anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e...

7
Giulio Andreotti , Roma 1919, Senador vitalício e sete vezes primeiro-ministro Roma 1919, senatore a vita, sette volte Presidente del Consiglio anos 40 Do pós-guerra aos dias de hoje, eu sempre fiz comentários sobre aqueles que eu julgava serem os momentos importantes da nossa história e os principais acontecimentos internacionais. Anos inexplicáveis que seguiram o segundo conflito Mundial, dificilíssimos para um país pobre e debilitado como o nosso. Mas cheio de entusiasmo e de vontade de recomeçar, também pela política. Basta pensar na extraordinária fase da legislação da Constituinte, de 1946 a dezembro de 1947. Lembro o fervor que animou o nascimento da Constituição da República Italiana. E também os esforços para voltar a acreditar na assembleia internacional. Neste quadro se insere a primeira viagem de Alcide de Gasperi aos Estados Unidos, no ano 1947. Mas lembro também os meses atormentados que anteciparam as primeiras eleições políticas num Estado livre e democrático, aquele de 48. Uma grande força vital parecia apoderar-se do país, abrindo novas perspectivas e nos fazendo superar ainda muitas situações críticas. A Itália viveu trepidante, recordo bem, os dias quentes da metade de julho, aquele atentado ‘infeliz’ a Togliatti. Assim como me são ainda claros os momentos agitados de 47 que antecederam o rompimento da união antifascista com a expulsão dos comunistas pelo governo. A política tem muitas vezes a memória curta. Não é um defeito transcurável se ocorre, falando do presente, em uma situação como esta que a Itália está vivendo agora, com crises que surgem a um ritmo acelerado e tiram certezas do futuro. Seria, então, ainda mais oportuno, trazer as lições do passado, tratando-se nos dias de hoje de uma crise por nada articulada na qual tudo parece recolocado em discussão, o nosso modelo de Estado, o nosso papel no cenário internacional, o nosso sistema social. Diante a uma situação deste gênero, refrescar a memória da política atual poderia ser útil para corrigir a rota de colisão através da qual mostra se transformar todo dia. Bastaria levar em conta algumas experiências significativas do passado, lembrando que nos momentos mais críticos as metas dos governos serviam, mesmo que algumas vezes de má vontade, de estímulos que vinham do exterior: não se levantavam barricadas em defesa das próprias, muitas vezes discutíveis, convenções. O extremismo politico é um defeito do qual a Itália não é, infelizmente, imune. É sem dúvida, um elemento de fraqueza em uma democracia pluralista como a nossa, que deveria privilegiar na política a arte da mediação. Deveríamos levar em conta os irredutíveis defensores dessa teoria de pedra sobre pedra, e lembrar de homens como Palmiro Togliatti e Pietro Nenni, que por um desacordo entre eles, o primeiro favorável, o segundo por dizer um pouco duvidoso, votaram juntos na Constituição pela ratificação dos Pactos de Latrão. Giulio Andreotti Dal Dopoguerra ad oggi ho sempre annotato quelli che ritenevo i momenti salienti della nostra storia e i principali avvenimenti internazionali. Anni incredibili quelli che seguirono il secondo conflitto Mondiale, difficilissimi per un paese povero e stremato come il nostro. Ma anche pieni di entusiasmo e di voglia di ricominciare, anche per la politica. Basti pensare alla straordinaria fase della legislatura Costituente, dal ‘46 al dicembre del 1947. Ricordo il fervore che ha animato la nascita della Costituzione della Repubblica Italiana. Ed anche gli sforzi per riaccreditarci nel consesso internazionale. In questo quadro si inserì il primo viaggio di Alcide de Gasperi negli Stati Uniti, nel lontano 1947. Ma ricordo anche i mesi tormentati che precedettero le prime elezioni politiche in uno Stato libero e democratico, quelle del ‘48. Una grande forza vitale sembrava impossessarsi del paese aprendoci nuove prospettive e facendoci superare ancora molte situazioni critiche. L’Italia ha vissuto con trepidazione, lo ricordo bene, le giornate caldissime di metà luglio, quelle dell’attentato ‘sciagurato’ a Togliatti. Così come mi sono ancora nitidi i momenti convulsi del ‘47 che precedettero la rottura dell’unità antifascista con l’estromissione dal governo dei comunisti. La politica ha troppo spesso la memoria corta. Non e’ un difetto trascurabile se capita, parlando del presente, in una situazione come questa che l’Italia sta vivendo ora, con crisi che si susseguono a ritmo incalzante e tolgono certezze sul futuro. Sarebbe, invece, quanto mai opportuno trarre lezioni dal passato, trattandosi ai giorni d’oggi di una crisi niente affatto congiunturale nella quale tutto sembra rimesso in discussione, il nostro modello di stato, il nostro ruolo sulla scena internazionale, il nostro sistema sociale. Di fonte a una situazione del genere rinfrescare la memoria alla politica attuale potrebbe servire a correggere la rotta di collisione lungo la quale dimostra giornalmente di muoversi. Basterebbe fare tesoro di alcune esperienze significative del passato, rammentandosi che nei momenti più critici le linee guida dei governi si giovavano, anche se talvolta malvolentieri, di stimoli che venivano dall’esterno: non si alzavano barricate in difesa di proprie, spesso discutibili, convinzioni. Il massimalismo e’ un difetto di cui l’Italia non e’ purtroppo immune. E’ fuor di dubbio che si tratta di un elemento di debolezza in una democrazia pluralista come la nostra, che dovrebbe privilegiare in politica l’arte della mediazione. Dovrebbero farne tesoro gli irriducibili sostenitori di questa teoria da muro contro muro e andare con la memoria a uomini come Palmiro Togliatti e Pietro Nenni, che pur in disaccordo tra di loro, il primo favorevole, il secondo a dir poco dubbioso, votarono insieme nella Costituzione la ratifica dei Patti Lateranensi. Giulio Andreotti

Transcript of anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e...

Page 1: anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e nos concertos, nós nos entretínhamos com De Feo e Chiaromonte, ou com Vigolo e D´Amico.

Giulio Andreotti, Roma 1919, Senador vitalício e sete vezes primeiro-ministroRoma 1919, senatore a vita, sette volte Presidente del Consiglio

ano

s 40 Do pós-guerra aos dias de hoje, eu sempre fiz comentários sobre aqueles que

eu julgava serem os momentos importantes da nossa história e os principais acontecimentos internacionais. Anos inexplicáveis que seguiram o segundo conflito Mundial, dificilíssimos para um país pobre e debilitado como o nosso. Mas cheio de entusiasmo e de vontade de recomeçar, também pela política.

Basta pensar na extraordinária fase da legislação da Constituinte, de 1946 a dezembro de 1947. Lembro o fervor que animou o nascimento da Constituição da República Italiana. E também os esforços para voltar a acreditar na assembleia internacional. Neste quadro se insere a primeira viagem de Alcide de Gasperi aos Estados Unidos, no ano 1947. Mas lembro também os meses atormentados que anteciparam as primeiras eleições políticas num Estado livre e democrático, aquele de 48. Uma grande força vital parecia apoderar-se do país, abrindo novas perspectivas e nos fazendo superar ainda muitas situações críticas. A Itália viveu trepidante, recordo bem, os dias quentes da metade de julho, aquele atentado ‘infeliz’ a Togliatti. Assim como me são ainda claros os momentos agitados de 47 que antecederam o rompimento da união antifascista com a expulsão dos comunistas pelo governo.

A política tem muitas vezes a memória curta. Não é um defeito transcurável se ocorre, falando do presente, em uma situação como esta que a Itália está vivendo agora, com crises que surgem a um ritmo acelerado e tiram certezas do futuro.

Seria, então, ainda mais oportuno, trazer as lições do passado, tratando-se nos dias de hoje de uma crise por nada articulada na qual tudo parece recolocado em discussão, o nosso modelo de Estado, o nosso papel no cenário internacional, o nosso sistema social.

Diante a uma situação deste gênero, refrescar a memória da política atual poderia ser útil para corrigir a rota de colisão através da qual mostra se transformar todo dia. Bastaria levar em conta algumas experiências significativas do passado, lembrando que nos momentos mais críticos as metas dos governos serviam, mesmo que algumas vezes de má vontade, de estímulos que vinham do exterior: não se levantavam barricadas em defesa das próprias, muitas vezes discutíveis, convenções. O extremismo politico é um defeito do qual a Itália não é, infelizmente, imune. É sem dúvida, um elemento de fraqueza em uma democracia pluralista como a nossa, que deveria privilegiar na política a arte da mediação. Deveríamos levar em conta os irredutíveis defensores dessa teoria de pedra sobre pedra, e lembrar de homens como Palmiro Togliatti e Pietro Nenni, que por um desacordo entre eles, o primeiro favorável, o segundo por dizer um pouco duvidoso, votaram juntos na Constituição pela ratificação dos Pactos de Latrão.

Giulio Andreotti

Dal Dopoguerra ad oggi ho sempre annotato quelli che ritenevo i momenti salienti della nostra storia e i principali avvenimenti internazionali. Anni incredibili quelli che seguirono il secondo conflitto Mondiale, difficilissimi per un paese povero e stremato come il nostro. Ma anche pieni di entusiasmo e di voglia di ricominciare, anche per la politica.

Basti pensare alla straordinaria fase della legislatura Costituente, dal ‘46 al dicembre del 1947. Ricordo il fervore che ha animato la nascita della Costituzione della Repubblica Italiana. Ed anche gli sforzi per riaccreditarci nel consesso internazionale. In questo quadro si inserì il primo viaggio di Alcide de Gasperi negli Stati Uniti, nel lontano 1947. Ma ricordo anche i mesi tormentati che precedettero le prime elezioni politiche in uno Stato libero e democratico, quelle del ‘48. Una grande forza vitale sembrava impossessarsi del paese aprendoci nuove prospettive e facendoci superare ancora molte situazioni critiche. L’Italia ha vissuto con trepidazione, lo ricordo bene, le giornate caldissime di metà luglio, quelle dell’attentato ‘sciagurato’ a Togliatti. Così come mi sono ancora nitidi i momenti convulsi del ‘47 che precedettero la rottura dell’unità antifascista con l’estromissione dal governo dei comunisti.

La politica ha troppo spesso la memoria corta. Non e’ un difetto trascurabile se capita, parlando del presente, in una situazione come questa che l’Italia sta vivendo ora, con crisi che si susseguono a ritmo incalzante e tolgono certezze sul futuro.

Sarebbe, invece, quanto mai opportuno trarre lezioni dal passato, trattandosi ai giorni d’oggi di una crisi niente affatto congiunturale nella quale tutto sembra rimesso in discussione, il nostro modello di stato, il nostro ruolo sulla scena internazionale, il nostro sistema sociale.

Di fonte a una situazione del genere rinfrescare la memoria alla politica attuale potrebbe servire a correggere la rotta di collisione lungo la quale dimostra giornalmente di muoversi. Basterebbe fare tesoro di alcune esperienze significative del passato, rammentandosi che nei momenti più critici le linee guida dei governi si giovavano, anche se talvolta malvolentieri, di stimoli che venivano dall’esterno: non si alzavano barricate in difesa di proprie, spesso discutibili, convinzioni. Il massimalismo e’ un difetto di cui l’Italia non e’ purtroppo immune. E’ fuor di dubbio che si tratta di un elemento di debolezza in una democrazia pluralista come la nostra, che dovrebbe privilegiare in politica l’arte della mediazione. Dovrebbero farne tesoro gli irriducibili sostenitori di questa teoria da muro contro muro e andare con la memoria a uomini come Palmiro Togliatti e Pietro Nenni, che pur in disaccordo tra di loro, il primo favorevole, il secondo a dir poco dubbioso, votarono insieme nella Costituzione la ratifica dei Patti Lateranensi.

Giulio Andreotti

Page 2: anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e nos concertos, nós nos entretínhamos com De Feo e Chiaromonte, ou com Vigolo e D´Amico.

Alberto Arbasino, Voghera 1930, escritor e jornalistaVoghera 1930, scrittore e giornalista

ano

s 50 Convite à nostalgia. Somente confrontos estatísticos e cool.

A Milão dos anos 50, onde me graduei em Direito, era uma ‘capital moral’ muito restrita. Poucas pessoas circulando, escritores como Buzzati, Soldati, Piovene, Bo, Emanuelli, Testori, Ottieri. E Prêmios Nobel como Montale e Quasimodo. E os editores de vanguarda como Livio Garzanti e Giangiacomo Feltrinelli. Conversava com Valentino Bompiani, proprietário de casa de Via San Primo 6, que enchia de tapeçarias e de estofados de William Morris.

Pivô entusiasta dos movimentos era Pietrino Bianchi, no bar Giamaica em Brera. Ilustre crítico cinematográfico do ‘Giorno’, diretor do semanal ‘Settimo Giorno’, redator-chefe da ‘Ilustrazione Italiana’. Coach dos artistas e dos fotógrafos debutantes, tais como Manzoni, Dondero, Mulas... Sempre presente no Festival de Veneza e ao “quarto platano” de Forte dei Marmi, com os Longhi-Banti, os Bertolucci, Carrà, Pea, De Robertis, números inteiros da ‘Paragone’.

Enquanto isso, “esta noite [será] a Callas ou Osiris?”. No Scala, o melhor dos melhores: De Sabata e Karajan, Di Stefano e a Schwarzkopf. No “Piccolo”, idem. E em torno, Adani e Pagnani, Ferratti e Maltagliati, Ricci, Ruggeri, Benassi, Totò. As estações mais belas de Visconti e Strehler.

No cinema, naturalmente, Fellini e Antonioni.

Passando por Roma no fim da década, a Dolce Vita era tudo ao ar livre. E não somente na Via Veneto e na Piazza del Popolo. Rosati, Canova, Pannunzio, Patti & De Feo, Franca Valeri, Nora Ricci. Nas tratorias, Moravia, a Morante, os dois Guttuso, os dois Piovese, Gadda, Pasolini, Parise, Garboli. Nas galerias, debutavam Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e nos concertos, nós nos entretínhamos com De Feo e Chiaromonte, ou com Vigolo e D´Amico. Experiências fundamentais, como conversar com Longhi, Brandi, Urbani, Zeri.

Alberto Arbasino

Bando a ogni nostalgia. Solo confronti statistici e cool.

La Milano degli anni Cinquanta, dove mi sono laureato in Legge, era una ‘capitale morale’ piuttosto chiusa in casa. Poco in giro, scrittori come Buzzati, Soldati, Piovene, Bo, Emanuelli, Testori, Ottieri. E premi Nobel come Montale e Quasimodo. E gli editori d’avanguardia come Livio Garzanti e Giangiacomo Feltrinelli. Conversavo con Valentino Bompiani mio sempreverde padrone di casa in via San Primo 6: la riempii di tappezzerie e stoffe di William Morris.

Pivot entusiasta dei movimenti era Pietrino Bianchi, al bar Giamaica di Brera Illustre critico cinematografico al ‘Giorno’, direttore del settimanale ‘Settimo Giorno’, redattore-capo alla ‘Illustrazione Italiana’. Coach di artisti e fotografi debuttanti quali Manzoni, Dondero, Mulas... Onnipresente al Festival di Venezia e al “quarto platano” del Forte dei Marmi, con i Longhi-Banti, i Bertolucci, Carrà, Pea, De Robertis, interi numeri di ‘Paragone’.

Intanto, “stasera la Callas o l’Osiris?”. Alla Scala, il meglio del meglio: De Sabata e Karajan, Di Stefano e la Schwarzkopf. Al Piccolo, idem. E intorno, Adani e Pagnani, Ferrati e Maltagliati, Ricci, Ruggeri, Benassi, Totò. Le stagioni più belle di Visconti e Strehler.

Al cinema, naturalmente, Fellini e Antonioni.

Passando a Roma alla fine del decennio, la Dolce Vita era tutta all’aperto. E non solo a Via Veneto e in Piazza del Popolo. Rosati, Canova, Pannunzio, Patti & De Feo, Franca Valeri, Nora Ricci. Nelle trattorie, Moravia, la Morante, i due Guttuso, i due Piovene, Gadda, Pasolini, Parise, Garboli. Nelle gallerie, debuttavano Schifano, la Fioroni, Angeli. A teatro e ai concerti, ci si intratteneva con De Feo e Chiaromonte, o con Vigolo e D’Amico. Esperienze fondamentali, come conversare con Longhi, Brandi, Urbani, Zeri.

Alberto Arbasino

Page 3: anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e nos concertos, nós nos entretínhamos com De Feo e Chiaromonte, ou com Vigolo e D´Amico.

Gianni Morandi, Monghidoro (Bolonha) 1944, cantor e apresentadorMonghidoro (Bologna) 1944, cantante e presentatore

ano

s 60 Os anos 60 foram também os da minha estreia: a primeira música gravada em 62,

“Andavo a cento all´ora”, e o primeiro programa de televisão, “Alta pressione”. E nos anos seguintes, Cantagiro, Canzonissima, as capas de revistas, o serviço militar, as pessoas começavam a me conhecer.

Na televisão em branco e preto, havia Studio Uno, Specchio Segreto, de Nanni Loy, e Dadaumpa, dos Kessler, e o quiz de Mike Bongiorno e no rádio, a Hit Parade de Luttazzi.

Aqueles eram os anos de Merckz e Gimondi, de Rivera e Mazzola e da Inter de Helenio Herrera, mas também do meu Bologna, que venceu o campeonato, com o histórico play-off de 64, ganhando justamente da Inter.

Era o boom das 45 rotações, das vitrolas portáteis e da nova música: os Beatles e os Rolling Stones, a “beat generation”, o pop, o Piper de Roma e as canções italianas que rodavam o mundo. Lembro de uma turnê triunfal no Japão com um grupo de artistas da RCA italiana (Paoli, Fidenco, Meccia, Fontana).

Os italianos saíam de férias com o Fiat 600, sobre o bagageiro caixas, malas e jogos para as crianças... Nas praias, tocava a música dos jukebox e no domingo com o rádio ligado para não perder ‘Tutto il calcio minuto per minuto’... E depois a minissaia, o twist, o shake... o horário de verão.

Os anos do boom econômico e de nós, italianos, que sabíamos ainda sorrir e éramos cheios de sonhos e de tantas esperanças.

E como não esquecer o cinema daqueles anos? Certamente não os meus “musicais”, mas Fellini, Visconti, De Sica, Antonioni, Germi, Monicelli e as cenas que levaremos sempre conosco de Gassman na direção da “spider” em Sorpasso de Risi. E, ainda, Giovanni XXIII, a inundação de Florença, o assassinato dos Kennedy, a Baía dos Porcos, a Guerra do Vietnã e o ano de 68, que se acorda de um sonho, aquele sonho que volta, por um momento, em julho de 69, quando o homem pisa na lua.

Gianni Morandi

Gli anni ’60, sono anche quelli del mio debutto: la prima canzone incisa nel ’62, Andavo a cento all’ora, e la prima trasmissione televisiva Alta pressione. E poi negli anni a seguire Cantagiro, Canzonissima, le copertine dei rotocalchi, il servizio militare, la gente che cominciava a conoscermi.

Alla televisione in bianco e nero c’era Studio Uno, Specchio Segreto di Nanni Loy, il Dadaumpa delle Kessler e i quiz di Mike Bongiorno e alla radio la Hit Parade di Luttazzi.

Erano gli anni di Merckx e Gimondi, di Rivera e Mazzola e dell’Inter di Helenio Herrera ma anche del mio Bologna che vinse lo scudetto, con lo storico spareggio del ’64, proprio battendo l’Inter.

Era il boom dei 45 giri, dei mangiadischi e della nuova musica: i Beatles e i Rolling Stones, la beat generation, il pop e il Piper di Roma e le canzoni italiane che facevano il giro del mondo. Ricordo una trionfale tournèe in Giappone con ungruppo di artisti della RCA italiana (Paoli, Fidenco, Meccia, Fontana).

Gli italiani andavano in vacanza con la 600, sul portapacchi cartoni, valige e giochi per i bambini… Sulle spiagge impazzava la musica dei juke-box e la domenica con la radiolina accesa per non perdere Tutto il calcio minuto per minuto… E poi la minigonna… il twist, lo shake… l’ora legale.

Gli anni del boom economico e di noi italiani che sapevamo ancora sorridere ed eravamo pieni di sogni e di tante speranze.

E come facciamo a dimenticare il cinema di quegli anni? Non certo i miei “musicarelli” ma Fellini, Visconti, De Sica, Antonioni, Germi, Monicelli e le scene che porteremo sempre con noi di Gassman alla guida della spider nel Sorpasso di Risi. E, ancora, Giovanni XXIII, l’alluvione di Firenze, l’assassinio dei Kennedy, la Baia dei Porci, la guerra nel Vietnam e il ’68 che ci sveglia dal sogno, quel sogno che ritorna, per un attimo, nel luglio del ’69, quando l’uomo mette il piede sulla luna.

Gianni Morandi

Page 4: anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e nos concertos, nós nos entretínhamos com De Feo e Chiaromonte, ou com Vigolo e D´Amico.

Ettore Scola, Trevico (Avellino) 1931, diretor de cinemaTrevico (Avellino) 1931, regista cinematografico

ano

s 70 Seria belo poder reorganizar o nosso passado como um grande museu de arte,

com galerias e salas numeradas segundo percursos cronológicos: poder dividi-lo em segmentos e seções com a precisão dada pelos historiadores e colecionadores.

Mas, em particular, os fatos que se referem à experiência da nossa vida, infância, juventude e velhice, são todos interligados e dependentes entre si, de modo que não se sabe nunca quando e onde um deles foi concluído e onde e quando um outro iniciou.

Entre as oito que eu vivi, a década dos anos 70 me parece, mais do que as outras, a mais parecida com a nossa época, apesar das imensas transformações sociais, econômicas e culturais, que nos fazem olhar aqueles anos como uma cidade em que vivíamos e que voltamos para visitar quarenta anos depois.

Certo que hoje, as ruas não estão mais marcadas pelos atos do terrorismo, mas as praças continuam com os mesmos inconvenientes de ontem, com obstáculos e desigualdades coletivas ainda maiores, e as casas são habitadas por poderosos incapazes de enfrentar as questões públicas às quais eram convocados a resolver.

Mas, daquela década passada - foram asseguradas conquistas como o divórcio e o aborto, afirmação dos direitos das mulheres e dos jovens, extraordinários progressos científicos (se pensarmos somente na medicina), desenvolvimentos revolucionários no campo eletrônico, uma herança pesada, mas fervorosa de ideias, como em 68, as épocas literárias e cinematográficas passaram a fazer parte da vida de todos - aquilo que mais se sente falta é a presença de protagonistas como Pasolini e Berlinguer, que sabiam intuir o futuro e falar aos jovens que iam enfrentá-lo: “...questão moral é a questão política antes de tudo e essencialmente porque da sua solução depende a confiança nas instituições e a propriedade da democracia”.

Quem falará aos nossos jovens sobre o futuro deles?

Ettore Scola

Sarebbe bello poter riordinare il nostro passato come un grande museo d’arte con gallerie e sale numerate secondo percorsi cronologici: poterlo dividere in segmenti e sezioni con la precisione dovuta degli storici e dei collezionisti.

Ma in particolare i fatti che riguardano l’esperienza della nostra vita, infanzia giovinezza e vecchiaia, sono tutti così correlati e dipendenti tra loro che non si sa mai quando e dove ognuno di essi debba ritenersi concluso e dove e quando un altro abbia avuto inizio.

Tra le otto che ho vissuto, la decade degli anni ’70 mi sembra più di altre ricca di assonanze con la nostra epoca, nonostante le immense trasformazioni sociali economiche e culturali che ci fanno guardare a quegli anni come a una città nella quale abbiamo abitato e che si torni a visitare quaranta anni dopo.

Certo, oggi le strade non sono più illividite dai sinistri bagliori del terrorismo, ma le piazze sono attraversate dagli stessi disagi di ieri, con ingorghi di distorsioni e disparità collettive ancora più vasti, e i palazzi sono abitati da poteri inadeguati ad affrontare le questioni pubbliche che erano chiamati a risolvere.

Ma di quel decennio passato - che ci assicurò conquiste come il divorzio e l’aborto, affermazione dei diritti di donne e di giovani, straordinari progressi scientifici (si pensi solo alla medicina), sviluppi rivoluzionari nel campo elettronico, un’eredità pesante ma fervida di idee come il ’68, stagioni letterarie e cinematografiche entrate nel patrimonio di tutti - quel che più manca di quel decennio è la presenza di protagonisti come Pasolini e Berlinguer che sapevano intuire il futuro e parlarne ai giovani che andavano ad affrontarlo: “...questione morale è la questione politica prima e essenziale perché dalla sua soluzione dipende la fiducia nelle istituzioni e la tenuta della democrazia.”

Chi parlerà ai nostri giovani del loro futuro?

Ettore Scola

Page 5: anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e nos concertos, nós nos entretínhamos com De Feo e Chiaromonte, ou com Vigolo e D´Amico.

Giorgio Armani, Piacenza 1934, estilistaPiacenza 1934, stilista

ano

s 80 Como um disco voador super colorido, os anos 80 apareceram improvisadamente

entre as nuvens de chumbo da década anterior. Otimistas, despreocupados, exuberantes.

A época em que apareceram, pela primeira vez, palavras, ideias, objetos e costumes que ainda marcam a nossa vida cotidiana, como o computador que se tornou de uso pessoal, a “desregulação financeira”, o vulto espetacular e midiático da política personificada pelo “craxismo”. Observados hoje como se fosse por um binóculo invertido, entende-se que os barulhentos anos 80 determinaram uma mudança radical de perspectiva, como se o próprio tempo tivesse sido objeto de uma aceleração.

Assim, se naquele período foram lançadas as bases do ‘turbocapitalismo’ representado em filmes que, em comparação com o que aconteceu neste biênio, pareciam perfeitas e sob medida, começou também a surgir uma consciência ecológica mundial e se iniciou a revolução digital.

Foram naqueles anos que nasceu o sistema da moda e que foi iniciada a minha aventura pessoal como estilista e empreendedor. Anos nos quais comecei a ir além, com o olhar sempre voltado para o futuro.

Giorgio Armani

Come un disco volante ipercolorato, gli anni Ottanta sbucarono all’improvviso tra le nuvole di piombo del decennio precedente. Ottimisti, spensierati, esuberanti.

L’epoca in cui apparvero per la prima volta parole, idee, oggetti, abitudini che ancora determinano la nostra vita quotidiana, con il computer diventato personal, la deregulation finanziaria, il volto spettacolare e mediatico della politica impersonato dal craxismo. Osservati oggi come da un binocolo rovesciato, si capisce che i ruggenti anni Ottanta determinarono un cambiamento radicale di prospettiva, come se il tempo stesso fosse stato oggetto di un’accelerazione.

Così se in quel periodo si gettarono le basi del turbocapitalismo rappresentato da film che, in confronto a ciò che è successo in questo biennio, sembrano levigati e misurati, cominciò anche a crescere una coscienza ecologica mondiale e prese avvio la rivoluzione digitale.

È in quegli anni che è nato il sistema della moda e che è iniziata la mia personale avventura come stilista e imprenditore. Anni da cui sono partito per andare oltre, con lo sguardo sempre rivolto verso il futuro.

Giorgio Armani

Page 6: anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e nos concertos, nós nos entretínhamos com De Feo e Chiaromonte, ou com Vigolo e D´Amico.

Gustavo Zagrebelsky, S.Germano (Torino) 1943, jurista, juiz da Corte ConstitucionalS. Germano (Torino) 1943, giurista, giudice della Corte Costituzionale

ano

s 90 1991-2000. Uma década controversa: redirecionamento ou revelação?

O fim do comunismo na Europa coloca em movimento o nosso sistema político. O Partido Comunista e a Democracia Cristã desaparecem, os referendos e as reformas eleitorais põem em jogo todas as forças parlamentares, inclusive a extrema-direita. A Itália parte para o caminho da democracia, da alternância direita-esquerda, como as grandes democracias que conhecemos. Os partidos políticos, como grandes máquinas burocráticas, perdem o significado. A comunicação com os eleitores não é mais só nas seções eleitorais, se dá pela televisão. O parasitismo e a corrupção dos partidos se tornam intoleráveis, e isso, abre o caminho aos grandes processos que se reassumem no slogan ‘mãos limpas’. Até aqui, o redirecionamento, ou a chamada ‘segunda República’.

Agora, porém, a revelação. Com a queda das ideologias, a competição política se torna questão de poder, apropriação de recursos públicos, multiplicação e ocupação de ‘postos’. A corrupção continua-se espalhando, não só a favor dos partidos, mas de grupos privados, pseudopolíticos. Os assassinatos de juízes Falcone e Borsellino parecem confirmar uma fatal continuidade: o transformismo e o consentimento das partes formam um sistema aparentemente dual, na realidade solidária na divisão de poder. Assim é visto pela opinião pública. O efeito é o distanciamento, abstenção política, princípio da “antipolítica”. A Igreja Católica, com o enfraquecimento do seu partido de referência, estende a sua influência, para além do seu protetorado, sobre todas as forças parlamentares, auxiliada por sistemas eleitorais que favorecem a mobilidade eleitoral minoritária tanto de um lado como do outro.

Redirecionamento ou revelação, então: a resposta é adiada aos anos seguintes, aqueles que vivemos.

Gustavo Zagrebelsky

1991-2000. Un decennio controverso: svolta o svelamento?

La fine del comunismo in Europa mette in moto il nostro sistema politico. Il Partito Comunista e la Democrazia Cristiana spariscono, i referendum e le riforme elettorali mettono in gioco tutte le forze parlamentari, compresa l’estrema destra. L’Italia si avvia sulla strada della democrazia, dell’alternanza destra-sinistra, come le grandi democrazie che conosciamo. I partiti politici, come grandi macchine burocratiche, perdono significato. La comunicazione con gli elettori più che dalle sezioni, passa attraverso la televisione. Il parassitismo e la corruzione dei partiti diventa intollerabile e ciò apre la strada ai grandi processi che si riassumono nello slogan ‘mani pulite’. Fin qui, la svolta o, come si dice, la ‘seconda Repubblica’.

Ora, però, lo svelamento. Cadute le ideologie, la competizione politica diventa questione di potere, appropriazione di risorse pubbliche, moltiplicazione e occupazione di ’posti’. La corruzione continua a dilagare, ora non più solo a favore di partiti ma di gruppi privati, pseudo-politici. Gli omicidi dei giudici Falcone e Borsellino paiono confermare una fatale continuità: il trasformismo e l’accondiscendenza di una parte verso l’altra formano un sistema apparentemente duale, in realtà solidale nella spartizione del potere. Così è percepito dall’opinione pubblica. L’effetto è il distacco, l’astensionismo politico, prodromo di “anti-politica”. La Chiesa cattolica, venuto meno il suo partito di riferimento, distende la sua influenza, se non il suo protettorato, sull’intero arco delle forze parlamentari, agevolata da sistemi elettorali che premiano la pur minoritaria mobilità elettorale da una parte all’altra.

Svolta o svelamento, dunque: la risposta è rimandata agli anni seguenti, quelli che viviamo.

Gustavo Zagrebelsky

Page 7: anos 40 - Ministero degli Affari Esteri e della ... · Schifano, la Fioroni, Angeli. No teatro e nos concertos, nós nos entretínhamos com De Feo e Chiaromonte, ou com Vigolo e D´Amico.

Carlo Azeglio Ciampi, Livorno 1920, economista, presidente da República de 1999 a 2006.Livorno 1920, economista, presidente della Repubblica dal 1999 al 2006

ano

s 00 Para mim, o euro não é somente uma moeda, mas um belo sonho que se tornou

realidade. É o símbolo da Europa e da sua vontade de integração.

No cenário da união monetária européia há uma aspiração já de algum tempo grandiosa e imprescindível: a negação definitiva de qualquer forma de nacionalismo por parte dos países europeus, a opção pela paz, fruto da renúncia irreversível da guerra como instrumento de resoluções dos conflitos.

Os pais do euro, ao promover a moeda única, indicaram claramente um horizonte mais amplo do que aquele estritamente monetário. Atribuíram à moeda comum dos europeus uma finalidade maior: o desenvolvimento da estabilidade monetária e a promoção de um crescimento equilibrado, base para uma forte união econômica e monetária européia e premissa da união política.

As negociações para a introdução do euro foram exaustivas e difíceis, especialmente para um país como a Itália, prejudicado pelo peso de uma enorme dívida pública. Theo Waigel, ministro alemão das Finanças, e o subscrito, ministro italiano do Tesouro, trabalharam juntos por cerca de dois anos, muitas vezes com posições objetivamente diferentes; por causa, sobretudo, das contas públicas dos respectivos países.

Foram muitas as ocasiões, formais e não formais, de troca de idéias, de encontro e...de desencontro. Sempre, porém, com a vontade de se chegar a um comum acordo: a Europa.

Em cada passagem dos longos e difíceis anos nos quais construímos a estrutura da moeda única, se reforçava a convicção de que o que fazíamos transcendia o presente, que promovíamos e, ao mesmo tempo, éramos arrastados por um projeto marcado no sulco da história, por um processo de unificação ditado pelo desenho da geografia e das antigas comunhões da cultura.

A gravidade da crise que hoje atinge a economia mundial nos remete à escolha de uma moeda única para a Europa como a decisão sábia de construir uma casa sobre uma rocha. Imagina se hoje não tivéssemos o euro! Imagina se não apoiássemos a independência e a auto-regulamentação do Banco Central Europeu e do nosso Banco Central Nacional como um precioso patrimônio para proteger e defender!

Fica em aberto o problema de superar aquilo que defini como o “defeito” de uma União Européia dotada de uma moeda única e de uma política monetária comum, confiada a um órgão federativo, mas privada de uma política econômica comum.

É importante, portanto, impulsionar uma integração mais ampla da Europa, que deve se tornar um sujeito político unitário, para valer mais e para enfrentar melhor os desafios da crise econômica. Cabe às instituições e aos países participantes concretizarem, com comportamentos adequados e coerentes, aquele sonho extraordinário que foi o euro.

Carlo Azeglio Ciampi

Per me l’euro non è soltanto una moneta, ma un bel sogno diventato realtà. E’ il simbolo dell’Europa e della sua volontà di integrazione.

Sullo sfondo dell’unione monetaria europea vi è un’aspirazione a un tempo più elevata e cogente: il definitivo rifiuto di ogni forma di nazionalismo da parte dei paesi europei, l’opzione per la pace, figlia della rinuncia irreversibile della guerra come strumento di risoluzione dei conflitti.

I padri dell’euro, nel promuovere la moneta unica, indicarono chiaramente un orizzonte più ampio di quello strettamente monetario. Assegnarono alla moneta comune degli europei finalità di respiro maggiore: lo sviluppo della stabilità monetaria e la promozione di una crescita equilibrata, base per una forte unione economica e monetaria europea e premessa dell’unione politica.

Le trattative per l’introduzione dell’euro furono estenuanti e difficili, specie per un paese come l’Italia, oberato dal peso di un enorme debito pubblico. Theo Waigel, ministro delle Finanze tedesco e il sottoscritto, ministro del Tesoro italiano, si ritrovarono per circa due anni a operare, sovente da posizioni oggettivamente distanti; a causa soprattutto dei conti pubblici dei rispettivi paesi.

Vi furono numerose occasioni, di scambio di idee, di incontro e.... di scontro. Sempre tuttavia con la volontà di arrivare ad un comune approdo: l’Europa.

Ad ogni passaggio degli anni lunghi e difficili in cui siamo andati costruendo l’edificio della moneta unica, si rafforzava la convinzione che quello che stavamo facendo trascendeva il presente, che promuovevamo e al tempo stesso eravamo come trascinati da un progetto inscritto nel solco della storia, da un processo di unificazione dettato dal disegno della geografia e dalle antiche comunanze della cultura.

La gravità della crisi che oggi investe l’economia mondiale ci fa guardare alla scelta di una moneta unica per l’Europa come alla decisione saggia di costruire la casa sulla roccia. Guai se oggi ci fossimo trovati senza l’euro! Guai se non guardassimo all’indipendenza e all’autorevolezza della Banca Centrale Europea e della nostra Banca Centrale Nazionale come a un prezioso patrimonio da tutelare e difendere!

Resta aperto il problema di superare quella che ho definito la “zoppia” di una Unione Europea dotata di una moneta unica e di una politica monetaria comune, affidata a un organo federativo, ma priva di una politica economica comune.

Serve pertanto spingere per una maggiore integrazione dell’Europa, che deve diventare un soggetto politico unitario, per contare di più e per affrontare meglio le sfide della crisi economica. Sta alle istituzioni e ai paesi partecipanti dare concretezza, con comportamenti adeguati e coerenti, a quel sogno straordinario che è stato l’euro.

Carlo Azeglio Ciampi