar o mundo.

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    A minha natural inclinao para cuidar dos doentes transformou-se aospoucos em paixo; a tal ponto que muitas vezes fui obrigado a descuidaro meu trabalho. . .

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    A no-violncia a mais alta qualidade de orao. A riqueza no podeconsegui-Ia, a clera foge dela, o orgulho devora-a, a gula e a luxriaofuscam-na, a mentira a esvazia, toda a presso no justificada acompromete.

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    No-violncia no quer dizer renncia a toda forma de luta contra o mal.Pelo contrrio. A no-violncia, pelo menos como eu a concebo, umaluta ainda mais ativa e real que a prpria lei do talio - mas em planomoral.

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    A no-violncia no pode ser definida como um mtodo passivo ouinativo. um movimento bem mais ativo que outros e exige o uso dasarmas. A verdade e a no-violncia so, talvez, as foras mais ativas deque o mundo dispe.

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    Para tornar-se verdadeira fora, a no-violncia deve nascer do esprito.

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    Creio que a no-violncia infinitamente superior violncia, e que operdo bem mais viril que o castigo...

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    A no-violncia, em sua concepo dinmica, significa sofrimentoconsciente. No quer absolutamente dizer submisso humilde vontadedo malfeitor, mas um empenho, com todo o nimo, contra o tirano. Assimum s indivduo, tendo como base esta lei, pode desafiar os poderes deum imprio injusto para salvar a prpria honra, a prpria religio, aprpria alma e adiantar as premissas para a queda e a regeneraodaquele mesmo imprio.

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    O mtodo da no-violncia pode parecer demorado, muito demorado,mas eu estou convencido de que o mais rpido.

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    Aps meio sculo de experincia, sei que a humanidade no pode serlibertada seno pela no-violncia. Se bem entendi, esta a lio centraldo cristianismo.

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    S se adquire perfeita sade vivendo na obedincia s leis da Natureza.A verdadeira felicidade impossvel sem verdadeira sade, e averdadeira sade impossvel sem rigoroso controle da gula. Todos osdemais sentidos estaro automaticamente sujeitos a controle quando agula estiver sob controle. Aquele que domina os prprios sentidosconquistou o mundo inteiro e tornou-se parte harmoniosa da natureza.

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    A civilizao, no sentido real da palavra, no consiste na multiplicao,mas na vontade de espontnea limitao das necessidades. S essaespontnea limitao acarreta a felicidade e a verdadeira satisfao. Eaumenta a capacidade de servir.

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    injusto e imoral tentar fugir s conseqncias dos prprios atos. justoque a pessoa que come em demasia se sinta mal ou jejue. injusto quequem cede aos prprios apetites fuja s conseqncias tomando tnicosou outros remdios. ainda mais injusto que uma pessoa ceda sprprias paixes animalescas e fuja s conseqncias dos prprios atos.

    A Natureza inexorvel, e vingar-se- completamente de uma talviolao de suas leis.

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    Aprendi, graas a uma amarga experincia, a nica suprema lio:controlar a ira. E do mesmo modo que o calor conservado se transformaem energia, assim a nossa ira controlada pode transformar-se em umafuno capaz de mover o mundo. No que eu no me ire ou perca ocontrole. O que eu no dou campo ira. Cultivo a pacincia e amansido e, de uma maneira geral, consigo. Mas quando a ira me

    assalta, limito-me a control-la. Como consigo? um hbito que cadaum deve adquirir e cultivar com uma prtica assdua.

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    O silncio j se tornou para mim uma necessidade fsica espiritual.Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depresso. A seguir precisei detempo para escrever. Aps hav-lo praticado por certo tempo descobri,todavia, seu valor espiritual. E de repente dei conta de que eram essesmomentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-

    me como se tivesse sido feito para o silncio.

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    Aqueles que tm um grande autocontrole, ou que esto totalmenteabsortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ao juntas no andambem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silncio.

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    Aquele que no capaz de governar a si mesmo, no ser capaz degovernar os outros.

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    Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como nico objetivo,obtm, ao cabo, a capacidade de fazer qualquer coisa.

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    A verdadeira educao consiste em pr a descoberto ou fazer atualizar o

    melhor de uma pessoa. Que livro melhor que o livro da humanidade?

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    No quero que minha casa seja cercada por muros de todos os lados eque as minhas janelas esteja tapadas. Quero que as culturas de todos ospovos andem pela minha casa com o mximo de liberdade possvel.

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    Nada mais longe do meu pensamento que a idia de fechar-me e erguerbarreiras. Mas afirmo, com todo respeito, que o apreo pelas demaisculturas pode convenientementemente seguir, e nunca anteceder, oapreo e a assimilao da nossa. (...) Um aprendizado acadmico, nobaseado na prtica, como um cadver embalsamado, talvez para servisto, mas que no inspira nem nobilita nada. A minha religio probe-mede diminuir ou desprezar as outras culturas, e insiste, sob pena desuicdio civil, na necessidade de assimilar e viver a vida.

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    Ler e escrever, de per si, no so educao. Eu iniciaria a educao dacriana, portanto, ensinando-lhe um trabalho manual til, e colocando-aem grau de produzir desde o momento em que comea sua educao.

    Desse modo todas as escolas poderiam tornar-se auto-suficientes, com acondio de o Estado comprar os manufaturados.

    Acredito que um tal sistema educativo permitira o mais altodesenvolvimento da mente e da alma. preciso, porm, que o trabalhomanual no seja ensinado apenas mecanicamente, como se faz hoje,mas cientificamente, isto , a criana deveria saber o porqu e o comode cada operao.

    Os olhos, os ouvidos e a lngua vm antes da mo. Ler vem antes de

    escrever e desenhar antes de traar as letras do alfabeto.

    Se seguirmos este mtodo, a compreenso das crianas teroportunidade de se desenvolver melhor do que quando freada iniciandoa instruo pelo alfabeto.

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    Odeio o privilgio e o monoplio. Para mim, tudo o que no pode serdividido com as multides "tabu".

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    A desobedincia civil um direito intrnseco do cidado. No ouserenunciar, se no quer deixar de ser homem. A desobedincia civil nunca seguida pela anarquia. S a desobedincia criminal com a fora.Reprimir a desobedincia civil tentar encarcerar a conscincia.

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    Todo aquele que possui coisas de que no precisa um ladro.

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    Quem busca a verdade, quem obedece a lei do amor, no pode estarpreocupado com o amanh.

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    As divergncias de opinio no devem significar hostilidade. Se fosseassim, minha mulher e eu deveramos ser inimigos figadais. Noconheo duas pessoas no mundo que no tenham tido divergncias de

    opinio. Como seguidor da Gita (Bhagavad Gita), sempre procurei nutrirpelos que discordam de mim o mesmo afeto que nutro pelos que me somais queridos e vizinhos.

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    Continuarei confessando os erros cometidos. O nico tirano que aceitoneste mundo a "silenciosa e pequena voz" dentro de mim. Emboratenha que enfrentar a perspectiva de formar minoria de um s, creiohumildemente que tenho coragem de encontrar-me numa minoria todesesperadora.

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    Nas questes de conscincia a lei da maioria no conta.

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    Estou firmemente convencido que s se perde a liberdade por culpa daprpria fraqueza.

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    Acredito na essencial unidade do homem, e, portanto na unidade de tudo

    o que vive. Por conseguinte, se um homem progredir espiritualmente, omundo inteiro progride com ele, e se um homem cai, o mundo inteiro caiem igual medida.

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    Minha misso no se esgota na fraternidade entre os indianos. A minhamisso no est simplesmente na libertao da ndia, embora ela

    absorva, em prtica, toda a minha vida e todo o meu tempo. Por meio dalibertao da ndia espero atuar e desenvolver a misso da fraternidadedos homens.

    O meu patriotismo no exclusivo. Engloba tudo. Eu repudiaria opatriotismo que procurasse apoio na misria ou na explorao de outras

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    naes. O patriotismo que eu concebo no vale nada se no se conciliarsempre, sem excees, com o maior bem e a paz de toda a humanidade.

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    A mulher deve deixar de se considerar o objeto da concupiscncia dohomem. O remdio est em suas mos mais que nas mos do homem.

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    Uma vida sem religio como um barco sem leme.

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    A f um sexto sentido transcende o intelecto sem contradiz-lo.

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    A minha f, nas densas trevas, resplandece mais viva.

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    Somente podemos sentir deus destacando-nos dos sentidos.

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    O que eu quero alcanar, o ideal que sempre almejei com sofreguido(...) conseguir o meu pleno desenvolvimento, ver Deus face-a-face,conseguir a libertao do Eu.

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    Orar no pedir. Orar a respirao da alma.

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    A orao salvou-me a vida. Sem a orao teria ficado muito tempo semf. Ela salvou-me do desespero. Com o tempo a minha f aumentou e anecessidade de orar tornou-se mais irresistvel... A minha paz muitasvezes causa inveja. Ela vem-me da orao. Eu sou um homem de

    orao. Como o corpo se no for lavado fica sujo, assim a alma semorao se torna impura.

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    O Jejum a orao mais dolorosa e tambm a mais sincera ecompensadora.

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    O Jejum uma arma potente. Nem todos podem us-la. Simplesresistncia fsica no significa aptido para jejum. O Jejum no temabsolutamente sentido sem f em Deus.

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    Para mim nada mais purificador e fortificante que um jejum.

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    Os meus adversrios sero obrigados a reconhecer que tenho razo. Averdade triunfar. . . At agora todos os meus jejuns foram maravilhosos:no digo em sentido material, mas por aquilo que acontece dentro demim. uma paz celestial.

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    Jejum para purificar a si mesmo e aos outros uma antiga regra quedurar enquanto o homem acreditar em Deus.

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    Tenho profunda f no mtodo de jejum particular e pblico. . . Sofrermesmo at a morte, e, portanto mesmo mediante um jejum perptuo, e aarma extrema do satyagrahi. o ltimo dever que podemos cumprir. OJejum faz parte de meu ser, como acontece, em maior ou menor escala,com todos os que procuraram a verdade. Eu estou fazendo umaexperincia de ahimsa em vasta escala, uma experincia talvez at hoje

    desconhecida pela histria.

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    Quem quer levar uma vida pura deve estar sempre pronto para osacrifcio.

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    O dever do sacrifcio no nos obriga a abandonar o mundo e a retirar-nospara uma floresta, e sim a estar sempre prontos a sacrificar-nos pelosoutros.

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    Quem venceu o medo da morte venceu todos os outros medos.

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    Os louvores do mundo no me agradam; pelo contrrio, muitas vezes meentristecem.

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    Quando ouo gritar Mahatma Gandhi Ki jai, cada som desta frase metranspassa o corao como se fosse uma flecha. Se pensasse, emborapor um s instante, que tais gritos podem merecer-me o swaraj;conseguiria aceitar o meu sofrimento. Mas quando constato que aspessoas perdem tempo e gastam energias em aclamaes vs, epassam ao longo quando se trata de trabalho, gostaria que, em vez degritarem meu nome, me acendessem uma pira fnebre, na qual eu

    pudesse subir para apagar uma vez por todas o fogo que arde o corao.

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    Uma civilizao julgada pelo tratamento que dispensa s minorias.

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    Sei por experincia que a castidade fcil para quem senhor de simesmo.

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    O brahmacharya o controle dos sentidos no pensamento, nas palavras,e na ao. . . O que a ele aspira no deixar nunca de ter conscincia desuas faltas, no deixar nunca de perseguir as paixes que se aninhamainda nos ngulos escuros de seu corao, e lutar sem trgua pela totallibertao.

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    O brahmacharya, como todas as outras regras, deve ser observado nospensamentos, nas palavras e nas aes. Lemos na Gita e a experincia

    confirma-no-lo todos os dias que quem domina o prprio corpo, masalimenta maus pensamentos faz um esforo vo. Quando o esprito sedispersa, o corpo inteiro, cedo ou tarde, o segue na perdio.

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    Por vezes pensa-se que e muito difcil, ou quase impossvel conservarcastidade. O motivo desta falsa opinio e que freqentemente, a palavra

    castidade entendida em sentido limitado demais.

    Pensa-se que a castidade o domnio das paixes animalescas. Estaidia de castidade incompleta e falsa.

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    Vivo pela libertao da ndia e morreria por ela, pois e parte da verdade.

    S uma ndia livre pode adorar o Deus verdadeiro. Trabalho pelalibertao da ndia porque o meu Swadeshi me ensina que, tendonascido e herdado sua cultura, sou mais apto a servir ndia e ela temprioridade de direitos aos meus servios. Mas o meu patriotismo no exclusivo; no tem por meta apenas no fazer mal a ningum, mas fazer

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    bem a todos no verdadeiro sentido da palavra. A libertao da ndia,como eu a concebo, no poder nunca constituir ameaa para o mundo.

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    Possuo a no-violncia do corajoso? S a morte dir. Se me matarem eeu com uma orao nos lbios pelo meu assassino e com o pensamentoem Deus, ciente da sua presena viva no santurio do meu corao,ento, e s ento, poder-se- dizer que possuo a no-violncia docorajoso.

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    No desejo morrer pela paralisao progressiva das minhas faculdades,corno um homem vencido. A bala de meu assassino poderia pr fim minha vida. Acolh-la-ia com alegria.

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    A regra de ouro consiste em sermos amigos do mundo e emconsiderarmos como uma toda a famlia humana. Quem faz distinoentre os fiis da prpria religio e os de outra, deseduca os membros dasua religio e abre caminho para o abandono, a irreligio.

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    A fora de um homem e de um povo est na no-violncia.Experimentem.

    Sobre a Revoluo no violenta de MahatmaGandhi

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    " Gandhi continua o que o Buddha comeou. Em Buddha o esprito ojogo do amor isto , a tarefa de criar condies espirituais diferentes nomundo; Gandhi dedica-se a transformar condies existenciais"

    Albert Schweitzer

    " No violncia a lei de nossa espcie como violncia a lei do bruto.O esprito mente dormente no bruto, e ele no sabe nenhuma lei mas ode poder fsico. A dignidade de homem requer obedincia a uma lei mais

    alta - a fora do esprito ".

    Mahatma Gandhi

    " Se o homem s perceber que desumano obedecer leis que soinjustas, a tirania de nenhum homem o escravizar".

    Mahatma Gandhi

    "No pode haver nenhuma paz dentro sem verdadeiro conhecimento ".

    Mahatma Gandhi

    "Para autodefesa, eu restabeleceria a cultura espiritual. O melhor eautodefesa mais duradoura autopurificao ".

    Mahatma Gandhi