Angélica Rizzi à italiana!

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Corriere della Angélica Cantora e compositora gaúcha prepara lançamento do CD “Angélica Rizzi à italiana”, onde faz releituras para canções do folclore da Itália e promete surpreender os fãs de música italiana no Brasil News GUTO VILLANOVA Texto e diagramação A música popular italiana nunca saiu de moda no Brasil. O grande boom foi nas décadas de 1960 e 1970. Rita Pavone, Nico Fidenco, Gigliola Cinquetti e Emilio Pericoli são al- guns artistas italianos inesquecíveis daqueles tempos. Em 1976 na Itália, Vinicius e Toquinho gra varam “La voglia la pazzia l´inconscienza l´allegria”, o álbum teve a participação da co- nhecida cantora daquele país Ornella Vanoni. Sérgio Endrigo, outro popular cantor italiano no Brasil, falecido em 2005, gravou em 79 um LP intitulado “Exclusivamente Brasil”, só com clássicos da MPB. Ganhou até um samba em sua homenagem de autoria do poetinha Vinicius de Moraes. E foi com uma canção de Endrigo chamada “Canzone per te”, que Roberto Carlos venceu em 1968 o festival de San Remo na Itália. No retorno, no aeroporto, foi ovacionado como se o Brasil tivesse vencido uma Copa do Mundo. Desde então a música popular italiana não saiu mais do imaginário nacional. Nos anos 1990, a cantora italiana Laura Pausini conquistou uma legião de fãs brasi- leiros com sucessos como “Strani Amore” e “La Solitudine”. Laura Pausini que volta a se apresentar no Brasil no ano que vem. Renato Russo, falecido líder da Legião Urba- na, também incursionou pela música italiana no ano de 1995.Descendentes de italianos o roqueiro brasileiro gravou o álbum“Equilíbri para a língua italiana e, mais , algumas sur- presas. A cantora e compositora gaúcha, descendente de italianos da região do Trento no norte da Itália, já vem testando com sucesso algumas amostras deste repertório à italiana em sho- ws e apresentações nas rádios e TVs do sul do país. O ensaio para o atual projeto foi com o CD beneficente “Acústico Trentino” (2006), onde Angélica e o músico Lula Valle rearranjaram canções tradicionais italianas para um for- mato contemporâneo. O trabalho foi lançado em meio às comemorações dos 131 anos de imigração italiana no RS e 15 anos de Circolo Trentino di Porto Alegre. Nesse ínterim, a cantautora, gaúcha dedicou- se ao primeiro CD autoral “Águas de Chuva” (2008), que contém 14 canções, sendo 12 de sua autoria. O álbum traz como curiosidade uma regravação de “Canos Silenciosos” de Lobão. Clássico do rock oitentista, a canção ganha doçura na voz de Angélica, mas não perde a força do original. “Águas de chuva” foi gravado com calma durante dois anos no estúdio Fróide Explica em Porto Alegre. Mais de 30 músicos tocaram no CD, que inclui ho- menagens à Cássia Eller e Adoniram Barbosa. O début discográfico de Angélica Rizzi mostra uma cantora e compositora versátil que conse- gue flanar graciosamente por diferentes ritmos Pg1 Corriere Setembro 20112006 oDistante”, só com canções na língua de Dante Alighieri. O CD vendeu mais de 1 milhão de cópias e alavancou a vendagem de artistas italianos no país. A curiosidade do álbum é uma versão em italiano de “Como uma onda”, sucesso de Lulu Santos com letra do jornalista Nélson Motta. A música italiana mais uma vez estava em alta no Brasil. Ainda no final daquela década, o cantor Jerry Adriani gravaria o CD “Forza Sempre” (1999), com canções da Legião Urbana traduzidas para o italiano. A experiência não era inédita para Jerry, que começou sua carreira lançando os LPs “Italianíssimo” e “Credi a Me” em 1964, antes do estouro da Jovem Guarda. Sérgio Endrigo e Roberto Carlos em Sao Remo 1968 Agora em 2011 é a vez de Angélica Rizzi mar- car um novo momento dentro da história da música popular italiana no Brasil. Preparando o lançamento do show e CD “Angélica Rizzi à italiana”, investe em releituras modernas de canções folclóricas da Itália, canções autorais ,clássicos do pop rock internacional vertidos

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Corriere della AngélicaCantora e compositora gaúcha prepara lançamento do CD “Angélica Rizzi à italiana”, onde faz releituras para canções do folclore da Itália e promete surpreender os fãs de música italiana no Brasil

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GUTO VILLANOVATexto e diagramação

A música popular italiana nunca saiu de moda no Brasil. O grande boom foi nas décadas de 1960 e 1970. Rita Pavone, Nico Fidenco, Gigliola Cinquetti e Emilio Pericoli são al-guns artistas italianos inesquecíveis daqueles tempos.

Em 1976 na Itália, Vinicius e Toquinho gravaram “La voglia la pazzia l´inconscienza l´allegria”, o álbum teve a participação da co-nhecida cantora daquele país Ornella Vanoni. Sérgio Endrigo, outro popular cantor italiano no Brasil, falecido em 2005, gravou em 79 um LP intitulado “Exclusivamente Brasil”, só com clássicos da MPB. Ganhou até um samba em sua homenagem de autoria do poetinha Vinicius de Moraes. E foi com uma canção de Endrigo chamada “Canzone per te”, que Roberto Carlos venceu em 1968 o festival de San Remo na Itália. No retorno, no aeroporto, foi ovacionado como se o Brasil tivesse vencido uma Copa do Mundo.Desde então a música popular italiana não saiu mais do imaginário nacional.

Nos anos 1990, a cantora italiana Laura Pausini conquistou uma legião de fãs brasi-leiros com sucessos como “Strani Amore” e “La Solitudine”. Laura Pausini que volta a se apresentar no Brasil no ano que vem. Renato Russo, falecido líder da Legião Urba-na, também incursionou pela música italiana no ano de 1995.Descendentes de italianos o roqueiro brasileiro gravou o álbum“Equilíbri

para a língua italiana e, mais , algumas sur-presas. A cantora e compositora gaúcha, descendente de italianos da região do Trento no norte da Itália, já vem testando com sucesso algumas amostras deste repertório à italiana em sho-ws e apresentações nas rádios e TVs do sul do país.O ensaio para o atual projeto foi com o CD beneficente “Acústico Trentino” (2006), onde Angélica e o músico Lula Valle rearranjaram canções tradicionais italianas para um for-mato contemporâneo. O trabalho foi lançado em meio às comemorações dos 131 anos de imigração italiana no RS e 15 anos de Circolo Trentino di Porto Alegre.Nesse ínterim, a cantautora, gaúcha dedicou-se ao primeiro CD autoral “Águas de Chuva” (2008), que contém 14 canções, sendo 12 de sua autoria. O álbum traz como curiosidade uma regravação de “Canos Silenciosos” de Lobão. Clássico do rock oitentista, a canção

ganha doçura na voz de Angélica, mas não perde a força do original. “Águas de chuva” foi gravado com calma durante dois anos no estúdio Fróide Explica em Porto Alegre. Mais de 30 músicos tocaram no CD, que inclui ho-menagens à Cássia Eller e Adoniram Barbosa. O début discográfico de Angélica Rizzi mostra uma cantora e compositora versátil que conse-gue flanar graciosamente por diferentes ritmos Pg1 Corriere Setembro 20112006

oDistante”, só com canções na língua de Dante Alighieri. O CD vendeu mais de 1 milhão de cópias e alavancou a vendagem de artistas italianos no país. A curiosidade do álbum é uma versão em italiano de “Como uma onda”, sucesso de Lulu Santos com letra do jornalista Nélson Motta. A música italiana mais uma vez estava em alta no Brasil. Ainda no final daquela década, o cantor Jerry Adriani gravaria o CD “Forza Sempre” (1999), com canções da Legião Urbana traduzidas para o italiano. A experiência não era inédita para Jerry, que começou sua carreira lançando os LPs “Italianíssimo” e “Credi a Me” em 1964, antes do estouro da Jovem Guarda.

Sérgio Endrigo e Roberto Carlos em Sao Remo 1968

Agora em 2011 é a vez de Angélica Rizzi mar-car um novo momento dentro da história da música popular italiana no Brasil. Preparando o lançamento do show e CD “Angélica Rizzi à italiana”, investe em releituras modernas de canções folclóricas da Itália, canções autorais ,clássicos do pop rock internacional vertidos

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como rock, samba e até la chanson française.Atualmente, Angélica tem sido acompanhada nas apresentações pelos músicos Chico Merg (violão e guitarra) e Denner Zica (percussão).Mas a idéia é de que mais músicos sejam incorporados para a turnê de shows de “À italiana”. Mensalmente, a cantora, compositor, jorna-lista e escritora pode ser vista com seu “Sarau Poetas Iluminadas” no Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo (Andradas, 1123, Centro Porto Alegre). No evento, homenageia mulheres que se destacam no mundo da arte e da cultura. Quem vai leva de cortesia uma palhinha do novo trabalho “Angélica Rizzi à Italiana”.Numa pequena amostragem do novo trabalho Angélica apresentou em público uma versão do clássico de Vinicius de Moraes e Tom Jobim “Eu sei que vou te amar”, que em italiano ficou “Io so che ti amero”, quem conferiu aprovou. Mas vem muito mais por aí como versões de canções do Rei do Rock Elvis Presley e do conjunto britânico Queen. Claro que não ficará de fora do repertório de shows aquela que é um dos nomes mais popu-lares da música Pop italiana no mundo

“Cantando canções italianas eu reverencio as minhas raízes e a importância da colonização italiana no Brasil” - Angélica Rizzi

Ping-Pong à italiana

Uma cantora da Itália...Ornella Vanoni

Um verso...Non basta appena vivere/abbiamo l´obbligo della felicità (A.Rizzi)Não basta apenas viver / Temos a obrigação da felicidade

Música italiana é...Sentimento

Brasil x Itália...Amore x Passione

Um som de instrumento...Violoncelo

Cinema italiano...”A Terra Treme” de Luchino Visconti e “La Dolce Vita” de Fellini

Uma ditado italiano...Non essere farina da far ostie (não ser trigo limpo)

Um sapore d´Italia...Vinho Lambrusco

Uma canção típica...Mérica Mérica

Entrevista - A. Rizzi

Angélica Rizzi clicada em movimento.

Pg 2 Corriere Setembro 2011Laura Pausini que faz show no Brasil ano que vem

Shows e Eventos Em 2011-2012, Angélica Rizzi investe forte no projeto de show e CD “À italiana”, podendo ser contratada para soltar a voz em eventos coorporativos, festas de casamento, feiras, casas de shows, clubes, festivais, festas populares, etc. Em formato acústico ou acompanhada de uma banda, o show “Angélica Rizzi à italiana” é uma grande pedida neste momento em que a cultura italiana volta a atrair atenção dos brasileiros. Contato para shows: www.angelicarizzi.com