Giorgio Agamben Et Al - Democracia en Qué Estado

7/21/2019 Giorgio Agamben Et Al - Democracia en Qu Estado

1/114

G. Agamben, A. Badiou, D. BeiisaYd,

W. Brown, J -L . Nancy, J . Rancire ,

K. Ross, S. Zizek

Democracia;

en qu estado?

: o m e t e o

)

i b r o s


2/114

G . A g a m f a e n , - A . B a d i o u ,

D / B e n s a ' i d , W . B r o w n , -

J - L . N a n c y , X R a r i c i r e ,

K . . R o s s , S . Z i z e k

p r o m e t e o ^

I l i b r o s


3/114

Agamben, Giorgio

Democracia , en qu Estado?

/

Giorg io Aga m be n; A la in Badiou ;

Daniel Bensakl; et a l - l a ed. - Bue nos Aires : Prom eteo L ibros, 2 01 0.

128 p. ; 15x21 cm.

Traducido por : Matthew Gajd ow sk '

I S B N 9 7 8 - 9 8 7 - 5 7 4 - 4 5 8 - 5

1. Dem ocracia. 2. Estad o. 1. Bad iou, Alain II. Bensaid, Da niel

III. Gajdowsk, Matthew, trad.

CDD 323

Cuid ado de la edici n: M agal C. Alvarez. Howiiyi

Diagramacin: Erica Anabela Medina

De esta edicin, Prometeo Libros, 2010

Pr ingles 521 (C 11 83 A E I) , C iudad Autno ma de Buen os Aires

Repblica Argentina

T e l . : ( 5 4 - 1 1 ) 4 8 6 2 - 6 7 9 4 / F a x : ( 5 4 - 1 1 ) 4 8 6 4 - 3 2 9 7

e-mail: c l is tr ibuidora@prometeol ibros .com

ht.tp://www.prometeoeditorial.com

20 09 La Fabr ique Edit ions .


4/114

I n d i c e

Giorgio Agamben

Nota

prelmncir sobre el concepto

de

la dem ocracia 11

Alain Badiou

El emblema democrtico 15

Daniel Bensad

El escndalo permanente

5

Wendy Brown

Hoy en da, somos todos demcratas

53

Jean-Luc Nancy

Dem ocracia finita c infinita 67

Jacques Rancire

Las democracias contra la democracia 81

Kristin Ross

Dem ocracia en venta 87

Skvo j Zizek

De la democracia a la violencia divina -

Sobre los au tores

1 2 5


5/114

D e m o c r a c i a , e n q u e s t a d o ?

En los aos 1920, Lfl Rvouion surraliste presenta ba en var ios n -

m e r o s in ve s t ig a c io n e s s o br e a s u n to s q u e te n a n c o m o p u n to e n c o m n e l

hecho de que parec iese imposible dec ir a lgo nuevo a l respecto -e l amor ,

e l su ic id io , e l pac to co n e l diablo - . S in em barg o , las respuestas de Artaud,

Crevel , Navi l le , Ernst , Burmel , todava presentan ac larac iones cruzadas

sobre es tos temas , cas i un s ig lo despus . Teniendo presente es te modelo ,

se lanza es te l ibro con una pregunta formulada de la s iguiente manera :

La palabra d em ocracia hoy en da parece abarcar un consenso

muy amplio. En efecto, se dialoga, tal vez bruscamente, acerca

del o de los significados de esta palabra. Sin embargo, en el

mundo en el que vivimos, por lo general se le atribuye un

valor positivo. De ah nuestra pregunta: para usted, tiene senti-

do hablar de dem ocracia? En el caso negativo, por qu? E n

el caso afirmativo, segn qu interpretacin de la palabra?

En a lgunos casos , los f i lsofos consultados son autores y amigos de la

F br ic a . A o t r o s lo s c o n o c e mo s p o r s u s t r a ba jo s , q u e n o s de ja ba n p e n s a r

que tenan ideas sobre la democracia que no eran t picas del discurso

habitual . Sus respuestas son diversas y a veces contradictorias , lo cual era

prev isto e in clu so d ese ad o. En este . libro, po r lo t anto , no se enc ontra r

u n a de f in ic i n de la de mo c r a c ia , ta mp o c o u n p r o s p e c to n i mu c h o me n o s

un vere dic to a favor o en contra . Se destaca s im ple m en te que la pa labra n o

est a -punto de ser abandonada, ya que cont ina s irviendo como e je en

torno del que giran las ms esenciales de las controversias de la pol t ica .


6/114

Nota preliminar.sobre el concepto

de la democracia

G I O R G I O A G A M B E N

Todo discurso sobre e l trmino democrac ia hoy en da es t cruzado

p o r u n a a mbig e da d p r e l imin a r q u e c o n de n a a l ma le n te n dido a a q u e -

l los que lo usan. De qu se habla a l hablar de democrac ia? De qu

r a c io n a l ida d de p e n de e s te t r min o , e xa c ta me n te ? U n a o bs e r va c i n , p o r

poca que sea , muestra que aquel los que debaten hoy en da sobre la

de mo c r a c ia e n t ie n de n p o r e s te t r min o a ve c e s u n a f o r ma de c o n s t i tu -

c in del cuerpo pol t ico y o tras veces una tcnica de gobierno . As pues ,

e l trm ino se rem ite a la vez a la conc eptu al idad del de rech o p bl ic o y la

de la prct ica adminis tra t iva : des igna tanto la forma de leg i t imacin del

poder como las modal idades de su e jerc ic io . Como es evidente para todo

e l mu n do q u e , e n e l d i s c u r s o p o l t i c o c o n te mp o r n e o , e s te t r min o s e

r e l a c i o n a m s f r e c u e n t e m e n t e c o n u n a t c n i c a d e g o b i e r n o - q u e , c o m o

ta i , no es para nada tranqui l izador- , se ent iende e l malestar de aquel los

q u e c o n t in a n u s a n do e l p r ime r s e n t ido de ma n e r a s in c e r a .

Q u e el e n t r e la z a mie n to . de s ta s do s o n c e p tu a l ida d e s - ju r d ic o - p o l -

t ica po r una par te , eco n m ico -ge sto r pcir o tra - - tenga ra ces profu nd as y

que no sean fc i les de desenredar se demostrar c laramente en e l s iguien-

te e j e mp lo , En lo s c l s i c o s de l p e n s a mie n to p o l t i c o g r ie g o , a l e n c o n tr a r

la pa labra politeia (a m en ud o eh e l m arco de una discu s in de las di fe -

r e n te s f o r ma s de politeia: m o n a r q u a , o l ig a rq u a , de m o c r a c ia , a s c o m o

s u s parekbascis o de s v i a c io n e s ) , ' lo s t r a du c to r e s q u e r e m o s t r a du c i r e s ta

p a la bra a ve c e s c o m o c o n s t i tu c i n , a ve c e s c o mo , g o b ie r n o . E l p a s a je

1 1


7/114

G . A C A M B E N , A . B A D I O U , D . B E N S A D , W . B R O W N , 0 - L N A N C Y , 0 . R A N C I R E , K . R O S S , S . Z I 2 E K

deLa constitucin de Atenas ( cap . X X V II) en e l que Ar is t te les des cr ibe la

demagogia de Per ic les : dmotikteran syneb genesthai tn pol i te ian

es traducido por e l t raductor ingls : the const i tut ion became s t i l l more

de m o c r a t i c ; in m e dia ta m e n te de s p u s , A r i s t te le s a ade q u e la m u l t i tu d

apasan tn pol i te ian mal lon agein e is hautous , que e l mismo traductor

traduce como brought a l l the government more into the ir hands (evi -

de n te me n te , t r a du c i r c o mo br o u g h t a l l th e c o n s t i tu t io n , p o r r a z o n e s

de c o n s is te n c ia , h u bie s e s ido p r o ble m t ic o ) .

De dnde viene es ta verdadera anf ibologa , es ta ambigedad del

con cep to po l t ico fundam enta l , po r la qu e se presenta a la vez co m o con s-

t i tuc in y com o gob ierno? Basta sealar aqu dos pasa jes de la h is to r ia de l

p e n s a mie n to p o l t i c o o c c ide n ta l q u e ma n i f ie s ta n e s ta a mbig e da d de

ma n e r a p a r t i c u la r me n te e v ide n te . E l p r ime r o s e e n c u e n tr a e n la Poltica

( 1 2 7 9 a : 2 5 y s s . ) , c u a n do A r is t te le s p r o c la ma s u in te n c i n de c o n ta r y

estudiar las di ferentes formas de const i tuc in ( p o l i t e i a i) : Puesto que

politeid y politeuma s ignif ican lo m ism o y que politeuma es e l pod er su-

p r e m o (kyrion) de las c iudad es , es nece sar io que e l pod er sup rem o sea

propio de uno so lo , o de a lgunos , o de una gran cant idad . Las traduc-

c iones ac tuales dan lo s iguiente : Puesto que const i tuc in y gobierno

signif ican lo mismo y que e l gobierno es e l poder supremo del Estado . . . .

S i b ien una traducc in ms f ie l deber a conservar la proximidad de los

dos trminos , politeia ( la actividad po l t ica ) y politeuma ( la cosa p ol t ica

que de ah prov iene) , es t c laro qu e e l in te nto de A r is t te les de reducir la

anfibologa por medio de esta figura que l llama Ji^rion es el problema

e s e n c ia l de e s te p a s a je . P a r a u s a r - n o s in in s i s t i r - u n a te r min o lo g a mo -

derna , poder const i tuyente ( p o l i t e i a ) y p o de r c o n s t i tu ido (politeuma) s e

enlazan aqu en la forma de un poder soberano (Ityr ion) , e l cual s pre-

senta co m o aquel que posee las dos caras de la pol t ica en- forma co n ju nta .

Pero, por qu se divide la pol t ica? En base a qu articula el kyrion esta

divis in , en tanto que tambin la sutura?

El segundo pasaje se encuentra n El contrato social . En su curso de

1 9 7 7 - 1 9 7 8 , S e g u r i d a d , t e r r i t o r i o , p o b l a c i n , F o u c a u l t y a h a b a d e m o s -

trado que Rousseau se p lanteaba-prec isamentc e l problema de reconci l iar

u n a te r min o lo g a ju r d ic - c r i s f i tu c i n a l ( c o n tr a to , vo lu n ta d g e n e -

ra l , soberana) con un ar te de gobernar . S in embargo , en la pers-

pect iva que nos interesa , la dis t inc in y la ar t iculac in entre soberana y

gobierno , la cual es t en la base de l pensamiento pol t ico de Rousseau, es

de c i siva . Le s r u e g o a m is l e c to r e s . e s c r ib e e n s u a r t c u lo s o br e la E c o -

n o m a p o l t i c a , d is t in g a n b ie n e n tr e la e c o n o m a p bl i c a de la q u e

h a bl y q u e lla mo g o b ie r n o , y la a u to r ida d s u p r e m a q u e l la m o s o be r a n a ;


8/114


distincin que consiste en aquello que la une al derecho legislativo [ . . . ]

en tanto que el otro es solamente el poder e jecutor, En El contrato social,

la dis t incin se reaf irma como art iculacin entre voluntad general y po-

der legislativo, por un lado, y gobierno y poder e jecutivo, por otro. Aho-

ra bien, le corresponde precisamente a Rousseau distinguir y a la vez

enlazar es tos dos e lementos (porque, en e l mismo momento en que enun-

cia la distincin, debe negar con fuerza que sea una divisin de lo sobe-

rano) . Como plantea Aris tte les , la soberana , e l kyron, es a la vez u no de

los trminos de la dis t inc in y aqu el lo que ata en un n udo indisoluble la

cons t i tuc in y e l gob ierno .

Si . hoy en da presenciamos la dominacin aplastante del gobierno y

la economa sobre una soberana popular que ha s ido progres ivamente

vaciada de todo sentido, es ta l vez porque ls democracias occidentales

estn pagando el precio de una herencia f i losfica que haban asumido

sin benef icio de inventar io . El malentendido que implica concebir e l go-

bierno como s imple poder e jecutivo es uno de los errores ms cargados

de consecuencias en la historia de la poltica occidental . Se ha discutido

sobre el hecho de que la reflexin poltica de la modernidad se esconda

detrs de abstracciones vacas como la ley, la voluntad general y la sobe-

rana popular, dejando el problema del gobierno y su articulacin de lo

soberano. He intentado mostrar en un l ibro reciente que e l mister io cen-

tral de la poltica no es la soberana s ino el gobierno, no es Dios s ino el

ngel, no es el rey sino e l m inist ro, no es la ley sino la polica -o , m s

precisamente , la doble mquina gubernamental a la que stos le dan for-

ma 'y ma n t i e n e n e n mo v i mi e n to - .

El s is tema pol t ico occidental es producto de la fus in de dos e lemen-

tos heterogneos , que mutuamente se legit iman y se dan consis tencia :

una rac iona l idad pol t i co - jur d ica y una rac iona l idad econmico-guber -

nam enta l , una forma de con s t i tuc in y una forma de gob ierno . Por

qu se encalla la politeia en esta am biged ad? Qu le da al sob era no (al

hyrion) el po der de ase gu rar y garantizar su un in legtim a? No se trata-

r de una ficcin, destinada a disimular el hecho de que el centro de la

mquina es t vac o , que no haya , entre los dos e lementos y las dos

rac iona lidades , n ing un a ar t i culac in p os ib le? Y qu e es prec isam ente de

su desarticulacin que se trata de extraer este ingobernable, que es a la

vez la fuente y el punto de fuga de toda poltica?

Es probable que, m ien tra s el pen sam iento no se resuelva a m edirse con

esta fusin y su anfibologa, toda discusin sobre la democracia -como

forma de con stitucin y corno tcnica de go bi ern o- corra e riesgo de caerse

en habladura.


9/114

E l e m b l e m a d e m o c r t i c o

A L A I N B A D I O U

A pe s a r de la ma rca da de s va lor iz a c in que s ufre la a utor ida d a d ia -

r io , e s c ie r to que la pa la bra de mocra c ia s igue s ie ndo e l e mble ma do-

m i n a n t e d e a s o c i e d a d p o l t i c a c o n t e m p o r n e a . U n e m b l e m a e s l o i n -

t o c a b l e d e u n s i s t e m a s i m b l i c o . U n o p u e d e d e c i r l o q u e q u i e r e d e l a

s oc ie da d po l t i ca , uno s e pue de mos t ra r , a s u modo , de una fe roc ida d

c r t i c a s i n p r e c e d e n t e , u n o p u e d e d e n u n c i a r e l h o r r o r e c o n m i c o .

E l m o m e n t o e n q u e u n o l o h a c e e n e l n o m b r e d e l a d e m o c r a c i a ( p o r

e j e m p l o , E s t a s o c i e d a d q u e s e p r e s u m e d e d e m o c r t i c a , C m o p u e d e

h a c e r s e m e j a n t e a s e v e r a c i n ? ) , s e r p e r d o n a d o . A l f i n d e c u e n t a s , e s

e n e l nombre de s u e mble ma , y por lo ta nto e n s u propio nombre , que

uno in te nta juz ga r e s ta s oc ie da d . No s a le , s igue s ie ndo c iuda da no , no

e s b rba ro , y s e e ncontra r e n s u s i t io de mocr t ica me nte f i jo , y e s ta r

i n d u d a b i l e m e n t e p r e s e n t e e n l as p r x i m a s e l e c c i o n e s .

A f i r m o , * p o r l o t a n t o , l o ' s i g u i e n t e : s i m p l e m e n t e p a r a t o c a r l o r e a l

d e n u e s t r a s s o c i e d a d e s , c a b e , c o m o r e j e r c i c i o a priori, d e s t i t u i r s u e m -

b l e m a . S l o s h a r v e r d a d - d e l m u n d o n e l q u e v i v i m o s d e j a n d o d e

l a d o la p a l a b r a d e m o c r a c i a , a s u m i e n d o e l r i e s g o d e 110 s e r d e m -

c r a t a y d e s e r r e a l m e n t e v i s t o p o r t o d v e l m u n d o . E n e s t e c a s o ,

t o d o e l m u n d o s l o s e d i c e c o n r e s p e c t o .a l e m b l e m a . P o r l o t a n t o ,

t o d o e l m u n d o e s d e m c r a t a . E s l . q u e s e p o d r a d e n o m i n a r e l

a x i o m a d e l e m b l e m a .

8


10/114

G . A G A B E N A . B A D I O U , 0 . B E N S A D , W . B R O W N , 3-1. N A N C Y , 3 . R A N C I R E , K . R O S S , S . Z I S K

Pe ro pa ra nos ot ros s e t ra ta de l mundo , no de todo e l mundo . E l

mundo e n s , t a l y como pa re ce e x is t i r , no es e l de todo e l mundo. Los

de m cra ta s , ge n te de l e m ble m a , de Occ ide nte , van a la ca be z a , y los

de m s s on de o t ro mundo que , e n s u ca l ida d de o t ro , no e s un mundo

p r o p i a m e n t e d i c h o . E s a p e n a s u n a s u p e r v i v e n c i a , u n a z o n a d e g u e -

r ra s , mis e r ia s , muros y quime ra s . En e s te t ipo de mundo , de z ona ,

uno s e la pa s a ha c ie ndo e l e quipa je pa ra huirs e de l horror , o pa ra

ma rcha rs e , a donde ? As e s la pe rce pcin de los de mcra ta s , que pre -

te nde n d ir ig i r e l mundo y ne ce s i ta n la co la bora c in de los de m s . Es

a s que uno de s cubre que , s a nos y s a lvos ba jo s u e mble ma , los de m-

cratas en rea l idad no lo quieren y no esperan nada de l , Exis te , enton-

c e s , u n a e n d o g a m i a p o l t i c a l a t e n t e : u n d e m c r a t a q u i e r e n i c a m e n t e

a o t ro de mcra ta . Pa ra los o t ros , que provie ne n de z ona s ha mbr ie nta s o

mort fe ra s , s e ha bla de pa pe le s , f ronte ra s , ca mpos de re te nc in , v ig i -

la nc ia po l ic ia l , re cha z o de re e ncue ntro fa mi l ia r . . . Ha ce fa l ta e s ta r in -

te gra do . A qu ? A la de mocra c ia , s in duda . Pa ra s e r a dmit ido , y ta l

ve z , e n un d a le ja no , a cog ido , uno de be e s ta r ca pa c i ta do pa ra s e r

d e m c r a t a , p r o d u c t o d e l a r g a s h o r a s y t r a b a j o a r d u o , a n t e s d e p o d e r

ima gina rs e e nt ra nd o e n e l ve rda d e ro m und o . En m e dio de dos ba la ce ra s ,

t r e s d e s p l i e g u e s d e p a r a c a i d i s t a s h u m a n i t a r i o s , u n a h a m b r u n a - y u n a

e p i d e m i a , e s t u d i e n s u m a n u a l d e i n t e g r a c i n , l a l i b r e t a d e l p e q u e o

d e m c r a t a U n e x a m e n t e m i b l e l o s e s p e r a D e l f al so m u n d o a l ' v e r -

da de ro mundo , e l pa s o e s t ce rra do . D e mocra c ia , s , pe ro l imita da a

l o s d e m c r a t a s , n o ? G o b a l i z a c i n d e l m u n d o , p o r s u p u e s t o , p e r o

b a j o l a c o n d i c i n d e q u e s u e x t e r i o r d e m u e s t r e s u m r i t o p a r a p o d e r

estar en el interior.

E n r e s u m e n , d e l s u p u e s t o d e q u e e l m u n d o d e l o s d e m c r a t a s n o

e s e l mundo de todo e l mundo s e de duce que la de mocra c ia como

e m b l e m a y g u a r d i n d e l o s m u r o s e n d o n d e su p e q u e o m u n d o . d i s f r u -

ta y cre e v iv ir re ne a una o l iga rqua cons e rva dora , cuyo o f ic io , a me -

n u d o g u e r r e r o , e s m a n t e n e r , b a j ; e l n o m b r e . u s u r p a d o d e m u n d o , l o

que no es nada ms que e l terr i tor io de su vida animal .

R e c i n d e s p u s d e d e s t i t u i r e l e m b l e m a y d e e x a m i n a r c i e n t f i c a -

me nte de qu te r r i tor io s e - t ra ta -e l t e r r i tor io e n donde los de mcra ta s

a c t a n y r e p r o d u c e n - s e p u e d e l l e g a r a l a p r e g u n t a i m p o r t a n t e : q u

condic ione s de be re unir un te r r i tor io pa ra pode r pre s e nta rs e fa la z me nte

c o m o m u n d o b a j o e l e m b l e m a d e m o c r t i c o ? O b i e n , p a r a q u e s p a c i o

o b j e t i v o , p a r a q u c o l e c t i v o i n s t a l a d o f u n c i o n a l a d e m o c r a c i a c o m o t a l ?


11/114


As se puede leer lo que en la f i losof a cons t i tuye la pr imera des t i -

tu c i n d e l e mb l e ma d e mo cr t i co , e s d e c i r , l o q u e s e e x p o n e e n e l l i b r o

v i u d e l a R e p b l i ca . P l a t n d e s i g n a co mo d e mo cr a c i a a u n a o r g a n i -

z a c i n d i r i g e n te , u n c i e r to t i p o d e co n s t i tu c i n . M u ch o m s ta r d e ,

L e n i n d i r a q u e l a d e mo cr a c i a e s s l o u n a f o r ma d e E s ta d o . Pe r o , p a r a

a mb o s , l o q u e h a y q u e p e n s a r n o e s ta n to l a o b j e t i v i d a d d e e s ta f o r ma

c o m o s u i m p a c t o s u b j e t i v o . E l p e n s a m i e n t o d e b e d e s p l a z a r s e d e s d e e l

d e r e c h o h a c i a e l e m b l e m a , o d e s d e l a d e m o c r a c i a h a c i a e l d e m c r a t a .

E l p o d e r d e h a c e r d a o q u e p o s e e e l e m b l e m a d e m o c r t i c o e s t c o n -

ce n t r a d o e n e l t i p o s u b j e t i v o q u e l e d a f o r ma , y cu y a ca r a c te r s t i ca

f u n d a me n ta l e s e l e g o s mo ( p a r a r e d u c i r l a a u n a s o l a p a l a b r a ) , y e l

d e s e o p o r l o s p l a c e r e s m e n o r e s .

E n e l a p o g e o d e l a R e v o l u c i n C u l tu r a l , L i n P i a o , b a s ta n te p l a t n i -

co en es te sent ido , d icho sea de paso , a f i rm que la esencia de l fa l so

co mu n i s mo ( e l q u e e ch r a ce s e n R u s i a ) e s e l e g o s mo , o b i e n l o q u e

dom ina a l d em cr a ta reacc ionar io es s im ple m en te e l m iedo a la m uer te .

C l a r o e s t q u e e l a b o r d a j e d e P l a t n t i e n e u n a p a r te p u r a me n te

r e a c t i v a . Po r l o ta n to , s u co n v i cc i n e s q u e l a d e mo cr a c i a n o s a l v a r a

l a c i u d a d g r i e g a . E n e f e c to , n o l a s a l v . Pe n s a mo s q u e l a d e mo cr a c i a

t a m p o c o s a lv a r a n u e s t r o c l e b r e O c c i d e n t e ? S , l o p e n s a m o s , a g r e -

g a n d o q u e e n to n ce s e s ta mo s d e n u e v o f r e n te a l v i e j o d i l e ma ; o e l

c o m u n i s m o , p o r m e d i o s q u e s e t e n d r n q u e r e i n v e n t a r , o l a b a r b a r i e

d e l o s f a s c i s m o s ya r e i n v e n ta d o s . L o s g r i e g o s t e n a n a l o s m a ce d o n i o s

y , luego , los romanos . En todo caso , se t ra taba de la serv idumbre y no

l a e m a n c i p a c i n .

P l a t n , l m i s mo u n v i e j o a r i s t cr a ta , r e cu r r e a j a s f i g u r a s ( u n a a r i s -

t o cr a c i a mi l i t a r co n f o r ma c i n f i l o s f i ca ) q u e s e g n l e x i s t i e r o n , p e r o

e n r e a l i d a d l a s i n v e n ta . S u r e a cc i n a r i s to cr t i ca p l a n te a u n mi to p o l -

t i co . E s ta p r o b l e m t i ca d e l o s r e a c t i v o s ma q u i l l a d o s d e n o s ta l g i a t i e n e

v a r i a n te s co n te mp o r n e a s co n o c i d a s . L a m s s o r p r e n d e n te e s , p a r a n o -

s o t r o s , l a i d o l a t r a r e p u b l i ca n a ta n d i f u n d i d a e n n u e s t r a p e q u e a b u r -

gues a inte lec tua l , en la que hizo furor la invocac in de nues tros va lo-

r e s r e p u b l i ca n o s . D e q u r e p b l i ca s e a l i m e n ta e sta i n v o ca c i n ?

La que se cre en la masacre de los Comuneros? La que se h izo fuer te

e n l a s co n q u i s ta s co l o n i a l e s ? L a d e C l e me n ce a u , e l e s q u i r o l ? L a q u e

t a n b i e n o r g a n i z l a ma s a cr e d e 1 4 - 1 8 ? L a q u e d i o p l e n o s p o d e r e s a

Pt a in? Es ta re p bl ic a de todas las v i r tu de s se in ve nt a en base a las

n e ce s i d a d e s d e l a ca u s a : d e f e n d e r e l e mb l e ma d e mo cr t i co q u e s e e n -

cu e n t r a e n v a s d e d e s a p a r i c i n , co mo P l a t n , q u e co n s u s g u a r d i a n e s -


12/114

f i lsofos cree tener una bandera en a l to , pero ya fue devorada por las

p o l i l l a s . E s to co mp r u e b a q u e to d a n o s ta l g i a e s l a n o s ta l g i a d e a l g o q u e

no ex is t i .

S i n e mb a r g o , T a c r t i ca p l a t n i ca d e l a d e mo cr a c i a e s t l e j o s d e s e r

s implemente react iva o ar i s tocr t ica . Su ob je t ivo se t ra ta a la vez de la

esencia de la rea l idad que formal iza la democrac ia a n ive l de l Es tado , y

e l s u j e to q u e s e co n s t i tu y e e n u n mu n d o - a s f o r ma l i z a d o , l o q u e l

l l a m a e l h o m b r e d e m o c r t i c o .

Las dos tes is de Pla tn son, entonces , las s iguientes :

1 ) E l m u n d o d e m o c r t i c o n o e s r e a l m e n t e u n m u n d o .

2 ) E l s u j e t o d e m o c r t i c o s l o s e c o n s t i t u y e c o n r e s p e c t o a s u

d i s f r u te ,

Es tas dos tes is es tn , a m parecer , b ien fundadas , por lo que las voy

d e s a r r o l l a r u n ta n to .

E n q u s e n t i d o a d mi te l a d e mo cr a c i a u n s o l o s u j e to , e l d e l d i s f r u -

te ? P l a t n d e s cr i b e d o s t i p o s d e r e l a c i n co n e l d i s f r u te e n e l f a l s o mu n -

d o d e m o cr t i co . E l p r i m e r o , cu a n d o u n o e s j o v e n , e s l a p a s i n d i o n i s a ca .

E l s e g u n d o , cu a n d o u n o e s v i e j o , e s l a i n d i s t i n c i n d e l o s d i s f r u te s . E n

e s e n c i a , l a e d u ca c i n d e l s u j e to d e mo cr t i co p o r l a v i d a s o c i a l d o mi -

n a n te co mi e n z a co n l a i l u s i n d e q u e to d o e s t d i s p o n i b l e : D i s f r u ta r

s i n t r a b a s , d i ce e l a n a r q u i s ta s e s e n ta y o ch i s ta . L a r o p a , l o s z a p a to s

Nike y la droga , d ice e l fa l so rebe lde de los banl ieucs . Pero la propia

v i d a d e mo cr t i ca t e r mi n a e n l a co n c i e n c i a c r e p u s cu l a r d e q u e to d o t i e -

ne un mismo va lor , pero no va le nada : e l d inero , y luego e l apara to que

protege la propiedad: la pol ic ia , h jus t ic ia , las crce les . Desde la codi -

c ia prodig iosa que se cree l iber tad has ta la avar ic ia de presupues to y

seguridad, as es e l paso del t iempo. '

C u l e s l a r e l a c i n co n l a cu e s t i n d e l mu n d o ? T o d o e l mu n d o ,

ta n to p a r a P l a t n co mo p a r a m , s e e mp e a e n ma r ca r d i s t i n c i o n e s q u e

s e co n s t r u y e n e n b a s e a d i f e r e n c i a s , e n p r i me r l u g a r e n t r e u n a v e r d a d y

u n a o p i n i n , y e n s e g u n d o l u g a r e n t r e d o s v e r d a d e s d e d i s t i n to s t i p o s

(e l amor y la pol t i ca , por e j emplo , o e l a r te y la c iencia ) . Luego se

p o s t u l a l a e q u i v a l e n c i a d e t o d a s l a s c o s a s , d e s u p e r f i c i e s , s o p o r t e s ,

a p a r i e n c i a s i l i m i t a d a s , p e r o n i n g n m u n d o p u e d e a p a r e c e r . s e s e l

p e n s a m i e n t o d e P l a t n al p r o c l a m a r q u e la d e m o c r a c i a e s u n a f o r m a

d e g o b i e r n o a g r a d a b l e , a n r q u i c a y b i z a r r a , q u e p r o p o r c i o n a u n a

especie de igua ldad tanto para lo que es des igua l cor iVo para lo que es

i g u a l . E l c o n s e n t i m i e n t o p r o v i e n e d e l a j u v e n t u d , a d e . l o s d e s e o s

s a t i s f e c h o s , a q u e l l o s q u e s e p u e d e n s a t i s f a c e r l e g a l m e n t e

1

: P a r a n o s o -

11


13/114

t ros , la igua ldad es tab lec id a e ntre lo des ig ua l y lo igu a l no es na da

m e n o s q u e e l p r i n c i p i o m o n e t a r i o , e l e q u i v a l e n t e g e n e r a l q u e l i m i t a

to d o a c ce s o a l a s d i f e r e n c i a s r e a l e s , a l a h e te r o g e n e i d a d c o m o ta l , cu y o

p a r a d i g m a e s l a d i f e r e n c i a e n t r e u n p r o c e d i m i e n t o d e v e r d a d y l a

l i b e r ta d d e o p i n i n . E s e sta ig u a l d a d a b s t r a c t a , e s c l a v i z a d a a la c a n t i -

d a d n u m r i c a , q u e p r o h i b e la c o n s i s t e n c i a d e u n m u n d o y q u e i m p o -i

n e e l d o m i n i o d e l o q u e P l a t n l l a m a a n a r q u a . E s t a a n a r q u a e s

s i m p l e m e n t e e l v a l o r a s i g n a d o e n f o r m a m e c n i c a a l o q u e n o t i e n e

v a l o r . U n m u n d o d e s u s t i t u i b i l i d a d u n i v e r s a l e s u n m u n d o s i n l g i c a

p r o p i a , y p o r l o t a n t o n o e s u n m u n d o , s l o u n r g i m e n a n r q u i c o

e n a p a r i e n c i a .

L o q u e d e m e a e s t e h o m b r e d e m o c r t i c o , e d u c a d o p o r l a a n a r q u a ,

es su sub je t iv tc in de l pr inc ip io de la sus t i tu ib i l idad de todas las co-

sas . Hay , ente i ces , una c i rculac in ab ier ta de los deseos , de los ob je tos

a los que se a : r ran es tos deseos , y de l d is f rute e f mero que se der iva de

, e s to s o b j e to s E n e s ta c i r c u l a c i n s e co n s t i tu y e e l s u j e to . S e h a o b s e r v a -

d o q u e , a d r e r mi n a d a e d a d , e l s u j e to a ce p ta u n a c i e r ta i n d e te r mi n a -

c i n de lo ob je t os en e l n o m br e de la pr i m aca de la c i rc ul ac in (d e la

m o d e r r z a c i n ) - S l o p e r c i b e e l s m b o l o d e l a c i r c u l a c i n , e l d i n e r o

como t > , Pero la pas in or ig ina l , la que se une a l inf in i to potencia l de l

' d i s f r u t , p u e d e estimular la c i rc u la c i n . P or lo tan to , s i la sab idu r a de

l a c u a l a c i n d e p e n d e d e l o s v i e j o s - q u e h a n c o m p r e n d i d o q u e l a

e s en i a d e to d o e s la n u l i d a d m o n e ta r i a - s u

existencia

e s t i m u l a d a y s u

p r i e t u a c i n i n c e s a n t e e x i g e n q u e la j u v e n t u d s ea u n a c t o r p r i v i le g i a -

d a E l h o m b r e d e m o c r t i c o i n j e r t a u n a n c i a n o a va ro e n u n a d o l e s c e n t e

r r d o . E l a d o l e s c e n t e m a n t i e n e l a m q u i n a e n m a r c h a y e l a n c i a n o

j b r a l o s b e n e f i c i o s .

P l a t n e s p l e n a m e n t e c o n s c i e n t e d e q u e , a l f i n d e c u e n t a s , e l f a l s o

m u n H d m o c r t i e e s t o b l i g a d o a i d o l a t r a r a la j u v e n t u d , s i n d e j a r

d e " d e s c o n f i a r d s u e n t u s i a s m o . L o d e m o c r t i c o t i e n e u n e l e m e n t o

e s e n c i a l m e n t e J u v e n i l ; q u e i m p l i c a u n a p u e r i l i z a c i n u n i v e r s a l . C o m o

e s cr i b e P l a t n , e n e s te f a l s o - mu r td o , l o s a n c i a n o s s e a d a p ta n a l a s

c o s t u m b r e s d e l o s j v e n e s p o r m i e d o a p a r e c e r a b u r r i d o s y d e s p t i c o s .

P a r a r e c i b i r b e n e f i c i o s d ' s u e s c e p t i c i s m o c n i c o , e l v i e j o d e m c r a t a

ta m b i n d e b e d i s f r a z a r s e d e u n j o v e ri v i v a z , d e b e e x i g i r ca d a d a m s

m o d e r n i d a d , m s c a m b i o , m s v e l o c i d a d , o m s f l u i d e z . S u

p a r a d i g m a e s l a d e l v i e j o r o c k e r m u l t i m i l l o n a r i o i n f a t i g a b l e q u e , a r r u -

g a d o y d e b i l i t a d o , s i g u e g r i t a n d o e n e l m i c r f o n o , s u v i e j o c u e r p o

r e t o r c i n d o s e .

12


14/114

G . A G A M B E N , A . B A I O U , D . B E H S A T D , W . B R O W N , J - L . N A N C Y , J . R A N C R E , K . f f y s s , S . Z I K

Qu s u ce d e co n l a v i d a co l e c t i v a cu a n d o s u e mb l e ma e s l a e te r n a

j u v e n tu d ? C u n d o d e s a p a r e c i e l s e n t i d o d e l a e d a d ? H a y d o s p o s i b i -

l i d a d e s . A f al ta d e u n v e r d a d e r o n i v e l ( ca p i ta l i s ta . . .) d e c i r cu l a c i n m o -

netar ia , e s ta f igura es te rror is ta , porque promueve s in l mi tes la bruta l i -

d a d y l a i n co n s c i e n c i a d e l o s a d o l e s ce n te s . L o s t e r r i b l e s e f e c to s d e l o s

g u a r d i a s r o j o s d e la R e v o l u c i n C u l t u r a l y l o s j e m e r e s R o j o s h a n d e -

mo s t r a d o l a v e r s i n r e v o l u c i o n a r i a d e e s te j o v e n i s mo p o b r e . S u v e r -

s i n d e s i d e o l o g i z a d a co n s i s te e n p a n d i l l a s d e a d o l e s ce n te s , ma n i p u l a -

d o s p o r p o d e r e s e x te r n o s o s e o r e s d e l a g u e r r a , q u e s i e mb r a n e l t e r r o r

e n v a r i a s r e g i o n e s d e f r i c a . s t o s s o n l o s l m i t e s i n f e r n a l e s d e l

d e m o c r a t i s m o a d o l e s c e n t e d e s c o n e c t a d o d e l a c i r c u l a c i n m o n e t a r i a d e

l a s co s a s , co n l a e x ce p c i n d e l a s a r ma s mo r ta l e s , q u e a b u n d a n . Y p a r a

n o s o t r o s ? Pa r a n o s o t r o s , la p r i m a c a d e l a j u v e n tu d i m p o n e l a d i v e r -

s i n co mo l e y s o c i a l . D i v i r ta n s e e s l a m x i ma p a r a to d o s , e i n c l u s o

a q u e l l o s q u e n o p u e d e n s e v e n o b l i g a d o s . D e a h l a p r o f u n d a

tontera

d e l a s s o c i e d a d e s d e m o c r t i c a s c o n t e m p o r n e a s .

En to dos los caso s , P la t n nos autor iza a pe nsa r las soc ieda de s co m o

e n tr e l a z a mi e n to d e t r e s mo t i v o s : l a a u s e n c i a d e mu n d o , e l e mb l e ma d e -

mo cr t i co co mo s u b j e t i v i d a d s o me t i d a a l a c i r cu l a c i n y e l i mp e r a t i v o

d e l d i s f r u te co mo a d o l e s ce n c i a u n i v e r s a l . S u t e s i s e s q u e e s ta co mb i n a -

c i n n e ce s a r i a me n te e x p o n e a u n a s o c i e d a d e n l a q u e e s t p r e s e n te a u n

desas tre to ta l , por no ser capaz de organizar una disc ip l ina de l . t iempo.

La c lebre descr ipc in de Pla tn de la anarqua ex is tencia l de los de -

m cr a ta s s a t i s f e ch o s s e p r e s e n ta co mo u n a e s p e c i e d e elogio irnico a lo

q u e S cr a te s l l a ma r a e s te mo d o d e g o b i e r n o ta n b e l l o y ta n j u v e n i l :

El hombre democrtico slo vive en e l prenje , di . tando le- :

yes sobre los deseos qu e surgen. Hoy, prepara una com ida bien .

grasosa , maana, por la inf luencia de Buda

v

el ayuno asct ico ,

agua l impia y desarrollo sostenible. El lunes, se vuelve aponer

en forma pedaleando duran te dos horas en una bicicle ta inm -

vil, el martes, duerme todo el da y luego fuma y va de fiesta. El

mirco les , d iceque.va a lee r filoso fa, pero, al final pr efie re no

ha cer nada. El je v s , se apasiona po r la po l t ica du rante e l

alm uerzo , salta ele la rabia po r la opinin de su vecin o y den un-

cia con el mismo entusiasmo^ furioso la sociedad consumista y

la sociedad del espectculo; Por la noche, va al cine a ver una

gran pel cula medieval de guerra . Va a la cama soando que

pa rt ic ipa en la' l iberac in de los pu eblos esclavizados . Al da


15/114

D e m o c r a c i a , en q u e s t a d o ?

siguiente va a trabajar con resaca, e intenta, sin xito, seducir a

la secretaria de la oficina de al lado. Ya est decidido, se va a

meter en . los ne go cio s Las gana ncias inm obil iar ias para l

Pero lo del fin de semana, lo de la crisis, todo eso se ver la

sem ana sigu iente . sta es una vida, en todo caso Ni orden , ni

ideas, pero puede decirse agradable, fel iz, y sobre todo tan

libre como insignif icante. Pagar el precio de la l ibertad con la

insignif icancia no es caro.

1

La tes i s de P la tn es q u e , u n d a u o tr o , es te modo de ex is ten c ia ,

c u y a e s e n c i a e s l a i n d i s c i p l i n a d e l t i e m p o , y s u c o r r e s p o n d i e n t e f o r m a

d e E s t a d o - l a d e m o c r a c i a r e p r e s e n t a t i v a - d e j a n v i s l u m b r a r s u e s e n c i a

d e s p t i c a , e s d e c i r , e l d o m i n i o , c o m o c o n t e n i d o r e a l d e l o q u e s e m u e s -

t ra c o m o b e l l o y j u v e n i l , d e l d e s p o t i s m o d e la p u l s i n d e m u e r t e . A s

p u e s , e l c o n s e n t i m i e n t o d e m o c r t i c o t e r m i n a e n l a p e s a d i l l a r e a l d e l a

t i r a n a . P l a t n p l a n t e a , e n t o n c e s , q u e e x i s t e u n a c o n e x i n d e m o c r a c i a /

n ih i l i smo en base a la q u e se abor da la cu es t in de l mu n do y la cu es t in

d e l t i e m p o . E l n o - m u n d o d e m o c r t i c o e s u n a f u g a t e m p o r a l . E l t i e m p o

c o m o c o n s u m a c i n e s t a m b i n e l t i e m p o c o m o c o n s u m i c i n .

E l em b l e m a d e l m u n d o c o n t e m p o r n e o e s la d e m o c r a c i a , y la j u y e n -

t u d e s e l e m b l e m a d e e s e e m b l e m a , p o r q u e s i m b o l i z a u n t i e m p o

no

retenido.

E s t a j u v e n t u d , p o r s u p u e s t o , n o t i e n e e x i s t e n c i a s u s t a n c i a l , e s

u n a c o n s t r u c c i n i c n i c a , u n p r o d u c t o d e l a d e m o c r a c i a . P e r o s e m e -

j a n t e c o n s t r u c c i n e x i g e c u e r p o , y i o s c u e r p o s s e c o n s t r u y e n e n b a s e a

t r es car ac ter s t i cas : la in media tez ( lo n ico q u e ex is te es la d iver s in ) , e l

m o d o ( s u c e s i n d e p r e s e n t e s s u s t i t u i b l e s ) y e l m o v i m i e n t o e n e l e s p a c i o

( u n o s e m u e v e ) ,

E l

n o s e r d e m c r a t a i m p l i c a h a c e r s e . v i e j o o r e h a c e r s e v i e j o ? P o r

s u p u e s t o q u e n o , h e d i c h o , p o r q u e l o s v i e j o s v i g i l a n y c o b r a n . E s d e c i r ,

1

E s t e p a s a j e fi g u r a ; g n e L t e x t o

La Repblica,

l i b r o V I I I , 5 6 l d . L a v e r s i n q u e s e p r e s e n t a a q u

e s La h i p e r t r a d q c r i n i n t e g r a i q u e e s t o y h a c i e n d o d e e s t e l i b r o , y s e p u b l i c a r a f i n e s d e

2 0 1 0 , E s t e t r a b a j o s e' p r o p o n e m o s t r a r q u e P l a t r t e s

un

c o n t e m p o r n e o . E n m i v e r s i n , e s t e

p a s a j e v i e n d e l c a p t u l o l l a m a d o C r i t i q u e d e s Q u a t r e p o l i t i q u e * p r - c o m m u n i s t e s . H e

t e n i d o , p o r s u p u e s t o , q u h a c e r e s t e r e c o r t e d e

ta Repblica

e n d i e z l i b r o s , u n

d e s m a n t e l a m i e n t o s i n n i n g u n a p e r t e n e n c i a r e a l i z a d o e n u n a p o c a t a r d a p o r u n o o v a r i o s

g r a m t i c o s d e A l e j a n d n - ,


16/114

s i l a d e m o c r a c i a e s l a a b s t r a c c i n m o n e t a r i a , c o m o o r g a n i z a c i n d e l a

p u l s i n d e m u e r t e , s u o p u e s t o n o e s n i e l d e s p o t i s m o n i e l t o t a l i t a r i s -

m o . S u o p u e s t o e s a q u e l l o q u e p r e t e n d e s u s t r a e r la e x i s t e n c i a c o l e c t i v a

a l a i n f l u e n c i a d e e s t a o r g a n i z a c i n . N e g a t i v a m e n t e , e s t o q u i e r e d e c i r

q u e e l or den de c i r cu lac in n o debe ser e l de la mon eda , y e l or den de

a c u m u l a c i n t a m p o c o d e b e s e r e l d e l c a p i t a l . P o r c o n s i g u i e n t e , s e r e -

c h a z a r o t u n d a m e n t e o t o r g a r l e l a r e s p o n s a b i l i d a d d e l f u t u r o d e l a s c o s a s

a l a p r o p i e d a d p r i v a d a . P o s i t i v a m e n t e , e s t o q u i e r e d e c i r q u e l a p o l t i c a

e n e l s e n t i d o d e d o m i n i o s u b j e t i v o - d e l p e n s a m i e n t o - p r c t i c a - d e l f u -

tu r o de los pu eblos ten dr , a l igu a l q u e la c ien c ia o e l a r te , va lor por s

m i s m a , s e g n l a s n o r m a s i n t e m p o r a l e s q u e l e p u e d a n c o r r e s p o n d e r . S e

n iega o tor g r se le a l po de r o a l Es tad o . E s y ser r es po n sa ble de la ar t i -

cu lac in de la decaden c ia de l Es tado y su s leyes en e l sen o de l pu eblo

r eu n ido y ac t ivo .

P l a t n v i s l u m b r c l a r a m e n t e e s t o s d o s m o t i v o s , a p e s a r d e q u e d e n -

tro de los l mites de su t iempo los restr ingi a lo que l lama la vida de los

g u a r d i a n e s d e l a c i u d a d , d e s t i n a n d o t o d o s l o s d e m s a p l a z o s f i j o s

p r o d u c t i v o s . L o s g u a r d i a n e s n o p o s e e n n a d a , e n t r e e l l o s p r e v a l e c e l o

com n y la r epar t i c in , y su poder se l imi ta a l de la Idea , pu es to q u e

la c iudad no t iene leyes .

E s t a s m x i m a s q u e P l a t n r e s e r v a p a r a s u a r i s t o c r a c i a e r u d i t a s e

e x t e n d e r n a l a e x i s t e n c i a d e t o d o s l o s s e r e s h u m a n o s . D e l a m i s m a

m a n e r a q u e A n t o i n e V i t e z h a b l a b a d e l a v o c a c i n d e l t e a t r o y e l a r t e

d e s e r e l i t i s t a s p a r a t o d o s , t a m b i n s e h a b l a r d e u n a r i s t o c r a t i s m o

p a r a t o d o s . N o o b s t a n t e , e l a r i s t o c r a t i s m o p a r a t o d o s e s l a d e f i n i c i n

p o r e x c e l e n c i a d e l c o m u n i s m o . E s m s , p o r l a s r e v o l u c i o n e s o b r e r a s

de l s ig lo x ix se sabe q u e P la tn er a la pr imer a f igu r a f i losf ica de l

c o m u n i s m o .

S i , p o r e l c o n t r a r i o , d e u n a d o c t r i n a s e e n t i e n d e n o s i n v e r s i n

c a r i c a t u r e s c a , s i n o l a a f i r m a c i n c r e a d o r a q u e d e j a t o d a l a c o n s t r u c c i n

s i n e f e c t o , s e e n t i e n d e l o s i g u i e n t e : l o c o n t r a r i o d e l a d e m o c r a c i a , e n - . e ^

s e n t i d o q u e le d a , e n el m o m e n t o d e s u c r e p s c u l o i n t e r m i n a b l e ; ' e l ,

capi ta l -par lamen tar i smo, n o es e l to ta l i tar i smo n i u n a d ic tadu r a- . Es e l .

c o m u n i s m o . E l c o m u n i s m o q u e , e n p a l a b r a s d e H e g e l , a b s o r b e y su p e r a

e l f o r m a l i s m o d e l a s d e m o c r a c i a s l i m i t a d a s . .

A l f i n a l d e l . t r m i n o q u e , a l h a b e r s u s p e n d i d o l a a u t o r i d a d d e l a

p a l a b r a d e m o c r a c i a , n o s p e r m i t e e n t e n d e r l a c r t i c a p l a t n i c a , p o -

d e m o s a c a b a r p o r d e v o l v e r l e s u s i g n i f i c a d o o r i g i n a l : l a e x i s t e n c i a d e

l o s p u e b l o s , c o n c e b i d a c o m o e l p o d e r s o b r e s m i s m o s . L a p o l t i c a


17/114

i n m a n e n t e d e l a g e n t e , c o m o p r o c e s o a b i e r t o d e l a d e c a d e n c i a d e l

E s t a d o . Q u e d a c l a r o , e n t o n c e s , q u e n u e s t r a n i c a p o s i b i l i d a d d e s e -

g u i r s i e n d o v e r d a d e r o s d e m c r a t a s , d e g e n t e h o m o g n e a a l a v i d a

h i s t r i c a d e l o s p u e b l o s , e s v o l v e r n o s , e n l a s f o r m a s q u e a h o r a s e i n -

v e n t a n p a u l a t i n a m e n t e , c o m u n i s t a s .


18/114

El escndalo

permanente

D A N I E L B E N S A I D

T e a t r o d e s o m b r a s

Fin c ie la ola larga expansiva de la posguerra , revelaciones sobre los

ex cesos de l Gu lag , desgar r n camboyan o, su mados a la r evolu c in i r an

y los comien zos de la r eacc in n eol iber a l : h ac ia mediados de los a os

setenta , la escena mundial empieza a girar . Los protagonistas de la Guerra

F r a - c a p i t a l i s m o c o n t r a c o m u n i s m o , i m p e r i a li s m o c o n t r a l ib e r ac i n n a -

c i o n a l - s e e n c o n t r a b a n f r e n t e a u n n u e v o c a r t e l q u e a n u n c i a b a e s c a n d a -

losamen te la ba ta l la de l s ig lo en tr e Democr ac ia y Tota l i tar i smo. Al igu al

q u e en el caso de la Re s tau r ac i n m on r q u ica , la dem ocr ac ia par ec a br in -

dar le u n a apar ien c ia de leg i t imidad bon ach on a a l desen lace de u n in ter -

minable Termidor . Sin embargo, hoy, a l igual que ayer , los l iber tadores

v ic tor iosos gu ar daban u n r ece lo secr e to en cu an to a l espec tr o de la sobe-

r an a popu lar q u e se r evu elca deba jo de la l i sa su per f i c ie de l for mal i smo

d e m o c r t i c o . T e n g o u n g u s t o p o r l a s i n s t i t u c i o n e s d e m o c r t i c a s , c o n -

fesaba Tcquevi l le , pero soy ar is tcrata por inst into, es decir , desprecio

y tenio -a las mas as . Am o p rof un da m en te la l iber tad, e l respeto p or los

dere cho s, pe ro no la dem oc rac ia } El mied o a las m asa s y la pas in por el

New York hily Tribune, 25 de ju ni o de 185 3.

I P


19/114

orden son Ia base de la ideologa l iberal , por lo que el trmino democra-

cia no es nada ms que la cara falsa del despotismo mercanti l y de su

competenc ia sa lva je .

C on respecto a l teatro de so m bra s de este l t i m o siglo, dos ab stra c-

c i on e s - D e m o c r a c i a y T ot a li ta r is m o- - p a r e c a n d e s m o r on a r s e a c os ta d e

un rechazo a las contrad icc iones correspondientes a cada uno de es tos

d os t r m i n os .

2

Ms ref lexiva, Hannah Arendt sealaba que. la di feren-

c ia es esenc ia l , independientemente de las s imi l i tudes . Trotsky cons i -

d e r a b a q u e H i t l e r y S t a l i n e r a n e s t r e l l a s ge m e l a s y c o n c e b a l a

es ta t izac in de la soc iedad como forma de tota l i tar i smo burocrt i co en

la que el lema ser a ; La sociedad soy yo.

3

Pero jams ignora las di fe-

rencias sociales e histr icas , s in las cuales la existencia de la pol t ica

concreta se vuelve imposib le .

En el marco de una irona para la cual la historia es prodigiosa, la

democracia pareci haber tr iunfado sobre su doble malf ico en el mismo

m om ento en que empezaban a deshace rse las cond ic iones que perm it an

que las l iber tades pb l icas y el l ibre co m ercio p areciesen con sus tancia les .

Durante los treinta glor iosos, las nupcias ordol iberales de la democra-

c ia par lamentar ia y la economa social de mercado parecan prometer

un futuro de prosper idad y de progreso i l imitados, recordando s imult-

neamente el retorno del espectro que, desde 1848, no ha dejado de ator-

mentar a l mundo. Pero , despus de la c r i s i s de 1973-1974 , e l re tomo de

la ola expansiva .de la posguerra ha erosionado los c imientos de lo que

algunos l laman el compromiso fordista (o keynesiano) y el Estado social

(o providenc ia) .

Con la debac le de l despot i smo burocrt i co y de l soc ia l i smo rea lmen-

te inex is ten te , e l s ign i f i cado uctu ante de dem ocrac ia llega a ser s in ni -

mo de un Occ idente v ic tor ioso , de los Es tados Unidos t r iunfantes , de l

l ibre mercado y de la-competencia salvaje . A mismo t iempo, un acto, de

agresin contra las sol idar idades y los derechos sociales , una ofensiva

s in precedente de pr ivat izac in del mundo, reduc an e l espac io pbl i co

a una mnima expres in . Se conf i rmaba, por ende , e l miedo, como ex-

pres Hannah Arendt hace mucho t iempo, de ver la pol t i ca en s - como

2

V a s e n z o T r a v e r s o ,

LB Totadtarisme. te XXe sice en dbot,

P a r s , P o i n t s S e u i l , 2 . 0 0 1 .

3

T r o t s k y ,

Statine,

P a r s , G r a s s e t , 1 9 4 8 .

2 6


20/114

p l u r a l i d a d c oa f l i c t i v a , d e s a p a r e c e r c om p l e t a m e n t e d e l m u n d o p a r a d a r

lug ar a un a g st in pro sai ca de cosa s y de s eres .

E l r e t o r n e d e l o s b u e n o s p a s t o r e s

El t riunfo a l tamente proc la m ado de la dem ocra c ia no ha tardado, co m o

e x p r e s a T oc q u m l l e , e n d e s p e r t a r u n od i o p oc o r e p r i m i d o e n s u c on t r a .

La democrac ia , en e fec to , no era so lamente e l l ibre comerc io y la l ibre

circulacin de capitales , s ino tambin la expresin de un inquietante pr in-

c ip io de igualdad . Se entendi nuevamente -en la obra de F inkie lkraut ,

M i lne r y ot ro s - e l d i scurso e l i t i s ta de un c r cu lo l imi tado preocu pad o por

la desmesura , e l exceso , la exuberanc ia de l nmero.

S e e n t e n d i n u e v a m e n t e l a a l a b a n z a d e l as j e r a r q u a s g e n e a l g i c a s

y e j e la nobleza de la e lecc in d iv ina a d i ferenc ia de la igualdad c iu-

d a d a n a e s t a b l e c i d a s o b r e u n t e r r i t o r i o c o m n . S e e n t e n d i e r o n n u e v a -

m e n t e l o s e l o g i o s a la s a b i d u r a p o n d e r a d a d e u n g o b i e r n o p a s t o r a l

o p u e s t o a l d e s o r d e n y a l as i n c l i n a c i o n e s c r i m i n a l e s de la d e m o c r a -

c i a . S e v i o e l l e v a n t a m i e n t o , y a n o e n n o m b r e d e l a d e m o c r a c i a , s i n o

de la Repbl ica pos i t iv i s ta y e l progreso en e l Orden , de todos los

p a r t i d a r i o s d e l o r d e n e s c o l a r , f a m i l i a r y m o r a l , r e p e n t i n a m e n t e r e u n i -

d o s p a ra c o n j u r a r e l p r e s e n t i m i e n t o d e la i n n o m b r a b l e d e m o c r a c i a

q u e f u e r e , n o l a f or m a d e s oc i e d a d r e a c i a a l b u e n gob i e r n o y a d a p t a d a

al malo , s ino e l propio pr inc ip io de la pol t i ca , e l pr inc ip io que ins taura

l a p o l t i c a a l f u n d a r e l b u e n gob i e r n o s ob r e s u p r op i a a u s e n c i a d e

f u n d a m e n t o .

4

U n a a s o m b r o s a m a n i f e s t a c i n d e e s t a u n i n s a g r a d a d e l o s r e p u -

b l i c a n o s d e m c r a t a s ( s ) a p a r e c e e n Le Monde de l 4 de se pt i em br e de

1 9 9 8 b a j o e l t e m e r o s o t it u l a r : N o t e n g a m o s m s m i e d o . D e q u i n

y d e q u , g r a n d e s d i os e s ? D e l a a c c i n c or p or a t i v a y d e gr u p os

s o c i a l e s d e m a s i a d o p r o c l i v e s a d e c l a r a r s e f u r i o s o s , a c u s a d o s d e i m -

p e d i r q u e l a l e y - c u l ? - s e a p l i q u e . P a r a c o n j u r a r s u m i e d o d e l e s p e c -

t r o s o c i a l , s t o s r e p u b l i c a n o s d e r n c r a t a s , u n i d o s c o m o u n s o l o h o m -

bre , l l am an a l o s re sp e to s an ees t ra l es . In vo ca n a las au tor id ad es de

4

J a c q u e s R a n c i r e , L o

Haine re ta Dmocrotie,

P a r s , L a F a b r i q u e , 2 0 0 5 , p . 4 4 .

2 7


21/114

a s c e n d e n c i a , d e c a p a c i d a d , d e m a n d a m i e n t o . L a m e n t a n ' l a f a m i l i a

devaluada y las f iguras tu te lares de l padre y e l ten iente . Su odio

por la democrac ia t ra ic iona su vr t igo ante la dudosa legi t imidad de

todo poder , y la angust ia de que un derecho nuevo todava se p .ueda

op on e r a l d e r e c h o e s t a b l e c i d o .

M a l e s t a r e n l a d e m o c r a c i a d e m e r c a d o

Despus de los republ icanos v i r tuosos , en adelante l es toca a los

p a l a d i n e s d e la d e m oc r a c i a d e m e r c a d o p r e oc u p a r s e . P i e r r e R os a n v a l l on

d i a g n o s t i c a u n m a l e s t a r d e m o c r t i c o q u e s e m a n i f e s t a r a p o r l a

desacra l izac in de la func in de la e lecc in , la prd ida de centra l idad

del poder adminis t ra t ivo y la desvalor izac in de la f igura del func io-

nar io . E l t r iunfo de la democrac ia s lo hubiese s ido un pre ludio a su

prd ida : La f rontera j ams ha s ido tan tenue entre las formas de desa-

r rol lo pos i t ivo del ideal democrt i co y de las condic iones de su desca-

r r i l a m i e n t o .

5

L a s d e s v i a c i on e s a m e n a z a d or a s d e j a a n t i p o l t i c a y l a

d e - p o l i t i z a c i n s l o s e p u e d e n c on j u r a r s i s e a f i r m a l a d i m e n s i n p r o -

p i a m e n t e p o l t i c a d e l a d e m oc r a c i a .

A l c on s t a t a r q u e l o s oc i a l s e c om p on e c a d a v e z m s d e c om u n i d a -

des de pruebas , de uniones , de s i tuac iones , de para le l i smos entre las

h i s t or i a s , R os a n v a l l on h a c e h i n c a p i e n l a c r e c i e n t e i m p or t a n c i a d e l a

com pasi n y de la v c t im a. En es tas en um era c io ne s , l as c lase s soc ia les

h a n p r c t i c a m e n t e d e s a p a r e c i d o d e l l x i c o , c om o si s u e l i m i n a c i n f u e -

se una fa ta l idad soc io lgica i r revers ib le y no e l resu l tado de un t raba jo

p o l t i c o - e l e l a p r om oc i n i d e o l g i c a y l e g i s l a t i v a d e l i n d i v i d u a l i s m o

5

P i e r r e R o s a n v a l l o n , La Lgitmit dmocratique, P a r s , S e u i l , 2 0 0 8 . , p . 3 1 7 . P a r a E m m a n u e l

T o d d (

Aprs la dmacrat is ,

P a r s , G a l l i m a r d , 2 0 0 8 ) , S a r k o z y n o e s e l v e r d a d e r o p r o b l e m a , s i n o

s o l a m e n t e u n s n t o m a d e u n a i n e s t a b i l i d a d g e n e r a l d e l a d e m o c r a c i a p r o d u c t o d e l a

d e s a p a r i c i n d e l as c r e e n c i a s c o l e c t i v a s p o d e r o s a s y e s t a b l e s , d e o r i g e n r e l i g i o s o , a n c l a d a s

e n l os t e r r i t o r i o s . P a r a l , a i c o n t r a r i o d e l l u g a r v a c o p r o p u e s t o p o r L e f o r t , n o e x i s t e

d e m o c r a c i a v i a b l e s in r a c e s y t r a d i c i o n e s : s e r a h o r a d e r e - a n c l a r , a riesgo d e a c t i v a r ta s

m i t o l o g a s n a c i o n a l e s o c u l t u r a l e s i d e n t i t a r i a s . E n u n m u n d o d e c i r c u l a c i n f i n a n c i e r a s i n

f r o n t e r a s y d e p a r a s o s f i s c a l e s , e n d n d e p r e t e n d e r a u s t e d > S e o r T o d d , q u e l a d e m o c r a c i a

s e a r r a i g a s e ? C m o h a c e r p a r a q u e e s t a b s q u e d a d e o r g e n e s y d e r a c e s n o d e g e n e r e e n u n

c u l t o d e s a n g r e y m u e r t e ?

2 8


22/114

c om p e t i t i v o - e n m a t e r i a d e l o s oc i a l . D e a h e l e n i gm a i n s o l u b l e , e n l os

t r m i n os p l a n t e a d os p or l , d e u n a d e m oc r a c i a s i n c a l i d a d p a r a l os

h om b r e s s i n c a l i d a d e s : c m o h a c e r p a r a q u e u n a p o l t i c a s i n c l a s e s n o

s e a u n a p o l t i c a s i n p o l t i c a ? E l d e s m or on a m i e n t o d e l os h or i z on t e s d e

e s p e r a d e u n p r e s e n t e a ga c h a d o s ob r e s m i s m o a c a r r e a a l m i s m o t i e m -

p o l a d e s t r u c c i n d e l a p o l t i c a c om o r a z n e s t r a t g i c a e x c l u s i v a m e n t e

al benef i c io de la razn ins t rumenta l y ges tora . No es de sorprender ,

e n t on c e s , q u e R os a n v a l l on b u s q u e m u l e t a s p a r a s os t e n e r l a d b i l l e g i t i -

midad del suf ragio en la prol i ferac in de los cargos des ignados en de-

t r imento de los cargos e lec t ivos y en la mul t ip l i cac in de las autor ida-

d e s i n d e p e n d i e n t e s .

E l e s p e c t r o d e la v e r d a d e r a d e m o c r a c i a

L a i n d e t e r m i n a c i n d e l s i gn i f i c a n t e d e m oc r a c i a s e p r e s t a a d e f i n i -

c i on e s v a r i a d a s y a m e n u d o c on t r a r i a s . L a d e R a ym on d A r on , m n i m a y

p r a gm t i c a , p r op on e : l a d e m oc r a c i a c om o l a or ga n i z a c i n d e l a c om -

petenc ia pac f i ca dado e l e j erc ic io de l poder , que presupone las l iber -

tades pol t i cas s in las que la competenc ia t i ene fa l las .

6

All se en-

c u e n t r a , m u c h o a n t e s d e l c l e b r e a n u n c i o d e l d i f u n t o t r a t a d o c on s t i t u -

c ional europeo, la noc in de competenc ia s in fa l las t p ica de l juego

d e m oc r t i c o p a r l a m e n t a r i o y d e l m e r c a d o l ib r e . Q u i n c on t e s t a r a , p r e -

c isaba Claude Lefort , que la democracia est l igada al capital ismo al

t i e m p o q u e s e d i f e r e n c i a d e l m i s m o ? N a d i e , s i n d u d a , p or q u e e l p r o -

b l e m a c on s i s t e e n d e t e r m i n a r e n q u m e d i d a l a d e m oc r a c i a e s t h i s t r i -

c a m e n t e l i ga d a a l c a p i t a l i s m o ( e l a d v e n i m i e n t o d e u n a c i u d a d a n a t e -

r r i tor ia l , l a secular izac in del poder y e l derecho, e l paso de la sobera-

n a d iv ina a la soberana popular , de los su je tos a i pueblo , e tc . ) y en

qu medida la democrac ia se d i ferenc ia de l cap i ta l i smo, cmo lo cr i t i ca ,

.copio lo sobrepasa.

. A - fin d e r e s o l v e r e s t e p r ob l e m a . M a r x s e d e d i c a b a p a r t i r d e 1 8 4 3 , a

su- c r t i c a f r e c u e n t e m e n t e m a l e n t e n d i d a d e la f il os o f a h e ge l i a n a d e l

8

R a y m o n d A r o n ,

Introduction la philosophie politique. Dem ocratic et Revolution,

Livre de

P o c h e , 1 9 9 7 , p . 3 6 . '' "


23/114

G . A G A N B E N , A . S A D I O U , 0 . B E N S A I O , W . B R O W N , J - L N A N C Y ,

J .

R A N R E , K . R O S S , S . Z I Z E K

d e r e c h o y e l E s t a d o . E n s u m a n u s c r i t o d e K r e u z n a c h , u n p e n s a m i e n -

t o d e i o p o l t i c o y u n p e n s a m i e n t o d e l a d e m oc r a c i a p a r e c e n e s t a r f u e r -

t e m e n t e v i n c u l a d o s .

7

A u n q u e T o c q u e v i l l e r e l a c i o n a l a d e m o c r a c i a c o n

e l E s t a d o ( e l E s t a d o d e m oc r t i c o ) p a r a d e s v i n c u l a r l a d e l a r e v o l u -

c i n , el j ov e n M a r x a f i r m a q u e e n l a v e r d a d e r a d e m oc r a c i a , e l E s t a d o

p o l t i c o d e s a p a r e c e r a . S u r g e p r e c o z m e n t e , e n t o n c e s , e l t e m a d e l a

a b o l i c i n o e l d e b i l i t a m i e n t o d e l E s t a d o . S i n e m b a r go , a f i r m a r q u e e n

l a v e r d a d e r a d e m oc r a c i a e l E s t a d o p o l t i c o d e s a p a r e c e r a n o s i gn i f i -

ca n i una d isoluc in de lo pol t i co en lo soc ia l , n i l a h ipstas i s de l

m o m e n t o p o l t i c o e n f o r m a p o s e e d o r a d e l o u n i v e r s a l : E n l a d e m o -

c r a c i a , n i n gu n o d e l os m om e n t os a d q u i e r e u n a s i gn i f i c a c i n q u e n o l e

c or r e s p on d a : c a d a u n o e n l a r e a l i d a d n o e s n a d a m s q u e u n m om e n t o

del demos t o t a l . Y la p o l t i c a s e r e v e l a , p u e s , c o m o el a r t e e s t r a t g i c o

d e l a s m e d i a c i on e s .

E s t a s i n t u i c i o n e s d e j ov e n n o s on e n l a ob r a d e M a r x u n c a p r i c h o

r e p e n t i n a m e n t e a b a n d on a d o a f a v or d e u n a v i s i n s i m p l i f i c a d a d e l a

r e l a c i n c on f l i c t i v a e n t r e d o m i n a c i n y s e r v i d u m b r e . L a v e r d a d e r a

d e m o c r a c i a n u n c a s e o l v i d a p o r c o m p l e t o . M i g u e l A b e n s o u r a f i r m a

q u e p e r s is t e c o m o d i m e n s i n o c u l t a l a t e n t e , c o m o u n h i lo c o n d u c t o r

re\ 'ncu]ando los tex t os de la ju ve n tu d con aq ue l los sobre la Co m un a

de Pars o con la Critica del programa de Gotha,

*

scasez de

la p o l t i c a ? I n t e r m i t e n c i a s d e la

d e m o c r a c i a ?

L a c on t r a d i c c i n y l a a m b i v a l e n c i a d e l a p r e t e n s i n d e m oc r t i c a s e

v u e l v e n m a n i f i e s t a s f r e n t e a l a g l ob a l i z a c i n l i b e r a l . N o e s d e s or p r e n -

der qu e la c r t i ca de la i lus in d em oc rt i ca y la c r t i ca , de Car l Sc hm it t ,

d e l a i m p ot e n c i a p a r l a m e n t a r i a t e n ga n e l v i e n t o e n p op a y q u e s e y . f p i

g u e n d e l o t r o r a t r i u n f a n t e m o r a l i s m o h u m a n i t a r i o .

0

Estas cr t icas rael i - , .

c a l e s t i e n e n m u c h o e n c o m n y a v e c e s p a r e c e n c o n f u n d i r s e . S i n . e m -

b a r go , s e d e s p l a z a n e n s e n t i d os d i s t i n t os , i n c l u s o op u e s t os . :

7

M i g u e l A b e n s o u r ,

La Dmocratie contre i'tat,

Paris, Puf, 1997.

8

C a r l S c h m i t t ,

Parlementarsme et dmocratie,

P a r s , S e u i t , 1 9 8 8 .


24/114


La cr t i ca p la tnica contra la t i ran a de l nmero y e l pr inc ip io

m ay or i ta r io l leva a Ala in Ba diou a yu xta po ne r la po l t i ca a la co nfro n-

tac in s in verdad de la p lura l idad de op in iones . Segn Ranc icre , l a

d e m o c r a c i a c o m o m o v i m i e n t o e n e x p a n s i n p e r m a n e n t e s e o p o n e a la

d e m oc r a c i a s e g n l a c on c e p c i n d e l a s c i e n c i a s p o l t i c a s , c om o i n s t i t u -

c in o rgimen. Ambos parecen compar t i r (a idea de que la pol t i ca , de i

orden de la e xc ep ci n e ve ntu al y no de la his to r ia o de 1.a po l ic a , es

e s c a s a e i n t e r m i t e n t e ; H a y p oc a y e s s i e m p r e l oc a l y oc a s i on a l , e s -

c r i b e R a n c i r e . A m b os c om p a r t e n u n a c r t i c a d e l a e l e c c i n , c om o r e -

du cc in del pu eb lo a su forma es tad s t i ca . En es tos t i e m po s de evalua-

c iones de todo t ipo , en que todo debe ser cuant icado y medible , en

que e l nmero cuenta con toda la fuerza de la l ey , en que mayor a

equ ivale a verda d , es tas c r t i ca s son nec esa r ias . P ero son suf i c ien tes?

F i l s o f o r e y

Les debo dec i r que no respeto en lo absoluto e l suf ragio universa l ,

en s ; depende de lo que hace . E l suf ragio universa l ser a lo nico que

s e t e n d r a q u e r e s p e t a r i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l o q u e p r od u z c a . Y p or

q u ?

9

Es te desaf o a la l ey del nmero y del suf ragio recuerda acer ta -

d a m e n t e q u e u n a mayora nu m r ica nu n ca es pru eb a de la verdad n i de

la j u s t i c i a , P e r o n o d i c e n a d a d e la c o n v e n c i n s o c i a l y d e l f or m a l i s m o

jur d ico s in e l que e l derecho se reduce en def in i t iva a la fuerza , y e l

p lura l i smo, a la merced de la arb i t rar iedad de cada uno.

En la obra de Badiou , la c r t i ca rad ica l de la democrac ia descansa en

su-dent i f i cac in pura y . senc i l la con e l cap i ta l i smo y la equivalenc ia

mercant i l segn la cual todo t iene va lor y todo t iene equivalenc ia :

' .Si la democracia es representacin, lo es por el sistema general

que le da forma. Dicho de otra manera, la democracia electo-

ral es representativa en la medida en que sea la representacin

consensual del capital ismo, hoy en da l lamado 'economa de

mercado ' . Ante semejante grado de corrupcin de pr inc ip io ,

3

Aan Barl'inij.

De auoi Sarkozv est-il te nom?,

P a r s , E d i t i o n s L i g n e s , 2 0 0 7 , p . 4 2 .


25/114

G . A G A M B E N , A . B A D I O U , D . B E N S A I D , W . B R O W N , 3 - L N A N C Y , 3 . R A N C I R E , K . R O S S , S . Z I Z E K

para Marx la nica alternativa era una dictadura transitoria

que llamaba d ictadura del proletariado . La palabra era fuerte,

pero aclaraba las sutilezas de la dialctica entre representa-

cinycorrup cin.'

0

Para Marx, pues, la dictadura no es del todo ant inmica a la demo-

cracia, y la dictadura democrt ica para Lenin no es en lo absoluto

u n o x m o ro n .

Segn Badiou, el enlace de las secuencias histricas revela una cons-

tante, como si el desarrollo y el desenlace de cada secuencia, sostenida

por la fidelidad a un evento inaugural, fuesen indiferentes a las orienta-

ciones y decisiones de los actores:

El enemigo de la democracia slo ha sido el despotismo de

partido nico (el mal llamado totalitarismo) en la medida en

que este despotismo cumpla la finalidad de una primera se-

cue ncia de la Idea com un ista. La n ica verdadera cuestin es la

de abrir una segunda se cuen cia de esta Idea que la haga preva-

lecer sobre el juego de los intereses por otros medios que no

sean el terrorismo burocrtico. Una nueva definicin y una

nueva prctica, en suma, de lo que fue nom brad o dictadura

del proletariado.

Ante la falta de reflexin crtica, histrica y social sobre las secuencias

pasadas, esta novedad indeterminada se vuelve vaca. Simplemente nos

remite a una experimentacin por venir. Sin embargo, el lo significa que

nada se puede hacer sin disciplina, pero que el modelo mil i tar de

esto debe ser superado.

11

En el mismo artculo, Badiou invoca una ter-

cera etapa del comunismo, centrada en el f in delas separaciones social

listas, la repudiacin de los egosmos reivindicatoros; la crtica del ffio^f

tivo de la identidad y l proposicin de una disciplina no mili tar. En

qu podra consistir esta disciplina no mili tar? Misterio. A falta de un

acuerdo democrt icamente consentido con vistas a un proyecto comn,

w

Ibid., p. 122.

w

A l a i n B a d i o u , M a i 6 8 p u i s s a n c e 4 " , e n

Bbord,

a b r i l d e 2 0 0 8 .

3 2


26/114


la disciplina slo se podra basar en la autoridad de una fe rel igiosa o en

un conocimiento f i losf ico, y su palabra de verdad.

A diferencia de Marx, Badiou no toma una posicin dentro de los

l mites de la contradiccin efectiva del tema democrtico para hacerlo

explotar desde adentro. Lo descarta l isa y l lanamente:

Este punto es esencial: desde el principio, la hiptesis comu-

nista no ha coincidido en lo absoluto con la hiptesis demo-

crt i ca que conduce a l par lamentar i smo contemporneo.

Subsume otra historia, otros eventos. Lo que, segn la hipte-

sis comu nista, parece im po rtan te y creador es de una natura le-

za distinta a la que selecciona la historiografa democrtica

burguesa. Es por el lo que Marx ( . . . ] se deshace de todo

politicism o dem ocr tico al sos tene r, en la escuela ele la Co m u-

na de Pars, que el Estado b urg us , si es tan dem ocrtico com o

se pretende, debe ser destruido.

n

S , pero despus ele la destruccin? La tabla rasa, la pgina en

blanco, e l comienzo absoluto en la pureza cronolgica? Como s i l a

revolucin no entrete j iese el evento y la histor ia , e l Reto y el proceso,

lo cont inuo y lo d iscont inuo. Como s i uno no volv iese a empezar por

el medio. La cuestin irresuelta en la obra de Badiou es la del estal inis-

m o, y - a n o c on f u n d i r s e - e l m a o s m o. D e s d e l os t i e m p os d e S t a l i n ,

escr ibe en su panf leto contra Sarkozy, cabe remarcar que las organiza-

c iones pol t i cas obreras y populares se por taban in f in i tamente mejor , y

que e l cap i ta l i smo era menos ar rogante . Ni s iquiera hay comparac in .

Esta frm ula , c laro es t , pa rec e una p rov oca c in . S es ind iscu t ib le que

los part ido s y los s ind icato s ob re ro s hayan s ido m s fuertes d esde los

t iempos de Stal in, este s imple planteo no permite decir s i fue gracias

a o a pesar de l , n i sobre todo lo que les ha costado y s igue costando

a l os n ov i m i e n t os d e e m a n c i p a c i n . L o e x p u e s t o e n Liberacin es m s

pru den te : Mi n ica qui tada de so m bre ro a S ta l in : daba m iedo a los

capital istas. Sin embargo, esta quitada de sombrero est de ms. Stalin

daba m iedo a los capital is tas , o era otra cosa; las grand es luc ha s ob reras

" A l a i n B a d i o u ,

De quoi Sarkozy...,

op. rit , p . 134 .

1 3

V e r L u c i a n o C a n f o r a ,

lo Dm ocratie, histoire d'une Ideologie

, Paris, Seuil , 20 07 .


27/114

U . A G A M B E N , A . A D I O U , . B E W S A D , W . B R O W N , 3 - L N A N C Y , 3 . R A H C I R E , K . R O S S , S . Z I I :

de los aos 1930, las mil ic ias obreras de Astur ias y Catalua, las mani-

festaciones del Frente Popular? Hl rmedo de las masas, en suma. En

numerosas c i r cunstanc ias , S ta l in no era e l nico que daba semejante

miedo a los cap i ta l i s tas . Du rante las jorn ad as de m ayo de 19 37 en Bar -

c e l on a , e l p a c t o ge r m a n o- s ov i t i c o , l a gr a n p a r t i c i n d e Y a l t a , e l

desarmamiento de la res i s tenc ia gr iega , fue ms b ien su aux i l iar .

1 3

En la obra de Badiou, la cr t ica del estal inismo se reduce a una cues-

t in de mtodo:

No se puede dirigir-la agricultura o la industria con mtodos

militares. No se puede pacif icar a una sociedad mediante la

violencia del Estado. Lo que se debe concretar es la posibil i -

dad de organizarse en partido, lo quo se puede llamar la for-

ma-partido.

Co nclu ye por abordar la c r i t i ca super f ic ia l de los euro com unis tas

desengaados que , ind ispuestos a darse cuenta de lo h is tr icamente

indito, han hecho desencadenar las tragedias del s iglo de una forma

par t id is ta y de un mtodo organizac ional . Bastar a , entonces , renun-

c iar a la forma-par t ido? Como s i un evento de ta l impor tanc ia como

una contrar revoluc in burocrt i ca , sa ldada por mi l lones de muer tos y

depor tados , no provocase dudas de una natura leza netamente d is t in ta

sobre las fuerzas sociales vigentes , sobre sus relaciones con el mercado

m un dia l , so br e los efectos de la div isin so cia l del tra ba jo, sob re las

formas econmicas de t rans ic in , sobre las ins t i tuc iones pol t i cas . Y s i

e l par t ido no fuese e l problema, s ino un e lemento de la so luc in?

E l i r r e d u c t i b l e e x c e s o d e m o c r t i c o

A r i e s go d e u n c on t r a s e n t i d o a b s o l u t o , a l gu n os - p e r i od i s t a s i gn o-

rante s y/o pe rezo sos han co nfu nd ido la inc l in ac i n de RaS&et fe -por

e l exceso democrt i co con la democrac ia par t i c ipat iva iM^ td-a a l

e s t i l o d e S go l n e R oya l . E n l a s a n t p od a s d e l or d e n j u s t ^ l a - d e m o-

cra cia no es en s un a forma de Estad o. Es so bre todo- sa co nd ici n

paradj ica de la pol t ica , ese punto en donde tod '

l egi t imidad se en-

f renta a su au senc ia de l t im a legi t imida d , a la con t in g nc ia igual i tar ia

que as imismo sost iene la cont ingenc ia no igual i tar ia . Es la acc in

que les ar ranca s in parar a los gobiernos o l igrquicos-e l monopol io de

3 4


28/114

D e m o c r a c i a , e n q u . e s t a d o ?

la v ida pblica , y a la r iqueza, e l poder tota l sobre sus vidas .

1 4

No es

ni una forma de gobierno , n i un es t i lo de v ida soc ia l , s ino e l modo

de sub je t ivac in por e l cua l ex is ten los su je tos pol t i cos , que se pro-

p o n e d e s a s o c i a r e l p e n s a mi e n to d e l a p o l t i ca d e l p e n s a mi e n to d e l

p o d e r .

1 5

No es un rg imen pol t i co , s ino la propia ins t i tuc in de

la pol t ica .

Durante un coloquio de Cerisy, Rancire respondi a los part ic ipan-

tes que le reprochaban la ausencia de respuestas prct icas a las cuest io-

nes es tratgicas de org an izac in y de part ido , que nu nca m ostraron

inters en la cuest in de las formas de organizacin de las colect iv ida-

des pol t icas .

3 6

Para l es ms importante , s in entrar en izquierdismo

especula t ivo , pensar pr imero la pol t i ca como produccin de un de-

t e r m i n a d o e f e c t o , c o m o a f i r m a c i n d e u n a c a p a c i d a d y

reconfiguracin del terr i tor io de lo vis ib le , de lo pensable y de lo

posible . No obstante , en un planteamiento poster ior , matiza su posi-

c in ;

No

se trata de desacreditar el principio de la organizacin en

benef icio de una valor izacin exclus iva de las escenas explos ivas . Mi

propuesta se posiciona por fuera de toda polmica u oposicin organi-

z a c i n co n t r a e s p o n ta n e i d a d .

1 7

Llama sobre todo a repensar lo que

pol t ica quiere decir ; La pol t ica es en sentido estr icto anrquica , es

decir , s in fundamento previo .

Decadencia del Estado y/o 1. a p o l t i c a

Nu tridos de. la exp er ien cia de la revo luc in h ng ara de 19 56 y el

despotismo burocrtico en

Europa oriental , Agnes Heller y Perene Feher,

s in de jar de combatir e l fe t ichismo del Estado, rechazaban la vis in

^ utpica de la abolicin total del Estado y las instituciones. All se trata-

ba

no

slo de una empresa imposible , s ino de una utopa que impedi-

' ra pensa

;

r rnoHelos a l ternativos de Estado e inst i tuciones en los que la

al iena cin ir ia^ism inu yen do >> . Si e l Estad o engu lle a la sociedad , las

" J a c q u e s R a n c i r e , La Haine de ta dmocratie, op. cit, p p . 1 0 3 - 1 0 5 .

1 5

J a c q u e s Rancire, Au hord du politique, P a n ' s , L a F a b r i q u e , . 1 9 9 8 , p . 1 3 .

56

La Philosoph ie dplace, c o l o q u i o d e C e r i s y, H o r i e u d i t i o n s , 2 0 0 6 .

" R e c o g i d o d e

Potiquem ent in corrects. Entretieris po ur te XX Ie sice,

D a n i e l B e n s a i d ( e d . ) ,

P a r i s , T e x t u e l , 2 0 C S .

;

3 5


29/114

G . A G A M B E N , A , B A Q O U , D . B N S A S D , W . B R O W N , J - L . N A N C Y , J . R A N C I R E , K . R o s s , S . Z I S K

l ibertades democrticas estn condenadas a desaparecer.

Y

si no se pue-

de imaginar una sociedad q ue exprese una voluntad hom ogn ea, se de be

concebir un sistema de contratos que asegure la consideracin de la vo-

luntad y los intereses de todos. Es entonces necesario contemplar la for-

ma concreta que tomar el e jercicio deXa democrac ia . "

5

E s ta c r t i ca d e l to ta l i t a r i s mo b u r o cr t i co l e s p r o p o r c i o n a l o s

eu roco m un is tas de los anos 19 80 la jus t i f i ca c i n ter ica de su sum i-

s i n i n co n d i c i o n a l a l o s d i c t me n e s d e l ca p i ta l v e n t r l o cu o . N o r e v e -

laba las oscuridades y los pel igros asociados con la formulacin mar-

xis ta indecisa de la decadencia del Estado. El poder del Estado est

a par t i r de ahora abol ido , Marx escr ib a contundentemente con res -

pecto a las se is semanas de l iber tad comunal de la pr imavera de 1871 .

Abol ido? Es una pa labra fuer te . Parece contradecir las polmicas con-

tra Proudhon o Bakounine, en las cuales Marx se opone a la idea de

que una abol ic in , de l sa lar iado o de l Es tado , se pueda decre tar . En-

tonces , se trataba sobre todo de un proceso en e l cual caba reunir las

condic iones de pos ib i l idad mediante la reduccin de l t iempo de t ra -

ba jo , la t rans formacin de las re lac iones de propiedad, la modi f ica -

c in radica l de la organizac in de l t raba jo . De ah los t rminos proce -

sa les de ext inc in o decadencia (de l Es tado) que , a l e j emplo de la

r e v o l u c i n e n p e r ma n e n c i a , h a ce n h i n ca p i e n e l v n cu l o e n t r e e l

acto y la durac in.

No se trataba de interpretar la decadencia del Estado como la absor-

cin de todas sus funciones en la autogest in socia l o en la s imple ad-

minis tracin de las cosas . Ciertas funciones centrales deben seguir

ex is t iendo, pero como funciones pbl icas ba jo contro l popular . La de-

cadencia del Estado no s ignif ica , pues , la decadencia de la pol t ica o su

extincin en la s imple gest in racional de lo socia l . Tambin puede

s igni f i car la ext en s i n de l dom inio de la luc ha p ol t i ca , por la de -

burocra t izac in de las ins t i tuc iones y la pues ta en de l iberac in perma-

nente de la cosa pblica . Esta interpretacin se hal la just i f icada por la

introduccin de Engels a la edicin de 1891 : e l proletar iado, escr ibe en

aquel momento , no podr de jar de recor tar los cos tados ms dainos

del Estado hasta que una generacin .crezca en las condiciones socia les

5 1

A g n e s H e l l e r y P e r e n e F e h e r , Marxism e t dmocratie, p e t i t e C o l l e c t i o n M a s r t e r o , 1 9 8 1 , p p .

1 2 7 , 2 3 7 y 3 0 1 . '

1 6


30/114

D e m o c r a c i a , en q u e s t a d o ?

nuevas y l ibres , es decir , en es tado de deshacerse de todo e l desorden

del Estado. No se trata de proclamar en forma abstracta la abol ic in

por decreto del Estado, s ino de reunir las condiciones que le permitan

sal ir de su desorden burocrt ico . La toma del poder es slo un premio

ms, un co m ienz o, e l inicio de un pr oc es o y n o e l f in . .

L a c u l p a d e R o u s s e a u ?

Las contradicciones efect ivas de la democracia (y no sus parado-

jas , como escr ib a Norberto Bobbio hace t iempo atrs) es tn inscr i tas

en las aporas del contrato socia l . Puesto que, segn Rousseau, queda

acordado que la fuerza no hace e l derecho y que uno se ve obl igado

a obedecer slo a los poderes leg t imos, se plantea la cuest in del fun-

damento de la legit imidad y la tens in insuperable entre legal idad y

legitimidad. De una a otra, el l lamado sigue abierto. El derecho a la

ins urr ecc in insc r i to en la co ns ti tu ci n del Ao 11 es la im posib le tra-

duccin jur d ica de e l lo .

Si la l ibertad es el ob ed eci m ien to a la ley qu e se pre scr ib e , imp lica

su propia ne ga ci n, a saber, la a l iena cin tota l de cada asociad o y de

todos sus derechos a toda la comunidad, ya que cada uno a l drseles a

todos no se le da a ninguno. Cuando cada uno pone a su persona

bajo la suprema direccin de la voluntad general , se consti tuye una

persona pblica o un cuerpo pol t ico l lamado Estado s i es pas ivo,

Soberano s i es act ivo."La sumis in voluntar ia a la ley impersonal que

rige para todos reemplaza la dependencia personal y arbitrar ia del An-

t iguo R

Giorgio Agamben Et Al - Democracia en Qué Estado

Documents

Transcript of Giorgio Agamben Et Al - Democracia en Qué Estado