POB-002 Leila de Sena Cavalcante

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    INFORMATIVO TURSTICO CULTURAL: UMA ALTERNATIVA PARA OFORTALECIMENTO DA IDENTIDADE DA SERRA DO TEPEQUM

    RORAIMA/BRASIL

    1. Leila de Sena Cavalcante, Especialista em Planejamento, Gesto e Marketing do Turismo,Bacharel em Turismo, Pesquisadora do Grupo de Pesquisa GEPTTEC, Professora do

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Roraima (IFRR), Boa Vista/RR,Brasil.

    2. Eduardo Bruno Ferreira Parnaba, Tecnlogo em Gesto de Turismo, Pesquisador doGrupo de Pesquisa GEPTTEC, Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia deRoraima (IFRR), Boa Vista/RR, Brasil.

    3. Karen Janana do Nascimento Bezerra, Tecnloga em Gesto de Turismo, Pesquisadorado Grupo de Pesquisa GEPTTEC, Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia deRoraima (IFRR), Boa Vista/RR, Brasil.

    4. Tainah da Silva Level, Tecnloga em Gesto de Turismo, Pesquisadora do Grupo de

    Pesquisa GEPTTEC, Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Roraima(IFRR), Boa Vista/RR, Brasil.

    RESUMO

    O patrimnio histrico-cultural um elemento importante para a sociedadeenquanto forma de expresso de seus diferentes costumes, crenas, ideias e atitudes.Sua valorizao algo imprescindvel para a manuteno da identidade cultural,componente de grande atratividade de vrios destinos tursticos. A Serra do Tepequm,localizada no municpio do Amajari, em Roraima/Brasil, possui bens culturais singularesde forte influncia indgena e nordestina, mas que, ao longo dos anos, tem se depreciado,

    comprometendo a propagao de sua herana cultural. O presente trabalho teve comoobjetivo elaborar um folheto sobre o patrimnio histrico-cultural da Serra do Tepequm,visando o fortalecimento da identidade de seu povo, a divulgao e a valorizao de seulegado e o desenvolvimento do turismo sustentvel local. O trabalho consistiu em estudode caso e utilizou como procedimentos metodolgicos as pesquisas bibliogrfica,descritiva e documental. Buscou-se, atravs da pesquisa, criar o Informativo TursticoCultural da Serra do Tepequm, visando a conservao e a valorizao do seu legadohistrico-cultural e natural. Acredita-se que a elaborao de tal informativo indispensvelpara a identificao e o incentivo da produo diversificada dos bens da localidade, o queresultar no fortalecimento da sua identidade e no desenvolvimento do turismosustentvel.

    PALAVRAS-CHAVE: Turismo. Patrimnio Histrico-Cultural. Identidade.

    INTRODUO

    As cidades tm estado cada vez mais associadas ao turismo e sustentabilidade

    deste. O termo sustentabilidade est relacionado integrao da economia com a

    sociedade, ao respeito e conservao do patrimnio histrico-cultural e natural de um

    povo, garantindo o usufruto de bens materiais e imateriais s futuras geraes.

    O turismo uma atividade j realizada por civilizaes antigas e que tem ganhado

    destaque tanto na economia quanto na cincia mais recentemente. Pela sua magnitude,1

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    este ainda carece de aprofundamento tcnico-cientfico e de valorizao cujos motivos de

    preocupao so atuais. A atividade turstica envolve pessoas e junto a elas est a

    motivao. Como um dos setores que mais crescem no mundo, o turismo cultural tem

    sido um segmento de muito atrativo para os destinos tursticos que exploram tanto reas

    urbanas quanto rurais. E esta uma realidade ascendente, que tambm merece ser muitomais considerada e aprofundada.

    O equilbrio quanto ao usufruto dos bens patrimoniais est diretamente relacionado

    ao desenvolvimento sustentvel e, o turismo, por suas facetas, se bem planejado e

    trabalhado, pode garantir melhorias para qualquer regio a partir da sua prtica.

    A cultura um elemento fundamental para a caracterizao de um povo e a ela

    que se agregam suas tradies, seus costumes e suas atitudes, e no h indivduo que

    nasa sem a mesma. Assim, a cultura no pode ser extinta, pois se trata da identidade danao e do seu conhecimento.

    Nesse contexto, tal trabalho teve como objetivo principal elaborar um folheto sobre

    o patrimnio histrico-cultural da Serra do Tepequm, visando o fortalecimento da

    identidade de seu povo, a divulgao e a valorizao de seu legado e o desenvolvimento

    do turismo sustentvel local.

    O objeto de estudo, a Serra do Tepequm, um campo riqussimo que agrega

    diversas atividades as quais podem ser trabalhadas para o crescimento econmico

    sustentvel da regio, envolvendo segmentos tursticos como o Turismo Cultural, Turismo

    de Aventura e o Ecoturismo. Localizada no municpio do Amajari, Estado de Roraima -

    Brasil, a Serra possui bens histricos, naturais e culturais singulares, de forte influncia

    indgena, nordestina e garimpeira para a prtica do turismo e que, ao longo dos anos,

    tm-se depreciado, comprometendo a propagao dessas heranas culturais.

    Considerando a importncia do patrimnio histrico-cultural para a sociedade

    enquanto forma de expresso de seus diferentes costumes, crenas, idias e atitudes,

    entende-se que sua valorizao algo imprescindvel para a manuteno da identidade

    cultural, elemento de grande atratividade de vrios destinos tursticos.

    A Serra do Tepequm, apesar de apresentar um rico patrimnio histrico-cultural

    como citado acima, presencia, hoje, sua depreciao e o conseqente enfraquecimento

    da sua identidade, o que tem tornado o turismo, gradativamente, uma atividade pouco

    convidativa para a localidade. Isso tem ocorrido devido supervalorizao dos atrativos

    naturais da localidade em detrimento aos atrativos culturais.

    Neste sentido, entende-se que a elaborao do Informativo Turstico Cultural da

    Serra do Tepequm indispensvel para a identificao dos bens culturais locais e para o

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    incentivo da produo diversificada destes, ao mesmo tempo em que contribuir sua

    valorizao, ao fortalecimento da identidade de seu povo e ao desenvolvimento do

    turismo sustentvel.

    Turismo e Desenvolvimento Sustentvel

    O turismo, nos ltimos anos, tem-se mostrado como principal alternativa para

    pessoas que buscam experincias diferentes das quais vivenciam no cotidiano. Tem-se

    definido a partir de diversas perspectivas, em virtude de ser considerado um fator de

    influncia econmica, social e poltica em uma regio. No Brasil, a prtica do turismo

    destaca-se devido ao grande consumo de produtos tursticos variados, resultando na

    significativa movimentao de capital e desenvolvimento sociocultural.

    Acredita-se que praticar o turismo uma experincia de vida e, muitas vezes, a

    realizao de um sonho. Assim, nada melhor que pratic-lo em um ambiente saudvel,

    conservado e preservado ecologicamente, no qual haja respeito pela diversidade humana

    e cultural. Se essas condies no so asseguradas, o destino comea a declinar e deixa

    de gerar benefcios econmicos, sociais e ambientais, comprometendo o que se chama

    de sustentabilidade, grande preocupao do turismo atual.

    A sustentabilidade pode assegurar que certos benefcios perdurem, mas para isto

    necessrio que se desenvolvam polticas pblicas direcionadas conservao e ao

    aumento gradual dos benefcios que o turismo provoca nas comunidades receptoras.

    Neste sentido, Dias concorda com Beni, quando este defende que a implantao de uma

    poltica de turismo,

    a espinha dorsal do formular (planejamento), do pensar (plano), do fazer(projetos e programas) do executar (preservao, conservao, utilizao eressignificao dos patrimnios natural e cultural e sua sustentabilidade), doreprogramar (estratgia) e do fomentar (investimento e vendas) odesenvolvimento de um pais (BENI apudDIAS, 2008: p. 120).

    Uma poltica de turismo pensada e elaborada com preocupao de gerar bem estar

    nas comunidades receptoras e nos visitantes reafirma a durabilidade dos recursos

    naturais e culturais utilizados para o desenvolvimento do turismo local. Porm,

    necessrio que os governos coloquem como prioridade em suas plataformas as polticas

    pblicas para o desenvolvimento turstico, entendendo estas como um conjunto de aes

    desenvolvidas pelo Estado para atender as necessidades de toda a sociedade. A

    elaborao destas polticas pblicas (nas trs esferas governamentais) direcionadas para

    o uso responsvel dos espaos onde estejam presentes os recursos supracitados

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    demonstra amadurecimento por parte dos envolvidos e faz com que os visitantes sintam-

    se parte da localidade em que visitam.

    Esse sentimento de pertinncia de suma importncia para o turismo sustentvel,

    que cria um elo entre turistas e residentes. Este pode ser de afetividade com a populao

    local ou tradicional, ou simplesmente de cuidado com os elementos culturais encontrados.Assim, preciso pensar em formas de desenvolver as localidades de maneira que este

    desenvolvimento no afete o modo de vida das pessoas.

    Estudar sobre o desenvolvimento sustentvel deparar-se com muitos conceitos,

    os quais todos enfatizam um objetivo primordial, o de satisfazer s necessidades e

    aspiraes humanas e que, em sua essncia, pode-se dizer que :

    Um processo de transformaes no qual a explorao dos recursos, a direo dos

    investimentos, a orientao do desenvolvimento tecnolgico e a mudanainstitucional se harmonizam e reforam o potencial presente e futuro, a fim deatender s necessidades e aspiraes humanas, sendo regido pelos seguintesprincpios: econmico, social, ambiental, cultural e poltico (CMMAD1, 1991, p. 49)

    A manuteno desses princpios de suma importncia para a durabilidade dos

    recursos utilizados atualmente. O usufruto destes recursos pelas populaes atuais no

    deve ocasionar limitaes de uso para as geraes futuras.

    Neste sentido e parafraseando o documento da CMMAD1, a sustentabilidade

    ambiental deve garantir o desenvolvimento turstico eficiente aliado aos processosecolgicos; a sustentabilidade econmica deve oferecer igualdade na distribuio dos

    benefcios do desenvolvimento e gerar recursos para suprir as necessidades das futuras

    geraes; a sustentabilidade poltico-institucional deve garantir a continuidade do

    desenvolvimento turstico, independente da alternncia de poder e finalmente a

    sustentabilidade sociocultural deve garantir a presena dos costumes, valores e

    identidade de uma comunidade.

    Os princpios anteriormente citados foram institudos pela CMMAD em 1991. Essesmostram a relao direta entre desenvolvimento sustentvel e turismo, sugerindo a idia

    de promover a atividade turstica aliada ao monitoramento e avaliao constante,

    atravs da criao de indicadores que permitam medir e acompanhar os avanos e

    retrocessos deste desenvolvimento.

    Mendona (2003) enfatiza que, para compreender o que sustentabilidade e o seu

    uso efetivo, necessrio que os indivduos e as sociedades aprendam os princpios que

    regem os ecossistemas e os utilizem nas prticas e vivncias humanas. Porm, os fatores

    1CMMAD: Comisso Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.4

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    que influenciam na sustentabilidade de uma atividade so muitos e no possvel esta

    garantia a longo prazo, por isso, quando se classifica uma atividade como sustentvel,

    afirma-se com base em uma anlise do seu desenvolvimento em um determinado

    momento.

    Com base nas afirmaes anteriores, percebe-se que os conceitos e definies doturismo sustentvel devem ser utilizados e aplicados no desenvolvimento da atividade

    turstica, tendo em vista que esto intimamente relacionados manuteno da qualidade

    de vida dos residentes e das experincias vividas pelos visitantes.

    Nessa ordem de idias, de acordo com Machado (2005: p. 43), o turismo

    sustentvel pode ser entendido como:

    aquele que desenvolvido em uma rea (comunidade e ambiente) de maneiraque se mantenha vivel pelo maior tempo possvel, no degradando ou alterando

    o meio ambiente de que usufrui (natural e cultural) no interferindo nodesenvolvimento de outras atividades e processos, no degradando a qualidadede vida da populao envolvida, mas pelo contrrio, servindo de base para umadiversificao da economia local.

    Assim, possvel afirmar que ao se praticar o turismo sustentvel, se promove a

    qualidade de vida das populaes receptoras, respeitando a sociodiversidade das

    mesmas, atravs da conservao da herana histrica e cultural das localidades.

    O turismo sustentvel deve vir acompanhado de estratgias, atividades e prticas

    ambientalmente responsveis com o intuito de atender as necessidades dos visitantes,dos empreendedores, operadores tursticos, sempre levando em considerao a opinio

    da comunidade receptora para que a mesma sinta-se valorizada e atendida nos seus

    desejos bsicos.

    Turismo cultural e patrimnio histrico-cultural

    A definio de Turismo Cultural est relacionada com a motivao do turista,porm existem conflitos quanto formulao de um conceito sobre o assunto que tenha

    uma abrangncia maior, que contemple o termo cultura em sua totalidade. De acordo

    com Costa (2009: p. 39):

    O turismo cultural tem sido identificado como uma das reas de maiorcrescimento nos ltimos anos no turismo em geral. Entretanto, a pesquisa emturismo cultural no seguiu o mesmo ritmo que o crescimento do mercado. Umdos motivos da falta de pesquisas a diversidade da cultura que os turistasconsomem, o que, por sua vez, torna difcil definir o turismo cultural.

    Diante dessa abrangncia, o Ministrio do Turismo em conjunto com o Ministrio

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    da Cultura e o Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN), Brasil (2006,

    p.10) estabeleceu um recorte em que define o segmento:

    Turismo Cultural compreende as atividades tursticas relacionadas vivncia doconjunto de elementos significativos do patrimnio histrico e cultural e doseventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais dacultura.

    A atividade de Turismo Cultural parte da motivao do turista e sua necessidade

    de vivenciar a cultura e o cotidiano de localidades, a fim de agregar conhecimento e

    preservar a sua integridade. Vivenciar implica em duas formas de relao do turista com a

    cultura, que o conhecimento e as experincias participativas.

    A utilizao de bens culturais no turismo efetuada com a inteno de valorizar e

    promover os bens, a fim de alcanar a manuteno de sua representatividade e a

    permanncia na memria e na identidade da comunidade. Valorizar e promover esses

    bens significa facilitar o acesso e a utilizao dos mesmos por turistas e comunidade em

    geral, alm de reconhecer a importncia da cultura na relao turista e comunidade local.

    O patrimnio histrico-cultural tem sido bem explorado pelo turismo e a noo de

    posse coletiva como parte do exerccio da cidadania inspirou o emprego do termo

    patrimnio para designar o valor cultural que passou a ser visto como propriedade da

    nao, portanto, pertencente a todos os cidados (PIRES, 2001: p.69).

    Patrimnio tem sua origem etimolgica do latimpatrimoniue est associado idia

    de herana. Barretto (2000: p. 9) define-o:

    A palavra patrimnio tem vrios significados. O mais comum o conjunto de bensque uma pessoa ou uma identidade possuem. Transportado a um determinadoterritrio, o patrimnio passa a ser o conjunto de bens que esto dentro de seuslimites de competncia administrativa. Assim, patrimnio nacional, por exemplo, o conjunto de bens que pertencem a determinado pas.

    Definir o significado de patrimnio torna-se complexo devido aos inmeros sentidos

    que lhe pode ser destinado e suas variadas mutaes sofridas ao longo dos tempos. No

    entanto, para Rodrigues (apud FUNARI e PINSKY, 2005), o patrimnio originalmente

    esteve relacionado herana familiar, mais diretamente aos bens materiais, estendendo-

    se mais tarde aos bens protegidos por lei e pela ao de rgos especialmente

    constitudos, nomeando o conjunto de bens culturais de uma nao, devido realizao

    das primeiras medidas de proteo aos monumentos de valor para a histria das naes.

    Pode-se dizer que ele envolve tanto memrias, tradies e manifestaes de um povo na

    construo de sua identidade coletiva como tambm os recursos a que os Estados

    possam vir a legitimar como sendo da nao.6

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    Partindo do pressuposto de que o turismo traz encantamento, fascinando e

    seduzindo o indivduo por onde passa, pode-se dizer que o legado histrico-cultural de

    uma regio um dos principais elementos geradores de experincias sensoriais

    singulares para qualquer pessoa.

    Segundo Barretto (2000), o patrimnio importante para manter a identidadenacional e pode ser classificado por duas grandes divises: natureza e cultura. Patrimnio

    natural so as riquezas que esto no solo e no subsolo, tanto as florestas como as

    jazidas. Quanto ao patrimnio cultural, esse conceito vem sendo ampliado medida que

    se revisa o conceito de cultura. Diante disso, torna-se indispensvel refletir sobre algumas

    de suas definies.

    De acordo com Neves (apudMARTINS, 2003), a cultura representa as idias, os

    conceitos e os valores que regulam coletivamente e individualmente tais relaes,transmitidos no processo de socializao, por sua vez criados pela transformao ou

    inveno, cuja qualidade mais significativa de ser basicamente homognea. Para o

    senso comum, cultura identificada como o domnio de certos conhecimentos e

    habilidades que permitem algumas pessoas compreenderem e usufrurem de bens ditos

    superiores, como obras de arte, literatura erudita, espetculos teatrais, etc.

    atravs da cultura que um povo tem a oportunidade de mostrar suas principais

    caractersticas e peculiaridades, cabendo a todos sua conservao e preservao.

    Com a fuso dos conceitos de patrimnio e cultura tem-se o que chamamos de

    patrimnio cultural, o qual foi definido na Conveno do Patrimnio Mundial da Unesco,

    em 1972 (apudBARBOSA, 2001: p. 14):

    Os monumentos seriam obras de arquitetura, escultura e pintura monumentais,elementos ou estruturas de natureza arqueolgica, inscries, cavernas ecombinaes destas que tenham um valor de relevncia universal do ponto devista da histria, da arte ou das cincias. Tambm seriam considerados comopatrimnio cultural, conjunto de edificaes separados ou conectados, os quais,por sua arquitetura, homogeneidade ou localizao na paisagem, sejam derelevncia universal do ponto de vista da histria, da arte ou das cincias.

    Para Martins (2003), no conceito amplo de patrimnio cultural esto presentes as

    esferas da natureza, o meio ambiente natural onde o homem habita e transforma para

    sobreviver e realizar suas necessidades materiais e simblicas, o conhecimento, as

    habilidades, o saber fazer humano, necessrio para a construo da existncia em toda

    sua plenitude, e os chamados bens culturais propriamente ditos, que so os produtos

    resultantes da ao do homem na natureza.

    Para que ocorra a conservao e/ou a preservao do patrimnio cultural de umpovo faz-se necessrio, primordialmente, que se identifiquem os bens culturais que

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    merecem maior ateno para que estes no se percam com o passar dos anos. Porm,

    esta responsabilidade no se restringe apenas comunidade. O Estado deve criar e

    programar polticas capazes de assegurar a conservao e/ou a preservao do legado

    cultural de um povo.

    Como o turismo necessita de subsdios para que possa se desenvolver, ele seutiliza do patrimnio cultural de muitos povos para incentivar sua prtica, aumentando a

    demanda interessada nos bens culturais de determinados destinos tursticos.

    Marketing, Turismo e Cultura

    Em 1960, aAmerican Marketing Association definiu marketing como o desempenho

    das atividades de negcios que dirigem o fluxo de bens e servios do produtor aoconsumidor. Com o passar dos anos, surgiu a necessidade, a partir do desenvolvimento

    do mercado, de aprimorar a definio de marketing. Em 1965, Ohio State University (apud

    COBRA, 1997: p. 23), definiu marketing como o processo na sociedade pelo qual a

    estrutura da demanda para bens econmicos e servios antecipada ou abrangida e

    satisfeita atravs de concepo, promoo, troca e distribuio fsica de bens e servios.

    A definio citada acima, assim como muitas outras, sofreu crticas por muitos

    autores e a principal razo foi por no incluir o conceito que satisfizesse todas as aes

    de marketing, preocupando-se principalmente com a definio de um marketing

    operacional, que no caracterizava totalmente a maneira moderna de comercializar.

    Ento, Las Casas (2004) discute e prope uma nova definio para marketing:

    Marketing a rea do conhecimento que engloba todas as atividadesconcernentes s relaes de troca, orientadas para a satisfao dos desejos enecessidades dos consumidores, visando alcanar determinados objetivos eempresas e indivduos e considerando sempre o meio ambiente de atuao e oimpacto que essas relaes causam no bem-estar da sociedade.

    O composto de marketingou mix de marketingfaz parte dos principais conceitos do

    marketing moderno, pois seus elementos esto sempre voltados para a satisfao dos

    desejos e das necessidades dos consumidores. Tais elementos so chamados de 4Ps

    (produto, preo, praa e promoo), de E. Jerome McCarthy.

    Segundo Kotler (apud VILHA 2002: p. 67), o composto de marketing pode ser

    definido como:

    Um conjunto de variveis controlveis de marketing que a empresa utiliza para

    produzir a resposta que deseja no mercado-alvo. Assim, o composto de marketingconsiste em todas as aes da imprensa com a inteno de influenciar ademanda do seu produto. As vrias possibilidades podem ser reunidas em quatro

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    grupos de variveis, conhecida como os quatro Ps: produto, preo, promoo epraa (ou distribuio).

    Dentre as variveis citadas acima, a de maior importncia para este estudo a

    promoo. A promoo uma varivel controlvel do composto mercadolgico e a

    mesma utilizada como forma de comunicao. Dessa maneira, deve haver preocupaoespecial com as vrias ferramentas de promoo, tornando-as eficientes para informar

    aos consumidores a respeito dos seus produtos, servios ou para criar a prpria imagem

    da empresa ou do bem. A finalidade da promoo comunicar ao mercado-alvo que o

    produto existe e induzir sua compra.

    Para que a promoo seja, de fato, eficaz, ela segue um caminho que vai desde a

    idealizao at a efetivao pblica da mesma, passando pela tcnica, que diz respeito

    ao tipo de linguagem escolhida para elaborar a mensagem, tendo em vista o objetivo queo mensageiro procura atingir. Para isso, so utilizadas algumas tcnicas promocionais,

    como a publicidade, a promoo de vendas, o marketing direto, etc.

    De acordo a BARSA, Enciclopdia Universal (2007, p. 4.928), a publicidade pode

    ser definida como:

    Um processo de comunicao e divulgao de idias e produtos, baseado emdados sociolgicos e psicolgicos, tcnicas e meios, que se dirige a um pblicopara persuadi-lo, provocar-lhe comportamentos ou para aumentar as vendas ou oprestigio de um produto ou entidade.

    A publicidade , atualmente, um grande meio de comunicao com as massas.

    paga, com a finalidade de fornecer informaes, desenvolver atitudes e provocar aes

    benficas para o anunciante, geralmente para vender seus produtos e servios.

    Os folhetos so utilizados como uma ferramenta para o desenvolvimento das

    atividades da publicidade. Segundo o Dicionrio Aurlio (2008: p. 490), o folheto

    impresso informativo ou publicitrio, geralmente de poucas pginas; PROSPECTO. A

    utilizao de folhetos na promoo turstica muito comum, pois se trata de uma formaeficiente de se promover um produto intangvel para comercializao, ou seja, um produto

    que no pode ser apreciado antes da compra.

    Balanz e Nadal (apudGUARALDO, 2006: p.3) dividem o folheto turstico em trs

    tipos:

    1) Brochura: folheto de custo elevado por possuir imagens de alta qualidade e

    pretender passar o status de prestgio do produto;2) Folheto informativo: mais comuns, so utilizados para apoio promoo, comfotos e imagens do produto e servio, sem mencionar preos;

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    3) Folheto de vendas: inclui toda informao possvel sobre o produto e contmpreos, servindo para apenas uma temporada, ou trazendo o preo em anexo.

    J Ruschmann (apud GUARALDO, 2006: p.3) defende que os folhetos so

    divididos em duas categorias:

    1) folheto de carter informativo: contm informao sobre o local ouempreendimento, com a finalidade de torn-lo mais conhecido. Trazeminformaes sobre acesso, gastronomia, folclore, populao, equipamentos, etc. feito com papel de boa qualidade e fotos coloridas;2) Folhetos de carter comercial: sua funo estimular a venda, indicandoroteiros de viagem, hotis, categorias e preos, mas esse ltimo item no tofreqente no Brasil, pois pode ocorrer variao de preo.

    Ento, o folheto uma forma de promoo de grande relevncia, podendo constar

    em seu contedo, alm de inmeras informaes sobre o produto, fotos e valores, os

    quais so fundamentais para a tomada de deciso do consumidor, principalmente em setratando do produto turstico.

    ANLISES

    O presente trabalho consistiu em estudo de caso e utilizou como procedimentos

    metodolgicos as pesquisas bibliogrfica, descritiva e documental. Para a coleta de dados

    foram realizadas entrevistas no estruturadas com pessoas da comunidade da Serra do

    Tepequm e observao individual e participante junto comunidade. Alm disso, houve

    uso do acervo fotogrfico, disponibilizado por indivduos diretos ou indiretos da localidade,

    registros fotogrficos e filmagens do local, feitos pelos prprios autores do trabalho. Todo

    o estudo foi realizado no perodo de abril a agosto de 2010, na Serra do Tepequm, em

    Amajari Roraima - Brasil.

    A Serra do Tepequm est localizada no municpio de Amajari a 213 km da capital

    do Estado de Roraima, Boa Vista. Teve seu nome originado das palavras indgenas "Tup

    Quem", que quer dizer "Deus do fogo", sendo assim, Serra do Deus do Fogo. Entre as

    dcadas de 30 e 80, houve explorao de diamantes em grandes propores na Serra,

    anos conhecidos como Tempos ureos. Com a proibio do garimpo devido ao uso de

    maquinrios, a comunidade local adotou o turismo como atividade econmica sustentvel.

    Como explica Ghedin (2006), em 1985, por decreto lei federal, foram proibidas

    atividades de garimpo de qualquer espcie em Roraima, devido aos danos irreparveis

    que a minerao causava natureza e porque as normas no estavam sendo cumpridas

    pelas empresas de minerao. Em razo da cultura dos moradores ser puramente

    garimpeira, o Congresso Nacional aprovou, em 2001, uma lei complementar que

    autorizava aos residentes da Serra o garimpo manual, que tem menores impactos para o

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    meio ambiente.

    O turismo na Serra do Tepequm d-se, principalmente, em funo da natureza

    privilegiada desta regio. So cachoeiras, plat e flora diversificada que atraem visitantes

    a fim de contemplar o meio ambiente natural ou em busca de aventura. Os atrativos

    naturais da Serra do Tepequm so indiscutivelmente singulares, mas no h apenasestes. H um patrimnio histrico-cultural riqussimo nesta localidade que poderia ser

    melhor utilizado por seus moradores.

    A histria e a cultura da Serra so caracterizadas por elementos indgenas e

    garimpeiros, representados em trabalhos artesanais feitos pelos moradores locais. H

    ainda a lenda indgena, as histrias contadas pelos ex-garimpeiros, sendo que alguns

    ainda existem, e seus descendentes, as antigas construes, a gastronomia e o dialeto

    que resistiram s dcadas e que foram repassados aos descendentes.As visitas s runas da antiga Vila do Cabo Sobral que sediava o garimpo e ao

    Centro de Artesanato do Tepequm fazem parte do roteiro de poucos condutores locais.

    Todavia, teme-se a perda da histria e da cultura da Serra, devido inexistncia da

    valorizao da sua autenticidade por parte dos prprios moradores, dos visitantes e dos

    profissionais ligados ao turismo. Portanto, so necessrias aes que fortaleam a

    identidade deste povo, que reconheam a sua importncia histrico-cultural no s para o

    municpio de Amajari, mas para todo o Estado de Roraima.

    A Lenda do Tepequm, como relata uma das entrevistadas, moradora da Serra,

    conta a histria de um vulco extinto h alguns milhares de anos, com uma altitude de

    1.500 metros acima do nvel do mar. Tem o topo cortado por um vale que abriga duas

    lindas cachoeiras: do Paiva e do Sobral. Conta a lenda Macuxi, que um imenso vulco

    que vivia sempre "zangado", jogava para longe as suas lavas queimando e destruindo

    tudo a sua volta. Os ndios daquela regio j se encontravam desesperados, pois no

    havia mais o que caar ou pescar. O fogo destrua as roas de macaxeira, banana, o buriti

    e o tucum, os animais fugiam assustados, os pssaros j no sobrevoavam mais a

    regio. Certo dia, o Paj convocou a todos da tribo para se reunirem e em volta da

    fogueira, este recebeu uma mensagem: "Teriam que ser sacrificadas trs virgens, s

    assim aplacaria a fria do vulco". As trs mais bonitas 2cunhs virgens se apresentaram

    para realizar o sacrifcio em benefcio do seu povo e, em um ritual, em um sublime gesto

    de renncia, atiraram-se ao vulco. Aceito o sacrifcio, viu-se aplacada a fria do vulco

    que parou de lanar suas lavas, em vez de fogo, comeou a jorrar diamantes. A vida, na

    2 Da lngua indgena macuxi, referncia a mulher jovem. H termos similares tambm utilizados, como ocaso de cunhant e cunhat.

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    regio, voltou ao normal, surgiram novas vegetaes, os animais regressaram e muita

    riqueza surgiu no local. O vulco, hoje, a grande Serra do Tepequm, que tem sua

    frente trs lindas serras que representam as virgens sacrificadas.

    Nas runas da antiga Vila do Cabo Sobral, como relata Ghedin (2006), onde se

    inicia a histria da comunidade implantada na Serra do Tepequm que est intimamenterelacionada com a extrao e minerao de diamantes que acontecia nesta rea. A

    atividade pde propiciar o enriquecimento de muitos, lembrando o fato de que houve

    presena de misses estrangeiras com o propsito de catequizar os nativos e os que

    haviam migrado para a localidade. Os habitantes eram compostos por 3garimpeiros que

    saram de seu lugar de origem pela conquista do sonho de enriquecer e tornarem-se

    pessoas mais dignas. E foi na antiga Vila do Cabo Sobral que se concentraram

    moradores da regio, imigrantes nordestinos e garimpeiros de diversas localidades. Coma proibio do garimpo, o resultante, hoje, so runas.

    O artesanato caracterizado por fortes influncias garimpeira, indgena e nordestina

    produzido de diversas formas. Nele so utilizados vrios materiais para a sua

    fabricao, tais como: palhas, miangas, cuias, madeira, pedras-sabo principal

    matria-prima, encontrada no cume da Serra espelhos e sementes. O artesanato

    constitui-se em uma atratividade peculiar da Regio Norte. O trabalho tepequeniense

    produzido e lapidado pelos habitantes da regio, no Centro de Artesanato dos Moradores.

    Estes buscam retratar sua vivncia, seus costumes e suas tradies em produtos

    artesanais, o que os diferencia dos demais e conquista aos que apreciam trabalhos

    manuais como utenslios, componentes de vesturio e objetos decorativos, todos dotados

    de grande criatividade. A gastronomia um dos elementos mais procurados por visitantes

    nas localidades. A referente ao Tepequm, possui um grande potencial para atratividade

    turstica, pois se mostra influenciada pela culinria nordestina. Os pratos tpicos

    incrementam seus costumes na juno de sabores amaznicos como: quarento, como

    chamada a 4polenta; peixes 5escabeche, fritos, assados ou cozidos; doces de frutas

    regionais,rapaduras, alm de 6quitutes.

    A flora do Tepequm constituda por savanas composta por vegetao ombrfila

    3 Pessoa que trabalha na extrao de pedras e metais preciosos.

    4 Alimento pastoso, feito a base de fub de milho, tambm chamado de angu, uma papa grossa feita de

    farinha de milho, mandioca ou de arroz.

    5 Molho preparado com cebola, tomate, azeite, vinagre para peixe ou carne.

    6Iguarias de salgados e bolos com sabores regionais.12

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    densa. Encontra-se, ainda, predominncia de 7ips amarelos, durante todo o percurso na

    subida Serra; flores do campo e variedades de espcies de orqudeas amaznicas de

    famlia que engloba um dos grupos mais nutridos de plantas com flores, de distribuio

    mundial, somente estando ausente na Antrtida e em alguns dos desertos mais ridos

    entre a Europa e a sia. A maior diversidade de gneros e espcies se d nas regiestropicais e so pouco estudadas. Por isto, e pela complexidade da famlia, estima-se que

    o nmero de espcies de orqudeas oscila entre 15.000 e 25.000, podendo ser agrupadas

    entre diversos gneros.

    Dentre os atrativos naturais, pode-se encontrar desde cachoeiras at mesmo8plat. Quanto s primeiras, as principais so: Cachoeira do Paiva, Cachoeira do Barata,

    Cachoeira do Funil, Cachoeira do Cabo Sobral e Paredo do Tilim, todas com

    possibilidades para a prtica de atividades de Ecoturismo e Turismo de Aventura, taiscomo caminhadas, rappel, e ainda, possui potencial para instalaes de arvorismo e

    tirolesa. J no planalto, chamado de Plat, tem-se acesso pela comunidade em trilhas

    guiadas, podendo ser encontrada uma belssima vegetao, um imenso vale direita e

    pequenos 9igaraps.

    Portanto, esse conjunto de elementos patrimoniais deve ser conservado e

    valorizado para seu usufruto, o que se pode atingir com aes do marketing turstico.

    Elaborao do Informativo

    O folheto, intitulado Informativo Turstico Cultural da Serra do Tepequm, foi o

    instrumento escolhido para o desenvolvimento desse trabalho, por se tratar de uma

    estratgia de promoo eficaz, uma vez que nele podem ser inseridas informaes a

    respeito da localizao e de toda a atratividade natural e histrico-cultural de uma

    localidade. Neste caso, a Serra do Tepequm.

    A brochura, classificada como um dos tipos de folhetos, foi elaborada seguindo os

    conceitos bsicos de mdia impressa, assim com relevantes informaes identificadas

    atravs de pesquisas aplicadas e dados coletados em visitas de campo para a

    composio do informativo. Definiu-se, inicialmente, as imagens para ilustrao do folheto

    e, logo aps, foram elaborados textos informativos para a sua composio.

    As ferramentas utilizadas para a elaborao do layoutforam definidas conforme um

    7rvore nativa do Brasil, bastante resistente.

    8 Mesmo que planalto, superfcie plana que se estende em terreno elevado.

    9 Pequeno rio estreito que nasce na mata e desgua no rio maior.13

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    padro de funcionalidade, respeitando tambm as necessidades observadas na

    idealizao do folheto. As ferramentas apropriadas para utilizao foram os programas

    Adobe Photoshop Cs3 e o Corel Draw X4, ferramentas que possibilitam a edio de

    imagens, de textos e criao de cones.

    Na elaborao do layoutda capa utilizou-se o regionalismo moderno, cone querepresenta as bromlias, planta facilmente encontrada na regio, alm de diversas

    imagens representando a cultura local. No interior do folheto, h informaes e ilustraes

    do artesanato, flora, gastronomia, bens naturais, alm de dados relatando a histria, a

    localizao e a linguagem da Serra. Um dos principais pontos do contedo do informativo

    est no resgate da lenda da Serra do Tepequm, que tem como ilustraes as fotos dos

    atrativos naturais.

    Em sua finalizao, o layoutdo informativo utiliza um lbum, contemplando fotos dediversos bens encontrados na Serra do Tepequm, caracterizando sua importncia

    cultural.

    A impresso do informativo ter as dimenses de 21 cm de altura por 21 cm de

    largura, em papel couch brilhante, que tem como caractersticas bsicas o brilho e a

    lisura de suas folhas.

    CONCLUSES

    Esta pesquisa surgiu da necessidade de se criar uma estratgia eficaz, a qual

    pudesse promover o patrimnio histrico-cultural da Serra do Tepequm e contribuir para

    a sua valorizao, para o fortalecimento da identidade de seu povo e o desenvolvimento

    do turismo sustentvel na regio.

    Quando se trata de patrimnio, remete-se aos termos preservao e conservao.

    Atravs desse trabalho, props-se a conservao e a divulgao dos elementos naturais,

    histricos e culturais da Serra do Tepequm. A sua retratao, por meio do informativo,

    uma maneira de valorizar e, ao mesmo tempo, de colaborar para os estudos do turismo.

    Tepequm pode ser visto como uma ambientao de base histrica e que tem sido

    estudada por diversos profissionais para que se desenvolva de forma eqitativa e

    equilibrada. Deve-se sempre buscar desenvolver aes de acordo com os princpios da

    sustentabilidade.

    O Informativo Turstico Cultural busca assegurar o resgate da riqueza histrica

    garimpeira, assim como seus elementos culturais. Elaborado como forma de promoo,

    aps finalizado, poder ser publicado e utilizado como material promocional do Estado de

    Roraima, distribudo em agncias, operadoras, feiras e nos rgos pblicos de turismo do

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    Estado.

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