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Pubblicazione dell’Associazione per l’Interscambio Culturale Italia Brasile Anita e Giuseppe Garibaldi • Nº 123-124 Ano XIV - Janeiro / Fevereiro 13 - R$ 10,00

PODE SER ABERTO PELA ECT

E MAIS: ENTREVISTA • HISTÓRIA ITALIANA • TURISMO • CINEMA • ARTES PLÁSTICAS • FOTOGRAFIA

Especial Eleições 2013

Encarte

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D E M O C R A T I C O

NOSSA CAPA

A n o X I - N o 1 2 3 - 1 2 4 - J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 3

05 agenda cultural

05 Os melhores eventos estão aqui. 16 “Nessuno può portarti um fiore”, di Pino Cacucci.

16 encarte

06 editorial

06 Eleições do parlamento italiano: porque é bom votar.

11 Risoto de Abóbora com Camarão

11 gastronomia

turismo1212 Jalapão: Virgem e misteriosoOlga Cavalcante

09 Congiuntura Italia.

08 Congiuntura Brasile.

08 Brasitalia 2013.

08 comunità

10 Aproveite nossas sugestões imperdíveis.

10 às compras cultura30

Artes Plásticas34 Jorge Fonseca, “A arte do Mineirim”.Marisa Oliveira

Fotografia30 “São Gonçalo e os Santos Reis.”, ensaio de Luis Alvarenga.

20 Italia

20 Il mito di Garibaldi e gli italiani di São Paulo.

Storia italiana

24 Alessandro Barillà - De bem com a vida

Emigrazione

26 Segurança no Rio de Janeiro - Quatro anos de UPPs

Brasil

33 “Os 3 desejos de Otávio C”, de Pedro Eiras e “Extratextos 1- Clarice Lispector, personagens reescritos”, org. Mayara R. Guimarães e Luis Maffei.

Literatura

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f o r u mD E M O C R A T I C O84 Janeiro / Fevereiro 13

La rivista Forum Democratico è una pubblicazionedell’Associazione per l’interscambio culturale Italia Brasile Anita e Giuseppe Garibaldi.

Comitato di redazione Giorgio Veneziani, Andrea Lanzi, Arduino Monti, Mauro Attilio Mellone, Lorenzo Zanetti (em memória).

Direttore di redazione Andrea Lanzi

Giornalista ResponsabileLuiz Antonio Correia de Carvalho (MTb 18977)

RedazioneAvenida Rio Branco, 257/1414 20040-009 - Rio de Janeiro - [email protected]

Pubblicità e abbonamenti Telefax (0055-21) 2262-2934

Revisione di testo (portoghese)Marcelo Gargaglione Lopes, Clara Salvador.

Hanno collaborato: Cristiana Cocco, Marisa Oliveira. Logotipo: concesso da Núcleo Cultura Ítalo Brasileira Valença

Stampa: Gráfica Opção Copertina: Tiago Morena

Impaginazione: Tiago Morena Patrícia FreitasSambacine ProduçõesAna Maria Moura

Dados internacionais de catalogação

na fonte (CIP) Instituto Brasileiro de

Informação em Ciência e Tecnologia -

Forum Democratico/ Associazione per

l’insterscambio culturale italo-brasiliano

Anita e Giuseppe Garibaldi - No.0 (mar.

1999) - Rio de Janeiro: A Associazione,

1999 - v. Mensal. - Texto em português e

italiano - ISSN 1516-8123 I. Política - Itália

- Brasil - Periódicos. 2. Difusão cultural -

Itália - Brasil - Periódicos. I. Associazione

per l’interscambio culturale italo-brasiliano,

Anita e Giuseppe Garibaldi.

CDU 32:316.7(450 + 81)(05)

Um ano novo com eleições na Itália e segurança no Rio de Janeiro

A paixão pela política é marca da Forum Democratico, com declarada opção pelo melhor para a maioria. Diante

das eleições políticas na Itália que se aproximam, a Forum Democratico apresenta reflexões importantes, como o modelo de voto dos italianos que moram no exterior. Que não sejam

desperdiçadas!Nas Artes, destaque para o mineirim Jorge Fonseca, que mineirim mineirim, acostumado de pequeno às linhas e retalhos, vai de maquinista a artista plástico, com obras marcantes, inteligentes, geniais mesmo!As obras da seção Literatura, da Oficina Raquel, marcam o ano

de Portugal no Brasil e apresentam essa mistura de penas brasileiras e portuguesas, tão rica e original, oferecendo aos leitores a reescritura de personagens de Clarice Lispector e um romance de Pedro Eiras.Original ainda é a dica de turismo: Jalapão, considerado o maior atrativo do Tocantins e ainda virgem e misterioso, conforme nos conta Olga Cavancante.

Vik Muniz em São Paulo, como curador da Buzz - Mostra de Op-Art, e o espetáculo Rock in Rio - o Musical, no Rio de Janeiro, são boas opções da Agenda Cultural.Na seção Emigração, Alessandro Barillà fala de suas experiências e sentimentos como emigrante. Um italiano de bem com a vida no Rio de Janeiro.

Segurança - o secretário de Estado José Mariano Beltrame responde às questões colocadas pela revista Forum Democratico e firma, com suas respostas, os alicerces do projeto que tem trazido paz e esperança para o Rio de Janeiro.

e x p e d i e n t e

Carta do leitor

Nota do Editor

“Quero parabenizar os editores da Forum Democratico pela edição novembro/dezembro. Rica em temas, pontos de vista e imagens.”

Silvio Ribeiro, Janeiro 2013, por email.

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f o r u mD E M O C R A T I C O 5Janeiro / Fevereiro 13

Rock in Rio - o Musical

Grande Sala da Cidade das Artes – End.: Av. das Américas, 5.300, Barra da Tijuca, RJ; Tel.: (21) 3808-2020; 5ª e 6ª, às 21h30; sábado, às 17h e 21h30; domingo, às 16h e 20h30.; Até 28 de abril.; Ingressos: 5ª, 6ª e dom., às 20h: R$ 40,00 (camarote lateral 9 e 10 - nível 3); R$ 85,00 (Camarote lateral 3 e 4 - nível 2 e Camarote central 7 e 8), R$ 100,00 (Camarote central 1 e 2 e frisa lateral 3) e R$ 120,00 (plateia). Sáb. e dom., às 16h: R$ 70 (camarote lateral 9 e 10 - nível 3); R$ 110,00 (Camarote lateral 3 e 4 - nível 2 e Camarote central 7 e 8), R$ 130,00 (Camarote central 1 e 2 e frisa lateral 3) e R$ 160 (plateia). Classificação: 14 anos; Duração: Aprox. 180 min; Capacidade: 1224 lugares (e espaço para 2 cadeirantes).

Considerado uma das maiores peças musicais realizadas no Brasil, Rock in Rio - o Musical, através da apresentação de 50 canções que marcaram as edições dos festivais Rock in Rio, é uma mistura de ficção e fatos que aconteceram na trajetória dos eventos. 25 atores dirigidos por João Fonseca, com arranjos executados ao vivo, no palco, por uma banda, interpretam clássicos, como Love of my Life (Queen), Pro dia nascer feliz (Barão Vermelho), You’ve got a friend (James Taylor), entre outras canções. O poder transformador da música une dois jovens - Sophie e Aleph. A primeira afirma detestar música, o rapaz, tímido, só se comunica através dela.

Textos e versões: Rodrigo Nogueira; Dir. Musical: Delia Fischer; Elenco: Yasmin Gomlevsky, Hugo Bonemer, Lucinha Lins, Guilherme Leme, entre outros.

agenda cultural

You Don’t Believe in Love But I Believe in You apresenta a celebrada artista britânica Tracey Emin na inauguração da filial da White Cube, considerada a maior galeria de arte do Reino Unido. Expressionistas, os trabalhos de Tracey estão sendo apresentados sobre uma enorme gama de suporte, incluindo neons, esculturas, pinturas, guaches, desenhos em monotipia e bordados. Distorcendo as fronteiras entre vida e arte, as obras são marcadas por traços intensamente pessoais da artista.

White Cube – Rua Agostinho Rodrigues Filho, nº 550 – SP, Tel.: (11) 4329-4474; Horários: de 3ª a Sáb., das 11h às 19h, Ingressos: Entrada franca, classificação livre. Até 23 de fevereiro de 2013.

‘You Don’t Believe in Love But I Believe in You’ (Você não acredita no amor mas eu acredito em você)

Fotos Guido Melgar /Divulgação

MUSICAL

Buzz - Mostra de Op-Art

GALERIA NARA ROESLER – Av. Europa, nº 655 – Jardim Europa, SP, Tel.: (11) 3063-2344; Horários: de 2ª a 6ª , das 10h às 19h; Sáb., das 11h às 15h, Ingressos: Entrada franca, classificação livre. Até 16 de fevereiro de 2013.

EXPOSIÇÃO

A mostra coletiva Buzz, com curadoria de Vik Muniz, é dedicada exclusivamente à Op-Art (arte ótica). Entre os artistas brasileiros, foram selecionadas obras de Abraham Palatnik, Israel Pedrosa e Waldemar Cordeiro. Estão presentes na mostra a inglesa Bridget Riley, o francês François Morellet, bem como novos artistas, tais como Fred Tomaselli, Olafur Eliasson, Tauba Auerbach e Waye Morellet. Buzz foi concebida para dar continuidade ao Roesler Hotel, projeto curatorial que promove diálogos entre o Brasil e a comunidade mundial das artes plásticas.

Reprodução: Marcos Chaves

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f o r u mD E M O C R A T I C O86 Janeiro / Fevereiro 13

e d i t o r i a l e

Il 24 e 25 febbraio gli italiani eleggono il nuovo parlamento; votano

anche gli italiani che risiedono all’estero che scelgono 12 deputati e

6 senatori. Il voto all’estero prevede un sistema proporzionale – senza

premio di maggioranza – e il diritto degli elettori di scegliere i propri

rappresentanti con il voto di preferenza. L’opposto di quanto accade in

Italia dove la legge elettorale è stata classificata come una “porcata” dal

suo inventore, Roberto Calderoli della Lega Nord. Gli elettori residen-

ti all’estero sono complessivamente (dati del 2011) 4.115.235, così

suddivisi nelle quattro circoscrizioni: 2.307.683 in Europa; 229.312 in

Oceania, Africa e Asia; 388.904 in America settentrionale e centrale;

1.283.078 in America Meridionale. In America Latina il numero degli

elettori nei principali paesi è il seguente: 298.370 in Brasile; 664.387

in Argentina; 88.312 in Uruguay; 113.271 in Venezuela. Tranne che in

Venezuela, la grande maggioranza di questi elettori non è nata in Italia; in

Brasile la percentuale dei nati in Italia non arriva al 30% del totale, anche

se si assiste ad un nuovo flusso migratorio di imprenditori e di personale

specializzato. Sempre in Brasile le richieste inevase di riconoscimento della

cittadinanza italiana coinvolgono centinaia di migliaia di persone e, forse, il

numero non è maggiore perché i tempi di attesa sono scandalosamente

elevati. Anche altri paesi assicurano ai loro cittadini che abitano all’este-

ro il diritto di eleggere i propri rappresentanti o – più spesso – il loro

presidente, con il voto per corrispondenza o presso le sedi diplomatiche;

l’Italia è, invece, l’unico paese in cui possono essere eletti da chi risiede

all’estero solo candidati che, ugualmente, risiedono stabilmente fuori dal

territorio nazionale. Questa particolarità ha forse voluto, nelle intenzioni

del legislatore, rafforzare il ruolo specifico dei parlamentari eletti all’estero

di portavoce degli interessi propri di chi li ha eletti. Esaminiamo le ragioni

per cui è importante e utile votare per il parlamento italiano per chi abita

all’estero. Il fatto di essere nati in Italia rende più probabile aver maturato

diritti nel campo previdenziale; e quindi soprattutto per questa fascia di

elettori può essere importante eleggere parlamentari impegnati a fare

piazza pulita di assurdi legislativi voluti dal governo di centro destra; per

fare un esempio, l’esigenza di avere un periodo di residenza in Italia di 10

anni per avere diritto alla pensione integrata al minimo. Sempre per i nati

in Italia il governo di centro sinistra, presieduto da Romano Prodi, aveva

ideato un assegno di solidarietà per gli ultra sessantacinquenni con una

rendita complessiva inferiore ad una pensione integrata al minimo; anche

in questo caso si tratta di dare attenzione a questa problematica insieme a

quella dell’assistenza fornita dalla rete consolare alle fascie più deboli della

comunità italiana all’estero. Gli interessi materiali comuni a tutti gli italiani

residenti all’estero riguardano in primo luogo il miglioramento

sostanziale della qualità dei servizi consolari a partire dall’aumento

degli addetti con contratto locale. Altra questione su cui è necessaria

una inversione di tendenza è quella dell’insegnamento della lingua

e della cultura italiana; le risorse degli Istituti Italiani di Cultura sono

ridotti all’osso mentre molti enti gestori sono stati costretti alla

chiusura o alla riduzione sostanziale dell’attività. Si tratta di rilanciare

un piano straordinario di diffusione della lingua italiana, coinvolgen-

do tutti i soggetti interessati, con l’uso delle nuove tecnologie, il

controllo accurato dei costi, la formazione linguistica dei professori

della rete scolastica pubblica. È comunque necessario invertire la

tendenza e prevedere un graduale aumento dei fondi destinati

a questa voce di spesa. I rapporti economici e commerciali in

senso ampio e il ruolo dell’Italia nello sviluppare l’interscambio fra

l’Unione Europea e l’America Latina, deve tornare ad essere una

priorità; occorre far dimenticare l’epoca delle missioni ufficiali del

primo ministro Berlusconi interessato unicamente nelle ballerine

di lap dance. Queste sono le ragioni per cui è importante che gli

italiani all’estero partecipino alla elezione del nuovo parlamento;

per eleggere persone serie, candidati di partiti che hanno lottato

contro il governo di centro destra; che vogliono costruire, dopo il

governo di emergenza guidato da Mario Monti, un paese con più

equità e giustizia sociale, un paese che ci renda orgogliosi di essere

italiani.

ELEZIONI PER IL PARLAMENTO ITALIANO: PERCHÉ SERVE VOTARE.

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f o r u mD E M O C R A T I C O 7Janeiro / Fevereiro 13

e d i t o r i a le d i t o r i a l

Nos dias 24 e 25 de fevereiro os italianos elegem o novo parla-

mento; votam também os italianos residentes no exterior, que

escolhem 12 deputados e 6 senadores. O voto no exterior prevê o

sistema proporcional - sem prêmio de maioria – e o direito para os

eleitores de escolher os próprios representantes com o voto de prefe-

rência. É o oposto do que acontece na Itália, onde a lei eleitoral foi cha-

mada de “porcaria” pelo seu inventor, Roberto Calderoli da Liga Norte.

Os eleitores residentes no exterior são ao todo (dados de 2011)

4.208.977, assim distribuídos nas quatro circunscrições: 2.307.683

na Europa; 229.312 na Oceania, África e Ásia; 388.904 na América

do Norte e Central; 1.283.078 na América Meridional. Na Améri-

ca Latina o número de eleitores nos principais países é o seguinte:

298.370 no Brasil; 664.387 na Argentina; 88.312 no Uruguai; 113.271

na Venezuela. Excetuando-se o caso venezuelano, a grande maioria

dos eleitores não nasceu na Itália; no Brasil o percentual dos nascidos

na Itália não chega a 30% do total, apesar de existir um novo fluxo

migratório de empresários e de mão-de-obra especializada. Ainda no

Brasil, os pedidos não processados de reconhecimento da cidadania

italiana somam centenas de milhares de pessoas. Talvez o número

não seja maior porque a fila de espera é escandalosamente grande.

Outros países também garantem aos seus cidadãos, que moram no

exterior, o direito de eleger os representantes no parlamento ou – mais

frequentemente- o presidente com o voto pelo correio ou nas sedes

diplomáticas; a Itália é, pelo contrário, o único país no qual podem ser

eleitos pelos eleitores residentes no exterior, somente candidatos que,

igualmente, residam estavelmente fora do território nacional. Esta parti-

cularidade sinalizaria, quem sabe, na intenção do legislador, a vontade de

fortalecer a tarefa específica dos parlamentares eleitos no exterior de serem

os defensores dos interesses próprios dos seus eleitores. Examinamos as ra-

zões pelas quais é importante e útil, para quem mora no exterior, votar para

o parlamento italiano. Ter nascido na Itália aumenta a chance de ter direito

a uma prestação previdenciária lá; e, então, sobretudo para este grupo de

eleitores pode ser importante eleger parlamentares intencionados a acabar

com medidas descabidas aprovadas pelo governo de centro-direita; como,

para exemplificar, a exigência de ter residido ao menos 10 anos na Itália para

ter direito à integração da aposentadoria (ndr. Valor mínimo do benefí-

cio). Para os cidadãos nascidos na Itália, o governo de centro-esquerda,

chefiado por Romano Prodi, tinha aprovado um “cheque de solidariedade”

para as pessoas com mais de 65 anos e com uma renda global menor de

uma aposentadoria integrada ao tratamento mínimo; também é necessário

prestar atenção neste assunto assim como na assistência fornecida pela rede

diplomática às camadas mais pobres da comunidade italiana no exterior.

Os interesses comuns a todos os italianos residentes no exterior têm a ver,

em primeiro lugar, com a melhora substancial da qualidade dos serviços

consulares, através do aumento dos funcionários com contrato local. Outra

questão que necessita de uma inversão de tendência é o ensino do idioma e

da cultura italiana; os recursos dos Institutos Italianos de Cultura minguaram

e os entes gestores (ndr. Entidades que recebem recursos governamentais

para cursos de italiano) foram obrigados a fechar ou a diminuir demasiada-

mente as atividades. É preciso realizar um plano extraordinário de divulga-

ção da língua italiana, envolvendo todos os atores interessados, utilizando

as novas tecnologias de formação à distância, com um controle apurado

das despesas, investindo na formação linguística dos professores da rede

de ensino pública. De todo modo é necessário mudar de rota e prever um

aumento gradual dos recursos destinados a este item. As relações econômi-

cas e comerciais, em sentido amplo, e o papel da Itália no desenvolvimento

do intercâmbio entre a União Europeia e a América Latina devem voltar a

ser uma prioridade; é necessário cancelar da memória a época das viagens

de estado do primeiro ministro Berlusconi interessado unicamente nas dan-

çarinas de lap dance. Estas são as motivações da importância do voto dos

italianos no exterior na eleição do novo parlamento; para eleger pessoas

sérias, candidatos de partidos que fizeram oposição ao governo de centro-

-direita; que querem construir, depois do governo de emergência chefiado

por Mario Monti, um país com mais equidade e justiça social; um país que

nos deixe orgulhosos de sermos italianos.

ELEIÇÕES DO PARLAMENTO ITALIANO: PORQUE É BOM VOTAR. Andrea Lanzi

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f o r u mD E M O C R A T I C O88 Janeiro / Fevereiro 13

c o m u n i t à

Congiuntura Brasile.

Dilma RousseffMarina Silva

Brasitalia 2013

RIO DE JANEIRO

N ella pagina www.youtube/brasitaliario è possibile assistere ai video delle edizioni 2011

e 2012. L’edizione 2013 sarà realizzata, sia a Rio de Janeiro che a San Paolo, nel mese di ottobre, in quanto non è possibile raccogliere i patrocini, auto-rizzati dalla Lei Rouanet di incentivo alla cultura, in tempo utile per posizionare l’evento a ridosso della Festa della Repubblica Italiana. A Rio de Janeiro BRASITALIA sarà realizzata nella Fundição Progres-so nei giorni 18, 19 e 20 ottobre.

Hanno assunto l’incarico, ufficialmente, i sin-daci eletti alla fine dello scorso anno. I nuovi

amministratori delle grandi città hanno annunciato programmi di contenimento delle spese correnti per recuperare una capacità di investimento nelle opere considerate prioritarie. L’attenzione è puntata in particolare su San Paolo dove il PT – a fronte di una alleanza di forze politiche molto ampia – affronta la sfida di governare la più grande metropoli del paese. Tutti i sondaggi di opinione confermano un giudizio positivo al

governo federale e, in particolare, alla Presidente Rousseff che arriva al 77% di consenso dopo due anni di mandato. Nonostante il forte rallenta-mento dei tassi di crescita del prodotto interno nel 2012, la scelta di dare continuità alla politica economica ereditata dal precedente governo (espansione dell’occupazione e dei consumi, di-stribuzione della rendita) ha arginato gli effetti della crisi internazionale. Nel 2012 sono stati avviati anche processi di forte discontinuità a partire dalla riduzione dei tassi di interesse e dalla diminuzione

del costo dell’energia elettrica. In mancanza di eventi straordinari – di origine interna o esterna – la realizzazione del programma di governo nel 2013, permetterà alla Presidente Dilma di affron-tare la campagna elettorale nel 2014 con relativa tranquillità. I partiti di opposizione – PSDB, DEM, PPS – non sembrano aver trovato una piatta-forma comune mentre Marina Silva, ex ministra dell’Ambiente nel governo Lula, sta pensando di dare vita ad un nuovo partito politico.

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c o m u n i d a d e

Congiuntura Italia.

Gli ultimi sondaggi elettorali (prima settimana gennaio) accreditano al centro sinistra oltre

il 40%, con il Partito Democratico che supera il 30%; Il Partito delle Libertà insieme alla “Destra” di Storace, “Fratelli d’Italia” con La Russa e Meloni, appena usciti dallo stesso PDL, sono accreditati sopra al 20%; la Lega Nord al 6%; la Lista Monti con UDC di Casini, Italia Futura di Montezemolo e FLI di Gianfranco Fini sfiora il 15%; il Movimento 5 Stelle di Grillo è in flessione, ma si attesta sempre sul 13%; “Rivoluzione Civile” di Ingroia, ispirato dal “Movimento Arancione”, insieme a Di Pietro è valutato al 5%, ma è necessario sottolineare che si è presentato al pubblico da meno di un mese. Al di là dei numeri puramente indicativi, essendo solo l’inizio della campagna elettorale, le questioni politiche che saranno decise a breve riguardano in primo luogo l’alleanza fra PDL e Lega Nord; se l’accordo non andasse in porto il centro sinistra avrebbe molte probabilità di avere una salda mag-

gioranza di seggi non solo alla Camera ma anche al Senato. Alla Camera, in forza della sciagurata legge elettorale in vigore, il centro sinistra dovrebbe usu-fruire del premio di maggioranza, mentre al Senato

Antonio Ingroia

il premio di maggioranza è a livello regionale e la vittoria del centro destra nelle regioni più popolose (e che eleggono più senatori) potrebbe creare una situazione di stallo.

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D E M O C R A T I C O8 f o r u m10 Janeiro / Fevereiro 13

à s c o m p r a s

Criatividade, solidariedade e geração de renda na AmazôniaCom 25 amostras de diferentes madeiras da Amazônia, a caixa de madeira é confeccionada por pessoas vinculadas a um programa social que, desde o ano 2000, estão sendo capacitadas como artesãos para transformar resíduos de madeira em pequenas peças de artesanato. As madeiras são refugo de estaleiros navais, serrarias, sobras da construção civil, madeira caída naturalmente ou abandonada pelos madeireiros; às vezes, são doações de proprietários de sítio ou do IBAMA. Os resíduos são selecionados, cortados, condicionados e secos antes de serem transformados pelos artesãos. O programa já formou mais de 200 artesãos profissionais, tendo favorecido o desenvolvimento do turismo regional e contribuído para aumentar a renda das famílias. Preço: R$ 75,00

Onde encontrar:Ponto SolidárioRua José Maria Lisboa, nº 838, Jardim Paulista, São Paulo, SP, CEP 01.423-002. Tel: (11) 5522-4440 www.pontosolidario.org.br

Contatos com a seção Às Compras para apresentação / sugestão de produtos sustentáveis ou demais produtos podem ser enviados para [email protected]

Para os perfeccionistas, apreciadores do bom vinho

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Ipanema, Rio de Janeiro / RJTelefones: (21) 2540-5719

2540-5723.

Além de deixar a mesa mais bonita e elegante,

o Aerador de Vinho Vinturi tem a função de

fazer o vinho respirar. Ao trazer oxigênio à bebida,

são afloradas características como sabor, aroma, cor e textura. Para os vinhos

mais antigos, o aparelho traz uma tela de aço para filtrar os resíduos que, eventualmente,

possam ser encontrados na bebida. Preço: R$ 190,00

Dica do RogerioLocalizada em Monforte d’Alba, no Piemonte, a azienda Manzone é propriedade familiar que data de 1925. Hoje, Mauro Manzone, terceira geração, assu-miu o vinhedo e o conduz de forma bastante natural sem uso de fertilizantes industriais ou inseticidas de síntese. A busca por vinhos de excelência é o foco e para isto prefere não filtrar, não clarear e usar uma quantidade mínima de sulfitos (conser-vante necessário para garantir a longevidade dos vinhos). A produção é pequena, com apenas 50 mil garrafas, o que permite uma dedicação inten-sa. O Barbera d’Alba Superiore La Serra 2009 é um vinho tinto envelhecido 11 meses em cubas de inox. Sua uva é a dolcetto. Sua cor é de um rubi profundo com reflexos violáceos. No nariz tem aroma dominante de cassis e notas de gro-selha. Na boca é redondo e agradável, tem bom corpo, é elegante, persistente e seus taninos são aveludados. Confirmam-se os aromas de groselha e o de cassis torna-se prazerosamen-te licoroso. É ideal para acompanhar um peru recheado com farofa de castanhas e um queijo gorgonzola. Preço: R$ 242,00

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f o r u mD E M O C R A T I C O 11Janeiro / Fevereiro 13

Foto: Divulgação / Prima Press

Risoto de abóbora com camarão

Ix BristôRua Marquês de São Vicente, 52 / loja 337Shopping da Gávea – Gávea, RJ.Tel.: (21) 2512-5842 / 2540-5983

Horário de funcionamento: de segunda a quarta: das 12h a 0h.de quinta a domingo: das 12h até 1h.

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www.ixbistrot.com.br www.facebook.com/IxBistrot

g a s t r o n o m i a

Esse ano promete! As eleições na Itália agitam os eleitores, arrebatam os corações. No Brasil, os enormes desafios nos campos da economia,

da política e do social estão sempre presentes. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, neste verão escaldante, um cantinho francês no shopping da Gávea - com ar condicionado, claro!, oferece aos nossos leitores a receita do risoto de abóbora com camarão, leve, saboroso, delicioso, no ponto e na medida! Além do risoto e de inúmeras receitas artesanais, com utilizações dos produtos sazonais, prática que provoca constante renovação no cardá-pio, o Ix Bistrô serve cortesia: cestinha de torradas com manteiga de ervas

e água (filtrada), por conta da casa. E, ao oferecer menus executivos em todos os horários e dias da semana (entrada, principal e sobremesa) serve também a possibilidade de se comer muito bem por uma relação custo benefício inigualável: R$ 29,00 (almoço de 2ª a 6ª) e R$ 49,00 (jantar de 2ª a 6ª e refeições-menu de fins de semana). De 2ª a 6ª, optando-se pelo menu IXPress (entrada e principal), paga-se R$ 24,00. Tudo isso sem perder o charme e a criatividade. Que não me deixa mentir a maravilhosa salada de queijo de cabra com shitake, tomate cereja, maçã e nozes, entre outras delícias. (M.O.).

Ingredientes

- 1 colher de sopa de cebola pitada- 2 colheres de sobremesa de manteiga- 100g de arroz arbóreo- 10 ml de vinho branco- 50ml de creme de leite- 15g de abóbora madura- 6 camarões VG- 10g de queijo ralado- 200ml de caldo de legumes

Refogue a cebola na manteiga, acrescente o arroz, misture, adicione o vinho branco e mexa bem. Coloque o caldo de legumes aos poucos. Ponha o creme de leite e a abóbora. Grelhe o camarão por dois minutos no azeite. Continue mexendo o risoto até que esteja quase seco, adicione o queijo ralado e a manteiga. Para servir, arrume o arroz em um prato e coloque os camarões por cima. Bon apetit!

Modo de preparo Serviço

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D E M O C R A T I C O8 f o r u m12 Janeiro / Fevereiro 13

t u r i s m o

J a l a p ã ov i r g e m e m i s t e r i o s o

Olga Cavalcante

Zona de transição entre o cerrado e a caatinga, o Jalapão, maior atrativo turístico do Tocantins, é protegido por Unidades de Conservação estadual e federal, e conserva sua beleza inteira, com natureza ainda virgem e intoca-da. A cobertura vegetal lembra grandes savanas, com campos de gramíneas e flores e veredas alagadas, com predominância de solo de areia quartzosa. O horizonte é avistado ao longe, com planaltos e chapadões de serras tipo

Page 13: Revista Forum Democratico

f o r u mD E M O C R A T I C O 13Janeiro / Fevereiro 13

t u r i s m o

Foto: Cachoeira da Velha Jalapão / Arquivo Adtur

“mesa” e morros “testemunhos”, sofrendo ação erosiva pluvial e eólica con-tínua, desgastando as bordas e criando cenários de deserto. São inúmeros os encantos para ecoturistas que se arriscam pelo prazer da aventura, na prática do rafting em corredeiras bravias, trekking em trilhas primitivas e em serras com mais de 800 metros de altura. Esse cenário formado por rochas sedimen-tares datadas da era mesozóica, com aproximadamente 135 milhões de anos torna-se mais desafiador e especial na visita às Dunas, espraiadas aos pés da serra do Espírito Santo, reinando em sua beleza acobreada. São formadas pela decomposição arenítica da serra do Espírito Santo e chegam a 40 metros de altura. O local é contrastante porque reúne areias, palmeiras e lagoa e a ideia é de um oásis em pleno Jalapão.

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D E M O C R A T I C O8 f o r u m14 Janeiro / Fevereiro 13

Foto: Rio Novo, Jalapão, TO / Thiago Sá.

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A rainha natureza como principal atrativoPonte Alta do Tocantins tem roteiros turísticos que contribuem para a fama internacional do Jalapão. Reinando solitário no cenário lunar, o Morro da Pedra Furada é morada de araras, e sua formação rochosa permite voos da imaginação. Ao final da tarde, é perfeito para o turismo contemplativo. Bem próximo, o Morro do Cruzeiro compõe a paisagem.

Após 14 quilômetros de Ponte Alta do Tocantins, encontra-se, a 100 metros da estrada, escondida na mata, a Cachoeira de Sussuapara, fenda com 60 m de comprimento, por 15 de altura na rocha arenítica, parecendo pequeno canyon, onde crescem centenas de samambaias.

A partir daí, é uma imersão definitiva na aventura do desconhecido. Nada é igual e sucedem-se as descobertas, numa experiência de conhecimento de um ecossistema único e primitivo. A 90 km de Ponte Alta, a Cachoeira da Velha despenca no Rio Novo, já no município de Mateiros. Com 25 metros de altura e duas quedas em forma de ferradura, e cerca de 100 metros de largura, impressiona pela beleza

Foto: Pedra Furada / Arquivo Adtur. Foto: Pedra Furada, Ponte Alta, Jalapão / Ricardo Brito

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f o r u mD E M O C R A T I C O 15Janeiro / Fevereiro 13

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Foto: Capim Dourado / Thiago Sá.

e volume d’água. As deslumbrantes praias do Rio Novo, com sua areia muito clara, rodeadas pela vegetação, convidam para acampamentos inesquecíveis em comunhão total com a natureza. Desse ponto, a 20 quilômetros de Mateiros, a Serra do Espírito Santo (900 m de altura) e o Morro Saca-Trapo (800 m) são atrativos exóticos, considerados a “cara” do Jalapão. A terra avermelhada da estrada de acesso é charme para os visitantes, que podem encontrar a qualquer momento bandos de emas, periquitos e até tatus. Ou trombar com o veado arisco.

Em Mateiros, a natureza exagera na beleza e uma grande quantidade de nascentes transborda em águas borbulhantes também chamadas de “fervedouros”. Poços pequenos formam piscinas naturais e cristalinas em meio à sombra de bananeiras, areias muito claras cobrindo o fundo que, sempre regurgitante, impede que os corpos afundem. Identificado como o fenômeno “ressurgência da água”. O mais visitado é o Fervedouro do Ceiça. No povoado Mumbuca, vivem em torno de 40 famílias que confeccionam os mais variados objetos artesanais, usando a palha fosca do buriti e o capim dourado, colhido de forma manejada, uma vez ao ano, em campos cheios de águas. Esta comunidade quilombola é remanescente dos primeiros povoadores, oriundos do Norte da Bahia. As belezas naturais têm seu ponto forte nas águas esverdeadas da Cachoeira do Formiga. A flora é destaque no ambiente de muita luminosidade e bastante simplicidade, permitindo a observação subaquática. Jogue-se dentro dela e sinta a sensação vertiginosa de estar no paraíso.

A 40 quilômetros de Mateiros, a Pedra da Baliza é o marco da divisa entre os Estados do Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia. O ribeirão Galhão é ponto

refrescante na volta à cidade, com águas de extrema transparência, correndo em canal estreito, mas ladeado pelo verde de plantas aquáticas.

Já próximo a São Félix do Tocantins, surgem soberbos os morros Silésia, Mandacarú e Jalapinha. Plena no cenário de vastidão, a Serra do Gorgulho, a 70 km de Novo Acordo, tem grandes blocos de pedra trabalhados há milhares de anos pela ação erosiva dos ventos e da água da chuva, que apontam seus cumes de pedra para o infinito. O formato das montanhas de pedra é dos mais variados e sugere catedrais.

Situação geográfica: Leste do Estado de TocantinsComo Chegar: de Palmas (capital) pela TO-050 até Porto Nacional (60km) em rodovia asfaltada e sinalizada. Prosseguindo pela TO-225 também asfaltada e sinalizada até Ponte Alta do Tocantins (189 km). Prosseguindo mais 180 km em estrada de terra chegando a Mateiros.Municípios: Lagoa do Tocantins, Lizarda, Mateiros, Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins, Rio Sono, Santa Tereza do Tocantins e São Félix do Tocantins. Área: 34.113,2 km² equivalente a 12,25% da área do Estado (278.420,7 Km²). Bacia Hidrográfica: Araguaia - Tocantins. Entre os principais rios destacam-se: Sono, Balsas, Novo, Galhão, Prata, Soninho, Vermelho, Ponte Alta, Caracol. Clima: tropical – continental, com duas estações bem definidas: uma "chuvosa", compreendida entre outubro e abril e outra "seca" de maio a setembro.Fauna regional: onças, veados, anta, raposa, lobo guará, tamanduá, macacos, porco queixada, caititu, cutia, paca, capivara, tatu, cobras, arara, papagaio, periquito, ema, siriema, anu, pássaro-preto, urubu, urubu rei, perdiz, juriti, tucano, quero-quero (tetéu).Melhor época para visitação: maio a setembro

Foto: Periquito Jandaia, Fauna Tocantins / Thiago Sá.

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“NESSUNO PUÒ PORTARTI UM FIORE.”

iIl mugnaio è chi fa il mestiere di macinare al mulino il grano e altre granaglie. In portoghese è ‘moleiro’.ii‘Campare’ è un sinonimo di ‘vivere’, usato specialmente quando su vuole dare l’idea del modo di procurarsi i mezzi di sostentamento.iiiLa congiunzione ‘eppure’ è sinonima di ‘tuttavia, nondimeno’, e introduce una coordinata di valore avversativo. In portoghese è ‘apesar disso, todavia’.

ivIl verbo ‘prendere’ assume diversi significati a seconda dell’espressione verbale in cui è inserito. Qui abbiamo ‘prendere in giro’, che in port. significa ‘caçoar’, e ‘prendere a sberle’, variante di ‘prendere a schiaffi’, “dar bofetadas”.vL’aggettivo ‘spigliato’ si attribuisce ad una persona che ha scioltezza di modi o facilità di parola. Sinonimi sono ‘franco, disinvolto’. In portoghese ‘desenvolto, desembaraçado’. viEspressione sinonima di ‘non trovava pace’.

di Pino Cacucci

e n c a r t e

Edera De Giovanni.

Eri Ia figlia deI mugnaioi di Monterenzio, e quel giorno di luglio deI

1923 tuo padre, impolverato di farina come sempre, volle chiamarti Edera.

Anche se poi, chissà, il prete deve aver fatto storie, e aI battesirno ti hanno

aggiunto Francesca. Tutti però ti avrebbero sempre chiamato Edera. Sei

andata a scuola fino alla quarta elementare, perché allora per Ia quinta

bisognava arrivare a piedi fino a Bisano, nove chilometri all’andata e nove al

ritorno. E poi studiare era roba da signori, Ia tua famiglia invece macinava il

grano per campareii. Quando arrivava gennaio, nella calza della Befana il

babbo metteva un’arancia, qualche castagna e un po’ di zucchero: eppureiii,

a te e a tuo fratello e alle due sorelline sembrava un gran regalo. Insomma,

Ia quinta elementare era un lusso. Peccato, perché Ia maestra ti ricordava

sveglia, “portata allo studio”, magari un po’ “vivace” ... Come quella volta

che ti sei presentata con una gonna corta, e non erano tempi adatti a

mostrare le gambe, in campagna e sui monti si cresceva in fretta. Le

compagne ti hanno presa in giro, tu le hai prese a sberleiv. Poi, lasciata Ia

scuola, quando c’era da badare ai maiali, che portavi fino al fiume stando

attenta che non rovinassero i campi coltivati, sei stata Ia prima femmina a

mettere i pantaloni. E visto che eri un fiore, più bella ogni anno che

passava, gli occhi dei maschi ti scrutavano vogliosi, e quelli delle comari ti

cucivano addosso Ia nomea di scriteriata, o addirittura svergognata; eri

troppo, per loro: spigliatav, disinvolta, un po’ ribelle e per nulla ingenua.

Peggio ancora quando hai compiuto diciassette anni: una ragazza tanto

bella, a Monterenzio e dintorni, non s’era vista mai, o se n’era perso il

ricordo. Ma prima, molto prima, sei andata a fare Ia domestica, neanche

fossi già una donnina giudiziosa e capace di badare a una signora anziana ...

Succedeva che il vicequestore di Bologna veniva a caccia dalle parti del

vostro mulino e si fermava a casa a bere un bicchiere. Un giorno ha

raccontato che era morta sua sorella, a Salerno, e Ia madre non trovava

requievi a starsene da sola. E aveva fatto quella proposta che ai tuoi era

sembrata assurda: “Edera potrebbe trasferirsi a casa della mia mamma, Ia

pagherò decentemente e avrà modo di imparare un mestiere”. Sì, il

mestiere della serva, pensò tua madre. Il babbo non ne voleva sapere,

“Edera è ancora troppo piccola”, ma per il vicequestore eri, appunto, una

donnina giudiziosa. Dopo tante discussioni è finita che ci sei andata, a

Salerno, e non ti dispiaceva affatto lasciare i monti per conoscere il mondo.

Perché Salerno, lontana mille miglia, per te aveva il fascino esotico di un

mondo sconosciuto. Sei tornata a Monterenzio che avevi quasi quattordici

anni, e allora sì che eri una donnina, ma in quanto a giudiziosa, chissà:

continuavi a portare i pantaloni, e parlavi e ti muovevi come se davvero

I n t r o d u z i o n e a l la lettura

f a s c i c o l o L X X I X

di brevi testi in Lingua Italiana

a cura di Cristiana Cocco

D E M O C R A T I C O8 f o r u m16 Janeiro / Fevereiro 13

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avessi viaggiato per il mondo. Nel mulino bastavano tuo padre e tuo

fratello, e di lavoro, tra quelle vallate, c’era poco da cercarne per una

ragazzina. Così sei andata a Bologna, a fare Ia domestica in casa di un

signorotto che aveva una fabbrica di vetro, cioè, Ia fabbrica era di mattoni

ma produceva vetro, spiegavi a tuo fratello che all’inizio non aveva capito.

Tornavi a casa Ia domenica e scendevi dalla corriera stanca e imbronciata,

ma appena rivedevi facce care il tuo sorriso illuminava persino Ia grande

macina di pietra. A diciassette anni sei tornata a Monterenzio, ma per stare

soprattutto a Pizzocalvo, dove tua padre aveva preso in affitto un altro

mulino: quello in cui eri nata se lo era quasi portato via una piena, che

aveva distrutto Ia canaletta e Ia pala di legno – al padrone non gliene

importava niente di ricostruirlo. Con tuo fratello avevate imparato a

mandare avanti tutto, a macinare e a pesare e a trattare con i contadini i

carichi dei sacchi di grano. E intanto, Edera, eri diventata bella come il sole:

una volta, un ragazzotto che si era spinto un po’ oltre Ia decenza andando

in giro a raccontare che “Edera ci sta”, lo hai attirato nella baracca del

pollaio facendogli credere che avrebbe potuto toccare il cielo con un dito e

l’hai chiuso dentro, tra le galline e Ia puzza, lasciandocelo per mezza giorna-

ta finché qualcuno era andato a liberarlo sentendo i suo i strilli. Una figura

da andare a nascondersi per mesi. E le comari, tra un rosario e l’altro,

scuotevano Ia testa: troppo bella, troppo sfacciata. E com’eri brava a

ballare, Edera. Sopra il mulino c’era uno stanzone che serviva da deposito

del grano, e d’inverno, quando rimaneva vuoto, ci organizzavate feste da

ballo. Per i ragazzi del paese eri Ia dama più ambita per un giro di valzer.

Certo che pure tu, Edera, sembrava che quelle comari rancorose volessi

provocarle: ma s’era mai vista una ragazza fumare per Ia strada, a

Monterenzio e a Pizzocalvo? Sì, fumavi, e dicevi cose del tipo: “Quello che

fanno gli uomini possiamo farlo anche noi. Io carico sacchi di farina e mi

rompo Ia schiena alla macina come gli uomini, perché non dovrei fumare

una sigaretta ogni tanto e bere un bicchiere di vino in osteria?”. Che lingua

avevi, Edera. Tutta suo padre, diceva tua madre. Perché intanto il babbo

collezionava bastonature dai fascisti. Non ce Ia faceva a stare zitto davanti a

quegli scellerati, specie da quando avevano dichiarato Ia guerra cianciando

di milionate di baionette e altre scemenze simili... E loro, le camicie nere,

arrivavano e pestavanovii il mugnaio, “Te Ia scrolliamo noi Ia farina di dosso,

disfattista”. Tu, Edera, hai rischiato grosso già allora: un giorno sei entrata

nell’osteria, ti sei accesa una sigaretta, hai squadrato quel cerbero in divisa

e gli hai detto sorridendo: “Hai Ia camicia sporca, è tutta nera, è ora che

Ia cambi. Ma se non ne hai una decente, se vuoi te Ia lavo al fiume e

vedrai che te fa faccio diventare chiara”. Le risate dei paesani lo avevano

Nasce a Chiavari, ma dal 1975 si trasferisce a Bologna per frequentare il DAMS. All’inizio degli anni ottanta vive per lunghi periodi sia a Parigi che a Barcellona, prima di iniziare le frequenta-zioni in America Latina e in particolare in Messico dove risiede a lungo e riceve vari premi letterari. Autore di numerosi libri di narrativa e saggistica. Si sofferma su personaggi storici non vincitori, sommersi e nascosti dalla Storia ufficiale. Come posto in evidenza dallo stesso Autore nell’opera “In ogni caso nessun rimorso”, la Storia viene scritta sempre dai vincitori ed i suoi protagonisti perdono, come conseguenza delle loro azioni tut-to: battaglie, lavoro, amici, ideali, la loro stessa vita, tranne la dignità. Fra le sue opere ricordiamo “Demasiado Corazon”. (Feltrinelli, 1999); “Ribel-li!” (2001); “Oltretorrente” (Feltrinelli 2003); “Le balene lo sanno” (2010). Con il libro “Nessuno può portarti un fiore” (Feltrinelli 2012), da cui abbiamo estratto il capitolo di questa edizione, ha vinto il premio Chiara.

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xL’aggettivo ‘tremebondo’ (letterario) significa tutto tremante, per paura o per viltà; timoroso, indeciso. In portoghese è ‘tremebundo (lett.), trêmulo’.

vii Il verbo ‘pestare’ si usa, in questo caso, nel senso di picchiare (in port. ‘bater’) violentemente. Ma significa anche battere qualcosa con un attrezzo in modo da triturarla o ridurla in polvere; schiacciare col piede, calpestare.viii Quelli che avevano perso le loro case nei bombardamenti.ix Il ‘manganello’ è un bastone di legno usato per picchiare, chiamato anche ‘sfollagente’. In portoghese è ‘cacetete’.

fatto prima impallidire, e avvampare di rabbia un istante dopo. Non poteva

lasciartela passare liscia, ma neanche picchiarti lì, davanti a tutti, che nei

piccoli borghi ci si conosce e non si sa mai, così ti ha denunciata, il

vigliacco, e ti sei fatta venti giorni di carcere a Bologna. E sarebbe andata

peggio, se non fossi stata anni addietro Ia piccola domestica del signor vice

questore. Poi, con i primi bombardamenti, cominciarono ad arrivare gli

sfollativiii. Con tuo fratello Franco e tua sorella Rossana parlavate della

guerra, di quello che succedeva in un grande paese lontanissimo, cento

volte più lontano di Salerno, Ia Russia, dove, dicevano gli amici di tuo

padre al chiuso del mulino, i lavoratori avevano il potere ... Chissà, pensavi

tu, se è davvero così bello vivere da lavoratori in Russia, di sicuro c’è che

qui è uno schifo, sgobbare per veder crescere solo Ia miseria. Ormai il

mulino era quello di Savazza, avevate dovuto lasciare anche Ia macina di

Pizzocalvo, ed era diventato un po’ il luogo di riunione degli antifascisti. Ma

c’erano sempre spie, ovunque, anche in quei borghi sperduti che erano

allora i paesini intorno a Monterenzio. Una volta tuo padre ha rischiato di

finire ammazzato. Fuori dalla ruota che pescava nel canale c’erano una

cinquantina di biciclette. Arrivò una squadra su un autocarro, manganelli in

pugnoix e fucili a tracolla: “E tutte queste biciclette?”, “Sono degli sfollati”.

Ma dentro al mulino non c’era più nessuno, per fortuna, perché se era

vero che abbondavano le spie, era altrettanto certo che avevate tanti amici

pronti a lanciare l’allarme in tempo. Conclusione: una scarica di manganel-

late al babbo, che a salvarlo da guai peggiori fu Ia tua sorellina Loredana, Ia

più piccola, che gli s’era avvinghiata alle gambe strillando con quanto fiato

aveva in corpo: “Se lo ammazzate, allora ammazzate anche me”. Si vede

che aveva imparato da te, Edera, quella fierezza indomita. Se ne andarono,

alla fine, giurando che alla prossima lo avrebbero sbattuto al muro. Dopo

l’8 settembre deI ‘43, precipitò tutto. Adesso li chiamavate repubblichini, e

venivano ad attaccare manifesti minacciosi: CHI NON SI PRESENTA

SOTTO LE ARMI SARÀ FUCILATO SUL POSTO. Tu e tuo fratello

facevate propaganda al contrario: “Buttate le divise e nascondetevi qui sui

monti, che sennò finite tutti nei campi in Germania, come minimo”. E si

organizzarono i primi gruppi partigiani. Franco, tuo fratello, non indugiò a

procurarsi un’arma e unirsi a loro. Intanto Ia mamma era morta, di

malattia, e tu l’hai assistita fino all’ultimo, cercando di tenerlo nascosto a

Loredana, quanto era grave. Non si poteva stare ad aspettare gli america-

ni. Andavi spesso fuori Ia notte, e tornavi con qualche pistola nel cestino

della bicicletta: un po’ di paglia, e sopra il cagnolino del mulino che ti

portavi appresso per distrarre le pattuglie, nella speranza che non

guardassero proprio lì, mentre lui abbaiava come un forsennato. E una

notte hai fatto Ia tua prima azione concordata con i partigiani della zona: da

Monterenzio passavano ventotto cavi del telefono e tu li hai tagliati tutti,

isolando l’intera vallata. È stato così che hai cominciato, Edera. Sempre a

pedalare sulla bicicletta, andavi in giro a cercare i giovani nascosti nei fienili

e negli scantinati, e li convincevi ad andare con i partigiani. “Non basta

nascondersi,” dicevi, “occorre Iiberarlo, questo disgraziato paese. E poi se

arrivano gli americani tanto meglio, ma nel frattempo non possiamo stare a

guardare e vivere come topi in solaio.” E ci fu l’assalto al deposito del

grano di Monterenzio, che hai capeggiato tu, incitando i contadini alla

rivolta. Non si rivoltarono granché, ma accorsero in tanti a riempire sacchi,

mentre tu e i tuoi compagni tenevate a bada il tremebondo podestàx, che

sperava arrivassero i carabinieri ma intanto le chiavi del granaio te le aveva

date senza fiatare. Arrivò anche l’amore, quello vero, e ti sembrava strano,

lo struggimento al cuore quando lo vedevi arrivare da Bologna. Si

chiamava Egon Brass ed era jugoslavo, studiava in città e frequentava i

giovani antifascisti che conoscevi anche tu, sorta di primo nucleo di

resistenza basato sull’amicizia. A Bologna vi incontravate in piazza

Ravegnana, sotto le due Torri, dove uno dei vostri amici aveva un

banchetto, riparava penne stilografiche agli studenti. Sarebbe avvenuto lì,

l’ultimo appuntamento, quando a fine marzo dovevate prendere un

importante carico d’armi e portarlo in montagna, ai compagni che stavano

costituendo Ia 36a Brigata Garibaldi. C’era una spia più abile delle altre, a

Monterenzio. Dicono fosse un poliziotto che da tempo manifestava idee

antifasciste, e qualcuno doveva averlo preso sul serio se gli arrivò all’orec-

chio Ia voce della vostra missione. Vi siete ritrovati circondati, tenuti sotto

tiro, e voi, comunque, eravate disarmati. “Dov’è tuo fratello?” era Ia

domanda ripetuta mille volte, e giù schiaffi, pugni, randellate. E come

avresti potuto consegnargli Franco, con tutto il bene che gli volevi? Chissà,

forse neppure lo sapevi in quel momento dove fosse, ma l’idea che gli

facessero altrettanto ti convinceva ancor più a tacere e stringere i denti.

Franco ricordava, tanti anni dopo: “A mia sorella piantarono anche delle

graffettexi in testa, per farle dire dove eravamo nascosti io e Guerrino, ma

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xiPunti metallici, in portoghese ‘grampos’.

non ha parlato”. Le graffette in testa, Edera. Chissà a chi era venuta

quell’idea. Magari tra i carnefici c’era pure un mezzemaniche abituato a

passar carte e a usare Ia graffettatrice ... A un certo punto Ia diedero su,

come si dice a Bologna. In fondo avevano catturato il gruppo quasi per

intero, e se ne mancavano due all’appello, pazienza. C’era fretta di togliersi

dai piedi i prigionieri, quell’aprile del 1944. Prima di essere caricata su un

autocarro assieme agli altri, sei riuscita a dare alla suora del carcere di San

Giovanni in Monte cento lire che tenevi nascoste in un risvolto. La suora le

avrebbe consegnate alla famiglia, quelle cento lire, raccontando le ultime

ore di Edera. E ti portarono davanti alla muraglia della Certosa. Dall’altra

parte, c’era Ia zona delle tombe monumentali, con quegli angeli tristi, le ali

ripiegate, i volti chini su lapidi sbiadite. Tra loro, doveva esserci anche il tuo

angelo custode, arresosi all’orrore. Egon ti rivolse uno sguardo dolce, si

sforzava di sorriderti: le vostre mani si sono incontrate e strette forte. Il

rumore secco, metallico, degli otturatori che inserivano il colpo in canna. E

in quel momento, tenendo sempre Ia mano di Egon, ti sei voltata. No, alla

schiena no, vigliacchi. Fu un attimo: vederti in viso, che nonostante le botte

era ancora di una bellezza struggente, l’ufficiale esitò a dare l’ordine

estremo. E tu, Edera, che zitta non eri mai stata davanti ai soprusi degli

uomini, hai detto con voce chiara: “Vedo che tremate. Anche una ragazza vi

fa paura”. Le raffiche ti hanno colta così, con gli occhi fissi sulle loro facce

tetre, Ia mano di Egon stretta nella tua, e lo scintillio nello sguardo del

ragazzo slavo che voleva dirti “non aver paura, amore mio, ce ne andiamo

insieme e non ti Iascerò mai più ... “. Con voi due caddero Attilio, Enrico,

Ettore e Ferdinando, gli amici del banchetto di stilografiche sotto le due

Torri. Il “Resto del Carlino” l’indomani titolò a tutta pagina: FERMA ED

ENERGICA AZIONE CONTRO LE BANDE TERRORISTICHE. Lo vedo

spesso, quel grande muro antico che delimita il cimitero monumentale della

Certosa: da lì passa una delle poche piste ciclabili della città, che dal centro

conduce alla periferia. E ogni volta ti penso, Edera, rivedendoti in quella rara

foto, giovane e bella com’eri a vent’anni, che ventuno li avresti compiuti in

luglio: hai in braccio il fido cagnolino che ti aiutava a nascondere le armi nel

cestino della bicicletta. Hanno messo una lapide di marmo, piccola e

ignorata da quasi tutti, a parte quel miserabile che qualche anno fa l’ha

imbrattata inneggiando al Duce. Forse ti farebbe sorridere, quel poco di

retorica che accomuna tante lapidi, a te che sei diventata partigiana per

voglia di vivere, e non di sacrificio.

Janeiro / Fevereiro 13

Perseguitati in vita

Uniti nella morte

Il l°aprile 1944 trucidati daI piombo

fascista

Qui caddero fieri del loro sacrificio

FRANCESCA DE GIOVANNI “EDERA”

EGON BRASS

ATTILIO DIOLAITI

ETTORE ZANIBONI

ENRICO FOSCARDI “DANTE”

FERDINANDO GRILLI

Edera fu Ia prima di centoventotto donne partigiane uccise dai nazifascisti

nella provincia di Bologna. I loro nomi sono incisi su mattoni che spuntano

da una lunga muraglia che costeggia una scalinata a Villa Spada, nel parco

dell’antica dimora settecentesca che si stende ai piedi dei colli.

Questa “passeggiata della memoria” è stata realizzata nel 1975 dagli

allievi del liceo artistico e dell’istituto d’arte, che hanno modellato anche i

bassorilievi posti sotto quei mattoni incisi dai bambini di scuole elementari

e medie, con genuina calligrafia infantile. Uno di quei bassorilievi riporta

tra gli altri anche il nome di Edera De Giovanni. AI termine dei percorso,

su un grande prato in salita, sorge un monumento a un passato che non

passerà mai: è costituito da tre grandi pannelli di bronzo - uno con dei

giganteschi fiori, un altro con colombe della pace in volo e il terzo è una

sorta di steccato che ricorda le baracche dei campi di sterminio. Sul primo

spicca Ia poesia scritta da una ragazzina ebrea, Alena Sinkova, deportata

nel lager di Terezin a quindici anni:

Vorrei andare da sola

Incontro a gente migliore

Non so, verso l’ignoto

Dove nessuno uccide.

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D E M O C R A T I C O8 f o r u m20 Janeiro / Fevereiro 13D E M O C R A T I C O8 f o r u m20

i t a l i a

L’idea dell’eroe come semidio, frutto del rappor-

to umano con la divinità, risale agli antichi greci, i

quali, tuttavia, ascrivevano questo modo di pensare

alla mitologia e non alla filosofia, il cui obiettivo, a

differenza del mito, dovrebbe attenersi a «questo

mondo». Ad avere introdotto nella

storia la concezione dell’effettiva

esistenza di individui eccezionali,

impregnati di attività umane, è

stato il pensiero romantico del

XIX secolo. Hegel affermava che

gli eroi «esprimono la verità della

propria epoca e del proprio mon-

do - vedono la specie successiva

che, per così dire, è già formata

nel grembo del tempo» 2. Così il

pensatore, le altre persone, gli

uomini in generale seguono senza

esitazione gli eroi, che rappre-

sentano «il meglio dell’epoca» e

generano «moltitudini dietro le

loro bandiere»3. Gli eroi hege-

liani, la cui vita tormentata non

permetteva di sfruttare la felicità

accessibile agli altri, dovrebbero

essere guardati con devozione,

ma a distanza. Se gli uomini

comuni li osservassero da vicino,

potrebbero farsi un’idea sbagliata,

poiché «nessun uomo è un eroe

per il proprio cameriere», dal

momento che potrebbe vederlo

con occhi di riprovazione. Tut-

tavia, asseriva Hegel, «una figura

così potente deve calpestare

mille fiori innocenti, schiaccian-

do molte cose nel proprio cammino». Per svolgere

pienamente la sua missione come eroe, in tal modo,

questo semidio deve starsene in un Olimpo meta-

forico, molto distante da coloro che lo venerano e

pensano di accompagnarlo nel suo disegno fantastico.

L’eroe, così, mentre rimane un’entità poco conosciuta

nella sua vita concreta, una volta che da realtà ideale

astratta si personifica, dovrebbe offrire informazioni

sufficientemente in grado di alimentare la fantasia

popolare. Non è stata diversa la storia del pensiero

mitologico condiviso tra gli immigrati italiani che, per

decenni e decenni, giunsero a São Paulo, formando

una florida comunità costituita da molti tipi sociali e

politici. Al loro interno, questi gruppi dai differenti

interessi custodivano atteggiamenti di culto al di là

del naturale verso il conterraneo Giuseppe Garibal-

di4. Per la «colonia paulista», 1’eroe dei due mondi è

stato un personaggio così distante nel tempo quanto

unanime nella rappresentazione, nel senso che tutti

gli italiani lo veneravano, anche se non gli attribuivano

esattamente le stesse qualità e, ancor meno, le stesse

funzioni politiche. Fu estimatore dell’autoritarismo,

poi della democrazia, fu monarchico, fu socialista e

persino fascista; alcune volte rappresentava i ricchi

della colonia paulista, altre i poveri ... In tutti i modi,

l’eroe continuò a essere un sostanziale elemento di

equivoco tra le simbologie politiche degli italiani di São

Paulo. Non è stato diverso nella stessa ltalia perché,

sebbene l’unificazione dello Stato e i primi ricono-

scimenti si siano verificati già nel XIX secolo, l’eroe

è rimasto in luce in tutti i decenni successivi e nelle

diverse situazioni storiche che separano i tempi delle

lotte per l’unificazione da questi che oggi viviamo.

Così che, ancora nel 2008, è stato dato il suo nome

al 5.500esimo spazio pubblico - tra piazze, strade,

monumenti e altri luoghi - in Italia. Quando nel 1910,

con un folgorante discorso del poeta Olavo Blanc, un

busto di Garibaldi fu inaugurato nel più importante

parco pubblico esistente all’epoca a São Paulo, il Jar-

dim da Luz, ci fu una feroce disputa, senza un accordo,

affinché tutti i gruppi politici e sociali di italiani fossero

presenti e manifestassero il loro apprezzamento per

l’eroe. São Paulo è lo Stato brasiliano che accolse il

maggior numero di immigrati italiani, considerando

1’intero periodo dell’arrivo di massa di questi stranieri

nel Paese, cioè dagli anni Settanta del XIX secolo fino

a dopo la Seconda guerra mondiale. La spinta eco-

nomica, certamente, è stata la causa di tali arrivi di

lavoratori, ma bisogna considerare anche gli incentivi

statali, dato che tra il 1896 e il 1907, São Paulo fu

l’unico Stato ad adottare misure idonee per attrarre

immigrati. Fu così che tra il 1877 e il 1900, periodo

di maggiore afflusso di italiani nel Paese, si stima che

circa il 60 per cento di loro vivesse nello Stato. Di

tutti gli stranieri entrati nello Stato di São Paulo, tra il

1885 e il 1934 - 2.333.217 persone - gli italiani erano

929.802, pari a circa il 40 per cento della popolazio-

ne totale5. La città di São Paulo, da piccolo centro

regionale, ben presto si trasformò in una capitale

cosmopolita, nella quale gli stranieri costituivano il 60

per cento della popolazione. Ciò nel 1890, anno per

il quale non si dispone di una effettiva valutazione del

numero di italiani presenti. Tuttavia è noto che nel

1920, gli italiani erano il 35 per cento della popolazio-

ne della città e, in cifra tonda, erano 600mila abitanti.

Era già possibile vedere tracce di italianità ovunque.

Nel 1924, in un grande terreno nella zona più nobile

della città, Giuseppe Martinelli diede inizio alla costru-

zione di un palazzo, che avrebbe raggiunto i 30 piani,

diventando una cartolina della capitale. Nel cantiere

lavoravano più di 600 operai e 90 artigiani specia-

lizzati, la maggior parte conterranei dell’impren-

ditore. Ma tra imprenditori e lavoratori, passando

per artigiani raffinati, impiegati, fornitori di materiali

di consumo, considerando infine i più vari tipi di

occupazione degli italiani e la conseguente posizione

sociale goduta all’interno della comunità, non c’era

accordo su come la figura di Garibaldi contribuisse a

soddisfare le loro aspirazioni politiche e culturali. Anzi,

le divergenze erano profonde. O meglio, adottando i

termini fissati da Roland Barthes6, essi concordavano

su un significante comune, ma elaboravano un diffe-

rente segno per costruire un significato favorevole al

progetto politico specifico di ciascun gruppo.

1. L’immigrato italiano come «elemento sovversi-vo», i socialisti e il mito di Garibaldi.I dati statistici disponibili indicano che, considerati tutti gli ingressi degli immigrati in Brasile, dall’inizio del processo massiccio di arrivo degli stranieri, cioè daglí anni Settanta dell’Ottocento fino agli anni Sessanta del Novecento, i tre maggiori gruppi, nell’ordine, furono costituiti da italiani, portoghesi e spagnolí. Anche se

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Alexandre Hecker

Italiani in BrasileIl mito di Garibaldi e gli italiani di São Paulo1

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f o r u mD E M O C R A T I C O 21Janeiro / Fevereiro 13 f o r u mD E M O C R A T I C O 21

i t á l i as t o r i a i t a l i a n a

per lo Stato di São Paulo, nello stesso periodo, si può fare l’identica considerazione, per periodi specifici i numeri indicano, invece, un’altra conformazione. Per quanto riguarda lo Stato, tra il 1910 e il 1960 il gruppo nazionale che fornì maggiori quote non fu quello italiano ma quello portoghese. Su un totale di 1.552.837 immigrati entrati in quel periodo gli italiani e gli spagnoli rappresentano, infatti, approssimativa-mente il 18 per cento ciascuno, mentre i portoghesi toccano quasi il 30 per cento. Con un ragionamento semplicistico, si potrebbe dedurre che in un’epoca di repressione delle attività politiche degli stranieri, fossero i portoghesi, presenti in numero maggiore, e non gli italiani, quelli maggiormente rappresentati tra i perseguitati e gli schedati dalla polizia politica. Non è quello che si nota, però, quando si utilizzano i dati ottenuti da ricerche condotte sulla documen-tazione raccolta dalla Delegacia de Ordem Política e Social, il Deops paulista, organismo incaricato di investigare e reprimere le idee e le azioni di coloro che si opponevano al regime politico del momento. Tra il 1924 (anno di creazione del Deops) e il 1983 (anno della sua estinzione), la polizia politica aprì più o meno 160.000 fascicoli, tra i quali circa 5.400 erano di portoghesi e 12.600 di italiani residenti nello Stato. Sebbene non sia possibile considerare tutti gli indivi-dui schedati come contestatori del regime politico al potere nel momento in cui furono indagati, poiché i motivi più diversi hanno dato occasione all’apertura di indagini, il fatto è che, grosso modo, si può ipotizzare che gli italiani creassero maggiori preoccupazioni alla polizia rispetto ai gruppi di portoghesi nella stessa condizione. Mentre gli italiani furono investigati in una percentuale del 4,5 per cento dell’ipotetica popola-zione totale, i portoghesi preoccuparono la polizia politica paulista pressappoco per l’1,25 per cento degli individui arrivati nello Stato7. Tra gli immigrati italiani, uno dei gruppi che richiamò maggiormente l’attenzione delle autorità responsabili della repressio-ne fu quello dei socialisti. E a loro il mito di Garibaldi era legato in modo indissolubile. Essere socialista per gli italiani di São Paulo, soprattutto per il cosiddetto

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gruppo riformista, non significava propugnare il crollo del capitalismo o l’abbattimento di governi legati a tale sistema. Ma, decisamente, significava combattere idee internazionali che avrebbero potuto «contaminare» i laboriosi italo-brasiliani con «proposte ingannevoli e antidemocratiche». Significava preservare la «colo-nia» italiana dall’influenza autoritaria e per questo i socialisti, a partire dagli anni Venti del Novecento, si opposero in maniera veemente tanto alla Rivoluzione russa e alle sue conseguenze, quanto al movimento fascista allora vittorioso in Italia. E, come garanzia di antiautoritarismo, fissarono una certa immagine di Garibaldi. Facendo un paragone con altri gruppi di politici e intellettuali italiani attivi sulla stampa paulista e che derivavano dalla stessa matrice socialista - si ricordano leader come Edmondo Rossoni, Paolo Mazzoldi, Alceste de Ambris o Teodoro Monicelli -, i riformisti sembrarono adottare posizioni molto distanti dalle combattive esplosioni di quelli. Tuttavia, preoccuparono ugualnente le autorità e, come gli altri settori della comunità più integrati nell’establishment, ebbero in Garibaldi il loro rappresentante simbolico. La rilevante presenza dei socialisti italiani a São Paulo riporta alle origini dell’organizzazione dei lavoratori in difesa dei loro diritti. Tanto che una rapida cronologia dei successi legati alla lotta politica contro l’oligarchia dominante si presenta contrassegnata da eventi pro-vocati dagli immigrati italiani.

1900 - Creazione del giornale «1’Avanti!» e della sezione paulista del Partito socialista italiano (Psi). 1902 - Riunione del Congresso socialista brasiliano, organizzata dai militanti de «l’Avanti!». 1904 – Arriva in Brasile Antonio Piccarolo per dirigere «l’Avanti!». 1908 - Divisione nel Psi paulista tra il Centro socialista internazionalista e il Centro socialista paulistano, gui-dato da Piccarolo, il quale pubblica il libro O socialismo no Brasil: una pietra miliare nella storia politica italiana in Brasile.1913 - Piccarolo pubblica il libro Emigrazione italiana nello stato di San Paolo, in cui difende il flusso migrato-

rio e 1’importanza della presenza degli italiani per l’eco-nomia e la politica paulista. 1923 - Inizia la fascistizzazione della «colonia» paulista8. 1925 - Nasce l’U-nione democratica che aderirà (1926) alla Lidu. 1927 - Nasce la Concentrazione antifascista che riunisce i socialisti contro il «nemico principale», e che fungerà da modello per la costruzione di un movimento

antifascista brasiliano in generale. La presenza dei socialisti nella stampa italiana a São Paulo fu determinante e diverse pubblicazioni contri-buirono ai dibattiti sulla italianità e all’affermazione del mito di Garibaldi all’interno della comunità. Tra queste si possono indicare: «1’ Avanti! », 1900-1919, diretto in successione da Alceste De Ambris, Piccarolo, Vincenzo Vacirca e Teodoro Monicelli; «Il Secolo», 1906-1910, diretto da Piccarolo; «La Tribuna Italiana», 1909-1910, diretta da De Ambris; «La Scure», 1909, diretta da De Ambris; «La rivista Coloniale», 1910-1924, diretta da Piccarolo; «La Difesa», 1923-1935, diretta nel corso degli anni da Piccarolo, Francesco Frola, Antonio Cimatti, Mario Mariani, Bixio Picciotti; «Il Risorgimento», 1928, diretto da Piccarolo. Questi giornali coprirono un ampio periodo storico della «colonia», che era raggiunta ovunque, giacché essi circolavano anche nelle zone interne dello Stato e in altre capitali. Su questi mezzi di comunicazione, una profusione di materiali su Garibaldi riempie lo spazio simbolico, disegnato per mantenere la comunità sotto l’egida di una «cultura di sinistra».

2. Narrazione mitologica dei socialisti italiani di São Paulo Partendo dall’idea di patriottismo, situata nello spazio metafisico irraggiungibile dal pensiero sperimentale e, pertanto, dalla critica, i socialisti italiani di São Paulo costruirono un linguaggio armonico nel quale la figura di Garibaldi esercitava un ruolo fondamentale. Era in gioco il superamento dei problemi politici incontrati dalla comunità. Tale patriottismo si materializzava attraverso azioni volte alla tutela dell’italianità, azioni dispiegate che sarebbero andate oltre la frontiera del capitalismo, spingendo nell’agognato mondo del socialismo. Per garantire questo percorso, bisognava invocare e imitare una divinità: Garibaldi. I suoi passi, opportunamente imitati, avrebbero condotto alla strada giusta per il futuro. Tuttavia, c’erano ostacoli da superare in questa direzione. In questa narrazione simbolica, i fascisti agirono come quei creatori di contrattempi che s’incontrano in tutte le narrazioni epiche. Così i socialisti svilupparono la loro impresa titanica davanti all’Idra di Lerna del capitalismo e alle sue teste nefaste, costituite dalle azioni dittatoriali del fascismo dissimulatore, che insistentemente cercava di avvalersi dello stesso eroe e della stessa italianità. C’era bisogno allora di delimitare bene il terreno della democrazia, non permettendo un’appropriazione indebita della simbologia strutturante dell’identità italiana. Vediamo come, oggettivamente, nel discorso rivolto alla comunità, nel corso dei primi decenni del secolo, questi elementi costitutivi dello schema semio-logico apparivano sulla stampa socialista.

a) Sentimento patriottico «Il Secolo» del 23 giugno 1909 descriveva il patriot-tismo come un sentimento inattingibile attraverso i fatti della vita sociale e politica, posizionandolo al di sopra delle convinzioni socialiste e, in qualche modo, considerandolo come lo strumento più semplice per rendere uguali le persone:

Editrice: Rubbettino A cura di Vittorio Cappelli e Alexandre Hecker

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Gli italianial di sopra delle

divisionipolitiche

Soluzione storica: socialismo

patriottismosacro, socialista

Il mitodi Garibaldicome una semantica

Pericolinel percorso

per la realizzazionedella storia:

i nemici

Il mito di Garibaldi come una semantica

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i t a l i a

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Il sentimento patriottico ebbe la sua funzione storica, poi degenerò; così come l’internaziona-lismo proletario e socialista ebbe il suo momento con l’Internazionale [...]. Ma quest’ultimo fu troppo distante negando la Patria e confondendo il patriottismo interessato e festaiolo con l’invincibile sentimento di affetto che ogni uomo ha per il pro-prio paese che lo ha visto nascere, dove fu educato, del quale porta inconsapevolmente insieme alla sua anima le tradizioni del passato e le aspirazioni del futuro.

Senza soluzione di continuità, questo sentimento riguardava tutti e, anche inconsapevolmente, a tutti gli interessati diceva:

Ci sono momenti nella vita dei popoli in cui un ideale può trasformarsi in situazioni reali [...] [at-traverso] un’attività miracolosa che crea l’energia eroica degli spiriti e suscita il prodigio immortale della fortuna [...] [Nell’Italia di Garibaldi si è sviluppato un sentimento] che si è esercitato, in uomini ancora incoscienti, come un lungo fermento, lento [...] il germe dei secoli che fecondò nel sottosuolo della vita, che espanse la forza delle radici sotterranee9.

In questo modo, nel discorso socialista, l’italianità dovrebbe mostrarsi al di sopra delle divisioni politiche. Quando ancora si discuteva la partecipazione dei rap-presentanti della comunità che sarebbero stati presenti all’inaugurazione del busto di Garibaldi, «il Secolo» del 22 giugno 1909 osservava: «Ci rallegriamo per quanto è successo [. . .] come facciamo per qualsiasi rivendica-zione di italianità». Ma alla vigilia dello scioglimento del Comitato popolare incaricato delle celebrazioni, con la formazione soltanto di un gruppo ristretto di autorità per animare la festa patriottica, il giornale si oppose, invocando l’eroe come garanzia dell’uguaglianza di tutti davanti all’altare della patria:

Si tratta di un comitato di tutti, senza distinzione [...]. [Per le celebrazioni] bisogna riferirsi a una vera e propria dimostrazione di italianità, senza distinzione di gruppi [ ... ]. Al cospetto di Garibaldi non si devono fare distinzioni in modo tale che tutti gli uomini onesti, tutti coloro che veramente si sentono impregnati dello spirito del proprio paese e di responsabilità per l’umanità,

per la libertà e per la giustizia stiano uniti10.

b) Garibaldi eroe o santo.Il veicolo per praticare il patriottismo era costituito dalla presenza simbolica dell’eroe, come mediatore delle relazioni tra la «colonia» italiana e la sua patria di adozione:

L’altro indizio sicuro di amore e di affetto che Garibaldi manteneva per il Brasile fu il poncho, questo capo d’abbigliamento tipico del Rio Grande do Sul, che lui continuò a indossare fino agli ultimi giorni. Lo indossava appunto il 18 aprile 1861, quando per la prima volta entrò nella Camera italiana per la storica e tumul-tuosa sessione nella quale si discusse la sorte dell’esercito meridionale [...]. Garibaldi, soldato di libertà, lottò per la libertà brasiliana con lo stesso affetto, con lo stesso entusiasmo, con lo stesso disinteresse con cui lottò [...] più tardi per la sua patria, I’Italia11.

A volte il ruolo dell’eroe assumeva un’obiettiva sacralità nella difesa di un patriottismo allargato, nella progettazione di un discorso socialista umanitario:

Garibaldi è un santo della nuova civiltà [...] sa-cro non solo per gli italiani che ebbero la fortuna di averlo come compatriota, ma per tutti gli uo-mini che professano la Iibertà e la giustizia [...]. (Lo distingueva) l’amore viscerale per 1’umanità [...] (che) dovunque lo si chiamasse lui non mancò di assistere: da Salto nel Rio Grande do Sul, dai margini del Plata fino all’interno della regione di Dijon, la sua vita intera fu un inno di amore verso l’umanità12.

Sul’altare della patria Garibaldi sacrificò tante volte l’amor proprio13

Cavaliere di umanità [...] lo chiamano così a causa della sua generosità dolce, a volte quasi infantile, che lo faceva diventare attento al cospetto delle disavventure dei popoli e dei semplici e lo gettava nella lotta disinteressa-tamente. Sempre contro la prepotenza, contro l’arbitrio, contro l’ingiustizia14.

c) Socialismo patriottico come soluzione teleologica.

Immaginando una manifestazione permanente del mitizzato spirito italiano, durante la storia recente del Paese - che nel XIX secolo prese la forma delle lotte patriottiche per l’unificazione, condensate nella traiettoria politica di Giuseppe Mazzini e nell’attuazione eroica di Giuseppe Garibaldi - i socialisti italiani di São Paulo credevano di stare, nel XX secolo, di fronte a una svolta storica, nella quale sarebbe toccato a loro realizzare la prossima tappa del processo. Il periodo del Risorgimento ha visto uniti Mazzini come il cervello, lo stratega, per l’uso di saggezza in favore della giustizia e dell’uguaglianza sociale, e Garibaldi come campione d’amore per l’umanità e la libertà. Mente e anima del recente passato rivoluzionario, così «Il Secolo» dell’8 aprile 1910 si riferiva ai due personaggi. E in un’edizio-ne successiva, il giornale affermava:

Questi uomini vissero una crisi sublime che restituì, attraverso prove terribili, all’Italia il suo posto neI mondo [...]. DalIa vecchia terra italiana nacque una stirpe garibaldina, stirpe leggendaria che con il suo sangue nutrì la storia e creò una nuova Italia15.

Per gli intellettuali militanti di São Paulo, la soluzione storica del chiaro destino italiano sarebbe stata realiz-zata mediante l’adozione del progetto socialista. Per tale ragione il nuovo eroe di questo viaggio nel mondo della giustizia e della felicità, caricato dalla missione dei suoi grandi precursori, fu il deputato del Psi Giacomo Matteotti, vilmente assassinato da un commando fascista nel giugno del 1924, dopo una veemente de-nuncia di frode nelle elezioni italiane. L’associazione tra Matteotti e Garibaldi apparve evidente nelle pagine del giornale dei socialisti.

Incurante della vita, disprezzando i pericoli, così come in altro campo Matteotti [...], Garibaldi è l’antitesi dei farabutti che governano 1’Italia. Per questo gli esiliati di tutti i partiti si inchinano davanti alla sua figura miracolosa e salutano le espressioni ardenti dell’eroismo umano16.

Così come Garibaldi aveva fatto nel passato - asseriva «L’ltalia, giornale degli uomini liberi», il 2 giugno 1932 - Matteotti adesso indicava il cammino per il futuro.

d) Il fascismo nemico Completando la logica narrazione immaginata per la liberazione della comunità e puntando al raggiungimen-to del previsto fausto futuro, il compito richiesto per la realizzazione della storia consisteva nello sconfiggere il nemico fascista sul campo del significato politico e dei suoi valori. Obiettivamente era necessario impedire che le camicie nere e Mussolini si appropriassero dell’immagine di Garibaldi; pretesa, questa, presente nell’uso dei fascisti dell’appellativo duce, precedente-mente attribuito all’eroe. Per questo i socialisti ritenne-ro fondamentale evidenziare le differenze nel modo di agire dei due leader:

Difendiamo Garibaldi: il vero Duce, dopo aver liberato quasi tutta l’Italia meridionale dal giogo borbonico, di fronte alla possibilità della guerra ci-

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f o r u mD E M O C R A T I C O 23

vile, per l’unità italiana [...] fece la grande donazione del Regno d’Italia al monarca. Il falso Duce, invaso dalla folle mania di dominio, al contrario, creò e fomentò una guerra civile tra una minoranza armata e quasi tutto il popolo. Ora il dittatore si rivolge allo scoglio di Caprera [...]. Permetterà il popolo che [...] (i fascisti) offendano il nome di Garibaldi per incitare i deliri delle sue legioni [...]? Permetterà [...] che profanino il nome [...] di colui che salutò il socialismo come il sole del futuro17?

In Italia, i fascisti tentarono di dimostrare simbolicamente il loro presunto rapporto con Garibaldi, promuovendo il trasferimento delle ceneri di Anita da Nizza a Genova, e poi, con una grande marcia commemorativa, portandole trionfalmente a Roma. Per impedire questo spettacolo, pur considerando le sue deboli forze per interferire nelle decisioni del governo italiano, il giornale «La Difesa» pubblicò appelli al popolo e alle autorità brasiliane perché impedissero la spoliazione della memoria della moglie brasiliana di Garibaldi. L’invito ai brasiliani giunse da Alceste De Ambris, che allora risiedeva esule in Francia: «Non sembra necessario, o meglio obbligatorio, strappare agli sciacalli il nome e la gloria pura di Anita, la brasiliana morta per l’Italia [..] ?»18 E successivamente, in prima pagina: «[...] la generosa Donna e il Cavaliere dell’Umanità non possono soffrire offese così calunniose per il fatto che i fascisti inscenano manifestazioni»19

3. La scansione narrativaLo storico francese Raoul Girardet, nel suo classico Mitos e mitologias políticas, spiega che «il mito politico è affabu-lazione, deformazione o interpretazione oggettivamente inaffidabile del reale. Ma, in quanto narrazione leggendaria, esercita anche una funzione esplicativa fornendo una serie di chiavi per la comprensione del presente [...]. Questo ruolo di spiegazione si dispiega in un ruolo di mobilitazione [...]20. Fu realmente in funzione di queste tre dimensioni che si strutturò il mito di Garibaldi per i socialisti di São Paulo. Fu un’ affabulazione, nel senso dell’utilizzo di un perso-naggio sradicato dal reale, ma non significò incapacità argomentativa del discorso socialista o dimostrazione di una «intellettualità imperfetta». Al contrario. La mitizza-zione di Garibaldi da parte dei socialisti rappresentò l’uso di una coerenza simbolica capace di esprimere a un livello più profondo di comprensione l’amore patriottico, consi-derato come un linguaggio poetico autonomo e sovrap-posto alla logica degli argomenti. Si presentò, insomma, come un sentimento parallelo al pensiero razionale. Una metafisica. Fu anche una spiegazione, in un duplice senso. Da un lato rese comprensibile la relazione tra immigrazione e conservazione dell’italianità, mantenendo nel livello simbolico la relazione intima con l’ltalia reale (infatti, «Garibaldi lottò per tutti gli italiani in tutti i posti»). Ma spiegò anche il progetto socialista adottato, giacché «Garibaldi fu il generoso lottatore per l’umanità». Il Gari-baldi immaginato, favoleggiato, collocato fuori dal tempo e dallo spazio, infine, mobilitò politicamente l’immigrato, spingendolo ad agire per il superamento delle differenze regionali e del duro mondo quotidiano della colonia. L’investimento di tempo in una comunità italiana fuori dall’ltalia potrebbe allora essere inteso come un tempo sacro, di realizzazione diretta del suo destino universale. La rappresentazione di Garibaldi riunì tutti sull’altare

simbolico della patria che concen-trava le glorie italiane e, nel caso delle lotte socialiste a São Paulo contro il fascismo, che allora stava per essere impiantato, alimentò le forze per la mobilitazione contro i limiti del capitalismo paulista, allora dominato da élite speculatrici, delle quali, però, anche degli italiani facevano parte. Nel caso dei fascisti e dei loro obiettivi di conquista della colonia di São Paulo, il mito di Garibaldi esercitava un ruolo ben differente da quello esercitato per i socialisti: per le infuriate camicie nere, Garibaldi fornì una giustifica-zione per l’adozione di un’italianità basata sui valori del coraggio e della dominazione violenta, carburante necessario per l’eliminazione di mezzi e obiettivi democratici. Come osservò Roland Barthes21, la logica del mito non si traduce in un discorso qualsiasi, ma in un linguag-gio, in una narrazione. Così come, a proposito di Garibaldi, il linguaggio non conobbe soltanto un significato, un segno, per usare la terminologia dello stesso Barthes. Mantenendo il significante Garibaldi e attribuendo-gli un significato analogo - l’eroe, il vendicatore, l’impavido - fascisti e socialisti costrui-rono differenti segni per il leader dell’italianità. Nel presentare questa disputa simbolica ci è sembrato di svelare parte significativa della storia, tanto degli italiani quanto dello stesso Stato di São Paulo.

1 Per impossibilità pratica, le citazioni tratte dai gior-nali italiani di São Paulo non sono state controllate sugli originali ma sono state ritradotte dal testo in portoghe-se [N.d.T.].2 G.W.F. Hegel, A Razão na História: uma introdução ge-ral à filosofia da história, Centauro editora, São Paulo 2004, p. 79 e passim.3 Nella sequenza cronologica di Hegel, ma ancora nel pieno dominio della concezione romantica della storia, lo scozzese T. Carlyle, nel suo Os heróis (On Heroes and Hero Worship and the Heroic in History), Melhoramen-tos, São Paulo 1963, va ancora più lontano e afferma che «la storia universale, la storia di ciò che l’uomo re-alizzò in questo mondo, sostanzialmente altra cosa non è se non la storia dei grandi uomini che qui agirono». 4 N. Santoro de Constantino, Memória de Garibaldi e a construção da identidade entre italianos no Rio Grande do Sul, in O.L. de Barros Filho, R. Vaz Seelig, S. Bojunga (a cura di), Os caminhos de Garibaldi na America, Laser

Press Comunicação, Puerto Alegre 2007.5 Le informazioni che sono servite da base per la raccolta di questi dati si trovano sul sito del Memorial do Imigrante, http://www.memorialdoimigrante.sp.gov.br/historico/e6.htm.6 R. Barthes, Mitologias, Difel, Rio de Janeiro 1978.7 Evidentemente non vi è una precisione statistica in queste osservazioni. Risalta che non ci sia una logica stretta nel paragone tra il contingente di entrate e il numero di schedati, anche perché molti dei persegui-tati dalla polizia arrivarono nello Stato in un’epoca precedente al 1924. Inoltre, è necessario considerare che, avendo i brasiliani nomi e cognomi indistingui-

bili dai portoghesi ed essendo i documenti del Deops molte volte incompleti (cioè senza identificazione della nazionalità), è possibile che un buon numero di individui non possano essere riconosciuti dalla ricerca come por-toghesi. I numeri generali sull’immigrazione sono tratti dal sito del Memorial do Imigrante, già citato.8 Sebbene João Fábio Bertonha (J.F. Bertonha, O antifa-scismo socialista italiano de São Paulo nos anos 20 e 30, Dissertação de mestrado, Unicamp, Campinas, 1994), affermi che «è importante osservare che, senza dubbio, né il fascismo e né l’antifascismo riuscirono a conqui-stare completamente le comunità emigrate e ciò che ci fu realmente fu la presenza di minoranze policitizzate che fianco a fianco si disputavano una schiacciante maggioranza non policitizzata», la verità è che le isti-tuzioni italiane nello Stato di São Paulo passarono quasi totalmente sotto la direzione dei fascisti o di personaggi a loro vicini. L’antifascismo fu sempre una opposizione esclusa dagli spazi di potere: giornali, imprese, scuole, club e, ovviamente, organi di rappresentanza ufficiale.9 «Il Secolo», 2 giugno 1910.10 «Il Secolo», 29 giugno 1909.11 «Il Risorgimento», 1 giugno 1928.12 «Il Secolo», 2 giugno 1909.13 «Il Secolo», 29 giugno 1909.14 «Il Secolo», 2 giugno 1929.15 «Il Secolo», 2 giugno 1910.16 «La Difesa», organo settimanale degli uomini liberi, 2 giugno 1929.17 «La Difesa», 27 gennaio 1932.18 «La Difesa», 30 gennaio 1932.19 «La Difesa», 1 marzo 1932.20 R. Girardet, Mitos e mitologias políticas, Cia das Letras, São Paulo 1987, p.13 (Edizione originale: Mythes et mythologie politiques, Seuil, Paris 1986).21 R. Barthes, op. cit., pp. 131 e ss. (in italiano si veda: Miti d’oggi, Einaudi, Torino 2007).

Janeiro / Fevereiro 13

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D E M O C R A T I C O8 f o r u m24 Janeiro / Fevereiro 13D E M O C R A T I C O8 f o r u m24

FD - Antes de vir para o Brasil, como era sua vida?

AB - Nasci em 1969, em Palermo, na Sicilia, onde ainda hoje mora minha família, e lá estudei e me formei em Economia e Finanças. Meus pais sempre nos incentivaram (tenho um irmão e um irmã) a estudar, indicando-nos a educação e a formação como a via principal para o cresci-mento pessoal. Além da dedicação aos estudos, antes de Economia, estudei matérias clássicas, incluindo latim e grego. Tinha uma paixão muito grande pelo esporte e em particular pelo remo. Tornei-me várias vezes campeão siciliano, em diferentes embarcações, e ganhei também algu-mas competições nacionais, passando a ser um atleta de interesse da seleção italiana. A cidade onde nasci é uma cidade de mar e de sol, que tem praias e porto como no Rio de Janeiro e por alguns aspectos as duas cidades são parecidas (basta ver a praia de Mondello do alto para re-lembrar um pouquinho da praia de Copacabana). E como sol e mar estão no meu DNA, sempre preferi morar em cidades que tenham

estes requisitos (bem antes do Rio, por exemplo, morei por um ano em San Diego, na Califórnia). Podemos dizer que, de alguma forma, sou “metereopático”; seria difícil para mim morar em Londres ou em Nova York. Aos 24 anos, ao completar os es-tudos, me mudei para Roma, cidade onde comecei a minha carreira profissional, na Arthur Andersen, na época líder mundial no setor de auditoria e consultoria adminis-trativa para o mercado corporativo. Comecei a viajar muito a trabalho e a morar em diferentes cidades, na Itália e no exterior, mas apesar da distância, sempre mantive uma relação muito forte com a minha família e sempre fizemos de tudo para nos encontrar muitas vezes durante o ano.

FD - Que motivos o fizeram emigrar? Por que escolheu o Bra-

sil? Por que o Rio de Janeiro?

AB - Não acredito que a minha vinda ao Brasil, pelo menos no começo, tenha sido uma emigração de fato. Fazia parte de uma etapa de crescimento profissional, oferecida pela empresa para qual trabalho até hoje, que é a Telespazio, do grupo Finmeccanica/Thales. A minha expatriação, no ano de 1999, previa dois anos de contrato de trabalho no Brasil, e, em seguida, deveria retornar para a Itália ou para outra sede do grupo em algum lugar do mundo. Vir ao Brasil me interessou muito porque, na época (1999), representava um grande desafio, não somente do ponto de vista do mercado de telecomunicações (recém privatizado), mas também pelo cenário de instabilidade que o Brasil apresentava. Com relação à escolha do Rio de Janeiro, considero que fui muito sortudo, pois era a cidade onde a Telespazio estava sediada!!! Se não tivesse vindo para o Rio de Janeiro, não acredito que teria permanecido no Brasil.

e m i g r a z i o n e

Siciliano de Palermo, Alessandro Barillà vive no Rio de Janeiro desde 1999. Veio a trabalho para ficar por dois anos, mas decidiu permanecer no Brasil. É economista, trabalha na Telespazio, mantém forte vínculo com a Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e está sempre em contato com a família e com a Itália. Apaixonado pelo seu país de origem, Alessandro se considera sortudo por ter vindo para o Rio de Janeiro, por suas praias, pelo sol e pela alegria dos cariocas. Tem o sol e o mar no DNA. Como Liev Tolstói, que cita na entrevista, gosta de desafios.

Marisa Oliveira

Alessandro BarillàDe bem com a vida

Alessandro na Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, em evento preparado para a delegação do governo da Sicília.

Janeiro / Fevereiro 13

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f o r u mD E M O C R A T I C O 25Janeiro / Fevereiro 13 f o r u mD E M O C R A T I C O 25

FD - Como foi a chegada ao Brasil? Quais suas pri-

meiras impressões?

AB - A sensação ao chegar pode ser bem descrita pelas letras do Tom Jobim quando canta: “Vejo o Rio de Janeiro, (...) Rio, seu mar, Praia sem fim, Rio, você foi feito pra mim (...)”. Me encantei pela beleza da natureza e pela simpatia contagiante dos cariocas.

FD - E a adaptação ao novo continente? Quais os fa-tos que mais o marcaram – conquistas, dificuldades, convívio com os brasileiros?

AB - Aprender o idioma, que nunca tinha estudado antes, foi fácil e rá-pido e tendo pouco tempo para isso aprendi a língua portuguesa mais na rua e no dia a dia do que propriamente nas aulas. No trabalho, me dei conta rapidamente que operar no Brasil não era, e infelizmente continua a não ser, coisa fácil. A burocracia, as ineficiências, a corrupção e a dificul-dade em encontrar profissionais qualificados continuam fortes obstáculos ao desenvolvimento. Mas italianos, especialmente do sul da Itália como eu, e brasileiros somos muito parecidos (nas qualidades assim como nos defeitos), então aprendi logo, logo a lidar com o ambiente ao meu redor, entendendo que não se podia prescindir do famoso “jeitinho”!!

FD - Constituir uma família no Brasil fez com que de-

cidisse permanecer por aqui?

AB - A decisão de me tornar um emigrante em terra brasileira, sem dúvida, ficou bem mais forte quando, há quatro anos, conheci a Karoline. Ela é capixaba ou como ama dizer “caprichada”... E nasceu numa família de

descendentes de italianos, com sólidos princípios, típicos da nossa cultura. Nos casamos em 2011 e foi uma das melhores realizações da minha vida.

FD - Como o sr. se relaciona com sua terra de origem? Muitas vidas e vindas? Voltar à Itália o emociona?

AB - Os meus contatos com a Itália são constantes, quase diários, seja na minha profissão, assim como na colaboração com a Câmara Ítalo--Brasileira de Comércio e em outras atividades que acompanho. Vou à Itália em média três a quatro vezes por ano, não apenas por causa do trabalho, como também para matar a saudade da minha família. Voltar à Itália me emociona sempre porque é um país magnífico, com histó-ria, beleza arquitetônica, natureza e gastronomia únicas no mundo. Nos últimos tempos, fico triste por ver um país que não se adequou aos tempos atuais, que não viu a velocidade das mudanças pelas quais o mundo está passando. Mudanças que se tornam ameaças se você não está preparado, mas, de outra forma, que podem se tornar excelentes oportunidades.

FD - Do que mais o sr. sente falta?

AB - Sinto muita falta da minha família e dos amigos de longa data. Sinto falta dos Cannoli e da Cassata e de um belo prato de Orecchiette alle cime di rapa, mesmo sendo um prato não-siciliano!!

FD - Rio de Janeiro, Brasil – do que mais o sr. gosta na cidade/país que escolheu para viver?

AB - A fase que o Brasil está passando é a da realização dos sonhos e os brasileiros estão sonhando, e não tem coisa melhor que fazer parte de um sonho... Torço e faço a minha parte para que tudo se realize da melhor forma e não se torne um pesadelo!!!

FD - Começaria tudo outra vez?

AB - Como dizia Tolstói: “Para viver com honra precisamos nos questionar, lutar, errar, recomeçar tudo de novo e jogar fora tudo, e nova-mente recomeçar a lutar e a perder eternamente. A calma é uma covardia da alma”.

Alessandro e Karoline no Louvre, em Paris.

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D E M O C R A T I C O8 f o r u m26 Janeiro / Fevereiro 13D E M O C R A T I C O8 f o r u m26

b r a s i l

Há algum tempo que tentávamos entrevistar o secretário de Segurança do estado do Rio de Janeiro - José Mariano Beltrame; afinal, segu-rança é fundamental para a economia, para a educação, para a sociedade como um todo e, sobretudo, para transformar realidades. Em dezembro, o secretário Beltrame abriu um espaço na sua agenda para atender a revista Forum Democratico.

José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro

Segurança no Rio de JaneiroQuatro anos de UPPs

Marisa Oliveira

Foto: Arquivo Ascom/SESEG

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f o r u mD E M O C R A T I C O 27Janeiro / Fevereiro 13 f o r u mD E M O C R A T I C O 27

b r a s i le n t r e v i s t a

Janeiro / Fevereiro 13

FD - As Unidades de Polícia Pacificadora - UPPs já são uma realidade no estado do Rio de Janeiro. De que maneira foi pos-sível chegar a esse modelo? Que contexto propiciou a implantação das unidades? O quanto pesou a vontade política nesse processo? Qual o peso do trabalho de inteligência estratégica?JMB - Quando chegamos na Secretaria de Segurança, em 2007, o quadro era desanima-dor. Quase quatro décadas sem uma política consistente de segurança pública e com todas as esferas do poder público tendo praticamente abandonado as favelas e suas comunidades. Paralelamente, houve uma disputa pelo poder no tráfico de drogas que resultou na divisão da quadrilha que dominava esse negócio criminoso em três facções que passaram a guerrear pelo domínio do mercado de drogas. Na ausência do Estado, essas três facções passaram a ocupar os morros, tornando cada favela num quartel do crime. Além disso, essas facções adquiriram armas de guerra contrabandeadas, particu-larmente o fuzil, para poderem guerrear pela conquista dos “territórios” de seus inimigos – as favelas onde o tráfico era mais lucrativo. Como resultado, em 2007 o Rio estava em pânico, com a criminalidade praticamente sem controle e com a Segurança Pública desacreditada pela popu-lação. As pessoas evitavam sair de casa à noite, crianças perdiam aulas por causa de tiroteios no caminho da escola, o comércio passou a fechar as portas mais cedo, surgiram várias “Faixas de Gaza” (trechos de bairros onde era perigosíssimo transitar), empresas começaram a deixar o Rio por causa da violência e as que tinham planos de se instalar aqui, passaram a buscar outras opções mais seguras. O desenvolvimento econômico estagnou-se e o Rio virou a cidade do medo. Demoramos 18 meses analisando essa situação, atacando situações pontuais e usando a inteli-gência e o planejamento para desenvolvermos uma política de segurança pública de longo

prazo, que tivesse continuidade e conquistasse a credibilidade da população. Constatamos que era preciso retirar os “territórios” dos traficantes, devolvendo aquelas comunidades para a cidade formal e legal. E para isso seria preciso um novo tipo de ação policial. Porque até então a polícia agia movida pela mídia negativa: acontecia um problema numa favela, a polícia ia lá, entrava, matava, morria, mas depois ia embora, e os tra-ficantes voltavam e tudo continuava como antes. Agora, a polícia teria que entrar e ficar. E como as comunidades já estavam traumatizadas com a guerra permanente e tinham desconfiança da po-lícia que entrava na favela atirando, seria preciso um novo comportamento dos policiais. Assim, chegamos ao conceito de polícia de proximidade e às Unidades de Polícia Pacificadora. As UPPs representam a permanência da Polícia, com uma postura de integração e parceria com os moradores, colaborando para o desenvolvimen-to da comunidade. E assim os moradores passam a confiar mais na polícia e a colaborar com a segurança pública, denunciando os esconderijos de traficantes e de armas e drogas. FD - O projeto está completando quatro anos. O que podemos comemorar de fato, além daquilo que nós, cidadãos, conseguimos perceber e o que ainda precisa ser consolidado? O sr. já decla-rou que as UPPs são o início ou o agente facilitador para o processo de transfor-mação de uma realidade de violência e de exclusão social e que além das UPPs existem inúmeras ações que precisam ser adotadas, implantadas, implementadas. Após quatro anos, o sr. percebe avanços significativos nesse sentido? JMB - No Santa Marta, que recebeu a primeira UPP, há quatro anos, as dezenas de crianças que nasceram desde então nunca ouviram um tiro de arma de fogo, é uma nova geração crescendo em paz. Na Cidade de Deus, a diretora do CIEP

nos disse que, depois da UPP, as crianças volta-ram a sorrir nas salas de aula. Quando o projeto da violoncelista Fiorella Soares começou no Santa Marta, em 2009, apenas duas crianças participa-vam; hoje, já são mais de 700 tocando violinos, violoncelos e contrabaixos. No projeto Rio 2016 da Cidade de Deus, que oferece prática esporti-va regular aos jovens, já há mais de 400 crianças participando. Um dos maiores ganhos das UPPs é justamente esse: devolver aos jovens e às crianças uma perspectiva de esperança, de um futuro melhor. O que ainda precisa ser consolida-do? Muita coisa, muita coisa mesmo. A sociedade tem uma grande dívida com essas comunidades. É preciso que os serviços públicos essenciais e a iniciativa privada entrem com mais rapidez nas comunidades pacificadas. É preciso consolidar a cidadania com um tsunami de serviços para essas populações.

FD - As UPPs têm função específica de ocupação e pacificação em comunidades que abrigaram, por décadas, o crime organizado. Transcendendo o modelo da UPP, a partir de agora, que trabalho tem sido feito para conter a violência urbana e o crime organizado? JMB - A política de segurança pública não se resume às UPPs. Desde 2009 está funcionando o Sistema Integrado de Metas e Acompanha-mento de Resultados (SIM), que estabelece metas de redução dos indicadores estratégicos de criminalidade. E essas metas são comuns para a Polícia Civil e para a Polícia Militar, estimulando a integração das duas corporações em torno de um mesmo objetivo. Além disso, para estimular essa ação, criamos bônus (em dinheiro) para os policiais que atingirem os melhores resultados na redução da criminalidade. Estamos trazendo para as Polícias a prática do bônus por desempenho, tão comum nas empresas privadas. Os resultados são muito bons. Pegando os primeiros 10 meses de 2012, e comparando com o mesmo período

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D E M O C R A T I C O8 f o r u m28 Janeiro / Fevereiro 13D E M O C R A T I C O8 f o r u m28

b r a s i l

Janeiro / Fevereiro 13

em 2008 (último ano antes da implantação do Sistema de Metas), vemos uma queda de 29% nos homicídios dolosos; os autos de resistência caíram 64%; os roubos de veículos se reduziram em 21%; e os roubos de rua diminuíram 31%. Paralelamente, estamos empreendendo um grande esforço para reestruturar e modernizar as polícias, construindo novas delegacias, renovando a frota de veículos, adquirindo modernos veícu-los blindados e helicópteros, criando um Centro Integrado de Comando e Controle e reformu-lando todo o sistema educacional de formação dos novos policiais e de reciclagem dos policiais que já estão em ação.

FD - De acordo com a sua experiência, que fatores mais contribuíram para o cri-me organizado tomar o vulto que tomou

nas capitais e principais cidades brasilei-ras? O que dá maior poder aos criminosos? Quais os principais alicerces das organi-zações criminosas no Rio de Janeiro e/ou outros estados do Brasil? JMB - Nossa experiência com a Pacificação no Rio está nos ensinando que onde o Estado se mostra ausente, deixando comunidades de baixa renda sem os serviços públicos essenciais, aí o crime se instala com facilidade. E, com a continuidade dessa ausência do Estado, o crime vai crescendo e se fortalecendo. Além disso, sinto falta de uma política mais forte do Governo Federal para controlar nossas fronteiras, que é por onde entram as munições para as armas dos bandidos e as drogas que os traficantes vendem. A Polícia Federal tem se empenhado nisso, mas o esforço é muito grande, pois temos mais de

16 mil quilômetros de fronteiras terrestres, sem contar as entradas por mar. Para efeito de comparação, a fronteira dos Estados Unidos com o México é da ordem de 3 mil e poucos quilômetros de extensão. E mesmo com todo o poderio econômico dos Estados Unidos, eles não conseguem impedir totalmente a entrada de contrabando, drogas e imigrantes ilegais. Não é uma tarefa fácil. Mas acredito que uma política do Governo Federal para fronteiras, integrando o trabalho da Polícia Federal com os órgãos estaduais de segurança, iria beneficiar a todos os estados brasileiros e contribuir para a redução da criminalidade em larga escala.

FD - E as milícias? Como contê-las?JMB - As milícias representam um desafio novo e grande para o Estado. Porque é um crime

Foto: Arquivo Ascom/SESEGSecretário Beltrame e policiais na UPP da Rocinha

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f o r u mD E M O C R A T I C O 29Janeiro / Fevereiro 13 f o r u mD E M O C R A T I C O 29

b r a s i le n t r e v i s t a

Janeiro / Fevereiro 13

diferente, que não está tipificado na legislação e que cria muitas dificuldades para se produzir provas materiais que levem à condenação dos milicianos. Em primeiro lugar, nunca antes de nossa gestão se combateu a milícia no Rio de Ja-neiro. Até 2007, apenas 6 milicianos tinham sido presos; em seis anos de gestão, já prendemos quase 750 envolvidos com a milícia, incluindo um deputado e sete vereadores. Ao contrário do tráfico, a milícia é um crime mais organizado. É comandado principalmente por policiais, que são servidores públicos que podem andar armados, conhecem o funcionamento da máquina do Estado e tem acesso fácil às informações oficiais. E que já tentaram várias vezes eleger políticos, porque sabem da importância de ter o apoio de um vereador ou deputado junto ao Estado e à Justiça, para facilitar sua atuação criminosa. Eles também se aproveitam da pouca presença dos serviços públicos em bairros com população de baixa renda para dominar aquela região e impor suas regras à população. A fórmula para acabar com as milícias é o uso intensivo de inteligência e planejamento, consolidando provas para levá-los à Justiça.

FD - Os crimes são de fato comandados dos presídios? Que impacto teve a im-plantação das UPPs nessa questão? Como se desarticula esse engendramento? Para Pablo Escobar, na Colômbia, foi constru-ído um presídio novo, com funcionários de primeiro emprego, treinados especifi-camente para isso e, mesmo assim, dois anos depois Escobar havia corrompido o sistema. Nesse sentido, que medidas foram (e têm sido) adotadas dentro da corporação militar para resistir à corrup-ção? JMB - Infelizmente, nossos presídios ainda

oferecem muitas facilidades para que os cri-minosos possam se comunicar com o lado de fora e continuar a comandar ações criminosas. Por isso sempre pedimos a remoção de líderes mais perigosos para presídios federais longe do Rio. Aqui no Rio, a administração penitenciária é separada da Secretaria de Segurança, possui uma secretaria própria, não temos ingerência nessa área. Com relação à corrupção dentro das polícias, é uma coisa que se combate com controle, denúncias das vítimas e o fortalecimen-to das corregedorias. Além das corregedorias da PM e da Polícia Civil, temos ainda a Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança. E o resultado desse esforço é bastante expressivo: desde 2007 já excluímos das duas polícias quase 1,4 mil policiais. E há duas semanas prendemos 65 policiais militares envolvidos com crimes de extorsão e ameaças. Em breve, eles também serão expulsos.

FD - O trabalho de pacificação no RJ se articula com outras esferas do poder público federal? De que maneira?JMB - Nós temos uma forte parceria com alguns órgãos federais. Os Fuzileiros Navais, por exem-plo, nos emprestaram blindados e soldados para apoiar a ocupação nos Complexos do Alemão e da Penha e também na Rocinha e em Mangui-nhos e Jacarezinho, entre outras. O Exército nos apoiou com uma Força de Pacificação que ficou mais de um ano cuidando da segurança no Ale-mão e na Penha. Temos ainda um trabalho forte de intercâmbio de informações de inteligência com a Polícia Federal, com a qual já realizamos também várias operações conjuntas.

FD - Existia ou existe o mito de que os criminosos são bons para as comunidades e que, os verdadeiros bandidos, são os

criminosos do asfalto, “desconhecidos”, que estão por trás do crime organizado. As UPPs conseguiram mudar essa máxi-ma? JBM - Sempre existiu esse mito, um certo romantismo envolvendo alguns criminosos. Mas quando ocupamos uma comunidade para retomada de território, rapidamente descobri-mos que aquele traficante “bonzinho” era um marginal cruel, que matava e torturava sem piedade. Com as UPPs, rapidamente as comuni-dades descobrem que é melhor ficar do lado do Estado do que dos traficantes, que na verdade eram déspotas nos morros que dominavam.

FD - Em janeiro de 2013 serão inaugura-das mais duas Unidades – Manguinhos e Jacarezinho. O que determina a escolha dessa ou daquela comunidade na linha de implantação do projeto?JMB - Há todo um planejamento na escolha de cada comunidade pacificada, mas não podemos revelar muitos detalhes, por razões estratégicas. O que posso dizer é que levamos em conta fatores como os indicadores locais de crimi-nalidade, a situação geográfica, o tamanho da comunidade, a importância estratégica da área para a facção criminosa, o impacto socioeconô-mico para a cidade da atuação daquele grupo criminoso e tudo isso inserido numa visão global do crime do tráfico de drogas, das milícias e do Jogo do Bicho.

FD - Quais são as metas do projeto UPPs até o final de 2014?JMB - Nosso planejamento prevê chegarmos a pelo menos 40 UPPs instaladas até o final de 2014. Já temos 28 UPPs e agora em janeiro inauguramos mais duas, em Manguinhos e Jacarezinho.

“Constatamos que era preciso retirar os “territórios” dos traficantes, devolvendo aquelas comunidades para a cidade formal e legal. E para isso seria preciso um novo tipo de ação policial. Porque até então a polícia agia movida pela mídia negativa: acontecia um problema numa favela, a polícia ia lá, entrava, matava, morria, mas depois ia embora, e os traficantes voltavam e tudo continuava como antes. Agora, a polícia teria que entrar e ficar.”

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D E M O C R A T I C O8 f o r u m30 Janeiro / Fevereiro 13

f o t o g r a f i ac u l t u r a

São Gonçalo e os Santos ReisEnsaio de Luis Alvarenga

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f o r u mD E M O C R A T I C O 31Janeiro / Fevereiro 13

S ão Gonçalo tem como característica marcante uma diversidade cultu-

ral riquíssima.

Há mais de setenta anos compartilha a beleza e a riqueza de suas manifes-

tações, como a desse ritual embasado em um histórico sagrado, que são

os grupos de Folias de Reis que aqui se formaram, por pessoas oriundas

principalmente de algumas cidades do interior do nosso estado e do de

Minas Gerais.

O que com certeza poderemos aqui constatar no ensaio deste competen-

te fotógrafo Luis Alvarenga.

Homens de fé, que há muito tempo pelas ruas da cidade rezam, brincam

e cantam para os Santos Reis e que com suas sanfonas, zabumbas, violas e

pandeiros imprimem seus códigos, marcados por uma tradição em torno

da fé cristã, incorporando ao ritual todo o processo da dinâmica cultural e

social da modernidade.

Alvarenga não focou apenas a imagem material de toda essa riqueza

plástica, com certeza ele conseguiu revelar a alma de toda essa gente que

cumpre essa devoção na apresentação desse auto.

Imbuído de uma espiritualidade que o conduziu ao âmago desse ritual,

conseguiu descortinar um campo marcado por representações sensíveis.

O céu azul, a noite, o encontro das bandeiras, são imagens que nos

remetem a uma elegância que se encontra evidenciada pela sutileza dos

gestos de cada folião, que embora não sejam pertencentes às classes mais

privilegiadas econômica e socialmente da população, são possuidores des-

sa marca, que distingue o homem nos seus fazeres e crenças, conferindo-

-lhe dignidade.

Na sua arte o fotógrafo conferiu poesia e fidelidade a todos esses grupos

que cumprem, que cumpriram e que voltarão a cumprir suas jornadas em

devoção aos Santos Reis nesta cidade.

c u l t u r a

Texto por Verônica Inaciola

Page 32: Revista Forum Democratico

Janeiro / Fevereiro 13

f o t o g r a f i ac u l t u r a

D E M O C R A T I C O8 f o r u m32

Luis Alvarenga é repórter fotográfico profissional desde 1991. Começou sua carreira no jornal O Fluminense e fotografou depois no Jornal do Brasil e em O Estado de São Paulo. Desde 1998 trabalha no jornal Extra, atualmente como editor de fotografia.

Page 33: Revista Forum Democratico

c u l t u r a

f o r u mD E M O C R A T I C O 33f o r u mD E M O C R A T I C O 33Janeiro / Fevereiro 13

Marisa Oliveira

Os 3 desejos de Otávio C

O romance de Pedro Eiras, entre muitos adjetivos que se pode atribuir a ele, é, antes

de tudo, originalíssimo: em meio ao universo de personagens comuns, pessoas comuns, como nós, cheios de idiossincrasias, desinteressantes até, é criado, pelo astuto artifício do uso mascarado (ou escancarado) da psicanálise, um amplo universo de possibilidades apresentado ao protagonista pelo gênio da lâmpada, no momento em que esse lhe oferece realizar três desejos. Estabelece-se, en-tão, simbolicamente, o divã de Freud. Otávio C., qual um adolescente onipotente, narciso, decide--se, passo a passo, por três desejos, que acredita, servirão para melhorar a vida da humanidade.A leitura de obras sempre nos remete a outras

tantas. Em Os 3 desejos de Otávio C. a humanidade, personagem, tem um quê de Saramago, mostran-do-nos o coletivo como espelho de nós mesmos. Impossível evitar a associação. Otávio e Anabela, em suas miudezas de vida, revelam a habilidade do autor em falar de fraquezas e mesquinharias sem criar juízo de valor. São como são. Somos como somos. O gênio, o psicanalista, a apresentar a Otá-vio C. e a nós o livre arbítrio - eterna e desapieda-da espada que paira sempre sobre nossas cabeças. Na obra de Pedro Eiras, o clímax é o seu final, que classifico como genial - na vida, a ironia sempre se nos impõe, seja por si mesma, seja porque somos cegos ao que há de mais simples e óbvio.

Quem é Pedro Eiras?

Pedro Eiras nasceu no Porto, Portugal, em 1975. É autor de ficção, de ensaios e peças de teatro. Suas obras têm sido publicadas em diversos países da Europa, África e América do Sul. É professor de Literatura Portuguesa da Universidade do Porto.

Os 3 desejos de Otávio C. Autor: Pedro EirasEditora: Oficina Raquel Páginas: 190Preço: R$ 39,90

Extratextos 1 - Clarice Lispector, personagens reescritos

D oze autores rendem sua homenagem à escritora Clarice Lispector, marcando

os 35 anos de sua morte (1977). A obra, idealizada pelos editores da Oficina Raquel, não fosse pelas belas escritas, tem o mérito de reunir autores brasileiros e portugueses. Outra bela iniciativa da editora, a serviço dessa nossa língua portuguesa tão linda e de autores tão significativos desse universo. E assim, nós, leitores, fomos brindados por contos, onde se recriam personagens da Clarice, por vieses variados e originais. Como Yudith Rosenbaum afirma no prefácio - aliás, uma breve obra dentro da obra - as narrativas são desavergo-

nhadas e atrevidas por invadir e se apropriar de territórios invisíveis até então. Que seja, que se tome o território clariciano por esses audazes e desavergonhados autores que, contudo, não conseguiram se disfarçar de Clarice Lispector. Saqueadores, apresentam-se desnudados pela sua própria escrita. Temos a Maria Teresa Horta a nos acariciar com um conto-poema, ela, poeta consagrada do movimento Poesia 61. Lindo! E Silviano Santiago, uma beleza de história!, traz um dos emaranhados de Laços de Família, no conto O chamado do cego. Dois exemplos maiores de um rol de grandes penas.

Extratextos 1 - Clarice Lispector, personagens reescritosOrganização: Mayara R. Guimarães e Luis MaffeiEditora: Oficina RaquelPáginas: 132Preço: R$ 39,90

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l i t e r a t u r a

Page 34: Revista Forum Democratico

D E M O C R A T I C O8 f o r u m34 Janeiro / Fevereiro 13

c u l t u r a a r t e s p l á s t i c a s

D E M O C R A T I C O8 f o r u m34 D E M O C R A T I C O8 f o r u m34

J o r g e F o n s e c aA a r t e d o M i n e i r i m

O mineirim que faz arte, e das boas, é Jorge Luiz da Fonseca. Casado, três filhos, de Conselheiro Lafaiete, Jorge Fonseca, maquinista de trem, entre as atividades profissionais que exerceu, é um artista de mão cheia: “compõe, pinta e borda”, resultando de tantos talentos uma arte plural, alegre, colo-rida e diferente e bem mineira! Não bastasse, Jorge Fonseca é autor de A proeza do Minerim, cordel de quatro linhas (os tradicionais são compostos em sextilhas), onde fala de si, de outros artistas e de experiências de vida. Ah!, geniais alguns títulos de suas exposições: Procura-se, Eu vou tirar você desse lugar, Me alugo pra sonhar e saibam, considera-os como parte fundamental das obras. E não é demais acrescentar que do danado do mineirim não pa-

ram de brotar ideias. Parodiando movimentações de fiéis, que em romaria reverenciam seus santos mi-

lagreiros Brasil a fora, e todo o comércio que surge no rastro da fé, Jorge Fon-seca inventou o Fiotim - produz sou-venirs, a partir dos objetos adorados, imitações toscas das obras de arte

expostas em Inhotim. Sensacional!, como ideia, arte, tese viva, ensaio

antropológico, que nome se queira dar. Das memórias mais antigas, Jorge se lem-

bra de remexer linhas e retalhos (bem como faz até hoje) no salão de cos-tura da tia que fazia vestidos para as mulheres cheirosas, espalhafatosas, de risos escandalosos. Mulheres da zona de boemia da cidade...

Marisa Oliveira

Page 35: Revista Forum Democratico

f o r u mD E M O C R A T I C O 35Janeiro / Fevereiro 13

a r t e s p l á s t i c a s c u l t u r a

f o r u mD E M O C R A T I C O 35

FD - O que são as cores nas suas obras? JF - Adoro trabalhos coloridos. Penso que isso vem da minha “formação”. Cresci em cidade do interior, onde festas populares, artesanato, roupas e acontecimentos, sempre vinham carregados de cores e de muita emoção. Daí resulta meu trabalho que é impregnado da visualidade popular.FD - Fale um pouco dos materiais de que o sr. se utiliza nas suas obras. JF -Utilizo tecidos variados, madeiras, tin-tas, geralmente esmaltes sintéticos, desses que são usados para pintar carroceria de caminhão, latas de bebidas, bonecos, frag-mentos de brinquedos, além de engrena-gens e motores – em algumas obras. FD - Que artistas exerceram influên-cia na sua arte? Quais os que ainda o inspiram?

JF - No início, Bispo do Rosário foi uma grande referência. Depois fui ampliando meu universo de pesquisa e descobrindo outras afinidades. Hoje, me vejo “parente” de alguns artistas que transitam

FD - Tornar-se um artista plástico acon-teceu em que momento da sua vida? JF - Aos 27 anos. Quando ainda era maquinista de trem e, visitando exposições em Belo Horizonte, me veio a vontade de voltar a criar – coisa que já vinha praticando quando, por volta dos 17 anos, era marce-neiro. Foi então que, buscando técnicas e linguagens que me eram familiares desde a infância, comecei a compor meus trabalhos.FD - A escolha pelas Artes concorreu com alguma outra vocação? JF - Sim. Já trabalhei com design de móveis. Criei por um tempo, peças exclusivas para a Ellus e a Blue Man. FD - Como foi e tem sido a sua formação como artista? JF - Sou autodidata. Aprimoro, dia a dia, meu trabalho me valendo da minha intuição, de muita pesquisa e do meu olhar. FD - De que técnicas o sr. mais se utiliza? Qual delas considera de maior efeito ou a qual delas o sr. tem mais apego?JF - Utilizo mais o bordado e a marcenaria, mas também faço colagens e montagens com diversos materiais. Como é possível ver nas minhas obras, faço um trabalho variado – em técnicas e materiais – mas que tem uma linha conceitual única, comum entre eles e bem definida.

no mesmo universo que o meu, entre eles, Jorge Duarte, Marcos Cardoso, Edmilson Nunes e Deneir. FD - Produzir arte o emociona? De que maneira? JF - Isso é simplesmente a minha vida! Não saberia viver fazendo outra coisa. Parece que isso que faço estava em algum lugar esperando por mim. Trabalho me divertin-do, todo dia 12, 14 horas. Diminuo o ritmo nos finais de semana que é pra curtir filhos e família. Mas estou criando a todo momento. Desenvolvi uma séria capacidade de obser-vação, raciocínio e síntese. Muitos de meus trabalhos nascem de ouvir alguma conversa na rua, um fato ou simplesmente de ver alguma imagem que me atrai. Acordo cedo e vou para o meu ateliê com se fosse abra-çar o meu melhor amigo. Isso, pra mim é a felicidade acontecendo.

FD - Quais são os temas que predomi-nam na sua arte?JF - Gosto de falar de gente: nossas manias, nossos medos, amores, desejos e frustra-ções. Muitos de meus trabalhos vêm falando disso, permeados de ironia. Acho que a vida é irônica...

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f o r u mD E M O C R A T I C O836 Janeiro / Fevereiro 13

c u l t u r a

FD - O que é arte para Jorge Luiz Fonseca? JF - Tudo. Não a possibilidade de me sentir espe-cial, mais que as outras pessoas. Mas a capacidade de dar um sentido à minha vida.

FD - Arte para o público em geral, o que é na sua opinião?JF - É um momento de alívio, de fuga desse mundo bagunçado. Algo que nos mostra que podemos e merecemos ser pessoas melhores e viver num mundo melhor.

FD - Você exerce outras atividades profissio-nais?JF - Vivo da arte. Vivo na arte. Porém, dentro dela, estou aberto a outras atividades. Recen-temente, atuei como professor, convidado por notório saber, do Departamento de Arte da Universidade Federal de Juiz de Fora.FD -Jorge Luiz Fonseca nos próximos cinco anos...JF - Quero me aprimorar ainda mais. Reafirmar meu trabalho e me firmar como um artista com-petente naquilo que se propôs a fazer.

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f o r u mD E M O C R A T I C O 37Janeiro / Fevereiro 13

c u l t u r a

Livro de cabeceira: Cem anos de solidão (Gabriel Garcia Márquez)Prato preferido: ChurrascoArtista que desponta: Advânio Lessa (mineiro de Lavras Novas - distrito de Ouro Preto. Provavelmente, o ‘novo’ Krajcberg, com uma boa pitada de Manoel de Barros...) Local para viver: Ouro PretoLocal para trabalhar: Ouro PretoPróxima exposição: No Rio, primeiro semestre, em data a ser definida. Vou apresentar uma miniatura do Inhotim – o ‘Fiotim’ (que é o diminutivo carinhoso de filhote, aqui em Minas).

J o r g e F o n s e c aMostras mais recentes de que participou:

Individuais 2011: Galeria Graphos: Brasil - Rio de Janeiro/RJ2009: Galeria Ivan Marquetti, Ouro Preto/MG

Coletivas2012: Fio Condutor - Galeria Graphos: Brasil - Rio de Janeiro/RJ 2011: 11ª Quadrienal de Praga, República Tcheca

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Con Decreto del Presidente della Repubblica n. 226 del 22 dicembre 2012 sono state indette per il 24 e 25 febbraio 2013 le votazioni per l’elezione della Camera dei Deputati e del Senato della Repubblica. In Italia le votazioni si svolgono presso i seggi nei giorni di domenica 24 febbraio (dalle ore 8,00 alle ore 22,00) e di lunedì 25 febbraio (dalle ore 7,00 alle ore 15,00).

All’estero, i cittadini italiani ivi stabilmente residenti, iscritti nelle liste elettorali della Circo-scrizione estero, possono partecipare alle elezioni votando per corrispondenza. Essi votano per le liste di candidati presentate nella rispettiva ripartizione della Circoscrizione Estero.

A ciascun elettore residente all’estero, che non abbia optato per il voto in Italia entro il 3 genna-io, il Consolato competente invia per posta, entro il 6 febbraio, un plico contenente: un foglio informativo che spiega come votare, il certificato elettorale, la scheda elettorale (due per chi, avendo compiuto 25 anni, può votare anche per il Senato), una busta completamente bianca in cui inserire le schede votate, una busta già affrancata recante l’indirizzo dell’Ufficio consolare stesso, le liste dei candidati della propria ripartizione.

L’elettore, utilizzando la busta già affrancata e seguendo attentamente le istruzioni contenute nel foglio informativo, dovrà spedire SENZA RITARDO le schede elettorali votate, in modo che arrivino al proprio Consolato entro - e non oltre - le ore 16 (ora locale) del 21 febbraio.

Il voto è personale e segreto. E’ fatto divieto di votare più volte e inoltrare schede per conto di altre persone. Chiunque violi le disposizioni in materia elettorale, sarà punito a norma di legge.

L’elettore che alla data del 10 febbraio non avesse ancora ricevuto il plico elettorale, potrà rivolgersi al proprio Consolato per verificare la propria posizione elettorale e chiedere eventual-mente un duplicato.

www.conssanpaolo.esteri.itwww.consportoalegre.esteri.itwww.conscuritiba.esteri.itwww.consriodejaneiro.esteri.itwww.consbelohorizonte.esteri.itwww.consrecife.esteri.it

COMUNICATOELEZIONI DEL PARLAMENTO ITALIANO 2013VOTO ALL’ESTERO PER CORRISPONDENZA

INFORMAZIONI DETTAGLIATE SONO DISPONIBILI SUL SITOwww.esteri.it

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Nossos ObjetivosIntercâmbio entre Brasil e Itália: Divulgar o patrimônio histórico, artístico e cultural das diferentes regiões italianas, incentivando as

trocas mútuas.

Resgate cultural: Valorizar a relação entre os dois povos ao longo da história e na base das regiões de origem dos emigrantes italianos.

Propagar a presença da Itália no Brasil em todos os âmbitos.

Criar oportunidades de negócios entre o Brasil e a Itália, a partir da área cultural e

artística.

Invista no 3o Brasitalia:

PRONAC no 129693 do Ministério

da Cultura, autorização de

captação R$ 1.437.838,00 pelo

artigo 18 da Lei Rouanet, que

permite o desconto de 100% do

valor do patrocínio.

2013

Rio de Janeiro (Fundição Progresso, de 18 a 20/10),

São Paulo, Roma e Bolonha

www.brasitaliario.com.br

www.youtube.com/BrasitaliaRio

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REMETENTE:Associação Anita e Giuseppe GaribaldiAv. Rio Branco, 257 sala 1414 Cep. 20040-009 Rio de [email protected]

Importante: para votar, marque um "x" sobre o logotipo da chapa (PD) e escreva, ao lado do Partido e bem legível, o sobrenome do seu candidato. É possivel indicar dois candidados para a camara e dois para o senado.

SENATO

Fausto Longo (Brasile)

Francisco Rotundo (Argentina)

Francisco Nardelli (Argentina)

Renato Palermo (Uruguay)

CAMERA DEI DEPUTATI

Fabio Porta (Brasile)

Claudia Antonini (Brasile)

Flavio Giannetti (Argentina)

Antonella Pinto (Venezuela)

Gino Renni (Argentina)

Filomena Narducci (Uruguay)

Mauro Agostini (Argentina)

Monica Rizzo (Argentina)

R I PA RT I Z I O N E A M E R I C A M E R I D I O N A L E

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Page 42: Revista Forum Democratico

se completam, que se amam, nesta busca do futuro mundo sem barreiras.”

CIDADANIA: Exigir do governo a eliminação da absurda “fila da cidadania” através de soluções específicas e imediatas implementadas na rede consular italiana no Brasil.

REDE E SERVIÇOS CONSULARES: Requalificar a rede consular italiana, homogeneizando procedimentos e serviços, fortalecendo os consulados gerais, potencializando os consulados de Florianópolis (SC) e Vitória (ES) e valorizando ao máximo as agên-cias consulares e a rede dos patronatos.

OUVIDORIA: Criar a figura de um ouvidor (Ombudsman) para rece-ber críticas, reclamações e sugestões junto à adminis-tração pública italiana.

JOVENS: Promover o intercâmbio entre os jovens da Itália e do Brasil em todos os níveis: fortalecendo as bolsas de estu-do, o recíproco reconhecimento dos títulos e incentivan-do o intercâmbio entre universidades ítalo brasileiras.

LÍNGUA E CULTURA: Apoiar a rápida aprovação da lei de reforma do setor, para fazer com que a difusão da língua e da cultura italiana no mundo (nas escolas, entre os jovens e no âmbito associativo) se torne o principal instrumento de fortalecimento estratégico.

EDUCAÇÃO: Aprovar a lei que introduz nas escolas italianas o es-tudo obrigatório das migrações e da presença italiana no mundo, para se ter uma completa valorização da grande oportunidade que representam para a Itália as nossas coletividades no exterior.

COOPERAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA: Apoiar, inclusive através da Associação de Amizade Itália Brasil (www.italia-brasile.org), a cooperação so-cial, política e econômica a todos os níveis entre os dois Países; promovendo de maneira particular a pre-sença e a relação entre as pequenas e médias empre-sas italianas e brasileiras.

APOIOS“As relações entre Brasil e Itália, que têm sólidos laços culturais e econômicos, podem e devem ser estreitadas em benefício dos dois povos. As candidaturas de Fabio Porta, para deputado, e de Fausto Longo, para senador, reúnem qualidades e experiência política que os credenciam a trabalhar firmemente, no Parlamento italiano. Ambos representarão com dignidade, em Roma, a comunidade ítalo-brasileira.”

“Conheço Fabio Porta e Fausto Longo e sei do importante trabalho que desenvolvem em defesa dos interesses da comunidade italiana residente no Brasil.

A eleição de Porta e de Longo significa a continuidade desse trabalho.”

“Somos convictos que os companheiros Fausto Longo no Senado da República e o Deputado Fabio Porta reconduzido à Câmara dos Deputados, saberão muito bem representar os interesses e os anseios de toda a comunidade italiana e ítalo-descendente de nosso país e de nossas nações vizinhas na América do Sul.”

“Vamos reeleger Fabio Porta ao Parlamento. Nós, descendentes, estamos representados em Roma pelo amigo que aproxima cada vez mais nossos povos,que

“Conheci o trabalho do Fabio Porta quando organizamos juntos a 1ª Jornada Parlamentar Momento Brasil Itália. Seu compromisso com o interesse público, com o

desenvolvimento social, econômico e cultural, são suas principais virtudes como político.”

“O objetivo neste momento é estimular e apoiar todas aquelas candidaturas que professem um ideário ético e comprometido com o avanço dos processos democráticos. Acompanho a trajetória dos companheiros Fabio Porta e Fausto Longo e, até por esse maior convívio, posso afirmar que professam, na prática, esses conceitos”

FERNANDO HADDAD - Prefeito da Cidade de São PauloANTONIO DONATO MADORMOSecretário de Governo da Prefeitura de São Paulo

VEREADOR FLORIANO PESARO Líder da Bancada do PSDB

ALDA MARCO ANTONIO - Ex Vice-Prefeita - SPPAULO SKAF - Presidente da Fiesp BALEIA ROSSI - Presidente do PMDB - SP

NOSSAS PROPOSTASNossa meta é romper barreiras culturais que nos mantém distantes.

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Italia Eleições 2013REPÚBLICA ITALIANA -

O VOTO

COMO VOTAR?

O Consulado Italiano enviará para a sua residência, nos próximos dias, toda a documentação necessária para votar. Antes de votar leia atentamente todas as instruções fornecidas pois, qualquer erro, ANULARÁ seu voto.Todos os cidadãos italianos residentes no exterior e inscritos nas listas do AIRE, no Consulado de Jurisdição de seu domicílio, receberão pelo correio todo material para a votação.Após expressar seu voto você deverá devolver a documentação através dos Correios, utilizando o envelope pré-selado que lhe foi enviado.

• Após ter votado coloque as cédulas no envelope branco e lacre-o. • Coloque o envelope branco e o cupom do certificado eleitoral dentro do envelope grande de postagem gratuita. • Enviar para o Correio.

Todo cidadão italiano nascido ou não na Itália, residente fora do território italiano, recebeu o direito de votar em seus representantes para o Senado e a Câmara. Apesar de não ser obrigatório o voto, torna-se necessária a sua apresentação para que o Brasil tenha seus representantes no Parlamento.

No material de votação você terá 02 (duas) cédulas eleitorais e de cores diferentes, uma para o Senado e outra para a Câmara. Apenas eleitores maiores de 25 anos poderão votar para o Senado.Para votar marque com um “X “ sobre o símbolo do partido escolhido e escreva ao seu lado o sobrenome de seu candidato ao Senado e à Câmara dos Deputados.

FIQUE ATENTO! Ao receber seu material para as eleições 2013 vote o quanto antes e envie pelo Correio, pois a data final para estar no Consulado será até as 16H (HORÁRIO LOCAL), DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE 2013.

EXEMPLO DE CÉDULA PARA SENADOR: EXEMPLO DE CÉDULA PARA DEPUTADO:

VOCÊ PODERÁ VOTAR EM 2 CANDIDATOS A DEPUTADO E EM 2 CANDIDATOS A SENADOR DO MESMO PARTIDO.AS CÉDULAS PARA CÂMARA E SENADO SERÃO DE CORES DIFERENTES.

Vote! Leve sua voz ao PARLAMENTO ITALIANO!

FIQUE ATENTO!Nossa meta é romper barreiras culturais que nos mantém distantes. Somos mais de 30 milhões de ítalo-descendentes no Brasil

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LONGOSENADOR

FAUSTOPERFIL

“Se ogni sforzo di ciascuno di noi potesse costruire codesto sentimento al di lá dell’aspetto meramente istituzionale, potremmo sognare un solo sogno, una America del Sud unita, forte e solidale.”

Ítalo-Brasileiro, Arquiteto Urbanista, Mestre em Tecno-logia e Planejamento Habitacional, Gerente de Ação Re-gional da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Secretário do PSI – Partido Socialista Italiano no Brasil, Delegado e Membro do Conselho de Ética do PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Foi diplomado vereador em 1988 pelo PMDB à Câmara Municipal de Piracicaba, Candidato a Deputado Estadual pelo PMDB em 1990, Candidato a Deputado pelo PSE – Partido Socialista Europeu ao Parlamento Italiano em 2008.

Recebeu o Título de Cidadão Piracicabano concedido pela Câmara Municipal de Piracicaba e o Título de “Ca-valiere dell’Ordine della Stella della Solidarietà Italiana” em 2007, concedido pelo Presidente da República Italia-na, Giorgio Napolitano.

Foi Coordenador de Comunicação Social e Marketing do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, da SCTDE – Secretaria da Ciência, Tecno-logia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, do MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia e da Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia da Presidên-cia da República.

Delegado Regional Sul da EMBRATUR – Empresa Bra-sileira de Turismo, Secretário de Turismo de Piracicaba, Presidente da AETI – Associação das Entidades de Turis-mo do Estado de São Paulo, Diretor-Secretário da Fun-dação União Cultural Brasil Estados Unidos, Presidente do SP-VINHO – Instituto Paulista de Vitivinicultura, Coor-denador do Programa SP-DESIGN do Governo do Esta-do de São Paulo, Diretor do Parque Ecológico do Tietê, Diretor de Desenvolvimento Regional da ADTP – Agência de Desenvolvimento da Hidrovia Tietê-Paraná, Gerente do Departamento de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-tentável do Sistema FIESP/CIESP.

É Membro dos Conselhos: Instituto Brasil de Economia Criativa, Instituto Objeto Brasil, Fundação Villa Jaguarí, FIESP CLUB São Paulo.

FAUSTO LONGO - [email protected] / www.faustolongo.com

FAUSTOLONGO.IT

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Italia Eleições 2013REPÚBLICA ITALIANA -

POR UM SÓ POVO

“Occorre recuperare questo distacco dando um significato a queste elezioni, dando la possibilitá all’elettore, dopo 20 anni di governi disastrosi, di aiutare l’Italia a direzionarsi verso una crescita etica, giusta e sostenibile.”

Uma vez mais a comunidade italiana na América do Sul deverá comparecer com a força de seu voto para de-cidir quais serão os seus representantes no parlamento italiano. É preciso que se destaque a importância dessas eleições e, portanto, a atitude de cada eleitor, afinal, depois de vinte anos de governos desastrosos, a Itália poderá retomar o rumo de um crescimento ético, justo e sustentável.

Nós, ítalo-descendentes sul-americanos, temos o di-reito e a responsabilidade de participar do processo de definição daqueles que deverão governar a Itália. Pode-mos até questionar qual o peso de nossa decisão estan-do tão distante da realidade e do cotidiano da terra que foi o berço de nossos antepassados, mas, nesse sentido, devemos considerar que existe uma constituição que ga-rante termos dois senadores e quatro deputados, aqui eleitos, e que representarão não apenas os eleitores ap-tos que obtiveram sua cidadania, mas, também, os mais de 60 milhões de ítalo-descendentes que vivem em toda a América do Sul, muitos deles, ainda nas absurdas “fi-las da cidadania” tentando buscar a confirmação de um direito que nossa própria herança genética nos destinou e que a falta de vontade política e desrespeito à consti-tuição dos últimos governos tenta nos subtrair.

Não haverá má vontade política ou labirinto burocrá-tico capaz de destruir algo que nosso DNA carrega in-dependente de nossa vontade, querer ou anuência. Nem haverá poder algum capaz de diminuir a importância de sermos ítalo-descendentes se, juntos, valorizarmos e defendermos esse sentimento de pertencer à mesma tri-bo! Penso que nenhum de nós julgue um mero atestado burocrático mais importante do que o fato genético em si que nos confirma como SER ítalo-descendente. É a própria civilidade que nos impõe a legalização formal, não nossa alma, nosso sentimento.

A constituição italiana, talvez até por uma ingênua generosidade, nos vê, a América do Sul, mesmo com toda a sua diversidade cultural, como uma única unida-de geopolítica no contexto da representação parlamen-tar. Se, graças ao esforço de cada um de nós, pudermos construir esse sentimento além do aspecto meramente institucional, poderemos sonhar um só sonho, uma Amé-rica Meridional unida, forte e solidária. É nesse contexto que os ítalos-descendentes, sejam peruanos, argentinos, paraguaios ou chilenos, uruguaios, venezuelanos, bo-livianos ou equatorianos, poderemos contribuir para a

construção dessa identidade humana continental, afi-nal somos o mesmo povo, espalhado e integrado à alma de cada uma dessas nações. Verdadeiramente, poderemos, como um só povo, tornarmos realidade os sonhos de Garibaldi, de Anita, de Bolívar!

Importante ressaltar que não somos candidatos de nós mesmos, estamos, num aliança de centro-es-querda que tem um projeto sério e consistente para o futuro do povo italiano, além disso, professamos a crença num projeto comprometido com a dignidade humana, equivalência de oportunidade para todos e com o resgate do orgulho e da esperança para cada cidadão italiano, não importando em que lugar do planeta esteja!

FAUSTO LONGO - [email protected] / www.faustolongo.com

Fausto Longo

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PORTADEPUTADO

FABIOPERFIL

“C’è poi una nazione che ha accolto tra le sue grandi braccia il maggior numero di questi audaci emigranti: è il nostro Brasile, il Paese dove vivono oltre 30 milioni di italo-brasiliani.”

Fabio Porta nasceu em Caltagirone, na Sicília, vive em São Paulo, onde casou e teve duas filhas.

Formou-se em Sociologia na Universidade de Roma, de 1982 a 1986 foi Secretário Nacional do Movimento Estudantil da Ação Católica.

Em 1986, iniciou sua militância política e sindical na UIL Unione Italiana del Lavoro. Em 1998 assumiu a co-ordenação de todos os serviços da UIL no Brasil, dentre os quais o Patronato ITAL e a UIM Unione Italiani nel Mondo. Foi um dos fundadores da ONG Ponte Brasili-talia, que beneficia mais de 150 famílias da periferia de São Paulo.

Em 2004, elegeu-se Conselheiro do COMITES, Comitê para os Italianos no Exterior em São Paulo. Em 2008, can-didatou-se às eleições políticas italianas pela Circunscrição do Exterior e elegeu-se Deputado ao Parlamento Italiano com 17 mil votos.

É membro da Comissão de Relações Exteriores e Vice Presidente do Comitê para os Italianos no Exterior na Câmara dos Deputados. Fundou em 2011 a Associação de Amizade Itália Brasil, da qual assume a presidência.

Recebeu do Presidente da República Italiana as con-decorações de Cavalheiro e Comendador da Ordem da Estrela da Solidariedade.

Recebeu o título de “cidadão honorário” em Belo Ho-rizonte, São Caetano do Sul e São Paulo.

FABIO PORTA - [email protected] / www.fabioporta.com

FABIOPORTA.IT

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Page 47: Revista Forum Democratico

Italia Eleições 2013REPÚBLICA ITALIANA -

Não creio que exista um povo com uma presença tão grande e dispersa em todos os cantos da terra; durante mais de um século de emigração italiana no mundo, na-ções e países foram povoados, às vezes construídos, por uma leva de homens e mulheres corajosos e incansáveis.

Existe uma nação que acolheu em seus grandes braços a maioria desses audazes emigrantes: é o nosso Brasil, o País onde vivem mais de 30 milhões de ítalo-brasileiros!

Nos últimos anos, o Brasil demonstrou que não é so-mente o País que hospeda o maior contingente de ítalo-descendentes no mundo, mas também uma grande po-tência mundial. Provavelmente, o País emergente mais interessante para a Itália e para a Europa em relação às oportunidades de investimento e penetração comercial.

Uma maior presença do Brasil no Parlamento Italia-no, obviamente através de seus representantes aqui re-sidentes, seria não só possível mas também desejável.

Fortalecer as relações Itália-Brasil tem sido nesses anos a minha maior preocupação como único parlamentar ita-liano oriundo deste extraordinário País. Uma política vol-tada a estreitar cada vez mais as relações ítalo-brasilei-ras, a partir da valorização da grande presença italiana, que se constrói através de uma plena compreensão e do consequente respeito dessa belíssima coletividade.

É por isso também que o voto de fevereiro é impor-tante, não só para os italianos da “bota”. Os ítalo-brasi-leiros merecem a confirmação de sua cadeira na Câma-ra dos Deputados (que modestamente creio ter honrado com trabalho e absoluta dedicação) e devem justamente almejar a conquista de uma cadeira no Senado.

Isso será possível somente em duas condições: a primeira é a de votar no PARTIDO DEMOCRÁTICO, o único partido (e as eleições de 2006 e de 2008 demonstraram isso!) capaz de eleger um Deputado e um Senador; a segunda, é a de exprimir corretamen-te a própria preferência, escrevendo o sobrenome do candidato (ou dos candidatos) ítalo-brasileiros ao lado do símbolo do PD.

A primeira condição, dentre outras, fortalece uma terceira: somente um grande partido e um partido de governo permitirão aos eleitos no exterior transformar em realidade as muitas expectativas dos italianos no ex-terior; não é suficiente, na realidade, ser eleito e pensar em fazer “milagre”, principalmente se você fizer parte de um partido minúsculo ou insignificante; ainda menos se esse partido será condenado à oposição e à falta de influência sobre as escolhas do governo.

Infelizmente, a repartição da América Meridional so-fre por causa de um forte desequilíbrio em seu número de eleitores: mais de 50% dos eleitores (e quase 60%

dos votantes) são na realidade residentes na Argen-tina e isso favoreceu nesses anos tanto a eleição dos candidatos ítalo-argentinos quanto o nascimento de listas e partidos que são expressão da coletividade italiana naquele País.

A preocupação, portanto, não é a de se ter uma legítima presença no Parlamento de parlamentares eleitos ou residentes na Argentina (todos os parla-mentares representam toda a repartição e, acima de tudo, o povo italiano), mas a de garantir condições equivalentes de voto ativo e passivo a todos os eleito-res e a todos os seus Países de residência.

Estamos certos que este voto contribuirá para equilibrar essa carência, fortalecendo uma presença que, além de dar uma justa representação à maior colônia de ítalo descendentes no mundo, contribuirá para fortalecer a política externa italiana nas dire-ções do continente sul americano e do maior e mais interessante País desta região, o Brasil.

“Votar é preciso” portanto, e é esse o apelo que fazemos de coração a todos os duzentos e cinquenta mil eleitores italianos do Brasil.

Um voto pela Itália, pela sua amizade com o Bra-sil e com o mundo; um voto pelos nossos filhos!

É esse o voto que pedimos: o governo de Pier-luigi Bersani, assim como foi o governo de Romano Prodi, restituirá dignidade aos italianos no exterior e retomará os projetos e as políticas de integração cultural, social e econômica entre as duas Itálias.

Um projeto político dentro de um grande desafio, o desafio de mudar, construindo uma “Itália mais justa”, com menos cortes às políticas sociais e aos investimen-tos econômicos e mais coragem nos programas de de-senvolvimento e no apoio aos jovens e ao emprego.

Uma Itália completamente diferente daquela que Berlusconi fez o mundo conhecer, cujo governo con-tribuiu não só para o agravamento da crise econômi-ca mas também pela precipitação da imagem inter-nacional do nosso País.

Esse é o projeto no qual acreditamos: ajude-nos a realizá-lo!

Fabio PortaDeputado do Parlamento Italiano e Presidente da

Associação de Amizade Itália-Brasil

POR QUE VOTAR

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PRESTAÇÃO DE CONTAFABIO PORTA - MANDATO 2008-2013

Font

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PRESENÇA NO PARLAMENTO (*)

PORTA

PORTA

PORTA

DEP. 2 - PDL

DEP. 2 - PDL

DEP. 2 - PDL

DEP. 3 - MAIE

DEP. 3 - MAIE

DEP. 3 - MAIE

0

0

020

20

2040

40

4060

60

10080

80

120100

100

140

INTERVENÇÃO EM ASSEMBLÉIA E COMISSÕES (**)

ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE (*)

28,19%

8%

51,17%

3%

78,85%

93%

138,8%

103,8

47,8%

Durante seu mandato no Parlamento, o Deputado Fabio Porta distinguiu-se como o Deputado eleito no exterior mais presente e ativo, conseguindo conciliar o empenho em Ses-são e em Comissão com uma presença contínua e assídua ao lado da comunidade do Brasil e da América do Sul.

Não temos como elencar aqui todos os trabalhos de-senvolvidos mas sugerimos que consulte o site pessoal do Deputado www.fabioporta.com ou mesmo sua página da Câmara dos Deputados Italiana www.camera.it.

Segue, de forma esquemática, um resumos das ativida-des desenvolvidas pelo deputado Fabio Porta, comparati-vamente aos outros deputados eleitos pela América do Sul.

Esse índice é relativo à presença efetiva nas principais sessões da Câmara dos Deputados, onde se realizam votações relativas à aprovação dos projetos de lei e às moções de fidelidade ao governo.

Essa tabela reúne todas as intervenções e os discursos do Deputado em Sessão na Câmara dos Deputados e na Comissão de Relações Exteriores; as intervenções são relativas principalmente às problemáticas dos italianos no exterior, no Brasil e na América do Sul.

Esse índice é elaborado por uma ONG independente, “cidadaniativa”, baseado em vários ítens de atividade parlamentar (questionamentos, projetos de lei, interven-ções, etc.) e define o nível de produtividade do parla-mentar (qualidade e não só quantidade).

INFORMAÇÕES:

FABIO PORTA - [email protected]

FAUSTO LONGO - [email protected]

FAUSTOLONGO.IT

FABIOPORTA.IT

PDBRASIL.ITALIA

i COMMITTENTI RESPONSABILI: SORAIA SCIGLIANO, PAOLO SCAPPATICCI

L’ITALIA GIUSTApor uma Itália justa

0800 7713941 (SP-Capital e ABC):9090 3063.17129090 3062.3941

COMO VOTAR: Caso necessite de mais informações

A ligação é gratuita dequalquer parte do Brasil

(Outras Localidades):90xx11 3063.171290xx11 3062.3941

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