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REFERENDUM TRIVELLE LA DECISIONE SPETTA ANCHE AGLI ITALIANI ALL’ESTERO CHE POSSONO VOTARE PER CORRISPONDENZA (PAGINA 6) 02 POLITICA: Cosa bolle in pentola? Pagine 14 e 15 CULTURA: Intervista a Claudio Tozzi, l’artista urbano. Pagina 5 ECONOMIA Intervista a Corrado Moglia. Pagina 12 Marzo / Aprile 2016 Una pubblicazione di Vivi San Paolo

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RefeRendum TRivelle

La decisione spetta anche agLi itaLiani aLL’estero

che possono votare per corrispondenza (pagina 6)

02

Politica: cosa bolle in pentola? Pagine 14 e 15

cultura: intervista a claudio tozzi, l’artista urbano. Pagina 5

Economiaintervista a corrado Moglia. pagina 12

Marzo / Aprile 2016 Una pubblicazione di Vivi San Paolo

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revista vivi san paoLo Magazine é uma publicação da associação

vivi san paulo

EXPEDiENtE

DirEtoria ViVi SaN Paulo

Presidente Fabio turetta

Presidente Honorária caroline trimboli

Diretora Financeira noêmia naijar roque

Diretor Executivo ricardo scura

Diretora de Eventos adriana guedes de oliveira

Editores Luciana pantaroto, oliviero pluviano, elena rapisardi, giorgio de vecchi di val cismon

tradutora alexandra coppi

aSSociação ViVi SaN Paolo www.vivisanpaolo.com.br [email protected]

ProJEto EDitorial E GrÁFico

rua cayowaá, 228 perdizes – são paulo-sp (11) 3875-6296

Jornalista responsável rodrigo Moraes – Mtb: 49.453-sp

Designers Leonardo Fial, Luis gustavo Martins e Willian Fernandes

Oltre al Referendum popolare abrogativo sulle Trivelle, in questo numero parliamo di sicurezza come problema socia-le (reportage pagine 8 e 9), di politica, economia, arte, cul-tura e gastronomia e gastronomia cercando di risvegliare nei lettori che ci seguono un sentimento di partecipazione e impegno. La nostra missio ne è diventare uno strumento di connessione fra la comunità degli italiani, degli italo-di-scendenti e dei brasiliani, che amano la cultura e la lingua italiana, al nostro Paese di origine.

Ringraziamo le decine di migliaia di lettori che ci seguo-no e cercheremo di rispondere ai vostri messaggi di richiesta di informazioni anche attraverso i contenuti di questa edi-zione. Invitandovi, per gli approfondimenti, a seguirci sulla nostra pagina Facebook e sul blog .

Ci rivolgiamo a voi con l’intento di stimolare il sentimen-to di italianità, perché non basta commuoversi ascoltando “O sole mio” o possedere il passaporto per sentirsi italiani. Responsabilità, rispetto ed impegno costituiscono la materia dell’essere “italiano”, la cui immagine di creatività e produt-tività nel mondo è per noi tutti motivo di grande orgoglio.

Responsabilità significa aggiornarsi su ciò che accade nel nostro Paese ed impegnarsi a fare il proprio dovere di cittadi-no. Rispetto significa dare la giusta e doverosa considerazione alle nostre istituzioni e accogliere e condividerne le criticità.

Molti di voi hanno ricevuto o stanno per ricevere un pli-co elettorale. Molti di voi non sapranno nemmeno cosa fare. Informarsi e cercare di compren-derne il significato rientra nei nostri impe-gni. Al di là se votare o meno, la parola d’ordine è informarsi per costruire un’o-pinione personale.

Nel nostro piccolo cercheremo di aiu-tarvi a comprendere ciò che accade in Ita-lia e qui in Brasile. Lo faremo con umiltà per rendere un servizio utile e percorrere in-sieme quella tortuosa strada che porta al concetto di “cittadinanza attiva”.

La parola d’ordine è informarsi

editorial

A palavra de ordem è informar-se além do referendo popular sobre as per-furações, neste número falamos de segu-rança como problema social (reportagem das páginas 8 e 9), de política, economia, arte e gastronomia tentando despertar nos leitores que nos seguem um sentimento de participação e compromisso. nossa mis-são é tornar-se uma ferramenta de ligação entre as comunidades de italianos, os seus descendentes e os brasileiros, que gostam da cultura e da língua italiana, e o nosso país de origem.

agradecemos as dezenas de milhares de leitores que nos seguem e tentaremos responder aos pedidos de informações através, também, dos conteúdos desta edição. para ter mais detalhes, convidamos vocês a seguir-nos em nossa página do Facebook e em nosso Blog.

nossa intenção é de estimular o senti-mento de italianidade, porque não basta se comover escutando “o sole mio” ou pos-suir um passaporte para se sentir italiano. responsabilidade, respeito e compromisso são as questões que constituem o ser “italiano”, cuja imagem de criatividade e produtividade é vista por todos, no mundo, como uma razão de grande orgulho.

responsabilidade significa saber o que está acontecendo em nosso país e com-prometer-se a cumprir o seu dever cívico. respeito significa dar o direito e a devida atenção às nossas instituições e para aco-lher e compartilhar as questões críticas.

Muitos de vocês já receberam, ou es-tão recebendo, as cédulas de voto. Muitos de vocês sequer sabem o que fazer. infor-mar-se e tentar entender seu significado é um de nossos compromissos. votando ou não, a palavra de ordem é informar-se para construir uma opinião pessoal.

vamos tentar ajudá-lo a entender o que está acontecendo na itália e no Brasil. vamos fazê-lo com humildade para produ-zir um serviço útil e desta forma percorrer juntos a estrada sinuosa que leva ao con-ceito de “cidadania ativa”.

caroline trimboli

caroline Trimboli

EDITORIALE

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Marzo / Aprile 2016

Buongiorno,

Il mio nome è Simona vengo da Roma e mi sono trasferita qui a San Paolo per lavoro po-chi mesi fa.

Prima di venire in Brasile ho fatto mille ricerche per saperne di più riguardo a San Paolo (in Italia del Brasile, come saprete, si parla soprattutto di Rio e delle sue spiagge) e devo ammettere che il vostro sito mi ha dato delle informazioni utili e pratiche soprat-tutto per ciò che riguarda la burocrazia e su

cosa dovevo aspettarmi una volta arrivata qui a San Paolo.

Grazie a voi mi sono sentita un po’ meno sperduta.

Ho una domanda, visto che ancora cono-sco poca gente, mi potreste indicare un luogo dove poter incontrare degli Italiani qui in cit-tà? E Soprattutto, come faccio a entrare nel vostro gruppo? C’è una tessera associativa?

Grazie mille!

Simona, nuova paulistana

Carta

Bom dia,Meu nome é simona, sou italiana de roma e faz alguns meses que me mudei para são paulo para trabalhar.

antes de vir ao Brasil pesquisei muito para ter mais informações sobre são paulo (na itália, sobre o Brasil se sabe/fala so-mente do rio e das praias, como já devem saber), no blog da vivi san paolo recebi in-formações úteis sobre a burocracia e o que eu poderia esperar de são paulo.

sem a ajuda da vivi teria ficado mais perdida!

tenho uma pergunta, devido ao fato que ainda não conhecer muitas pessoas, onde posso encontrar outros italianos que moram aqui em são paulo?

como posso fazer para me registrar no grupo da vivi? tem uma carta associativa?

obrigada!

Simona, uma nova paulistana!

olá simona,obrigada por ter escrito.estamos contentes que o blog da vivi san paolo foi útil para você.

como já deve ter notado, a cidade tem uma certa influência italiana: a comunidade ítalo-descendente e’ a maior no Brasil.

conta com nomes importantes em cada setor da sociedade: nas finanças, na arte, na medicina e na economia.

a última onda migratória para o Brasil trouxe muitos italianos: expats da última ge-ração que vai encontrar em um dos nossos próximos eventos.

Uma ocasião para criar amizades e se sentir como parte da comunidade italiana.

se quiser associar a vivi, contate-nos, vamos explicar direitinho como fazer.

[email protected]

LETTERA

Ciao Simona, grazie di averci scritto. Siamo contenti che il blog di Vivi San Paolo sia stato utile. Come avrai notato, la città conserva un’impronta italiana: la comunità italo discendente di San Paolo è la più grande del Brasile. E conta nomi importanti in ogni settore della società: dalla finanza, all’arte, dalla medicina all’economia. L’ultima on-data migratoria ha condotto qui tanti italiani: expats di ultima generazione che puoi incontrare in uno dei nostri prossimi eventi. Un’occasione per stringere nuove amicizie e sentirti parte della comunità italiana. Se vuoi associarti a Vivi San Paolo, contattaci, ti spiegheremo meglio come fare.

[email protected]

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Ambiente

vivi San Paolo adota Gaiase chama gaia, e e’ um barco amazônico tra-dicional. Uma “gaiola”, como se fala em alter do chão, o maravilhoso promontório de praia do rio tapajós a 38km de santarém no pará, onde o barco está hospedado normalmente. comprei o barco faz 12 anos. claro, uma lou-cura! Queria explorar os rios da amazônia e fu-gir do estresse da vida em são paulo, ficar um pouco sem celular, dormir ao ar livre em rede, passear de barco pelas praias do caribe sem ninguém atravessando uma natureza espeta-cular formada de victorias regias, bugios que se deitam a noite, botos cor de rosa que pas-sam nadando perto do barco e árvores imen-sas. todos meus amigos que experimentaram o barco de madeira de dois andares, voltaram estupefatos, vindos da europa ou dos eUa ou mesmo de qualquer lugar no Brasil. ninguém esperava passar uma semana tão linda.

dinho, o comandante, junto a um mari-nheiro e a uma cozinheira, conduz gaia por 20km na largura detapajós, quando o vento de manhã desce, entra no rio arapiuns, de águas calmas, obscuras e sem mosquitos, onde atraca nas escalas de comunidades indígenas ou nas ilimitadas pontas de areias completamente desertas.

gaia, como podem ver nas fotos, é um barco relativamente pequeno, ainda que seja seguro durante os raros temporais que afligem a região na boa estação. o barco pode hospedar no máximo 8 pessoas que dormem juntas em redes e que têm que se acostumar aos desafios de uma vida sim-ples. a boa estação vai desde o final de ju-nho até fevereiro com setembro, outubro e novembro que oferecem um período de dias de sol com um nível de água ideal para to-mar banho nas praias todas afloradas.

no começo disponibilizei o gaia à ong saúde e alegria que se ocupa de 150 co-munidades “ribeirinhas” (da costa) que o usaram para campanha de vacinação e para salvar caçadores mordidos por serpentes, desfrutando da velocidade com a qual o for-te motor conduz o barco.

Quando a ong recebeu um barco-hospi-tal, gaia mudou de trabalho. Faz alguns anos que leva o cinema aos lugares isolados que nunca o tinham visto e que vivem sem ele-tricidade e sem acesso à cultura. por meio do projeto Fitzcarraldo, apoiado pelo Fiat e “foto-grafado” pelo Fantástico da globo, queremos levar a música de villa-Lobos e de Jobim em tournê pelos rios da amazônia e pelos vilare-jos de santarém até Manaus. tendo participa-do como jornalista da primeira edição da vivi Magazine, junto à diretora caroline trimboli, temos falado sobre o projeto de tornar gaia a “mascote” desta associação, o “xodó” de todas as pessoas da comunidade italiana, dos oriundos e dos simpatizantes dos italianos que seguem a nossa publicação. negociado! agora gaia e’ vosso barco também e espera todas as pessoas que iram experimentar e aproveitar uma experiência amazônica que ficará sempre nos seus corações!

AmbIEnTE

Si chiama Gaia, ed è una barca amazzonica tra-dizionale. Una “gaiola’’ come si chiama ad Alter do Chão, il meraviglioso promontorio di sabbia sul rio Tapajós a 38 km da Santarém nel Parà, dove è ospitata normalmente. L’ho comprata 12 anni fa. Una pazzia! Volevo andare ad esplora-re i fiumi dell’Amazzonia e togliermi un po’ da quella vita stressante di San Paolo, restare un po’ senza cellulare, dormire all’aria aperta su un’amaca, timonare lungo spiagge caraibiche senza nessuno in mezzo ad una natura spetta-colare fatta di victoria regia, scimmie urlatrici che ti svegliano di notte, botos cor de rosa che sfrecciano di fianco alla barca, ed alberi im-mensi. Tutti i miei amici che sono andati su quel barcone di legno a due piani sono ritorna-ti stupefatti, sia che provenissero dall’Europa o dall’America del Nord, sia che arrivassero da ogni parte del Brasile. Nessuno si aspetta di trascorrere una settimana così bella. Dinho, il comandante, affiancato da un marinaio e da una cuoca, fa attraversare al Gaia i 20 chilome-tri di larghezza del Tapajós quando il vento del mattino cala. E si infila nel rio Arapiuns, di ac-que calme, scure e quindi senza zanzare, dove approda in scali di comunità indigene o su sconfinate punte di sabbia completamente de-serte. Gaia, come vedete dalle foto, è una barca relativamente piccola, anche se sicura durante i rari temporali che colpiscono quella regione nella bella stagione. Puo’ ospitare al massimo

8 persone che dormono assieme su amache e devono adattarsi ai disagi di una vita spartana. Il periodo buono va da fine giugno a febbraio, con settembre, ottobre e novembre che offro-no l’optimum di giornate soleggiate e un livel-lo dell’acqua ideale per bagnarsi sulle spiagge tutte affiorate.

All’inizio avevo messo a disposizione Gaia alla ong Saude e Alegria che si occupa di 150 comunità “ribeirinhas” (di costiera) che l’han-no usata per campagne di vaccinazione e per salvare cacciatori morsi da serpenti, grazie alla velocità che il forte motore imprime all’imbar-cazione. Quando la ong ha ricevuto una nave ospedale, Gaia ha cambiato lavoro: da qualche anno porta il cinema a insediamenti isolati che non l’hanno mai visto, vivono senza elettricità e senza accesso alla cultura. Con il Progetto Fizcarraldo, appoggiato dalla Fiat e “fotogra-fato” da un Fantástico della Globo, vogliamo arrivare a portare la musica di Villa-Lobos e di Jobim in tournée lungo il Rio delle Amazzoni, in vari villaggi da Santarém a Manaus. Avendo partecipato come giornalista alla prima edi-zione di VIVI MAGAZINE, con la presidente Caroline Trimboline ci siamo detti se Gaia non potesse diventare la “mascotte” di questa asso-ciazione, lo “xodó’” di tutte quelle persone della comunità italiana, degli oriundi e dei brasiliani simpatizzanti, che seguono la nostra pubblica-zione. Approvato! Gaia è ora anche vostra e vi aspetta se volete vivere un’esperienza amazzo-nica che rimarrà sempre nel vostro cuore!

Vivi San Paolo adotta Gaiaoliviero Pluviano

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Marzo / Aprile 2016

cuLTuRA

Intervistaa Claudio Tozzi

L’artistaurbano

Claudio Tozzi, artista eclettico e molto apprezza-to in tutto il mondo, è italo brasiliano. Suo padre era calabrese, originario di Potenza: città da cui è emigrato per trasferirsi in Brasile. La famiglia di sua madre era milanese.

Claudio ci ha accolto nella sua bellissima casa di San Paolo, che include anche il labo-ratorio artistico: un ambiente luminoso, che si affaccia sul giardino interno, zeppo di opere pla-stiche, pennelli, colori acrilici e cataloghi. Ci ha preparato un vero espresso con la moka, prima di rispondere a questa intervista.

Qual è il tuo carattere distintivo? E come si sviluppa il processo creativo? “tutto il mio lavoro ha una forte caratteristica costruttiva e allo stesso tempo sperimentale. il mio processo è metodico e oggettivo. nel lavoro utilizzo frammenti di oggetti, simboli tropicali ed elementi visuali basici come linee, piani e colori”.

Dove possiamo ammirare le tue opere?“ho realizzato molte istallazioni artistiche che s’in-

seriscono perfettamente all’interno di città come venezia, rio de Janeiro e new York, lavorando su progetti collettivi in team con altri professionisti come architetti e ingegneri. alcune delle mie opere sono visibili a san paolo, come la facciata dell’e-dificio exclusive in avenida angelica e il pannello nella sala d’attesa del consolato italiano”.

anche tu hai studiato e ottenuto una laurea in architettura…“si, è vero. Ma non ho mai esercitato questa pro-fessione. tuttavia insegno comunicazione visuale nella facoltà di architettura della Usp”.

come definiresti la tua pittura?“dagli anni sessanta ad oggi, la mia pittura ha subìto molte trasformazioni, ma l’elemento co-mune a tutte le varie fasi è la sperimentazione: la pittura per me è suggestione. Lavoro preva-lentemente nella tensione concettuale dello spa-zio-tempo. il mio sforzo creativo tende sempre a superare il limite della seconda dimensione”.

Leggi la biografia di claudio tozzi e guarda la galleria fotografica.

Cultura

entrevista a Cláudio TozziArtista urbano

cláudio tozzi, artista eclético e muito ad-mirado em todo o mundo é ítalo-brasileiro. o seu pai era da Basilicata, originário de potenza, cidade de onde emigrou antes de se mudar para o Brasil. a família de sua mãe é de Milão.

cláudio nos recebeu em sua linda casa em são paulo que inclui também o laboratório artístico: um ambiente lumino-so que dá para um jardim interno cheio de obras plásticas, pincéis, cores acrílicas e catálogos. ele nos preparou um expresso autêntico de moka antes da entrevista.

Quais são as suas carateristicas dife-renciais? E como desenvolve seu pro-cesso criativo?todo meu trabalho tem uma forte cara-terística construtiva e ao mesmo tempo experimental. Meu processo é metódico e objetivo. no trabalho uso fragmentos de objetos, símbolos tropicais e elementos vi-suais básicos como linhas, planos e cores.

onde podemos admirar suas obras?realizei muitas instalações artísticas que se inserem perfeitamente no interior de cidades como veneza, rio de Janeiro e nova iorque, trabalhando com projetos coletivos de equipes de profissionais como arquitetos e engenheiros. algumas de mi-nhas obras são abertas ao público em são paulo como a fachada do prédio exclusive na avenida angélica e o painel na sala de espera no consulado italiano.

Você estudou e se formou em arquite-tura, não é?É, mas nunca exerci esta profissão. todavia ensino comunicação visual na Faculdade de arquitetura na Usp.

como pode definir a sua pintura?desde os anos 60 até hoje, minha pintura mudou muito, porém o elemento comum em todas as fases é a experimentação: a pintura para mim é sugestão. trabalho ge-ralmente no assunto conceptual do espa-ço-tempo. o meu esforço criativo consiste em superar o limite da segunda dimensão.

Leia a biografia de claudio tossi e veja ga-leria de imagens.

Elena Rapisardi

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reportagem

Voto dos italianos no exterior por corres-pondência: referendo popular

domingo, 17 de abril, será votado o refe-rendo para a revogação da lei que autoriza a extração de hidrocarburantes líquidos e gasosos (principalmente petróleo e metano) até o esgotamento do das jazidas até 22,2 km da costa italiana.

os italianos residentes no exterior e re-gularmente cadastrados no aire estão sen-do convocados para votar por correspon-dência na circunscrição da américa Latina. eles podem enviar a cédula, pelo correios, até o 14 de abril 2016, às 16h.

também cidadãos que estejam tem-porariamente no exterior,a no mínimo três meses, por motivos como trabalho, estudos ou tratamentos de saúde, poderiam ter soli-citado ao seu “comune” de origem para vo-tar por correspondência. deve-se responder siM ou nÃo a seguinte pergunta:

desejam que o artigo 6, subparágrafo 17, terceiro período do decreto legislativo de 3 de abril de 2006, n.152, “norme in ma-terieambientali” (normas de assuntos am-bientais), substituído pelo subparágrafo 239 do artigo primeiro da lei de 28 de dezembro de 2015, n.208 “disposizioni per La for-mazione del bilancio annuale e pluriennale dello stato (legge di stabilità 2016)” (dispo-sições para a formação do balanço anual e plurienal do estado (lei de estabilidade 2016)), limitando-se às seguintes palavras: “pela duração da vida útil da jazida, confor-me os padrões de segurança e preservação ambiental”?

simplificando, significa: ”desejam fe-char as jazidas em atividade após o encer-ramento das concessões?”

se vencer o siM, serão interrompidas. se vencer o nÃo, as extrações de petróleo e gás metano continuarão. apoiam o siM, os cidadãos que querem proteger o ambiente marinho evitando riscos para a fauna e a flora, preocupados com o risco de desastres ambientais. Quem vota no siM, acredita que enquanto os petroleiros que, na itália, pa-gam somente 7% do valor extraído enrique-cem, as extrações não resolverão os proble-mas energéticos da itália e dos italianos.

apoiam o nÃo, os cidadãos que temem a perda de investimentos e de postos de trabalho. a necessidade energética é o seu cavalo de batalha, assim como o fato de que as empresas que atualmente possuem concessões poderão continuar as extrações até o esgotamento das jazidas e por fim que já existe uma lei de 2006 que proíbe novas concessões.

se você não recebeu a cédula eleitoral, entre em contato com o consulado para co-municar eventuais mudanças de endereço. votar é um direito seu. pratique!

Saiba mais

REFEREnDum

Voto degli Italiani all’estero per corrispondenza: referendum abrogativo sulle trivellazioni

“per la durata di vita utile del giacimento, nel rispetto degli standard di sicurezza e di salva-guardia ambientale”?

In parole più semplici, significa: “volete chiudere i giacimenti in attività una volta sca-dute le loro concessioni?” Se vinceranno i SI, saranno interrotti. Se vinceranno i NO, le estra-zioni di petrolio e gas metano proseguiranno.

Sostengono il SI i cittadini che vogliono tutelare l’ambiente marino per evitare rischi alla fauna e alla flora, preoccupati dal pericolo che accada un disastro ambientale. Chi voterà SI pensa che si arricchiranno solo i petrolieri che pagano in Italia appena il 7% del valore estratto e che le trivellazioni non risolveranno i problemi energetici dell’Italia e degli Italiani.

Sostengono il NO i cittadini che temono una perdita di investimenti e di posti di lavo-ro. Il fabbisogno energetico è il loro cavallo di battaglia. Se non hai ricevuto il plico elet-torale, contatta il Consolato per comunicare eventuali cambi di residenza. Votare è un tuo diritto, esercitalo!

Saperne di più

Domenica 17 aprile 2016 si vota il referendum abrogativo della legge che concede che le tri-vellazioni continuino fino a quando il giaci-mento lo consente, per estrarre idrocarburi li-quidi e gassosi (soprattutto petrolio e metano) fino a 22,2 chilometri dalla costa italiana.

Gli italiani residenti all’estero e iscritti re-golarmente all’Aire sono chiamati a votare attraverso il voto per corrispondenza, nella circoscrizione dell’America Latina. Possono inviare il plico entro il 14 aprile 2016 non ol-tre le ore 16:00. Anche i cittadini temporanea-mente all’estero per un periodo di almeno tre mesi per motivi di lavoro, studio o cure me-diche possono chiedere al proprio Comune di votare per corrispondenza. Si potrà rispon-dere SI oppure NO a questa domanda:

“Volete voi che sia abrogato l’art. 6, comma 17, terzo periodo, del decreto legislativo 3 apri-le 2006, n. 152, “Norme in materia ambienta-le”, come sostituito dal comma 239 dell’art. 1 della legge 28 dicembre 2015, n. 208 “Dispo-sizioni per la formazione del bilancio annua-le e pluriennale dello Stato (legge di stabilità 2016)”, limitatamente alle seguenti parole:

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Marzo / Aprile 2016

Intervista a Eugenio Marino

Per raccontare la storia dell’emigrazione italiana degli ultimi 150 anni attraverso un’altra storia, quella della canzone, Eugenio Marino ha lanciato in Brasile il libro Partir Sonhando. Il responsabile PD degli Italiani nel Mondo ha accolto con en-tusiasmo la proposta del Senatore Fausto Longo di diffondere fra la comunità italo discendente il testo precedentemente scritto in italiano, la cui traduzione in portoghese è stata curata da An-tonella Fossati, e pubblicata da Sesi-SP Editora.

come nasce questo progetto editoriale?“penso che il nostro paese non sarebbe oggi quel-lo che è se non avesse avuto tanta emigrazione. L’emissione è un tratto fondativo della nostra iden-tità nazionale. e la musica racconta l’emigrazione in ogni suo aspetto, anche meglio di altri generi. ho usato la canzone come fonte, perché tutti i gene-ri musicali italiani hanno raccontato l’emigrazione in ogni suo aspetto: la partenza, il viaggio, l’arrivo, l’integrazione, l’isolamento, le difficoltà, il successo e le sconfitte, il ritorno. sono un bagaglio di conos-cenza e documentazione sterminato ed efficace”.

Quali argomenti tratta?il libro racconta l’emigrazione in america, attra-

verso le canzoni melodrammatiche e narra gli eventi dalla fine della seconda guerra Mondiale ai giorni nostri, mettendo in luce i nuovi fenome-ni musicali che trattano di emigrazione europea. per conoscere i brani a cui il libro fa riferimento, ci sono codici (Qrs codes) e un’ampia discogra-fia a cui attingere. perché questo è un libro da leggere e cantare”.

Non ha saputo resistere alrichiamo tecnologico…“anche se in versione cartacea, questo libro è stato contaminato dalla tecnologia e dalle sue applicazioni, come quella del Qrs codes che permette di accedere ad altri contenuti on line, come brani musicali, video e immagini inte-ressanti. Un modo per creare interazione col lettore e stimolare la sua curiosità ad andare oltre il testo!”.

cosa spera di suscitare nellettore italo discendente?“soprattutto emozioni legate alla memoria, attra-verso la lettura e l’ascolto di molte belle canzoni che raccontano una storia universale, che si ripe-te ancora nei flussi migratori di oggi: sono i nostri genitori e nonni allo specchio”.

musIcA, LIbRI E cInEmA

Partir sonhando, il libro di Eugenio marino sulle canzoni della migrazione italiana

Engenio marino con Paola Loreto e Gabriela Plantulli

música, livrose Cinema

entrevista a eugenio marino

“Partir sonhando” o libro deEugênio Marino sobre a músicada migração italiana

para contar a história da imigração italiana dos últimos 150 anos através duma outra história, aquela ligada à música, eugenio Marino lançou no Brasil o livro partir so-nhando. o responsável do pd dos italianos no mundo recebeu com entusiasmo a pro-posta do senador Fausto Longo de difundir entre a comunidade dos ítalo-descen-dentes o texto já escrito em italiano, cuja tradução em português foi cuidada pela senhora antonella Fossati e publicada pela sesi-sp editora

como nasce este projeto editorial?acho que nosso país, a itália, não seria hoje o que é se não tivesse tido tanta emigra-ção. a emissão e’ um trato fundador da nossa identidade nacional. a música conta sobre a emigração em todos seus aspec-tos, ainda melhor que dos outros gêneros. Usei a música como origem, porque todos os gêneros musicais italianos contaram a emigração em todas suas fases: a ida, a viagem, a chegada, a integração, o isola-mento, os desafios, o sucesso e as derro-tas, o regresso. todas estas fases são uma bagagem de conhecimento e documenta-ção ilimitada e eficaz.

Quais são os temas que se tratam?o livro fala sobre a emigração no norte américa por meio de canções de melo-drama e narra os eventos desde a fim da segunda guerra Mundial até nossos dias, enfatizando os novos movimentos musi-cais que tratam da emigração européia. para conhecer os trechos mencionados pelo livro tem códigos (Qrs codes) e uma ampla discografia para atingir. este é um livro para ler e cantar.

Não resistiu ao atrativo tecnológico...ainda que seja um livro de papel, ele foi contaminado pela tecnologia e pelas suas aplicações, um exemplo e’ o Qrs codes que permite de ter acesso aos outros conteúdos online como trechos musicais, vídeos e fotos interessantes. Uma maneira para criar interação com o leitor, estimular a curiosidade dele e ir além do texto!

o que espera suscitar do leitor ítalo-descendente?especialmente emoções ligadas à me-mória por meio da leitura e da escuta de música linda que conta uma história uni-versal que se repete nos fluxos migratórios atuais, eles são nossos avós e pais em frente a um espelho.

Elena Rapisardi

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8 REPORTAGE

La sicurezza in Brasile,i numeri nondicono tutto

si verificano, la maggior parte sono concen-trati nel Nordest e nel Nord del paese. E per lo più nelle zone meno sviluppate delle città, nei quartieri a minor reddito e nelle favelas.

Un po’ di cautela è però doverosa per il tu-rista, più ancora che per il residente nel paese, ormai avezzo a un minimo di misure difensive: non indossare gioielli o orologi costosi, anche qui in Brasile i Rolex vanno a ruba, essere di-screti con telecamere e macchine fotografiche, mantenere sempre il controllo a vista della carta di credito, non esibire troppo cellulari, specialmente i modelli più costosi, e soprattut-to NON reagire in caso di rapina. Anche se di fronte si ha un ragazzino imberbe questo po-trebbe reagire con una violenza, anche arma-ta, che non ha paragoni con quanto avviene in Europa. A maggior ragione questo è valido per i turisti che non conoscendo la lingua e i codi-ci comportamentali locali corrono il rischio di non valutare appieno la serietà della situazio-ne. Detto così sembra peggio di come realmen-

La sicurezza è una delle principali preoccu-pazioni dei brasiliani e anche dei turisti che vengono a visitare il paese verdeoro. Se si des-se ascolto alle statistiche pubblicate da vari organi di stampa il quadro complessivo per il Brasile sarebbe disastroso. Un tasso di omici-di di 26,82 ogni 100.000 abitanti collochereb-be il paese fra i più pericolosi al mondo. Tanto per fare un confronto, lo stesso tasso in Italia è di 0,9 cioè quasi trenta volte inferiore. Per for-tuna i numeri vanno interpretati. La stragran-de maggioranza degli omicidi è legata a scon-tri tra fazioni criminali, o questioni familiari, sebbene siano non pochi anche quelli classifi-cati come “latrocínios” cioè gli omicidi a sco-po di rapina. Qui in Brasile la classificazione è differenziata, forse per contenere le statisti-che. Date le dimensioni continentali del paese, bisogna anche poi vedere dove questi omicidi

Reportagem

A segurança no Brasil,números não dizem tudo

a segurança é uma das maiores preocu-pações dos brasileiros e dos turistas que visitam o país verde-amarelo. se se desse crédito às estatísticas publicadas pelas mí-dias sociais o quadro geral do Brasil seria desastroso. a taxa de homicídios de 26,82 cada 100.000 habitantes colocaria o país entre os mais perigosos do mundo. para fazer uma comparação, a mesma taxa na itália e’ de 0,9 ou seja case trinta vezes in-ferior. Felizmente os números tem que ser esclarecidos. a maioria dos homicídios está ligada às brigas entre facções criminosas ou conflitos familiares, ainda que não sejam raros os homicídios classificados como “la-trocínios”, ou seja assaltos. aqui no Brasil a classificação e’ diferenciada, pode ser para poder limitar as estatísticas. tendo em conta as dimensões continentais do país, e’ preciso ver onde estos homicídios ocorrem. a maioria dos homicídios estão localizados no nordeste e no norte do Brasil, especial-mente nos lugares menos desenvolvidos das cidades, nos bairros mais pobres e nas favelas. além disso, o turista tem que ser cauteloso mais (do) que um residente do país, que já está acostumado com o mínimo de medidas defensivas: não mostrar joias e relógios caros (aqui os rolex estão na mira dos bandidos), usar telecamara e câmara discretamente, segurar os cartões, não os-tentar os celulares, especialmente os mode-los mais caros e nÃo reagir durante um as-salto. Mesmo que você tenha em frente um menino, ele poderia reagir com violência, ainda armada, assim que não tem compara-ção com o que ocorre na europa. sobretudo estos conselhos são pelos turistas que, não conhecendo o idioma e os códigos de com-portamento do país, arriscam a própria vida sem ter o mínimo de noção da seriedade da situação. essa descrição representa uma realidade pior do que é realmente.

as pessoas que estão acostumadas às grandes cidades como roma, Milão e napo-li têm que ser somente um pouco mais pru-dentes, mas isso não pode ser um obstácu-lo para não aproveitar as férias no Brasil. É preciso notar que a vida dum criminoso aqui tem valor muito inferior que na europa. os estrangeiros as vezes ficam surpresos pela quantidade de vigilantes privados no shopping centres, nos bares e nos prédios. de um lato sem dúvida existe a questão da segurança, do outro a causa está ligada ao baixo custo da mão de obra que permite um emprego maior de pessoal. geralmente é verdade que a segurança e’ muito alta: te-lecamaras, vedações, alarmes, carros blin-dados aqui são muito populares. são muito menos populares os negócios de armas destinadas aos civis. desde o ano 2003 o

Giorgio De Vecchi Di Val cismon

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Marzo / Aprile 2016

REPORTAGE

delinquenti considerati come vittime della so-cietà. Spesso questi attivisti denunciano abusi della polizia anche quando non sono tali, in una visione del problema sicurezza del tutto ideologica. Parlando di polizia, in Brasile esiste una Polizia Federale, l’unica a livello naziona-le, che si occupa solo di determinati reati, o del controllo di strade federali. Poi ognuno dei 27 Stati della Repubblica Federale ha la sua Poli-zia Militare e la sua Polizia Civile. Le città han-no anche la Guarda Civil. I compiti sono però ben chiari e distinti. La Polizia Militare è quel-la di pronto intervento, quella antisommossa, quella che pattuglia le strade e che interviene quando chiamata dal cittadino. La Polizia Civi-le, svolge le indagini, ricerca i latitanti, esegue i mandati dell’autorità giudiziaria e istruisce i procedimenti per gli arresti compiuti dalla Po-lizia Militare. Per uno straniero non è subito intuitivo tutto questo, ma ci si abitua in poco tempo. Se siete in pericolo chiamate la Polizia Militare, se dovete denunciare di aver subito un furto andate dalla Polizia Civile. E’ ovvio che il problema sicurezza non è un problema solo di contrasto tramite le forze di polizia, ma un problema sociale. C’è una parte, non tra-scurabile, della popolazione che è tagliata fuo-ri dalle dinamiche di miglioramento sociale, gente per il quale il domani non ha la minima speranza di essere migliore dell’oggi. Il Brasile ha ancora un grande problema educativo, solo attraverso il disposto congiunto di educazione e scolarità e aumentando le possibilità di eleva-zione sociale attraverso il lavoro si potrà veni-re a capo della questione. In questo c’è ancora molto da fare.

te è. Per chi è abituato alle grandi città italiane come Roma, Milano o Napoli si tratta solo di usare un pizzico di prudenza in più, ma que-sto non impedisce di godersi il Brasile. Si ten-ga solo presente che la vita qui per il criminale ha un valore di molto inferiore all’Europa. Gli stranieri si stupiscono a volte della quantità di vigilanti privati che si notano negli shopping center, nei locali e nei condomini. Da una parte certamente c’è la questione sicurezza, da un’al-tra c’è anche un basso costo della mano d’opera che consente un impiego più massiccio di per-sonale. Ma in genere è vero che l’attenzione è molto alta, telecamere, recinzioni, allarmi e au-tomobili blindate qui fanno affari d’oro. Molti meno sono gli affari per le armi destinate ai civili. Dal 2003 l’“Estatuto do desarmamento” ha limitato moltissimo la circolazione delle armi fra i cittadini per bene. Come accade quasi sempre, queste misure non hanno avuto alcun influsso sul crimine in quanto i delinquenti ben si sono guardati dal consegnare le loro armi, ed anzi sono sempre meglio attrezzati, anche con armi automatiche di grosso calibro. L’esercizio della legittima difesa soffre, qui in Brasile, un po’ degli stessi problemi di cui soffre in Italia. C’è una certa condiscendenza della legge verso il delinquente, considerato in qualche maniera vittima dell’ingiustizia sociale, e la magistra-tura spesso appoggia questa visione, per cui il cittadino che si difende si trova spesso inqui-sito a sua volta. Quel che in Italia non esiste, e in Brasile sì, sono i cosiddetti “Direitos Hu-manos”, intendiamoci bene, qui si sta parlando di attivisti appartenenti a vari movimenti che sistematicamente si schierano dalla parte dei

“estatuto do desarmamento” tem limitado muitíssimo a circulação das armas entre os habitantes respeitáveis. como case sempre acontece, estas mídias não têm afeitado o problema da criminalidade pois que os delinqüentes não se preocupam de entregar as suas armas, mas ao contrário têm equipamento cada vez melhor, nestes dias com armas automáticas de grosso calibre. o exercício da legítima defesa tem os mesmos problemas que ocorrem na itália. existe uma certa condescendência da lei em relação ao delinquente, conside-rado-lo como vítima da injustiça social, e mesmo a magistratura apoia esta causa, por essa razão o cidadão que se defende frequentemente termina em ser indagado. o fenômeno que não há na itália, mas exis-te aqui no Brasil é aquele que está ligado aos “direitos humanos”, ou seja ativistas de várias associações e movimentos que sistematicamente se unem em defesa dos delinquentes considerados como vítima da sociedade. Frequentemente esses ativistas denunciam abusos da polícia ainda que não sejam sempre verdadeiros, assim tornando a questão da segurança no plano da ideolo-gia. aqui no Brasil, existe uma polícia Fede-ral, com circunscrição em todo o território nacional que se ocupa somente de crimes específicos e do controle das ruas federais. cada um dos 27 estados da república Fe-deral tem sua polícia Militar e polícia civil. as cidades têm também a guardiã civil. os deveres e atividades são claros e distintos. a polícia Militar e’ um órgão especializado na intervenção, nas ações de sublevação, no patrulhamento nas ruas que intervém sob solicitação do cidadão. a polícia civil realiza indagações, busca os delinquentes, cumpre mandados expedidos pelo judiciá-rio e segue os procedimentos cautelares específicos da polícia Militar.

Um estrangeiro fica um pouco confuso no começo, mas depois pouco tempo já se vai acostumar. Quando estiver perdido e tiver problemas, ligue para polícia Federal, quando denunciar roubo vá à polícia civil. É evidente que o problema da segurança não é somente um problema de contraste das forças policiais, porém um problema social. existe uma parte, não irrelevante, do povo que é excluído das dinâmicas da melhoria social, pessoas que o amanhã não vai ser de jeito nenhum melhor que dó hoje. o Brasil ainda tem problemas muito grandes na área da educação, somente por meio da melhoria da educação e es-colaridade e aumentando as possibilidades de elevação social por meio do trabalho, a questão poderá ser resolvida. nestas áreas tem ainda muito a fazer.

Alf Ribeiro / shutterstock

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10 ATTuALITà

il cancelliere mario Turnaturi spiega quali attività svolge: cittadinanza, passaporti, eventi culturali e turismo. Saiba mais

Gli italo-brasiliani e gli expats che vivono nella regione di campinas hanno finalmente la possibilità di fare gruppo e partecipare alle attività della nuova associazione. Saiba mais

a Receita Federal disponibili-zou para download o programa que possibilita a elaboração e entrega da declaração de im-posto de renda e os contribuin-tes têm até 29 de abril de 2016 para entregar suas declarações e efetuar o pagamento do im-posto, caso haja saldo de impo-sto a pagar. Saiba mais

no início de março, após gran-de pressão deste setor, o governo anunciou uma medida provisória re-duzindo o imposto de 25% para 6% nas operações até R$ 20.000,00. Esta medida ainda precisa ser vo-tada para que a redução seja man-tida até o final de 2019. Saiba mais

Vivi campinas!

La nuova sede delconsolato Generale della Repubblica di San marino

Declaração deimposto de renda 2016: já entregou a sua?

imposto sobreremessas ao exterior cai de 25% para 6%

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Marzo / Aprile 2016

TuRIsmO

Di giorno e di notte, un’oasi di sicurezza: zero criminalità. Affollatissima nei periodi di alta stagione, Búzios si anima di spettacoli in piaz-za, musica live e mercatini di artigianato locale.

Sotto un cielo sempre stellato, la passeggia-ta lungo Orla Bardot, fino a Ruas Das Pedras, è il rituale che si ripete ogni sera. Questa passe-rella costellata di ristoranti, bar e discoteche si affaccia sulla spiaggia di Armação. I turisti si fermano ad ammirare la statua in bronzo del-la bellissima Brigitte Bardot, l’attrice francese che che ha scoperto Búzios, al tempo in cui c’e-rano balene e delfini, in questo tratto di costa e l’ha resa celebre in tutto il mondo.

Nel cuore di Búzios (Ruas das Pedras) vibra tutta l’attività commerciale e turistica, con ri-storanti per degustare piatti di pesce regionali, aragoste ma anche pasta e pizza napoletana.

Le agenzie di viaggio propongono gite in barca giornaliere per visitare le marine di Arraial do Cabo e Cabo Frio. Persino il turi-sta più esigente, abituato al mare caraibico o thailandese, resterà incantato, una volta ap-prodato a Praia do Pontal o a praia do Forno: mare acquamarina, sabbia che ha il colore e la consistenza del borotalco, una natura incon-taminata che incornicia un vero paradiso.

Gli amanti del surf si danno appuntamento sulla spiaggia di Geribá: onde incredibili, chio-schi che affittano attrezzatura sportiva, gare sta-tali e nazionali sono l’attrazione irresistibile per i più giovani. Anche spiaggia Brava è molto fre-quentata dai surfisti mentre Olho de Boi, colle-gata da un sentiero, è il rifugio dei naturisti. Pra-ia Rasa e Praia de Manguinhos sono le spiagge

dei velisti, perché sempre battute dal vento, in cui hanno sede i club di vela Búzios Vela Clube e Yucas. Gli appassionati delle immersioni, pre-feriscono la spiaggia della Tartaruga, che vanta l’acqua più calda di tutte le spiagge di Búzios, ben lontana dalle correnti fredde.

Chi ama la tranquillità e preferisce le pic-cole baie, ha solo l’imbarazzo della scelta:

Praia João Fernandinho, Praia do Can-to, Praia Azeda e Azedinha che fanno parte dell’Area di Protezione Ambientale (APA). Deliziosa la Praia Ferrandurinha.

Divertente e più attrezzata la spiaggia di Ferradura con scuola di windsurf, banana boat e sci acquatici.

Le spiagge della parte Nord-Ovest sono facilmente raggiungibili in acqua-taxi, a un costo di circa 15/20 Reais a persona.

Chi viaggia senza macchina, può usufrui-re di un servizio di trasporto a pagamento che collega gli aeroporti di Rio de Janeiro a Búzios.

Búzios,la SaintTropez del Brasile

Turismo

Búzios, a Saint tropez do Brasil

Búzios é uma mistura perfeita de relax e animação a 200km do rio de Janeiro.

tanto de manhã quanto de noite é um oásis de segurança: homicídio zero. Lotada nos períodos de alta temporada, Búzios se ani-ma com espetáculos ao ar livre, música e feiras de artesanato local.

sob o céu estrelado, o passeio pela orla Bardot até ruas das pedras é o ritual que se repete todas a noites. esta passarela cheia de restaurantes, bares e baladas com vista para a praia da armação. os turistas param para admirar a estátua de bronze da lindíssima Brigitte Bardot, atriz francesa que descobriu Búzios nos anos em que tinham baleias e golfinhos neste trecho da costa e a tornou famosa em todo mundo.

no centro de Búzios se destaca toda a atividade comercial e turística com res-taurantes para degustar pratos de peixe regional, lagosta mas também massa e pizza napolitana.

as agências de viagem apresentam passeios de barcos diários para visitar as marinhas de arraial do cabo e cabo Frio. até o turista mais exigente acostumado ao mar do caribe ou à thailandia, ficará encantado uma vez desembarcado à praia do pontal ou à praia do Forno: mar de água cristalina, areia que tem a cor e a consistência do tal-co, uma natureza intocada que ressalta um verdadeiro paraíso.

os amantes do surf se encontram na praia de geribá, ondas incríveis, lojas que alugam equipamento esportivo, compe-tições estaduais e nacionais são atração que atraem os mais jovens. também praia Brava é muito visitada pelos surfistas, en-quanto olho de Boi, que está ligada por uma trilha, é o refúgio dos naturistas. praia rasa e praia de Manguinhos são as praias dos velistas, porque sempre bate o vento, onde há a sede dos clubes de vela Búzios vela clube e Yucas. os apaixonados pelo mergu-lho preferem a praia da tartaruga que tem a água mais quente de todo Búzios, porque fica longe das correntes mais frias.

as pessoas que amam a tranquilidade e as pequenas praias podem escolher en-tre praia João Fernandinho, praia do can-to, praia azeda e azedinha que pertecem à Área de proteção ambiental (apa). É uma graça a praia Ferrandurinha.

divertida e com mais equipamento a praia de Ferradura com escola de windsurf, banana boat, esqui aquático.

as praias que ficam na parte nordeste são fáceis de chegar por meio do aqua-tá-xis que custam em media de 15 a 20 r$ por pessoa.

as pessoas que viajam sem carro po-dem usufruir de um serviço de transporte pago que ligam os aeroportos do rio de Ja-neiro a Búzios.

buzios è un connubio perfetto di relax e vivacità, a 200 chilometri da Rio de Janeiro

Elena Rapisardi

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12 EcOnOmIA

economia

entrevista a Corrado moglia de Giti Tre

Diretor Regional de Giti Tre para a América Latina é italiano

o italiano corrado Moglia mora em são paulo e tem o papel de diretor para a europa e a américa Latina de giti tre, grupo de singapura, décimo produtor de pneumáticos do mundo com filiais de produção na china e na indonésia. nesta entrevista o senhor Moglia fala sobre a indústria de pneumáticos e sobre a sua experiência na giti tre.

como se desenvolve vosso modelo de negócios a ní-vel mundial e qual é a ética da sua empresa?geralmente estabelecemos parcerias com importadores que fornecem nossas marcas com acordos exclusivos em qualquer país do mundo e apoiamos as atividades de ven-da, marketing e técnicas deles especialmente com times locais expertas. hoje fornecemos case 120 países e o mo-delo de negócios por meio de parcerias locais e’ ainda atual como na europa quanto na américa Latina, regiões cujas sou o responsável. produzimos na china e na indonésia e estamos realizando uma unidade de produções nos eUa. as relações com nossos clientes estão baseadas na transpa-rência, no interesse comum e no respeito recíproco; esses três têm sido até hoje os fundamentais fatores de sucesso da nossa empresa. não temos contratos assinados dos nossos melhores clientes com os quais temos trabalhado há mais de 20 anos. a estima e a confiança são suficien-tes para fazer comércios e ter sucesso. algumas dessas características permitiram que um homem italiano (como mim) conseguisse se acostumar com facilidade à cultura da empresa duma firma mundial, ainda que seja familiar como a giti tre, conquistar espaços profissionais no interior da organização e tornar-se um representante entusiasta.

Desde o ano 2005 até hoje a Giti tre tem se espalhado nos maiores países da Europa, como enfrentaram os obstáculos ligados à crise econômica? Em qual país são os mais fortes?na europa estamos consolidando os tantos anos de traba-lho junto aos parceiros nacionais, alguns dos quais existem desde o começo dos anos 90. no ano 2005 abrimos a filial européia, depois disso, começamos nos expandir com escri-tórios no reino Unido, França, alemanha e itália. hoje na eu-ropa temos cerca de 90 dependentes entre filiais nacionais, centros de pesquisa e desenvolvimento e escritórios repre-sentativos. nos anos 2008-2009 enfrentemos a crise como se fosse uma oportunidade, trabalhando junto com nossos parceiros, especialmente investindo ulteriormente no pessoal local e no suporte, e num mercado que se tornou ainda mais complicado, encontrando sempre soluções que preservas-sem a sustentabilidade dos negócios entre os produtores e os distribuidores clientes. além disso, a oferta de um produto de uma empresa ainda em transformação e crescimento como a nossa tem permitido de encontrar um bom equilíbrio entre a qualidade e a colocação de preços. temos aumentado as quotas de mercado oferecendo produtos competitivos à altura do pedido de um mercado maduro mas em situações difíceis.

o senhor tem uma experiência de 23 anos e tem con-tribuído fortemente ao desenvolvimento de Giti tre. Em quais projetos está focado e quais metas queria alcançar no 2016?no 2016 já estamos focados em novos planos na europa e nos eUa, país que vão ser adicionados aos negócios já existentes. além dos propósitos ligados aos resultados das vendas, no 2016 na europa tenho fixado objetivos de eficiência, uma mí-nima restruturação das nossas atividades em preparação a

Intervista a CorradoMoglia di Giti Tire

L’italiano corrado Moglia vive a san paolo e ri-copre il ruolo di Managing director per l’europa e per l’america Latina di giti tire, gruppo di sin-gapore, decimo produttore al Mondo di pneuma-tici con basi produttive in cina ed indonesia. in questa intervista ci parla del settore pneumatici e della sua esperienza in giti tire.

come si sviluppa il vostro modello di business a livello mondiale e qual è l’etica aziendale?di regola stringiamo partnership con importatori che distribuiscono i nostri marchi in esclusiva in ogni paese, e li supportiamo nelle attività di vendi-ta, marketing e tecnica, preferibilmente con team locali dedicati. oggi distribuiamo in circa 120 paesi nel Mondo ed il modello di business tramite partner locali è ancora attuale sia in europa che in america Latina, regioni delle quali sono responsa-bile. produciamo in cina e in indonesia e stiamo costruendo un’unità produttiva negli stati Uniti.

Le relazioni con i nostri clienti sono basate sulla trasparenza, il comune interesse e il rispet-to reciproco: questi sono stati fino ad oggi i fattori di successo per la nostra azienda. con i nostri

migliori clienti non abbiamo contratti firmati e la-voriamo insieme da più di 20 anni. La stima e la fiducia sono sufficienti per fare business e avere successo. alcune di queste caratteristiche hanno permesso a un italiano come me di adattarsi con facilità alla cultura aziendale di un’azienda globa-le seppur familiare come giti tire, a conquistare spazi professionali all’interno dell’organizzazione e a diventarne uno sponsor entusiasta.

Dal 2005 ad oggi Giti tire si è espansa nei maggiori Paesi Europei; come avete affronta-to gli ostacoli legati alla crisi economica? E in quale Paese siete più forti?in europa stiamo consolidando tanti anni di lavo-ro insieme ai partner nazionali, alcuni dei quali esistono fin dagli inizi degli anni ’90.

nel 2005 abbiamo aperto la sede europea, per poi espanderci con uffici team in gran Bretagna, Francia, germania ed italia: oggi in europa abbia-mo circa 90 dipendenti tra sedi nazionali, centri di ricerca e sviluppo e Uffici di rappresentanza.

nel 2008-2009 abbiamo affrontato la crisi interpretandola come un’opportunità, lavorando a fianco dei nostri partner, soprattutto investen-do ulteriormente in personale locale a supporto. in un mercato ormai divenuto più complicato, trovando sempre soluzioni che preservassero la sostenibilità del business tra noi produttori e i distributori clienti.

inoltre, l’offerta di prodotto di un’azienda an-cora in trasformazione e crescita come la nos-tra, ha pemesso di trovare un buon equilibrio tra qualità e posizionamento di prezzo. abbiamo aumentato le quote di mercato offrendo prodotti competitivi all’altezza della richiesta di un mer-cato maturo ma in difficoltà.

Vanti un’esperienza lunga 23 anni ed hai con-tribuito fortemente allo sviluppo di Giti tire. a quali progetti stai lavorando e quali tra-guardi vorresti tagliare nel 2016?nel 2016 stiamo lavorando ad alcuni nuovi pro-getti in europa e negli stati Uniti che si aggiunge-

Il manager director di Giti Tire per l’America Latina è un italiano

Elena Rapisardi

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Marzo / Aprile 2016

EcOnOmIA

ranno al business già esistente. a parte gli obiettivi strettamente legati ai risultati di vendite, nel 2016 in europa ho fissato dei target di efficienza, una mini ristrutturazione delle nostre attività in prepa-razione per gli interessanti cambiamenti previsti a partire da questo anno ma che si svilupperanno meglio dal 2017 in poi.

oltre ai pneumatici, quali sono gli altri settori in cui opera il gruppo Giti tire?il gruppo è molto diversificato, produce altri com-ponenti automobilistici, da cerchi a microchip e cavi, ma si occupa anche di reti di distribuzione nel sud est asiatico, da grandi magazzini a caf-fetterie, marchi di abbigliamento, hotel e resort.

Fra i vostri marchi ce n’è uno principale su cui concentrate ricerca e sviluppo?i marchi dedicati ai mercati internazionali sono prin-cipalemente 4, il più importante e diffuso è il marchio simbolo della nostra azienda nel Mondo, gt radial. su questo abbiamo concentrato gli sviluppi negli ultimi anni ma stiamo anche dedicando la ricerca e sviluppo su di una linea completamente nuova con il marchio giti. il nostro centro ad hannover, in germania, è stato creato anche per questo motivo.

Per quanto riguarda l’america latina, quali sono gli ultimi investimenti fatti in Brasile? risentite della crisi economica attuale?nel 2014 ho fatto lo start-up della società in Bra-sile, assunto professionisti del settore e formato un gruppo di lavoro altamente qualificato.

in Brasile siamo presenti da molti anni, con ven-dite sia al primo equipaggiamento (produttori di vei-coli) che al mercato del ricambio, risultando anche i primi importatori di pneumatici in Brasile, ma non avevamo un ufficio a supporto. per questo era im-portante aprire una sede. sfortunatamente il Brasile non ci sta dando i risultati sperati e pianificati, con le condizioni economiche attuali. i maggiori problemi di aziende estere come la nostra sono il protezio-nismo esagerato contro le importazioni e la pesante svalutazione del real. Ma il Brasile si riprenderà e noi saremo pronti a cogliere nuove opportunità.

in america Latina siamo comunque cresciuti nel 2015 nonostante il rallentamento del Brasile.

Quali sono le differenze sostanziali fra i vari mercati: europeo, asiatico e sudamericano?il mercato europeo è molto strutturato, maturo, gli spazi si conquistano con più difficoltà perché la domanda è già saturata dall’offerta.

L’asia è comunque in continua crescita e svi-luppo, con ovvie differenze tra paese e paese. L’economia cinese ad esempio, ha subito un forte rallentamento rispetto agli anni passati ma con-tinuerà ad essere al centro dell’attenzione mon-diale, attraverso la trasformazione dell’industria.

in america Latina i mercati sono molto più ins-tabili, con economie e situazioni politiche sogget-ti a rapidi ed a volte inaspettati cambiamenti. ci sono ancora tante opportunità ma anche molta volatilità. per avere successo bisogna essere creativi, reattivi e non arrendersi alle difficoltà.

risiedi a San Paolo dall’inizio del 2014, quali sono i luoghi più belli di questa metropoli in cui ti rifugi nei momenti liberi? a me piace molto san paolo e qui ho trovato un buon equilibrio tra casa e lavoro: la città offre svago e opportunità anche se a volte la vita in una grande metropoli può essere difficile, ma a san paolo, a parte la sicurezza, tutto il resto è piuttosto facile da gestire. certo, richiede un adattamento ad alcune abitudini e regole diverse dall’italia. ci sono tanti luoghi che mi piacciono, ma per citarne alcuni conosciuti da tutti: il parco ibirapuera, avenida paulista soprattutto nei giorni in cui è chiusa al traffico, la vista spettacolare dal “terraço italia”, la pasta italiana del ristorante “i tramezzini”; i bellissimi shopping center come JK iguatemi o cidade Jardim.

interessantes mudanças esperadas partindo deste ano mas que vão se desenvolver melhor no ano 2017 e para frente.

além dos pneumáticos, quais são os outros setores operacionais do grupo Giti tre?o grupo e’ muito diferenciado, produz outros componen-tes automotivos como jantes, microchip e cabos, mas tem também redes de distribuição no sudeste asiático com shopping centres, cafés, marcas de roupa, hotéis e resorts.

Entre as suas marcas existe uma na qual estão mais focados na área da pesquisa e desenvolvimento?as marcas ligadas aos mercados internacionais são espe-cialmente 4, a mais importante e conhecida e’ a marca- símbolo da nossa empresa no mundo, gt radial. nesta temos focados os desenvolvimentos dos últimos anos, mas estamos também dedicando a área da pesquisa e desenvolvimento duma nova maneira desenvolvendo uma nova estratégia no interior do mundo giti. nosso centro em hannover, na alemanha, foi criado também por esta razão.

Em relação à américa latina, quais são os últimos in-vestimentos realizados no Brasil? a crise econômica está afetando negativamente a vossa empresa?no 2014 criei a startup da empresa no Brasil, contratei pro-fissionais do setor e formei um time altamente qualificado. Já estamos no Brasil faz muitos anos, com vendas a primo equipaggiamento (produtores de carros) e ao mercado de ricambio, resultando como primeiros importadores de pneu-máticos no Brasil, ainda que no começo não tivéssemos um nosso escritório. por esta razão era importante abrir uma filial. infelizmente no Brasil não estamos alcançando os objetivos esperados e planificados, por causa das condições econômi-cas atuais. os maiores problemas de empresas estrangeiras como a nossa são o protecionismo exagerado contra as im-portações e a forte desvalorização do real. no futuro o Brasil vai se recuperar e nossa empresa será pronta para aproveitar novas oportunidades. no mercado da américa Latina temos ganhado bastante no ano 2015, a pesar da redução no Brasil.

Quais são as diferenças maiores dos vários merca-dos: europeu, asiático e da américa latina?o mercado europeu é muito estruturado, maduro, se po-dem conquistar os espaços com mais dificuldade porque o pedido já está saturado pela oferta. a Ásia está avan-çando continuamente, com diferenças certas em cada país. a economia chinesa, por exemplo, subiu uma forte redução em relação aos anos passados, mas continuará a ser o centro de atenção mundial por meio da transfor-mação da indústria. na américa Latina os mercados são mais instáveis com economias e situações políticas ligadas a rápidas e inesperadas mudanças. ainda existem muitas oportunidades, porém muita volatilidade. para ter sucesso e’ necessário ser criativos, reativos e não desesperar.

Está morando em São Paulo desde o ano 2014, quais são os lugares mais bonitos desta metrópole onde pode se relaxar nos momentos livres?gosto muito de são paulo. aqui tenho encontrado um bom equilíbrio entre vida e trabalho. a cidade oferece lazer e oportunidades, mesmo que às vezes a vida numa gran-de metrópole possa ser difícil, porém em são paulo, além da segurança, todo pode ser facilmente cuidado. claro, é oportuno acostumar-se a alguns hábitos e regras diferentes que na itália. gosto de muitos lugares, para citar somente os mais conhecidos: o parque ibirapuera, a avenida paulista especialmente nos dias quando está fechada para carros, a vista espetacular do “terraço itália”, as massas autenti-camente italianas do restaurante “i tramezzini”, os lindos shopping como aquele do Jk iguatemi e do cidade Jardim.

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14 POLITIcA

Nelle settimane passate si è parlato molto delle “unioni civili”. Al Senato è stata appro-vato un Disegno di Legge, il cosiddetto DDL Cirinnà (dal nome della parlamentare PD prima firmataria) con lo stralcio però di un articolo. Il provvedimento però non è anco-ra legge perché deve tornare alla Camera dei Deputati. Chi non è avvezzo al linguaggio po-litico italiano sarà andato probabilmente in confusione.

Vediamo quindi di fare un minimo di chiarezza.

Le “unioni civili” sono il riconoscimen-to legale delle coppie di fatto indipenden-temente dal sesso dei suoi componenti, allo stesso modo delle “União Estavel” qui in Brasile. L’Italia non ha ancora una legge in questo senso.

Il “Canguro” ‘ è una prassi parlamentare, già usata in passato, che consente di votare gli emendamenti raggruppando non solo quelli uguali, ma anche quelli di contenu-to analogo: una volta approvato o bocciato il primo, decadono tutti gli altri. Si tratta di un provvedimento adottato al Senato per la prima volta nel 1996 per bloccare l’ostruzio-nismo costituito dalla presentazione di mi-gliaia di emendamenti simili nel contenuto che però, se discussi uno per uno portano a tempi lunghissimi e al blocco dell’attività di voto. Il “Canguro” è stato mutuato al Sena-to dal regolamento interno della Camera dei Deputati, che però nel frattempo lo ha modi-ficato. Si tratta di una forzatura del sistema democratico per rispondere ad un’altrettanta forzatura come è l’ostruzionismo.

“Stepchild adoption” è l’adozione da par-te del partner del figlio dell’altro componente della coppia. Letteralmente dall’inglese si-

Cosa bolle in pentolanella politica italianadi queste settimaneGiorgio De Vecchi Di Val cismon

Política

(vejam) o que está rolandona política italiana nas últimas semanas, o assunto sobre a união civil foi muito discutido. o desenho de lei, de-nominado “ddL cirinna” (nome da parlamentar do pd, primeira signatária), foi aprovado pelo senado depois da eliminação de um artigo. a disposição ainda não é uma lei, de fato, ainda terá que voltar à câmara dos deputados. como sabemos a linguagem política não é muito usual e, deste modo, iremos esclarecer um pouco mais sobre este tema.

a “Uniões civis” “unione civile” é o reco-nhecimento legal de casais sem distinção de sexo, equivalente a União estável aqui no Brasil. na itália ainda não existe uma lei deste tipo.

o “canguro” (canguru), que consiste na possibilidade de votação das emendas parla-mentares, agrupando não somente todas aque-las que são iguais, mas também aquelas que tenham conteúdos similares, é uma prática par-lamentar que já foi usada no passado. se a pri-meira for aprovada ou rejeitada, todas as outras serão aceitas ou então irão declinar. .

trata-se de uma disposição adotada pelo senado pela primeira vez em 1996, para blo-quear o obstrucionismo constituído pela apre-sentação de milhares de emendas todas muito parecidas em seus conteúdos. o fato é que sen-do discutidas uma a uma levava-se muito tempo e isto bloqueava a votação.

o “canguro” foi mudado pelo senado por meio do regulamento interno da câmara dos deputados, que, porém, enquanto isso, modi-ficou-o. deste modo, o sistema democrático pressiona como resposta à pressão realizada pelo obstrucionismo.

“stepchild adoption” é a adoção de um filho por parte do companheiro componente de um casal. . Literalmente em inglês este termo seria “adoção do enteado”, mas devido ao fato que em italiano a palavra “figliastro” (enteado) ter uma conotação negativa, preferiu-se o termo em inglês.

o outro tema “quente” é a reforma do se-nado. trata-se de uma importante reforma que pretende acabar com o mecanismo do bicame-ralismo perfeito que controla a vida da república italiana desde 1948.

para realizar esta mudança, o processo foi longo e complexo, e o governo quase chegou ao seu fim. o senado irá mudar o número de senadores que vai passar de 315 para 100 (74 conselheiros regionais, 21 prefeitos, 5 senado-res nominados pelo presidente do estado por 7 anos).

os senadores não terão mais o poder de dar e tirar a confiança perante o governo, esse poder será somente uma prerrogativa da câma-ra. o senado terá a possibilidade de exprimir propostas de mudança das leis, mesmo estando fora das suas próprias competências.

ele irá tratar de políticas comunitárias eu-ropeias e órgãos locais; o mesmo terá o papel de conferente das políticas públicas e da pú-blica administrativa. ele poderá, também, eleger

camara Dei Deputati

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gnifica “adozione del figliastro” ma la desi-nenza in -astro ha una connotazione negati-va nella lingua italiana comune, per cui si è preferito il termine inglese.

L’ altro tema caldo è la riforma del Senato. Si tratta di una importante riforma costitu-zionale che mette fine al bicameralismo per-fetto che ha regolato la vita della Repubblica Italiana dal 1948 in avanti. Per compiere que-sta modifica l’iter è stato lungo e comples-so, e il governo è arrivato quasi alla fine. Al Senato cambierà il numero dei senatori che passa da 315 a 100 (74 consiglieri regionali, 21 sindaci, 5 senatori nominati dal capo dello Stato per 7 anni). Questi non avranno più il potere di dare o togliere la fiducia al gover-no, che sarà una prerogativa della Camera. Il Senato avrà però la possibilità di esprimere proposte di modifica anche sulle leggi che esulano dalle sue competenze.

Il Senato si occuperà di politiche comuni-tarie europee e di enti locali. Avrà poi il ruolo di controllore delle politiche pubbliche e di controllo sulla Pubblica Amministrazione. Potrà infine eleggere due giudici della Corte Costituzionale. Questa modifica porterà an-che ad un cambio del quorum per l’elezione del Presidente della Repubblica, serviranno, infatti, i due terzi per i primi scrutini; poi i tre quinti; dal settimo scrutinio saranno ne-cessari i tre quinti dei votanti.

La riforma proposta dal Governo (il Decre-to Boschi) deve ancora affrontare un ultimo passaggio alla Camera dei Deputati, e lì sarà lo scontro che si presenta abbastanza duro fra le forze favorevoli e quelle contrarie. Una volta approvata la riforma, questa sarà sottoposta a referendum popolare confermativo, la pre-visione è di andare alle urne per ottobre 2016.

Infine per il 17 Aprile è stato indetto il re-ferendum sulle perforazioni petrolifere.

Si tratta di un referendum abrogativo, ri-chiesto dai Consigli Regionali delle regioni Basilicata, Marche, Puglia, Sardegna, Vene-to, Calabria, Liguria, Campania e Molise.

La Costituzione Italiana prevede che i referendum possano essere richiesti con la raccolta di firme, almeno 500.000 oppure su richiesta di almeno 5 consigli regionali. È la prima volta nella storia che questa possibili-tà viene messa in atto.

Il quesito riguarda la possibilità di fer-mare le estrazioni dal fondo marino quando scadono le concessioni indipendentemen-te dalla presenza di materia prima ancora sfruttabile.

Il risultato avrà impatto solo sulle estra-zioni di petrolio e gas che avvengono entro le 12 miglia dalla costa italiana.

Il quesito referendario chiede se si inten-de cancellare dalla legge la dizione: “per la durata di vita utile del giacimento, nel ri-spetto degli standard di sicurezza e di salva-guardia ambientale”?».

La vittoria dei si, porterebbe ad una so-spensione delle attività estrattive vicine alla costa, specialmente nel Mar Adriatico, ma non solo.

La vittoria dei no, o il mancato raggiun-gimento del quorum dei votatnti lascerebbe le cose inalterate. Il quorum è il numero dei votanti che deve essere pari al 50% più 1 degli aventi diritto al voto.

Nel territorio di competenza del Consola-to di San Paolo sono circa 160.000 i conna-zionali che potranno esercitare il diritto al voto e che riceveranno il plico elettorale per poter votare.

dois juízes da corte constitucional. esta mudança terá consequências no quórum da eleição do presidente da república. de fato, dois terços vão servir para as primei-ras votações, após isto serão necessários três quintos, e depois da sétima votação serão necessários três quintos dos votantes. a reforma proposta pelo governo (“decreto Boschi”) ainda deve enfrentar uma última passagem na câmara dos deputados, tendo assim, um duro confronto entre as forças fa-voráveis e contrárias.

Uma vez aprovada a reforma, será sub-metida a um referendo popular para sua confirmação. a previsão é que a votação seja realizada em outubro de 2016. enfim, no dia 17 de abril será realizado o referendo sobre as perfurações petrolíferas.

trata-se de um referendo obrigatório solicitado pelos conselhos regionais das regiões Basilicata, Marche, puglia, sardenha, veneto, calábria, Ligúria, campania e Molise.

a constituição italiana prevê que os referendos podem ser solicitados por meio de uma coleta de assinaturas, pelo menos 500.000, ou por meio de uma solicitação de pelo menos 5 conselhos regionais. É a pri-meira vez na história que este fato acontece. a questão se refere à possibilidade de inter-romper as extrações do fundo do mar, exa-tamente no momento que diminuem as con-cessões independentemente da presença de matéria prima que ainda pode ser explorada.

o resultado afetará somente as extra-ções de gás e petróleo que ocorrem a mais ou menos 20 quilômetros da costa italiana. o referendo questiona se o povo deseja remo-ver da lei o seguinte trecho: “por a duração de vida útil da jazida com respeito do padrão de segurança e de salvaguarda ambiental “?.

se hipoteticamente o siM vencesse, ocorreria a suspensão das atividades extra-tivas próximas à costa, especialmente no Mar adriático, e também em outros territó-rios. caso o nÃo ganhasse, ou se não fos-se alcançado o número mínimo de pessoas votantes, quórum, tudo ficará inalterado. o termo “quórum” é o número de votantes que deve ser de50% mais 1 das pessoas que têm direito ao voto.

no território de competência do consu-lado de são paulo, são cerca de 160.000 os compatriotas que poderão exercer seu direito de voto e eles já receberam o pacote eleitoral para votar.

POLITIcA

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Il primo febbraio sul Diário Oficial da União è stato pubblicato il decreto con cui, dopo l’approvazione da parte del Senato, si darà corso a partire dal mese di agosto 2016 qui in Brasile, all’adozione di quanto disposto dalla Convenzione dell’Aja del 1961 in materia di legalizzazione dei documenti. Sui giornali e su internet il provvedimen-to è stato salutato positivamente, come è giusto che sia, lanciando però il messaggio che questo avrebbe facilitato l’ottenimento della doppia cittadinanza da parte di brasi-liani aventi diritto a questo. Occorre a que-sto punto precisare meglio come stanno le cose. Indubbiamente si tratta di un passo in avanti per la semplificazione burocratica, ma non cambierà la sostanza dei problemi per l’ottenimento della cittadinanza italia-na. Certamente non si dovranno più au-tenticare tramite la vecchia complessa pro-

cedura i documenti brasiliani, ma basterà per la legalizzazione la presenza del timbro “apostille” conforme alle nuove regole. Re-gole che verranno emanate a breve dal Con-selho Nacional de Justiça (CNJ). Il problema dell’ottenimento della cittadinanza è però principalmente nei Consolati Italiani che non riescono a smaltire l’enorme mole di lavoro. Certo, questo provvedimento alleg-gerirà un poco anche il lavoro dei consola-ti ma non sarà questo il punto di svolta del problema. Il provvedimento dell’adozione dell’Apostille è però positivo per molti altri aspetti che riguardano sia le persone sia le aziende. La burocrazia nella legalizzazione dei documenti ha un impatto diretto sugli investimenti e sui rapporti commerciali; la riduzione delle tappe procedurali per lega-lizzare i documenti, faciliterà nuovi inve-stimenti e affari fra i due paesi, rendendo più semplice la vita anche alle persone che avranno una incombenza in meno.

Política

Convenção da Haja de 1961: será mais simples obter acidadania italiana? O Diário Oficial da União publicou no dia 1 de fevereiro um decreto que dispõe sobre a le-galização de documentos para a obtenção da cidadania, porém ele ainda deverá ser aprova-do pelo Senado, e entrará em vigor a partir de agosto deste ano.

A notícia sobre o decreto, que está liga-do à Convenção de Haia de 1961, foi recebida positivamente pelos jornais e pelas mídias, os quais salientaram a importância desta decisão em facilitar à obtenção da dupla cidadania para os brasileiros que possuem o direito de obtê-la.

Sendo assim, é necessário, então, escla-recer melhor a situação.

Sem dúvida trata-se de um procedimen-to destinado a simplificar a burocracia, mas que não irá modificar a realidade problemá-tica quando se trata da obtenção da cidada-nia italiana. Os documentos brasileiros não teriam mais de ser autenticados por meio dos processos antigos e complexos. Eles serão legalizados somente por meio do selo legal, chamado “Apostille”, que está em conformi-dade com as novas regrasque serão promul-gadas brevemente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O problema da obtenção da cidadania é crítico nos Consulados Italianos, que dificil-mente conseguem entregar todo o trabalho solicitado.

Com certeza, esse procedimento irá faci-litar o volume de trabalho nos Consulados, mas não será a solução de todos os problemas.

Deste modo, o procedimento do “ Apos-tille” é extremamente positivo por vários aspectos relacionados às pessoas e às em-presas. A burocracia na legalização de docu-mentos afeta diretamente os investimentos e as relações comerciais. A redução das etapas processuais para legalizar os documentos fa-cilitará novos negócios entre os dois países, simplificando também a vida das pessoas que terão menos trabalho.

Convenzione dell’Aja del 1961: più facile ottenerela cittadinanza italiana?Giorgio De Vecchi Di Val Cismon

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negócios

esporte também contribui para a segurançaBrasil é considerado como um dossantuários do futebol no mundo

a seleção brasileira é conhecida no mundo todo e os jogadores brasileiros de futebol atuam em clubes estrangeiros. Mas o Brasil vai além do futebol. poucas pessoas sabem que o país tem tradição em esportes de luta. no campeonato mais extremo, o UFc-MMa (Mixed Martial arts), os brasileiros são muito presentes e não são nenhum pouco inferiores aos atletas norte- -americanos ou japoneses.

ao contrário, o Brasil é um dos melhores por causa das contribuições da família gracie, que fundou o jiu-jítsu brasileiro, que é umas das bases do MMa. se a pratica de MMa não está ao alcance de todos, o jiu-jítsu brasileiro é, no entanto, muito conhecido. na europa mesmo, está se tornando muito popular. o jiu-jítsu bra-sileiro nasceu da interpretação de carlos gracie das técnicas aprendidas com o mestre judoca Mitsuyo Maeda, japonês naturalizado brasileiro emigrado nos primeiros anos de 1900. no Bra-sil, como é de conhecimento geral, a imigração japonesa, que começou em torno de 1908, foi muito forte e importante.

ainda que seja um esporte com suas regras e competições, o jiu-jítsu brasileiro é também uma arte de defesa pessoal. a disciplina ensi-na, basicamente, que uma pessoa menor e mais fraca pode se defender com sucesso contra al-guém maior ou mais forte, conseguindo levar o oponente para o chão usando diversas técnicas como alavancas, chaves articulares e (de) es-trangulamento.

o Krav Maga, não é um esporte, mas um sistema de combate corpo a corpo desenvol-vido no exército de israel e ensinado no Brasil há mais de 25 anos. não é um esporte porque não existem competições (alguns golpes de luta podem ser mortais), mas é uma atividade física intensa apropriada para qualquer pessoa. o ob-jetivo final é a auto-defesa. no Brasil, o esporte é ensinado em duas escolas que contam com instrutores preparados de forma excelente (o que pode não acontecer na europa).

a Federação sul americana de Krav Maga (FsaKM), fundada e administrada pelo mestre Kobi Lichtenstein desde o ano 1991, é a fede-ração mais importante e conhecida por toda américa do sul. não temos que ficar surpresos ao saber que no Brasil uma disciplina de origem israelita é tão popular e muito bem ensinada. a comunidade judaica aqui é muito importante, e a distância das polêmicas que envolvem o estado de israel na europa com certeza contribuiu à boa recepção de um sistema que é muito eficaz.

não se pode deixar de lado a capoeira, realmente uma das mais autênticas expressões da cultura brasileira, mas que começou como uma auto-defesa dos escravos, também usando os estilos derivados de danças africanas. hoje não é apenas uma auto-defesa, mas principal-mente uma dança e um esporte.

Anche lo sport concorre alla sicurezza…

Le imprese delle Seleção sono note in tutto il mondo, e giocatori brasiliani militano in squadre di ogni continente. Ma il Brasile è anche molto altro. Pochi sanno che ha una consolidata tra-dizione negli sport da combattimento. Nel cam-pionato più estremo, quello UFC - MMA (Mixed Martial Arts), i Brasiliani sono molto presenti e non sfigurano nei confronti di atleti nordameri-cani o giapponesi. Anzi il Brasile, grazie agli ap-porti della famiglia Gracie, che ha fondato il Ju Jitsu Brasiliano è alla base delle MMA.

Se la pratica delle MMA è in effetti non alla portata di tutti il Ju-Jitsu Brasiliano invece è molto diffuso, e anche in Europa sta avendo sempre più seguaci.

Il Ju-Jitsu Brasiliano nasce da una interpre-tazione di Carlos Gracie degli insegnamenti ap-presi dal maestro judoka Mitsuyo Maeda, un emigrato giapponese dei primi anni del 1900. In Brasile, com’è noto, l’immigrazione giap-ponese a partire dal 1908 fu massiccia e molto importante. Sebbene sia uno sport, con le sue regole e le sue competizioni il Ju-Jitsu Brasilia-no si presta anche molto bene alla difesa per-sonale, la disciplina, infatti insegna come suo fondamento che una persona più piccola e de-bole può difendersi con successo da un assali-

tore più grande e più forte portando lo scontro al suolo dove utilizzerà appropriate tecniche come leve, chiavi articolari e strangolamenti.

Non è invece uno sport, il Krav Magà, il siste-ma di combattimento individuale dell’esercito israeliano che in Brasile viene insegnato da ol-tre 25 anni. Non è uno sport perché non vi sono competizioni (alcuni colpi sono potenzialmente mortali) ma è una attività fisica intensa eppure adatta a tutte le età. Lo scopo è l’autodifesa.

In Brasile viene insegnata in modo eccel-lente per la presenza di sole due federazioni e l’assenza di istruttori improvvisati (cosa che talvolta accade in Europa). La FSKAM, fon-data e gestita dal Maesto Kobi Lichtenstein fin dal 1991, è la federazione più importante ed è diffusa in tutto il Sudamerica.

Non ci si deve stupire del fatto che in Bra-sile una tecnica di origine israeliana sia così diffusa e così ben insegnata. La comunità ebraica qui è importante, e la lontananza dal-le polemiche che coinvolgono in Europa ogni cosa che riguarda Israele, certamente ha con-tribuito ad una buona accoglienza di un siste-ma che è realmente molto efficace.

Non va poi dimenticata la Capoeira, questa davvero fra le più autentiche espressioni della cultura brasiliana, ma che nasce come autodi-fesa degli schiavi, utilizzando anche stili deri-vanti dalle danze africane. Oggi non è più solo un sistema di autodifesa ma più che altro una danza e uno sport.

Il brasile è considerato universalmente uno dei santuari del calcio mondiale

sPORT

Giorgio De Vecchi Di Val cismon

Jose Gil / shutterstock

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le Botteghe dileonardo e acierno

si fondono perdiffondere il

proprio mercato

il vino del Papa

La collaborazione delle marche italiane di gelati e mobili dà vita al

primo Pop up store sostenibile

La Acierno, marca siciliana di mobili con piu di 50 anni di storia e Le botteghe di Leonardo, gelateria italiana che soltanto un

anno fa inaugurò il suo primo negozio in sud America in via Oscar Freire, si fondano

per promuovere la crescita e diffusione di entrambe le marche nel territorio brasiliano.

La “Pop up store” della gelateria, che fu inaugurata il 27 febbraio nel giardino della galleria Acierno nel quartiere Pinheiros, è il

primo progetto risultante di questa alleanza.

scopriamo insieme con gli amici di Vivi san Paolo una zona sconosciuta del monferrato piemontese. siamo alle origini della famiglia di Papa bergoglio, emigrata in Argentina da Portacomaro. Quarant’anni fa il parroco del vicino paese di castagnole monferrato, Giacomo cauda, ha recuperato un vitigno in disuso, il Ruchè, un rosso ben diverso dal nebbiolo e Grignolino tipici della zona. un vino DOc incre-dibile, che per legge ha piccola produzione limitata a cinque paesi oltre castagnole e Portacomaro: montemagno, Refrancore, Grana, scurzolengo e Viarigi. Vale la pena visitare quei borghi antichi sulle orme del vino del Papa. sono zone da tartufi e, da settembre a dicembre, potete andare a grattugiarli a casa su tagliolini comprati nel Pastificio baracco di montemagno. ma cercate di andare a mangiare una bagna cauda all’Agriturismo madonna di Refran-core. sempre se ci riuscite: per quattro o cinque mesi è tutto prenotato.

Gastronomia

le Botteghe di leonardo e Acierno se unem para expandir negócios

Parceria de marcas italianas de gelati e mobiliário resulta na primeira Pop up Store sustentável

a acierno, marca siciliana de mobiliário com mais de 50 anos de história e a Le Botteghe di Leonardo, gelateria italiana que há um ano inaugurou sua primeira flagship store da américa Latina na rua oscar Freire, se unem para promover o crescimento e a expansão de ambas as marcas no Brasil. a ‘pop Up store’ da sorveteria, que foi inau-gurada no dia 27 de fevereiro no jardim da galeria acierno, em pinheiros, é o primeiro projeto resultante desta parceria.

O vinho do Papaagora descobrimos junto aos amigos de

vivi san paolo um lugar desconhecido na área de Monferrato piemonteses.

trata-se das origens da família de papa Bergoglio, emigrada para argentina de porta-comaro.

40 anos atrás o pároco do vilarejo pró-ximo castagnole Monferrato, giacomo cauda recuperou uma videira em desuso, o ruche’, um tinto muito diferente do nebbiolo e grig-nolino, típicos da área.

Um vinho de dominação de origem con-trolada incrível que por lei tem uma pequena produção ligada a cinco vilarejos além cas-tagnole e portacomaro: Montemagno, refran-core, grana, scurzolengo e viarigi.

vale a pena visitar aqueles vilarejos an-tigos, seguindo indicações do vinho do papa.

estas áreas são lugares de tartufo, e de setembro até dezembro, pode se ralar os tar-tufos em casa para rechear os talharins com-prados no pastifício Baracco de Montemagno. tentem comer a “banha cauda” sopa no agri-turismo de Madonna de refrancore.

se tiverem sucesso, porque parece que o agriturismo já está alotado nos próximos quatro ou cinco meses.

GAsTROnOmIA

oliviero Pluviano

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100 nOnnI

100 nonni

Projeto “100 nonni”

Quero falar do projeto “100 nonni” que re-cheia de encontros marcantes meus dias de jornalista aposentado. você tinha ideia de quem foi o italiano giuseppe Faraco, o primei-ro a descobrir o guaraná entre os índios ama-zonense satere-mawe; e que Lan, o inesque-cível chargista de mulatas do Jornal do Brasil, e’ um toscano que vive seus 90 anos em um sitio próximo a petrópolis? e que angelo Ma-riano Luisi, dono da cantina capuano, a mais antiga do Bixiga, comemora seu aniversario a cada quatro anos, so porque nasceu em 29 de fevereiro? e, de fato, não aparenta suas 96 primaveras quando toca bandolim, falando o dialeto de nápoles. procurando os avôs e avos da imigração italiana por todo o Brasil, eu (armado de caneta, gravador e câmera) e meu amigo carlos gomes (jornalista, com fil-madora) ficamos enfeitiçados por essa aven-tura repleta de eventos inesperados, historias tão comovedoras ou engraçadas: mas acima de tudo incríveis! a Fiat, que patrocina essa iniciativa, nos emprestou um doblo’ adventu-re, com o qual rodamos desde a serra gaú-cha, no rio grande do sul, ate’ as transama-zonicas do Festival da polenta em venda nova do imigrante (espirito santo), as montanhas recobertas de cafe’ do “cerrado” de Minas. resta-nos a duvida da escolha. estima-se que no Brasil existam mais de 30 milhões de “oriundi”, 6 milhões so em são paulo. ha muitas colónias venetas, piemontesas, ca-labresas, lombardas, sicilianas, e de toda a península italiana, espalhadas por todos os lugares do pais. não por acaso persistem três clubes de futebol, a palmeiras e o cruzeiro (as velhas palestra italia de são paulo e Belo horizonte) e o ‘’tricolor” Fluminense, ligados a imigração italiana, que começou oficialmente em 1875 e nunca terminou. Ja registramos os depoimentos de cerca de 40 personagens, da irmã alberta girardi, que deu o nome ao único acampamento dos sem-terra no município de sao paulo, ao rei do panetone Luigi Bauducco; do maior usineiro de cana de ribeirão preto, Maurilio Biagi, a inos corradin, extraordinário pintor de Jundiaí o site www.100nonni.com trará novos vovôs: pela Maquina da noticia de Maristela Mafei, que cuida da criação e organização, procuraremos fazer bonito nos principais certames de internet em que esta-remos presentes. Leitores de vivi sao paulo, italianos, oriundos ou simpatizantes, convido também vocês a apontar algum “nonno”! sao poucos os requisitos: os avôs/avos precisam ter mai de 75 anos, não importa se nasceram na itália ou se descendentes. também e’ irrelevante se falam italiano, o dialeto de alguma itálica região, ou apenas o português o importante e’ que tenham uma historia bonita para contar (sua, sobre os genitores ou ancestrais), uma narrativa que faca sonhar, que se pareça com um conto de fadas. a gente sabe que a verdadeira reali-dade e’ sempre mais fantasiosas do que os causos de um contador de mentiras.

Progetto100 NonniVi voglio parlare del progetto “100 Nonni” che riempie di incontri indimenticabili i miei giorni di giornalista pensionato. Lo sapeva-te che si chiamava Giuseppe Faraco l’italia-no che scoprì per primo il guaranà fra gli índios Satere-Mawés dell’Amazzonia, e che Lan, l’indimenticabile chargista di mulatte sul Jornal do Brasil, è un toscano che vive i suoi novantanni sulle alture di Petrópolis? Che Angelo Mariano Luisi, il padrone della

Cantina Capuano, la più antica del Bixiga, fa il compleanno ogni quattro anni perché è nato il 29 febbraio, ed non dimostra affatto le sue 96 primavere quando suona il mandoli-no parlando il dialetto di Napoli? Cercando per tutto il Brasile i nonni dell’immigrazione italiana, io (armato di penna, registratore e macchina fotografica) e il mio amico Carlos Gomes (giornalista con cinepresa) restiamo sempre incantati da questa avventura piena di imprevisti e di racconti commoventi o di-vertenti, ma soprattutto incredibili!

oliviero Pluviano

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20 100 NONNI

La Fiat, che patrocina questa iniziativa, ci ha prestato una Doblò con la quale andiamo in giro dalla Serra Gaucha del Rio Grande do Sul alle trans-amazzoniche, dalla Festa della Polenta a Venda Nova do Imigrante nell’E-spirito Santo, alle montagne ricoperte di caffè del “cerrado” di Minas. C’è l’imbarazzo della scelta! Si calcola che in Brasile vi sia-no piu’ di 30 milioni di “oriundi”, 6 milioni nella sola San Paolo. Ci sono colonie venete, piemontesi, calabresi, lombarde, siciliane, e provenienti da ogni parte della penisola italica, un po’ dappertutto. Non per nulla esistono tre squadre di calcio, Palmeiras e Cruzeiro (rispettivamente le vecchie Palestre Italia di San Paolo e Belo Horizonte), e la “tri-colore” Fluminense, legate all’immigrazione italiana, iniziata ufficialmente nel 1875 e non conclusasi mai. Abbiamo già raccolto le testi-monianze di una quarantina di personaggi, da suor Alberta Girardi, che ha dato il nome all’u-nico accampamento dei “Sem Terra” dentro

al comune di San Paolo, al re dei panettoni Luigi Bauducco, dal piu’ grande “usineiro” di canna di Ribeirão Preto, Maurilio Biagi, a Inos Corradin, favoloso pittore di Jundiaí…

Alimenteremo regolarmente il sito www.100nonni.com: con la Maquina da Noticia di Maristela Mafei, che ne ha curato l’organizzazione, cercheremo di non sfigura-re nelle principali rassegne a cui partecipere-mo. Lettori di Vivi San Paolo, italiani, oriundi

o simpatizzanti, invito anche voi a segnalare qualche “nonno”! È necessario che abbiano più di 75 anni, non importa se siano nati in Italia o se siano discendenti. È irrilevante che parlino italiano, il dialetto di qualche regio-ne d’Italia, o solo il portoghese. L’importante è che abbiano una bella storia da raccontare, una narrazione che faccia sognare, che asso-migli ad una favola: la realtà, si sa, ha sempre molta più fantasia di un inventore di frottole.