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MezzoLab à conquista do mundo Francisco Pimentel, presidente da Associação de Antigos Estudantes da UMinho em exclusivo para ACADÉMICO/RUM Ciclo de três concertos no arranque do GNRation reportagem cultura Página 10 e 11 entrevista Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 187 / ANO 9 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 9.ABR.13 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico “Quero fazer da AAEUM uma associação a sério” Declarações de Luís Braga da Cruz ao ACADÉMICO geram polémica no conselho geral da UMinho campus Página 09 Página 06 Página 16

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academico187

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MezzoLab à conquista do mundo

Francisco Pimentel, presidente da Associação de Antigos Estudantes da UMinho em exclusivo para ACADÉMICO/RUM

Ciclo de três concertos no arranque do GNRation

reportagem

cultura

Página 10 e 11

entrevista

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA187 / ANO 9 / SÉRIE 4

TERÇA-FEIRA, 9.ABR.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico

twitter.com/jornalacademico

“Quero fazer da AAEUM uma associação a sério”

Declarações de Luís Braga da Cruz ao ACADÉMICO geram polémica no conselho geral da UMinho

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NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

Polémica em torno do CGJá seria de esperar que os es-tudantes quisessem esclarecer aquilo que realmente se passa no Conselho Geral, isto depois das declarações de Luís Braga da Cruz. Alguns ex-representan-tes apontam uma “estratégia escondida” que possa estar por detrás destas afirmações do presidente cessante. Se assim o é, atitude desprezável. Resta agora aos estudantes não dar azo a este tipo de comentários e constatar as parcas posições de alguns.

Im(punho) JovemVendedor de sonhos ou de “pu-nhos” para bater. É este o novo embaixador do Impulso Jovem no nosso país. Poderia chamar--se agora “impunho jovem” dado o tom repetitivo da ex-pressão por parte do entertainer bracarense que afirmou que os estudantes portugueses não se podem queixar das dificuldades. Esqueceu-se que nem todos têm os mesmos “padrinhos”, mas, acima de tudo, percebeu-se que de Matemática pouco sabe. Mau demais. Um triste arranque!

Rampa da FalperraÉ um regresso mais que espe-rado. Uma prova emocionante, cheia de adrenalina e paixão. É assim a Rampa da Falperra que não move apenas os aficcionados dos desportos motorizados. Uma competição que pode, deve e vai, certamente, servir para impulsio-nar a economia local. É, acima de tudo, uma constatação de que no Minho os rallies têm mais força e Braga, com este espelho de quali-dade, vai certamente voltar a im-pulsionar o desenvolvimento dos mesmos na região.

VENCEDORES DO CONCURSO UM AO QUADRADO:

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // terça-feira, 09 Abril 2013 / N187 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.

David Lourenço - 4º ano - Engenharia Civil

Teoria da menorização

A última entrevista do presidente do Conselho Geral (CG) da Universidade do Minho, Luís Braga da Cruz, dada ao ACADÉMICO na passada semana, gerou natural mal-estar na academia, sobretudo no corpo estu-dantil e, em particular, nos estudantes que passaram pelo órgão máximo da Universidade.Tal como pode ler-se nesta edição, os estudantes, imputados de serem pouco ativos e de centrarem as suas intervenções nas reuniões, exclusivamente, sobre o tema das propinas, refutaram a visão redutora do presi-dente do CG e elencaram áreas em que intervieram. Que, a julgar pelas afirmações dos representantes dos estudantes envolvidos, foram muitas – de índole estratégica para a Universidade e de natureza mais específi-ca aos interesses dos estudantes – e reflectem o entendimento correcto do que deverá ser o enquadramento da sua participação naquele que é o órgão máximo da Universidade. Menorizar, através da omissão ou negli-genciando a quantidade e qualidade das intervenções de um qualquer grupo representativo no CG (no caso os estudantes), por parte do seu ainda presidente não terá sido seguramente uma acção prudente ou feliz.

EDITO

RIA

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LEÃO

// vasco.leao@rum

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LOCAL

PUB.

tudo pronto para a 34ª edição da rampa da falperraDANIEL MOTA

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A 34ª edição da Rampa da Falperra vai acontecer entre os dias 11 e 12 de maio, de-pois de ter estado em risco por questões financeiras.Na passada quarta-feira, em conferência de imprensa, o Clube Automóvel do Minho apresentou a prova deste ano. Esta decorreu no The-atro Circo, contando com a presença de várias entida-des da cidade e do panora-ma motorizado, entre elas, Vítor Sousa, da Câmara Municipal de Braga, Marco Sousa da Região de Turismo Porto e Norte de Portugal, Manuel Barros do Instituto Português do Desporto e Juventude, David Cabral da FPAK e ainda Ana Paula da AIA.Barbosa Ferreira, Presiden-te do Clube Automóvel do Minho (CAM) sublinhou a importância das obras de segurança que implicaram um custo de 100 mil euros. Para a realização da prova que todos os anos traz cerca de 100 mil visitantes à cida-

de de Braga, foi necessária uma verba “suplementar”, como explicou o presiden-te do Clube Automóvel do Minho que, curiosamente agradeceu a dois dos candi-datos à Câmara Municipal de Braga em 2013 – Vítor Sousa e Ricardo Rio - pelos esforços para que a Rampa da Falperra acontecesse este ano.Ainda em declarações à im-prensa, a direção do evento garantiu que fará tudo para

que a Rampa da Falperra possa mostrar sempre que é uma mais-valia para a cidade porque para além de ser um evento de extre-ma importância consegue atrair milhares de pessoas: “é uma mais-valia para a ci-dade, é uma mais-valia para as populações e para a eco-nomia aqui da região e para Portugal”.Espera-se uma participação semelhante à do ano ante-rior na competição através

para ajudar a ultrapassar esta fase que Portugal está a viver”, apontou o responsá-vel no sentido da recupera-ção financeira.O responsável máximo do CAM apontou ainda que o clube que representa e a sua direção “tudo fará para merecer a confiança que mais uma vez depositaram em nós e dar condições para que esta prova continue a ser uma referência nacional e internacional”.

de “uma maior segurança ao longo da Rampa não só para os pilotos mas também para os amantes da moda-lidade”, esclarece Barbosa Ferreira. Recorde-se que o evento do ano passado con-tou com 160 pilotos nacio-nais e internacionais.Este é, também um evento, que impulsiona a economia local, assumiu Barbosa Fer-reira: “Tomara que houves-se muitas rampas da Falper-ra, pois seria mais um meio

DR

Evento”fintou”

dificuldades e sai para a

estrada em maio

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CAMPUS

CÁTIA SILVA

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É já no próximo dia 17 de abril que se vai realizar o seminário “O Capital da Juventude”, inteiramente dedicado às potencialidades dos jovens de hoje. Inserido no projeto “Con-necting The Dots” 2013, tem como objetivo sensibi-lizar, inspirar e motivar os alunos com a partilha de testemunhos reais e de su-cesso, bem como dotá-los de ferramentas e competências

que potenciem um ajusta-mento entre oportunidade de emprego e as suas expec-tativas profissionais. Ana Rita Ribeiro, do Liftoff, o Gabinete do Empreendedor da AAUM diz que “a parti-lha de experiências é uma boa forma de aprendizagem e motivação”. Esta atividade que não é es-treante, apresenta este ano uma iniciativa inovadora, uma atividade de Brainstor-ming em torno dos “Recur-sos Capitais e Estratégias para o Sucesso”. “O objetivo desta atividade passa por utilizar técnicas de geração de ideias com apoio de dois dinamizadores experien-

tes e com a participação do Vice-Reitor da UMinho, José Mendes, no sentido de obter um conjunto de ideias e políticas para capitalizar a juventude”, explica-nos Ana Rita Ribeiro. Sonhos e objetivos são en-carados nesta iniciativa como parceiros. Tentam aliar as capacidades técnicas de cada um às suas moti-vações e aos seus desafios emocionais. “Na sociedade em que estamos inseridos, os jovens desejam muito, mas sonham pouco. Sendo o sonho uma força motora que impulsiona a ação na concretização de objetivos, é importante a sua definição.

Mas não basta. A persis-tência, enquanto qualidade manifestada por meio de uma ideia firme e constan-te será imprescindível na concretização do sonho, so-bretudo em episódios onde se apresentam obstáculos e dificuldades”, descreve-nos a representante do Liftoff. O programa é constituído por três painéis: “Sonhos da Juventude”, “Jovens de Futuro” e um de Brainstor-ming. E para convidados conta com escritores e via-jantes, trainers, designers e humoristas. A iniciativa ligada ao em-preendedorismo realça as funções deste gabinete da

liftoff promove “o capital da juventude”AAUM, o de fomentar o espírito empreendedor da comunidade académica da Universidade do Minho, ajudando na criação do próprio negócio, e sensibili-zando-os para a temática do empreendedorismo como uma atitude. “Hoje em dia é importante que os jovens se consigam adaptar às novas realidades, estando estas em constante mudança. Para isso, temos de ser pró-ativos, ter atitude e sermos resilientes”, rema-ta Ana Rita Ribeiro. A atividade realizar-se-á no auditório B1 do Cp2, em Braga e é totalmente gratui-ta mediante inscrição.

DANIEL VIEIRA DA SILVA

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Tomaram posse na passada semana os novos elementos que irão compor o Conselho Geral (CG) da Universidade do Minho. Foram eleitos 17 conselheiros que irão repre-sentar os corpos docentes e investigadores, os estudan-tes e o pessoal não-docente e não-investigador. No que concerne à distri-buição dos lugares, a confi-guração do Conselho Geral assemelha-se à verificada no último mandato, enca-beçado por Luís Braga da Cruz que foi eleito presiden-te depois de ser um dos seis membros cooptados.O agora presidente cessan-te sublinhou, no final da tomada de posse dos novos elementos, que este mo-mento não soou à sua des-pedida: “É uma despedida de um período de quatro anos e uma ocasião que também serve para fazer al-

gum balanço do que foi esta experiência”, referiu. Esse mesmo balanço pauta-se, no entender de Luís Braga da Cruz, por “um quadro interessante. Não havia refe-rências antes em Portugal. Estávamos a aplicar, pela primeira vez, um novo regi-me jurídico que consagrava um órgão com esta nature-za. Um órgão muito mais político do que de gestão, mas um órgão que obrigava a pensar a política da Uni-versidade. Tinha uma no-vidade: ter membros exter-nos, eleger um Reitor novo e discutir o enquadramento para os próximos anos”, atestou Luís Braga da Cruz. O ex-presidente aproveitou, também, para fazer uma alusão ao futuro deste órgão que, no seu entender, ”tem, agora, a vida facilitada. Tem um plano estratégico que foi profundamente discutido e que envolveu a participação da academia, o que é muito relevante. O Conselho Geral é um órgão com capacidade

de pensar o futuro da Uni-versidade e ajudar o Reitor nisso”.Já o Reitor da academia, António Cunha, destacou a experiência positiva do primeiro Conselho Geral da Universidade do Minho. “Penso que a experiência do primeiro CG foi muito po-sitiva, quer no modo como funcionou, quer no modo como se relacionou com os demais órgãos da universi-dade, incluindo o Reitor”, destacou.Sobre o funcionamento do órgão, António Cunha con-sidera que este foi “normal”:

“Penso que as palavras que definem mais adequada-mente aquilo que se passou foi um funcionamento nor-mal, regular, de acordo com o que está definido na lei. Um funcionamento, tam-bém ele, cúmplice de par-ticipação dos vários órgãos na construção do modelo da universidade e no aprofun-damento das suas práticas de gestão. Penso que quan-do as coisas funcionam nor-mal, funcionam bem, isso deve ser registado”, assumiu o reitor que reconheceu que ainda existe algum distan-ciamento entre o Conselho

elementos do conselho geral tomam posse na uminho

Geral e a academia: “Uma análise comparativa com o que se passa com a Univer-sidade do Minho e noutras universidades portuguesas e noutras universidades estrangeiras penso que o patamar em que estamos é bom, é interessante. Temos de perceber que uma enti-dade com esta complexida-de e com esta dimensão tem que estar muito baseada em mecanismos de representa-tivade, até por questões de disponibilidade dos órgãos quer das pessoas. Agora concordo totalmente tam-bém que é um caminho que poderá sempre ser melho-rado e aprofundado”, con-cluiu.O calendário eleitoral prevê que estes 17 conselheiros reúnam a 29 de abril para proceder à cooptação dos restantes seis membros ex-ternos do Conselho Geral. Estes deverão tomar posse a 20 de maio, sendo um de-les escolhido entre os pares para presidir o órgão.dicas

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CATARINA SILVA

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O Instituto de Ciências So-ciais (ICS) da Universidade do Minho (UM) convidou todos os alunos de várias es-colas secundárias do Norte a participar no Dia Aberto do ICS, que decorreu no dia 3 de Abril. A iniciativa repetiu-se no dia 5 e deu a conhecer os cursos leccio-nados nesta área - Arqueo-logia, Ciências da Comuni-cação, Geografia, História e Sociologia -, bem como as respectivas saídas profis-sionais, através do convívio com professores, alunos e funcionários e da experi-mentação laboratorial deste mundo profissional. Ape-sar de a iniciativa procurar divulgar a oferta educativa ao nível das ciências sociais da UM, Miguel Bandeira, presidente do ICS, esclare-ceu que a acção “não é mera propaganda”, mas “inscre-ve-se no modo de relaciona-mento entre a universidade

e a comunidade onde está inserida”. A principal fina-lidade, segundo Bandeira, é contactar com os alunos do ensino secundário, que estão prestes a entrar para a universidade, não só para que conheçam o “conteúdo dos cursos”, mas também “os modos do saber fazer”. Para isto, contribuiu tam-bém a presença de alguns ex-alunos, “que são o teste-munho do sucesso e da in-tegração destes saberes no mundo profissional e do tra-balho”. O programa conti-nha ainda uma componente lúdica, pelo que contou com a actuação da Associação de Percussão Universitária do Minho (IPUM).

Miguel Bandeira reconhece preconceitos em relação às Ciências Sociais

Apesar das iniciativas no âmbito das ciências sociais, Miguel Bandeira reconhece que “existem ainda muitos preconceitos e ideias feitas relativamente à capacida-

de profissionalizante desta área”. Mas são vários os as-pectos que contrariam esta ideia de acordo com o pre-sidente do ICS: “Desde logo o facto de preenchermos todas as vagas em todos os cursos que oferecemos”. Bandeira procurou salien-tar que o período de crise que hoje vivemos não afecta só as ciências sociais, mas “todos os sectores profissio-nais ou profissionalizantes da universidade”. “Eu julgo precisamente que, neste período, as ciências sociais estão capacitadas para con-tribuir para a inovação”, afirmou Miguel Bandeira, que acrescentou: “Nós vive-mos uma época em que te-mos de encontrar engenho e criatividade nas novas sa-ídas e nos novos produtos, numa realidade que está sa-turada de lugares comuns, de modos repetitivos de fa-zer as coisas e um estudan-te de ciências sociais pode fazer hoje a diferença pelas mais-valias da sua ampla formação”.

Fim de História e Sociologia não é aprovada pelo ainda presidente do ICS

A propósito da reestrutura-ção da rede de ensino supe-rior, fala-se do possível desa-parecimento dos cursos de Sociologia ou de História, mas Miguel Bandeira pensa que “isto não existe verdadei-ramente com consistência”, até porque “há estudos que não confirmam essa pers-pectiva”. “Reconheço que a rede de oferta do ensino superior em Portugal tem de ser reorganizada e racio-nalizada, mas não pode ser só na base do encerramen-to, tem de ser feita também na base da reestruturação”, revelou o presidente do ICS, que rematou: “Não existe verdadeiramente uma uni-versidade digna desse nome se não representar a diversi-dade dos saberes”. Recorde-se que o mandato de Miguel Bandeira termi-na este mês, com a tomada de posse da nova direcção. Em entrevista à RUM/ACA-

ics recebe estudantes do secundário e perspectiva futuroDÉMICO, o actual presi-dente fez um balanço dos anos em que presidiu o ICS: “Concluo um mandato, que inclui um período de per-manência como vice-pre-sidente, que perfaz ao todo nove anos”. Miguel Bandei-ra salientou o trabalho de equipa ao longo destes anos e também a internaciona-lização do ICS através dos vários intercâmbios e pro-jectos.Com destaque para o cres-cendo de estudantes em pós-graduação, mestrado e doutoramento, esta área tem vindo a afirmar-se, in-clusivamente a nível exter-no. Contudo, o actual presi-dente do ICS considera que “as ciências sociais não têm merecido por parte dos or-ganismos governamentais a atenção que merecem”. Gratificante foi a experiên-cia para Miguel Bandeira, que garantiu que “a nova di-recção prosseguirá o desen-volvimento e afirmação da instituição destes últimos anos”.

ANA pINhEIRO

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Com a chegada do mês de abril, chega também a VII edição do UMPlugged e do Dj@UM, que prometem, mais uma vez, dar boa mú-sica à academia minhota. Estes dois concursos orga-nizados pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), visam premiar a melhor banda e o melhor dj, respetivamente.O prémio para ambos os concursos será o mesmo

dos anos anteriores, uma atuação não remunerada no Enterro da Gata. Para o Dj@UM, as maque-tes já puderam ser entre-gues até ao dia 4 de abril e as eliminatórias vão ocorrer nos dias 10 e 17 de abril no BA de Guimarães.

Dj@UM “transferido” para o BA de Guimarães

Cada dj set apresentado pe-los candidatos terá a dura-ção de 30 minutos. A final será no dia 24 de abril.

Segundo Paulo Pimenta, di-retor do Departamento Cul-tural e Tradições Académi-cas de Guimarães, “o Dj@UM deste ano não se reali-zará no Insólito, mas sim, nas quartas-feiras no Bar Académico de Guimarães”. Paulo Pimenta diz ainda que alteraram “o Dj@UM para uma quarta-feira com o intuito de aumentar a afluência de gente”. No que diz respeito ao UM-Plugged, as maquetes tam-bém foram entregues até ao dia 4 de abril e as eliminató-

rias serão já no dia 9 e 16 de abril no Bar Académico de Guimarães. O tempo de atuação de cada banda será de 20 a 30 minu-tos. A final irá realizar-se no dia 23 de abril, no mesmo local das eliminatórias.Para avaliar os concorren-tes, estes concursos conta-rão com um júri composto por um elemento da Rádio Universitária do Minho, pelo presidente da Associa-ção Académica, por um ele-mento da banda vencedora

umplugged e dj@um voltam a dar músicado ano anterior e por um re-presentante do estúdio Lobo Mau. As bandas serão avaliadas pela sua seleção musical, pela sua técnica, criativida-de e interação com o públi-co. Relativamente ao UMPlu-gged, Diretor do Departa-mento Cultural e Tradições Académicas de Guimarães, refere ainda que esperam “uma boa afluência devido ao facto de termos uma ban-da convidada em cada elimi-natória.”

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DANIEL VIEIRA DA SILVA

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Estalou o verniz no Conse-lho Geral da Universidade do Minho. As declarações proferidas pelo presiden-te cessante, Luís Braga da Cruz, ao ACADÉMICO, ca-íram mal no goto dos re-presentantes dos estudan-tes que agora reagem com veemência a estas palavras, acusando Luís Braga da Cruz de estar a mentir ao proferir tais declarações.Em causa estas palavras do presidente cessante: “(...) sinto que os estudantes não são muito ativos no CG, ou seja, não estão permanente-mente a querer falar, a dis-correr e a fazer propostas. Normalmente, estão atentos ao que se passa, mas eu gos-taria que interagissem mais em função de cada tema e não discutissem apenas pro-pinas, que é o que acontece”.Carlos Videira, recentemen-te eleito para o Conselho Geral como o primeiro estu-dante a representar os seus pares, foi o primeiro a rea-gir. Aquele que é, também, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho sublinhou discor-dar, por completo, destas declarações. “Não consigo concordar e penso que não existe essa tendência [de menor participação dos es-tudantes]. Estamos a falar do grupo de representantes que foi mais ativo ao longo dos últimos quatro anos. Teve uma intervenção ativa e, acima de tudo, com mui-ta qualidade. Mais do que falar por falar, de intervir por intervir, ou ser ativo por ser ativo, procurou-se que as intervenções fossem de qualidade e fossem àquilo que são os verdadeiros pro-blemas dos estudantes e da comunidade académica da Universidade do Minho”, disse Carlos Videira.

Luís Rodrigues elenca in-

tervenções dos estudantes sobre várias temáticas

O ACADÉMICO também foi ouvir o que tinha a di-zer Luís Rodrigues, ex-re-presentante dos estudantes neste órgão máximo da aca-demia. O mesmo mostrou--se perplexo com essas de-clarações de Braga da Cruz: “Não partilho das mesmas, considero-as até uma gafe tremenda, penso que refle-tem uma falta de memória muito grande relativamente aos quatro anos que pas-saram de existência deste Conselho Geral”.Luís Braga da Cruz, para além de chamar a atenção para a atividade dos estu-dantes no órgão a que pre-sidiu, também balizou as intervenções dos mesmos no assunto das propinas. Posição essa, igualmente, rebatida pelos estudantes. “É completamente falso, é uma mentira total. Não vejo qual a justificação para tais afirmações”, considerou Luis Rodrigues. O, também ex-presidente da AAUM, aproveitou ainda para re-lembrar algumas das inter-venções onde ele foi parte ativa: “Sobre a própria elei-ção do Reitor, do Provedor do Estudante, da missão e da competência do Prove-dor do Estudante, da sua implantação sobre os planos estratégicos, os planos de

ação e os respetivos relató-rios da Universidade do Mi-nho e dos seus Serviços de Ação Social. Falamos ainda sobre o modelo de acolhi-mento aos novos alunos, sobre as acessibilidades e so-bre a segurança nos campi, as taxas de empregabilidade dos recém-licenciados e so-bre a sua monitorização no seu percurso após o térmi-no dos seus graus, portanto há todo um vasto leque de intervenções que foi pro-tagonizado pelos estudan-tes”, refere Luís Rodrigues, exemplificando o “abrir de leque” a outros temas abor-dados pelos estudantes nas suas intervenções.

Pedro Soares lembra traba-lho de base feito pelos estu-dantes

Já Pedro Soares, presiden-te da AAUM entre 2007 e 2009, foi, também ele, parte integrante dos repre-sentantes dos estudantes no Conselho Geral. Ainda assim, o antigo presidente da AAUM fez questão de re-lembrar que a participação, importante, dos estudan-tes, começa bem mais cedo, através das “intervenções na Assembleia Estatutária que culminou na criação das condições para que a participação dos estudantes fosse agora discreta e eficaz. Fizemos sempre o trabalho

de casa sobre vários temas. Desde a Assembleia Estatu-tária até o dia de hoje acre-dito que houve muito traba-lho feito pelos estudantes”. Pedro Soares revela ficar surpreso com as palavras de Luís Braga da Cruz e subli-nha não concordar com as mesmas. Sobre a prepon-derância na discussão de al-guns temas em específico, ao ACADÉMICO, Pedro So-ares lembra que “o interesse dos estudantes é o interesse da Universidade do Minho e por isso “todos os temas são importantes para os estu-dantes”, especifica Soares, concluindo: “Não sei se há alguma outra intenção do engenheiro Luís Braga da Cruz com estas declarações, mas não as percebo. O que disse não está de acordo com as minhas memórias.”

Antóno Cunha classifica como positiva a participação dos estudantes

O ACADÉMICO foi, ainda assim, ouvir mais vozes na academia. Impunha-se a re-ação de António Cunha so-bre esta polémica.O mesmo fê-lo desta forma: “A participação que os estu-dantes tiveram, na minha avaliação, no Conselho Ge-ral certamente foi positiva. Foi talvez demasiado marca-da pelas temáticas que são críticas para os estudantes e que os estudantes dão uma grande centralidade, e aí te-mos a questão das propinas que é sempre assumida de uma maneira muito inten-sa pelos mesmos. A minha avaliação, mais uma vez, é positiva”.Ainda assim, o reitor da Universidade do Minho dei-xou um repto: “Seria desejá-vel que houvesse uma parti-cipação mais intensa e que os estudantes trouxessem outros temas, por iniciativa deles, para o conselho geral e participassem mais ativa-mente noutros debates, cer-

declarações de luís braga da cruz ao ACADÉMICO geram polémica no conselho geral da uminho

tamente que sim”.

Manuel Pinto sublinha que se deve estimular a partici-pação de todos no Conselho GeralOuvido pelo ACADÉMICO, também Manuel Pinto, pro-fessor do Instituto de Ciên-cias Sociais, que era já par-te integrante do Conselho Geral e que tomou posse, na passada semana, para um novo mandato no órgão como representante dos do-centes e investigadores.Sobre as declarações de Luís Braga da Cruz, o professor afirma: “Não tenho muito mais a acrescentar. Cons-tato isso e corroboro com o que Luís Braga da Cruz dis-se. Avaliando o número de intervenções dos estudan-tes, deduz-se que estes pas-sam algum tempo calados nas reuniões. Limitam-se a assistir quando as matérias são algo onde não têm mui-to a dizer”, acrescenta.Ainda assim, o professor prefere pegar neste caso como algo a ser reflectido de forma positiva. “ Temos de perceber se o Conselho Ge-ral pode fazer algo no senti-do de reverter esta tendên-cia de pouca participação de alguns elementos. Falo de todos eles, porque não deve haver qualquer tipo de pa-ternalismo em relação aos estudantes”.Manuel Pinto, ainda assim, fez questão de sublinhar a importância das interven-ções dos estudantes nos te-mas que lhes são mais pró-ximos. “Os estudantes têm um papel relevante e mar-cam o debate na questão das propinas e na ação social. São posições próximas às que se conhecem a nível ofi-cial, mas importantes”.O ACADÉMICO tentou, ainda, ouvir os elementos que encabeçavam as listas que recentemente foram eleitos para o órgão, mas tal não foi possível até ao fecho da edição.

Luís Braga da Cruz referiu que os estudantes não eram

muito ativos no Conselho Geral. Palavras caíram mal

junto dos alunos

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INQUÉRITOVítor Costa encara de forma positiva a escolha de Miguel Gonçalves para embaixador do programa Impulso Jo-vem. “Embora algumas pes-soas pensem o contrário, o Miguel Gonçalves é na ver-dade um grande incentiva-dor”, afirma o mestrando, que já foi a alguns eventos da Spark Agency. Contudo, embora consi-dere o discurso de tomada de posse do criativo como “baseado no incentivo ao trabalho”, discorda da par-te dos cem euros por mês. “Percebo a ideia que quer transmitir, mas não foi o melhor exemplo para se dar, uma vez que para se poder estudar não basta pagar pro-pinas! Alimentação, aloja-mento e transporte não são nada baratos”, concluiu.

“Irrisório”, foi como Fran-cisco Conrado classificou o discurso proferido na ceri-mónia. O estudante de Ci-ências da Comunicação foi bastante duro sobre as de-clarações feitos por Miguel Gonçalves, que “provam que ele não conhece a reali-dade dos estudantes que de-pendem de bolsas ou outros tipos de auxílios”. O estudante acrescenta ainda que se as dificulda-des para pagar os estudos fossem assim tão poucas, “não teríamos o aumento do número de alunos que abandonam a universidade por faltas de condições eco-nómicas para isso. Não terí-amos ações, como a de criar um fundo de emergência para alunos necessitados. Os factos contradizem tudo que o Miguel Gonçalves afirma.”Quando perguntado so-bre medidas para ajudar a população mais jovem no mercado de trabalho, este afirma que é preciso haver “menos discursos de autoa-juda” e que deve haver antes uma “intervenção real por parte de quem tem o poder e a responsabilidade”, neste caso, “o Governo”.

Filipa Henriques mostra-se algo dividida, uma vez que entende que “há afirmações do Miguel Gonçalves que são aceitáveis e outras que são simplesmente radicais”. Por um lado, concorda com “o facto de ele dizer que é preciso esforço, que é pre-ciso as pessoas procura-rem oportunidades” e que consciencializa os jovens de que “o futuro está mes-mo mesmo a chegar”, e por isso é “importante pessoas como o Miguel Gonçalves terem voz para mostrar à juventude, que afinal, é ela mesma o futuro, que há ne-cessidade de preocupação e motivação com o mercado de trabalho.”Por outro lado, discorda quando interrogada se as di-ficuldades de pagar os estu-dos serão tão poucas como referido no discurso. “Há muita gente sem bolsa e que precisa dela”, afirma, salien-tando que “é preciso ter em atenção que uma família que tenha dois filhos no en-sino superior, com salários que a remete para a classe média, fica em dificuldades para conseguir manter os fi-lhos na universidade”.

FRANCISCO CONRADO1º ANO// MESTRADO EM

CIêNCIAS COMUNICAçÃO

FILIPA HENRIQUES2º ANO//

CIêNCIAS DA COMUNICAçÃO

ALEXANDRE VALE

[email protected]

Na semana passada, Miguel Gonçalves foi promovido a embaixador do programa “Impulso Jovem”, a convite do ministro demissionário Miguel Relvas.O seu discurso polarizou opiniões. Polémicas se tornaram algumas afirmações do mesmo, como quando aconselhou os estudantes a pagarem as propinas a venderem pipocas.

Sendo um assunto que não deixou indiferentes os jovens universitários, o ACADÉMICO foi ouvir o que pensam os estudantes da academia minhota sobre as declarações proferidas pelo responsável pela expressão “bater punho”.

VITOR COSTA1º ANO //

MESTRADO BIOINFORMÁTICA

revês-te nas declarações do novo embaixador do impulso jovem?

O estudante de Engenharia revela-se animado com a nomeação: “o perfil do Mi-guel Gonçalves assenta que nem uma luva ao cargo que agora assume”. “Julgo que precisamos de motivado-res e empreendedores para impulsionar a economia”, acrescenta.Relativamente ao discur-so, Henrique Abreu acha que “pode ajudar alguns jovens a perceber que nada se consegue sem esforço” e concorda em certa medida, dado que “um estudante deve fazer os possíveis para conseguir “sobreviver” nos estudos universitários”. Contudo, este mantém al-gumas reservas sobre al-guns pontos. Para quem tem poucas posses monetá-rias “é bastante complicado prosseguir com os estudos” e mesmo para quem se es-força, “nem sempre há opor-tunidades para pôr essas ideias em prática” e que são precisos mais de cem euros para poder pagar, além das propinas, residência, ali-mentação, fotocópias, entre outras despesas associadas.

HENRIQUE ABREU4º ANO //

MIEEIC

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CAMPUSPÁGINA 08 // 09.ABR.13 // ACADÉMICO

UNIVERSITÁRIO

MARTA SOARES

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Miguel Gonçalves, funda-dor de uma empresa espe-cializada em soluções para a comunicação interna, foi es-colhido pelo ex-ministro dos Assuntos Parlamentares do Executivo, Miguel Relvas, para Embaixador do progra-ma governamental Impulso Jovem no dia 2 de Abril. O novo embaixador, natural de Braga, ficou conhecido após a participação no pro-grama Prós e Contras em 2011. A sua nomeação sur-ge com o objetivo de trazer

uma lufada de ar fresco ao programa governamental. “Amigo, se tu com 20 anos não consegues arranjar 100 euros por mês para pagar os estudos, então vais ter muitos problemas na vida, porque até a vender pipocas se arranja cem euros por mês”, referiu Miguel Gon-çalves tentando incentivar os jovens desempregados que querem estudar. Foram estas palavras que geraram polémica por todo o país. Bruno Nogueira, por exem-plo, rotulou o empresário de “Cromo” na sua crónica na TSF, alegando que “o gover-

no contratou mais um in-divíduo que não sabe fazer contas” já que 100 euros por mês, segundo o humorista, não chegam para pagar pro-pinas, alimentação, mate-rial escolar e estadia.

Também o humorista Ri-cardo Araújo Pereira critica a forma como Gonçalves e o próprio Governo tratam os desempregados, já que se referem ao mesmo como “uma manada de calões que só não arranjam emprego porque não têm atitude”.No site do Bloco de Esquer-da pode ler-se um artigo denominado “Miguel Gon-çalves, onde está o teu car-rinho das pipocas?” onde se seguem as críticas em tom de ironia de João Mineiro, estudante e dirigente Asso-ciativo do Ensino Superior. As reprimendas em blo-

embaixador do impulso jovem gera controvérsia e é motivo de chacota

gues, nas redes sociais e nos jornais são elevadas. No entanto há quem assimile o discurso de Miguel Gonçal-ves e afirme que “o exemplo que ele dá das propinas faz todo o sentido”, corroboran-do a analogia do embaixa-dor.Após a demissão de Miguel Relvas, Miguel Gonçalves já manifestou a sua dispo-nibilidade para continuar a trabalhar no governo apesar da sua continuidade no exe-cutivo de Passos Coelho e consequentemente o cargo de embaixador do Impulso Jovem não estar assegurado.

ANA FILIpA GASpAR

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“Youth in Crisis”. É este o nome da iniciativa que dará oportunidade aos 15 jovens portugueses selecionados pelo eurodeputado Rui Ta-vares, de dar a conhecer ao Parlamento Europeu os ver-dadeiros problemas do país.É no dia 10 de abril, em Bru-xelas, que vão ser reunidos cerca de 100 jovens oriun-dos de diferentes países da Europa para discutirem qua-tro grupos de problemas: democracia, economia, so-ciedade e ambiente. Um grupo de deputados

da Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Grécia e Portugal criaram esta “ex-periência inédita de demo-cracia deliberativa”, segun-do Rui Tavares, tendo em vista o debate de ideias e problemas na União Euro-peia. Identificar a possibili-dade de solução das diversas questões e preparar propos-tas de futuro comum euro-peu são os objetivos deste encontro. Cada eurodeputado teve a oportunidade de convidar entre 10 a 20 jovens para a iniciativa. Neste sentido, o português decidiu levar 15 portugueses consigo, entre

eurodeputado dá voz a 15 jovens portugueses para apresentarem soluções para o país no parlamento europeu

os 18 e os 35 anos, seleciona-dos através de um concur-so-relâmpago em que cada interessado poderia candi-datar-se através da escrita de um ensaio sobre “juven-tude, crise e Europa”. O con-curso terminou a 11 de mar-ço e o número de ensaios submetidos ultrapassou a centena. Os 15 representan-tes portugueses já se encon-tram a debater ideias entre si prontos para rumar até ao Parlamento com a bagagem cheia de novas ideias. Em declarações ao P3, Rui Tavares admitiu que pode-ria “perfeitamente” escolher 15 jovens seus conhecidos

“do universo do twitter ou da blogosfera”. No entanto, decidiu sair do “círculo ha-bitual enquanto pensador ou político de esquerda”. “O que pretendo com o concur-so é trazer a Bruxelas jovens que ainda não conheço, de diferentes idades, de dife-rentes pontos do país, com diferentes opiniões, que mostrem ao parlamento os verdadeiros problemas do país”. O eurodeputado assume ainda no seu blogue pesso-al: “É muito importante que os jovens vindos do Sul da Europa, e em particular de Portugal, possam ser sin-

ceros na comunicação dos problemas específicos que afligem os nossos países, e persuasivos na explicação do que significam esses problemas para o nosso fu-turo comum europeu. Há certamente muitos jovens capazes de o fazer à sua ma-neira”.

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ADRIANA COUTO

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São poucos os que ainda não conhecem a MezzoLab, uma spin-off lançada a partir da empresa Sketchpixel, que cresceu como um es-túdio criativo que tra-balha no desenvolvi-mento de aplicações móveis, websites e design gráfico. O mundo já se ren-deu às spin-offs que aparecem todos os dias um pouco por todo o lado, seja em universidades, gran-des empresas ou centros de pesquisa. Aliadas a um cus-to de manutenção, na maioria, baixo, as spin-offs distin-guem-se por conse-guirem crescer de uma forma rápida e eficáz, conseguindo gerar lucros altamen-te atrativos. Nascidas a partir de algumas ideias promissoras,

é no arriscar que está o ga-nho destas, mesmo que isso signifique que, no início, as condições de trabalho serão incertas. A MezzoLab começou exa-tamente dessa forma. A pequena empresa, sediada na cidade de Braga, tem dado cartas ao mundo com o seu trabalho. Para a sua equipa, o segredo do seu sucesso não é propriamente segredo: “adoramos o nosso trabalho. Isso significa que cada cliente obtém o nosso melhor independentemente de ser uma multinacional ou uma pequena padaria.”

mezzolab à conquista do mundo

São vários os trabalhos de sucesso que têm colocado a MezzoLab na rota das prin-cipais empresas nacionais e internacionais. Um dos últimos, foi a renovação da página pessoal de Juan Ver-de, o codiretor da campanha internacional de Barack Obama, que acabaria por lançar a empresa bracaren-se por terras do Tio Sam, sobretudo na área das apli-cações móveis. Com uma equipa pequena e jovem, a Mezzolab não esconde a paixão pelos seu trabalho. “Acreditamos que um pro-jeto fantástico não ocorre por acaso; envolve muito trabalho, para o qual não há substituto.” Entre trabalhos para a Por-to Business School, Golden Broker, Kaufman & Broad ou para a Get Bus, o que mais se tem distinguido é a aplicação web e mobile “Sto-reAgent”. tendo já desper-tado a atenção de empresas como a Portugal Telecom ou como a Continental Mabor. “Silicon Valley”, na Califór-nia, promete ser o grande objetivo da pequena empre-sa minhota.

DR

Empresa de Braga na senda do sucesso

REPORTAGEM

A aplicação web e mobile “StoreAgent”, desenvolvi-da pela equipa da MezzoLab, conta já com mais de dois mil utilizadores inscritos e mais de 8.500 mis-sões de teste. A inovação está no facto de ser a pri-meira aplicação que paga aos seus utilizadores, em vez de ser o contrário. Ao alcance de um telemóvel com sistema operativo Android ou iOS, qualquer pessoa tem a oportunidade de se transformar num autêntico agente secreto e cumprir missões dentro das áreas definidas por cada um dos utilizadores. Um solução rápida e barata que promete revolucio-nar o conceito de cliente-mistério, tal qual o conhe-cemos. Para Nuno Freitas, Co-Founder e CEO da MezzoLab, em entrevista à revista Briefing, o ob-jetivo desta plataforma é “mudar o paradigma das aplicações: fugir do conceito de aplicação gratuita ou aplicação paga. Queríamos uma aplicação que pagasse às pessoas para a usarem, criando valor para uma contraparte. E assim focamos na verten-te dos estudos de mercado com foco nos clientes mistério”.Tudo o que se tem que fazer para se ser um cliente--mistério com a ajuda da “Store Agent”, é fazer o download da aplicação e procurar uma missão que esteja disponível dentro das áreas previamente de-finidas pelos utilizadores. Estes, têm apenas que fornecer as informações pedidas pelas empresas utilizadoras da aplicação, que podem passar por uma simples foto à montra de uma loja, como res-ponder a um inquérito. Desta forma, as empresas ganham em tempo e dinheiro, visto que a infor-mação está ao alcance, apenas, de um telemóvel, permitindo efetuar análises de mercado eficazes, em menos tempo. A veracidade das informações recolhidas pelos agentes, é outra das mais valias desta aplicação, que confirma a localização e a hora do cliente-mistério com a hora e o local, na altura em que as informações foram submetidas. O agente pode ganhar entre 2,5 euros e 12,5 euros por missão. O feedback não poderia ser melhor e o interesse já demonstrado por várias grandes empresas a quem o projeto foi apresentado, demonstra que o StoreA-gent está bem perto de conseguir mudar os estu-dos de mercado e torná-los menos caros, demora-dos ou complexos.

StoreAgent: um agente secreto no seu bolso

DR

DR

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pessoas que vieram propo-sitadamente do estrangei-ro. Esta rede permite-nos também, a nós AAEUM, ter uma base de dados enorme que pode potenciar o con-tacto com os alunos. Posso dizer que esta rede já nos deu 18000 contactos de antigos estudantes da UM. Podemos ver, assim, o po-tencial que a rede e a asso-ciação têm de chegar à fala com as pessoas, saber onde estão, como estão e o que fa-

ciado entre os 4400 mem-bros?

Os anos da vida académica são os melhores da nossa vida, que nunca esquece-mos e, como tal, tentamos aproximar as pessoas que partilharam esses tempos.Há dois anos fizemos um grande jantar com base em convites a todas as pessoas que estão nesta rede. Com-pareceram mais de 500 pessoas, inclusivamente

ENTREVISTA

ALEXANDRE pRAÇA

[email protected]

Como é que se ligou à As-sociação de Antigos Estu-dantes da Universidade do Minho (AAEUM)?

Por incrível que pareça não sou sócio da AAEUM há muitos anos. Recebi o convi-te para tomar a direção, de-pois de, em Maio de 2009, ter fundando um site para os antigos estudantes, ao

qual dei o nome de “Pio-neiros da UM” (http://vete-ranosuminho.ning.com). Esse site tem perto de 4400 membros, ou seja 10% da população estudantil que já passou pela UM, que in-clui colegas que foram tra-balhar para o estrangeiro e estão dispersos por 80 países. Os membros revêm--se nesta rede, que presta alguns serviços, como por exemplo, a comunicação de ofertas de emprego, divul-

gação de notícias da UM, promoção de eventos e, por isso, tem, também, a sua utilidade cultural. Na altura em que foi criado, este site parecia uma concorrência à AAEUM, no entanto é hoje a rede oficial desta associa-ção, porque, como é óbvio não se justificava estas duas coisas estarem separadas.

Esta rede, para além dos ser-viços que disponibiliza, que tipo de contacto tem propi-

Francisco Pimentel quer “revolucionar” a AAEUM

fRANCISCO PIMENTEL

“Quero fazer da AAEUM uma associação a sério”

presidente da associação dos antigos estudantes da u.minho em grande entrevista ao académico

Em entrevista à Rádio Universitária e ao ACADÉMICO o presidente da Associação de Antigos Estu-dantes da Universidade do Minho (AAEUM), Francisco Pimentel, licenciado em Engenharia de Produção

e Sistemas da UM, fala dos seus projetos para os próximos dois anos de mandato nesta associação.

Daniel Vieira da Silva

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ENTREVISTAPÁGINA 12 // 09.ABR.13 // ACADÉMICO

jeto de angariação de sócios. Queremos tentar que todas as empresas de antigos es-tudantes, façam com que os seus colaboradores, que também são antigos estu-dantes, se façam sócios da AAEUM. Este deve ser um privilégio para os trabalha-dores que, com os protoco-los, como por exemplo gi-násio e as cantinas da UM, tenham mais uma regalia

zem da vida.

Que projetos concretos tem a partir desta rede para o seu mandato de dois anos na AAEUM?

Obviamente que queria fazer da AAEUM uma as-sociação a sério, uma asso-ciação que prestigie, que li-gue, que faça lobby, que faça networking entre todos os alunos da UM.Há universidades estrangei-ras que têm esta mentalida-de, quase que vivem à custa dos seus antigos estudan-tes, fazem parte da gestão da universidade e são os maiores contribuidores para o seu orçamento. Tenho perfeita noção que é um sonho difícil de concretizar na mentalidade latina, mas é possível fazê-lo... Com apoios por parte da reitoria.

Pode, então, a AAEUM ser um instrumento de grande importância para a UM se afirmar a nível internacio-nal?

Só se a universidade não quiser. Já tive oportunidade de transmitir ao atual reitor,

que frequentou a UM na mesma altura que eu, to-dos os nossos projetos e ele mostrou-se interessado na ligação da UM com os anti-gos estudantes, na qual nós somos o veículo. A mentali-dade de “acabamos o curso e vamos à nossa vida”, tem que deixar de existir. Hoje em dia, estuda-se para toda a vida, a ligação com a uni-versidade tem que ser vita-lícia.

De que forma é que a AAEUM sobrevive, em ter-mos de financiamento?

A AAEUM tem muito pou-cos associados, estamos a fa-lar de apenas 1000 pessoas que pagam quotas enquanto sócias desta associação.As fontes do nosso orça-mento são só duas: as quo-tas e a formação que damos. Esta formação é destinada a qualquer pessoa, sendo cur-sos curtos, de 15 ou 18 horas e bastante acessíveis ao bol-so dos ex-alunos.As nossas fontes de rendi-mento são essas, que repre-sentam, no entanto, muito pouco dinheiro. Vamos agora lançar um pro-

dentro da própria empresa.

A AAEUM tem espaço físico nas mesmas instalações da AAUM. Que relação surge entre estas duas entidades?

A AAEUM tem uma vo-cação diferente, apesar de complementar, da associa-ção académica.Os nossos estudantes são doutores, são empresários,

são advogados e, como tal para nós AAEUM, terá mui-to mais sentido que a nossa sede seja fora do campus. A AAEUM deve funcionar como um clube social que liga a universidade às cida-des de Braga e Guimarães, que sirva de ponto encontro e que prestigie os antigos estudantes. No entanto, a ligação com a AAUM é es-sencial e, enquanto eu for presidente, será cada vez mais intensa.

Ao fim destes 25 anos da AAEUM, a ideia é entrar numa nova fase e dar um impulso diferente a esta as-sociação?

A ideia é, sem duvida, essa. Acho que está na altura de fazermos da AAEUM uma entidade visível, que con-tribua também para a vi-sibilidade da universidade e dos seus ex-estudantes. Queremos ajudar os estu-dantes recém licenciados a entrar no mercado de tra-balho, tentar angariar ver-bas para ajudar a própria universidade, e, acima de tudo, gerir a base de dados dos alumniUM, que, para mim, é sem dúvida a voca-ção desta associação. Neste momento, vai ser assinado um protocolo entre a nossa associação e a reitoria, que deverá ser o embrião para a cooperação entre as duas entidades. Esta parceria é, não só uma modernização, como o caminho que deve, efetivamente, ser seguido.

A efectivação de uma ligação com a academia está a ser discutida

Nova sede é intento da AAEUM

Daniel Vieira da Silva

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Ângela Ferreira nasceu no Porto em 1975. Apesar de se ter licenciado em Direito, já nessa altura a fotografia era quem mais or-denava. Expondo regularmente desde 1998, Ângela procurou munir-se das ferramentas teóricas necessárias para dar largas à paixão da imagem. Assim, concluiu em 2004 o Mes-trado em Multimedia e Novas Tecnologias em Utrecht, na Holanda e, neste momento, frequenta o Doutoramento em Fotografia e Estudos Artísticos na Universidade Federal do Rio de Janeiro.O percurso de Ângela Berlinde no campo da fotografia é já preenchido por um corpo de trabalho apreciável, com trabalhos rep-resentados em várias galerias e espaços em Portugal, Brasil e Holanda. Faz ainda parte da direção dos Encontros de Imagem de Braga e do Festival de Fotografia MaioClaro. A nível de prémios, Ângela venceu em 2007 o Concurso Internacional de Fotografia de Buenos Aires, tendo sido ainda nomeada para Fotógrafa do Ano na Categoria Emoções para a BBC.O projeto de doutoramento de Ângela Ber-linde implica o trabalho com populações indí-genas dos estados do Amazonas e Ceará, no Brasil. A docente da Escola Superior Artística do Porto procura fazer um estudo antrop-ológico e imagético com estas comunidades, sendo que colaborou ainda como professora na Faculdade de Comunicação e Imagem da Grande Fortaleza.

Segunda: El Guincho - Bombay (Pop Negro, 2010)“O Nick Drake só após uns valentes anos é que

para além de ser um tema bastante colorido, é também um elogio à procura de um horizonte. Nota-se que todas as músicas deles são “de via-gem”, porque trazem um rodopio por entre aquilo que é a alegria, a fantasia, a liberdade acima de tudo. Esta música remete-me para o universo do Brasil, que visito regularmente, porque é um corte com as amarras... é um elogio à liberdade!

Terça: JP Simões - Inquietação (1970, 2007)Eu acho que Jp Simões “é” da minha geração e escolhi-o por ser uma espécie de espelho meu em termos musicais. Ele revela algumas ideias, conceitos e uma filosofia muito própria daquilo que entendo ser o nosso portugal, por exemplo. Aquilo que entendo ser a nossa juventude, as nos-sas conquistas e desafios enquanto portugueses... E o tema do José Mário Branco é tão e cada vez mais atual... e que a voz do Jp Simões traz para o presente.

Quarta: Noiserv - Bullets on Parade (One Hundred Miles from Toughtlessness, 2008)O Noiserv foi responsável pela componente musical do meu filme sobre Os Maias de Eça de Queirós e foi escolhido a dedo pelo fato da sua música ser reveladora de muita imagem, daí que fosse a minha primeira seleção para a banda so-nora do filme. Qualquer um dos temas dele seria uma boa escolha mas senti que, se escolhesse um dos temas da banda sonora, iria sentir que lhe faltava a componente imagética do filme.

Quinta: Broken Bells - The High Road (Bro-ken Bells, 2009)Os Broken Bells são a banda que me tem vindo a

acompanhar ultimamente, com a qual me identi-fico e cujas letras me transportam para um outro hemisfério, são fantasiosas e simultaneamente reais e permitem-nos ir a ambientes de jardim, de natureza, focando também aspetos como a amizade, o devaneio e a procura de outras reali-dades. Os Broken Bells permitem isto: viagens por outros campos e por outras sensações.

Sexta: Kings of Convenience - Misread (Riot on an Empty Street, 2004)Vi-os no Theatro Circo, num episódio muito engraçado: este é um concerto típico daqueles que se assiste com amigos. Combinámos um breve petisco antes do concerto sob a promessa de que regressaríamos depois para continuar a refeição. No fim do concerto, estávamos de tal modo em êxtase devido à beleza do concerto que decidimos convidar a banda a jantar connosco! Quando voltámos, vínhamos acompanhados pela banda e eles sempre muito curiosos em nos querer con-hecer... partilhámos momentos de muita beleza e amizade.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PUB

BÁRBARA ARAúJO

[email protected]

Portugal ‘descobre’ sítio que oferece cursos universitários gratuitosO Veduca é o nome pela qual é conhecido o inovador sítio brasileiro na Internet, que ofe-rece cursos universitários gra-tuitos com legendas em portu-guês. Apesar de ser um sítio de ori-gem brasileira, e de maior parte da procura se localizar neste mesmo país, o mundo lusófono já iniciou a descoberta ao Vedu-ca, afirma um dos fundadores da plataforma digital, Carlos Souza.Esta plataforma para além de

nos fornecer os cursos inteira-mente gratuitos, também nos permite adquirir cursos das mais prestigiadas universidades do mundo, como é o caso de Harvard, Princeton, Stanford e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, todos eles com legendas em Português.O Veduca já se encontra em funcionamento desde março de 2012.

Samsung ultrapassa AppleA marca sul-coreana Samsung, fabricante de telemóveis lidera a lista da Deloitte das 250 maio-res empresas no que respeita aos níveis de consumo mundial.Segundo o estudo apelidado de “Global Powers if Consumer Products”, a Samsung ultra-passa a conceituada Apple, que se encontra em segundo lugar no ranking, seguida da marca

japonesa Panasonic. Entre as 10 primeiras posições, a lista conta ainda com a presença da marca suíça Nestlé, da norte-americana Procter & Gamble, da japonesa Sony, da americana PepsiCo, da europeia Unile-ver Group, da americana Kraft Foods, e finalmente da finland-esa Nokia.Para integrar o ranking, o total de vendas das maiores 250 em-presas de produtos de grande consumo, é necessário ostentar vendas de mais de 3 mil mil-hões de dólares (cerca de 2,3 milhões de euros).O total das vendas das maiores 250 empresas ultrapassou os três biliões de dólares em 2011.

IPBeja cria sistema de comuni-cações destinado a “altas che-fias do Estado”O Instituto Politécnico de Beja

concebeu um novo sistema que permite a troca de chamadas e mensagens escritas de forma segura para futuro uso das “altas chefias do Estado” por-tuguês.O “CryptoChannel” destaca-se por ser um “produto inova-dor e totalmente português”, e por permitir “comunicações de voz e SMS seguras entre telemóveis”, explicou Rui Silva, da empresa. Este sistema sur-giu como consequência de um sistema criado pela UbiNET juntamente com um desafio lançado pelo Gabinete Nacional de Segurança.Visto ser um potencial sistema de segurança para muitas em-presas e organizações, os inves-tigadores criaram uma empresa para o desenvolvimento do “CryptoChannel” e para poten-cializar o mercado deste.

Twitter: Receitas podem chegar aos mil milhões

As receitas de publicidade do Twitter, em 2014 deverão chegar aos mil milhões.O Twitter é considerado uma das maiores redes sociais do Mundo, pelo que poderá atin-gir o valor de 580 milhões de dólares, segundo estimativas da consultora eMarketer.O alcance do Twitter está a melhorar bem como a melhor aposta dos anunciantes em “ga-star mais dinheiro em anúncios (dispositivos) móveis”, escla-rece a consultora.A eMarketer antevê receitas superiores a 500 milhões de dólares no ano decorrente, quatro vezes mais que o valor registado no ano passado que se situava nos 138 milhões de dólares.

twittadas

CATARINA hILÁRIO

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A empresa Google apresen-tou, dia 28 de março, ima-gens da cidade japonesa de Namie, abandonada desde o dia 11 de Março de 2011, na sequência do tsunami que atingiu a central nuclear de Fukushima.Tudo isso é possível através do “Google Street View”, um projeto que permite a visualização de ruas através do serviço de mapas. Neste caso, possibilita uma visita às ruas da cidade de Namie, incluindo as que se situam no perímetro de acesso proi-

bido. A equipa da Google precisou de uma aprovação especial para entrar na cida-de, utilizou um equipamen-to de proteção e permane-ceu dentro do carro durante as filmagens.O tsunami que atingiu Na-mie no dia 11 de março de 2011, deixou partes da cida-de submersas e matou mais de 19.000 pessoas. Casas e edifícios foram destruídos e dezenas de milhares de habitantes foram forçados a abandonar as suas casas devido à catástrofe nuclear. Dois anos depois da tragé-dia, a maior que o mundo assistiu desde o desastre de 1986 em Chernobyl, ainda

cidade fantasma revisitada pelo google mapsnão é possível caminhar pela cidade.Apesar de o efeito direto das radiações não ser mortal, os cientistas alertam para o fato de algumas zonas per-manecerem contaminadas durante décadas, sendo que

as mais poluídas podem continuar inabitáveis para sempre. Tamotsu Baba, presidente da cidade, pediu à imprensa para fotografar o local, para dar a conhecer ao mundo a “cidade fantasma”. “Espe-

ro que estas visitas virtuais mostrem às pessoas das próximas gerações o que o grande terramoto e o de-sastre nuclear causaram. O mundo está a avançar para o futuro após a tragédia (...), no entanto, o tempo parou na cidade de Namie”, dis-se Baba no blog da Google. Acrescentou ainda que se-rão necessários muitos anos de cooperação, mas que nunca desistirão de ajudar a sua cidade.Durante um curto período de tempo, para além de ser possível visitar a cidade atra-vés do serviço “Street View”, será possível entrar numa pequena zona de Namie.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 09.ABR.12 // ACADÉMICO

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12h30Almoço

14h00Painel II“Jovens de Futuro”

- Potencialidades dos Jovens - Caminhos para um Futuro de Sucesso- Fatores distintivos da Ju-ventude de Hoje

Convidados- Cidália, Joana e Sofia - Ou-pas! Design - Salvador Martinha - Hu-morista e ator

15h30Coffee Break

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Programa

10hRecepção / Acreditação

10h30Painel I“Sonhos da Juventude” - A importância e a defini-ção do Sonho- A Auto-motivação e a per-sistência- Sonho vs. objectivos

Convidados- Pedro Moreira - Escritor e Viajante - On the road - Paula Rocha - Trainer - I Have The Power- Carlos Videira - Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho

Seminário “O Capital da Juventude” 2013

> 16 ABRIL ‘13Sessão “ Alta performance constan-te” – Campus de Gualtar

> 15 ABRIL ‘13Apresentação “ Start Global XXI” Campus de Gualtar

>> 17 ABRIL ‘13Seminário “O Capital da Juventude” Campus de Gualtar, em Braga

16h00Painel IIIBrainstorming - “Recursos Capitais e Estratégias para o Sucesso”

- Análise diagnóstico- Recursos Críticos para o Sucesso- Ideias e políticas para capi-talizar a Juventude - Memorando de consensos

Dinamizador

Alexandre Mendes (Factory | Business Center & CoWork) e Luís Simões (getSkilled)

MentorJosé Mendes - Vice-Reitor da Universidade do Minho

Auditório B1Complexo Pedagógico II,

Campus de Gualtar,Universidade do Minho

17 de Abril

A participação é gratuita, mediante inscrição.Serão entregues certificados de participação.

Será disponibilizado transporte entre Campus. Aberta a participação à comunidade em geral.

> 16 ABRIL ‘13Sessão “Organização de Processos” Campus de Gualtar

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CULTURA

JOSÉ REIS

[email protected]

É uma programação assente em três eixos fundamen-tais: empreendedorismo, digital e artístico. Um ciclo trifásico de programação, dedicado “à produção e con-

sumo de atividades artísti-cas e criativas, com vista à atração e maximização de talento e à emergência de ideias e negócios”, revela Ângela Ferreira, a diretora artística do espaço. Assim, e para marcar o “aquecimen-to” para essa programação,

ciclo de três concertos no arranque do GNRation

abraços nus, despidos de vaidades

o GNRation aposta neste mês de abril num ciclo de três concertos em diferentes locais. Uma forma de dar a conhecer o espaço de uma forma mais descontraída e uma forma de alertar para a programação do local, que entrará em vigor, em

continuidade, no primeiro dia do mês de maio. “Esta é entendida como a fase ‘beta de ocupação e teste’ para o desenvolvimento do restan-te programa do GNRation”, destaca Ângela Ferreira, em conversa com o Académico.

Ciclo de três concertos São três concertos, com bandas de diferentes estilos musicais, que mostram as-sim, de forma sintetizada, a abrangência lata de um espaço que se quer expe-rimental e que procurará dar a ver objetos que, até hoje, não tiveram palco na cidade. A abrir o ciclo, já no próximo sábado, 13, atuam os Tropa Macaca, a banda de um som experimental formada pela dupla André Abel e Joana da Conceição. A entrada é livre para esta apresentação. Uma semana depois, uma aposta da casa:

os bracarenses Long Way to Alaska apresentam o novo EP, “Life Aquatic”, pela pri-meira vez na caixa negra do GNRation. Será a 20 de abril, pelas 22h e a entrada terá um custo de 5 euros. A terminar o ciclo, no final do mês, aposta-se no som dos Torto. O trio composto por Jorge Coelho na guitar-ra, Jorge Queijo na bateria e Miguel Ramos no baixo apresenta em Braga o seu rock às 22h, com entrada li-vre. “É uma forma de arran-carmos com a programação do espaço de uma forma descontraída, deixando que todos possam assimilar o local ao seu ritmo”, admite a diretora artística, reiteran-do que este será um espaço “aberto à cidade, onde a ci-dade tem uma voz ativa no que quer ver”. A programa-ção contínua do espaço co-meçará a 1 de maio.

SALA DE CINEMA

personagens abandonadas, inclusive por quem as criou.No mundo trémulo da misé-ria, qualquer indício de afei-ção é uma dádiva. Simon é um miúdo carente (chega a pagar por um abraço de Louise), mas que parece re-sistir com maior expressão aos problemas que divide com a irmã. E se a comoção funciona sem as habituais ‘fraudes poéticas”, muito se deve ao desempenho de um elenco predominantemente

jovem, mas que carrega um enorme abalo emocional. O quase que aguardado twist – a fazer lembrar The Crying Game (1992) – é a resposta ao clima tenso que se adensa no decorrer da história. Como drama fami-liar, o trabalho da realizado-ra suíça ganha contornos co-letivos na forma como luta para denunciar a desigual-dade de classes (tal como fizera em Home, mas agora com maior determinação). A habilidade de Simon nos roubos é puro exercício de necessidade. A irresponsa-bilidade de Louise em tudo o que faz é, de igual modo, a sua resposta impulsiva aos (muitos) infortúnios da vida.A escolhas técnicas parecem advir de uma escola que es-preita os seus vizinhos do lado, franceses e alemães. A câmara exterior mantem-se afastada, privilegiando os belíssimos cenários e reivin-

dicando o olho-documental, característica da realizado-ra. Nos momentos de tran-sição surge a guitarra de PJ Harvey, singela mas eficaz. Mas os momentos decisivos são feitos de simbologias. A certa altura, numa con-versa perfeitamente banal, Simon diz para o namorado de Louise em tom irónico: “a família é uma porcaria!”. A ironia está, pois claro, no facto da família ser posta, pelo próprio, sempre e sem excepções, em primeiro lu-gar.

CÉSAR CARVALhO

[email protected]

A segunda longa-metragem de Meier, depois de Home (2008), traz consigo o natu-ral amadurecimento de um signo autoral ainda à procu-ra dos verdadeiros valores pelos quais se rege (e nem sempre isto funciona con-tra). Mesmo longe da ma-turidade, o cinema de Meier faz-se de forma tremenda-mente honesta, e com soli-dez retratou – tarefa difícil – uma história modesta e sensível sem reivindicações morais. Simon e Louise são dois ir-mãos que sobrevivem com dificuldade, tendo apenas um ao outro como suporte. Ele rouba material de esqui na estância no cimo do vale, para vender e, assim, sus-tentar a casa. Ela é apenas uma pobre desafortunada, sem alegria e vítima das suas inúmeras más esco-

lhas. Louise trabalha espo-radicamente mas nunca se consegue sustentar sem a ajuda do irmão. A exposi-ção narrativa ‘a conta-gotas’ consegue ser, curiosamen-te, impaciente. A realizado-ra parece ter sempre algo a revelar no limiar do “grito denunciador”, mas nunca caindo na manipulação afe-tiva. Aliás, de tão modesta, a artífice parece por vezes desaparecer de cena e, as-sim, ficam somente duas

Realizador: Ursula Meier

Elenco: Léa Seydoux, Kacey Mottet Klein, Mar-

tin Compston

Estreou em Portugal:21/03/2013

Nacionalidade: Suiço

Pontuação: 3/5

DR

É o arranque da programação no GNRation

É um ciclo que irá servir para dar a conhecer o espaço a quem ainda não conhece o local e dará as coordenadas para o arranque oficial da programação.

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4 - O Segredo da Lagarta Serafina de Palmira Martins - Trampolim. A amizade, o conhecimento e a aprendizagem, como vectores centrais no crescimento e descoberta do mundo, da vida.

5 - O Colecionador de Erva de Francisco José Viegas - Porto Editora. O inspector Jaime Ramos, a máfia de leste e os perdedores de impérios, português e soviético.

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RUM BOXTOP RUM - 14 / 201305 ABRIL

1 YEAH YEAH YEAHS - Sacrilege

2 NICK CAVE & THE BAD SEEDS We no who u r

3 MIRALDO - The ancient days

4 CAT POWER - Ruin

5 NEW ORDERI’ll stay with you

6 PALMA VIOLETSBest of friends

7 DEOLINDA - Seja agora

8 DIABO NA CRUZ - Luzia

9 JACK WHITESixteen saltines

10 OS SOBREVIVENTESQue força é essa

11 DAVID BYRNE & ST. VINCENT - Who

12 DJANGO DJANGOHail bop

13 GRIZZLY BEAR - Yet again

14 HOUSE OF LOVE, THEA baby got back on it’s feet

15 HOW TO DESTROY ANGELS - How long

16 LUÍSA SOBRAL - Mom says

17 RHYE - The fall

18 B FACHADA - Carlos T

19 DEVENDRA BANHARTYour fine petting duck

20 I WAS A KINGFrozen disease

POST-IT

08 abril > 12 abril

OCTA PUSHFrançoise Hardy

MUDHONEYI Like It Small

STILL CORNERSBerlin Lovers

JOSÉ REIS

[email protected]

Little Friend é a extensão do ser de John Almeida. O músico e escritor nascido em Londres, filho de pais portugueses, que cresceu a admirar as bandas que pi-savam estádios e palcos de grande envergadura, lança finalmente o primeiro disco

de originais – e que é tudo aquilo que uma banda de estádio ou de grandes pal-cos ao ar livre não tem. “We Will Destroy Each Other” é um batido de pop e folk, onde as melodias harmo-niosas casam com as letras mais introspectivas, quase sempre de experiências pes-soais. Este primeiro disco tem a chancela Optimus Discos – download gratuito

CD RUM

na página da marca – e é composto por nove temas, construídos a duas mãos mas com ajudas preciosas de André Tentúgal, Alexan-dre Monteiro e Nuno Men-des. O projecto deu nas vis-tas no final do ano passado, graças a “Sunken Low” – a música e o videoclipe, que foi gravado no sul de Lon-dres com a participação de Jo Hartley, um nome conhe-

cido do cinema indie britâ-nico. Seguem-se as datas ao vivo, com paragem pelo Porto a 10 deste mês, no

Passos Manuel; a 11 no Sa-lão Brazil; e a 27, no Centro Cultural Vila Flor, em Gui-marães.

AGENDA CULTURALBRAGA

MÚSICA

13 de AbrilConsrevatório de Música Calouste Gulbenkian“Sons do Conservatório”Theatro Circo

EXPOSIçÕES

Até 12 de MaioFotografia – “Dear Stories”Museu da Imagem

12 de bril a 15 de MaioExposição no âmbito dos 500 anos da Santa Casa da MisericórdiaHelder de Carvalho – “Rostos e Pessoas”Casa dos Crivos

GUIMARÃES

MÚSICA13 de AbrilSamuel úria – O grande medo do pequeno mundoCCVF / Pequeno auditório

13 de AbrilMónica FerrazSão Mamede

FAMALICÃO

EXPOSIçÃO6 a 30 de AbrilPintura de Davide Antolini “Vida Nova”Casa das Artes

Música12 de AbrilAna Moura “Desafios”São Mamede

LEITURA EM DIAPara ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

litle friend“will destroy each other”

1 - O Agente da Catalunha de Cesário Borga - Planeta.A Guerra Civil espanhola como cenário, um português, Jordi/Jorge, e a luta política contra Salazar. Uma criação literária do jornalista Cesário Borga.

2 - A Vidente de Lars Kepler - Porto Editora.E ao terceiro romance a dupla sueca acertou em cheio: para já, o melhor policial do ano e de leitura absorvente.

3 - No Labirinto do Centauro de Rui Vieira - Abysmo. Um dos escritores portugueses mais criativos e rigorosos no trabalho da palavra escrita. A releitura do mito e os desenhos de Tiago Manuel.

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DESPORTO

não se tinha ainda realizado. Ainda assim, e tratando-se de uma contenda de relevan-te importância, importa fazer uma breve referência. Mas não em jeito de antevisão, afi-nal como se costuma dizer: “Prognósticos só no final”. Ora atente-se no seguinte, há oito anos que o Braga não vence no Dragão, será desta que a equipa de José Peseiro vai quebrar o ‘enguiço’? Os bracarenses necessitam de saírem vitoriosos do anfite-atro portista, ou arriscam-se a perder de vista o Paços de Ferreira. Quanto aos azuis e brancos, a pressão também se faz sentir: o FC Porto não pode perder, caso isso aconte-ça a sentença bem que pode ser o adeus em definitivo à revalidação do título.

Crise: HC Braga não embar-ca para o Pico; Minhotos per-dem no vólei e basquete Na 24ª ronda do campeo-nato nacional de hóquei em patins, o Barcelos foi a Vale de Cambra empatar (3-3); os barcelenses encontram-se em 10º lugar, com 29 pontos. O Limianos perdeu frente ao

FILIpA SANTOS SOUSA

[email protected]

O calendário não deixa mar-gens para dúvidas: o campe-onato nacional entrou na sua reta final. Chegou a hora de as equipas ultimarem esfor-ços. A luta pelo título, pela manutenção e também pelo acesso aos lugares europeus mantém-se acesa, nada está decidido e num ápice tudo pode mudar. Não há tempo para erros ou desaires. Ainda assim, e apesar de se encon-trar numa situação desfavo-rável, o Moreirense sucum-biu na visita a Alvalade. De entre as formações mi-nhotas, o emblema liderado por Augusto Inácio foi o pri-meiro a entrar em campo. Já se previa que o duelo ante os leões não fosse fácil, contudo tornava-se perentório para os cónegos conquistar os três pontos. O coletivo de Jesual-do Ferreira venceu por 3-2, mostrando que a sua dura travessia pelo deserto está agora a chegar ao fim. Frente ao Moreirense, o Sporting re-petiu o filme de Braga: com o mesmo resultado e a vitória a ser assegurada somente no período de compensação. Os verdes e brancos prosseguem a sua caminhada com vista à Liga Europa, enquanto os minhotos se afundam na li-nha de água.

Fado de Guimarães repete-se em BarcelosNa cidade ‘berço’ da nação portuguesa o fado dos vito-rianos contrariou aquele que havia sido reservado aos pu-pilos de Inácio. O Guimarães entrou motivado, afinal o objetivo de alcançar a Europa não dá azo a qualquer tipo de procrastinação. Baldé inau-gurou o marcador cedo (5’). Mas os visitantes reagiram cerca de vinte minutos de-pois, por Bura. O espetácu-lo previa-se entusiasmante. Porém, a realidade foi outra. Com o avançar do cronóme-tro, a intensidade de jogo diluiu-se. Valeu Soudani. O avançado argelino aproveitou uma assistência de Leonel Olímpio e rematou certeiro para golo. Assim, os vimara-nenses encontram-se no 9º lugar da tabela classificativa, com 33 pontos (exatamente os mesmos que Sporting e Rio Ave). Já a formação de Costinha ocupa a última po-sição do campeonato, soman-do apenas 17 pontos.Em Barcelos, o galo cantou de alto e, como senão bastasse, enunciou ainda a despedida de Pedro Emanuel à Briosa. Significa isto, que os gilis-tas levaram a melhor sobre a Académica (2-1). O Gil Vi-cente apresentou-se determi-nado e não se deixou abalar nem pela grande penalidade

futebol: a marcha para todas as decisões segue em aberto

desperdiçada por João Vilela (32’), nem pelo tento de Wil-son Eduardo (42’). O golo do empate surgiu por Brito, aos 61 minutos. Yero, pouco de-pois, sentenciou o resultado final. Com esta vitória, os co-mandados de Paulo Alves de-monstraram claramente que pretendem continuar a figu-rar entre a elite do futebol nacional. Todavia, os gilistas estão longe de poder respirar completamente de alívio. Do lado da Académica o cenário não é o melhor: o presidente do clube, José Eduardo Si-mões, anunciou no final do duelo a despedida do treina-dor. A Bola aponta os nomes de Sérgio Conceição, Daúto Faquirá, Carlos Carvalhal ou ainda Carlos Brito, como eventuais hipóteses para o lugar deixado em aberto por Pedro Emanuel.

Dragões e Gverreiros debaixo de fogoNo que ao ‘desporto-rei’ diz respeito, falta mencionar o jogo grande da 25ª jornada – a receção do FC Porto ao SC Braga. Contudo, à hora do fecho desta edição o encontro

Vitória bateu o pé ao Beira-Mar no “castelo”

hugo delgado Paço d’Arcos, por 2-6, ocu-

pando a 15ª posição da tabela, com apenas nove pontos; a formação de Ponte de Lima tem, assim, a despromoção na linha do horizonte. Por sua vez, o HC Braga não se deslocou aos Açores, para de-frontar o Candelária, alegan-do dificuldades em suportar os custos. Embora seja de lamentar esta situação, já não é a primeira vez que isto acontece na presente tempo-rada. Por isso, a Federação de Patinagem em Portugal está a estudar o aumento de mul-tas e retirada de pontos para 2013/2014.No voleibol, o Vitória de Gui-marães foi derrotado pela equipa de Esmoriz, por 2-3. Os vimaranenses estão em 5º lugar, com 16 pontos con-quistados até à data. Os vito-rianos saíram também der-rotados no basquetebol, por 73-68, na visita à Académica de Coimbra.Ainda nesta modalidade, o Barcelos que recebeu ‘folga’ da 21ª jornada para disputar um jogo em atraso, perdeu frente ao CAB Madeira (66-75).

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apoios patrocíniosorganização

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