PERICARDITE E TAMPONAMENTO CARDÍACO Mailton Oliveira 2015.

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PERICARDITE E TAMPONAMENTO CARDÍACO Mailton Oliveira 2015

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PERICARDITE E TAMPONAMENTO CARDÍACO

Mailton Oliveira2015

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Introdução

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Anatomia

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PERICARDITE

Processo inflamatório do pericárdio, que pode ser primário (exemplo: infecção viral) ou secundário (exemplo: lúpus ), podendo

cursar com ou sem derrame pericárdico

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Etiologia

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Classificação

Aguda

Crônica

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Pericardite AgudaSerosa Febre reumática LES Esclerordemia Tumores Uremia

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Fibrinosa e SerofibrinosaLíquido seroso junto à exsudato fibrinoso

IM Síndrome pós-infarto Uremia Traumas

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Purulenta ou SupurativaInvasão microbiana no espaço pericárdico

Meios: Propagação direta por área de inflamação direta Disseminação pelo sangue Propagação linfática Introdução direta durante uma cardiotomia

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As superfícies serosas estão avermelhadas, granulares e cobertas com exsudato

Pericardite supurativa aguda decorrente de extensão direta de

uma pneumonia adjacente. Extenso exsudato purulento é evidente.

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HemorrágicoSangue junto à derrame fibrinoso ou supurativo

Neoplasia maligna no espaço pericárdicoInfecções bacterianasDiátese hemorrágica subjacenteTuberculose

CaseosaDe origem tuberculosa até que se prove o contrário

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Pericardite constritiva

O coração é envolvido por um tecido cicatricial fibroso ou fibrocalcificado denso que limita a expansão diastólica e o débito cardíaco

Concretio cordis

Pericardiectomia: remoção cirúrgica da carapaça de tecido fibroso constritivo

Pericardite Crônica

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Achados Clínicos

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Sinais e sintomas sistêmicos: -Febre, mialgia e calafrios

Dor torácica: piora com a inspiração profunda, podendo irradiar para o dorso e melhorar ao sentar-se com flexão anterior do tronco

Ausculta cardíaca: -Atrito pericárdico -Bulhas abafadas

Pulso paradoxal

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Exames complementares

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Eletrocardiogramas Seriados

Estágio 1: acompanham o início da dor e 90% dos pacientes apresentam supradesnivelamento de ST com concavidade para cima, exceto em AVR e V1.

Estágio 2: ocorre alguns dias depois. Retorno do ST à linha de base, acompanhado pelo achatamento da onda T.

Estágio 3: inversão da onda T de modo que o vetor se torne oposto ao do ST; não há ondas Q ou diminuição das ondas R.

Estágio 4: ocorre semanas ou meses depois, com reversão das ondas T ao normal.

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Pode mostrar uma cardiomegalia (de + a 4+) Raramente é possível notar a linha da gordura pericárdica fazendo a silhueta

cardíaca

Radiografia de tórax

Pericardite com derramamento

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Confirma presença, quantidade e localização do líquido pericárdico

Pode mostrar sinais de constrição, tamponamento e sugerir espessamento pericárdico

Ecocardiograma

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Maior sensibilidade e especificidade que o

Ecocardiograma para o diagnóstico de derrame

loculado e de espessamento

pericárdico

Tomografia computadorizada

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Diagnóstico diferencial de formas específicas de pericardite

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Complicações

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A mais grave complicação é o Tamponamento cardíaco. Outra complicação é a persistência de derrame pericárdico ou paciente com grande derrame pericárdico que permanece

sem diagnóstico

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Diagnóstico de Tamponamento cardíaco

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Tamponamento cardíacona PCR!

Deve-se administrar oxigênio em alta concentração, obter acesso venoso e iniciar reposição volêmica para aumentar a pressão venosa central. O tratamento da causa da parada consiste em drenagem de uma parte do líquido pericárdico por Pericardiocentese com agulha (procedimento de Marfan), sendo ,entretanto, uma manobra temporária. O tratamento definitivo requer toracotomia em centro cirúrgico, para reparo imediato da lesão cardíaca.

PERC UFC, Manual de Emergências Cardiorrespiratórias

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Tratamento

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Aspirina (1000mg via oral de 6/6 horas), ouIbuprofeno (600mg via oral de 6/6 horas), ouNaproxeno (250 a 500mg via oral d 12/12 horas).Colchicina (0,5mg 2 a 4x dia): útil em pacientes com quadro de pericardite recorrente ou em pacientes intolerantes aos anti-inflamatórios.

Caso não haja melhora, deve-se considera o uso de corticóides:

Prednisona 1 g/kg/dia por 1-2 meses

Em algumas situações, o tratamento de urgência é a Pericardiocentese

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Indicações: Tamponamento Cardíaco Derrame pericárdico > 20 mm Suspeita de pericardite purulenta ou tuberculosa

Contraindicações: Suspeita de dissecção de aorta Se o diagnóstico pode ser feito por métodos menos invasivos ou o

derrame não é grande e está diminuindo com anti-inflamatórios

Contraindicações relativas: Coagulopatia não corrigida Plaquetopenia (<50 mil/mm³)

Pericardiocentese

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Técnica

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Referências bibliográficas

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VALEU!

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A Seleção tá chegaaando!

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E OS ECG’s, MARILTON?!

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Caso 1

MO, sexo masculino, 20 anos, sem história de dor torácica e sem comorbidades prévias, realizou esse ECG em exames de rotina. O paciente foi pego de surpresa com alguma alteração em seu exame?

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Caso 2

Paciente de 21 anos com história de asma desde a infância. Assintomático do ponto de vista cardiovascular

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