c a d e r n o s
d i g i t a i s
a é t i c a d o y o g a
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a é t i c a d o y o g a
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a é t i c a d o y o g a
Yoga é a cessação ou domínio das flutuações da mente
Patanjali
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A evolução do ser
humano, pretendida pelo
yoga, passa pela ética, pela
disciplina, pelo controlo, pela
compaixão e pela consciên-
cia. Sem isso, somos apenas
atletas, e esse não é o objecti-
vo.
A ética yogi é universal e
foi dividida em duas partes
por Patañjali, compilador dos
Yoga Sutras, sendo elas Yama
( con t ro lo ) e N iyama
(observância). Cada uma des-
sas partes é subdividida em
cinco conceitos éticos, que
servem para nortear as nos-
sas decisões diárias, facilitar a
nossa convivência em socie-
dade e levar-nos aos cami-
nhos da evolução e do auto-
conhecimento.
Viver de forma ética
pode parecer complicado a
princípio, mas por princípio é
a melhor maneira de viver, e
a única que garante estarmos
sempre em equilíbrio connos-
co, com os outros e com a
natureza.
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Yogi com os seis chakras. India, Punjab Hills, Kangra, finais do século XVIII (fonte Wikimédia Commons)
Texto de Ana Borella
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O Ahimsá (subdivisão do Yama
que significa a não-violência) é um exce-
lente exemplo. Quantas vezes espera-
mos que as pessoas tenham compaixão
quando erramos? Mas quantas foram às
vezes em que VOCÊ demonstrou com-
paixão com os erros alheios? É verda-
deira a premissa de que se fizéssemos
aos outros o que gostaríamos que fizes-
sem connosco, a vida seria mais simples.
Imagine um mundo onde Ahimsá
fosse o primeiro princípio ético, onde a
violência fosse reconhecida, mas trans-
formada em compaixão, assim como o
Budha transformou as setas dos demó-
nios em flores que caíram aos seus pés,
em uma alegoria de que violência só
gera mais violência, e afirma que se
você retribuir a violência com amor e
compaixão, ela cessa por falta de estí-
mulo.
Seria muito bom se fosse suficiente
apenas beijar a face de quem nos ofende
e isso acabasse com a violência, mas
sabemos que o ser humano sabe ser
muito criativo na hora de expressar a
sua agressividade.
Para sermos pacíficos precisamos
pensar em saídas alternativas, e isso exi-
ge muito da nossa capacidade de criar
novas situações e enfrentar os desafios
com serenidade. Mas como em tudo na
vida, comece pela base, sendo gentil
com seus amigos e familiares e vá esten-
dendo essa atitude ao seu redor. Isso se
reverterá em benefícios para si e toda a
humanidade.
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Ahimsá: a compaixão
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Os Yamas são: Ahimsá – a compaixão ou não-violência: Satya – a verdade, ou veracidade: Asteya – não-roubo: Brahmácharya – a castidade Aparigraha – não possessividade Os Niyamas são: Sauchan – a pureza: Santosha – o contentamento: Tapas – esforço sobre si mesmo: Swádhyáya – o estudo, inclusive o auto-estudo e Íshwara Pranidhána – devoção ao Senhor, entendida também como uma prática de auto-entrega.
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Satya: a verdade
Falar a verdade não é uma das virtudes mais
cultivadas na nossa sociedade, apesar de ninguém
gostar de ouvir uma mentira, todos nós aceitamos
as chamadas mentiras brancas ou sociais. Dentro
do conceito do yoga não basta apenas não mentir,
quando omitimos a verdade estamos também
ferindo o princípio da veracidade, estamos a des-
perdiçar a força da palavra.
Mais uma vez, precisamos de exercitar a nos-
sa imaginação e procurar contar a verdade de for-
ma a não ferir o princípio inicial, de não-violência,
devendo falar a verdade com delicadeza. Com o
tempo as pessoas acostumam-se e passam a ver
em si alguém confiável. Uma verdade pode até
magoar, mas não deixa cicatrizes, a mentira quan-
do descoberta fere muito mais e deixa marcas
profundas. Mentir para proteger alguém é um
erro, que acabamos pagando a longo prazo.
Exercite a sua coragem e passe a falar a ver-
dade, viva a verdade, encare esse como o maior
desafio da sua vida, viver plenamente, sem dissi-
mular, sem esconder, sem ferir desnecessariamen-
te.
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O princípio seguinte, Asteya (não-roubar) ensina-nos
que além da apropriação indevida de bens alheios, devemos
evitar também roubar a auto-estima, a dignidade e a honra
do outro.
Não é apenas não roubar objetos, não devemos roubar
ideias, nem conceitos, temos que aprender a respeitar o
outro.
Com carinho e cuidado, a vida ética vai-se inserindo
nos nossos corações e torna-se parte do nosso ser. Aceite
isso como um desafio no seu caminho da evolução.
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Asteya: não roubar
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Brahmacharya é o quarto preceito. De acordo com o grande
mestre de Yoga, Swami Sivánanda, “Brahmacharya é a liberdade
absoluta dos pensamentos e desejos sexuais. É o controle de todos
os sentidos em pensamentos, palavras e ações.”
Os textos antigos dizem que quem consegue controlar a sexualida-
de torna-se uma divindade, não mais um simples humano.
É claro que, mesmo entre os adeptos mais fervorosos do Yoga,
ninguém pretende abandonar as práticas sexuais, e se o seu objeti-
vo é o de levar uma vida ética, não o de se iluminar, basta que leve
uma vida sexual com respeito por si e pelo próximo, sem promis-
cuidade, para que se sinta mais feliz.
É muito comum, nos dias de hoje, a banalização da sexualidade. É
um assunto que está em todos os meios de comunicação, seja dire-
cionado ao público masculino ou feminino, as pessoas passaram a
medir as suas vidas sexuais por estatísticas, não por satisfação pró-
pria. Conseguimos transformar o instinto mais básico de sobrevi-
vência e preservação da espécie numa competição.
Vamos utilizar a sexualidade como uma forma de celebrar a união
com o outro, alguém que nos complete (mesmo que temporaria-
mente), eliminando a promiscuidade, a contagem de cabeças, de
orgasmos ou de vezes por semana.
Dedique-se a transformar a sua sexualidade em algo saudável para
os SEUS padrões de satisfação. Encontre alguém com quem divi-
dir esse milagre, seja ele voltado a gerar vida ou não, vivencie sua
sexualidade sem culpas e sem medos, mas de forma a não se ferir
e não ferir o outro; não use o sexo como arma, mas como união.
A sua energia sexual pode ser utilizada para milhares de objetivos,
não apenas para o ato sexual. Basta lembrar de quando estamos
apaixonados, sentimo-nos repletos de energia, de vontade, cheios
de criatividade e benevolência.
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Brahmácharya – a castidade
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1 - Yama ou cinco prescrições morais
1.1 -Ahimsa ou não-violência
1.2 -Satya ou não mentir
1.3 -Asteya ou não-roubar
1.4 -Brahmacharya ou não dissipar a sexualidade
1.5 -Aparigraha ou não cobiçar
2 - Niyama ou cinco prescrições éticas
2.1 -Saucha ou limpeza
higiene corporal externa, e interna pelos "Asanas" e "Pranayamas"
da mente, do intelecto, da alimentação
do lugar em que se pratica Ioga
2.2 -Santosha ou contentamento
2.3 -Tapas ou auto-superação
esforço do corpo, da fala e da mente
2.4 -Svadhyaya ou auto-estudo
2.5 -Ishvara pranidhama ou auto-entrega
3 - Asana ou posições psicofísicas
4 - Pranayama ou expansão (ayama) da força vital (prána) através de
exercícios respiratórios
5 - Pratyahara ou abstração dos sentidos externos
6 - Dharana ou concentração mental
7 - Dhyana ou meditação
8 - Samadhi ou estado de hiperconsciência, absorção
adaptado de wikipedia
a é t i c a d o y o g a
Estes dez princípios éticos do Yoga clássico
integram uma das obras mais importantes da
história desta prática, os Yoga Sutras, escritos há
cerca de 1800 anos atrás e compilados pelo gran-
de mestre Patanjali, e fazem parte das oito etapas
de progressão de um yogi:
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Os Yama e Niyama constituem o chamado “Código de Ética Yogi” e as bases para o sóli-do desenvolvimento do praticante. Embora codificados cerca de 1800 anos atrás, ou mais, pelo grande sábio Patanjali, no Yoga Sutras (Aforismos do Yoga) – um dos mais importan-tes tratados clássicos dessa ciência –, tais aforis-mos são considerados muito pertinentes e constituem uma enorme preciosidade de ensi-namentos e reflexões filosóficas para o mundo contemporâneo. De grande importância para a humanidade, podem ser praticados por pessoas de todos os credos. O Yoga, sobretudo, destina-se ao “aperfeiçoamento” pessoal e, a partir disso, a sociedade também se transforma, torna-se mais sábia e se desenvolve. No dia-a-dia, sem a vivência desses princípios filosóficos, o prati-cante não pode ser considerado um yogue, e sim, apenas, um ginasta.
Gilberto Coutinho
Yama (autocontrole) e Niyama (dever ou disciplina)
cada um deles é regido por cinco princípios, respetivamente:
1º) não violência
2º) veracidade
3º) não à possessividade
4º) não roubar
5º) estudo religioso;
1º) pureza e/ou purificação
2º) contentamento
3º) dever ou disciplina, auto-esforço, auto-superação e/ou disciplina
4º) auto-estudo, estudo de si mesmo e/ou autoconhecimento
5º) auto-entrega e/ou devoção
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1. Ahimsa (não-violência) “Quando se estabelece na não-violência, toda a hostilidade cessa em sua presença.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 35. É o exercício de não cometer nenhum tipo de violência. A pessoa deve apren-der a autocontrolar-se e a combater os seus próprios instintos agressivos e de violência; isso a auxiliará no desenvolvi-mento do controle mental. Deve promo-ver a paz e a compreensão e não estimu-
lar, promover ou realizar qualquer tipo de violência, seja na forma de pensa-mentos, ideias, palavras e atitudes ofensi-vas, agressivas, desrespeitosas e ameaça-doras. Como pode alguém praticar a não-violência sem o exercício diário da observação de si mesmo, da tolerância e do bom senso? É a prática da abstenção de qualquer tipo de violência. 2. Satya (veracidade) “Quando se estabelece na verdade, o fruto resul-ta imediato à ação.” – Yoga Sutra – Capítulo
II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 36. É o exercício ou a prática da verdade; consiste em dizê-la sempre e não distor-cer a realidade dos fatos; é ser sincero e autêntico. Existe algo de belo na veraci-dade. A verdade é mais admirável e desejável do que a mentira. O yogue deve praticar no dia-a-dia o exercício da veracidade, da sinceridade e da autentici-dade. Existe um pensamento indiano que diz: “Nada pode afetar a realidade. O irreal não existe.”
Yama (autocontrole)
São cinco as disciplinas que conferem o autocontrole. Devem como tal ser adotadas e desenvolvidas.
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3. Aparigraha (não à possessividade)
“Quando se estabelece na não possessividade, adqui-
re-se o conhecimento do porquê do seu nascimento.”
– Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho
da Prática), aforismo 39.
Consiste no combate do próprio sentimento
de apego, de posse e da ambição (cobiça)
desmedida da aquisição de riquezas e bens
materiais. A ambição desenfreada traz sofri-
mento, não apenas ao homem, mas a todo
universo. O que adianta adquirir riquezas e
bens materiais à custa de tanto sofrimento?
Pode o apego nos conferir a liberdade? A
busca da compreensão do “eu espiritual”
deve ser uma prioridade da existência huma-
na. Para o yogue sábio, a aquisição de rique-
zas materiais não é mais importante do que
o conhecimento de si mesmo (do seu “eu
espiritual”) e a busca pela sua “libertação”.
4. Asteya (não roubar)
“Quando se estabelece na honestidade, todas as pre-
ciosidades lhe são oferecidas.” – Yoga Sutra –
Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), afo-
rismo 37.
É o exercício da abstinência da avareza e do
roubo. Certa vez, Mahatma Gandhi pregou:
“Faça a sua própria roupa, plante o seu próprio
alimento e faça a sua própria vida”
Consiste na prática da honestidade e no
combate à ambição desmedida e ao apego
excessivo ao dinheiro e aos bens materiais.
É a compreensão do “não roubar”, ou seja,
do não se apropriar indevidamente de bens
alheios, e a tomada de atitude perante essa
compreensão. Aparigraha e asteya encon-
tram-se interligados.
5. Brahmacharya
(dedicação aos estudos “religiosos” e filosóficos, os
quais proporcionam sabedoria, e uma vida espiri-
tualizada)
“Quando se estabelece no controle saudável da
sexualidade, adquire-se grande potência ou vitalida-
de.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Cami-
nho da Prática), aforismo 38.
Consiste também no exercício do controle
dos prazeres sensoriais. Como alguém, cujo
corpo e a mente sejam escravos do prazer e
das paixões, pode alcançar a “libertação” e a
verdadeira sabedoria? Além do controle físi-
co, emocional e mental, o yogue deve tam-
bém exercitar um controle saudável de sua
sexualidade. Seu objetivo não é, necessaria-
mente, ser casto como um monge, mas sim,
ter o controle de sua energia sexual para
aumentar o seu potencial espiritual, energé-
tico e psicofísico. No Yoga, a sexualidade
assume uma postura tântrica.
Yama (autocontrole)
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Niyama (dever ou disciplina) São cinco deveres, obrigações positivas e/ou disciplinas do yogi
1. Saucha (pureza e/ou purificação)
“A pureza favorece o cuidado pelo seu próprio corpo e
a atenção no contato com os outros.” – Yoga Sutra –
Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforis-
mo 40.
Compreende o cultivo diário da pureza dos
pensamentos, das emoções, das ações, das
palavras e, sobretudo, de hábitos saudáveis de
higiene com o corpo e alimentares. É o dever
de manter-se puro, de não se deixar contami-
nar com as impurezas da vida (evitando-se
toda influência corruptora). Numa analogia
com a flor de lótus, que nasce num lago, mui-
tas vezes, lodoso, desabrocha e mantém-se
imaculada, pois suas folhas largas e verdes
permanecem sobre as águas, o que impede as
impurezas do fundo contagiarem suas péta-
las; e o caule, onde nasce o botão, deixa-a
afastada das águas e de uma possível conta-
minação. A prática correta e regular do Yoga,
de seus Kriyas (técnicas de purificação orgâ-
nica) e da meditação (Dhyana) purifica a
mente, o corpo e as emoções.
2. Santosha (contentamento)
“Do contentamento surge a superlativa felicidade.” –
Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da
Prática), aforismo 42.
O contentamento advém de uma consciência
tranquila, benevolente, justa, disciplinada,
comedida, harmônica e do cumprimento das
responsabilidades. Como pode alguém viven-
ciar o contentamento, tendo uma consciência
intranquila e pesarosa? Não sendo benevo-
lente e justo consigo mesmo e para com os
demais? Não tendo uma vida disciplinada,
equilibrada e harmônica? Não cumprindo
com as suas obrigações e responsabilidades?
É uma dádiva praticar a generosidade. A prá-
tica regular do Yoga, da meditação (Dhyana)
e de seus princípios filosóficos e terapêuticos
propicia bem-estar, equilíbrio e contentamen-
to.
3. Tapas (auto-esforço, auto-superação
e/ou disciplina)
“A auto-superação, a disciplina produz a destruição
das impurezas e, conseqüentemente, alcança-se a per-
feição.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou
Caminho da Prática), aforismo 43.
Sem uma profunda reflexão, pode-se pensar
que a disciplina seja algo chato, impositiva de
uma vida monótona e rotineira, e cerceadora.
Mas, na verdade, não é bem assim. Ela é
indispensável, para que uma pessoa possa se
auto-superar, evoluir, alcançar as suas metas e
ideais; consequentemente, a disciplina liberta.
Os bons exemplos devem ser seguidos. Os
maus, esquecidos. O Yoga e a meditação
(dhyana) conferem uma disciplina efetiva
para o corpo e a mente.
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4. Swadhyaya (auto-estudo, estudo de si
mesmo e/ou autoconhecimento)
“O autoconhecimento conduz á união com todas as
coisas do céu e da terra.” – Yoga Sutra – Capítulo
II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 44.
Swadhyaya é um termo sânscrito composto
de dois radicais: swa significa “seu”,
“próprio”; e dhyaya, “estudo”. Assim,
Swadhyaya significa o estudo de si mesmo,
seu próprio estudo e/ou seu próprio conhe-
cimento. Consiste no estudo de textos consi-
derados “sagrados”, védicos e filosóficos, tais
como o próprio “Yoga Sutra” de Patanjali, os
“Upanishads” (textos de grande beleza filo-
sófica e poética, escritos séculos atrás pelos
antigos santos e sábios da Índia, documenta-
dos nas escrituras védicas, os quais são consi-
derados a fonte do conhecimento), o “Shiva
Samhita” (de autor desconhecido, considera-
do um dos três mais importantes tratados
clássicos existentes sobre Hatha Yoga, em
sânscrito, é entendido como sendo os ensina-
mentos de Shiva a sua esposa Parvati; descre-
ve seus princípios e conceitos; nos cinco
capítulos, são discutidos a essência para a sua
prática, os métodos e os caminhos de se
alcançarem os siddhis – poderes paranormais
–, a compreensão filosófica da existência
humana, a importância do Yoga, o espírito, a
ilusão – maya –, o microcosmo, as funções
do corpo, os princípios dos exercícios respi-
ratórios – pranayamas –, as posições psicofí-
sicas – asanas – , Kundalini e seu despertar,
os vários ramos de Yoga, etc.), os Puranas
(coleções semi-religiosas de hinos e escritos
que discursam sobre cosmologia, teologia e,
especialmente, de histórias de sábios e reis)
etc., e no estudo da própria mente e do
conhecimento do próprio corpo por meio da
prática do Yoga e da meditação (dhyana). O
estudo filosófico do Yoga e a sua prática
regular, assim como a da meditação (dhyana),
conferem-nos o autoconhecimento.
5. Ishwara pranidhana (auto-entrega e/
ou devoção)
“Pela auto-entrega (ao “eu espiritual”) se alcança o
samadhi (a “iluminação” da consciência ou estado de
hiperconsciência).” – Yoga Sutra – Capítulo II
(Versos ou Caminho da Prática), aforismo 45.
Ishwara, em sânscrito, significa “senhor”, “o
Ser divino”, “o absoluto” e/ou “o Criador”;
e Pranidhana, “entrega”. Assim, “ishwara
pranidhana” significa a auto-entrega ao seu
“eu espiritual” e ao“criador”. Qual a real
importância de se conhecer a existência do
próprio “eu espiritual”? O termo “ishwara
pranidhana” também pode ser compreendido
como auto-entrega e/ou devoção aos ensina-
mentos de Shiva.
Niyama (dever ou disciplina)
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Apaixone-se pela sua vida, e utilize a sua energia de forma inteligente… E ética
A é t i c a d o y o g a
Sobretudo, como aconselha Ana Borella:
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a
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A partir de textos originais de Ana Borella e de Gilberto Coutinho
com o apoio da inestimável Wikipedia
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1ª edição: Janeiro de 2009
Revisão: Julho de 2012
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