NOTA TECNICA - PROCESSO INDUSTRIAL DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL

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    VIABILIDADE DA INSERO DO

    BIODIESEL NA CADEIA

    PRODUTIVA DA REGIO

    SISALEIRA DA BAHIAPROJETO EDITAL SEMI-RIDO/FAPESB PET0003/2007

    Coordenao: Gisele Ferreira Tiryaki

    Universidade Salvador/UNIFACS

    Nota Tcnica:

    ANLISE DO PROCESSO

    INDUSTRIAL DE PRODUO DEBIODIESEL REAO DE

    TRANSESTERIFICAO

    Autor: Mayer Fernandes

    Orientadores: Gisele Ferreira Tiryaki e Giovani Ferreira

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    SUMRIO

    GERHARD KNOTHE,JRGEN KRAHL,JON VAN GERPEN,LUIZ PEREIRARAMOS - Manual De Biodiesel, 2006. Editora Edgard Blcher................................28

    CASTRO NETO, M. Uso de leos vegetais no lugar do biodiesel, 2007. Braslia,Brasil. Disponvel em:http://brasilbio.blogspot.com/2007/01/o-uso-direto-de-leos-vegetais-ao-invs.html (Acesso em 28 de julho de 2009).......................................28

    GERHARD KNOTHE,JRGEN KRAHL,JON VAN GERPEN,LUIZ PEREIRARAMOS - Manual De Biodiesel, 2006. Editora Edgard Blcher................................28

    CASTRO NETO, M. Uso de leos vegetais no lugar do biodiesel, 2007. Braslia,Brasil. Disponvel em:http://brasilbio.blogspot.com/2007/01/o-uso-direto-de-leos-vegetais-ao-invs.html (Acesso em 28 de julho de 2009).......................................28

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    2. ANLISE DA REAO 42.1. Rota Metlica ou Etlica...............................................................8

    GERHARD KNOTHE,JRGEN KRAHL,JON VAN GERPEN,LUIZ PEREIRARAMOS - Manual De Biodiesel, 2006. Editora Edgard Blcher................................28

    CASTRO NETO, M. Uso de leos vegetais no lugar do biodiesel, 2007. Braslia,Brasil. Disponvel em:http://brasilbio.blogspot.com/2007/01/o-uso-direto-de-leos-vegetais-ao-invs.html (Acesso em 28 de julho de 2009).......................................28

    GERHARD KNOTHE,JRGEN KRAHL,JON VAN GERPEN,LUIZ PEREIRARAMOS - Manual De Biodiesel, 2006. Editora Edgard Blcher................................28

    CASTRO NETO, M. Uso de leos vegetais no lugar do biodiesel, 2007. Braslia,Brasil. Disponvel em:http://brasilbio.blogspot.com/2007/01/o-uso-direto-de-leos-vegetais-ao-invs.html (Acesso em 28 de julho de 2009).......................................28

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01: Frmulas Espacias do Diesel e do Biodiesel......................04

    Figura 02: Reao de Transesterificao Frmula Espacial.............05

    Figura 03: Reao global de transesterificao - Formula molecular.05

    Figura 04: Grfico qualitativo de converso na transesterificao.....06

    Figura 05: Processo de pr-tratamento para excesso de AGL............13

    Figura 06: Decantador Industrial........................................................15

    Figura 07: Destilao da Glicerina......................................................17

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 01: Propriedades de Alguns Alcois............................................09

    Tabela 02: Caractersticas do Metanol e Etanol no processo....................10

    ANEXOS

    Anexo 01: Composio Qumica dos leos Vegetais..........................26

    Anexo 02: Fluxograma do processo de converso do leo.................27

    Anexo 03: Fluxograma de um processo industrial de

    transesterificao...............................................................................28

    Anexo 04: Tabela 04: Especificao Preliminar do Biodiesel, Portaria

    ANP 255/2003.....................................................................................29

    Anexo 05: Influncia das propriedades fsico-qumicas nos sistemas

    de injeo...........................................................................................30

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    INTRODUO

    Para atender crescente e imperiosa necessidade de avanar

    econmica e socialmente, as necessidades mundiais de energia so

    cada vez maiores. Pases em desenvolvimento como China, ndia e

    outros pases da sia e Amrica latina so os responsveis por boa

    parte deste incremento energtico. Obviamente, as grandes

    potncias mundiais tambm possuem uma grande demanda

    energtica para manter seus desenvolvimentos.

    Com a alta dos preos e, as perspectivas de esgotamento da

    produo de petrleo, o aumento da emisso de gases estufa, como o

    CO2, e os conflitos geopolticos que a concentrao deste mineral

    ocasiona, tm se observado a necessidade de buscar novas

    alternativas de energia que possam substituir as existentes

    (INNOCENTINI, 2007). Em vrios pases, pesquisadores vm

    realizando pesquisas para encontrar combustveis alternativos ao uso

    de derivados do petrleo em automveis (um dos maiores

    responsveis pela emisso de CO2 para a atmosfera). Especialmente

    o biodiesel, tem sido tema freqente de estudos nos ltimos anos noBrasil, principalmente depois que o governo lanou em 2004 um

    programa para a implementao da produo e uso de biodiesel no

    pas, o Programa Nacional de Produo e Uso do Biodiesel (PNPB).

    Combustveis oriundos de vegetais, como a cana-de-acar

    (produo de lcool etlico) e plantas oleaginosas (produo de

    biodiesel), tm sido as alternativas mais abordadas para substituir os

    combustveis derivados do petrleo. O etanol proveniente da cana deacar tem sido usado como combustvel em substituio gasolina

    para motores do ciclo Otto1 e a produo de automveis com motores

    compatveis com a queima deste combustvel aumentou

    exponencialmente nesta ltima dcada. A alternativa encontrada

    para substituir o leo diesel derivado do petrleo utilizado no

    1 Ciclo termodinmico que descreve o funcionamento de motores de combusto interna de ignio porcentelha.2Motor de ignio por compresso.

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    compresso a utilizao de biocombustvel derivado de leos,

    extrados de plantas oleaginosas, ou gordura animal.

    A alternativa mais vivel para a produo de biodiesel est na

    produo em larga escala de plantas oleaginosas, que contm

    concentraes significantes de substncias gordurosas. Esses leos

    podem ser obtidos por prensagem mecnica ou extrao por solvente

    e ento serem destinados produo de biodiesel. A utilizao do

    biodiesel, alm de reduzir a dependncia de derivados do petrleo,

    diminui as emisses de substncias nocivas ao meio ambiente como

    os derivados de enxofre, que quando queimados geram SOX. Esse

    gs, em contato com as partculas de gua contidas no ar

    atmosfrico, formam cidos prejudiciais ao meio ambiente.

    No sculo XIX, o engenheiro alemo Rudolf Diesel criou um

    motor de ignio por compresso, em que a queima do combustvel

    ocasionada pelo aumento de temperatura que a compresso

    proporciona. O combustvel que Diesel tinha sua disposio

    inicialmente era o leo extrado de vegetais. Porm, como os

    derivados do petrleo se mostraram economicamente mais viveis, o

    leo vegetal foi substitudo por diesel de petrleo. Recentemente,

    com a necessidade de diminuir a dependncia que o mundo tem

    sobre os combustveis derivados do petrleo, os biocombustveis so

    cada vez mais abordados como uma boa alternativa para atingir esse

    fim.

    Em seus estudos, Rudolf Diesel utilizou leo vegetal in natura.

    No entanto, o uso de leo vegetal injetado diretamente em um motor

    projetado para diesel, sem que haja nenhum processamento deste

    leo, reduz a vida til do motor e aumenta as emisses de poluentes,

    alm de possuir eficincia trmica reduzida (CASTRO NETO, 2007).

    invivel adaptar os motores dos veculos a diesel para funcionarem

    com leo vegetal, pois esta mudana implicaria em custos

    significativos. J o biodiesel, oriundo do processamento qumico e

    fsico do leo vegetal adaptvel ao uso em motores que funcionam

    movidos a diesel derivado de petrleo.

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    O diesel de origem mineral apresenta semelhanas

    significativas com o biodiesel, sendo que este ltimo mais favorvel

    ao meio ambiente. A utilizao de biocombustveis ajuda no controle

    do CO2, pois quantidade considervel do gs carbnico liberado na

    queima desse combustvel absorvido pelas plantas de onde estes

    tm origem, formando um ciclo de liberao de absoro de CO2.

    1. LEOS VEGETAIS: DEFINIES

    O leo vegetal uma gordura extrada de plantas, formado por

    triglicerdeos. obtido, principalmente, de sementes, mas pode ser

    extrado de outras partes da planta. Como todas as gorduras, os leos

    vegetais so steres de glicerina e uma mistura de cidos graxos,

    esteris, tocoferis. Alm de conter resduos minerais, so insolveis

    em gua, mas solveis em solventes orgnicos.

    O leo obtido no processo inicial de prensagem e que ainda no

    passou pelo processo de refino chamado de azeite, sendo que, se a

    prensagem for realizada a frio, o leo chamado de azeite virgem.

    Somente o produto final do processo de prensagem, extrao e

    posterior purificao e refino chamado de leo vegetal.

    A qualidade e digestibilidade dos azeites e leos vegetaiscomestveis so determinadas pela qualidade e quantidade dos

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    cidos graxos insaturados e saturados que os compem. De acordo

    com ROUSSET (2008), os leos vegetais podem ser classificados em

    trs grupos, de acordo com o grau de insaturao: (i) leos do tipo

    saturado, que so slidos temperatura ambiente e possuem ndices

    de cetano2 superior a 60; (ii) leos de saturao intermediria, que

    so lquidos em condies normais de temperatura e possuem ndices

    de cetano superior a 50; e (iii) leos poliinsaturados, que so pouco

    resistentes oxidao e possuem ndices de cetano menores, em

    torno de 40. Os leos vegetais mais utilizados na produo de

    biodiesel so predominantemente poliinsaturados, apresentando mais

    de uma insaturao ao longo da cadeia carbonlica. O Anexo 01

    apresenta a constituio qumica de alguns leos provenientes de

    oleaginosas cultivveis no pas.

    As porcentagens de cidos graxos saturados e insaturados

    contidos nos leos vegetais so variveis de acordo com as condies

    climticas, dos solos, como tambm as variedades ou os hbridos das

    quais foram obtidos. Dentre as substncias menores presentes nos

    leos vegetais, destacam-se os fostatdeos ou gomas, esteris(matria insaponificvel), alcois graxos ou ceras, pigmentos

    carotenides e antioxidantes (ver FREITAS, 2006).

    2. ANLISE DA REAO DE TRANSESTERIFICAO

    De modo geral, quimicamente, os leos vegetais consistem de

    trs cidos graxos de cadeia longa ligados na forma de steres a umamolcula de glicerol. Das vrias metodologias descritas na literatura

    para obteno do biodiesel, a transesterificao de leos vegetais

    atualmente o mtodo de escolha, principalmente porque as

    caractersticas fsicas dos steres de cidos graxos so prximas das

    do diesel3. Este processo relativamente simples reduz a massa

    2 A cetanagem ou ndice de cetano mede a qualidade da queima do diesel e suas propriedades ignitoras. O

    diesel mineral tem cetanagem entre 48 e 52 e o biodiesel apresenta cetanagem por volta de 60, sendo umcombustvel que queima melhor.3 Corte do petrleo constitudo de cadeias alifticas com 12 a 18 carbonos.

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    molecular para um tero em relao aos triacilglicerdeos, como

    tambm reduz a viscosidade e aumenta a volatilidade, deixando-o

    mais prprio para o uso em motores diesel. A transesterificao um

    termo geral usado para descrever uma importante classe de reaes

    orgnicas, onde um ster transformado em outro atravs da troca

    do resduo alcoxila (GERIS et al., 2007).

    A reao de transesterificao a responsvel por converter o

    leo em ster alqulico e glicerina. Apesar da molcula do biodiesel e

    do diesel do petrleo serem de grupos funcionais diferentes, ster

    (biodiesel) e hidrocarboneto (diesel), os dois possuem caractersticas

    fsico-qumicas semelhantes, a ponto de um poder substituir o outro.

    As molculas do leo vegetal e do leo diesel esto,

    respectivamente, dispostas na Figura 01.

    Figura 01: Formulas espaciais do diesel e do biodiesel.

    Fonte: Adaptado de RIBEIRO (2008)

    Na reao, os fragmentos provenientes dos cidos graxos se

    unem aos radicais carbonlicos (no caso apenas um carbono)

    derivados das quebras das ligaes H3C OH das molculas de

    metanol (o alcool utilizado na reao), formando os steres metlicos(biodiesel). Os fragmentos provenientes da glicerina iro se unir a

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    aos grupos OH oriundos das molculas do metanol formando o

    subproduto da reao, a glicerina. As Figuras 02 e 03 apresentam as

    caractersticas da reao de transesterificao

    Figura 02: Reao de transesterificao Frmula espacial.

    Fonte RIBEIRO (2008)

    De modo geral, podemos expressar a reao pela equaoglobal de uma reao de transesterificao:

    Figura 03: Reao global de transesterificao - Formulamolecular.

    Fonte KNOTHE et. al, 2006

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    A transesterificao pode ser realizada por catlise cida ou

    bsica, no entanto, em catlise homognea, catalisadores alcalinos

    proporcionam processos mais eficientes, com alta seletividade e

    menores problemas relacionados corroso de tubos e equipamentos

    em relao aos catalisadores cidos (Scabio et. al) Alm do tipo de

    catalisador (alcalino ou cido), outros parmetros de reao

    analisados na transesterificao alcalina incluem a razo molar entre

    o lcool e o leo vegetal, a temperatura, o tempo de reao, o grau

    de refino do leo vegetal empregado e o efeito da presena de

    umidade e cidos graxos livres. A ausncia de umidade na reao de

    transesterificao importante porque a presena de gua pode

    causar a hidrlise dos steres alqulicos sintetizados a AGL (cidos

    graxos livres). (KNOTHE et al, 2006).

    R-COOCH3 + H2O R-COOH + CH3OH(R um radical alquil)

    A relao entre converso e tempo da reao de

    transesterificao est qualitativamente ilustrada na Figura 04. A

    concentrao dos acilglicerdeos (di e mono acil) podem variar de

    reao para reao dependendo das condies em que a reao

    realizada. O grfico indica as concentraes relativas de leo vegetal

    (triacilgliceris), acilglicerdeos intermedirios e os steres alqulicos

    produzidos. Detalhes mais precisos podem variar de acordo com as

    condies da reao.

    Figura 04: Grfico qualitativo de converso natransesterificao.

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    TG Triglicerdeo, DG Diglicerdeo, MG Monoglicerdeo, RCO2R Biodiesel(steres)Fonte:Adaptado de KNOTHE et al, (2006) e KAPILAKARN et al (NOSEI)

    A reao de transesterificao atinge um rendimento de 98% auma temperatura de 32C em 4 horas de reao, quando um

    catalisador alcalino empregado. J em temperaturas maiores que

    60C, utilizando leos refinados com alcool em excesso (pelo menos

    6:1), a reao apresenta converso semelhante em torno de 1 h,

    gerando steres alqulicos. Esses tm sidos os parmeros padres

    (temperatura de 60C e razo molar metanol:leo de 6:1) para a

    transesterificao metlica, j que outros lcoois (etanol ou butanol)requerem temperaturas mais altas (75 e 114C, respectivamente)

    para uma converso otimizada. O rendimento da reao quando se

    utiliza o leo bruto, sem algum pr-tratamento, razoavelmente

    reduzido, devido presena de gomas e outros materiais contidos no

    leo vegetal. possvel reagir o leo vegetal com o metanol sem a

    presena de um catalisador , o que evitaria a necessidade de uma

    etapa posterior de purificao. No entanto, altas temperaturas egrandes excessos de alcool so exigidos neste processo.

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    A qualidade e eficincia da converso depende de trs

    parmetros mais importantes: O tempo de reao, a temperatura e o

    excesso de metanol. Temperaturas abaixo de 50 podem causar

    perda de especificao, como alta viscosidade por exemplo, e sem o

    excesso de metanol recomendado a converso desejada s

    alcanada com um tempo de reao elevado. Entretanto, excesso de

    alcool elevado demais pode causar dificuldade na separao da

    glicerina. O controle destes 3 parmetros so fundamentais para a

    otimizao do processo e reduo de custos.

    Alguns estudos tm abordado que o uso de solues de

    alcxidos com lcool correspondente tm apresentado vantagens

    sobre os hidrxidos, devido a no formao de gua no sistema de

    reao. A soluo preparada atravs da reao direta do metal (Na

    ou K) com o lcool ou por eletrlise de sais com a subsequente

    reao com o lcool e assegura que o processo permanea livre de

    gua dentro do possvel (KNOTHE, 2006).

    ROH + XOH ROX + H2O (R = alquil; X = Na ou K)

    Esta reao forma os alcxidos quando NaOH ou KOH so

    empregados como catalisadores. Com o uso de alcxidos obtem-se

    maior pureza da glicerina formada na reao, no entanto, estes so

    muito higroscpicos4, devendo-se evitar o contato com a umidade

    relativa do ar.

    Caso o leo empregado apresente quantidade significativa deAGL, so necessrios processos de tratamento para a reduo dos

    ndices deste componente, pois quando um catalisador alcalino

    adicionado a este tipo de matria-prima, os AGL reagem com o

    catalisador e podem formar sabes e gua.

    R-COOH + KOH R-COOK + H20

    4 Higroscpico: Propriedade ou tendncia de absorver umidade.

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    cido graxo Hidrxido de potssio Sabo de potssio

    gua

    Os catalisadores alcalinos podem ser empregados at o nvel de

    5% de AGL, mas deve ser utilizada uma quantidade adicional de

    catalisador para compensar a perda para a reao de saponificao.

    curioso que duas molculas com funes orgnicas diferentes,

    hidrocarboneto (diesel mineral) e ster (biodiesel), tenham

    propriedades muito prximas, podendo uma substituir a outra.

    Podemos perceber, com as frmulas moleculares mostradas, que

    tanto as molculas do diesel (C16H34) quanto as do biodieselapresentam grande cadeia carbnica, com 16 ou mais tomos de

    carbono em cada. Por a molcula do ster gerado na reao tambm

    apresentar grande cadeia carbnica, a parte da molcula composta

    por C e H grande, sendo o grupo funcional ster ligado na

    extremidade da molcula, ou seja, uma grande parte da estrutura da

    molcula do ster, apesar de algumas conterem insaturaes,

    parecida com as molculas do diesel mineral.

    2.1. Rota Metlica ou Etlica

    O ponto de ebulio de uma substncia tem relao direta com

    o tamanho de sua molcula e com sua caracterstica espacial, ou

    seja, quanto maior e mais complexa a molcula do lcool, maior o

    seu ponto de ebulio. Para a otimizao da reao do lcool com oleo, necessrio que a temperatura esteja prxima da temperatura

    de ebulio do lcool utilizado, para facilitar o rompimento das

    ligaes nas molculas do mesmo. Quanto menor a cadeia do lcool

    utilizado, menor a energia necessria para vaporiz-lo ou deix-lo

    prximo da vaporizao, o que nos remete a usar alcois com baixo

    peso molecular. A Tabela 01 apresenta as propriedades de alguns

    alcois.

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    Tabela 01: Propriedades de Alguns Alcois.Propriedades de lcoois C1 a C4

    lcool FrmulaMassaMolar

    Ponto deEbulio

    (C)

    Pontode

    fuso

    (C)Metanol CH3OH 32,042 65 -93,9

    Etanol C2H5OH 46,096 78,5 -117,3

    1-propanol CH2OH-CH2-CH3 60,096 97,4 -126,52-propanol

    (iso-propanol)

    CH3-CHOH-CH3 60,096 82,4 -89,5

    1-Butanol(n-butanol)

    CH3-CH2-CH2-CH2-OH 74,123 117,2 -89,5

    2-Butanol CH3-CHOH-CH2-CH3 74,123 99,5 -

    iso-Butanol CH2OH-CH(CH3)-CH2-CH3 74,123 108 -

    terc-butanol CH3-COH(CH3)-CH3 74,123 82,3 25,5FONTE: KNOTHE et AL., 2006

    Para avaliar o custo benefcio do metanol e do etanol, os alcois

    mais utilizados para a produo de biodiesel, deve-se analisar as

    necessidades do processo de transesterificao e as propriedades de

    cada um, e ento decidir qual o mais vivel. A Tabela 3 apresenta ascaractersticas desses alcois no processo de transesterificao (em

    2006).

    Tabela 02: Caractersticas do Metanol e Etanol no processo.Caractersticas Metanol x Etanol no Processo

    CaractersticasMetano

    lEtanol

    Quantidade de lcool por 1000L de

    biodiesel90 kg 130 kg

    Preo mdio de lcool (US$/kg) 190 360

    Excesso de lcool recomendado 100% 650%

    Proporo molar lcool/leorecomendada

    06:01 20:01

    Temperatura recomendada 65 C 80 C

    Tempo de reao 45 min 90 min

    A separao de fasesMaisfcil

    Maisdifcil

    Fonte: KNOTHE et. al, 2006.

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    Realizando uma anlise qualitativa da tabela 03, infere-se que o

    metanol mais barato, mais reativo e requer menor excedente que

    o etanol, alm de ser mais facilmente recuperado, j que com o

    etanol h a possibilidade de formao de azetropo, aumentando os

    custos da separao. A necessidade de maior excedente de lcool

    reduz a capacidade de uma fbrica j instalada ou implica em maior

    investimento com equipamentos superdimensionados. possvel

    observar , ento, atravs da Tabela 03 que o metanol apresenta

    vantagens econmicas (preo, necessidade de excesso,

    temperatura, entre outros) em relao ao etanol, e de fato o mais

    usado para a produo de biodiesel.

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    3. O PROCESSO DE TRANSESTERIFICAO

    3.1. Motor Diesel e Importncia do Processo

    No incio da dcada de 10, Rudolf Diesel j cogitava o leo

    vegetal como uma importante fonte de combustvel em longo prazo:

    O motor a diesel pode ser alimentado por leos vegetais, e ajudar

    no desenvolvimento agrrio dos pases que vierem a utiliz-lo. O uso

    de leos vegetais como combustvel pode parecer insignificante hoje

    em dia. Mas com o tempo iro se tornar to importante quanto o

    petrleo e o carvo so atualmente.

    O motor batizado posteriormente como Motor Diesel foi

    desenvolvido inicialmente para funcionar com leo vegetal. Os

    derivados do petrleo mostraram vantagens tcnicas e econmicas,

    fazendo com que o uso de leos vegetais para este fim fosseinviabilizado. Com o surgimento da necessidade de substituir os

    derivados do petrleo, a idia de utilizar os leos vegetais como fonte

    de energia novamente abordada.

    Os motores so projetados e fabricados, de acordo com rgidas

    especificaes, para uso do leo diesel de petrleo. Esses motores

    so sensveis s gomas que se formam durante a combusto diretado leo vegetal e que se depositam nas paredes do motor. Outras

    desvantagens estariam no fato de as gorduras vegetais e animais

    serem muito mais viscosas do que o diesel. Assim, esses leos

    precisam ser aquecidos para que haja uma adequada atomizao

    pelos injetores. Se isso no ocorrer, no haver uma boa queima,

    formando depsitos nos injetores e nos cilindros, ocasionando um

    mau desempenho, mais emisses de poluentes e menor vida til do

    motor (CASTRO NETO, 2007).

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    Neto (2007) aponta tambm que para superar esse problema,

    processos de esterificao so utilizados para que se produzam

    steres de leo vegetal, denominados biodiesel, que apresentam

    propriedades fsicas similares ao leo diesel de petrleo e maior

    lubricidade, podendo substituir diesel mineral. Percebe-se ento que

    h dois tipos de uso para os leos vegetais em motores: realizando as

    reaes para obter as propriedades fsicas necessrias a um

    biodiesel, podendo us-lo sem necessidade de modificar o motor para

    uso direto do leo vegetal ou propor mudanas no funcionamento,

    realizando um processo interno de adaptao do motor ao leo

    (CASTRO NETO, 2007). A primeira opo tem sido apontada como a

    mais vivel e de fato a mais utilizada em todo o mundo.

    3.2. Fluxograma do Processo

    A qualidade de converso do leo vegetal e a eficincia do

    processamento do leo dependem das condies a que a matria

    prima submetida durante o processo. Os processos utilizados pararefinar as matrias-primas e convert-las a biodiesel determinam se o

    combustvel ir atender as especificaes tcnicas necessrias.

    Algumas plantas de produo de biodiesel, geralmente as de pequeno

    porte, utilizam reatores em batelada, mas a maioria das plantas de

    grande porte utiliza processos de fluxo contnuo envolvendo reatores

    de leito agitado ou reatores plug flow (fluxo pistonado). Esses

    sistemas contnuos do condies de maximizar a converso damatria prima e reduzir o excesso de lcool necessrio em relao

    aos processos realizados em batelada.

    O Anexo 02 mostra o fluxograma com as principais etapas do

    processo de fabricao do biodiesel, contendo os procedimentos

    necessrios para uma reao em catlise alcalina, a preparao da

    matria prima, o pr tratamento do leo, a reao de

    transesterificao do leo vegetal ou gordura animal com o lcool

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    mais o catalisador, a separao de fases, o tratamento da glicerina e

    a fase de purificao do biodiesel.

    3.2.1. Pr-tratamento do leo Vegetal

    leos brutos podem ser transesterificados, mas os rendimentos

    de reao so geralmente reduzidos, devido presena de gomas e

    materiais de outra natureza qumica no leo vegetal, assim, antes de

    passar pelo processo de transesterificao, necessrio que a

    matria prima passe por um pr-tratamento, ou seja, o leo deve ser

    refinado para que atenda s especificaes necessrias ao processo

    de reao. A no realizao desta etapa pode ocasionar problemas ao

    processo, aos equipamentos e diminuir a eficincia da reao,

    diminuindo a converso (COSTA ARAJO, 2007).

    A matria-prima passa por alguns estgios antes da

    transesterificao. Primeiramente, o leo filtrado por meio de um

    filtro prensa, retirando-se sujeiras e partculas presentes nos leos, e,

    posteriormente, utiliza-se a areia para eliminar o fsforo e cidos

    graxos, retendo, tambm, as substncias pastosas, chamadas degomas e sabo, que so mais pesados do que o leo ou gordura e

    facilmente separados. O saldo de impurezas e sabo que ainda

    permanecer no leo neutralizado removido por adsoro com slica.

    O segundo estgio do processo de pr-tratamento a

    degomagem, que visa remover do leo bruto os fosfatdios, protenas

    e substncias coloidais, reduzindo a quantidade de lcali necessriapara a subseqente neutralizao e diminuindo as perdas no refino

    do leo. Por serem facilmente hidratveis, essas substncias podem

    ser removidas com a adio de aproximadamente 3% de gua, com

    aquecimento em torno de 65C e agitao de 25 min, formando

    precipitados facilmente removveis por centrifugao a 5000-6000

    rpm. A umidade presente nas gomas removidas pode ser extrada em

    vcuo de 100 mm Hg abs e temperatura de 70C. A degomagem

    tambm pode ser feita com a adio de cido fosfrico em

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    temperaturas de 60 a 65C, necessitando de um estagio posterior de

    reduo da acidez do leo, com o uso de uma soluo bsica. Quando

    a matria prima j se encontra nas especificaes exigidas do

    processo, no necessria a etapa de pr-tratamento do leo.

    Em algumas indstrias o leo j entra no processo tratado,

    porm caso o leo no esteja ideal para a reao e esteja com nveis

    de AGL acima do ideal, o pr-tratamento claramente necessrio.

    Knothe (2006) prope um processo para converter AGL em presente

    no leo a steres metlicos, proporcionando uma reduo no nvel de

    AGL, assim o leo, com baixo teor de AGL, pode ser transesterificado

    com um catalisador alcalino:

    Figura 05: Processo de pr-tratamento para excesso deAGL

    Fonte: Knothe et Al., 2006

    KREUTZER (1984) demonstrou como em altas presses e altas temperaturas(em torno de 90 atm e 240C) pode-se transesterificar gorduras sem a necessidade de

    remoo dos AGL, no entanto, como este processo apresenta alto custo, os processos

    mais tradicionais com longo tempo de reao e baixas temperaturas so mais viveis por

    demandar menor custo com equipamentos e manuteno do processo. Outro fator

    negativo que em altas temperaturas ocorrem tambm problemas com a cintica da

    reao, diminuindo a velocidade do processo.

    3.3. Reao de Transesterificao

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    A transesterificao uma reao do triglicerdeo com um

    lcool (geralmente metlico ou etlico) catalisada por uma base, que

    permite um caminho mais rpido para a reao. As condies do

    processo de transesterificao devem ser cuidadosamente controlada

    para alcanar rendimento mximo (98%) com o mnimo custo

    possvel (MUNIYAPA, 1996). Conforme j citado, a rota mais utilizada

    mundialmente tem o metanol como insumo e o processo de reao

    analisado ser a transesterificao com o metanol.

    O leo refinado, o metanol e o catalisador (por vezes, mistura

    de metanol com catalisador) so direcionados ao reator em corrente

    separadas. A mistura de metanol e catalisador que entrar no reator

    ocorre em um vaso, onde o NaOH diludo no metanol, num processo

    exotrmico, havendo liberao de calor (BRAMMER, 1996). No reator,

    os reagentes so aquecidos at a temperatura ideal para a reao,

    em torno de 50 a 65 C, prximo da temperatura de ebulio do

    metanol. O excesso de metanol em relao ao leo, geralmente em

    quantidades 6:1, contribui para o aumento da converso a ster

    (COSTA ARAJO, 2008). O catalisador (os mais empregados so NaOHe KOH, devido aos baixos custos) utilizado em quantidade em

    massa de 0,5 1,0% e a sua dosagem ajustada baseando-se na

    concentrao de cidos graxos livres de glicerdeos. O lcool

    imiscvel em leo, portanto a reao se d em duas fases, tem-se

    estudado a utilizao de catalisadores heterogneos, que

    apresentam-se como uma alternativa de eliminar os problemas

    associados corroso dos equipamentos e facilitar a separao epurificao dos produtos (ALENCAR XAVIER, 2007), porm os mais

    utilizados em escala industrial para a produo de biodiesel ainda so

    os catalisadores homogneos.

    A reao realizada durante uma hora em presso atmosfrica

    e os vapores de lcool metlico condensam em cerca de 68 70 C.

    Deve-se manter a mistura reacional sobre agitao, para promover a

    maior probabilidade de choques efetivos e conseqentemente reduzir

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    o tempo de reao (BRAMMER, 1996). O catalisador e a agitao so

    de fundamental importncia para a cintica da reao, melhorando a

    eficincia e diminuindo o tempo necessrio para o processo de

    converso do leo. A reao controlada durante o tempo necessrio

    e uma converso de 90-99% geralmente obtida na formao da

    mistura de steres.

    3.4. Processo de Separao das Fases

    Completando-se o tempo de reao, para-se a agitao e a

    carga enviada a um decantador, onde a mistura separada em

    uma camada inferior de glicerina e uma camada de ster graxo quese encontra na parte superior. Observa-se ento, a presena de duas

    fases aps a reao. A glicerina, mais densa, se dirige ao fundo e o

    biodiesel, menos denso, permanece na parte superior. Como os

    produtos so imiscveis, havendo a formao de duas fases, pode-se

    separ-los por gravidade. O decantador um vaso que separa

    misturas heterogneas que formam sistemas com mais de uma fase.

    O processo fundamentado nas diferentes densidades doscomponentes da mistura, onde o mais denso se sedimenta no fundo e

    o menos denso fica em suspenso.

    Figura 06: Decantador Industrial (LEAL Engenharia, 2009)

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    H um medidor de densidade no decantador que detecta

    quando a densidade est compatvel com a do biodiesel, com essa

    informao possvel realizar o controle da retirada dos componentes

    da mistura. Geralmente, a fase glicernica que deixa o decantador

    contm apenas 50% de glicerol. Sendo o restante composto pelo

    metanol excedente e a maior parte do catalisador e sabes formados

    no processo. Com esses componentes, o glicerol possui baixo valor de

    mercado e sua disposio pode ser relativamente difcil. necessrio,

    ento, realizar uma etapa de purificao do glicerol. A primeira parte

    do refino do glicerol usualmente realizada com adio de cido para

    quebrar os sabes em AGL e sais. Os AGL no so solveis no glicerol

    e vo flotar superfcie da mistura, de onde podem ser removidos e

    reciclados.

    3.5. Neutralizao

    Devido ao meio cataltico da reao ser alcalino, se faz

    necessrio a correo do pH, pois a presena de uma soluo alcalina

    pode provocar danos ao motor, como problemas de corroso. Acorrente lquida de biodiesel com resduo de metanol direcionada a

    um tanque onde o pH corrigido com a adio de cido (cido

    fosfrico), realizando uma reao de neutralizao cido-base de

    forma que o sal formado seja o fosfato de potssio, que pode ser

    utilizado como fertilizante. Assim o pH controlado e o produto est

    pronto para passar pela prxima etapa do processo (KNOTHE et al.,

    2006).

    Knothe (2006) aborda como o cido adicionado ajuda, tambm,

    a quebrar quantidade de sabo que tenha se formado durante a

    reao. Sabes reagiro com o cido para formar sais solveis em

    gua e AGL, de acordo com a seguinte equao:

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    Os sais e os AGLs formados na reao so removidos durante a

    etapa de lavagem aquosa. A neutralizao antes da lavagem aquosa

    reduz a quantidade de gua necessria para o processo e minimiza a

    tendncia formao de emulses, quando a gua de lavagem

    adicionada ao biodiesel. Aps o processo de lavagem, qualquer gua

    residual removida do biodiesel por um processo de evaporao a

    vcuo.

    3.6. Recuperao do Metanol

    O produto neutralizado contm quantidade significativa de

    metanol que no reagiu, e ficou misturado ao produto. Para a

    obteno do produto puro, necessrio que o biodiesel passe por um

    novo processo de separao. O biodiesel e o metanol so lquidos

    miscveis e apresentam densidades bem prximas, o que exclui a

    indicao de outro processo de decantao para realizar a separao.

    Para separar os componentes, pode-se realizar a estripagem do

    metanol, um processo de separao a vcuo. O produto de topo deste

    processo o metanol, que o componente mais leve e apresenta

    maior concentrao na composio do vapor metanol/biodiesel,

    favorecendo a separao. A molcula do Biodiesel maior e mais

    complexa do que a molcula do metanol, essa diferena de tamanho

    torna-a mais pesada e ocasiona diferentes tipos de interaes entre

    as molculas, sendo responsvel pela diferena no ponto de ebulio

    das duas substncias, justificando o processo de estripagem para

    realizar a separao.

    Esse lcool recuperado pode ser usado como insumo para a

    produo de mais biodiesel, podendo voltar ao reator. O metanol,

    removido dos steres metlicos e do glicerol, apresenta tendncia de

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    absorver a gua que possa ter sido formada no processo. Esta gua

    dever ser removida em uma coluna de destilao antes que o

    metanol possa ser retornado ao processo. A reutilizao de gua

    residuria do processo de recuperao, do metanol e a utilizao do

    hidrxido de potssio como catalisador da reao e cido fosfrico

    para a etapa de neutralizao so satisfatrios na reduo de custos

    de produo (COSTA ARAJO, 2008).

    A glicerina produzida no processo tambm precisa passar por

    uma etapa de separao, pois o valor comercial da glicerina pura e

    purificada bem maior. O processo indicado a destilao, que

    separa os componentes a partir da diferena de presso de vapor ou

    do equilbrio liquido-vapor formado pelo sistema..

    Figura 07: Destilao da Glicerina (BIO LWERK, 2006)

    3.7. Purificao e Estocagem

    Depois de realizadas as etapas de reao e separao dos

    produtos, obtendo o biodiesel, necessrio fazer um ltimo processode tratamento do ster obtido, para que este esteja em perfeito

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    estado de consumo e atendendo s especificaes impostas pela

    ANP. Realiza-se, ento, uma etapa de lavagem aquosa com o objetivo

    de remover qualquer quantidade residual de catalisador, sabes, sais,

    metanol ou glicerina livre do produto final. A presena de gua no

    biodiesel diminuiria consideravelmente a eficincia do mesmo, ento

    aps o processo de lavagem, qualquer gua residual removida por

    um processo de evaporao a vcuo (KNOTHE et al, 2006).

    Com a qualidade assegurada do produto, envia-se o mesmo

    para um tanque de armazenagem, onde fica disposio para ser

    retirado. A estocagem do produto requer cuidados para manter a

    qualidade do mesmo. Deve-se atentar para o tempo e as condies

    em que o produto ficar armazenado, bem como manter os tanques

    em boas condies de limpeza, j que o biodiesel um bom solvente

    e pode dissolver os sedimentos nos tanques, podendo ser necessrio

    a utilizao de uma pelcula de material polimrico revestindo o

    interior do tanque para evitar as aes detergentes do produto.

    H pesquisas realizadas nos EUA e Europa que apontam obiodiesel como sendo bastante sensvel a temperatura, ar e gua,

    portanto necessrio evitar o contato do produto com luz, ar e gua.

    A NBB (National Biodiesel Board - EUA) recomenda que o biodiesel

    no seja armazenado por muito tempo para evitar problemas com

    degradao do produto (at seis meses o tempo limite para o

    consumo). Se o produto no for comercializado no prazo mximo de

    trs meses, a agncia exige que sejam refeitas as anlises emrelao estabilidade e oxidao para comercializao

    (FECOMBUSTVEIS, 2009).

    A NBB recomenda tambm que o Biodiesel no fique exposto a

    baixas temperaturas (abaixo de 12C), pois o produto pode solidificar

    ou apresentar maior viscosidade (assemelhando-se a um gel),

    podendo no voltar ao estado original quando estiver exposto

    temperatura usual. Seria necessrio utilizar anticoagulante e

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    anticongelante para manter o biodiesel num estado lquido pouco

    viscoso mesmo quando submetido a baixas temperaturas. Pode-se

    observar, ento, que o cuidado no armazenamento do produto de

    fundamental importncia para evitar a degradao do mesmo e que o

    produto de todo um processo no seja danificado, o que acarretaria

    em mais gastos em um novo tratamento do produto ou penalizaes

    por no cumprir as especificaes exigidas para o produto.

    3.8. Qualidade

    O principal critrio de qualidade para o biodiesel o

    atendimento a um padro apropriado que, no Brasil, controlado pelaANP. A ANP, criada a partir da Lei 9.478/97, responsvel pela edio

    de normas e fiscalizao das atividades relacionadas aos segmentos

    de petrleo, gs natural e biocombustveis. Dentre outras atribuies,

    a ANP estabelece critrios para o controle da qualidade dos

    combustveis em geral, derivados de petrleo, do gs natural, e dos

    bicombustveis, definindo especificaes que refletem a qualidade

    mnima necessria ao bom desempenho do produto (adequao aouso, proteo ao meio ambiente e defesa dos interesses do

    consumidor).

    Geralmente, a qualidade do combustvel pode ser influenciada

    por vrios fatores, incluindo a qualidade da matria-prima, a

    composio em cidos graxos do leo vegetal, o processo de

    produo, o emprego de outros materiais no processo e parmetros

    posteriores produo (KNOTHE, 2006). Algumas das propriedades

    das especificaes, como cetanagem e densidade, refletem as

    propriedades das substncias qumicas que compem o biodiesel.

    Assim como o ndice de octano est para os motores do ciclo Otto, o

    ndice de cetano est para os motores do ciclo diesel, indicando a

    qualidade da combusto desse combustvel no motor (quanto maior a

    cetanagem melhor o desempenho).

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    A produo de biodiesel deve ento seguir a normas tcnicas

    estabelecidas para atestar a identidade e qualidade do combustvel.

    Geralmente seguem-se normas como a ASTM (American Society for

    Testing and Materials), a ISO (International Organization for

    Standardization), a ABNT (Associao Brasileira de Normas

    Tcnicas), mtodos de normalizao ou padronizao para vrios

    materiais, produtos ou servios. No entanto, h outros mtodos

    analticos que podem tambm ser adequados, como os

    desenvolvidos por organizaes profissionais ligados ao respectivo

    ramo da qumica (oleoqumica) ou os previstos pela American Oil

    Chemistss Society (AOCS). Essas normas determinam valores para

    as propriedades e caractersticas do biodiesel e os mtodos para as

    determinaes dos mesmos. Algumas Propriedades como:

    Teor de glicerina Total

    Teor de glicerina livre

    Teor de enxofre

    Teor de gua

    Teor de Sedimentos

    Viscosidade

    Corrosividade

    Nmero de Cetano

    Cinzas

    Nmero de Acidez

    Para atender s especificaes exigidas, e monitorar a

    qualidade do produto final, necessrio que as unidades de produo

    do biodiesel tenham um laboratrio devidamente equipado. Deve-se

    monitorar a qualidade da matria prima, intermedirios e produto

    para um perfeito controle da identidade do produto final.

    3.9. Consideraes Finais do Processo

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    A transesterificao o mtodo mais comum e o nico que leva

    a produtos comumente denominados biodiesel, isto , steres

    alqulicos de leos e gorduras. Os steres metlicos geralmente so

    mais empregados, principalmente porque o metanol , em muitos

    lugares, o lcool mais barato, embora existam excees em alguns

    pases. Geralmente, a transesterificao pode ser realizada por

    catlise cida ou bsica. No entanto, em catlise homognea,

    catalisadores alcalinos (hidrxido de sdio e de potssio; ou os

    alcxidos correspondentes) proporcionam processos muito mais

    rpidos que catalisadores cidos (KNOTHE et al, 2006).

    Alm do metanol e do etanol, steres de leos vegetais e

    gordura animal produzidos com outros lcoois de baixa massa molar

    j foram investigados em relao ao processo de produo e s

    propriedades do combustvel produzido. Outros materiais como leos

    utilizados para a coco de alimentos (fritura) tambm so

    adequados para a produo de biodiesel. No entanto, mudanas no

    procedimento de reao so frequentemente necessrias devido

    possvel presena de gua e de cidos graxos livres (KNOTHE et al,2006).

    O processamento do leo vegetal gerou a formao de dois

    produtos. Um o ster metlico, o produto objetivado na reao, que

    devido suas caractersticas fsico-qumicas muito prximas do

    diesel do petrleo e por ser de origem renovvel, denominado

    biodiesel. O outro a glicerina, subproduto, que tambm possui valorcomercial. Os principais equipamentos e processos envolvidos na

    transesterificao industrial do leo vegetal esto no Anexo 04.

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    4. CONCLUSO

    A converso do leo vegetal a biodiesel, atravs da reao detransesterificao, a alternativa utilizada para o uso direto em

    motores de ignio por compresso. As caractersticas fsico-

    qumicas do biodiesel so semelhantes do diesel mineral e, por

    isso, pode ser utilizado como um combustvel alternativo,

    substituindo ou diminuindo o consumo do diesel mineral. Atravs

    do processo industrial de transesterificao possvel converter

    98% do leo vegetal que entra no processo, em condiesotimizadas de temperatura, presso e tempo de reao. O uso de

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    metanol como lcool mostra-se economicamente mais vivel e os

    steres metlicos produzidos na transesterificao so separados

    dos subprodutos e reagentes residuais e posteriormente

    purificados e enviados aos tanques de armazenamento, onde

    seguem para distribuio.

    5. REFERNCIAS

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    Anlise Econmica de Projetos. So Paulo: Thomson Learning, 2006.

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    PEREIRA-RAMIREZ, O.; ANTUNES, R.M.; QUADRO, M.S.; KOETZ, P.R.

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    por Reator UASB e UASB-Hbrido. Revista Brasileira de Agrocincia, v.

    9, n. 2, 2003, p. 171-174.

    SEBRAE. Biodiesel. Braslia: SEBRAE, 2008.

    SANTOS, M.M.S.; PEREZ, R.; JNIOR, A.G.S.; SIQUEIRA, J. Estudos de

    Implantao de Unidades de Extrao de leo Vegetal: Estudo de

    caso Soja, Dend e Mamona. II Congresso da Rede Brasileira de

    Tecnologia do Biodiesel, Braslia, 2007.

    SOUZA, F.G. Processamento de leo Comestvel. Paraso do

    Tocantins: Escola Tcnica Federal, 2008.

    UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE (USDA). Oilseeds:

    World Markets and Trade Monthly Circular. USDA: Washington, 2009.

    Disponvel em: http://www.fas.usda.gov/oilseeds/circular/Current.asp

    (acesso em 14 de janeiro de 2009).

    ROSELI APARECIDA FERRARI; VANESSA DA SILVA OLIVEIRA; ARDALLASCABIO. Biodiesel de soja Taxa de converso em steres etlicos,caracterizao fsico-qumica e consumo em gerador de energia.Qum. Nova vol.28 no.1 So Paulo Jan./Feb. 2005.Departamento de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual dePonta Grossa

    http://www.fas.usda.gov/oilseeds/circular/Current.asphttp://www.fas.usda.gov/oilseeds/circular/Current.asp
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    ANEXOS

    ANEXO 01 - Composio Qumica dos leos Vegetais

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    Fonte: ROUSSET (2008)

    ANEXO 02 - Fluxograma do processo de converso do

    leo

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    Fonte: PARENTE (2003)

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    ANEXO 03 Fluxograma de um processo industrial detransesterificao

    Fonte:(KNOTE et al., 2008)

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    ANEXO 04 - Tabela 04: Especificao Preliminar doBiodiesel, Portaria ANP 255/2003

    Fonte: ANP, 2009

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    ANEXO 05 - Influncia das propriedades fsico-qumicasnos sistemas de injeo.

    Fonte: Bosh, 2005.