Cristina alves foi eleita Presidente da rádio arC-en-Ciel · de serviços consulares no mundo...

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GRATUIT fr 06 entrevista com fernando lourenço, Conselheiro Municipal em romainville que fala de Portugal, de ecologia e do PS francês. FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa DR CriSTina alVeS foi eleiTa PreSidenTe da rádio arC-en-Ciel A rádio franco-portuguesa de Orléans Cinema. Vai arrancar esta semana mais uma edição do Fest’Afilm, o Festival de cinema lusófono e francófono de Montpellier. 19 Solidariedade. Academia do Baca- lhau de Paris recolhe 7.500 euros de do- nativos para ajudar instituição de apoio à criança. 23 Política. As Secções do PSD de Paris, Strasbourg e Alemanha organizaram mais uma reunião anual no domingo passado, em Strasbourg. 05 Associações. Foi eleita a primeira Di- reção da Federação das Associações da Diáspora (FAD), uma instituição recente- mente criada. 24 22 Edition nº 199 | Série II, du 17 décembre 2014 Hebdomadaire Franco-Portugais O LusoJornal vai de férias. Estaremos de regresso no dia 7 de janeiro. Desejamos Festas Felizes aos nossos leitores. PUB PUB

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G R A T U I T

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06entrevista com fernando lourenço,Conselheiro Municipal em romainvilleque fala de Portugal, de ecologia e doPs francês.

F R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

DR

Cristina alvesfoi eleita Presidenteda rádio arC-en-CielA rádio franco-portuguesa de Orléans

Cinema. Vai arrancar esta semanamais uma edição do Fest’Afilm, o Festivalde cinema lusófono e francófono deMontpellier.

19

Solidariedade. Academia do Baca-lhau de Paris recolhe 7.500 euros de do-nativos para ajudar instituição de apoio àcriança.

23

Política. As Secções do PSD de Paris,Strasbourg e Alemanha organizarammais uma reunião anual no domingopassado, em Strasbourg.

05

Associações. Foi eleita a primeira Di-reção da Federação das Associações daDiáspora (FAD), uma instituição recente-mente criada.

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Edition nº 199 | Série II, du 17 décembre 2014 Hebdomadaire Franco-Portugais

O LusoJornal vai deférias. Estaremos deregresso no dia 7 dejaneiro. DesejamosFestas Felizes aosnossos leitores.

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02 Mensagens le 17 décembre 2014

O Natal, como época de família ereencontro, é para os Portugueses re-sidentes no estrangeiro um momentode grande significado e de enormesimbolismo. Ele representa o valor ba-silar da família, algo que para todosaqueles que tiveram de deixar o seupaís é de extrema importância, pois é,muitas vezes, no seu seio que muitosdos nossos compatriotas encontram acoragem para enfrentar as dificulda-des do seu dia a dia.Emigrar nunca é fácil e esta altura fes-tiva traz ao de cima sentimentos quemuitas vezes estão contidos ao longodo ano. É a felicidade do reencontroou a saudade que aumenta pela dis-tância que não pode ser ultrapassada.É o apego às nossas mais enraizadastradições e à memória das aldeias e ci-dades que deixámos em Portugal e,acima de tudo, é um momento degrande exaltação dos valores e da cul-tura portuguesa e da afirmação de Co-munidades que mesmo fora do seupaís nunca esquecem a sua identi-dade mais própria.As nossas Comunidades são umexemplo de força e coragem e foram,em minha opinião, determinantes paraajudar Portugal a concretizar, de formapositiva, o Programa de Assistência Fi-nanceira, que nos retirou soberania e

que, sobretudo, se traduziu por umconjunto de duras medidas impostasem resultado de políticas erradas quenos levaram, em 2011, a uma situa-ção humilhante de pré-bancarrota.Agora que estamos a terminar o anode 2014 e que podemos avaliar a si-tuação no nosso país, é possível verifi-car que o insucesso económicoprevisto por alguns não se concretizou.Por vezes estranho e lamento que al-guns líderes de opinião não conheçamo nosso povo e não compreendam asua capacidade de superação das di-ficuldades que tem nas gentes da emi-gração o melhor exemplo dessatenacidade.Portugal em 2014 apresentou já umconjunto de sinais positivos e a maio-ria dos indicadores aponta para a re-cuperação da economia portuguesa.Hoje somos um país que resgatou asua soberania e que devolveu a espe-rança aos Portugueses.Um país diferente para melhor e comcondições para se desenvolver de umaforma mais justa, mais equilibrada eassente em bases mais sólidas. Na po-lítica é fácil prometer, opinar mas émuito difícil concretizar medidas emmomentos de dificuldade. Como diz opovo, é mais fácil contrair dívidas doque as pagar.

Se no plano nacional podemos encararo ano de 2015 de forma positiva, tam-bém no plano das Comunidades por-tuguesas as perspetivas são tambémelas favoráveis. Nunca no passado orelacionamento entre as gentes daemigração e o seu país foi tão signifi-cativo, sobretudo no plano económico.Investimento, remessas, turismo, ex-portações são apenas alguns exemplosde áreas onde o contributo das nossasComunidades atingiu valores nuncaantes alcançados.Este é um sinal claro da forma como opaís é visto no estrangeiro. Os Portu-gueses residentes no estrangeiro acre-ditam no seu país e confiam para oseu investimento numa economia quehoje é reconhecida, no plano externo,como credível e confiável.Acresce que o Governo tem vindo adesenvolver um conjunto de políticasde aproximação das nossas Comuni-dades a Portugal, seja no plano em-presarial, seja nos planos social,cultural e político. Políticas que pas-saram também por consolidar a redede serviços consulares no mundoadaptando-a à implantação geográficadas nossas Comunidades, cada vezmais homogénea, e que tem no pro-grama de Permanências consulares oseu maior expoente.

Hoje somos um país que para além dasua rede consular tradicional chega amais de 150 cidades, ou seja, chegaa mais de 150 núcleos de Portugue-ses. Hoje somos também o país quetem um ensino do português que ofe-rece qualidade e a introdução da cer-tificação das aprendizagens é umaclara aposta na valorização da línguaportuguesa e, ainda hoje me surpreen-dem as dúvidas de alguns que defen-dem um ensino marginal semavaliação para os filhos dos Portugue-ses residentes no estrangeiro.As políticas dirigidas às Comunidadesnão devem ser vistas apenas comouma resposta às necessidades dosPortugueses residentes no estran-geiro. Para mim essas políticas ser-vem sobretudo os interesses dePortugal. Não partilho a ideia de al-guns de confinar a política para a emi-gração numa área fechada. O setordas Comunidades é um prolonga-mento natural do país e uma claramais valia, o que justifica que integre,de forma plena, o debate de âmbitonacional.As Comunidades devem ser entendi-das como um fator de engrandeci-mento de Portugal quer no planopolítico, quer no plano económico,quer no plano da língua e da cultura.

Portugal não pode viver de costas vi-radas para a sua Diáspora e o PSDtem entendido isso mesmo. As Comu-nidades são para nós um dos mais im-portantes instrumentos que Portugaltem para superar as suas dificuldadese para se afirmar num mundo cadavez mais competitivo.O PSD quer potenciar as Comunida-des e todos os dias trabalha para quenão se quebrem as pontes entre Por-tugal e todos os Portugueses residen-tes no estrangeiro. Como Deputadoeleito pelo círculo da Europa é issoque me motiva na minha ação polí-tica. Quem me conhece sabe que souassim. Direto e frontal na defesa dosinteresses das gentes da emigração,procurando resolver os problemas daspessoas, pois só assim me revejo napolítica.Fiz nesta mensagem um conjunto deconsiderações sobre a situação donosso país e acredito, de forma sin-cera, que o ano que brevemente seinicia vai ser um ano positivo paraPortugal e para os Portugueses. Umano em que estaremos a colher os fru-tos dos esforços realizados no triénioque agora se conclui. Um ano de es-perança.A todos desejo um Santo Natal e umpróspero Ano Novo.

Mensagem de natal com análise política do país e das Comunidades

Crónica de opiniãoCarlos GonçalvesDeputado (PSD) pelo círculoeleitoral da Europa

[email protected]

O fim de ano é período para balanço,mas também para preparar o ano quese aproxima.Nas tarefas desempenhadas peloConsulado Geral de Portugal em Parisuma das prioridades é a melhoria doatendimento a todos os que procuramos nossos serviços e o nosso apoio, ta-refa sempre difícil tendo em conta oslimitados recursos disponíveis.Em 2014 foi possível estender a maislocais as Presenças consulares. De-pois de no fim de 2013 terem sidoabertas Presenças consulares perma-nentes em Orleães e em Tours, nasinstalações dos Consulados Honorá-rios, conseguiu-se, em março de2014, abrir uma Presença consularpermanente em Nantes. Estas Pre-senças consulares estão abertas aopúblico todo o ano, com raras exce-ções, e permitem um atendimento eum apoio de proximidade em zonasque contam com grande número dePortugueses.Continuaram também a desenvolver-

se as Presenças consulares regularesem várias cidades, tendo-se dado iní-cio a Presenças consulares na cidadede Limoges.Ainda no sentido de melhorar a pres-tação dos serviços consulares, foi pos-sível, desde novembro deste ano,implementar no Consulado Geral emParis um sistema de marcação por in-ternet que tem funcionado bem e quemelhorou sobremaneira as condiçõesde atendimento de todos os utentesem Paris, que hoje se faz de formamais rápida e confortável.Para 2015, mantém-se o objetivo demelhoria dos serviços, e espero quevenha a ser possível estender as pre-senças consulares a outras cidades,aumentando a proximidade dos servi-ços consulares.Esta proximidade é importante tam-bém no trabalho de proteção consulare de apoio social, prioridade semprepresente no trabalho consular. O Con-sulado procura acorrer e apoiar osnossos compatriotas que se encon-

tram em situação social mais frágil,trabalhando em coordenação com asautoridades francesas e com várias as-sociações franco-portuguesas. Aliás,neste domínio não posso deixar de su-blinhar o extraordinário trabalho eapoio concedido por várias associa-ções franco-portuguesas, a quem

presto a minha homenagem, por en-grandecerem a nossa Comunidadecom os valores da solidariedade e dafraternidade. Estas associações, e osvoluntários que com elas colaboram,merecem todo o nosso apoio.O ano de 2014 continuou a assistir àafirmação política e económica da Co-

munidade franco-portuguesa. Voltoua crescer o número de eleitos france-ses de origem portuguesa no segui-mento das eleições locais, econtinuou a aumentar a visibilidade eo peso das empresas franco-portugue-sas. O Consulado tem apoiado eacompanhado este desenvolvimentocom a promoção de ações de partici-pação cívica, através de atividades dediplomacia económica, e mantendoum trabalho ativo na promoção dacultura e língua portuguesa, divul-gando autores e artistas portugueses,na sua maioria residentes em França.Mas este reforço e esta afirmaçãodeve-se sobretudo à vitalidade da Co-munidade franco-portuguesa.Estou seguro de que em 2015 os Por-tugueses de França continuarão a tra-çar o caminho da afirmação e doreconhecimento e a desempenhar umpapel primordial no reforço da interli-gação entre Portugal e França.Desejo a todos um Feliz Natal e umBom Ano 2015.

Mensagem de natal do Cônsul Geral de Portugal em Paris

Texto de opiniãoPedro lourtieCônsul Geral de Portugal em Paris

[email protected]

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Alfredo Lima, Ana Catarina Alberto, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Aurélio Pinto, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Duarte Pereira (Cyclisme), Eric Mendes, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos (Arles), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mário Loureiro, Natércia Gonçalves (Clermont-Ferrand), Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia (Sport), Padre Carlos Caetano, RicardoVieira (Musique Classique), Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Sheila Ferreira (Clermont-Ferrand), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: Alfredo Lima, António Borga, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de laporte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidade em Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra. Tel.: (+351)239.716.396 / [email protected] | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: décembre 2014 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | www.lusojornal.com

LusoJornal / Susana Alexandre

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03Mensagens

lusojornal.com

emsíntese

Mensagem doPrimeiro MinistroPedro PassosCoelho

Estamos a chegar ao fim de umano que foi muito intenso em Por-tugal.Foi um ano em que conseguimosconcluir o nosso programa de as-sistência económica e financeira econseguimos oferecer aos Portu-gueses uma nova esperança euma nova confiança, baseadasnuma economia mais saudávelque finalmente está a crescer semgerar mais dívida e portanto semonerar no futuro os Portuguesescom impostos e com dificuldadesque seriam desnecessárias.Estamos convencidos que 2015pode ser um ano em que esta con-fiança se vai reforçar, em que aeconomia crescerá de uma formamais intensa, e em que podemoslevar mais longe muitas das refor-mas que temos vindo a fazer e quese destinam, no essencial, a ofere-cer aos Portugueses um futuromelhor, quer eles vivam em Portu-gal ou em qualquer outra parte domundo.E nós, cada vez mais temos de seruma economia aberta ao mundo,porque a economia está muito glo-balizada, e as oportunidades acon-tecem em todo o lado. O passadomostrou que quanto mais olhamospara o nosso umbigo, menos cres-cemos, menos ambiciosos pode-mos ser.E quanto mais olhamos para aDiáspora portuguesa em todo omundo, para os mercados em queela se insere, todos aqueles quecompõem a chamada lusofonia eque falam português como nós,quando olhamos para todo essepotencial, acreditamos que apesarde sermos pequeninos, somosuma grande nação e que pode-mos ter um futuro muito melhor.Desejo-vos um Bom Ano de 2015.

le 17 décembre 2014

Mensagem de natal do secretário deestado das Comunidades Portuguesas

José CesárioSecretário de Estado das Comunidades Portuguesas

[email protected]

Texto de opinião

Na quadra natalícia que se aproximagostaria de, obedecendo a um salutarcostume, dirigir algumas palavrassentidas às Comunidades portugue-sas espalhadas pelo mundo.No momento em que as famílias sereúnem e reencontram, a partilhados nossos pensamentos e senti-mentos com a parte da família por-tuguesa que, por diversas razões,vive fora do país, é particularmenteoportuna.Tenho já referido no passado quãoimportante tem sido o papel desem-penhado pelas Comunidades portu-guesas para ajudar Portugal asuperar o momento difícil que vive-mos. Felizmente, e apesar de todas

as dificuldades que vivemos duranteo ano que agora termina, completá-mos com sucesso o programa deajustamento e deixámos de estarsob intervenção externa, existindorazões para olhar o futuro com opti-mismo.Durante os anos mais difíceis dacrise, Portugal demonstrou ter capa-cidade de a superar. Acima de tudocontámos com um povo que, dentroe fora das fronteiras nacionais, de-monstrou uma grande capacidadede trabalho, de sacrifício e de soli-dariedade. Foram estas e outrasqualidades dos Portugueses quepermitiram atenuar as consequên-cias económicas e sociais negativas

do ajustamento e criar as condiçõespara um futuro melhor, com umcrescimento económico sustentadoe duradouro.Os Portugueses mostraram a suainventividade, a sua capacidadeinovadora, empresarial e empreen-dedora, que levaram a um grandeaumento das exportações e quepermitiram tenhamos hoje uma ba-lança comercial equilibrada.Não escondemos que existem aindadificuldades e situações a melhorar.Temos trabalhado no Ministério dosNegócios Estrangeiros para dotar osserviços consulares dos meios indis-pensáveis, humanos e técnicos,para prestar o atendimento mo-

derno e eficaz que as nossas Co-munidades merecem. As Perma-nências consulares são já umarealidade que expandiremos a cadavez mais localidades, indo ao en-contro dos nossos cidadãos ondeeles se encontrem, e naqueles pos-tos onde as carências de pessoalmais se fazem sentir procuraremostambém encontrar soluções.A todos os elementos da nossaDiáspora, incluindo os que traba-lham na nossa rede diplomática econsular, professores e leitores, àsComunidades portuguesas em todoo mundo, endereço os votos since-ros de um Natal muito feliz e de umóptimo ano de 2015.

Um olhar para 2014Carlos PereiraDiretor do LusoJornal

[email protected]

Crónica de opinião

Chegamos ao fim de mais um ano.2014 foi um ano importante para oLusoJornal porque completámos 10anos de existência. Foram 10 anos deinformação semanal, mas tambémforam 10 anos de expansão e de con-quistas. Semana após semana, mêsapós mês, ano após ano, vamos con-quistando novos leitores, vamos che-gando a mais cidades diferentes emFrança, vamos ganhando mais cola-boradores e temos de continuar a an-gariar novos clientes.As comemorações do 10° aniversáriodo LusoJornal foram simples, comogostamos que sejam, mas queríamos“assinalar” a data e assinalámos.Mas 2014 foi também um ano im-portante para os Portugueses deFrança, nomeadamente no que dizrespeito à organização consular. OGoverno compreendeu enfim que nãodevia ter encerrado os Consulados deOrléans, de Tours, de Nantes, deLille, de Clermont-Ferrand e de Ajac-cio. Tenho-o repetido muitas vezes eno LusoJornal temos dado a voz aquem partilha desta opinião.Desde este ano, os postos de Orléans,Tours, Nantes e Clermont-Ferrand jáestão a funcionar quase como se fos-sem Consulados de carreira. Têmfuncionários em permanência e estãoequipados com material técnico parafazerem praticamente todos os atosconsulares. Segue-se Ajaccio, onde jáse encontra um funcionário e pareceque uma solução também var ser en-carada para Lille, já que as Perma-nências consulares em Roubaix eTourcoing estão a abarrotar de gente.Não era necessário ser vidente parasaber que a situação não podia con-tinuar assim. Fica uma pergunta: por-que continuam a fazer os mesmoserros, ano após ano? Porque conti-nuam a encerrar estruturas consula-res sem saber o que fazer depois?Porque continuam estas experimen-tações?As já famosas Permanências consu-

lares - tantas vezes citadas nos docu-mentos de balanço governamental -estão a perder algum impacto emFrança. Precisamente porque se temoptado, e bem, por uma Permanência“permanente” nas cidades anterior-mente referidas. Fazer uma Perma-nência consular todos os 6 mesesnuma cidade, não tem o mesmo im-pacto, não tem a mesma importância.Quem pedir um Cartão do Cidadão,tem de esperar 6 meses pela Perma-nência seguinte, para poder levantaro documento. Convenhamos queainda não é a solução ideal...Em Paris o Governo caiu na sua pró-pria ratoeira. Quando estava na Opo-sição disse publicamente várias vezesque este Posto consular tinha “fun-cionários a mais” e agora... teve derecorrer à marcação por internet por-que os funcionários que o Consuladotem não chegam para atender osutentes e fazer as Permanências con-sulares!No que se refere ao ensino de portu-guês no estrangeiro, foi mais um anonegativo. O Governo põe nos pratosda mesma balança a certificação e onúmero de alunos, como se as duascoisas estivessem relacionadas. Dizque criou a certificação, mas voltou areduzir consideravelmente o número

de professores. Numa altura em quecada vez há mais jovens “ligados” aPortugal, em que os lusodescenden-tes perdem os complexos das suasorigens, o Governo continua a reduziros Professores que lecionam no es-trangeiro. Temos que ser claros: a re-dução do número de professores nãoestá relacionada com o facto de havercertificação. Reduz-se porque se querfazer economias. E quando se querfazer economias no ensino da línguaportuguesa no estrangeiro... está tudodito!Finalmente, outro ponto negro do ano2014 é o do Conselho das Comuni-dades Portuguesas. Os atuais Conse-lheiros tomaram posse em 2008, por4 anos e deviam ter sido marcadaseleições em 2012. Vamos entrar em2015 sem que as eleições tivessemsido marcadas. O Secretário de Es-tado das Comunidades Portuguesasdecidiu alterar a Lei deste órgão deconsulta do Governo... e o tempopassa! Primeiro demorou muito a sur-gir uma proposta, sob pretexto que oSecretário de Estado José Cesário es-tava a fazer “consultas”, depois é oque se vê! Este vai ficar como um dospontos negativos do mandato de JoséCesário. Só encontramos um argu-mento possível: manter propositada-

mente o órgão adormecido!Só mais um ponto negativo: Portugalcontinua sem ter nomeado um Con-selheiro Cultural e Diretor do InstitutoCamões para Paris. Há anos que istodura. O Instituto Camões pediu a doisprofessores - José Manuel Esteves eAna Paixão - para se ocuparem dagestão interina desta área nos “tem-pos livres”. Como é possível ser Con-selheiro cultural, sem o seroficialmente, e sendo-o apenas nostempos livres? Por mais empenhadosque sejam os dois Professores (e são,porque conseguem fazer mais do quealguns Conselheiros culturais quepassaram por Paris) não é esta a visãoda promoção cultural que devemoster para o nosso país.Paralelamente a tudo isto, as Comu-nidades têm dado sinais de grande vi-talidade. Basta ler todas as semanaso LusoJornal. No campo político, osresultados das últimas eleições mu-nicipais parece terem sido bons (pa-rece porque até hoje a Embaixada dePortugal ainda não nos forneceu ne-nhuma análise dos resultados sobre aeleição de Portugueses e de lusodes-cendentes).Na área cultural, cada vez há maisparticipação portuguesa em eventosde grande visibilidade.No campo económico, as empresascriadas por portugueses de França eos gestores de origem portuguesa têmmerecido algum destaque. A chegadade Carlos Tavares à cabeça da Peu-geot e a “descoberta” de ArmandoPereira, um dos acionistas da Altice,a empresa que acaba de comprar aPortugal Telecom, são apenas doisdos exemplos mais conhecidos.Este ponto da situação sobre o ano2014 só nos pode deixar a esperançaque 2015 seja um ano em que se re-solvam alguns dos nossos problemas.Cá estaremos para os cobrir jornalis-ticamente.Votos de um Santo Natal e de umPróspero Ano Novo.

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04 Política

lusojornal.com

Paulo Pisco emvalenton e em romainville

O Deputado eleito pelo círculo elei-toral da Europa, Paulo Pisco, deslo-cou-se, no fim de semana passado,dias 14 e 15 de dezembro, para par-ticipar num almoço de solidariedadeda Academia do Bacalhau de Parisdedicado às crianças e ao RefúgioAboim Ascensão e para um encon-tro com a Maire de Romainville, Co-rinne Valls, para abordar questõesrelacionadas com a Comunidadeportuguesa presente no município.O almoço da Academia do Bacalhauteve lugar na Sala Vasco da Gama,em Valenton e na visita à Mairie deRomainville, Paulo Pisco estará tam-bém com o Conselheiro MunicipalDelegado Fernando Lourenço.

Carlos Gonçalvesem neuville-aux-Bois e em strasboug

O Deputado Carlos Gonçalves esteno fim de semana passado nas re-giões de Orléans e de Strasboug.No sábado, dia 13 de dezembro, oDeputado social-democrata partici-pou numa cerimónia de homena-gem à Vereadora de origemportuguesa Júlia Vappereau, na Mai-rie de Neuville-aux-Bois e depoisparticipou numa cerimónia de lan-çamento da Delegação de Orléansda Associação de Autarcas de Ori-gem Portuguesa de França - Cívica.Tendo almoçado com vários repre-sentantes da Comunidade portu-guesa daquela região, incluindo oConselheiro das Comunidades Por-tuguesas Carlos dos Reis.Nesse mesmo dia, Carlos Gonçalvesseguiu para Strasbourg onde foi en-contrar-se, no sábado à noite, comrepresentantes da Comunidade por-tuguesa daquela cidade.No domingo 14 visitou várias asso-ciações de Portugueses da áreaConsular de Strasbourg e na se-gunda-feira visitou a Missão de Por-tugal junto do Conselho da Europa eo Consulado Geral de Portugal,tendo tido encontros com o Embai-xador de Portugal junto do Conselhoda Europa e com o Cônsul Geral dePortugal em Strasbourg.

emsíntese

associação Cívica prestou homenagem aJúlia vappereau e criou delegação no loiret

No sábado passado, dia 13 de dezem-bro, teve lugar uma homenagem à lu-sodescendente Júlia Vappereau,Première Adjointe au Maire de Neu-ville-aux-Bois (45), por ter participadona Maratona do Porto 2014. A cerimó-nia foi organizada pelo Conselheiro dasComunidades Carlos dos Reis, ele pró-prio na sua juventude grande despor-tista, guarda-redes de hóquei empatins. A quase totalidade do ConseilMunicipal esteve presente, assim comoo recentemente criado Conseil munici-pal des jeunes. A homenageada rece-beu uma Placa de Mérito para marcara “excelente participação” na dita Ma-ratona, apoiada pelo Conselho das Co-munidades e pela associação Cívica.

A organização da cerimónia ficou acargo do Conselheiro Carlos dos Reis efoi conjuntamente presidida pelo MaireMichel Martin e pelo Deputado portu-guês eleito pelo círculo eleitoral da Eu-ropa, Carlos Gonçalves.A associação de lusoeleitos Cívica es-teve representada através do seu Presi-dente, Paulo Marques, que na suaintervenção lembrou a importância daexistência de uma Delegação da Cívicano Loiret. Esta associação constituídade autarcas lusodescendentes, “pre-tende que o serviço, a unidade, o res-peito, a tolerância, sejam os elementosnorteadores da sua conduta”.Foi assim assinalado o ponto de partidada Delegação da Cívica no Loiret.

Convém salientar na sala a presença deuma dezena de autarcas de origem por-tuguesa do Loiret, que afirmaram seencontrarem “felizes” por terem parti-cipado neste evento e integrarem a redede autarcas do departamento, assimcomo igualmente diversos Presidentesdo mundo associativo luso, como porexemplo Paulo Fernandes da associa-ção Ronda Minhota e a nova Presidentede Rádio Arc-en-ciel recentementeeleita, Christine Alves.Foram entregues várias recordações àsdiversas personalidades presentes. OConselheiro das Comunidades entregouuma placa respetivamente ao Maire eao Deputado Carlos Gonçalves, “paramelhor fixar esta cerimónia”.

Paulo Marques e Carlos dos Reis foramigualmente “recompensados” pelo“trabalho disponibilizado em prol daComunidade”.Para terminar com as lembranças, JúliaVappereau ofereceu também três tee-shirts da Maratona com as cores da Cí-vica e do CCP, a Carlos Gonçalves, aPaulo Marques e a Carlos dos Reis.O Conselheiro das Comunidades afir-mou com determinação “recusar viver,numa Comunidade de forma passiva”e preferindo lançar um apelo para ser-mos mais “cidadãos responsavelmenteatuantes. Servir e não servir-se”!A cerimónia terminou com um cocktailoferecido pela Mairie de Neuville-aux-Bois.

Júlia Vappereau participou na Maratona do Porto

le 17 décembre 2014

ensino no estrangeiro melhorouJosé vara rodriguesProfessor de português, militante do PSD Paris

[email protected]

Crónica de opinião

Apesar da racionalização realizada, oEnsino Português no Estrangeiro(EPE) melhorou e o número de alunosaumentou.Não havia avaliação feita pelos Minis-térios da Educação e dos NegóciosEstrangeiros. Ela surgiu, pela primeiravez, em junho de 2013.Com a implementação da certificaçãoda aprendizagem, os alunos inscritosno EPE têm uma avaliação feita deacordo com padrões de exigência in-ternacionais.Nunca ninguém se preocupou com afalta da certificação da aprendizagemdos alunos, o que parece bastante pa-radoxal! Será que, em Portugal, al-guém aceitaria que o seu filho nãotivesse as suas aprendizagens reco-nhecidas institucionalmente? Certa-mente que não!O que se fez no âmbito do EPE, foi re-parar um erro crasso. Este Governoteve o discernimento e a coragem para

alterar a situação. Ninguém o poderáacusar de continuar a cruzar os braçose a ignorar a situação do ensino.Certo é, que ainda há muito que fazerem prol das nossas crianças. Reco-nheço que não basta apenas imple-mentar a certificação. Há outrasmatérias na área do ensino que têmde ser revistas e criadas melhores con-dições para que o sucesso das apren-dizagens dos alunos e as expectativasdos pais sejam realizadas nas melho-res condições. Isto vai de encontro àspretensões dos professores e ao seuêxito no trabalho que, estoicamente,desempenham.Os professores receberam recente-mente os certificados que irão entre-gar aos alunos.Quero destacar o empenho dos do-centes na realização dos exames. Foinotório o brio profissional e o compor-tamento exemplar de todos os colegaspara dignificar o ensino que ministra-

mos neste país.Os resultados dos exames, põem emdestaque e valorizam o excelente tra-balho feito pelos professores da rededo EPE.Dos 680 alunos que se apresentarama exame, apenas cerca de 10% nãoobtiveram aprovação.Raramente se fala nos professores,mas convém não esquecer que sãoum elo importante na ligação dos nos-sos jovens a Portugal. Ao mesmotempo, são autênticos embaixadoresdo nosso país e veiculam o nossoprestígio junto das escolas onde tra-balham e das outras comunidades.Todos nós, independentemente dasnossas convicções políticas, quere-mos uma melhoria da qualidade doensino. Mas, convém relembrar, queisso apenas será possível com um au-mento do orçamento reservado paraesta área.Recordo que no Governo de Santana

Lopes, o orçamento para o EPE erade 50 milhões de euros. Ora, desdeentão, foi sendo reduzido até atingircerca de metade desse valor.Com a aprovação do Orçamento deEstado para 2015, a verba para o En-sino Português no Estrangeiro teráum aumento substancial.Estou certo que, só assim, consegui-remos melhorar o ensino e dar res-posta à imensa procura que elesuscita na nossa Comunidade.Todos sabemos das dificuldades eco-nómicas por que passa Portugal. Nãome parece sensato, nem lógico, queo Ensino do Português no Estrangeiroseja penalizado em questões orça-mentais.Os nossos alunos já foram imensa-mente prejudicados com os cortes so-fridos ao longo dos últimos anos.Espero que os próximos Orçamentossejam sempre no sentido da subida enão o inverso. Todos temos a ganhar.

Júlia Vappereau com convidados e amigosDR

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05Política

lusojornal.com

le 17 décembre 2014

Psd de strasbourg elegeu a sua Comissão Política

Realizou-se no fim de semana pas-sado, em Strasbourg, a tradicionalreunião entre as Secções do PSD deParis, de Strasbourg e da Alemanha.Há cerca de 10 anos que estas Sec-ções se encontram, numa iniciativado então Presidente da ComissãoPolítica do PSD de Strasbourg, Joa-quim Carreira dos Santos.Joaquim Santos faleceu no verão doano passado pelo que excecional-mente a reunião não teve lugar em2014, retomando este ano.Aproveitando esta reunião, a Secçãodo PSD de Strasbourg organizou aseleições da sua Comissão Política.Isabel Sousa Cardoso, que até aquiexercia as funções de Presidente in-terina, depois da morte de JoaquimCarreira dos Santos, foi oficialmenteeleita Presidente da Comissão Polí-tica desta Secção. Os 7 elementosque compõem a nova Comissão Po-lítica foram eleitos por dois anos.“Esta reunião debateu sobretudo as-suntos internos ao Partido” explicouo Deputado Carlos Gonçalves. “Sãomomentos de trabalho que ajudam apreparar sugestões para apresentardepois em Conselho Nacional ou atéem Congresso”.Para além de Deputado eleito pelocírculo eleitoral da Europa, Carlos

Gonçalves é também o Presidente daComissão Política do PSD Paris emembro da Comissão Política Nacio-nal. “Por isso mesmo, são momentosimportantes em que venho sobre-tudo ouvir a opinião dos militantes”.Carlos Gonçalves disse ao LusoJornalque foram debatidas questões rela-cionadas com a rede consular, com

o ensino de português no estran-geiro, com os direitos cívicos dos ci-dadãos e “houve muitas perguntassobre a situação do país”.A questão da rede consular mereceuespecial atenção para a Secção doPSD na Alemanha. “Na Alemanhacorrem boatos que as Permanênciasconsulares vão acabar. A Alemanha

tem poucos postos consulares e porisso, as Permanências consularestêm muita importância. Claro quedisse que esses boatos não têmqualquer fundamento e que o Go-verno quer manter e até reforçar arede de Permanências consulares,porque estão a funcionar muitobem”.

Na questão do ensino, a situação é“muito diferente” entre a França e aAlemanha, mas a Secção do PSD deStrasbourg mostrou-se muito preo-cupada com a falta de alunos inscri-tos. “Em Strasbourg, os cursosestiveram quase a deixar de existirpor falta de alunos inscritos” lem-brou Carlos Gonçalves.Finalmente, uma questão nova sur-giu no debate. O facto da companhiaaérea de baixo custo Ryanair teraberto um voo regular entre Stras-bourg e Portugal, veio criar “algumaanimação” na Comunidade portu-guesa. “O número de estrangeirosque vão visitar Portugal não para deaumentar e os nossos militantes emStrasburg sentem isso. Estão muitoentusiasmados. É algo que interessamuito e temos que aproveitar essadinâmica para fazer mais promoçãoturística do país” explicou o Depu-tado eleito pelo círculo eleitoral daEuropa.Um outro ponto que chegou a de-bate foi o protesto por parte dos mi-litantes sociais-democratas contra oencerramento do Instituto Franco-Português em Lisboa.Os sociais-democratas de Paris, deStrasbourg e da Alemanha deramnovo encontro em dezembro do pró-ximo ano, já depois das próximaseleições legislativas.

Em dia de reunião das Secções de Paris, Strasbourg e Alemanha

Por Carlos Pereira

orgulho das militantes do PaiCv Paris com a eleição deJanira Hopffer almada para a presidência do Partido

A atual Ministra da Juventude, Em-prego e Desenvolvimento dos RecursosHumanos de Cabo Verde, Janira Hopf-fer Almada, foi eleita no domingo pas-sado, à primeira volta, Presidente doPAICV, sucedendo a José Maria Nevese passa a ser uma forte candidata aPrimeira Ministra do país, nas eleiçõeslegislativas de 2016.Segundo os resultados finais provisó-rios das eleições diretas, na hora defecho desta edição do LusoJornal, noPartido Africano da Independência deCabo Verde (PAICV), no poder desde2001, Janira Hopffer Almada obteve51,24% dos votos, contra 40,41% deFelisberto Vieira e 8,45% de CristinaFontes Lima.Mas em França, onde todos os candi-datos estiveram em campanha, ga-nhou a candidata Cristina Fontes Lima,com 56 anos, Ministra de Estado e daSaúde. O grande derrotado foi Felis-berto Vieira, com 59 anos, líder dabancada parlamentar do PAICV, quenem conseguiu ir à segunda volta.“Estou muito feliz com este resultado.Sempre acreditei numa vitória” disseao LusoJornal Mirandolina Monteiro,Mandatária de Janira Hopffer Almadaem França e Coordenadora do grupo deMulheres no PACV França. “Falei coma Janira em Cabo Verde e quando elaveio a França pediu-me se eu queriaser a sua Mandatária aqui. Aceitei deimediato e sinto-me orgulhosa com oresultado obtido” disse ao LusoJornal.

Cerca de 29.300 eleitores estavaminscritos para as diretas. Em França vo-taram pouco mais de uma centena,mais de metade dos quais em CristinaFontes.“A Janira sempre nos aconselhou asermos moderados, nunca atacar os

outros candidatos, porque somos domesmo Partido. Qualquer que fosse oescolhido, seria o nosso Presidente. Foio que fizemos em França” explica Fer-nanda Semedo, dirigente do PAICV emParis. “Foi uma campanha muitolonga, durou muito tempo, mas a Ja-

nira sempre procurou a união, apesardos ataques que fomos tendo”.Fernanda Semedo destacou que JaniraHopffer Almada “quer rever toda a es-trutura interna do Partido e quer umSecretário Geral permanente. Eu con-sidero que isso é muito importante.Quando o Secretário Geral desempe-nha outras funções, acabamos por terdificuldades em obter documentos atempos e horas”. Mas explicou tam-bém que gostou da “visão a longoprazo” durante a campanha. “Ela nãofalava apenas do futuro do Partido, fa-lava também do rumo que devemosdar ao país”.Janira Hopffer Almada, tem 35 anos,é natural da Cidade da Praia, chegouao Governo há quatro anos depois deter sido Presidente da Juventude doPAICV. Licenciou-se em Direito na Uni-versidade de Coimbra, onde obteve após-graduação em Direito das Empre-sas.“É um momento de felicidade, demuita alegria. Estou extremamente or-gulhosa por ver uma mulher chegar à

Presidência do meu Partido” diz ao Lu-soJornal Isabel Borges Voltine, mili-tante do PAICV Paris. “Temosdemonstrado muita maturidade, nocontexto dos países africanos. Temosum país que respeita a democracia e aigualdade de género. Só posso estar or-gulhosa”.“É efetivamente um momento histó-rico. Isto demonstra que os caboverdia-nos têm uma outra visão da sociedade,mostra que podem confiar os destinosdo país tanto a um homem como auma mulher” acrescenta Fernanda Se-medo.Depois de Aristides Pereira (1981/90),Pedro Pires (1990/2000) e José MariaNeves (desde 2000), Janira HopfferAlmada é a quarta Presidente doPAICV desde 1981, a primeira mulher,a mais jovem de todos os Presidentese a candidata natural à chefia do Go-verno, nas eleições legislativas previs-tas para o primeiro trimestre de 2016.“O nosso verdadeiro adversário é oMpD, principal Partido da Oposiçãoe a partir de agora vamos começara campanha para voltar a ganharem 2016” afirma Fernanda Se-medo com convicção.Até lá, Janira Hopffer Almada vaicomeçar a brilhar no Congressoque o Partido vai realizar em ja-neiro de 2015. E nesse momento,o PAICV vai começar a preparar-separa a maratona de 2016, comeleições legislativas, presidenciaise autárquicas (que o PAICV nuncavenceu).

Por Carlos Pereira

Resultados das eleições em Françanice

4410

CandidatoJanira Hopffer AlmadaCristina Fontes LimaFelisberto VieiraNulos

Marseille4700

lyon2400

Paris164116

3

total265617

3

Militantes do PSD em StrasbourgDR

Janira Hopffer Almada, nova Presidente do PAICVDR

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06 Política

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“Je ne veux pas être le Portugais de service”

Après s’être installé au début desannées 2000 à Romainville (93),Fernando Oliveira-Lourenço décidede s’impliquer politiquement dans laville et devient Conseiller municipalDélégué en avril dernier, sur la listesortante ‘Gauche Plurielle’ de Co-rinne Valls.Né en 1972 à Clichy-la-Garenne - lepère est de Fundão et la mère deVila Nova de Gaia - et après un brefpassage par le bidonville de Nan-terre, Fernando Oliveira-Lourenço agrandi dans le 19ème arrondisse-ment de Paris entre la Synagogue, laMosquée et Notre Dame de Fátimade la Porte des Lilas, comme il aimeraconter.Militant d’Europe Ecologie Les Verts,il est désormais impliqué dans lesprojets de développement à Romain-ville, une commune de 28.000 ha-bitants aux portes de Paris.

LusoJornal: Comment s’est fait ledéclic pour rentrer en politique?Fernando Oliveira-Lourenço: La Com-munauté portugaise de Romainvilleétant très importante, on m’a vite as-similé comme un ‘Luso’ activiste deRomainville. À Romainville, la Dias-pora portugaise est extrêmement im-portante et totalement autonome. Lacommune compte sur son territoiredes entreprises de premier plan, di-

rigées ou orientées par des Lusosparticulièrement actifs. Agences im-mobilières, pompes funèbres, clubsportif, club associatif, commercesalimentaires et même médical, nom-breux sont les secteurs tenus ou di-rigés par des Romainvillois luso-phones. En devenant élu à la der-nière élection municipale, c’est leverrou politique qui a sauté, offrantpour la première fois de son histoire,un rôle et une place à un lusodes-cendant dans la vie de la cité. Pourmoi les choses sont claires: je n’aipas vocation à devenir le ‘Luso desLusos’, mais le ‘Romainvillois-Lusoqui crée des liens avec les Lusos deRomainville’! Sur un plan plus per-sonnel, je pense que je sentais unecarence vis-à-vis de ma propre cul-ture portugaise. Avec l’arrivée demes enfants, j’ai voulu développerdes projets et des ponts entre mesorigines et mon engagement local.Cette double citoyenneté est certai-nement le point déclencheur qui afait qu’on m’a repéré.

LusoJornal: Vos origines portugaisesont donc contribué?Fernando Oliveira-Lourenço: Avec unprénom pareil, difficile de nier malusodescendance. Il ne se passe pasun jour sans que mon prénom nesoit pas un sujet de conversation au-tour du Portugal, des Portugais et demon rôle à Romainville. Mais au dé-

part je ne voulais pas être un HarlemDésir ou une Fadela Amara Luso-local. Je ne voulais pas être le Por-tugais de service. La politique n’estpas mon métier, j’ai donc vite affi-ché ma volonté de prendre uneplace et un rôle politique et de nepas faire de la figuration sur unechaise laissée vide pour un rôle decomplaisance. Au début, je ne mesentais pas légitime, je n’étais pas‘le meilleur Portugais’ pour défendreles intérêts des Portugais. Mais trèsvite je me suis rendu compte quec’était aussi une force, cette doubleappartenance culturelle, parce quederrière il y a une histoire, un ré-seau, et comme j’adore les rencon-tres, je me nourris beaucoup del’autre. Je pense que cela a étéperçu comme une volonté de m’im-pliquer localement et de favoriser laprise en compte des citoyens Luso-Romainvillois. Il est vrai que la Com-munauté Luso de France a cettechance incroyable d’être dans tousles niveaux, dans toutes les couchesde cette société, et dans tous les ré-seaux: économique, culturel, asso-ciatif et même politique. On estpartout, de l’ouvrier aux dorures desministères, on retrouve toujours deprès ou de loin un Luso. Cette pré-sence dans toutes les sphères offredes interlocuteurs de terrain excep-tionnels. Des citoyens dont la réus-site est due au fait d’être le fruit

d’un héritage laissé par la générationde nos parents, reconnue pour soncourage, son abnégation et son rôledans ce pays. Les Lusodescendantsont maintenant en charge le main-tient et le développement de ce ‘ca-pital de sympathie’ d’immigrédevenu pleinement citoyen français.

LusoJornal: Le fait d’être un élud’origine portugaise peut être unplus pour le Portugal?Fernando Oliveira-Lourenço: Oui.C’est la clé pour que le Portugalsorte du marasme dans lequel il est.Quand je vais au Portugal, j’ai l’im-pression qu’il y a un vrai manque deconfiance, quand j’entends un Pre-mier Ministre encourager la jeunesseà quitter le pays, quand je vois lesimpôts mis en place,… Je suis fu-rieux avec cette politique de vouloirfavoriser le 3ème âge qui s’installeau Portugal en échange de rien. Lagénération de mes parents n’a pasvraiment concrétisé le désir de partirdéfinitivement vivre au Portugal, lemanque à gagner pour le pays estdonc important. Cette immigrationde seniors est une tentative pour ré-injecter de l’argent, et relancer l’éco-nomie au Portugal, mais au fond demoi, j’ai l’impression qu’on bradedes choses, j’ai l’impression qu’onest en train de faire un ‘bouclier fis-cal’ à des gens qui vont juste se lacouler douce au soleil, et qui ne sont

pas des gens de proposition. Or, lepays a besoin, plus que jamais,d’une jeunesse créatrice d’un meil-leur avenir. Certes les ‘néo-luso-se-niors’ iront consommer des cafés, dupain, des fruits et du poisson,…Mais pour moi, le Portugal a surtoutbesoin de reconnaissance mondiale,pas de démographie en berne etd’une croissance saisonnière. Plutôtque de favoriser des talents quipourraient être des forces vives pourdemain, on va attirer les ‘seniors fis-caux’ dans le mépris des milliers deretraités portugais qui plafonnenteux à 250 euros par mois pour vivre!Un pays à deux régimes, mais pasaux mêmes obligations, voilà versquoi se dirige le pays pour moi.N’oublions pas que naguère leMaroc était une destination à ‘gol-dens-papy’, aujourd’hui c’est autourdu Portugal... nul doute qu’une nou-velle destination viendra tôt ou tardconcurrencer le Portugal sur le ter-rain de l’attrait fiscal. Voilà pourquoije fustige ce pari et ce modèle de so-ciété au Portugal. Aider le pays oui,mais pas au détriment de sa jeu-nesse et de son peuple. Pour moi, lePortugal a besoin d’investissementet de développement macro écono-mique, pas de mesurette à seniors.Le tourisme et la richesse écolo-gique du pays sont des valeurs bienplus porteuses que d’y envoyer des‘rentiers du soleil’ qui ne feront rien

Fernando Oliveira-Lourenço, Conseiller municipal Délégué à Romainville

Par Carlos Pereira

le 17 décembre 2014

Fernando Oliveira-LourençoLusoJornal / Carlos Pereira

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07Política

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d’autre que de monter un clivageriche-pauvre et jeune-vieux.

LusoJornal: Vous êtes favorable àune association comme Activa ou Cí-vica [ndlr: associations d’élus d’ori-gine portugaise en France]?Fernando Oliveira-Lourenço: Oui,absolument. Nous ne devons pasavoir de complexe de légitimité. Lesélus Lusodescendants d’aujourd’huiont la responsabilité de préparer leterrain pour les élus de demain.Nous avons un devoir d’ouvrir lesportes et de donner une place àl’euro-appartenance des ‘Lusos’ enFrance. On peut très bien être unLusodescendant impliqué dans lavie de la cité, sans parler très bienle portugais. C’est quelque chosequ’on m’a rabâché plusieurs fois,que je ne savais pas bien parler por-tugais, parfois ça m’a beaucoupblessé, mais au final c’est une forced’être Luso... c’est avoir une doublelecture et une double approche dece qui nous entoure. J’aime rappelerà mes camarades politiques que lesLusodescendants en France sontune force vive aussi importante ennombre qu’il y a de Corses, d’Antil-lais ou de Juifs réunis sur le sol fran-çais! Cet exemple volontairementaccrocheur, montre combien lesLusos méritent de gagner en visibi-lité et en implication dans la vie ci-toyenne.

LusoJornal: Militant d’Europe Ecolo-gie, pour vous, les questions écolo-giques sont importantes?Fernando Oliveira-Lourenço: Je faispartie d’une association qui se batcontre un projet pharaoniqued’usine de traitement de déchets enSeine Saint Denis. Par ailleurs, jedéfends l’idée que d’avoir une pouledans son jardin afin de diminuer lesbio déchets, installer des ruches enville, proposer des jardins partagéset des potagers en milieu urbain, oude populariser l’incitation à récupé-rer l’eau de pluie, est un engage-ment citoyen de proximité au dessusde toute doctrine politicarde. Voilàautant de défis que je compte dé-fendre à Romainville. Bien que trèsParisien dans l’âme, j’ai comprisqu’un grand virage allait arriver avecla MGP [ndlr: Métropole du GrandParis]. Dans les années à venir, onva repousser les frontières du péri-phérique, on va donc être plus nom-breux, on va passer de 3 millions deParisiens à 10 millions, ce ne sontplus les mêmes besoins en termesd’aménagement et de dotation del’État dans la façon d’aborder la vieen Île-de-France. L’écologie en mi-lieu citadin va devenir un enjeu ca-pital dans cette mutation géogra-phique et politique. De plus, le Dé-puté de Romainville étant ClaudeBartolone, nul doute que le 93 auraun rôle majeur à tenir dans cette fu-ture MGP.

LusoJornal: Elu sur une liste socia-liste, comment voyez-vous la situa-tion du PS en France, avec sesdivisions?Fernando Oliveira-Lourenço: Il y aune réelle crise de confiance entrele citoyen et l’appareil politique. J’ai

toujours comparé la commune oùj’habite à une copropriété: il y a 2types de propriétaires ou de coloca-taires dans un immeuble: il y a ceuxqui ne se présentent à aucune desréunions, et une fois que la décisiontombe se révoltent, affirmant que cen’est pas juste, et puis ceux quiviennent, qui s’intéressent, qui pro-posent des solutions pour que cesoit le moins douloureux possible etqui soit le plus optimisant pour toutle monde, et moi je m’intègre danscette deuxième catégorie.

LusoJornal: Vous seriez donc un«frondeur»?Fernando Lourenço: Non, je ne leserai pas, mais ouvertement, je nesuis pas complètement en phaseavec la position de Manuel Valls au-jourd’hui. Entre la marchandisequ’on nous a vendue pendant lacampagne présidentielle et ce qu’ily a aujourd’hui, on en est loin. Maposition d’élu se fait au niveau local,je connais des municipalités etd’élus qui ne sont pas de ma couleurpolitique mais qui sont efficaces,qui sont des bons Maires, des bonsélus. Cela n’enlève pas le fait qu’onn’est pas du même parti, mais jesais reconnaître cela. Je n’ai aucunmal à reconnaître publiquementmon admiration pour le travail locald’Alain Juppé à Bordeaux (UMP), deJean-Christophe Lagarde à Drancy(UDI) ou de Delanoë (PS) à Paris.Leurs bilans sont positifs car totale-ment en phase avec leurs adminis-trés. Inversement, il arrive aussiqu’au PS il y a des attitudes qui sontcontraires à mon étique. Les posi-tions ouvertement hostiles entre Ma-nuel Valls et Les Verts ont conduit àdes tensions entre le PS et Les Verts.Oubliant au passage qu’à la dernièredébâcle municipale Les Verts on étédécisifs dans la victoire et le main-tient du PS dans un nombre consé-quent de communes ou de villes,comme ce fut le cas à Paris avec De-lanoë et même avec Hidalgo. Nuldoute donc qu’en 2017, ManuelValls reviendra vers Les Verts, nousle ‘recevrons’ alors, comme il le fau-dra.

LusoJornal: Quels sont vos objectifspolitiques?Fernando Oliveira-Lourenço: Ro-mainville est une ville en pleinemutation qui va connaître, dans les6 ans à venir, 15% de populationen plus, via 2.500 logements quivont sortir de terre, l’arrivée d’untramway en cœur de ville, une im-mense Base de Loisirs de 50 ha (à3 km de Paris), une douzaine degrandes enseignes, une Tour de 15étages 100% maraîcher, un lycée,une clinique et même un grand Mi-nistère prévu à Romainville. Mais legrand défi de ce mandat, c’est leprolongement de la ligne 11 duMétro, qui relira alors la communede Romainville à Châtelet-les-Halles en 19 minutes. Cette évolu-tion, j’ai envie de l’accompagner,d’y participer, de prendre un rôle desuggestion, de mise en relation. Cesont donc des ambitions localespuisque c’est là tout mon domainede compétences.

le 17 décembre 2014

O interior do país, que há anos lutapor atrair médicos, tem que disputaros clínicos com o litoral portuguêsmas agora também com outros paí-ses, como a França, de onde che-gam propostas com saláriossuperiores.O Orçamento do Estado (OE) para2015 introduz o pagamento de in-centivos para atrair médicos parazonas mais desfalcadas do país. Osprémios, que serão pagos de formapecuniária e somada ao salário, de-verão avançar nos próximos concur-sos de recém-especialistas, masdeverão abranger também médicoscom mais anos de profissão.No entanto, de países europeus,como França, onde desde 2006 severifica uma enorme carência demédicos, têm surgido várias propos-tas de trabalho para os clínicos por-tugueses.Uma das empresas que está atual-mente a recrutar é a francesa Medi-cis Consult, que propõe salários que,mediante os anos de experiência,podem chegar aos 6.200 euros lí-quidos mensais.Madalina Codica, sócia-gerente daMedicis Consult, disse à Lusa queesta empresa se baseia na tabela na-cional de salários, mas acrescentouque são oferecidos incentivos comoseguros de saúde privados para osmédicos e família, formações gratui-tas, sistema de “tutorado” com umcolega do serviço durante as primei-ras semanas e apoio na procura decasa e de escola para os filhos.

Em Portugal, esta empresa procurasobretudo médicos especialistas emmedicina do trabalho, anestesiolo-gia, gastroenterologia, cardiologia,urologia e ginecologia-obstetríciapara trabalharem em clínicas e hos-pitais do setor público e privado.Segundo a responsável, a Françaprocura também especialistas emmedicina geral, especialmente paratrabalharem nos meios rurais.Se estas solicitações de trabalho vin-das do exterior são incentivadoraspara os estudantes de medicina,elas são encaradas com algumapreocupação pelas unidades desaúde e autarcas que já anos reivin-dicam mais médicos no interior dopaís.O Presidente da Câmara de Mondimde Basto, Humberto Cerqueira, en-cetou uma luta pela colocação demais médicos no centro de saúdelocal, um problema que está sanado,no entanto, agora alerta para a faltade acesso da população às especia-lidades.Para ajudar a colmatar esse pro-blema, o município disponibilizatransportes para os pacientes, no-meadamente os oncológicos, que sedeslocam ao Porto, e também aosque necessitam de consultas oftal-mológicas e têm que viajar até La-mego. “Se tiverem de ir de táxi deMondim a Lamego pagam 70 euros,uma quantia insustentável paraquem ganha pensões muito peque-nas”, frisou.Um gestor público referiu que “este

rebuçado” que o Governo vai daragora aos médicos só funcionará sefor complementado com outras me-didas, como por exemplo, a obriga-ção de ficaram cinco anos no interiorou com a não abertura de maisvagas em hospitais do litoral, que jápossuem meios humanos necessá-rios para resolver os seus problemas.Francisco Silva, Presidente da Asso-ciação de Estudantes da Faculdadede Medicina do Porto, encara as me-didas previstas no OE como um in-centivo, no entanto considera que épreciso implementar no país políti-cas de fundo e não apenas medidasavulsas.Quanto às propostas que chegam doexterior, Francisco Silva considerouserem “sem dúvida apetecíveis”,destacando, para além dos salários,também a maior facilidade noacesso às especialidades e de pro-gressão na carreira.Questionado sobre qual a sua opçãofutura, o estudante referiu que édos “está na dúvida”. “Por um ladoquero lutar por isto, mas quero lutarnas condições certas”, frisouFátima Garcia, recrutadora da Me-dicis Consult em Portugal, disseestar surpreendida com o interessedemonstrado pelos Portuguesesque, até há alguns anos, não semostravam interessados em traba-lhar no estrangeiro. “Estamos con-fiantes que o maior volume decandidaturas de médicos portugue-ses vai chegar a partir de 2015”,concluiu.

empresa francesa recruta médicos em Portugal

Interior do país tem que disputar médicos com o Litoral

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08 Comunidade

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Professor lamartine Pintoleva as castanhasà escola

Mais uma vez a tradição de São Mar-tinho foi lembrada nas aulas do profes-sor de português Lamartine Pinto, comos seus magustos, em todas as escolasonde intervém.“É sempre uma alegria para as crian-ças, professores e pais” disse ao Luso-Jornal Maryvonne Guigal, responsávelpelo ensino na associação APCPRH.Houve um trabalho pedagógico à voltada tradição, dos frutos da região e dascores do outono. “Foram lidas historiasligadas ao tema. Uma tradição que acomunidade francesa começa a co-memorar na região. A língua portu-guesa tem mais visibilidade quando serealizam atos culturais ligados aos paí-ses lusófonos” diz Maryvonne Guigal.O professor continua a dinamizar a lín-gua portuguesa na região Rhône-Alpes. “Foi um sucesso para todos”conclui.

Cherche professeur à nice

Le Collège International Joseph Vernierde Nice recrute un enseignant de por-tugais sur Poste Spécifique National àla rentrée 2015 (professeur ayant depréférence une expérience d’enseig-nement en pays lusophone). Enseig-nement partagé entre la Sectioninternationale portugaise et LV2 portu-gais. Enseignement de la langue et dela littérature des pays lusophones etparticipation a la vie et au rayonnementdes Sections internationales de l’éta-blissement et du secteur.

recherche professeur pourBrenouille

L’association ELCB Brenouille, com-mune située près de Pont Saint Ma-xence dans le département de l’Oise(60), en région de Picardie, cherche unprofesseur de portugais pour donnerdes cours à deux groupes d’enfants:- le mardi de 18h00 à 19h00, au ni-veau CM2 et collège. 7 enfants.- le mercredi de 16h30 à 17h30 ni-veau CP, CE1 et CE2. 5 [email protected]

emsíntese

Por Manuel Martins

ensino do Português no estrangeiro pode desaparecer brevementeA diminuição dos cursos de portu-guês nos estrangeiros fornecidos peloGoverno está a preocupar as Comuni-dades e os professores, que se quei-xam dos cortes num momento emque a emigração aumenta.“Com a redução anual, em média, de30 horários por ano matematica-mente é certo que o sistema de en-sino português no estrangeiro estejaextinto daqui a mais ou menos oitoanos”, disse à Lusa a Secretária-geraldo Sindicato dos Professores das Co-munidades Lusíadas (SPCL), TeresaSoares.Os cursos do Ensino de Português noEstrangeiro (EPE) para o ano letivo2014/2015 têm menos 39 horários -completos e incompletos - numaoferta que inclui disciplinas de portu-guês integradas nos sistemas de en-sino locais e formações associativas eparalelas, asseguradas pelo Estadoportuguês, noutros países.No ano letivo 2013/2014, a rede doensino do português no estrangeiroassegurou 356 horários/professores,30 a menos do que o ano letivo2012/2013, que ofereceu 386 horá-rios/professores.Segundo dados do Camões, no anoletivo 2014/2015 tem 43.496 alu-nos no EPE.O Relatório da Emigração 2013 (doObservatório da Emigração), docu-mento lançado em julho pelo Go-verno, indicou que no ano letivo2012/2013 o número de alunos doEPE foi de 54.083 e, no ano letivo2013/2014, 45.220 alunos frequen-taram este sistema de ensino.Teresa Soares sublinhou ainda que,neste ano letivo, ocorrerá uma grandeaglomeração de estudantes por curso,com idades e níveis diferenciados,além de uma maior deslocação dosprofessores, fatores que levam a“uma degradação da qualidade doensino e perda de alunos”.

Outro ponto que afastaria os alunosdo EPE seria a decisão do atual Go-verno de incluir pagamento de Propi-nas - que inclui o fornecimento deuma posterior certificação - para afrequência nos cursos em alguns paí-ses.Ouvido em outubro, a pedido do Par-tido Comunista Português (PCP), oSecretário de Estado das Comunida-des José Cesário disse no Parlamentoque o ensino do português no estran-geiro tem mais qualidade, apesar daracionalização realizada, enquanto aoposição criticou a redução da oferta,a redução de alunos e a introdução dePropinas.O governante reconheceu que “as di-ficuldades” levaram o Governo apedir o pagamento de uma Propinapara a frequência dos cursos de EPE,que está em vigor na Suíça, Alema-nha, Reino Unido e numa parte do

Luxemburgo.Neste mesmo mês de outubro, osPartidos da Oposição exigiram no Par-lamento o fim da Propina de 120euros no ensino de português no es-trangeiro, uma medida que a maioriaPSD/CDS-PP disse garantir a quali-dade dos cursos lecionados, justifi-cando assim o chumbo da proposta.A Oposição critica a diminuição doshorários dos cursos do EPE num mo-mento em que a emigração portu-guesa está a aumentar, mas o Governosempre rejeitou este argumento.Estes cursos, “especificamente de lín-gua e cultura portuguesa”, explicouJosé Cesário, são dirigidos a filhos defamílias portugueses que já residemno exterior há algum tempo e que pre-tendem “aperfeiçoar ou mesmo apren-der o português”.Em agosto, José Cesário apresentou noParlamento o Relatório da Emigração

2013, do Observatório da Emigração,sobre os Portugueses no estrangeiro.O relatório referiu que, entre 2007 e2012, deixaram o país, em média, 80mil Portugueses por ano. Nos anosmais recentes estimativas feitas peloSecretário de Estado das Comunida-des, José Cesário, colocavam o nú-mero de saídas anuais acima das 100mil.No preâmbulo do Relatório da Emi-gração, o Governo reconhece quedesde 2010 a emigração tem aumen-tado “muito rapidamente” e defendeo “imperativo estratégico da recupe-ração económica”, como “a únicaforma” de travar a emigração e garan-tir “o regresso de muitos dos que saí-ram”.De acordo com o documento, existemdiferenças na emigração atual em re-lação às do passado, pois há maisquadros superiores, famílias inteiras(incluindo crianças em idade escolar),e pessoas em idades mais avançadas.Este foi o primeiro relatório da emi-gração desde a aprovação, há um ano,de uma resolução da Assembleia daRepública que pedia ao Governo rela-tórios anuais sobre esta matéria.Estes novos emigrantes vão ter filhosque irão nascer nestes países de aco-lhimento e poderão, futuramente,querer aprender, ou aperfeiçoar a lín-gua portuguesa pelo que a diminuiçãoprogressiva da rede do EPE poderia,segundo especialistas da área, afastarestas crianças da sua língua e culturamaterna ou de herança.A Federação Nacional de Professores(FENPROF) alertou o Secretário deEstado José Cesário, durante um en-contro em maio, para a necessidadede se “repensar toda esta rede (doEPE) num contexto novo, o dagrande emigração portuguesa dos úl-timos anos”, de forma a perceber“onde é que é preciso organizarnovas respostas”.

Acusa Teresa Soares do SPCL

Paris quer liderar luta pela proteção dos dados pessoais

A França quer “fazer da proteção dosdados pessoais um combate”, disse oPrimeiro-Ministro francês ManuelValls, na abertura de uma conferênciainternacional sobre a proteção dosdados pessoais, na Unesco, em Paris.Manuel Valls admitiu que “nunca osindivíduos estiveram tão expostos”,relembrando que “1,3 mil milhões deinternautas participam nas redes so-ciais” e defendendo que “a sociedadedigital tem de ser protegida pelas po-tências públicas”.O Chefe do Governo francês defendeuque “se trata de uma problemáticamundial” e manifestou o “apoio deFrança à reflexão europeia sobre aproteção de dados”.“Não tenhamos medo de fazer regu-lação, é o papel dos Estados. Cada

época tem os seus combates. En-quanto país dos Direitos do Homem,a França deve fazer da proteção dosdados pessoais um combate”.A conferência foi organizada peloG29, o grupo das autoridades euro-peias de proteção de dados, e reúnerepresentantes de instituições france-sas, europeias e internacionais, orga-nizações não-governamentais esociedade civil. Também presente es-teve a presidente da Comissão Nacio-nal de Proteção de Dados dePortugal, Filipa Calvão, que moderouo debate em torno da questão “Os ci-dadãos aos comandos: como reforçara eficácia dos direitos individuais naproteção dos dados pessoais e da vidaprivada?”.No final do painel, Filipa Calvão disseà Lusa que o objetivo da conferênciaera “alertar a comunidade para os pe-

rigos da recolha massiva de dadospessoais dos cidadãos feita por em-presas ou pelos governos de algunsEstados, aparentemente para umaluta contra o terrorismo”.“A ideia é conciliar estes valores - asegurança e os direitos fundamentais- através da alteração legislativa queestá em curso na União Europeia,mas que pode não ser suficiente paraprevenir todas as ameaças à proteçãode dados. Por outro lado, através datecnologia pode-se encontrar formasde proteção dos dados pessoais doscidadãos”.Filipa Calvão acrescentou que Portu-gal tem uma “lei bastante blindada eprotege de forma relativamente efi-ciente os direitos dos cidadãos” noque toca aos dados pessoais e, porisso, “algumas empresas dizem quenão conseguem fazer em Portugal o

que conseguem fazer noutros países”.Porém, Max Schrems, estudante quemoveu um processo coletivo contra oFacebook, disse à Lusa que “houveum grande número de portugueses”no lote de 25 mil pessoas a juntar-seà ação intitulada “Europe versus Fa-cebook”.O estudante austríaco de Direitoacusa o Facebook de desrespeito dodireito europeu em matéria de prote-ção de dados, de participar no pro-grama de vigilância da agência desegurança norte-americana e de re-colher e guardar toda a informaçãodo utilizador, mesmo depois de apa-gada a conta. “A ideia principal é re-forçar as leis da privacidade que játemos, porque elas existem no papelmas não as estamos a reforçar na Eu-ropa”, declarou Max Schrems aosjornalistas.

Conferência com a participação de Filipa Calvão

Por Carina Branco, Lusa

le 17 décembre 2014

Teresa Soares, Secretária Geral do SPCLLusoJornal / Carlos Pereira

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09Comunidade

lusojornal.com

emsíntese

Continuam as buscas para encontrar Português em lannilis

O para-deiro deJoão Car-doso, de48 anos,desapare-cido nopassadodia 15 de

novembro, em Lannilis, departamentode Finistère, na região de Bretagne,continua incerto.O alerta do desaparecimento de JoãoCardoso foi dado pela irmã nas redessociais, Alexandra Alves, com a indi-cação que “a família tem estado emcontacto com as autoridades france-sas mas sem acesso a nenhuma in-formação, devido às leis deprivacidade”.A Gendarmerie continua a efetuarbuscas, até ao momento sem su-cesso, e o Consulado Geral de Portu-gal em Paris está a acompanhar ocaso mas ignora onde possa estar ohomem. No momento em que JoãoCardoso desapareceu, vestia calças deganga azuis, blusão azul muito escuro,sapatos cinzentos, utilizava óculos pre-tos com lentes retangulares e quandosaiu de casa não levou consigo o tele-móvel. Contactada pelo LusoJornal,Alexandra Alves, recusou prestar de-clarações por considerar “irrelevantes”as perguntas que lhe foram colocadas,que poderiam prestar auxílio na inves-tigação do desaparecimento do seuirmão.Quem possa ter visto João Cardoso eprestar informações sobre o seu para-deiro, deve contactar a Gendarmeriede Plabennec através do número detelefone 02.98.40.41.05.

Condecoraçãofrancesa para aPresidente da anacom

O Embaixador de França em PortugalJean-François Blarel, entregará as in-sígnias de “Officier de l’Ordre Nationaldu Mérite” a Maria de Fátima Henri-ques da Silva Barros Bertoldi, Presi-dente da Autoridade Nacional deComunicações (ANACOM), no pas-sado dia 12 de dezembro, no Paláciode Santos.Com esta distinção, a França quis re-compensar “uma das economistasmais conceituadas portuguesas, sem-pre disponível para contribuir para odinamismo das relações económicasfranco-portuguesas”.

“native scientist” levou ciência em línguaportuguesa a Chaville

O projeto “Native Scientist”, lançadopor duas cientistas portuguesas noReino Unido, chegou, no sábado pas-sado à Escola Paul Bert, em Chaville(92), nos arredores de Paris, com oobjetivo de aproximar as crianças daciência e da língua portuguesa.Quatro cientistas portugueses partici-param na aula de português de filhosde emigrantes. As 20 crianças, comidades entre 7 e 11 anos, foram divi-didas em quatro grupos e ouviram asexperiências dos investigadores quetrabalham no Institut Curie em Paris.O projeto, que nasceu em 2012 e jáchegou a 400 crianças no ReinoUnido, procura “internacionalizar-se”,contou à Lusa Joana Moscoso, umadas fundadoras da “Native Scientist”que se deslocou a Paris para partici-par na primeira sessão em França.“Queremos replicar o nosso projeto,que está a decorrer no Reino Unido,em França mas também nos outrospaíses onde há uma Comunidadeportuguesa grande”, declarou a mi-crobióloga que está a tirar um pós-doutoramento no Imperial CollegeLondon.A exportação do projeto para Françasurge graças a uma parceria com a

AGRAFr -Associação dos portuguesesgraduados em França, “uma associa-ção dedicada a criar uma plataformade cooperação entre os licenciadosportugueses e lusodescendentes queestão a viver aqui em França”, expli-cou Carina Santos, co-fundadora daAGRAFr.“Em cooperação com o Instituto Ca-mões, o que nós pretendemos fazer émais atividades nas várias Secções in-ternacionais que existem em França eabranger o máximo de crianças possí-vel para que possamos levar a estascrianças uma realidade que não está

com elas todos os dias e que é a rea-lidade dos cientistas e aquilo que sepassa num laboratório”, acrescentoua investigadora em biologia celular noInstitut Curie em Paris.A ideia de levar o projeto “NativeScientist” para França nasceu quandoAnabela Duarte, professora de portu-guês e de francês em Paris, tomou co-nhecimento da iniciativa através deuma reportagem e contactou as fun-dadoras via Facebook. Objetivo: “Daroutra visão sobre a língua portu-guesa”.“A visão da língua portuguesa ainda

não é muito positiva. Tem de havermuitos projetos idênticos a este paraque a língua seja vista de uma outraforma e para que, de uma vez portodas, os Portugueses percebam quea língua portuguesa é importante etemos de ter orgulho em falar portu-guês porque é uma porta que se abrepara vários países da língua portu-guesa”, justificou.O resultado foi “uma partilha superinteressante” na Secção InternacionalPortuguesa de Chaville, avaliou a pro-fessora Catarina Francisco que expli-cou à Lusa porque é que se associouao projeto. “Tudo é falado em portu-guês e os alunos tiveram uma partilhade imensas coisas, ficaram a aprendercoisas diferentes e têm uma noçãocompletamente diferente do que é sercientista - o que para alguns era umpouco desconhecido”, descreveu.A “Native Scientist” é uma organiza-ção sem fins lucrativos criada por Ta-tiana Correia, física, e Joana Moscoso,microbióloga, para combater a exclu-são social das Comunidades bilinguesno Reino Unido, procurando estimularo interesse pelas ciências e pelas lín-guas maternas. A organização foi pre-miada pelo Imperial College London epela UnLtd, promotora do empreen-dedorismo social.

Projeto veio de Londres pelas mãos da AGRAFr

Por Carina Branco, Lusa

Pais e professores querem mais alunos nasecção internacional de Chaville

Em janeiro vão abrir as inscrições paramais um ano escolar na Secção inter-nacional Portuguesa de Chaville. Antó-nio Pedro Reis Monteiro, Presidente daAssociação de pais, espera que surjamnovos alunos. “No total há 63 alunosinscritos nesta Secção internacional,divididos em dois estabelecimentos de

ensino na cidade, só do ano passadopara este ano houve um crescimentode cerca de 20 alunos, mas temos deconvencer mais pais a fazer a inscri-ção” disse ao LusoJornal.Também Catarina Francisco, uma dasduas professoras da Secção internacio-nal portuguesa apela para que os paisinscrevam os filhos. “Esta Secção in-ternacional abriu aqui porque há uma

Comunidade portuguesa enorme nestaregião. De facto temos alunos de Cha-ville, mas também de Clamart, de Sè-vres, de Versailles,... mas é uma penanão haver mais alunos inscritos”.O Presidente da Associação de paisquer “mostrar as mais-valias dos cur-sos com aulas de português, que ospais nem conhecem”.“O aluno tem de ter alguns requisitos,

tem de estar preparado, ser motivadoe trabalhador” explica Catarina Fran-cisco. “Todos nós sabemos que é im-portante o ensino das línguas para queas nossas crianças preparem melhor ofuturo”. Lembra que os alunos estão“orgulhosos por falarem em português”e considera “importante que esta men-sagem chegue às pessoas, para que ve-nham inscrever os filhos”.

Por Mário Cantarinha

le 17 décembre 2014

Por José Manuel Santos

secção internacional Portuguesa no Mercadode natal do “Collège/lycée Honoré de Balzac”A época natalícia chegou e com elacomeça a azáfama dos presentes.O Mercado de Natal do“Collège/Lycée Honoré de Balzac”em Paris, onde se encontram peçasúnicas e originais, realizou-se maisuma vez no passado dia 6 de de-zembro.A Secção Portuguesa participoumais uma vez nesse evento anual.Pais, professores e alunos de todasas Secções internacionais puderamtambém degustar iguarias portu-guesas tais como os famosos Ris-sóis, Pastéis de bacalhau, Pastéisde nata, Bolo-rei, assim como oapreciadíssimo Sumol e outrasiguarias lusófonas como o Guaraná,o Café brasileiro e os Brigadeiros.Foi um momento mágico de conví-vio e de boa disposição. Mais de

400 pessoas prestigiaram o standportuguês onde contactaram com a

cultura portuguesa e lusófona. Éum evento que, para além de aco-

lhedor, ainda ajuda a impulsionaros produtos de origem portuguesae a contribuir para o financiamentode alguns dos projetos inerentes àsseis Secções internacionais inte-gradas neste estabelecimento.O Collège/Lycée Honoré de Balzac,em Paris, tem uma das seis Sec-ções internacionais portuguesasem França (Lyon, Grenoble, SaintGermain-en-Laye, Chaville, ParisMontaigne e Paris Balzac).Também em janeiro vai começar oprocesso de inscrição dos alunosneste estabelecimento de Paris,onde habitualmente nem todas asvagas são ocupadas. Trata-se deum ensino de qualidade, comple-tamente bilingue, em português eem francês, que prepara os alunospara um futuro mais fácil.

Cientistas, professores e alunosLusoJornal / Mário Cantarinha

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10 Comunidade

Património das invasões francesas atrai visitantes

Interessados em conhecer o patri-mónio para lá das páginas impres-sas da História, os turistas visitamcada vez mais os centros interpre-tativos e as fortificações construídashá 200 anos para defender Lisboadas tropas francesas.Entre 2010, ano em que se come-morou o bicentenário, e 2013, pe-ríodo em que se inauguraram osCentros interpretativos e a requali-ficação dos fortes, a Rota Histórica,que abrange os concelhos de Ar-ruda dos Vinhos, Loures, Mafra, So-bral de Monte Agraço, TorresVedras e Vila Franca de Xira, rece-beu uma média de, pelo menos, 15mil visitantes por ano.Até maio deste ano, pelo menos4.600 pessoas visitaram o território,como é o caso de Conceição Cas-tro, que “esperou imenso tempo” eficou com “uma impressão muitoboa” do que viu. Esta professora defrancês integrou recentemente umgrupo de mais 15 pessoas, trans-portado por uma empresa de tu-rismo cultural de Lisboa para oSobral de Monte Agraço, onde visi-taram locais como o centro inter-pretativo e o Forte do Alqueidão,considerado o posto de comandode Wellington, o General que co-mandou as tropas luso-britânicascontra o exército francês, no pe-ríodo das invasões francesas, entre1807 e 1814.Os dados existentes apontam paramais de meio milhar de visitantesestrangeiros por ano, números quelevam os municípios a concluir queexiste potencial turístico, tendo emconta que a maior parte “são ingle-ses, porque é uma temática quelhes agrada muito, ao contrário dosfranceses”.As Linhas de Torres designam oconjunto das 152 fortificaçõesconstruídas nos seis concelhos soba orientação do General inglês Wel-lington, comandante das tropasluso-britânicas no período das inva-sões francesas, para defender Lis-boa das tropas napoleónicas entre1807 e 1814.

emsíntese

reuniu o Conselho consultivo da área Consular de Paris

O Conselho consultivo da área consu-lar de Paris reuniu no passado dia 6de dezembro, convocado pelo CônsulGeral Pedro Lourtie.Os Conselheiros abordaram as ques-tões relacionadas com o ensino de

português na área consular com Ade-laide Cristóvão, Coordenadora do en-sino de português em França etambém membro do Conselho consul-tivo.A partir do próximo mês de janeiro vão

abrir as inscrições para as Secções in-ternacionais e Adelaide Cristóvão ape-lou para que todos possam divulgaressa informação. Atualmente lecio-nam em França 84 professores portu-gueses para um total de quase

14.000 alunos. Cerca de 1.000 estu-dam nas Secções internacionais.Adelaide Cristóvão foi interrogadasobre a alteração dos “ritmos escola-res” em França e o impacto dessamudança na gestão dos cursos de por-tuguês.Os Conselheiros consideraram quedevem fazer propostas das prioridadespara apoios às associações nesta áreaconsular. Iniciaram agora um trabalhode análise que vai continuar nos pró-ximos meses, para elaborarem umaproposta de prioridades.Finalmente, o Cônsul Geral PedroLourtie explicou como funciona onovo sistema de marcação de atendi-mento via internet, no Consulado deParis. “O Conselho congratulou-sepela forma como o sistema foi postoem funcionamento e, apesar de estaratento nomeadamente às próximas fé-rias escolares, considera que a transi-ção se fez sem problemas e que osutentes estão bem mais satisfeitos pornão perderem horas de espera noConsulado” disse ao LusoJornal oCônsul Geral Pedro Lourtie.

Ensino, apoio às associações e atendimento ao público foram debatidos

3º fórum anual de Graduados Portuguesesno estrangeiroA Fundação Calouste Gulbenkian, emLisboa, vai receber no próximo sábado,dia 20 de dezembro, a terceira ediçãodo Fórum Anual de Graduados Portu-gueses no Estrangeiro (GraPE). Reu-nindo a AGRAFr (Association desDiplômés Portugais en France), aASPPA (Associação de Pós-GraduadosPortugueses na Alemanha), a PAPS(Portuguese American Post-graduateSociety) e a PARSUK (Portuguese As-sociation of Researchers and Studentsin the United Kingdom), este fórumterá lugar no Auditório da Fundação

Calouste Gulbenkian, em Lisboa, apartir das 14h00.O GraPE2014 surge no seguimentodos colóquios “Percursos em Ciência:Diversidade contra a Adversidade”(Lisboa, 2012) e “Migrações Científi-cas: Ir e Voltar” (Porto, 2013) queacolheram cerca de 150 participantes.Na edição deste ano o tema do coló-quio é “Portugueses sem Fronteiras:Criatividade e Inovação”. Partindo decasos de sucesso, de inovadores por-tugueses que saíram à descoberta deoportunidades no mundo nas mais va-

riadas áreas profissionais (ciência, cul-tura, gestão, tecnologias), os organiza-dores pretendem que o GraPE2014seja “uma plataforma para reflexãosobre o estado atual do empreendedo-rismo em Portugal e como podem asboas práticas identificadas no estran-geiro contribuir para um ainda maiorcrescimento do potencial inovador donosso país”.Os organizadores anunciam a partici-pação de várias personalidades, entreas quais Jorge Portugal da Presidênciada República, Ana Ventura Miranda

(Arte Institute, EUA), Joana Moscoso(Native Scientist, UK), Pedro SantosVieira (GoodGuide, EUA), FranciscoVeloso (Católica-Lisbon School of Bu-siness and Economics), Tiago Carva-lho (LabOrders), José Franca(Portugal Ventures) e António Câ-mara (YDreams). De França partici-pam Maria Pereira (GeckoBiomedical) e Carlos Vinhas Pereira(Câmara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa). A moderação vaiser feita pelo jornalista Nicolau San-tos do jornal Expresso.

le 17 décembre 2014

“Cristo das trincheiras” integra exposição no santuário de fátimaO “Cristo das Trincheiras”, consideradauma das peças “emblemáticas da par-ticipação portuguesa” na I GuerraMundial, está patente numa exposiçãoinaugurada no dia 29 de novembro noSantuário de Fátima.“O protocolo que possibilitará a pre-sença em Fátima do ‘Cristo das Trin-cheiras’, exposto desde 1958 na Salado Capítulo do Mosteiro de SantaMaria da Vitória, na Batalha, junto aoTúmulo do Soldado Desconhecido e deonde saiu pela primeira vez, foi assi-nado” pelo Reitor do Santuário, padreCarlos Cabecinhas, e o Presidente daLiga dos Combatentes, Joaquim ChitoRodrigues.Segundo o Santuário, a exposição tem-porária, denominada “Neste vale deLágrimas”, tem “como dois principais

propósitos a evocação da aparição deagosto de 1917 e o período da Pri-meira Grande Guerra Mundial [1914-1918]”.“Foi uma aparição muito ‘sui generis’,uma vez que quando os videntes sepreparavam para vir para a Cova da Iria,para terem essa experiência com a Vir-gem Maria, foram levados para VilaNova de Ourém, e isso pode ser a ima-gem do debate ideológico que aotempo das aparições acontecia emPortugal no tempo da República, massem esquecer que o mundo vivia umcontexto ao nível global que era o daPrimeira Grande Guerra”, refere o Co-missário da exposição, Marco DanielDuarte.O também Diretor do Museu do San-tuário explica que a “exposição faz eco

desses dois braços de um rio que con-fluía em Portugal, que é a questão daPrimeira República e da dificuldadeem fazer caminho no âmbito da fé, e,por outro lado, desse contexto terrívelque era o da Primeira Grande Guerra”.A exposição, está patente na zona daReconciliação da Basílica da Santís-sima Trindade, inclui uma escultura deClara Menéres, de 1973, além de ou-tras peças, quer do acervo do Santuá-rio, de particulares ou de outrosmuseus. “Trata-se de uma obra que fazeco de um poema de Fernando Pessoa,intitulada ‘Jaz morto e arrefece o me-nino de sua Mãe’, uma peça de umsoldado e que alude à Guerra Colonial,e, neste aspeto, uma peça tambémmuito ligada ao imaginário de Fátima,pelas dores e alegrias que aqui foram

depositadas pelas mães dos soldados,pelas noivas dos soldados”, afirma oComissário.Contudo, a peça-chave é o “Cristo dasTrincheiras”, propriedade da Liga dosCombatentes, que “veio de França,que está mutilada e que é a imagemmais clara daquilo que pode ser o con-texto cristão em tempo de guerra”,considera Marco Daniel Duarte.De acordo com o Comissário, a evoca-ção da I Guerra Mundial pretende,acima de tudo, sublinhar a premênciada paz no mundo. “Na última parte daexposição, o visitante vai poder enten-der como é que a mensagem de Fá-tima entronca nestes cenários e qual éa resposta que a Virgem Maria aquipede para se alcançar a paz, é a ora-ção”, acrescenta Marco Daniel Duarte.

Pedro Lourtie com os membros do Conselho consultivoDR

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12 empresas

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restaurante leCommerce servegastronomia portuguesa emParis 15

Acácio Torres, 44 anos, natural deSanfins do Douro emigrou em1991 para Paris onde já tinha fa-mília à sua espera.Com 21 anos de idade e cheio devontade de vencer na vida, come-çou a trabalhar num bar/restau-rante por intermédio de umfamiliar que trabalhava no mesmoramo. Passados alguns meses eporque se tornou um verdadeiroespecialista da restauração, surgiua oportunidade de trabalhar numrestaurante/bar francês bastanteconceituado.Durante 16 anos foi empregado,até que o seu patrão o informouque tinha intenção de trespassar onegócio. Acácio Torres, que atéàquela data tinha dedicado anosda sua vida ao restaurante, tomoua importante decisão de não dei-xar “morrer” o espaço que já cha-mava de sua segunda casa.De empregado tornou-se patrão, oLe Commerce que até à data eraum local tipicamente francês, pas-sou a ter no seu cardápio especia-lidades portuguesas, faz refeiçõesno horário de almoço, onde sepode matar saudades da Feijoadaà portuguesa, Dobrada, Francesi-nhas, enchidos e ocasionalmenteo Bacalhau e o Leitão assado.Fazem parte ainda do cardápio doLe Commerce os vinhos e cervejasportuguesas.Ao longo destes anos Acácio Tor-res tem tido ao seu lado o tio Nel-son Costa, que com o seuprofissionalismo, simpatia e dedi-cação, contribui para o excelenteatendimento aos clientes deste es-paço onde predomina alegria eboa disposição.Para ajudar a aquecer as noitesfrias de inverno e recordar Portu-gal, o Le Commerce irá proporcio-nar aos seus clientes momentosúnicos com Fado cantado ao vivo.

Le Commerce45 bis rue de Vouille75015 Paris

emsíntese

‘Boucherie Charcuterie Carvalho’ em orléans

Perto do boulevard Alexandre Martin,no centro de Orléans, encontra-se aBoucherie Carvalho, cujos proprietá-rios são Manuel Carvalho e Maria deLurdes Carvalho, naturais de Borba deGodinho, Lixa. As famílias de ambosemigraram para França há cerca de 47anos, quando Manuel e Lurdes eramainda bebés.Desde os 15 anos de idade que Ma-nuel Carvalho trabalha neste talho,onde aprendeu a profissão juntamentecom um irmão. Em janeiro de 2000,aquando da reforma do antigo patrão,decidiu arriscar a compra do negócio,tornando-se proprietário. Desde entãotem vindo a consolidar a qualidade eo reconhecimento deste estabeleci-mento de bairro, pois trabalha comcarnes certificadas: “Blason Prestige”e “Label Rouge”. Este reconheci-mento é evidente, na medida em queexistem vários clientes fidelizados,uma vez que o Manu (como é conhe-cido pela sua clientela) refere atender

algumas pessoas há mais de 30 anos.O Talho tem várias especialidades

como “Rosbeef”, “Paupiettes”, vários“Rotis”, “Côtes de Boeuf”, entre ou-

tras. Na altura da Páscoa vendemmuito o “Agneau”, no verão as “Bro-chettes”, no Natal o “Chapon”, a“Dinde”, o “Foie Gras” e os “Escar-gots Fourrés”. Durante todo o ano têm“Terrines” e “Pâtés caseiros”, feitosartesanalmente, sendo que entre ou-tubro e fevereiro produzem muitos“Pâtés de caça”. Além das iguarias jámencionadas, diariamente pode en-contrar-se na Boucherie Carvalho, pra-tos já confecionados como“Couscous”, “Paëlla”, “Gésiers”,“Faisan”, Saladas Frias, entre outros.Trata-se sempre de confeção tradicio-nal e aceitam encomendas.Curiosamente, os dois filhos destecasal português aprenderam a mesmaarte do pai sendo que, atualmente, ofilho mais novo trabalha neste ramo eacalenta o desejo de ficar com o ne-gócio do pai, quando este um dia sereformar.

Boucherie Charcuterie Carvalho6 rue Porte Saint Vincent45000 Orléans

Desde os 15 anos que trabalha no talho que entretanto comprou

Por Luís Cardoso

rede de mercearias portuguesas na região de niceO minhoto Hélder Barbosa deixouPonte de Lima há 12 anos via a Côted’Azur onde exerceu a profissão de“coffreur”. Clássico! Só que, após otrabalho, encontrou um “job” numamercearia árabe até ás 20h00.Mesmo que fatigante, essa experiênciainiciática de merceeiro abriu-lhe a cu-riosidade do mundo do comércio epimba! Do “chantier” à “épicerie”, foium pulo. Homem de coisas bem fei-tas, com a ajuda da família, iniciou umpercurso de comerciante com uma lojade 30 metros quadrados em Nice, queem pouco tempo se traduz num co-mércio de mercearias nos Alpes Mari-times. Duas mercearias em Nice, emMenton, e, recentemente, em Mou-gins.Mas não só: tinha familiares em Fon-tenay-le-Flory (78); pois bem, abre-se

uma loja!Nunca convêm especular sobre o fu-turo mas, a continuar assim...A nova loja situada em Mougins, inau-gurada em novembro deste ano, ocupauma área de 350 metros quadrados eoferece aos seus clientes uma quali-dade e variedade de produtos portu-gueses, caboverdianos e brasileirosque, só a crise impede de comprartudo, de tal maneira que é de “comere chorar por mais”.Nesta época natalícia não falta, evi-dentemente, o Bolo rei, Pão de ló, Lei-tão e todas as doçarias natalícias...que, numa azáfama, o Hélder, a es-posa Ilda, mãe, tios, irmãos e cunha-dos, não têm mãos a medir, para serviros clientes agradavelmente surpreen-didos com, enfim, o que se chama umsupermercado de mercearia na regiãode Cannes.Enfim, uma bela história familiar.

Por João da Fonseca

Jantar de natal da Constructel em orléans

No passado dia 6 de dezembro decor-reu o Jantar de Natal da empresaConstructel no Departamento 45, per-tencente ao grupo português Visabeira.A empresa tem uma agência no Loiret,região Centro, que conta com perto deuma centena de colaboradores e pers-petiva-se que continue a crescer e aexpandir-se no território, de acordocom o seu Diretor Jonathan Cordeiro.Trata-se de uma empresa líder no setorda energia e das telecomunicações emFrança, que trabalha com as grandesoperadoras de comunicação francesas.Este jantar convívio para festejar aépoca natalícia foi organizado e ser-

vido por Emílio Ferreira e decorreu nasinstalações da coletividade Ronda Mi-nhota. Estiveram presentes cerca de70 trabalhadores, sendo que a maio-ria são portugueses, já que a empresaprivilegia contratar portugueses. Porconseguinte, esta foi uma festa por-tuguesa, com direito a animação mu-sical, na qual não faltou a músicapopular.Quem também marcou presençaneste jantar, foi o colaborador do BPInesta região, que aproveitou o mo-mento de festa para dinamizar um sor-teio, no qual foi oferecida umamáquina de café, ganha por João Mi-randa, natural de Guimarães e recém-emigrante em Orléans.

Por Luís Cardoso

João Miranda ganhou uma máquina de caféDR

le 17 décembre 2014

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13empresas

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aiCeP organizouroadshow naGuarda sobreoportunidades denegócios emfrança

O Roadshow Portugal Global foi àGuarda no passado dia 10 de dezem-bro, mostrar às empresas do Distritocomo podem ampliar os seus negó-cios em vários setores de atividade nomercado francês. O Presidente daAICEP, Miguel Frasquilho, fez uma in-tervenção sobre a internacionalizaçãodas empresas e da economia portu-guesas.A França é o segundo principal mer-cado das exportações portuguesas.As vendas portuguesas crescerammais de 20% entre 2010 e 2013 comum saldo a favor de Portugal naordem dos 3,5 mil milhões de eurosem 2013. Portugal exporta uma vastagama de bens e serviços, dos bensalimentares e bebidas ao mobiliário,dos materiais de construção aos seto-res automóvel e aeronáutico, dos têx-teis e calçado às máquinas eferramentas.Muitas das quase 5.000 empresasportuguesas que exportam paraFrança são originárias da Beira Interiore continuam a ser muitas e diversasas oportunidades existentes que aAICEP quer aproveitar. Esta é tambémuma região que acolhe grandes pro-jetos de investimento nacional e es-trangeiro, dinamizadores da atividadeinternacional das empresas locais.A AICEP levou à Guarda o seu repre-sentante em França, António Silva,com o objetivo de transmitir o seu co-nhecimento sobre a melhor forma deserem bem sucedidas neste mer-cado.Miguel Frasquilho, Presidente daAICEP, sublinhou a importância destainiciativa no sentido de “reforçar a pro-ximidade com as empresas, esten-dendo as ações de sensibilização einformação sobre setores, mercadose temáticas de comércio internacionala todo o território nacional, e adap-tando-as, deste modo, às necessida-des das empresas das cidades eregiões contempladas”.O Presidente da AICEP acentua que“esta é uma iniciativa orientadapara a identificação e geração deoportunidades reais de negócio,que pretende dar um maior impulsoàs exportações e à internacionaliza-ção da economia portuguesa, e naqual muito apostamos”.

real Marbre renova loja de exposição em Paris

Foi reinaugurada na semana passadaa loja showroom da empresa Real Mar-bre. Uma empresa criada e gerida peloportuguês Manuel Soares há quase 20anos, hoje conhecida por liderar al-guns dos mais nobres projetos de de-coração em mármore em hotéis oulojas de luxo.Tudo começou em 1995. O setor domármore não era um mundo que Ma-nuel Soares conhecesse mas um pro-jeto de construção de um amigo paraum hotel de três estrelas juntou a von-tade à oportunidade e a Real Marbreentra no mercado da decoração nosetor da hotelaria.Anos mais tarde a empresa especia-liza-se no setor de luxo desenvolvendoprojetos para hotéis de quatro e cincoestrelas, lojas de luxo e grandes proje-tos privados. Por isso mesmo, o show-room reinaugurado na semanapassada é uma loja aberta ao públicosim, mas funciona principalmentepara profissionais como decoradores earquitetos como explicou Manuel Soa-res ao LusoJornal: “Aqui podemos re-ceber os nossos clientes e mostrar avariedade de pedras e materiais paraos seus projetos. No entanto, e comoapenas fazemos projetos por medida emediante orçamento, não trabalhamosdiretamente para particulares, só sehouver um decorador. São eles que es-colhem as pedras que mais se identi-

ficam com a obra”.Questionado sobre se há um projeto doqual mais se orgulhe, Manuel Soaressublinha que “o melhor projeto é sem-pre o próximo!” No entanto, as lojasda Gucci, da Goyard e da Louis Vuittonem Paris, o Hotel Buddha Bar Paris ouo Hotel Château Frontenac foramobras muito importantes. “Ficámosmuito satisfeitos por termos sido esco-lhidos para o projeto da loja da Guer-lain nos Champs Elysées que reabriuhá menos de um ano. É uma referên-cia muito importante para qualquermarmorista”, contou ao LusoJornal.Atualmente a Real Marbre emprega

34 pessoas em França, sendo a maio-ria portuguesa. Normalmente são pes-soas com vontade de aprender, atéporque “não saem marmoristas dasescolas profissionais. Todos os marmo-ristas que estão no mercado foram for-mados uns pelos outros e, por isso, étambém nossa obrigação formar aspessoas. A aprendizagem é feita aolongo dos anos. O marmorista tem desaber ler os desenhos e conhecer astécnicas para esculpir a pedra. Essa aparte mais importante do nosso traba-lho. O mármore é um produto naturalque vem das montanhas, mas a formacomo é trabalhado é muito importante

para lhe dar o devido valor. Tem de seter em conta as variações de cor e osveios naturais para valorizar e tirar omáximo da beleza da pedra”, explicouo empresário que reconhece a dificul-dade em recrutar jovens que queiramaprender esta arte.Para além de sede, da loja e do ateliersediados em Paris, a Real Marbreopera também em Portugal tendo umafábrica perto de Viana do Castelo. “Hádois anos comprei uma fábrica emPortugal e, hoje em dia, mais de 70%da nossa produção passa por lá. Com-pro matéria-prima um pouco por todoo mundo que depois segue para Por-tugal e só depois é que vem paraParis”. Instalar uma fábrica no nortedo país foi importante “por uma ques-tão de autonomia e de independênciano processo, mas também por umaquestão de custos e, claro, para parti-cipar na dinamização económica dopaís. Permitiu a criação de postos detrabalho e isso alegra-me imenso”,confessou Manuel Soares.No entanto, e apesar de ter projetosem França, Inglaterra ou mesmo nosEstados Unidos, “infelizmente”, diz opróprio, ainda não agarrou nenhumaobra em Portugal. Entretanto, para oscuriosos deste setor, a loja exposiçãoestá aberta no número 9 da rue SaintFlorentin, perto da Praça da Concorde,em Paris, e todas as imagens dos pro-jetos estão no site: http://real-marbre.com.

Lojas da Guerlain, Gucci ou Louis Vuitton são algumas das realizações

Por Ana Catarina Alberto

CCifP assinou Protocolo com a CM fundãoA Câmara de comércio e indústriafranco-portuguesa (CCIFP) assinouna semana passada mais um Pro-tocolo de colaboração com um mu-nicípio português, desta vez com aCâmara Municipal do Fundão. Car-los Vinhas Pereira, Presidente daCCIFP e Paulo Fernandes, Presi-dente da CM Fundão assinaram oProtocolo durante a Conferênciarealizado no passado dia 11, sobre“Os caminhos da Inovação”, nohotel Alambique de ouro, no Fun-dão.Tanto Carlos Vinhas Pereira comoPaulo Fernandes proferiram umapalestra sobre as expectativas quecada um tem na assinatura do Pro-tocolo. Aliás Paulo Fernandes

anunciou que o município do Fun-dão terá um stand no próximoSalão do imobiliário português emParis, entre os dias 5 e 7 de junhode 2015. Também publicitou o“Hotel de empresas” da CCIFPjunto da centena de empresáriospresentes na sala.Depois da Conferência, na qualparticipou também o Secretário deEstado do Emprego, Octávio de Oli-veira, foram inauguradas as novasinstalações de uma empresa ligadaàs novas tecnologias, a PC Medic.Na fotografia, para além de PauloFernandes, Octávio de Oliveira eCarlos Vinhas Pereira, está tambémVasco Pinto Leite, Diretor do Jornaldo Fundão.

le 17 décembre 2014

dirigentes do Millennium bcp visitaram o Banque BCP em ParisO Diretor coordenador da Direção deResidentes no Exterior do Millenniumbcp, Albino Andrade, acompanhadopelo Diretor comercial da zona deViseu, Miguel Paquete, estiveram emParis para visitar agências do BanqueBCP e participar em reuniões de tra-balho com membros do Diretório edas equipas comerciais do BanqueBCP em França.A Direção dos Residentes no Exterior

é a Direção dedicada aos clientes doMillennium bcp que residem no es-trangeiro e que oferece um vastoleque de produtos e serviços para estaclientela. Foi esta Direção, em con-junto com o Banque BCP, que organi-zou no mês de agosto os já famosos“Arraiais”, denominados “Arraiais doMillennium bcp” e que juntaram maisde 6.000 clientes residentes no es-trangeiro.

O Millennium bcp parceiro e acionistahistórico do Banque BCP em França,está presente em vários países e emtodo o território português, tendo umforte envolvimento junto das Comuni-dades portuguesas nomeadamenteem França, através do Banque BCP.Albino Andrade considerou que estescontactos com os responsáveis e arede do Banque BCP “é fundamentalpara um melhor conhecimento entre

as duas redes e assim desenvolver emelhor servir a clientela comum aosdois estabelecimentos que conheceatualmente uma fase de grande ex-pansão”.“Atualmente, além da clientela tradi-cional de origem portuguesa merecetambém destaque, a clientela fran-cesa atraída pelo nosso belo pais epelas vantagens fiscais no âmbito doprojeto ‘reforma dourada’”.

Manuel Soares recebeu o Troféu Produto do Ano CCIFP / Banque BCPCCIFP / Jorge Marques

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14 empresas

lusojornal.com

altice assinouacordo definitivocom oi para comprar Pt Portugal

O grupo francês Altice assinou nasemana passada um acordo defi-nitivo com a operadora brasileiraOi para a compra da PT Portugal.“A Altice anuncia que assinou umacordo definitivo com a Oi paracomprar os ativos portugueses daPortugal Telecom”, disse à Lusafonte oficial da multinacional fran-cesa.O anúncio ocorre depois da Admi-nistração da Oi ter aprovado avenda da PT Portugal, facto con-firmado oficialmente na segunda-feira à noite pela operadorabrasileira, segundo a qual “foramfinalizadas as formalidades deaprovação (...) dos termos e con-dições gerais para a alienação daintegralidade das ações da PTPortugal SPGS S.A.” à francesa Al-tice. A mesma fonte reitera que“os ativos incluem o negócio daPortugal Telecom fora de África eexcluem os títulos de dívida Rio-forte”, assim com os veículos fi-nanceiros da Portugal Telecom.O grupo francês mantém a infor-mação divulgada anteriormente,segundo a qual valoriza o ativo em7,4 mil milhões de euros, “em di-nheiro e sem dívida”, incluindo500 milhões de euros relativos àgeração futura de receitas da em-presa, e que a operação será fi-nanciada por nova dívida edinheiro do grupo.A Altice, que entretanto assinouum memorando de entendimentocom os CTT - Correios de Portugal,anunciou a 30 de novembro pas-sado que aumentou a oferta paraa compra da PT Portugal em 375milhões de euros, para 7.400 mi-lhões, tendo entrado em negocia-ções exclusivas com a operadorabrasileira Oi, que detém 100% daPT Portugal, após o aumento decapital de maio.A Altice é, entre outras, dona daNuméricable e um dos seus acio-nistas principais é o emigranteportuguês Armando Pereira.

emsíntese

Português é especialista em piscinasJeremias Antunes nasceu a 10 de de-zembro de 1956 na localidade de Ro-vina, concelho do Sabugal. Nasemana passada, em que comemorou58 anos, deixou algumas considera-ções ao LusoJornal.

LusoJornal: Como surgiu a sua vindapara França?Jeremias Antunes: Cheguei a Françaem 1985. Nessa altura fui para Mont-pellier onde trabalhei até ao princípioda década de 90. Já em 91 vim paraToulouse, onde me mantive até hoje.

LusoJornal: Qual foi o seu percurso anível empresarial?Jeremias Antunes: Na altura em quecheguei a Toulouse, instalei-me comoempresário na área da construção decasas. Em 96 criei a empresa PMI(Piscines Maisons Individuelles), es-pecialista na construção de piscinasmas também de casas. Já em 2003fundei a empresa Aqualys, especia-

lista em construção e manutenção depiscinas e spa’s.

LusoJornal: Ainda hoje mantém asduas empresas?Jeremias Antunes: Sim, mantenho asduas empresas. Tendo atualmente 10empregados e em alturas de maiortrabalho, como é o caso do verão, au-

mento o número de trabalhadores. AAqualys é especialista em alta quali-dade na área das piscinas. É esta em-presa também a responsável porefetuar todo o tipo de análises públi-cas ou privadas a todo o tipo deáguas.

LusoJornal: Quantas piscinas constrói

por ano?Jeremias Antunes: Entre renovação econstrução, chegamos a cerca de 70piscinas por ano.

LusoJornal: O que o realiza maisatualmente?Jeremias Antunes: Neste momentofaço o que gosto e tenho na empresapessoas com quem gosto de trabalhar.Gosto de visitar o Sabugal e a minhaaldeia. É um concelho ao qual tenhomuito orgulho em pertencer.

LusoJornal: Quer deixar alguma men-sagem?Jeremias Antunes:Deixo uma nota deagradecimento a todos os clientes quenos têm feito crescer. Não posso dei-xar de lembrar todos os colaboradoresque fazem com que a empresa, obte-nha os sucessos que obtém.

Aqualys2 rue Joseph Pontier31470 Fonsorbeswww.aqualys-piscines.fr

Em Toulouse

Por Vítor Oliveira

Pinto da eira criou empresa especialista depavimentos em granito

O empresário João Paulo Pinto daEira, originário de Mondim deBasto, “a vila mais bonita de Por-tugal” conforme o próprio afirma,encontra-se em França há 16 anos.Ligado desde esse tempo à área daconstrução civil, decidiu, no iníciode 2013, lançar-se por conta pró-pria e constituir a empresa “EiraJDL Bâtiment”.Situada em Argenteuil, a empresaexecuta todo o tipo de trabalho deconstrução civil com principal des-taque para a especialização dospavimentos em granito. Aliada aesta atividade, a empresa importae vende granito oriundo essencial-mente de Portugal.Todas as semanas chega um carre-

gamento de granito que podemosposteriormente apreciar nos diver-sos trabalhos executados por Pintoda Eira e pelos seus colaboradores.A minuciosidade e a qualidade naexecução deste tipo de trabalho fazcom que a empresa seja já uma re-ferência na região parisiense.A empresa “Eira JDL Bâtiment” émais um dos exemplos do em-preendedorismo dos Portuguesesem França, com a criação de umnegócio próprio e de novos postosde trabalho, sem nunca esquecer a“marca de Portugal”, neste casopresente nas calçadas e pavimen-tos.

“Eira JDL Bâtiment”26 rue Jean Poulmarch95100 Argenteuil

Por Sérgio Araújo

Paris recebou “cimeira” dos vinhos do douroe do Porto

A cidade Paris recebeu na terça-feira,dia 9 de dezembro, a “Cimeira doPorto”, numa iniciativa do Institutodos Vinhos do Douro e do Porto(IVDP) que quer reforçar a presençadestes vinhos no mercado francês.A iniciativa aconteceu no hotel Man-darin Oriental Paris, ao jantar, comoo objetivo de “mostrar as harmoniza-ções entre a gastronomia francesa eo vinho do Porto”, disse à Lusa o Pre-sidente do Instituto, Manuel de No-vaes Cabral, precisando que se tratade “um encontro de produtos quetêm a chancela da Unesco enquanto

património mundial”.“A gastronomia francesa foi classifi-cada pela Unesco como patrimóniomundial e imaterial. O vinho do Portoé também produzido numa regiãoclassificada pela Unesco, que é oAlto Douro Vinhateiro”, acrescentou.Ainda de acordo com Manuel de No-vaes Cabral, a França é o primeiromercado do Vinho do Porto desde1963, “mas não é aquele que temmelhores condições em termos de re-muneração do produto”.“O que queremos é posicionar-nos nomercado superior, mostrar que oVinho do Porto não é aquela bebidabarata que os Franceses associam a

esse produto”, avançou, acrescen-tando que “o mercado francês aindavê o Vinho do Porto como ‘vin d’apé-ritif’, apesar de ter a capacidade paraacompanhar vários pratos e sobreme-sas”.A aposta no reforço da presença emFrança visa seduzir o palato dosFranceses mas, também, o dos turis-tas.O Presidente do IVDP apresentou noLiceu Guillaume Tirel, em Paris, tam-bém na terça-feira, o balanço de umaparceria com o Ministério da Educa-ção francês, intitulada “Os vinhosportugueses: conhecimento dos pro-dutos europeus e interculturalidade”.

O programa contempla mais de 60escolas francesas de hotelaria e in-clui visitas de estudo ao Alto DouroVinhateiro.Este ano, o Instituto dos Vinhos doDouro e do Porto prevê que as expor-tações para França terminem comum volume de negócios de 82,6 mi-lhões de euros, mais 2,6% em rela-ção ao ano passado.Em novembro, a revista Wine Spec-tator escolheu um Vinho do Porto - oDow’s Vintage Porto 2011 - como oMelhor vinho do ano, e atribuiu o ter-ceiro e quarto lugares a outros vinhosdo Douro - Chryseia e Quinta do ValeMeão.

Por Carina Branco, Lusa

le 17 décembre 2014

Leia onlinewww.lusojornal.com

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15Cultura

duarte: un fado bien à lui

Duarte arrive sur scène vêtu d’unecapeline du Ribatejo, vite ôtée, che-mise marron à motifs, gilet de cos-tume trois boutons (peut-êtrequatre), pantalon noir serré en bas.Rien de luxueux mais sémiotiqueriche. Sur scène, mince, visage ado-lescent, rasage approximé tel que lamode est revenue, cheveux blondscendrés en léger désordre. Roman-tique. Pourquoi accorder tant deplace à l’élément visuel? Pourquoicommencer par ça? C’est bien defado dont il est question, pas degloses sur le look. Vous voulez savoir?Parce que Duarte s’est construit unepersonnalité singulière dans le fado,et que cette personnalité ne renie passes origines, natif d’Evora, le Ribatejoest présent dans le tour de chant, nile fait que le fado a beaucoup bougéces dernières vingt années, ni le res-pect de l’histoire.Au programme, 16 chansons et uninstrumental. A l’arrivée, un peu plusde 20, car il y eut des rappels etDuarte avait vraiment envie decontenter le public, aux anges, duVingtième Théâtre. Deux ou trois bal-lades (dont deux signées Duarte pourla musique), trois ou quatre chantsde l’Alentejo (à la grande joie de«notre» fadiste alentejano João Ru-fino, présent dans la salle), et le

reste, fado-fado, musiques tradition-nelles, corrido, menor, mouraria, al-facinha, meia noite, alberto, fado dashoras… Mais… Mais des textespresque tous de la plume de Duarte,car si son univers personnel passepar la musique, il passe aussi parl’écriture, à la manière de sa collègueAldina Duarte, du Senhor Vinho à

Lisboa, haut lieu du fado s’il en est.Des textes qui racontent les évène-ments de la vie, comme toujours lefit le fado, poèmes de qualité.Pour l’accompagner, il y a RogérioFerreira, l’un des grands de l’instru-ment, pensionnaire lui aussi du Sen-hor Vinho, et Pedro Amendoeira à laguitare portugaise, dans la pure tra-

dition des grands accompagnateursde l’histoire du fado, les Raul Neryou Domingos Camarinha. Superbeaccompagnateur (c’est tellement im-portant pour le chanteur), mais aussibrillant soliste comme il en fit la dé-monstration dans le très bel instru-mental du programme.Après le concert, Duarte vient genti-

ment et patiemment dédicacer sondernier CD, muni d’épaisses lunettesà grosse monture rouge, qui luidonne un air de ces universitairesaméricains un peu lunaires qui fontles délices des campus. En général,les gens viennent voir les artistes à lafin d’un concert pour les complimen-ter (ceux qui ne sont pas contents),et les timides et les pressés ne vien-nent pas. A rebours, nous deman-dons à Duarte si, lui, est content dupublic. Large sourire: «Si on m’avaitdit que cela se passerait comme ça,j’aurais signé tout de suite, ce futmagique».A la ville, la journée (le soir, c’estfado), Duarte est psychologue-clini-cien. Des liens avec le fado, avecl’écriture? «Je fais la par des choses,ce sont des univers différents, maisdans mon métier de psychologue,l’écoute compte beaucoup, et cequ’on écoute peut avoir des échos, etparfois ces échos nourrissent l’écri-ture».Les derniers admirateurs s’en vont,Nuno Estevens, l’un de nos musi-ciens parisiens du fado, termine saconversation avec son collègue Rogé-rio Ferreira, Pedro Amendoeira com-mence à avoir faim, le personnel duthéâtre voudrait bien fermer lesportes. Duarte revêt sa capeline alen-tejane, tout le monde s’éloigne.Mais uma noite de fado.

Pour plusieurs dates au Vingtième Théâtre

Par Jean-Luc Gonneau

le 17 décembre 2014

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Duarte au Vingtième Théâtre, à ParisLusoJornal / Mário Cantarinha

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16 Cultura

lusojornal.com

david dany voltou ao “alô Portugal”

No dia 4 de dezembro, o apresen-tador do programa “Alô Portugal” daSIC Internacional, José Figueiras,voltou a convidar o artista DavidDany, radicado em Toulouse, paraapresentar o seu novo vídeo-clipe“Hey Mama” e também para cantarao vivo o tema “Cor do morango”.Os dois tiveram oportunidade defalar da saída do novo álbum “Hitsdance club 55” que também con-tém dois temas de David Dany.Também esteve presente nos estú-dios a produtora francesa que pro-move e divulga a carreira do artistapelas Comunidades franceses, con-firmando que David Dany “é um ar-tista franco-português bastantesolicitado pelas Comissões de festasfrancesas”, além das portuguesas,“porque o seu espetáculo é mesmoum show de calor e alegria”. O ar-tista diz que também a editoraCDMC, de Paris, dá “um impulsomuito forte” a David Dany na divul-gação e promoção da sua carreira.David Dany e José Figueiras falaramainda da divulgação da língua por-tuguesa pelas rádios portuguesasem França, e o artista disse que “épena que a cultura portuguesa nãoseja tão divulgada na sociedadefrancesa porque os Franceses nãoescutam os programas de rádio por-tugueses, com anúncios feitos emportuguês. Haviam de falar nasduas línguas para promover mais anossa cultura”.José Figueiras agradeceu a apoiodado por David Dany a várias asso-ciações de solidariedade, já que oartista fez espetáculos para ajudaras pessoas mais desfavorecidas. “Agente só leva duas coisas da nossapassagem nesta vida, o que fizemosde mal e o que fizemos de bem, epor isso mesmo, temos que dar umpouco do nosso tempo para o bem”disse David Dany no programa,agradecendo também o apoio deJosé Figueiras, que considerou ser“um grande ser humano”.

emsíntese

la Casa saudade de versailles trouve son rythme

Après la fermeture de l’historiqueCoimbra do Choupal à Pavillons-sous-Bois (93) en juin, nous avonsappris celle du Sinfonia à Montrouge,où le fado fut hebdomadaire pendantplusieurs années avant de devenirplus rare. Dans les milieux générale-ment bien informés, circule une in-formation selon laquelle l’ami Mota,patron de l’Arganier (Paris 14e) s’exi-lerait à Orléans pour diriger unegrande brasserie. Le fado des vendre-dis soirs continue, avec Sousa Santoset Daniela accompagnés par ManuelCorgas et Nuno Estevens ou AdrianoDias, en attendant une nouvelle gé-rance dont on ne sait rien pour le mo-ment. Seul des «anciens» restaurantsde fado hebdomadaire ou bimensuel,l’Express de Clichy propose chaquedimanche soir du fado avec JoaquimCampos et Júlia Silva, et Filipe deSousa et Casimiro Silva aux guitares.Nous avions cet été signalé la réou-verture d’une autre maison histo-rique, le Saudade de Versailles, où letruculent Senhor Agostinho proposadu fado pendant des années,presque tous les soirs. Son neveu,plus prudent, après quelques essais,

a opté pour une formule bi-men-suelle: il y a fado un vendredi surdeux. Nous y fûmes donc un récentvendredi. Cadre élégant, cuisine raf-finée et inventive, service parfait,salle pleine, clientèle franco-portu-gaise assez représentative de la sageVersailles. Carlos Neto, vétéran dufado francilien, est le maître de céré-monie du lieu, et paye de sa per-sonne dans un répertoire de fadotraditionnel dont il ne dévie pas. A laguitare portugaise, José Rodrigues,

homme modeste mais accompagna-teur apprécié. A la viola, ce soir là(c’est usuellement Flaviano Ramosqui tient l’instrument), CasimiroSilva, qui débuta, comme les deuxautres, sa carrière parisienne danscette maison («Cela fera trente ans le16 décembre, j’avais un contrat d’unmois, et ça fera trente ans que je suisà Paris»). Chaque vendredi, unechanteuse invitée. Ce soir là, Concei-ção Guadalupe a mis le public danssa poche, comme à son habitude,

avec une prestation à la fois joyeuse,émouvante, sensuelle. Bon, on s’ar-rête là, sinon elle pourrait prendre lagrosse tête.Nous avions pris nos précautions etsollicité M. Ferraria, le patron, neveudu Senhor Agostinho, pour que celui-ci descende (il habite au dessus) aurestaurant pour parler du bon vieuxtemps et des temps nouveaux. Letemps qui passe n’a pas modifié lamoustache en sergent major d’Agos-tinho, toujours vaillant. Promesses dese revoir, car il a des archives, y com-pris sonores, qu’il ouvrira volontierssi d’aventure quelqu’un souhaitait sepencher sur l’histoire du fado enFrance.Des lieux qui ferment, d’autres quis’installent, certes, mais l’inquiétudedemeure sur la pérennité du fado enFrance dans son modèle historique,celui de restaurants proposant dufado chaque semaine. La crise éco-nomique joue sans doute un rôle.Mais il y a probablement d’autresfacteurs qui entrent en jeu. Nous re-viendrons sur ce sujet prochaine-ment. En attendant, comme chaqueannée, le fado respectera la trêve desfêtes de fin d’année et reprendra enjanvier.

La Fado francilien tangue

Par Jean-Luc Gonneau

antónio Zambujo volta a cantar em Paris

O músico António Zambujo atua a23 de janeiro na sala La Cigale, emParis, para apresentar o novo disco,“Rua da Emenda”.O cantor, que cresceu a ouvir o cantealentejano, vai atuar em Paris cerca

de dois meses após a capital fran-cesa ter sido palco, na Unesco, dadeclaração do cante alentejano comoPatrimónio Imaterial da Humani-dade e três anos depois de a mesmadistinção ter sido atribuída ao fado.O sexto disco do cantor foi editadoem novembro, em Portugal, con-

tando com temas como “Valsa do Vainão Vás”, “Despassarado”, “Panto-mineiro”, “Tiro pela Culatra” e “Ba-rata Tonta”.O disco foi feito com os colaborado-res habituais de António Zambujo,João Monge, Maria do Rosário Pe-dreira, Ricardo Cruz e José Eduardo

Agualusa, tendo, também, novas co-laborações de Miguel Araújo, Sa-muel Úria e José Fialho Gouveia.“Rua da Emenda” é o sucessor de“Quinto” (2012), “Guia” (2010),“Outro Sentido” (2007), “Por meuCante” (2004) e “O mesmo Fado”(2002).

Em janeiro a “Rua da Emenda” volta à capital francesa

Por Carina Branco, Lusa

le 17 décembre 2014

Katia Guerreiro: “Património”Patrice Perron

[email protected]

Note d’écoute

La sortie du nouvel album «Até ao Fim»est l’occasion de découvrir ou redécou-vrir «Património», cette anthologie en 2CD parue en 2011, qui met en valeurle parcours de l’artiste.Le premier CD est une anthologie ha-bituelle dans laquelle les 5 premiers al-bums des 10 ans de carrière de KatiaGuerreiro sont représentés au fil des 19titres retenus. Cette sélection soulignele respect de la tradition du Fado danstous les domaines: technique de chant,accompagnement musical (guitaresclassique et portugaise, contrebasse ouguitare basse acoustique), choix destextes.En tant que présumé poète, je suis ho-noré de cette tradition bien ancrée dansle fado qui consiste à choisir, pourbonne partie, puis à mettre en musiquedes textes d’authentiques poètes et re-connus comme tels. C’est un gage dequalité des textes. Parmi ces auteurs,

citons Álvaro Duarte Simões, FernandoTavares Rodrigues, António Lobo An-tunes, Amália Rodrigues (2 fois), LuísVaz de Camões et les grandes Florbela

Espanca (1894-1930) et Sophia deMello Breyner Andresen (1919-2004).Sans oublier le chanteur de rock RuiVeloso qui a composé la musique du

seul texte de Katia, et Charles Azna-vour.Le second CD est très différent. 7chansons seulement, mais un(e) inter-prète invité(e) sur chaque morceau etdes ambiances variées et musicale-ment riches: Ney Matogrosso, Simonede Oliveira, Rui Veloso (tiens, encorelui!), Maria Bethânia, Amina Alaoui,Martinho da Vila et le groupe Santoset Pecadores. Ecoutez tout particuliè-rement «A Veia do Poeta», «Perdas» et«Voz do Vento». Un régal! On rede-mande des morceaux de ce niveau.Ce CD est à mes yeux ou plutôt à mesoreilles, l’une des meilleures réalisa-tions de Katia Guerreiro.Maintenant il reste à découvrir «Até aoFim».

“Património”. 2 CD. 2011.KG Produções.Distribué par L’Autre Distribution

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17Cultura

lusojornal.com

Katia Guerreiro, l’amalienne

C’est dans la salle du Palais desCongrès de la Porte Maillot que KatiaGuerreiro a fait sa rentrée parisienne.On sait le parcours de Katia: née enAfrique du Sud voilà 38 ans, enfanceet adolescence aux Açores, décou-verte du fado lors de ses études uni-versitaires à Lisboa, médecin, débutde sa carrière internationale ici même,à Paris, une ville pour laquelle elle res-sent une affection particulière. Ellel’annonce d’entrée de jeu, dans un jolifrançais: ce concert est une transition,un au revoir à son œuvre passée, dontelle nous donnera de nombreux aper-çus, une introduction à son futur, enprésentant des thèmes de son nouvelalbum, «Até ao fim», qui sera dispo-nible en France au printemps.Elle se présente avec, comme tou-jours, des musiciens d’exception,Pedro de Castro et Luís Guerreiro(sans lien de parenté) aux guitaresportugaises, le jeune Francisco Gasparà la guitare basse, et l’inévitable JoãoVeiga à la viola, compagnon de toutesles aventures musicales de Katia,joyeux boute en train d’une équipe quine boude pas son plaisir d’être là, etarchitecte souriant mais vigilant desaccompagnements musicaux.Katia a adopté une nouvelle coiffure,qui lui sied, faite de mèches savam-ment décontractées, qui rappelle unpeu Amália. Elle a affiné encore unegestuelle devenue plus sûre, plus dra-matique, à des lieues des petites etgentilles gaucheries de ses débuts.Une gestuelle qui rappelle Amália. Etpuis la voix. La grande Amália Ro-drigues a pesé, de façon parfois écra-sante, sur les interprètes féminines dufado, qui ont presque toutes puisédans son répertoire. Certaines ont es-sayé de s’inspirer de ses dons vocaux,avec des résultats mitigés. Car rares

sont les fadistes d’aujourd’hui qui dis-posent d’une tessiture comparable àcelle de la grande dame. A vrai dire,parmi les fadistes de renom actuelles,nous n’en connaissons que deux: Ma-riza et, bien sûr, Katia Guerreiro.S’inspirer d’Amália, c’est bien. Lefaire en gardant, en approfondissantmême sa propre personnalité, c’estmieux. Et c’est ce que réussit KatiaGuerreiro. Certes, elle reprend cer-tains thèmes célèbres («Amor de mel,amor de fel»…) d’Amália, et mêmedeux de ses poèmes, dont un inédit,«Quero cantar para a lua», jamaischanté, mis en musique par Pedro deCastro. Mais elle fait appel pour cer-

tains thèmes à des poètes de sontemps, Rita Ferro, l’açorien Rui Ma-chado, Vasco Graça Moura, Paulo Va-lentim, ce dernier égalementcompositeur et éminent guitariste.Elle offre un subtil bouquet de fadostraditionnels, de ballades, dont «Atéao fim», la chanson titre de son nou-vel album) composé par João Veiga,et celle composée par elle-même, sapremière composition, paroles et mu-sique, dédiée à sa fille (deux ans) etchantée à capella.Résumons: si l’esprit d’Amália estbien présent, si Katia Guerreiro estcertes une Amalienne, sa personna-lité ne souffre en rien, au contraire,

de cette rencontre. Elle est parvenueà une maturité artistique impression-nante, qui ne lui enlève pas sa spon-tanéité, sa simplicité, et sa générositédans l’amitié. En temoignera le trèsémouvant hommage rendu à José Re-nato, décédé cet été, qui fut son im-présario en France et plus encore sonami, nous le savons pour avoir eu lachance et le plaisir de connaître JoséRenato, et de parler de lui avec KatiaGuerreiro.Un très beau moment, donc, et, es-pérons-le la promesse d’un nouveaurendez-vous à la sortie d’«Até ao fim»,au printemps.

Au Palais des Congrès de Paris

Par Jean-Luc Gonneau

João Moniz expôs no lusofolie’s em Paris

O espaço Lusofolie’s em Paris acolheuno passado 9 de dezembro, JoãoMoniz, o artista português cuja expo-sição de pintura, “Singularidades doBranco”, se encontrou ali patente atéao 15 de dezembro, assim como umconcerto de jazz e um cocktail patro-cinado pela companhia de seguros Fi-delidade.No cerne da problemática perseguidapela obra de João Moniz encontramosesse tópico fundador da Arte Ocidentalque é a relação entre o eterno e o infi-nito, de um lado, e a variação e o con-tingente, por outro. Todavia, ao invésdo problema que se colocava aos Gre-gos da Antiguidade Clássica, que ti-nham de inovar indefinidamentenuma gama limitada de possibilidades(os cânones), o maior desafio com quea poética pictural de João Moniz seconfronta é a busca da infinitude navariação infinita ou radical sobre omesmo, procurando surpreender amisteriosa verdade da nossa fugidiaidentidade.

Em síntese, estamos perante umaidentidade artística que se define in-trinsecamente por ser sempre amesma e ser sempre outra, diferente,ou seja perante as mil faces de umrosto, sempre o mesmo e sempreoutro, tal como nas orientais estelasdos mil budas, mas também perantea análoga identidade fugidia da Pin-tura, ela própria sempre a mesma e

sempre outra, oscilando entre o eternoe o infinito da Ideia e a variação e ocontingente do Existir.João Moniz nasceu em Lisboa ondefrequentou a Escola de Artes Decora-tivas de António Arroio. Em Paris, ondeestá radicado deste 1969, estudou naÉcole Superior des Beaux-Arts e noAtelier Sangier. Atualmente um grandenome da pintura portuguesa contem-

porânea, João Moniz pode ser definidocomo o pintor do branco ou do quasebranco. As suas obras são correntespictóricas cuja existência é condicio-nada pelo local de exposição e pela to-nalidade atmosférica que as envolvedependendo, por completo, do olhar eperspetiva do espetador. Intimista eminucioso, procura num espaço enum tempo espirituais uma luz criativaapontadora de um caminho minima-lista. Com exposições individuaisdesde o início da década de 70, assuas obras já passaram por algumasdas melhores galerias internacionais.O Espaço Lusofolie’s dedicado à co-munidade lusófona tem organizadodesde a sua abertura, em abril pas-sado, diversos concertos, exposições,e encontros-debates num espaço con-vivial de 200 metros quadrados, e dis-põe de um pequeno serviço derestauração.

Espace Lusofolie’sViaduc des Arts57 avenue Daumesnil75012 Paris

Até segunda-feira desta semana

Por Clara Teixeira

le 17 décembre 2014

o som da semana

Mão Morta - PeloMeu relógio sãoHoras de Matar

Decidi-d a -mente,o rockp o r -tuguêsn ã oseria o

mesmo sem os Mão Morta. Quatroanos após a edição de Pesadeloem Peluche, e a celebrar três dé-cadas de carreira, os bracarensesapresentam o 10° álbum de origi-nais.Os MM já nos tinham habituado adiscos conceptuais. Este é um tra-balho de intervenção inspirado nocontexto político e social, com abanda a debruçar-se sobre a “rea-lidade concreta, muito mais co-mezinha”, afirma o vocalistaAdolfo Luxúria Canibal.O fio condutor é um indivíduo declasse média solitário, antes doeclodir da crise, que de repente vêo conforto ameaçado pela po-breza. Até aí autosatisfeito na suavida burguesa, começa a partilharo seu mal estar com os outros.O título é “pura liberdade poéticae não um apelo à violência”, umato de “consciencialização social”.Irmão da Solidão entoado emcoro, banha-se num mar de gui-tarras inebriantes. Coloca-se poisa Hipótese De Suicídio. Espéciede grito niilista sobre a libertaçãoda opressão. Guitarras cortantes,apoiadas pela implacável secçãorítmica: o baixo de Joana Longo-bardi e a bateria de Miguel Pedro.Pairam Nuvens Bárbaras, cine-máticas com teclado e guitarra mi-nimalistas. O ritmo sincopadoserve a letra, crítica ao capita-lismo.Ainda nos céus, Pássaros A Es-voaçar, personificam o desem-prego a assolar o povo. Medodesse fantasma, medo de termedo. Final apoteótico com solovertiginoso de guitarra e sintetiza-dor.Preces Perdidas é a canção maisestética e intrigante. Com sonori-dade e letra envolventes, murmú-rios sobre piano e distorções, emambiente suave e arrepiante.Os MM continuam a sua missãonum meio musical asseptizado,com um disco-eletrochoque. 10canções a marcar uma época, emcenário de contenção e crise.Vimo-los em Paris há 7 anos, noâmbito do festival Tarola. De re-gresso em 2015?Já agora, que horas são? Afinal otempo cronológico pouco importa.Reza o ditado: ars longa, vita brevis!

Valentim de Carvalho - 2014

Patrick Caseiro

Katia Guerreiro en concert à Paris (photo archives LusoJornal)DR

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18 Cultura

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filmes “fuligem” e“Blood Brothers”selecionados para festival de Clermont-ferrand

Os filmes portugueses “Fuligem”, deVasco Sá e David Doutel, e “BloodBrothers”, de Miguel Espírito Santoe Miguel Coimbra, vão competir em2015 no Festival Internacional daCurta-Metragem de Clermond-Fer-rand, em França.De acordo com a organização domais importante festival dedicado àcurta-metragem, “Fuligem” foi sele-cionado para a competição interna-cional - entre 84 filmes portuguesesinscritos - e “Blood Brothers” com-petirá na secção “Labo”, dedicada afilmes mais experimentais.A 37ª edição do Festival de Cler-mont-Ferrand decorrerá de 30 de ja-neiro a 7 de fevereiro.“Fuligem”, filme de animação de 14minutos, já conquistou alguns pré-mios, nomeadamente no Cinanima,de Espinho, Festival de Animação daLousafa e Curtas de Vila do Conde.O filme, que relaciona o percurso devida de um homem com um trajetode comboio pelo interior do país, foiproduzido por Rodrigo Areias e tembanda sonora de Paulo Furtado eRita Redshoes. David Doutel e VascoSá já tinham trabalhado juntos outracurta-metragem de animação, “Osapateiro” (2011).“Blood Brothers”, documentário ex-perimental de pouco mais de seisminutos, de Miguel Espírito Santo eMiguel Coimbra, acompanha o diana vida de um dos Forcados Ama-dores de Montemor.No ano passado, em Clermont-Fer-rand, o documentário “Sizígia”, deLuís Urbano, recebeu o Prémio es-pecial do júri na competição “Labo”.

José Cesário em frança

O Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas, José Cesárioestá atualmente em França, parauma visita a Paris e a Bordeauxentre os dias 16 e 18 de dezembro.Esta terça-feira, dia 16 de dezembro,José Cesário entregou a condecora-ção da Ordem do Mérito com o Graude Comendador ao Conselheiro dasComunidades e Presidente da APCSde Pontault-Combault, Mário Casti-lho, na Embaixada de Portugal emParis.Esta quarta-feira o Secretário de Es-tado tem um encontro com a Comu-nidade Portuguesa e Empresáriosde Bordeaux e Cenon e na quinta-feira visita o Consulado de Portugalem Bordeaux e reune com a CônsulGeral de Portugal em Bordeaux, Fi-lomena Rocha.

emsíntese

Manoel de oliveira recebeu legião de Honrafrancesa por “carreira fora do comum”O realizador Manoel de Oliveira foidistinguido na semana passada coma Legião de Honra francesa, por umacarreira que o Embaixador francês emPortugal, Jean-François Blarel, des-creveu como “fora do comum”, mar-cada por laços de amizade com estepaís.Numa cerimónia que decorreu noMuseu de Serralves, no Porto, o Em-baixador francês salientou as ligaçõesfrancófonas de Manoel de Oliveira,mostrando “orgulho por que parte daobra tenha sido realizada em França”e em francês, lembrando as diversasdistinções que o realizador portuguêsjá recebeu ao longo da carreira, desdeo prémio Robert Bresson à Palma deOuro pela carreira, em Cannes.“É para mim uma grande honra rece-ber, da parte da França, esta distin-ção”, afirmou Manoel de Oliveira, emfrancês, antes de agradecer à Françae de dizer “Viva o cinema!” peranteuma assistência que incluía o Secre-tário de Estado da Cultura, o Presi-dente da Câmara Municipal do Portoe o realizador João Botelho.O Presidente da Câmara do Porto, RuiMoreira, relatou que, muitas vezes, équestionado sobre se Manoel de Oli-veira é do Porto: “Eu costumo dizerque o Porto é de Manoel de Oliveira”.Jean-François Blarel elencou a sériede vidas contidas nos quase 106anos - desde quinta-feira da semanapassada - do realizador de “Douro,Faina Fluvial”, desde o ator de “Fá-tima Milagrosa” ao dançarino de “In-

quietude”, passando por tantos ou-tros. O diplomata sublinhou tratar-sede um “realizador genial, sempre deuma modernidade radical, sem ces-sar de se colocar em causa, de explo-rar novas estéticas e manifestandosempre a consciência forte do valorartístico do cinema”.Por seu lado, o Primeiro-Ministro,Pedro Passos Coelho, em comuni-cado, enalteceu o realizador Manoelde Oliveira como uma “referência docinema nacional e mundial”, no diaem que o cineasta foi distinguido peloGoverno de França.

Passos Coelho afirmou, no comuni-cado, que se “congratula com a atri-buição, por parte do Estado francês,das insígnias de Grande Oficial da Le-gião de Honra de França ao realizadorManoel de Oliveira”.O Primeiro-Ministro recordou aindaque o Estado português também jádistinguiu a “carreira ímpar de Ma-noel de Oliveira”, com a Comendada Ordem Militar de Sant’Iago daEspada (1980), com a Grã-Cruz daOrdem Militar de Sant’Iago da Es-pada (1988) e com a Grã-Cruz daOrdem do Infante D.Henrique

(2008).Manoel de Oliveira, o mais velho rea-lizador do mundo em atividade, nas-ceu no Porto a 11 de dezembro de1908.

estreou mais um filmeNa quinta-feira da semana passada,no dia do seu aniversário, estreou noscinemas o mais recente filme, acurta-metragem “O velho do Res-telo”, que reúne num banco de jar-dim do século XXI personagens eescritores históricos: Dom Quixote,Luís Vaz de Camões, Teixeira de Pas-coaes e Camilo Castelo Branco.“O Velho do Restelo” é descrito peloator Ricardo Trêpa como a visão deManoel de Oliveira dos “tempos quecorrem - que não são famosos -, atra-vés de escritos antigos e feitos degrandes figuras da cultura portuguesae não só”.Ricardo Trêpa, neto de Manoel de Oli-veira, realçou o ânimo do realizador,sublinhando que “a saúde, para ele,não é uma barreira”. “Até partir,assim será o raciocínio dele. Semprefoi um lutador. Não é agora que vaidesistir de uma máxima de vida queé ‘eu quero e hei de conseguir’. Vaiaté ao fim acreditar que vai fazer maisfilmes”.O filme baseia-se em partes do livro“O Penitente”, de Teixeira de Pas-coaes, tem argumento do cineasta eteve estreia internacional no Festivalde Veneza, onde foi exibido fora decompetição, em setembro.

Entregue pelo Embaixador de França em Portugal

dvd: coffret de l’intégralité des films duréalisateur João Pedro rodriguesLe 2 décembre dernier, EpicentreFilms a lancé le coffret de l’intégralitédes films du réalisateur portugais JoãoPedro Rodrigues. Pour la première foisl’ensemble de l’œuvre du cinéastesera rassemblé dans un seul coffretcomprenant 6 DVD’s avec les films «OFantasma» (90 min, 2000), «Odete»(101 min, 2005), «Mourir comme unHomme» (133 min, 2009), «La der-nière fois que j’ai vu Macao» (85 min,2012) ainsi que l’ensemble descourts-métrages du réalisateur et unesélection de documentaires inédit.Le coffret est disponible au prix de39,90 euros, vendu en ligne ainsi quedans la boutique d’Epicentre Films(51 rue de la Mare, 75020 Paris) etdans les points de ventes habituels.C’est une excellente idée de cadeauxpour les fêtes de fin d’année.João Pedro Rodrigues s’est imposé en15 ans sur la scène internationalecomme un des meilleurs réalisateursportugais de sa génération, sélec-tionné dans les festivals les plus im-portants: Cannes, Venise, Locarno,....14 heures de films à visionner, dontles courts-métrages (fictions et docu-mentaires): «Le Berger/O Pastor»(1986), «Voici ma maison» 1ère par-tie (1997), «Voyage à l’Expo» 2èmepartie (1998), «Parabéns!», «China

China» (2007), «Camouflage Selfportrait» (2008), «Aube Rouge»(2011), «Matin de la Saint Antoine»(25 min, 2012), «Le Corps du Roi»(32 min, 2012), «Allegoria della pru-denza» (1h30, 2013), «Mahjong»(33 min, 2013) coréalisé avec João

Rui Guerra da Mata et «Ce qui brûleguérit» (27 min, 2012) réalisé parJoão Rui Guerra da Mata.Les films sont en portugais, avec dessous-titres en français et en anglais.Depuis 20 ans Epicentre Films a dé-veloppé une politique de distribution

engagée auprès du cinéma d’art et es-sais avec un catalogue composé defictions et documentaires, de filmfrançais comme internationaux et depremières œuvres comme d’œuvresd’auteurs renommés. A ce titre, le ci-néma portugais a trouvé toute saplace dans les films défendus par lasociété.Après être devenu le distributeur fran-çais attitré de Manoel de Oliveira, Epi-centre Films soutient aujourd’huideux autres réalisateurs portugais derenoms, Joaquim Pinto et João PedroRodrigues.Le 19 novembre, le documentaire «EtMaintenant?» de Joaquim Pinto estsorti en salles. En lice pour représen-ter le Portugal pour la prochaine céré-monie des Oscars, «Et maintenant?»est un journal filmé, une réflexion surla survie au-delà de tous les pronosticsmais aussi sur l’amour, l’amitié, le ci-néma et le Portugal depuis la Révolu-tion jusqu’à la crise actuelle. Depuis20 ans Joaquim Pinto vit avec le VIHet l’hépatite C. Exilé dans la cam-pagne de Lisboa avec son mari Nunoet leurs chiens, Joaquim a décidéd’arrêter toutes ses activités liées aucinéma pour suivre un nouveau proto-cole. Le Portugal lutte contre la criseet Joachim contre la mort.

le 17 décembre 2014

Manoel de OliveiraLusa / Ricardo Castelo

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emsíntese

rubem alves ganhou prémionos “Portuguese-Brazilian awards”

O cineasta luso-francês Ruben Alves,realizador do filme “La Cage Dorée”,o ator Diogo Morgado e a modeloSara Sampaio foram alguns dos ven-cedores dos “Portuguese-BrazilianAwards”, entregues na semana pas-sada numa noite de gala na sede dasNações Unidas, em Nova Iorque.Estes prémios, atribuídos este anopela primeira vez, pretendem distin-guir personalidades que se destacamnas Comunidades portuguesa e bra-sileira nos Estados Unidos.Presentes na cerimónia, estiveramoutros homenageados, como o Pre-sidente da Câmara de Newark, RasBaraka, o músico Edgey Pires, dabanda The Last Internationale, oapresentador de televisão José Fi-gueiras e o modelo Kevin Sampaio,que foi homenageado junto com oirmão Jonathan. “O objetivo é distin-guir pessoas de diversas áreas querepresentam os valores do trabalho,dedicação e talento que caracterizama nossa Comunidade”, explicou àLusa o “designer” Ricardo Jerónimo,Presidente da Comissão da organiza-ção.Foram também distinguidos a atletaSara Moreira, a jornalista do The NewYork Times Sofia Perpetua, os empre-sários Alice Pires, Manuel e JackieCarvalho e Vitor Nogueira, a ativistacomunitária Glória de Melo e a chefLuísa Fernandes, vencedora do con-curso de televisão Chopped em2009.Criados em 2001 com a designação“Brazilian Awards”, a organização de-cidiu este ano passar a distinguir ci-dadão portugueses, bem comonorte-americanos que se tornaramexemplo e inspiração para a Comu-nidade. “As duas Comunidades sem-pre celebraram as suas conquistasseparadamente. Mas todos partilha-mos a mesma língua e, juntos, somosmais fortes”, explicou Jerónimo,acrescentando que foram distingui-dos norte-americanos “porque têmsido grandes amigos das nossas Co-munidades”.

le fest’afilm commence avec “florbela”

Le festival Fest’Afilm de cinema lu-sophone approche à grand pas. Eneffet, c’est à partir du 18 décembrejusqu’au 21, que Montpellier accueil-lera des films inédits et hors-circuit,dédiés aux pays lusophones et fran-cophones. Cette année ce sont plusde 80 films, long-métrages, docu-mentaires et courts-métrages qui se-ront diffusés.Quatre lieux pour la diffusions desfilms: le Centre Rabelais, le cinémaUtopia, l’Auditorium de l’hôtel Mer-cure Centre Comédie et la salle deprojection de l’Ecole de sons etd’images Acfa Multimédia.Dans la soirée dʼouverture vous pour-rez assister au long-métrage “Flor-bela”. La poétesse Florbela Espancan’arrive pas à mener une vie de mé-nagère et d’épouse dans une régionrurale. Son désir de découvertesl’amène à accompagner son frèreApeles dans le grand Lisboa, où ellepeut enfin connaître tout ce qu’elledésire: des fêtes, des amants, desmouvements populaires... Bien queson mari essaie de la ramener, et queson frère soit obligé de partir, Florbelasent qu’elle a trouvé sa place. Danscette ville apparaît l’inspiration de sesplus grands poèmes.Le jeudi soir sera projeté le documen-taire «Portugal, l’Europe de l’incerti-tude» de François Manceaux. Tournéau Portugal au cours des années2010 et 2011, ce documentaire ana-lyse le processus du laboratoire d’aus-térité imposé par le jeu de la financemondiale. A travers une série d’entre-tiens croisés, le film montre que cetteexpérimentation portugaise est plusque jamais d’actualité aujourd’hui et

peut apparaître comme une réalitéprémonitoire pour l’avenir du modèlesocial et économique européen.Le lendemain, à 16h00, «Les Mau-vais Rêves de Monsieur Antunes», deMaria Pinto. «J’écris sur ce qui a étéperdu…», l’œuvre d’António LoboAntunes est obsédée par les souvenirsde la guerre coloniale où il s’était en-gagé comme médecin-militaire et parl’exercice de la psychiatrie dans unhôpital de Lisboa. Ses récits, mono-logues intérieurs ou ressassementsnocturnes, nous font partager lestourments intimes d’êtres écartelésentre le passé et le présent.Le jour même à 17h00, un 3ème do-cumentaire, «A sétima vida de Gual-dino Barros», de Filipe Araújo. Auplus fort d’une vie rocambolesqueremplie d’aventures, de mésaventureset de prouesses surréalistes, GualdinoBarros est victime d’un accident vas-culaire cérébral. Il est d’abord para-

lysé de la moitié du corps, mais cen’est pas pour autant que son obsti-nation arrête de s’imposer. Sa missionambitieuse est de retrouver de la mo-bilité de manière à pouvoir jouer dela batterie, de lancer une dernièrechanteuse et de retourner à Paris, oùil a joué avec Nina Simone.Côté courts-métrages, en compétitioninternationale: «Tabato» de JoãoViana, «X e Y» de João Costa et «Só»de Nuno Fragata.Dans la sélection «Regards duMonde», «Fios do Tempo» de Joa-quim Pavão, un recueil de «piècesmobiles» du Projets Faunes basés surles activités traditionnelles de la cul-ture portugaise.«Razão para zebras» de João Costa,est un documentaire sur Igor Cha-mada, réalisateur qui a promu un tra-vail multiculturel sur le bonheur,projet qu’il n’a pas réussi à conclure.Plusieurs amis et collègues parlent

des œuvres de Chamada pour per-mettre au public de mieux le connaî-tre.Finalement, dans la Sélection«Femmes du Monde», sera projeté lefilm «Femmes enceintes pendant laGuerre Coloniale» d’Anabela DinisBranco de Oliveira. Le visage desfemmes qui restent au quai d’Alcan-tara, regardant le Tage, fleuve del’Empire et de la guerre. Le regard decelles qui n’ont pas pu partir mais quisont enceintes. Le regard de cellesqui suivent leurs soldats et qui trans-forment l’empire.Depuis 2008, le Fest’Afilm a pourobjectifs la promotion de la culturelusophone et la création deséchanges entre francophones et luso-phones à travers le cinéma. Le Festi-val a été créé à l’initiative deFerdinand Fortes, son Président.

festafilm.fr

Du 18 au 21 décembre, festival de cinema à Montpellier

Par Clara Teixeira

documentário português exibido no festival signes de nuit

“Pára-me de repente o pensamento”é um premiado documentário do rea-lizador português Jorge Pelicano quefoi exibido pela primeira vez emFrança no passado dia 12, em Paris,no âmbito do Festival de Cinema Sig-nes de Nuit.Um filme desconcertante sobre arealidade da esquizofrenia no seio deum Hospital Psiquiátrico em Portu-gal. A história de um ator que seemerge neste mundo em busca deinspiração para a construção de umpersonagem para uma peça de tea-tro, sendo os utentes deste hospitalessenciais para este processo. Porentre conversas, poemas, cigarros etratamentos, a descoberta da lucidezno mundo dos loucos, onde as roti-nas os puxam para a realidade alheiaaos corredores do hospital por ondevagueiam sozinhos.Jorge Pelicano nasceu na Figueira daFoz em 1977 tendo-se formado emCoimbra na área da comunicação, re-lações públicas e jornalismo. Foi re-

pórter de imagem da SIC entre 2001e 2012 tendo lançado o seu primeirodocumentário “Ainda há pastores?”em 2006.O encerramento da linha ferroviáriado Tua fê-lo criar “Pare, Escute,Olhe” em 2009, um filme tambémdiversas vezes premiado e, em 2012,foi um dos produtores da série de do-cumentários “Momentos de Mu-dança” que quebrou com o formato

tradicional de reportagem jornalís-tica, introduzindo em Portugal o con-ceito de jornalismo cinematográfico.“Pára-me de repente o pensamento”estreou no Doc’Lisboa em outubro,tendo ganho três prémios principaisno Festival Caminhos no mês pas-sado. Passou ainda pelas competi-ções internacionais dos festivais deLeipzig (Alemanha) e Poznan (Poló-nia), tendo sido exibido na semana

passada na Casa da Noruega, na Ci-dade Universitária de Paris, no âm-bito do Festival de Cinema Signes deNuit que todos os anos exibe cente-nas de documentários de mais de 70países. Este Festival é um evento rea-lizado desde 2003 com o objetivo demostrar o melhor cinema indepen-dente internacional numa parceriaente várias instituições culturais dacapital.

“Pára-me de repente o pensamento”

Por Ana Catarina Alberto

le 17 décembre 2014

“Florbela” ouvre le Fest’Afilm 2014

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Márcio souza, antónio Brasileiro et dona flor

Située à deux pas du Panthéon et dela Sorbonne, sur une jolie petite placearborée, la Librairie Portugaise et Bré-silienne est le lieu de passage obliga-toire pour qui s’intéresse aux auteursdes pays lusophones. Ainsi, le 11 dé-cembre dernier elle accueillait l’écri-vain brésilien Márcio Souza, pour lelancement de «Théâtre indigène del’Amazone» (éd. Les Ateliers du Mou-lin, 2014, traduction de Brigitte Thié-rion), un livre qui réunit trois piècesde théâtre. Ce même soir avait lieuégalement le lancement du recueil depoèmes d’António Brasileiro, «Le ventet la pierre - O vento e a pedra» (éd.Rafael de Surtis, 2014, bilingue, tra-duction de Dominique Stoenesco), enprésence de Rita Olivieri-Godet, au-teur de la préface.Les trois pièces rassemblées dans lelivre «Théâtre indigène de l’Amazone»sont inspirées des mythes indiens duHaut Rio Negro. Parmi ces pièces fi-gure «A paixão de Ajuricaba», crééeen 1974 par le Théâtre Expérimentaldu SESC de l’État d’Amazone, jouéepour la première fois à Paris en 1998,par le Théâtre de l’Opprimé, sous ladirection d’Augusto Boal, puis présen-tée en version originale à Rennes, Tou-louse et Aix-en-Provence, en 2012,avec une mise en scène de MárcioSouza. Cette pièce raconte l’histoire

tragique du chef indien Ajuricaba quiorganisa la résistance contre les colo-nisateurs européens, au XVIIIè siècle,dans le Haut Rio Negro. Pour mieuxconnaître l’origine du Théâtre Expéri-mental du SESC de Manaus, dontMárcio Souza est le fondateur, onpourra consulter le petit ouvrage inti-tulé «Um teatro na Amazônia»(éd.Valer, trilingue portugais, françaiset anglais).Né en 1946, à Manaus, Márcio Souzaest l’auteur de nombreux romans et

essais. Son grand succès littéraire futla publication en 1977 de son roman-feuilleton «Galvez, Imperador doAcre», édité en français en 1998,sous le titre de «L’Empereur d’Ama-zonie».La petite anthologie bilingue, «Le ventet la pierre - O vento e a pedra», réunitune quarantaine de poèmes de diffé-rentes phases de la création poétiqued’António Brasileiro. Sa poésie oscilleentre une expression intensément ly-rique et un regard tourné vers le

monde extérieur où le poète cherchedésespérément sa place. Face aumystère de l’existence et à l’inutilitédes choses, face au temps qui passe,sa poésie devient métaphysique.António Brasileiro fait souvent appel àl’ironie, seule capable de masquer sonangoisse de savoir que sa voix poéti-que est autant inutile que nécessaire.La tragédie du quotidien réside dansle fait de comprendre que finalementrien n’est important et que le destindes poètes est de pousser leur rocherinexorablement vers le haut de la col-line.António Brasileiro est né à Ruy Bar-bosa (Bahia) en 1944, et il vit à Feirade Santana. En 2001, dans le cadredes échanges entre des universitésfrançaises et brésiliennes, il a en-seigné à l’Université d’Artois (Arras) laculture et la littérature brésiliennes. Ilest l’auteur d’une vingtaine d’ouvrageset depuis juin 2009 il est membre del’Académie des Lettres de Bahia.Après la lecture de quelques poèmesd’António Brasileiro, la soirée littéraires’est prolongée par un concert de mu-sique brésilienne proposé par le duobrésilien Dona Flor, constitué par lachanteuse Alessandra Cintra et lecompositeur/guitariste Adylson Fran-zini qui ont interprété quelques chan-sons de Chico Buarque, Dorival Caimiet Gilberto Gil, ainsi qu’une composi-tion d’Adylson Franzini.

À la Librairie Portugaise et Brésilienne

Par Dominique Stoenesco

literatura brasileira é convidada de honrado salão do livro de Paris em 2015Quase meia centena de escritoresbrasileiros, entre os quais dois indí-genas, vão representar o Brasil, emFrança, como país convidado doSalão do Livro de Paris, que se rea-liza em março de 2015, anunciou oGoverno de Brasília.O Ministério brasileiro da Culturaanunciou na semana passada osnomes dos 48 convidados ao cer-tame, entre os quais se encontramBernardo Carvalho (“Mongólia”) ePaulo Coelho (“O alquimista”),assim como os escritores indígenasDaniel Munduruku, autor de “Os Fi-lhos do Sangue do Céu”, da área in-fanto-juvenil, e Davi Kopenawa, dasciências humanas, que escreveu “Aqueda do céu”.O Governo brasileiro anunciou igual-mente os critérios a que obedeceu aescolha: autores com obras traduzi-

das em francês ou em processo detradução, o equilíbrio entre autoresnovos e consagrados e a diversidadeentre as regiões do país e os génerosliterários.Entre os escolhidos estão três mem-bros da Academia Brasileira de Le-tras: Ana Maria Machado, AntónioTorres e Nélida Piñon, que tem edi-tados em Portugal, entre outros, ostítulos “A República dos Sonhos” e“Livro das horas”.Há também criadores de banda de-senhada, como Fabio Moon, e dra-maturgos, como Sérgio Roveri eBosco Brasil, além de autores jáconsagrados, como Leonardo Boff,que escreveu “Francisco de Assis eFrancisco de Roma”, Daniel Galera(“Barba Ensopada de Sangue”) eFernando Morais (“O mago - a incrí-vel história de Paulo Coelho”), além

de Paulo Coelho.Uma das participantes na categoriainfanto-juvenil, Adriana Lisboa, ven-ceu em 2003 o Prémio José Sara-mago, com o romance “Sinfonia embranco”.Entre outros escritores escolhidosencontram-se Milton Hatoum (“Re-lato de um Certo Oriente”, “Cinzasdo Norte”), Bernardo Carvalho(“Nove noites”) e Cristóvão Tezza(“O Filho Eterno”), vencedores dediferentes edições do Prémio Portu-gal Telecom de Literatura, Ana Mi-randa (“Boca do inferno”), AlbertoMussa (“O Enigma de Qaf”), MichelLaub (“Diário da Queda”), PatríciaMelo (“O matador”, “Ladrão de Ca-dáveres”) e Tatiana Salem Levy(“Dois rios”, “Curupira Pirapora”),com obras editadas em Portugal, àsemelhança de outros escolhidos,

como Piñon, Boff, Galera e PauloCoelho.Adauto Novaes, Adriana Lunardi, Af-fonso Romano de Sant’Anna, Al-berto Mussa, Ana Paula Maia,Angela Lago, Betty Mindlin, BettyMilan, Carola Saavedra, Edney Sil-vestre, Edyr Augusto, Férrez, Fer-nanda Torres, João Carrascoza, LuMenezes, Luiz Ruffato, MarcelinoFreire, Marcello Quintanilha, MariaConceição Evaristo, Marina Cola-santi, Paloma Vidal, Paulo Lins, Ri-cardo Aleixo, Rodrigo Ciríaco, RogerMello, Ronaldo Correia de Brito, S.Lobo e Sérgio Rodrigues são os ou-tros escritores anunciados pelo Go-verno brasileiro.O Salão do Livro de Paris vai decor-rer de 20 a 23 de março de 2015,e o Brasil vai ocupar um espaço de500 metros quadrados, no certame.

le 17 décembre 2014

«Célébrations.fêtes sacrées,fêtes profanes»

E x c e p -tionnelle-ment, etp a r c eque nousrentronsdans unepé r i odede fêtes,le livreque nousp r o p o -s o n s

cette semaine est le n°18 des Ca-hiers du CREPAL, ayant pour titre«Célébrations. Fêtes sacrées, fêtesprofanes», édité par les Presses dela Sorbonne Nouvelle», 2014, sousla direction de Jacqueline Penjon etavec la collaboration de CatherineDumas.Les Cahiers du CREPAL publientchaque année les travaux du Cen-tre de recherche sur les pays luso-phones (Sorbonne Nouvelle - ParisIII), qui portent sur la linguistique,la littérature ou la civilisation du Por-tugal, du Brésil ou de l’Afrique luso-phone, et s’organisent autour d’unthème spécifique. Ils s’adressent,au-delà des spécialistes, «à tout pu-blic intéressé par la lecture de tra-vaux qui lui permettent de porter unregard éclairé sur la complexité dumonde qui nous entoure et l’histoirequi l’a construit».Ce volume s’intéresse aux fêtes sa-crées et aux fêtes profanes, plusparticulièrement aux fêtes reli-gieuses et aux fêtes de famille. Ritesreligieux et familiaux entretiennentd’ailleurs une relation complexedans leur contexte historique pro-pre. Dans sa fonction sociale, la fêterassemble, parfois de manière for-cée, des collectivités souvent dé-composées au quotidien.Au sommaire de ce n°18 nous trou-vons une grande diversité d’articles,parmi lesquels: «Les fêtes dePâques et de Noël: le poids de lamémoire collective chez Ilse Losa etSamuel Rawet», «Regards croiséssur la fête africaine», «Une dindeaux marrons à la brésilienne contrele joug des traditions familiales»,«Le Festin du silence. Une lecturedu conte ‘Feliz Anivesário’ de Cla-rice Lispector», «Fête familiale oufête religieuse? Le rite sacrificieldans ‘Lavoura Arcaica’».Au-delà des articles, ce volumecontient des résumés de thèsessoutenues, des comptes rendus delecture et un texte de création, duromancier portugais Almeida Faria,traduit par Anne-Marie Quint.(Presses Sorbonne Nouvelle, 8 ruede la Sorbonne, 75005 Paris).

Um livro por semana

dominiquestoenesco

Un livre par semaine

José luís Peixoto apresentou “Galveias” em Paris

O escritor José Luís Peixoto apresen-tou o novo romance, “Galveias”, naquinta-feira da semana passada, dia11 de dezembro, na Fundação Ca-louste Gulbenkan, em Paris.O livro foi lançado em outubro, em

Portugal, e é uma homenagem à loca-lidade alentejana onde o escritor nas-ceu, há 40 anos. A sessão deapresentação foi animada pela inves-tigadora Vânia Rego, da UniversidadeBlaise Pascal de Clermont-Ferrand.José Luís Peixoto tem várias obraseditadas em francês, com chancela

das Editions Grasset, nomeada-mente “Sans un regard”, “Une mai-son dans les ténèbres”, “Lecimetière de pianos”, “Livro” e “LaMort du Père”. “Abraço”, obra de2015, do escritor, será publicadaem França, em 2015, de acordocom fonte da editora.

O autor estreou-se com o romance“Morreste-me”, em 2000, tendo re-cebido o Prémio Literário José Sara-mago, em 2001, com o romance“Nenhum Olhar”. Em 2013, foi dis-tinguido em Itália, com o PrémioLibro d’Europa, pelo romance“Livro” de 2010.

Por Carina Branco, Lusa

Márcio Souza (au centre), à la Librairie Portugaise et BrésilienneLusoJornal / Dominique Stoenesco

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21Cultura

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emsíntese

exposition de luísCavaco au leicastore des Galeries lafayette

Depuis début décembre, Luís Cavacoexpose «Motor Emotions» au LeicaStore des Galeries Lafayette, à Paris.En effet, chaque mois, Leica storeHaussman sélectionne un photo-graphe utilisant le mythique appareilphoto pour exposer dans son cornerdes Galeries Lafayette. Les utilisateursLeica sont extrêmement pointus et exi-geants, cette sélection est du coup rareet prestigieuse.Luís Cavaco, originaire de l’Algarve, estle fondateur de L’Autreagence, à Paris,agence créée en 2001 et spécialiséedans le conseil en communication eten marketing. Plusieurs sociétés por-tugaises sont clientes de L’Autreagencecomme par exemple TAP Portugal etla Banque BCP.Luís Cavaco est à l’honneur jusqu’au31 décembre, du lundi au samedi, de9h30 à 20h00 et le jeudi de 9h30 à21h00.

Leica Store HaussmannGaleries LafayetteRez de chaussée Homme40 boulevard Haussmann75009 Paris

Portugal convidado dehonra do “Marchéde noël” de Montbéliard

Portugal é o país convidado de honrada 28ª edição do “Marché de Noël”que decorre atualmente em Montbé-liard. O certame começou no dia 22 denovembro e prolonga-se até 24 de de-zembro.O novo Cônsul Geral de Portugal emStrasbourg, Miguel Rita, esteve pre-sente na inauguração do evento, nacompanhia da Maire da cidade, MarieNoëlle Biguinet.Com cerca de 160 expositores, este éum dos maiores “Marchés de Noël” daregião. Portugal está representado com15 expositores que propõem Caldei-rada de Peixe, Bacalhau, Febras deporco, Chouriças, mas também vinhosdo Douro, do Alentejo, do Dão e doMinho. O artesanato também está re-presentado, com azulejos, cortiça,galos de Barcelos e bordados.

livro de Manuel sousa fonseca foi apresentadono Consulado de Portugal em ParisFoi apresentado na quinta-feira da se-mana passada, no Salão Eça de Quei-rós do Consulado Geral de Portugalem Paris, o livro “Parcours / Per-curso”, de Manuel Sousa Fonseca(Chiado Editora). O livro foi apresen-tado pelo jornalista Carlos Pereira, Di-retor do LusoJornal e por MariaFernanda Pinto, Presidente da Gale-ria virtual Portugal Presente.Militante associativo, o autor disse terescolhido Carlos Pereira para lheapresentar o livro em França, porquefoi José Machado quem o apresentourecentemente em Fafe. “Os dois es-tiveram bem implicados na vida as-sociativa, um na CCPF e o outro naFAPF”. Aliás Manuel Sousa Fonsecafoi dirigente associativo em Houillese integrou também a Direção daFAPF.Tal como o título do livro deixa prever,o autor conta em “Parcours”, o per-curso desde a sua Fafe natal, ondenasceu em outubro de 1951, até àsua aposentação em 2009.Manuel Sousa Fonseca fugiu de Por-tugal com o vizinho Domingos paranão ir para a Guerra Colonial. Contacomo atravessou a Espanha nos anos

70, com apenas 19 anos de idade ecomo se instalou em Chamaillères,nos arredores de Clermont-Ferrand,onde viveu durante dois anos.Naquela altura era fácil encontrar tra-balho. Em poucas semanas estavainstalado com um emprego numa fá-brica, como “preparador de enco-

mendas”. Mas Manuel Sousa Fon-seca queria melhor e dois anos depoisinscreveu-se numa formação profis-sional. “Precipitadamente escolhi ca-nalizador” confessa. Mas quandoacabou o curso, acabou por concorrera um posto na Direção de recursoshumanos de uma multinacional fran-

cesa, nos arredores de Paris, paraonde se mudou.“É importante que os Portugueses deFrança escrevam as suas memórias,os testemunhos da vinda para França,para que a história da emigração por-tuguesa fique escrita, não se apaguecom o tempo” disse Carlos Pereira.Na segunda parte do livro o autorconta o fim da sua carreira profissio-nal quando foi “posto na prateleira”.Ainda se ocupou da Associação cul-tural e depois da Associação despor-tiva da empresa onde trabalhava, masa pressão do “não servir para nada”levou-o a pedir uma reforma anteci-pada, que agora passa entre a França,Portugal e o Brasil, “para onde olevou os ventos do amor”.Maria Fernanda Pinto evocou a formametafórica como o autor escreve e asua implicação na Comunidade por-tuguesa de França.Este foi o 8° livro de Manuel SousaFonseca que também escreveu poe-mas que foram musicalizados noálbum “Atlântico Blues” de Dan In-guer dos Santos. Por isso o cantor in-terpretou dois temas no final dasessão.

“Parcours / Percurso”

exposition d’Ângela da luz à labarthe-sur-lèzeL’artiste géométrique Ângela da Luz,née à Funchal, expose actuellementau Centre Culturelle Francois Mitter-rand, à Labarthe-sur-lèze.L’inauguration de l’exposition, intitu-lée «Vanessa», a eu lieu le vendredi28 novembre, à 19h00. L’expositionremarquable en elle-même, reflète laconvivialité, l’organisation et la déter-mination de la plasticienne à fairebouger les choses. L’artiste essayed’enlever l’image du milieu de l’art.Ce côté élitiste et inaccessible.Ângela da Luz, elle même et son art,ne passent pas inaperçus. De surcroît,l’artiste met a profit sa notoriété et sonénergie pour mettre en route pour2015 une exposition personnelletoute particulière, dont elle rêve de-puis plusieurs années. «C’est au-delàd’un rêve! C’est un besoin viscéral!»dit Ângela da Luz au LusoJornal.

«De la géométrie nait le sens mêmede l’élégance. De la géométrie nait lapuissance de la couleur. De la géomé-trie nait la perspective. De la géomé-trie nait le volume». Ângela da Luz faitnaitre de la géométrie Beauté et Emo-tion. Artiste de talent, avec une cha-leur qui rappelle son île dansl’Atlantique, Madère...Lors du vernissage, plusieurs person-nalités sont passées pour féliciter l’ar-tiste, notamment le Premier MaireAdjoint Serge Paris, les Adjoints auMaire MM. Carlier (en charge du dé-veloppement économique) et Marti-nez (en charge de la culture), ainsique la responsable de l’animation cul-turelle, le Vice Consul du Portugal àToulouse, Paulo Santos, Tânia Fer-nandes du Consulat du Portugal etVítor Oliveira, représentant local de laBanque BPI.

le 17 décembre 2014

Par Clara Teixeira

Mel ramos expõe atualmente em Paris

O Centre Georges Pompidou emParis adquiriu recentemente umaobra do artista lusodescendente,Mel Ramos, “The pause that refres-hes” - a pausa refrescante - para asua coleção permanente.Quando se fala em pop art, algunsnomes são referências obrigatórias,como Andy Warhol, Roy Litchtens-tein, Peter Max e Keith Haring. MasMel Ramos é outro artista impor-tante desse estilo. O artista nasceuna Califórnia em 1935 e ficou co-

nhecido pelas suas pinturas suges-tivas, combinando mulheres nuascom objetos e produtos comerciais.Em 1967, por exemplo, uma desuas mostras numa pequena galerianos Estados Unidos sofreu interfe-rência da polícia, que invadiu olocal e cobriu tudo com panos para“proteger os inocentes”.Em declarações à imprensa, MelRamos diz que “não querer provo-car nada, apenas fazer pinturas bo-nitas”.O artista acredita também ser maisapreciado na Europa do que nos Es-

tados Unidos porque lidam melhorcom a questão do nu.Curiosamente, Mel diz que a partemais importante do corpo das mo-delos no seu trabalho é o rosto. Ale-gando ser o principal da suapintura.Hoje dedica-se aos trabalhos porencomenda e grande parte de suaobra pertence a colecionadores par-ticulares ou ainda aos maiores mu-seus norte-americanos.Mel Ramos também expõe até ao17 de janeiro na galeria Patrice Tri-gano em Paris 6.

Centro Pompidou comprou obra do artista lusodescendente

Por Clara Teixeira

Apresentação na Sala Eça de QueirósLusoJornal / Mário Cantarinha

Ângela da Luz et quelques personnalités invités au vernissageDR

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22 Media

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Comédie musicale «P’ró diabo KusCarregue» couronnée desuccès

Le samedi 6 décembre dernier, l’As-sociation Culturelle Portugaise deNeuilly-sur-Seine (92) a organisé unspectacle avec la comédie musicale«P’ró Diabo Kus Carregue!» avec lesoutien de la Banque BCP, au Théâ-tre Municipal de la ville.La troupe, composée de 7 artistesarrivés du Portugal, a joué cetterevue comique pour la première foisen France. Vítor Emanuel, NatalinaJosé, Paulo Oliveira, Ana PaulaMota, Filipa Giovanni et Anita Guer-reiro ont fait rire aux éclats les 600spectateurs pendant 2h30, en s’ins-pirant de la vie quotidienne portu-gaise et de ses critiques sociales. LeFado interprété merveilleusementpar Anita Guerreiro a remporté unfranc succès.A cette occasion, Jean-ChristopheFromantin, Député-Maire deNeuilly-sur-Seine, a chaleureuse-ment félicité l’Association et latroupe de comédiens pour cettebelle initiative culturelle dynamique.La Banque BCP a invité 80 de leursclients au théâtre. «Cet événementculturel inédit représente une occa-sion supplémentaire pour laBanque BCP de promouvoir et sou-tenir la langue et la culture luso-phone en France».

Concert de noël

Un Concert de Noël a été organisésamedi dernier, le 13 décembre, à20h30, à l’Église S. François deSales, à Saint Maur-des-Fossés(94), avec le pianiste Amadeu d’Oli-veira (piano/orgue allen) et la so-prano Jacinta Almeida.

rencontre avecrodrigo Garcial

L’association Casa Amadis a orga-nisé une rencontre avec RodrigoGarcia et des artistes participant aucycle Portugal / Espagne que HTHCDN de Montpellier présente dèsmardi de cette semaine.La rencontre avec Rodrigo Garcia aeu lieu au Théâtre de Grammont.

emsíntese

Cristina alves: Presidente da rádio arc-en-Ciel

Cristina Alves é a nova Presidente darádio Arc-en-Ciel, a estação franco-portuguesa de Orléans. Há três anosque integrava o Conselho de Adminis-tração e desta vez decidiu avançarcom uma candidatura à presidência,depois da saída voluntária de JérômeCampos, que passou a Vice-Presi-dente da rádio.A Assembleia Geral ordinária da rádioteve lugar no domingo, dia 7 de de-zembro. Três membros terminavam omandato no Conselho de Administra-ção: Manuel Pereira, António de Frei-tas e Leonel Francisco. ManuelPereira e António de Freitas saírampor razões familiares, mas LeonelFrancisco voltou a ser eleito. Os ani-madores Sébastien Abram e Jean-Pierre Aufort entraram na equipa deAdministração.Na segunda-feira, dia 8 de dezembroteve lugar a primeira reunião do Con-selho de Administração. Depois de 6anos à frente da rádio Arc-en-Ciel, Jé-rôme Campos manifestou vontade emdeixar a Presidência. Cristina Alves eJean-Pierre Martins concorreram paraa presidência, tendo sido eleita Cris-tina Alves, com 8 votos dos 9 mem-bros do Conselho de Administração.Com 43 anos de idade, natural de S.Paio de Anta, Esposende, CristinaAlves vai presidir a Arc-en-Ciel du-rante o próximo ano e diz que gostavade duplicar o número de associadosda rádio. “Gostaria de duplicar o nú-mero de sócios. Atualmente temosapenas 160” disse ao LusoJornal. “É

importante porque estamos num mo-mento de crise, não é fácil encontrarmembros, mas são apenas 20 eurospor ano. É pouco para cada um, masé importante para nós e quantos maisformos, mais importância terá a nossaassociação. Seremos mais fortes”.2015 é um ano importante para aArc-en-Ciel porque vai comemorar 30anos de existência. A rádio foi criadaem 1985 pelo então Vice-Cônsul dePortugal em Orléans, Antero Aires, epor um grupo de 30 Portugueses queadiantaram, cada um, a soma de2.000 francos para inicio do projeto.Cristina Alves não prevê fazer muitasalterações à grelha de programação darádio. “O Jérôme fez um bom per-curso, quero continuar com a mesmatendência, sensibilizando um poucomais os jovens para que possam darmais interesse à rádio”.

Durante a semana, o dia começa comprogramas em português, seguindo-seum espaço em duplex com a RDP in-ternacional. Durante a tarde há pro-gramas em língua francesa e oportuguês volta às antenas ao fim datarde. Os serões são, em geral, dedi-cados aos jovens. Durante o fim de se-mana a programação é portuguesadurante a manhã e no fim da tarde.“Temos cerca de 50% dos nossos pro-gramas em língua portuguesa” explicaCristina Alves.40 animadores, todos voluntários ani-mam programas em português, fran-cês, mas também em espanhol,italiano, turco... A nova Presidente dizque quer “dar o melhor de mimmesmo” para que a rádio continue ater “uma visão portuguesa”. “Tentosempre falar o máximo em portuguêspara não esquecer o que é de Portu-

gal” e garante que quer “trazer umaparte feminina à rádio”. Mas vai con-tinuar a ser uma rádio multicultural.“Temos bons relacionamentos institu-cionais quer com as autoridades por-tuguesas, o Cônsul Honorário José dePaiva, o Conselheiro das Comunida-des Carlos dos Reis, o Deputado Car-los Gonçalves, mas também com asautarquias francesas, nomeadamentecom a Mairie de Fleury-les-Aubrais”garante Cristina Alves. “A Mairie deFleury-les-Aubrais empresta-nos todosos anos o parque para a organizaçãoda nossa Festa de S. João, momentoforte da nossa programação anual”.Cristina Alves trabalha num laborató-rio farmacêutico. Chegou à rádio em2009 para animar o programa “Por-tugal no Coração”. “Até agora ocu-pava-me apenas do meu programa,mesmo se já estava no Conselho deAdministração. Mas agora tenho deme implicar muito mais. E quandome implico nas coisas, é para que ascoisas sejam bem feitas” garante aoLusoJornal. Relembra que se trata deum trabalho voluntário, para bem daassociação e da Comunidade portu-guesa na região de Orléans.

Eleita na semana passada, em Orléans

Por Carlos Pereira

em fismes: Programa Bom dia Portugal vai comemorar 12 anos de existência

O programa “Bom Dia Portugal” darádio Graffiti’s em Fismes (51) anun-ciou esta semana os artistas que vãoparticipar no espetáculo comemora-tivo do 12° aniversário do programa.A festa terá lugar no dia 21 de marçoe vai ter no palco a artista Flor, DanielCarlini, Hugo Manuel, o jovem Rap-hael Amorim, tocador de concertinano Departamento 78, e o baile seráanimado pelo agrupamento musicalNova Onda, da Suíça.Há dois anos que o programa franco-português arreou bagagens na rádioGraffiti’s. Antes passou pela Rádio So-leil Media, pela Rádio Primitive e pelaRádio Phare. Animado semanal-mente, aos sábados no início da tarde,por Maria, aliás Fátima Sampaio, oprograma mistura música portuguesavariada com informação à Comuni-dade e convidados. Ainda recente-mente passou pelo programa oDeputado Carlos Gonçalves. Anterior-mente tinha passado o Cônsul Geralde Portugal em Paris, Pedro Lourtie,mas Fátima Sampaio também con-vida artistas, como foi o caso mais re-centemente de Shina, Céline, Calemaou Mike da Gaita. Os convidados sen-tem-se em casa. “Temos uma mesacom café, bolos e boa disposição,

mais do que uma entrevista, quere-mos que se sintam bem connosco”diz Fátima Sampaio ao LusoJornal.“Não entrevistamos ninguém pelo te-lefone”. A responsável pelo programanão se queixa do facto de Fismes ficara 130 km de Paris, entre Reims eSoissons. “A nossa excentricidade nãoé fator para os artistas não virem aoprograma”.Recentemente o programa passou de2 para 3 horas. “Foi a pedido dos ou-vintes” esclarece Fátima Sampaio. “ADireção da rádio falou connosco e nós

aceitámos”. Agora, o “Bom Dia Por-tugal” começa às 14h00 e termina às17h00. “Como já vinha à rádio porduas horas, também venho por três”confessa Fátima Sampaio que moraem Soissons.Quando não tem convidados, passamais música e dá mais notícias. O Lu-soJornal é uma “importante fonte denotícias”, diz a sorrir, mas acrescentatambém os jornais diários portugue-ses, o site Portugal Vivo e os eventosdas várias associações portuguesas daregião. Fátima Sampaio comunica in-

formações consulares, anuncia asdatas das Permanências consularesna região e lê as mensagens dos ou-vintes. “Não fazemos Discos Pedidos,porque já sei que seriam sempre osmesmos ouvintes a pedirem sempreos mesmos artistas. Prefiro variar e dara conhecer novas sonoridades” diz aoLusoJornal. Também oferece bilhetespara espetáculos durante o programa.Quem não estiver na zona de cober-tura da rádio, em 98,4 MHz na fre-quência modulada, pode ouvir viainternet no site “Bom Dia Portugal”.Mais do que um programa, o “BomDia Portugal” é um autêntico pontode encontro. Por exemplo, foi no pro-grama que nasceu a ideia de criaraulas de português na cidade de Fis-mes, numa iniciativa de Isabel Amaroque leciona desde o verão passado.O programa é bilingue, em portuguêse em francês, e na semana passada aconvidada foi a cantora Céline. “A Cé-line é a princesa do programa. Gostomuito do trabalho dela e ela disse-nosque fomos uma das primeiras rádiosa passar a música dela” diz FátimaSampaio com orgulho. Depois, voltoua colocar os auscultadores, mergulhouo olhar no écran do computador quecomanda o programa e anunciou otema musical seguinte. Com um sor-riso, claro. Como sempre.

Por Carlos Pereira

le 17 décembre 2014

Conselho de administraçãoCristina Alves (Presidente)Jérôme Campos (Vice-Presidente)Fernanda Mangelle (Tesoureira)Manuel Carvalho (Vice-Tesoureiro)Hassan Abhari (Secretário)Jean-Pierre Auffort (Vice-Secretário)Adjuntos da Presidente: Jean-PierreMartins e Sébastien Abram

Cristina Alves durante uma animação no exteriorDR

Maria, animadora do “Bom Dia Portugal”LusoJornal / Carlos Pereira

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23associações

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igreja protestanteportuguesa apresenta Musical de natal

Para celebrar este Natal de umaforma “muito especial”, a igrejaprotestante ADD Paris vai apresen-tar o musical “Ana e os Sete” quefará as delícias de pequenos egraúdos! O espetáculo vai ter lugarno próximo domingo, dia 21 dedezembro, às 17h00, na sede daADD, 26-28 rue Arago, em SaintOuen (93).“A história vai-nos dar a conheceros Sequeira, uma família de emi-grantes portugueses a viver emFrança há muitos anos. Ana,recém-chegada a este país, vai serselecionada para ocupar o lugarda precetora das 7 crianças destelar, que cresceram com uma edu-cação rígida e fria, as quais estãoproibidas de celebrar o Natal. Seráque a Ana conseguirá quebrar ogelo e trazer o calor da verdadeiramensagem do Natal aos Se-queira?” é desta forma que a ADDapresenta o espetáculo, numanota de imprensa.O musical “Ana e os Sete” está aser organizado há muito tempopela ADD Paris. Criação do argu-mento, ensaio dos atores, constru-ção do cenário, enfim, tudo o queé necessário para fazer de um mu-sical um verdadeiro espetáculotem sido preparado por dezenasde voluntários que se têm envol-vido neste projeto “com o desejode celebrar a verdadeira razão doNatal: o nascimento de Jesus”.A igreja protestante ADD Paris -Assembleia de Deus Luso-Fran-cesa de Paris - surgiu no ano de1966 com objetivo de “divulgaruma mensagem cristã de espe-rança à Comunidade emigranteportuguesa na região parisiense.Atualmente continuamos com amesma visão procurando tambémalcançar as Comunidades brasi-leira e africana de língua portu-guesa”. A igreja está sediada emSaint Ouen e presentes noutras ci-dades, como Roubaix, Clermont-Ferrand e Lyon.

almoço da academia do Bacalhau recolheufundos para instituição de apoio à criança

O almoço de Natal da Academia doBacalhau de Paris teve lugar no do-mingo passado, dia 14 de dezembro,na Sala Vasco de Gama, em Valenton,com cerca de 200 convidados. Emfase com o “espírito natalício de parti-lha, convívio e solidariedade”, o con-vidado de honra foi o Diretor doRefugio Aboim Ascensão, em Faro,Luís Villas-Boas, igualmente fundadordo projeto “Emergência Infantil”.O almoço foi acompanhado com mú-sica ambiente pelo grupo musical TrioLatino, que depois também animouum bailarico com aqueles que insisti-ram em dar um “pezinho de dança” jáno final da tarde.O “Compadre” Luís Rocha fez as hon-ras da casa e apresentou o balanço dasatividades do ano. “Em 2014 levamosa cabo 12 eventos” lembrou ao Luso-Jornal, enquanto destacava “a ajudaao forcado Nuno Mata que ficou tetra-plégico, a ajuda ao Orfanato de S.José, em Chaves, que acolhe meninasórfãs até aos 18 anos, e o evento deVilamoura, realizado este ano, paraajudar o Refugio Aboim Ascensão”.Esta foi a primeira vez que aquelaFundação quase centenária (foi fun-dada em 1933) recebeu um donativode Portugueses radicados no estran-geiro. “Este almoço foi um autênticosucesso, ultrapassou as nossas melho-res expectativas” confirmou ao Luso-Jornal o Presidente da Academia doBacalhau de Paris, Carlos Ferreira.Durante a tarde foram recolhidos7.500 euros. “Este ano, o Natal dasnossas crianças vai ser um pouco me-lhor” disse por seu lado o Diretor doRefugio, Luís Villas-Boas. “Este é umgrupo extraordinário de pessoas quetem uma forma de ver o mundo quenão é igual a todos. Vou daqui muitocontente com as pessoas que co-nheci” Na sua intervenção, Luís Villas-Boasfoi além das explicações “técnicas”que tinha preparado e deixou falar a

emoção. O Refugio pode acolher 95crianças entre os três dias de idade eos 6 anos. “Atualmente temos 83crianças no Refugio” disse ao LusoJor-nal.“As crianças chegam até nós atravésdas Instituições do Estado, que podemser os Tribunais, a Assistência Social,os Hospitais,... Chegam até nós pelamão do Estado e só saem daqui tam-bém pela mão do Estado” explica LuísVillas-Boas. Durante os 27 anos dofuncionamento atual, a média detempo passado no Refugio ronda os12 meses. “Quando saem daqui,cerca de metade volta para as famílias,sempre que tal for possível e a outrametade são crianças que são adotadase vão para as famílias de adoção. Nósentregamos as crianças a quem as Ins-tituições do Estado decidirem”.Em certos casos, as Instituições con-seguem, efetivamente “recuperar” asfamílias, sobretudo quando se trata derazões relacionadas com a pobreza,com alcoolismo, consumo de dro-gas,... Mas há casos mais graves,como por exemplo de violência sexual,mais difíceis a tratar. O Refugio Aboim

Ascensão tem 24 técnicos (essencial-mente mulheres) licenciados nas maisvariadas áreas, desde educadoras a ju-ristas, passando por psicólogas. “Nóstrabalhamos 24 horas por dia. Somosas mães destas crianças. A qualquermomento podem necessitar de umcolo, de um biberão de leite, temos deestar lá para responder” explicou aoLusoJornal Luís Villas-Boas.Luís Villas-Boas é um veterano nestascausas, é um especialista em matériade apoio à criança em Portugal. Criouum modelo de apoio - a EmergênciaInfantil - que sonha ver aplicado emtodos os distritos do país. “Se Portugaltivesse um sistema destes a funcionarem todo o país, certamente que have-ria menos jovens com 18 anos nas ca-deias” diz ao LusoJornal.A instituição é apoiada pelo Estado,claro, “mas os apoios do Estado ape-nas correspondem a cerca de 50%dos nossos gastos”. Confessa ter de re-correr a instituições privadas... “porexemplo as fábricas de fraldas, nãogastamos um cêntimo com roupas,viaturas, combustíveis,... tudo isto sãoapoios de instituições privadas sem as

quais não podíamos existir”.Luís Villas-Boas ficou muito sensibili-zado com o apoio da Academia do Ba-calhau de Paris. “Porque não aAcademia do Bacalhau de Paris dina-mizar um trabalho desta natureza emFrança?” questiona-se Luís Villas-Boas.Durante a tarde a Academia do Baca-lhau organizou um desfile de trajes tra-dicionais de três regiões do país - oMinho, Ribatejo e Algarve - com a co-laboração dos ranchos folclóricos daCasa dos Arcos de Saint Maur, Lezíriasdo Ribatejo de Vincennes e Flores daMadeira de Ormesson, respetiva-mente.Também houve um momento de fadocom a fadista Lúcia Araújo, acompa-nhada à guitarra por Manuel Mirandae à viola por Pompeu Gomes.No fim do dia havia o sentimento de“dever cumprido”. O Presidente daAcademia do Bacalhau de Paris fe-chou desta forma, com chave de ouro,as atividades de mais um ano destainstituição “ao serviço dos outros” efundamentada no lema “Amizade,Portugalidade e Solidariedade”.

Refugio Aboim Ascensão acolhe crianças no Algarve

Por Carlos Pereira

le 17 décembre 2014

Entrega do cheque de 7.500 euros a Luís Villas-BoasPhoto Lima

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24 associações

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le 17 décembre 2014

foram eleitos os corpos gerentes da fad

Realizaram-se no passado dia 6 dedezembro as eleições para os órgãossociais da Federação das Associaçõesda Diáspora (FAD), concluindo assimo processo de criação e instalação damesma, iniciado no passado mês deagosto, bem como no cumprimentono determinado nos estatutos. PauloCarvalho, Diretor Adjunto do LusoJor-nal na Bélgica e Presidente da Asso-ciação dos Empresários Portuguesesna Bélgica foi eleito Presidente eMário Castilho, Presidente da Asso-ciação Portuguesa Cultural e Socialde Pontault-Combault é o Tesoureiroda primeira Direção da Federação.Carlos Philippe Martins, também daAPCS de Pontault-Combault foi eleitovogal do Conselho Fiscal.“Num universo de 26 associações es-palhadas pelo Mundo, foram recebi-dos 23 votos, aprovando assim porunanimidade a única lista proposta a

sufrágio” diz uma nota da FAD en-viada às redações na semana pas-sada. “Destacamos a elevada parti-cipação neste ato, informando tam-bém que as três associações que nãoprocederam ao envio do seu voto jus-tificaram o facto com questões de

ordem logística e de fuso horário”.A Federação das Associações da Diás-pora foi criada, por escritura pública,no passado dia 5 de agosto, num car-tório em Viseu, cuja sede fica situadana avenida Gulbenkian, nº22, na-quela cidade.

“Este ato eleitoral deu cumprimentoao determinado nos estatutos e von-tade dos seus fundadores, de acordonuma reunião de dirigentes associati-vos da diáspora ocorrida em marçodeste ano, em Oeiras, onde foi deci-dida por unanimidade a criação destaFederação” diz a nota da FAD.Os grandes objetivos da FAD passampor “permitir que todas as associa-ções da Diáspora possam utilizar umaplataforma digital comum, a criar,para dar a conhecer as suas ativida-des, bem como um ponto de troca deexperiências a nível global. Por outrolado, pretende-se que a plataformapossa permitir a partilha de informa-ção entre os associados, mas tambéma divulgação de assuntos relacionadoscom a Comunidade portuguesa espa-lhada pelo mundo” diz o comunicado.Segundo José Ernesto Silva, que pre-sidiu a Comissão Instaladora, os ór-gãos sociais eleitos irão reunirbrevemente “com o objetivo de traçar

estratégias para alcançar as metasacima adiantadas”. A Comissão ins-taladora tinha sido eleita no ato deconstituição da FAD e tinha como ob-jetivo constituir a Federação e elegeros primeiros corpos gerentes. “EstaComissão instaladora termina funçõesquando os órgãos que foram eleitostomarem posse”.José Ernesto Silva, da Confraria Sa-beres e Sabores da Beira - GrãoVasco, é o novo Presidente da Mesada Assembleia Geral, e na lista doscorpos gerentes, para além de PauloCarvalho, Mário Castilho e Carlos Phi-lippe Martins, estão ainda ManuelBettencourt, Raquel Martins Rosa eJennifer Costa Gomes (EUA), NelsonCampos (Alemanha), Kelli SimoneSilva e Flávio Alves Martins (Brasil),David Borges (Andorra), Maria Eugé-nia Cintra Ferreira (Suíça), Otília Tor-res (Argentina), Francisco Salvador(Canadá) e Analiza Gomes Lousada(África do Sul).

Eleitos Mário Castilho e Carlos Philippe Martins de França

Por Carlos Pereira

nova direção na associação de decines

No sábado dia 22 de novembro, a As-sociação Desportiva e Cultural Portu-guesa de Decines reuniu emAssembleia Geral, nas suas instala-ções, todos os sócios para as eleiçõesda nova Direção. Duas listas disputa-ram as eleições, dirigidas por Fer-nando Ribeiro (Lista A) e ManuelMoreira (Lista B). Após o escrutíniodos votos, houve empate entre as duaslistas concorrentes, tendo sido agen-dada uma nova eleição para uma se-mana depois, dia 29 de novembro.Nesse dia não chegou a haver votospois a Lista B desistiu, mas ManuelMoreira acabou por integrar a Lista A.A nova Direção acabou por ser consti-tuída por: Fernando Ribeiro (Presi-dente), Johnny Ferreira (VicePresidente), Roger Deschamps (Secre-

tário), Manuel Mota (Tesoureiro) e Ma-nuel Moreira (Vice Tesoureiro).

“Hoje quisemos tornar público a mu-dança de Direção da nossa associação,

mas também muitos dos nossos pro-jetos de atividades e descobertas parao futuro” explicou ao LusoJornal o VicePresidente Johnny Ferreira.O convívio da tarde serviu para trocade impressões entre todos “e tambémpara recolhermos novas ideias deações” disse o Vice-Presidente. “Tam-bém serve para recolher algumas crí-ticas de ações que devemos evitar”.Não faltou o Porco assado no espeto,Frango assado e no final Caldo Verde.Esteve presente o Presidente da Fede-ração das Associações Portuguesas doRhône Alpes (FAPRA), Manuel CardiaLima. “Tínhamos convidado o MaireAdjoint e a Cônsul Geral de Portugal,mas não puderam vir por compromis-sos já anteriormente assumidos. Masrenovaremos os convites numa pró-xima oportunidade” disse Johnny Fer-reira que também agradeceu a

presença de todos, nomeadamentedos patrocinadores da associação efornecedores, como por exemplo aempresa Mundexport.A Associação de Decines, como é maisfrequentemente conhecida, foi fun-dada em 1994 e conta mais de umacentena de sócios. Organiza tambéma Festa anual do S. João, na região deLyon, que reúne centenas de partici-pantes. Tem sede própria onde fun-ciona um bar, e uma sala polivalenteonde serve jantares e onde decorremos espetáculos. Um grupo de dança,favorecer encontros de famílias, con-fraternizações e atividades culturais,fazem parte do projetos futuros da co-letividade.

Associação Portuguesa de Decines10 rue Paul Marc Barbazin69150 Decines-Charpieu

Por Jorge Campos

associação Portuguesa organizou sessão de fado em GarchesNo passado domingo, a AssociaçãoPortuguesa Cultural e Social de Gar-ches (92) realizou um almoço acom-panhado de fado, que reuniu cerca de80 pessoas numa sala paroquial da-quela cidade da região parisiense.Os fadistas Diane Santos e João Ru-fino, acompanhados por Manuel Cor-gas na guitarra portuguesa e porFlaviano Ramos na viola de fado, ani-maram a sessão de fados que se se-guiu a uma refeição tipicamenteportuguesa, a qual incluiu uma exce-lente e copiosa Feijoada à transmon-tana.Já na parte final do repasto e antece-dendo a atuação dos artistas convida-dos, interveio Raul Lopes, oPresidente da Associação anfitriã,que dirigiu uma saudação aos presen-tes e apresentou uma breve e sinté-tica resenha histórica do Fado aolongo dos séculos. Destacou a sua ori-

gem obscura mas incontestavel-mente popular; a sua “ascensão”aos salões da aristocracia, mas tam-bém o seu caráter contestatário e deintervenção ligado ao movimentooperário e popular de feição anar-quista dos finais do século XIX e iní-cios do século XX. Mencionou

igualmente os condicionalismos emutações do fado decorrentes daimplantação da ditadura fascista esalientaria o importante papel dagrande Amália Rodrigues na divulga-ção de poetas maiores da língua por-tuguesa como Camões, José Régioou David Mourão-Ferreira, entre ou-

tros.O dirigente associativo recordouainda o período revolucionário pós-25 de Abril e a conotação negativaentão atribuída ao Fado associado àditadura derrubada; a relevante açãode Carlos do Carmo na reabilitação,renovação e recriação do fado; o sur-

gimento de uma nova geração de in-térpretes de elevada qualidade artís-tica e a mais recente consagraçãopela Unesco do Fado como Patrimó-nio Oral e Imaterial da Humanidade.Depois, durante mais de duas horase quase religiosamente escutados, ajovem lusodescendente de Meudon eo veterano oriundo do Baixo Alentejo,primorosamentemente acompanha-dos pelos músicos já mencionados,cantaram e encantaram um públicoatento e visivelmente satisfeito.Igualmente muito satisfeito se afirmouo Presidente da coletividade organi-zadora, que declarou ao LusoJornalter sido esta iniciativa “um completosucesso”, destacando “a ação da re-novada e dinâmica atual equipa di-retiva e restantes voluntários”, e avontade de realizar mais frequente-mente manifestações de conteúdosemelhante.

Aspeto geral do almoço com sala cheiaDR

Paulo Carvalho, PrésidenteDR

Mário Castilho, TesoureiroLusoJornal / Mário Cantarinha

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25associações

lusojornal.com

delfim rios et Horácio ferreira: distributeurs de Bonheur

Nous sommes à une semaine de Noël,moment de rencontres, de retrouvailleset de fête pour les uns, mais momentaussi ou la solitude et les difficultés devie sont plus difficiles à traverser et àjustifier.LusoJornal a voulu en cette périodemettre en lumière deux personnes quidonnent de leur temps à la pratique dela solidarité, ils distribuent tant quepossible du Bonheur. Il s’agit de DelfimRios et Horácio Ferreira.L’un comme l’autre n’ont pas demandéà être mis en honneur par notre article.L’idée est venue de Luís Gonçalves, col-laborateur de LusoJornal, qui est lui-même bénévole dans la Société SaintVincent de Paul. A travers eux, c’est unhommage à tous les bénévoles qui es-sayent d’apporter de l’aide et de la joie,là où le désespoir est vécu au quotidien.La Société Saint Vincent de Paulcompte dans le monde 800.000 béné-voles et est présente dans 148 pays.Son rôle est d’apporter de l’aide auxpersonnes qui n’ont plus de famille oude repères, aux mères isolées, aux en-fants devant leurs études, aux chô-meurs, aux jeunes blessés de la vievenant de familles éclatées, aux margi-naux, aux étrangers mal reconnus, auxSDF et autres oubliés de notre sociétéde consommation.Delfim Rios est originaire de Lanheseset Horácio Ferreira, de Miuzela. Le pre-mier a 70 ans et a adhéré à l’associa-tion en 2004 et le second 71 ans et arejoint cette organisation en 2006. Ilsfont partie tous les deux de la SociétéSaint Vincent de Paul de Roubaix. Ho-rácio Ferreira a par ailleurs été membrefondateur du Centre Culturel Miuze-lense de Roubaix.Leur tâche est pratiquée dans la sim-

plicité, en allant chercher les denrées àdistribuer à la Banque Alimentaire, pré-parer les colis et les distribuer à 14 fa-milles. Cela leur arrive de livrerégalement des meubles et d’apporterdes vêtements. En dehors d’urgences,

ils s’occupent de cette tache deux jourspar semaine pour un total de 5 heureshebdomadaires.

LusoJornal: Pourquoi avez-vous adhéréà cette association?

Delfim Rios: J’ai adhéré à l’associationpour continuer en activité en aidant lesnécessiteux, c’est une façon de joindrel’utile à l’agréable.Horácio Ferreira: Quand je suis arrivéen France en 1975, j’ai reçu des mem-bres de la Société Saint Vincent dePaul un accueil et un appui qui m’abeaucoup aidé dans mon intégration enFrance, à trouver du travail, à apprendrela langue, en minorant ainsi les difficul-tés du nouvel arrivant. Tout cela estresté profondément ancré dans monesprit et au vu de ma foi chrétienne, j’aivoulu partager ce que j’ai reçu.

LusoJornal: Avez-vous un retour parrapport à votre travail de bénévolat?Horácio Ferreira: D’une façon généralenotre travail est reconnu par les familleset en particulier par les enfants qui sontconscients des difficultés de leurs pa-rents. Nous avons comme récompenseet souvenir, le sourire des enfants.

LusoJornal: Quelles sont vos principalesdifficultés?Delfim Rios: Le problème majeur avecce qu’on distribue, c’est avec les vê-tements.Horácio Ferreira: Nous sommes sou-vent désemparés devant le problèmedu chômage et les problèmes admi-nistratifs, ainsi que devant des diffi-cultés économiques. Souvent lesaliments fournis par la Banque Ali-mentaire sont insuffisants et inappro-priés tout spécialement pour lesbébés.

LusoJornal: A qui distribuez-vous lescolis?Horácio Ferreira:Nous distribuons lescolis à des familles qui nous sont si-gnalées par des Assistantes Socialesou membres d’églises. Nous ne fai-

sons pas distinction de nationalité, nide religion.

LusoJornal: Quelles autres activitésdéveloppe la Société?Delfim Rios: On vient d’organisercette semaine, par exemple, une Fêtede Noël avec un spectacle, des goû-ters ont également lieu, distributionde jouets, nous envoyons des famillesen vacances d’hiver et d’été.

LusoJornal: Vous avez en charge despersonnes d’origine portugaise?Horácio Ferreira: Pour l’instant nousn’avons pas en charge de familles por-tugaises. Nous avons dans le passé duaider temporairement deux familles.

LusoJornal: Un souvenir, une bellerencontre?Delfim Rios: Au delà des familles, ilnous arrive de parfois faire des bellesrencontres avec les bénévoles mêmes.Personnellement, j’ai commencé àaller chez les gens accompagné parune dame de 90 ans. C’est un bonexemple et la preuve qu’on peut don-ner et aider à tout âge, pourvu que lasanté nous aide.

Le 10 décembre, à Roubaix, lors dela Fête de Noël, 183 familles étaientprésentes dont, 441 enfants.Saint Vincent de Paul est né au villagede Pouy, près de Dax, en 1581 ou1576 et mort le 27 septembre 1660.Il fut une figure marquante du renou-veau spirituel et apostolique du XVIIsiècle et fondateur de la Congrégationqui œuvra tout au long de sa vie poursoulager la misère matérielle et mo-rale de l’homme.Nous terminerons par une citation deSaint Vincent de Paul: «l’amour estinventif jusqu’à l’infini».

La solidarité au quotidien: Société Saint Vincent de Paul

Por António Marrucho

louis-Philippe Branco: Un lusodescendant dans leclip contre les violences faites aux femmesLa Fédération Nationale SolidaritéFemmes est un réseau regroupantdepuis plus de 25 ans, les associa-tions féministes engagées dans lalutte contre toutes les violencesfaites aux femmes, notammentcelles qui s’exercent au sein du cou-ple et de la famille.Lors du dernier spot pour la Fédéra-tion la présence d’un enfant lusodes-cendant parmi les participants nousrappelle que la violence dans les fa-milles n’a pas de frontières etn’épargne pas les enfants.Louis-Philippe Branco, née enFrance de parents portugais, a 10ans et est mannequin/acteur pourl’agence Frimousse, spécialisée dansle mannequinant d’enfants et de ju-niors.Le tournage pour cette campagneest un des plusieurs tournages etshootings qu’il a fait pour Frimousse,mais c’est peut être celui qui l’a plustouché par son message et contenu.Si pour lui et pour ses petits col-

lègues de tournage ceci est presqueun jeu, pour beaucoup d’enfantsdans le monde, pris dans l’engre-

nage de la violence familiale c’estune triste réalité qui coute souventla vie aux femmes et aux enfants. Un

message vital à prendre en compte.Le spot est disponible sur le site dela Fédération Nationale Solidarité

Femmes depuis le 25 novembre, laJournée Internationale pour l’élimi-nation de la violence à l’égard desfemmes.Ceci n’arrive qu’aux autres et onconnait tous quelqu’un victime de cegenre de situation. Le manque demoyens pour aider, le manque decourage, de demander de l’aide, lahonte et la peur laissent souventplace à un dénouement dramatique.Aujourd’hui Louis-Philippe Brancoest acteur pour un spot d’une cam-pagne, aujourd’hui beaucoup d’en-fants ne sont pas acteurs maisspectateurs de la violence au sein dela famille.En cette époque de l’année degrandes réflexions, ayez le geste so-lidaire envers cette et d’autres asso-ciations qui sont là pour avertir, aideret combien de fois sauver.Plus d’informations sur la campagneet la Fédération sur:

www.solidaritefemmes.org

Delfim Rios et Horário FerreiraLusoJornal / Luís Gonçalves

Louis-Philippe Branco, comédien et lecteur de LusoJornalDR

le 17 décembre 2014

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26 associações

lusojornal.com

festa Portuguesa em neuville-sur-soane

A Associação Cultural e Desportivados Portugueses (ACSP) de Neu-ville-sur-Soane (69) organizou nodia 6 de dezembro a “Grande FestaPortuguesa” no Espace Jean Vilarem Neuville, animada pelo músicoLeonel Figueiredo e tendo como ca-beça de cartaz os irmãos Nemanus,que vieram diretamente de Portugalpara atuar nesta festa.O evento iniciou às 21h00 e prolon-gou-se até às 3h00 da madrugada,com muita música e animação aacompanhar. A adesão da Comuni-dade portuguesa local foi elevada,registando-se casa cheia.A ACSP de Neuville-sur-Soane, éuma associação portuguesa, decariz cultural e folclórico, criada em1981 e presidida por António Cae-tano.Para além de um Rancho folclórico,a Associção tem vindo a desenvol-ver uma Escola de dança, reali-zando ao longo do ano diversoseventos, que permitem manter vivosos costumes e tradições portugue-sas na região de Lyon.Com sede no 3 avenue Wissel,69250 Neuville-sur-Saone, a asso-ciação está aberta todos os fins desemana, a partir das 17h00 desexta feira até às 20h00 de do-mingo.

Ciclo de Pianoassinala i Guerra

O Ciclo Internacional de Piano, quedecorre no Teatro Académico Gil Vi-cente (TAGV), Coimbra, a 13 e 14de dezembro, vai assinalar a IGuerra Mundial apenas com com-posições feitas entre 1914 e 1918,o período do conflito.No evento, que conta com 11 pia-nistas e uma violinista, poderão serouvidas obras dos franceses ClaudeDebussy e Maurice Ravel e do russoSergei Rachmaninoff, havendo umdestaque ao compositor portuguêsAntónio Fragoso.

emsíntese

Por Carlos Oliveira

festa de fim de ano em sainte Consorce

No sábado dia 13 de novembro, a As-sociação Cultural Recreativa dos Jo-vens Portugueses de Lyon Oeste(ACRJPLO), organizou o seu jantar deFim de Ano.A sala de festas de Ste Consorce aco-lheu cerca de centena e meia de con-vivas, entre os quais o MaireJean-Marc Thimonier e esposa. Nasua intervenção, o Maire agradeceuaos membros da Associação “toda aparticipação nas atividades da Mairiee também a sua implicação no projetode geminação entre Fornos de Algo-dres e Ste. Consorce”.A animação musical esteve a cargo doDj Samuel, que fez dançar os convivascom os mais variados sons da musi-calidade portuguesa e francesa e ou-tros temas atuais.“Serafim Pacheco, Pedro Emanuel etoda a equipa de Direção mais umavez estão de parabéns com esta orga-

nização. Desde a ementa, hoje pro-posta e todo o ambiente de festa, comas suas decorações na sala, e tambémpara os mais jovens a passagem dohabitual Pai Natal com as suas pren-das” disse ao LusoJornal Maria Gon-

çalves que estava acompanhada pelomarido António. “Gostei muito dereencontrar vários amigos e alguns jánão via há mais de dois anos. Ficarámais uma boa recordação, certa-mente”.

A próxima atividade da coletividadeestá prevista para o sábado dia 28 defevereiro, com o Carnaval. “Haverásurpresas e todo o ambiente de Car-naval vai ser privilegiado, com disfar-ces e outras atividades”, garantiuSerafim Pacheco.O programa das atividades anuais daassociação para 2015 vai ser sensi-velmente idêntico ao de 2014: janta-res, espetáculos, passeio, esqui nosAlpes, e um passeio cultural. “Naépoca estival teremos o nosso Torneiode futebol e o Torneio de Petanquecom barbecue” antes das férias gran-des. Depois das férias, a ACRJPLO or-ganiza mais um Torneio de sueca, oS. Martinho e novamente o jantar deFim de Ano.“Estamos muito contentes com a par-ticipação dos nossos sócios e tambémdos não sócios nas atividades que lhespropomos. É muito motivante” con-cluiu o Presidente da ACRJPLO Sera-fim Pacheco, para o LusoJornal.

Organizada pela associação ACRJPLO

Por Jorge Campos

alegria e emoção marcaram festa de natalem villeneuve-lès-Maguelone

O Natal está a chegar e esta quadrafestiva ficou já marcada pela reu-nião de famílias, amigos e associa-dos do Rancho Tradições do Minhoe da Associação Portuguesa Folcló-rica do Hérault, em Villeneuve-lès-Maguelone.Um momento de convívio e de ale-gria, sem troca de presentes, mascom o tradicional prato de bacalhau,doces desta quadra natalícia, mú-sica ambiente, karaoke, tômbola,atividades para as crianças que pu-deram contar com a presença do PaiNatal, danças e cantares do folcloreportuguês do Alto Minho, atuaçãodas Rugas e decoração própria daépoca, foram algumas iniciativasque tiveram como objetivo incutirnas pessoas o espírito natalício.

A festa teve lugar no sábado pas-sado, dia 13 de dezembro, no Cen-tre Culturel Bérenger de Fredol, comlotação esgotada, contou com a pre-sença de Noel Segura, Maire de Vil-leneuve-lès-Maguelone, que proferiupalavras de agradecimento e objeti-

vou “proporcionar uma maior inte-gração entre as famílias com o es-pecial significado nesta quadrafestiva, repleta de magia que moldaos rostos de pais e filhos e de toda aequipa que trabalhou com muitoempenho para que o resultado final

fosse positivo e brilhante”, comen-tou.“Foi um momento de alegria, de es-perança e de confraternização quefez aumentar a expectativa para acontinuação desta festa e que per-mitiu restabelecer energias com de-liciosos doces de natal”, adiantouPatricia Jacquey, Conselheira muni-cipal.“Foi muito interessante, gosteimuito da festa, do bacalhau e destatradição que permanece viva na Co-munidade portuguesa”, rematouJean-Yves Crepin, outro Conselheiromunicipal que marcou presença nafestividade.“Tratou-se de um momento que ser-viu de pretexto para reunir à volta damesma mesa as pessoas amigas efamílias”, concluiu o Presidente daAssociação folclórica, Filipe Dantas.

Por José Manuel Santos

le 17 décembre 2014

festa de natal em aulnay-sous-BoisNa sexta-feira da semana passada, dia12 de dezembro, teve lugar a tradicio-nal Festa de Natal da Associação cul-tura portuguesa e do Rancho Rosa dosVentos de Aulnay-sous-Bois (93), norestaurante Camelo, naquela cidadeda Seine Saint Denis.Mais de uma centena de pessoas as-sistiram à já habitual festa de Fim deAno, entre os quais estava o Maire deAulnay-sous-Bois, Bruno Beschizza,alguns membros do seu executivo,assim como vários atores económicosde origem portuguesa instalados na ci-dade.Na sua intervenção, Bruno Beschizzareiterou o afeto que tem pela Comuni-dade portuguesa de Aulnay-sous-Bois,reafirmando a vontade de realizaçãode projetos incluindo a Comunidade,inclusivamente a criação da nova sededa associação.

Para Paulo Marques, Presidente daAssociação cultura portuguesa e do

Rancho Rosa dos Ventos, a instalaçãoda coletividade num novo espaço

digno e funcional vai permitir desen-volver novas etapas em prol de ativi-dades implicando as várias geraçõesde Portugueses e descendentes dePortugueses.Um convidado excecional saiu de casaantes do dia: o Pai Natal. Chegou desurpresa e ofereceu às mais de 30crianças presentes, filhos de associa-dos da associação, uma prenda “porterem todos tido um comportamentomuito bom durante o ano”.Esta iniciativa acaba com um ano deatividades, iniciando-se umas curtasférias associativas, já que o próximoencontro está agendado para o dia 9de janeiro, com o início das atividadesde 2015, na Ferme du Vieux Pays, emAulnay-sous-Bois.Por enquanto, o Presidente Paulo Mar-ques desejou “um Feliz Natal e BomAno a todos”.

O Pai Natal alegrou a pequenada em Ste ConsorceLusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / José Manuel Santos

Paulo Marques e Bruno Beschizza com autarcas e empresáriosDR

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28 desporto

lusojornal.com

football féminind1: lyon, Paris,Juvisy... Unrythme infernal!

L’Olympique Lyonnais continue samarche en avant après avoir battuMontpellier sur le score de 5-1. Lasurprise de cette journée? Le butencaissé par Lyon! C’est le 5èmebut encaissé par les lyonnaisescette saison. La première placen’est toutefois toujours pas endanger, avec 52 points et 84 butsmarqués. Le PSG suit à la se-conde place à seulement 3 pointsde Lyon. Les Parisiennes ont dé-roulé le week-end dernier avecune victoire 9-0 sur Metz, le clubdes deux lusodescendantes ElodieMartins et Adeline Janela. Quant àJuvisy, le club de l’Essonne, abattu Albi sur le score de 4-0 et semaintient à la 3ème place à 10points du leader, mais avec unmatch en moins.Pour finir, une note sur les clubsdes joueuses lusodescendantes:Metz, d’Elodie Martins et d’AdelineJanela, continue à la 10ème placeavec 22 points, tandis qu’Issy, deMarie Pinto et de Marina de Al-meida, est avant-dernier, aprèsune défaite 3-2 face à Soyaux avec18 unités. Issy ne partage pas ladernière place car le match d’Ar-ras face à Rodez a été reporté, cequi maintient Arras à la dernièreplace avec 17 unités. Il faut rap-peler que dans le football féminin,une défaite vaut, tout de même,un point.

Coupe de francefootball féminin

La VGA Saint Maur où évoluent 5portugaises - Mélissa Gomes, Ma-riane Amaro, Mélanie Hacard-DeCastro, Cindy Ferreira et Clara Ve-nâncio - a battu Condé-sur-Noi-reau (3-1) lors du premier tour dela Coupe de France. Quant àYzeure, de la gardienne et interna-tionale portugaise Patrícia Morais,la victoire a été facile (3-0) face àVal d’Europe, équipe qui évolue endistrict. Nous noterons égalementles qualifications de Vendenheimde Sarah da Cunha (4-0) face àSeichamps, et de Val d’Orge deMathilde Fernandes et CharlotteFernandes (3-0) face à Saumur.

Mariane amaroopérée

L’internationale portugaise Ma-riane Amaro a été opérée ce lundi.LusoJornal lui souhaite un bon ré-tablissement.

emsíntese

Par Marco Martins

les lusitanos ramènent le nul de Bobigny

Pour son dernier déplacement de l’an-née 2014, les Lusitanos Saint Mauront réussi à ramener un bon match nulde Bobigny, 0-0, sur un terrain trèscompliqué.La 12ème journée de DH voyait s’af-fronter deux équipes habituées aux ex-ploits en Coupe de France. Unesemaine auparavant, pendant que lesLusitanos remportaient une victoireconvaincante face à la formation deCFA, Moulins (3-1 ap), Bobigny réus-sissait l’exploit de sortir Noisy-le-Sec(CFA 2), 1 but à 0 après prolongation,dans un chaud derby du 93. Donc aumoment de recevoir l’un des favoris duChampionnat de DH, les joueurs del’Académie Football de Bobigny sou-haitaient continuer leur bonne série enaccrochant les Lusitaniens. Privé deson buteur, Jony Ramos - suspenduquatre matchs par la FFF cette se-maine ! - Saint Maur savait que ce dé-placement ne serait pas simple. Sur unterrain compliqué et dégradé par les in-tempéries, les deux équipes ont eu lemérite de proposer un beau spectacledevant de nombreux supporters venusremplir la tribune du Stade AugusteDelaune. Dès les premières minutes,les joueurs tentent de prendre leursmarques et la première occasion surgitde la tête de Sitou Ayi qui ne peut ca-drer un bon centre de Gilberto Pereira.Dans la foulée, Bobigny par l’intermé-diaire de ses attaquants ClémentSamba, Fabrice Valcin et Idriss Sanu-nera tentent de faire la différence. Maisla défense composée de Filipe Sar-mento, Alain Logombe, João Fonsecaet Kévin Diaz anéantissent toutes les

tentatives adverses avec une grandeapplication et une belle conviction.

saint Maur manque un pénaltySous le l’œil de nombreux médiasvenus voir les héros de la Coupe deFrance, Saint Maur et Bobigny rega-gnent les vestiaires avec un bon 0-0.En deuxième période, les Lusitanos au-ront de nombreuses opportunités defaire la différence et notamment àl’heure de jeu, quand l’arbitre siffleraun pénalty aux visiteurs. Mais Sitou Ayiverra par deux fois ses tentatives être

arrêtées par le portier de l’AFB, RamzyRochat.Derrière, Saint Maur manquera deréussite pour faire la différence et au-rait même pu perdre la rencontre sansun bel arrêt de Revelino Anastase.Au final, le score nul et vierge satisfai-sait les deux formations qui confirmentainsi leurs bonnes formes du moment.«C’était un match très compliqué surle pire terrain que l’on ait connu enChampionnat, analysait le défenseurportugais, João Fonseca. Le jeu étaitdifficile à mettre en place. C’était équi-libré même si on aurait pu prendre les

devants sur penalty. On a essayé defaire la différence mais au final, le ré-sultat est satisfaisant».Surtout que la semaine s’annoncechargée pour Saint Maur qui devrajouer encore deux matchs avant latrêve face aux Gobelins en Coupe deParis et Versailles en Championnat.Dans une dernière affiche à ne pasmanquer face au 3ème de DH (33points) qui espèrera bien réussir un ex-ploit à Chéron contre des Lusitanos,2ème avec 37 points, à 3 longueurs duleader Créteil/Lusitanos B. Mais avecun match en moins!

Seniors A

Par Eric Mendes

acordeonista português há 60 anos em frança

Com 71 anos, o acordeonista ManuelNogueira continua ligado à sua pai-xão de sempre, tocando e dandoaulas de acordeão na região pari-siense.Manuel Nogueira possui vários tiposde acordeões, uns mais modernos doque outros, que variam entre 5 e 14kg. Aprendeu a tocar desde a sua in-fância, “o meu pai, antes de vir paraFrança, tinha um camião cujo moto-rista tocava muito bem acordeão. Etalvez tenha sido a partir daí que nas-ceu o bichinho. Quando vim paraFrança, com 11 anos, já tocava acor-deão e piano, e rapidamente seguiaulas de música, frequentando de-pois o Conservatório de Paris”, dizcom orgulho.Manuel Nogueira colaborou com al-guns artistas conhecidos, como porexemplo Marco Paulo, Amália Rodri-gues ou ainda José Malhoa. “Tinha aorquestra e frequentava o meio por-tuguês e francês no qual tocava aliásbastante”. Tony Gama acompanhoua sua orquestra durante 3 anos, comoJosé Gaspar, Tony Ribeiro, e muitosmais.“Dirigi igualmente 5 escolas de mú-sica na região parisense, agora sótemos duas, Gentilly e Frepillon, onderesido, onde sou professor de concer-

tina, solfejo, órgão e acordeão”.Como bom profissional, Manuel No-gueira é exigente consigo próprio ecom os outros, mas reconhece que devez em quando há umas pequenasfalhas, “sobretudo com a mão es-querda de vez em quando há umanota que falha” diz a sorrir.

Trabalha também com o filho, Jean-Pierre Nogueira, que também é diplo-mado do Conservatório de Paris,“mas ele é especialista de órgão a bo-tões e desde 2008 é ele que seocupa da distribuição dos discos nosarmazéns portugueses aqui emFrança, mas agora também trabalha

comigo”, acrescenta.Originário de Penadono, Viseu, oacordeonista está radicado emFrança há 60 anos! “Não estoucom intenções de regressar a Por-tugal, tenho cá a minha família, eprefiro ficar por aqui”, concluiu aoLusoJornal.

Por Joaquim Pereira

le 17 décembre 2014

US Lusitanos de Saint MaurUS Lusitanos / MD

Manuel Nogueira com o seu acordeãoLusoJornal / Joaquim Pereira

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29desporto

vieirinha: «sporting? É sempre bom regressar a Portugal»

Na quinta-feira 11 de dezembro, aequipa francesa do Lille defrontou oWolfsburgo da Alemanha no estádioPierre Mauroy. O clube germânicovenceu por 3-0 com um golo apon-tado pelo avançado português Vieiri-nha. Com esta vitória, o Wolfsburgosegue em frente na Liga Europa en-quanto o Lille está fora das competi-ções europeias. No fim do encontro,falamos com o internacional portu-guês, Vieirinha.

LusoJornal: Foi uma vitória fácil con-tra o Lille?Vieirinha: Não se pode dizer que foiuma vitória fácil. A primeira parte foimuito renhida com situações paraambas as parte. Talvez o Lille tevemais oportunidades que nós, mas de-pois o que fez a diferença foi a eficá-cia porque a oportunidade quetivemos conseguimos concretizá-la.No segundo tempo começámos bem,tivemos o problema da expulsão, maspenso que a equipa mostrou caráter,mostrou qualidade e o resultado nãomerece contestação.

LusoJornal: O seu golo, foi típico deavançado?Vieirinha:Não, nós temos de aparecerna área quando somos o extremo queestá no lado contrário ao cruzamento.São coisas que temos praticado o anotodo. Estou feliz pelo golo, mas omais importante foi a vitória e a qua-lificação.

LusoJornal: A estratégia era defenderfrente ao Lille e jogar em contra-ata-que?Vieirinha: A estratégia era vencer. Vie-mos aqui para ganhar o jogo, foi paraisso que nós trabalhámos durante asemana, mas conhecíamos a quali-dade dos jogadores do Lille. O Lille éque tinha de correr atrás do resultado,nós conseguimos manter a baliza a“zero” e concretizamos as oportuni-dades que tivemos.

LusoJornal: Até onde pode ir o Wolfs-

burgo na Liga Europa?Vieirinha: Temos que pensar jogo ajogo. Neste momento estamos con-centrados na Bundesliga que é omais importante, aliás temos jogo jáno domingo. Segunda-feira será a lo-taria do sorteio dos dezasseis-avos-de-final e claro que nós pensamossempre ir o mais longe possível naprova, sem esquecer de termos os pésbem assentes na terra.

LusoJornal [antes do Sorteio]: O Spor-ting é um possível adversário?Vieirinha: É sempre bom regressar aPortugal.

LusoJornal: Quais são os objetivos naBundesliga?Vieirinha: O ano passado o objetivoera entrar na Liga Europa e consegui-mos. Este ano, estamos bem classifi-cados na Bundesliga e queremoscontinuar assim até ao final. Sabe-mos que vai ser complicado, masclaro que o nosso objetivo é entrar naLiga dos Campeões para o ano.

LusoJornal: Quais são os objetivos doVieirinha, o “todo-o-terreno” nestaequipa?Vieirinha: Posso dizer que sim, vistoque já joguei a lateral-direito e a late-ral-esquerdo além da minha posiçãopreferida. Neste momento estou maishabituado ao Campeonato alemão eespero continuar a crescer mais. Jásão três anos na Alemanha, com al-gumas lesões pelo meio, que não mepermitiram adaptar-me mais rapida-mente mas penso que, com o tempo,as coisas irão aparecer e irei evoluirainda mais.

LusoJornal: Facilita a integração terbrasileiros na equipa?Vieirinha: Facilita porque falam por-tuguês mas sobretudo é bom ter naequipa jogadores com qualidadecomo são o Naldo e o Luiz Gustavo.Agora brasileiro, português, alemãoou espanhol, o mais importante é teruma boa equipa e é isso que temosneste momento e estamos a trabalharpara obter os melhores resultadospossíveis na Bundesliga.

LusoJornal: Continua a seguir o Cam-peonato português?Vieirinha: Continuo a seguir mesmose é um pouco complicado, princi-palmente agora visto que temosmuitos jogos. Continuo a seguir asprestações do clube que sou adepto,o Vitória de Guimarães. E claro oPorto, com a qualidade de jogadoresque tem. Também vejo o Sporting eo Benfica, mas as duas equipas quesigo mais são aquelas por onde pas-sei, o Guimarães e o Porto.

LusoJornal: O Porto vai continuar alutar pelo título?Vieirinha: O Porto vai lutar até aofim. O Porto é uma equipa grande efará tudo para ser Campeão.

LusoJornal: Ficou surpreendido comos resultados do Vitória de Guima-rães?Vieirinha: Espanta sim, por teremtantos jogadores portugueses e comqualidade. É difícil os clubes portu-gueses apostarem em Portugueses.Fico contente por ser uma equipa da

minha terra, fico contente por estara fazer o Campeonato que está afazer, e contente por apostarem emjogadores Portugueses que é omais importante.

LusoJornal: Uma opinião sobreFernando Santos, o Selecionadornacional.Vieirinha: É uma boa vinda. No en-tanto quero afirmar que não foi so-mente a culpa de Paulo Bento,mas é normal substituir-se o Trei-nador do que substituir os jogado-res. Penso que a vinda doFernando Santos é boa, não temcontestação e os resultados estão àvista. Espero que continuemosassim e que alcancemos o apura-mento para o Euro-2016.

Nos dezasseis-avos-de-final daLiga Europa, a única equipa lusa,o Sporting Clube de Portugal, vaidefrontar o Wolfsburgo, enquanto oúnico clube francês ainda emprova, o Guingamp, vai jogar frenteaos ucranianos do Dínamo Kiev.

Futebol/Liga Europa

Por Marco Martins

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le 17 décembre 2014

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30 desporto le 17 décembre 2014

Na terça-feira 9 de dezembro, o Beau-vais jogou em Paris frente à equipa devoleibol da capital francesa num en-contro a contar para a décima jornada.Os Parisienses venceram por 3 sets a1 frente a uma equipa do Beauvaisque não conseguiu contradizer o po-derio da capital.Ao Beauvais, esta temporada, chegouum português de 24 anos com 2,03metros de altura, Marcel Keller Gil,que segue as pisadas de Nuno Pi-nheiro que também começou emFrança por representar a equipa dodepartamento do Oise.No fim do encontro, tivemos a opor-tunidade de conversar com MarcelKeller Gil.

LusoJornal: Como podemos analisar aderrota frente ao Paris?Marcel Keller Gil: Já sabíamos queíamos enfrentar grandes dificuldadesporque conhecemos o valor destaequipa parisiense. No entanto achoque fomos demasiado tímidos duranteo jogo. Quando vencemos um set, atéparecia que nos íamos soltar, mas nãoconseguimos. Não jogámos ao nossomelhor nível. Eles acabaram por nosatropelar. Vamos ter de analisar o jogoe ver o que correu mal.

LusoJornal: Como tem sido este iníciode temporada?Marcel Keller Gil: Começámos relati-vamente mal a época, conseguimosdar a volta com três vitórias consecu-tivas antes deste jogo frente ao Parise estamos com confiança. Não é por-que perdemos frente ao Paris quevamos perder a confiança. Temos éque continuar a evoluir e melhorar.

LusoJornal: Quais são os objetivos doclube?Marcel Keller Gil: Temos objetivos hu-mildes. Queremos ficar entre os seisprimeiros. Temos de ir jogo a jogo, ese as vitórias continuarem a apare-cer, até podemos sonhar mais alto.

LusoJornal: Como tem sido a épocade Marcel?Marcel Keller Gil: A temporada temsido boa, tenho aprendido imensodesde o primeiro dia que cheguei aoBeauvais com treinos de alto nível.Tenho tido dores no joelho, o queme impede de jogar quando quero.Estou à espera de encontrar o meumelhor momento. Mas estou a ado-rar a experiência e a desfrutar. A ligaé muito forte e o país é muito bo-nito, por isso é desfrutar.

LusoJornal: O que motivou a suasaída do Benfica?Marcel Keller Gil: Tive a infelicidade

de o clube alemão no qual estava atemporada passada falir no meio daépoca. Depois tive a grande sorte deir para o Benfica que me acolheu.Foi um momento especial porquefoi no Benfica que comecei a minhacarreira. Não fiquei no Benfica por-que queria experimentar um cam-peonato estrangeiro. Gosto de viajar,de conhecer novas pessoas, novaslínguas, novos países. Apareceu aboa proposta do Beauvais e nãopodia dizer “não”. Admito que faleicom o Nuno Pinheiro para ter maisinformações sobre o Campeonatofrancês e ele disse-me que qualquerequipa é boa em França porquetanto a primeira como a segunda di-visão são profissionais. Optei peloBeauvais que joga na primeira.

LusoJornal: Já jogou em Portugal,em Espanha, na Alemanha e emFrança, qual o campeonato quemais o impressionou?

Marcel Keller Gil: O alemão sem dú-vida. Joguei na segunda e depois naprimeira divisão e fiquei sempre sur-preendido pelo nível. A França tam-bém me tem surpreendido porquenão há nenhum jogo fácil, nenhumaequipa fácil de defrontar. Foram osdois Campeonatos que me sur-preenderam mais.

LusoJornal: Qual é o ponto da situa-ção que podemos fazer sobre a Se-leção Portuguesa?Marcel Keller Gil: Acho que esteverão foi a maior renovação destesúltimos 10-12 anos, e foi bem feita.Hugo Silva, o Selecionador nacio-nal, teve coragem para essa renova-ção que era necessária. Vencemosmuitos mais jogos do que esperáva-mos, e espero que vamos vencerainda mais. Temos bons valores naSeleção. Acho que Portugal é umpaís com uma certa tradição de vo-leibol, muito mais do que as pes-soas pensam.

Na décima primeira jornada dispu-tada no passado fim de semana, oBeauvais regressou às vitórias aoderrotar o Sète por 3 sets a 2. O pró-ximo encontro do Beauvais é já estasexta-feira, em casa, frente ao SaintNazaire.Na tabela classificativa lideradapelo Cannes, o Beauvais de MarcelKeller Gil ocupa o sétimo lugar, oTours de Nuno Pinheiro ocupa o oi-tavo, e o Tourcoing de Carlos Tei-xeira está no décimo quarto eúltimo lugar. De notar que o Tour-coing alcançou a sua primeira vitó-ria no Campeonato no passado fimde semana ao vencer por 3-1 oMontpellier.

«não temas!»

O Natal está quase à porta e no pró-ximo domingo, dia 21, a liturgia pro-põe-nos o famoso episódio daAnunciação. Numa pequena aldeiada Galileia, chamada Nazaré, umajovem de nome Maria é visitada porum anjo, que lhe anuncia: «Nãotemas, Maria, porque encontrastegraça diante de Deus. Conceberás edarás à luz um Filho, a quem poráso nome de Jesus».A expressão “não temas” que abre odiscurso do anjo é certamente umadas mais comuns na Sagrada Escri-tura. Encontramo-la em quase todosos livros da Bíblia, do Génesis aoApocalipse, e normalmente ante-cede os convites que Deus propõeaos homens. “Não temas” é comoum refrão que percorre toda a histó-ria da salvação e que encontramosquase dois mil anos mais tarde (em1978), nas primeiras palavras dorecém-eleito Papa João Paulo II. Esteconvite à coragem (se bem que noplural: “não tenhais medo”) torna-sea “bandeira” do Santo Padre duranteos seus 26 anos de pontificado e re-corda-nos uma realidade que trans-parece tão claramente na história deMaria de Nazaré: é graças à nossacoragem e generosidade que Deusmanifesta o seu amor no mundo. Éatravés do nosso “sim” ao Seu pro-jeto, dos nossos gestos de caridade,de partilha e de serviço, que Deus Setorna presente e transforma, aospoucos, a nossa realidade. Neste do-mingo que antecede o Natal, a his-tória de Maria mostra-nos como épossível, também hoje, revelarmosJesus ao mundo: através de um“sim” corajoso aos projetos de Deus.Não tenhais medo: dizei “sim”! Abrias portas a Cristo!

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Sanctuaire de Notre Dame de Fátima - Marie Médiatrice48 bis boulevard Sérurier75019 Paris

Missas em português: ao sábado, às19h00 e ao domingo, às 11h00

boanotícia

Marcel Keller Gil: «tenho aprendido imensodesde que cheguei a Beauvais»

Voleibol / Liga Francesa

Por Marco Martins

lusojornal.com

Les matchs se suivent pour les Cham-pions de France, mais ne se ressem-blent pas toujours.Pour la deuxième semaine consécu-tive, les hommes de Rodolphe Lopesrepartaient en déplacement dans lesud, et après la victoire dans le sud-est face à Toulon, le groupe parisienprenait la direction du sud-ouest, ducôté de Bruguières, dans la banlieueToulousaine.Avec des buts de Pupa, Café et AdrienGasmi, les verts et blancs ont su sedéfaire de leur adversaire du jour dansun match où il aura fallu attendre lafin de pour avoir l’indication du scorefinal malgré une domination pari-sienne.Une fois n’est pas coutume, pour dé-crypter ce match, nous vous propo-sons l’analyse de l’entraineur del’équipe du Sporting Club de Paris,Rodolphe Lopes:«Consécutivement, nous avons eu lesdeux plus longs déplacement de lasaison, avec le match la semaine der-

nière à Toulon et aujourd’hui, à Tou-louse. On sait qu’il faut tenir bon loinde nos bases et mes joueurs ont su ré-pondre présent» dit l’entraîneur pari-sien. «Nous l’avons déjà vu la saisondernière, le terrain du club bruguièroisest une surface difficile pour la fluiditéde notre jeu et cela n’a pas manqué.

Mais cela fait parti du jeu, chaquegymnase a ses particularités et nousdevons nous adapter, parfois réajusternotre style pour arriver à nos objec-tifs».«Malgré une domination assez nettede mes joueurs, nous avons surtoutpéché dans la finition devant les buts

adverses avec 45 tirs donc plus de 30cadrés. Il faut malgré tout saluer la so-lidité défensive de nos adversaires quiont su contrer nos tentatives» ex-plique-t-il au LusoJornal. «Dans l’en-semble je suis satisfait de mesjoueurs, bien qu’ils n’aient pas réaliséleur meilleur match de la saison, j’aiapprécié l’état d’esprit et je sais qu’ilsont tout donné durant ce match. Ilnous a sans doute manqué un peu defraîcheur physique mais une victoirese gagne aussi avec le mental. Dansla finalité des choses, on repart avecle plus important, les 4 points quinous permettent de maintenir notreavance dans le haut du tableau à unesemaine de notre dernier match del’année».A n’en pas douter, le Sporting Club deParis tentera de finir cette année2014 sur une bonne note avec la ré-ception à domicile, samedi prochaindès 15h30, au gymnase Carpentierdans le 13e arrondissement. A cetteoccasion, le Sporting Club de Parisfera l’entrée gratuite pour cette afficheparisienne.

le sporting club de Paris poursuit sa routeFutsal: Championnat national de première division

Par Rudy Matias

Marcel (n°1) no jogo contra o ParisDR

Le Sporting Club de Paris FutsalSCP

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31tempo livre

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Jusqu’au 20 décembre «Horizons EPEA02», avec les travauxde douze jeunes photographes euro-péens invités, dans le cadre de la deu-xième édition de l’European PhotoExhibition Award, à travailler autour du«nouveau social». Fondation CalousteGulbenkian - Délégation en France, 39boulevard de la Tour Maubourg, à Paris7. Infos: 01.53.85.93.81.

Jusqu’au 8 janvier Exposition «L’envers de la Réalité» avecdes œuvres de la sculptrice Isabel Mey-relles (Paris) et du peintre Santiago Ri-beiro (Coimbra). Consulat Général duPortugal à Paris, 6 rue Georges Berger,à Paris 17.

Jusqu’au 14 janvierExposition “Duo It Again” avec des œu-vres du sculpteur portugais Jorge Cas-

tronovo et de Gisèle Charmentier. Clini-que du Pôle Santé Sud, 28 rue deGuetteloup, Le Mans (72).

Du 18 au 21 décembre 7ème Festafilm, Festival du cinéma lu-sophone et francophone, au Centre Ra-belais, à l’Hôtel Mercure Comédie, àl’ACFA et au Cinema Utopia, à Montpel-lier (34).

Les jeudis, 20h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz au Café-Théâtre Le Lieu, 41rue de Trévise, à Paris 9. Infos: 01.47.70.09.69.

Le dimanche 21 décembre, 17h00 “Ana e os Sete”, musical de Noël del’église ADD Paris. 26-28 rue Arago, àSaint Ouen (93). Infos: 01.40.12.79.02.

Le samedi 3 janvier, 21h00 «Le Fado pour seul bagage», adaptationthéâtrale du livre d’Altina Ribeiro, miseen scène par Suzana Joaquim Mudslay,par la troupe Os Sugos de Fontenay-sous-Bois. La soirée sera clôturée parDj Surra. Salle des Fêtes, Place du Gé-néral Leclerc, à Montmagny (95). Infos: 06.50.60.15.59.

Jusqu’au 14 février, 21h00 “King Lear” de William Shakespeare,mis en scène par Rona Waddington,avec, entre autres, la comédienne bré-silienne Gabriella Scheer. Théâtre de Nesle, 8 rue de Nesle, àParis 6. Infos: 01.46.34.61.04. Du mercredi à samedi.

Le vendredi 23 janvier, 20h00 Concert d’António Zambujo, à La Ci-gale, à Paris 18. Infos: 01.49.25.89.99.

Le vendredi 30 janvier, 21h00 Soirée «Tous les fados du monde... oupresque», présentée par Jean-Luc Gon-neau, avec Conceição Guadalupe, ac-compagnés par Filipe de Sousa(guitarra), Nuno Estevens (viola) etNella Gia (percussions). Artistes invi-tés: João Rufino, Karine Correia etd’autres encore... Les Affiches / LeClub, 7 place Saint Michel, à Paris 5.Infos: 06.22.98.60.41.

Le dimanche 21 décembre, 12h30 Repas de Noël suivi d’une après-midimusicale, organisée par l’AssociationCulturelle Portugaise de Strasbourg.

Salle Bon Pasteur, 12 boulevard JeanSébastien Bach, à Strasbourg (67).Infos: 03.88.36.34.52.

Le samedi 17 janvier, 19h30 Dîner-dansant organisé par l’associationAgora au profit de la Santa Casa da Mi-sericórdia de Paris, avec Jorge Amadoet ses danseuses, Elena Correia, NelsonCosta, Manuel Campos, Fabricio, GuyAnge, Carlos Pires, José Cunha etChristophe. Salle Jean Vilar, 9 boule-vard Héloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.24.25.79.27.

Le mercredi 31 décembre, 19h30 Réveillon de la Saint Sylvestre organisépar l’ACPOU. Retour sur les annéesCharleston, avec le groupe BandaLouca. Gymnase Blondin, avenue GuyMoquet, à Orsay (91). Infos: 06.09.81.25.19.

Le mercredi 31 décembre, 19h30 Réveillon de la Saint Sylvestre organisépar le Comité de fêtes et les associa-tions portugaises d’Argenteuil, avecElena Correia et ses danseuses, suivid’un bal avec Baila Portugal et Dj Aní-bal. Salle Jean Vilar, Boulevard Héloïse,à Argenteuil (95). Infos: 01.39.81.28.70.

Le dimanche 25 janvier Fesival de Folklore organisé par OsDançarinos do Tâmega de Paris 12,avec les groupes Amizades e Sorrisosde Clamart, Barco à Vela de Paris 11,Os Atlânticos de Créteil, PortuguesesUnidos de Soissy-sous-Montmorency,Aldeia do Vez de Rosny-sous-Bois et OsDançarinos do Tâmega de Paris 12, au12 rue des Meuniers, à Paris 12. Infos: 06.52.86.71.20.

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SPECTACLES

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Carlos Gonçalvesna rádio enghien

No próximo sábado, dia 20 de de-zembro, o convidado do programa‘Voz de Portugal’ da rádio Enghien éo Deputado do PSD eleito pelo círculoeleitoral da Europa, Carlos Gonçalves.O convidado do sábado seguinte, dia27 de dezembro é Christophe, paraapresentação dos seus novos títulos.O programa tem lugar aos sábados,das 14h30 às 16h30, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:www.idfm98.fr.

EXPOSITIONS

CINEMA

THÉÂTRE

FADO

REVEILLON

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le 17 décembre 2014

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