Giancarlo Pasquali Centro de Biotecnologia e Instituto de Biociências
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Giancarlo PasqualiGiancarlo PasqualiCentro de BiotecnologiaCentro de Biotecnologia
e Instituto de Biociênciase Instituto de Biociências
Universidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do Sul
Levantamento de Dados e Levantamento de Dados e Referências com Vistas a Definições Referências com Vistas a Definições de Isolamento de Experimentos com de Isolamento de Experimentos com Plantas Transgênicas de Plantas Transgênicas de EucalyptusEucalyptus

E. grandis E. pellita
E. globulus E. salignaG.Pasquali – CBiot/UFRGS

Planta ?
Gene ?
Ambiente ?
Prática agrícola/silvícola ?G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Gene ?
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

TransgenesTransgenes
Tolerância/resistência a herbicidas
Resistência a insetos e nematóides
Resistência a patógenos virais, bacterianos ou fúngicos
Tolerância a estresse hídrico
Tolerância ao frio
Tolerância à salinidade
Alteração da taxa de crescimento
Qualidade da madeira
- Ligninas
- Polissacarídeos
- Fibra (morfologia, densidade)
OGMs para a Produção de Celulose ou MadeiraOGMs para a Produção de Celulose ou Madeira
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Boerjan et al. (2003)Annu. Rev. Plant Biol. 54: 519-546
Biossíntese de ligninas & Transgenia
CAD – álcool cinamílico desidrogenase4CL - 4-cumarato:CoA ligaseC3H - p-cumarato 3-hidroxilase (??)C4H - cinamato 4-hydroxilaseCCoAOMT - cafeoil-CoA o-metiltransferaseCCR - cinamoil-CoA redutaseCOMT – ácido caféico o-metiltransferaseHCT - p-hidroxicinamoil-CoA: cinato-chiquimato p-hidroxicinamoiltransferase (??)F5H - ferulato 5-hidroxilasePAL - fenilalanina amônia-liaseSAD - álcool sinapílico desidrogenase
Fatores de transcrição (LIM, MYB)Proteínas sinalizadoras

Escolha dos transgenes e regulação da expressão:
Melhor nível para a prevenção de “acidentes”Melhor nível para a prevenção de “acidentes”
Tolerância e Resistência
X
Qualidade da Madeira
Questão fundamental:
A expressão transgênica irá afetar a adaptabilidade e a capacidade
competitiva, aumentando a invasividade ou a “agressividade” no
ambiente? Resposta dependerá de modelagens e experimentos a campo
OGMs para a Produção de Celulose ou MadeiraOGMs para a Produção de Celulose ou Madeira
G.Pasquali – CBiot/UFRGSFarnum et al. (2007) - Tree Genetics & Genomes 3:119-133

Alterações da qualidade da madeira
- Redução de ligninas e/ou aumento dos teores de celulose
- maior eficiência de produção de celulose e papel- menor poluição ambiental decorrente do processamento industrial- maior fixação de carbono em virtude da mais rápida renovação de florestas- menor necessidade de energia derivada de petróleo
OGMs para a Produção de Celulose ou MadeiraOGMs para a Produção de Celulose ou Madeira
G.Pasquali – CBiot/UFRGSFarnum et al. (2007) - Tree Genetics & Genomes 3:119-133

Biossegurança e VGMsBiossegurança e VGMs
GURTs (“Tecnologias de Restrição de Uso Genético”)
= tecnologias de verdadeira contenção ou confinamento genético
Farnum et al. (2007) - Tree Genetics & Genomes 3:119-133Finstad et al. (2007) - Tree Genetics & Genomes 3:135-139
Lei 11.105 / 2005 Restrição a GURTs

Planta ?
Ambiente ?
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

PolinizaçãoPolinização
Eucalyptus – insetos (e pássaros)
> 600 espécies > 3.000 híbridos
Eucalyptus vernicosa
Eucalyptus ovata
Eucalyptus cordata

G.Pasquali – CBiot/UFRGS

A distância mediana de busca por alimento foi de 6,1 km, com média de 5,5 km. - 10% das abelhas buscaram alimento a um raio de 0,5 km da colméia;- 50% das abelhas buscaram alimento a um raio de 6,0 km da colméia;- 25% das abelhas buscaram alimento a um raio de 7,5 km da colméia; - 10% das abelhas buscaram alimento a um raio de 9,5 km da colméia;

Brasil:Brasil: Ausência de espécies nativas sexualmente compatíveis
Mundo:Mundo: Oceania (Eucalyptus)
OGMs para a Produção de Celulose ou MadeiraOGMs para a Produção de Celulose ou Madeira
EucalyptusEucalyptus
AMBIENTEAMBIENTE
Maior vetor de sementes de importância econômica: Maior vetor de sementes de importância econômica: Homo sapiens sapiens “spertus”Homo sapiens sapiens “spertus”
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Produção de Mudas de EucalytpusClones X Sementes
• Anuário Estatístico 2007 da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF)
• Relatório da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), Novembro de 2006
• Florestas derivadas de sementes são plantadas, principalmente, por pequenos agricultores na forma de fomento e arrendamento (ABRAF, pág. 31). Os fomentados, incentivados por empresas, correspondem a 23,5% do total (SBS, pag. 33).
• Tanto fomentados como agricultores que arrendam terras estão, cada vez mais, trocando mudas derivadas de sementes por mudas clonadas.

22%

Fluxo gênico: problema para as culturas de árvores não transgênicas e também para as transgênicas – tendência à diluição do efeito transgênico.

dispersão de propágulos Fluxo gênico + adaptabilidade
Farnum et al. (2007) - Tree Genetics & Genomes 3:119-133
Produção de pólenviável
Alcance de flores
receptivas
Sucesso na fertilização
Desenvolvimento de
sementes viáveis
Sucesso na germinação
Sobrevivência do
vegetal
AlogamiaX
Autogamia
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Prática agrícola/silvícola ?G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Tecnologias para o Melhoramento de Tecnologias para o Melhoramento de EucalyptusEucalyptusTecnologias para o Melhoramento de Tecnologias para o Melhoramento de EucalyptusEucalyptus
Cruzamentos controladosCruzamentos controlados Cruzamentos controladosCruzamentos controlados
Testes de progêniesTestes de progênies Testes de progêniesTestes de progênies Seleção de árvores-eliteSeleção de árvores-elite Seleção de árvores-eliteSeleção de árvores-elite
Clonagem de árvores-eliteClonagem de árvores-elite Clonagem de árvores-eliteClonagem de árvores-elite Plantios clonais de alta produtividadePlantios clonais de alta produtividade Plantios clonais de alta produtividadePlantios clonais de alta produtividade
Marcadores moleculares em Marcadores moleculares em apoio ao melhoramentoapoio ao melhoramento
Marcadores moleculares em Marcadores moleculares em apoio ao melhoramentoapoio ao melhoramento
D. Grattapaglia – CENARGEN/EMBRAPA

Assis T.F., Warburton P., Harwood C. Assis T.F., Warburton P., Harwood C. Artificially induced protogyny: an Artificially induced protogyny: an advance in the controlled pollination advance in the controlled pollination of of EucalyptusEucalyptus.. Australian Forestry Australian Forestry 6868: : 27-33 (2005)27-33 (2005)
Assis T.F., Warburton P., Harwood C. Assis T.F., Warburton P., Harwood C. Artificially induced protogyny: an Artificially induced protogyny: an advance in the controlled pollination advance in the controlled pollination of of EucalyptusEucalyptus.. Australian Forestry Australian Forestry 6868: : 27-33 (2005)27-33 (2005)
Flores em fase de abertura – Flores em fase de abertura – flores protândricasflores protândricas
Flores em fase de abertura – Flores em fase de abertura – flores protândricasflores protândricas
Corte e exposição de estigmaCorte e exposição de estigmaCorte e exposição de estigmaCorte e exposição de estigma
Polinização diretamente no estigmaPolinização diretamente no estigmaPolinização diretamente no estigmaPolinização diretamente no estigma
Frutos em desenvolvimentoFrutos em desenvolvimentoFrutos em desenvolvimentoFrutos em desenvolvimento
Produção de sementesProdução de sementesProdução de sementesProdução de sementes

Pomar Pomar IndoorIndoor - Hibridação em Larga Escala - Hibridação em Larga EscalaIndução de Florescimento + Métodos de PolinizaçãoIndução de Florescimento + Métodos de Polinização
Pomar Pomar IndoorIndoor - Hibridação em Larga Escala - Hibridação em Larga EscalaIndução de Florescimento + Métodos de PolinizaçãoIndução de Florescimento + Métodos de Polinização
Assis et al. (2005) Eucalyptus. Australian Forestry 68: 27-33

Processo Silvicultural de Produção Comercial de Processo Silvicultural de Produção Comercial de EucalyptusEucalyptus
Mudas clonais: mudas derivadas de (macro)estaquia ou de micropropagação in vitro
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Processo Silvicultural de Produção Comercial de Processo Silvicultural de Produção Comercial de EucalyptusEucalyptus
Mudas clonais: mudas derivadas de (macro)estaquia ou de micropropagação in vitro
Polinização cruzada entre clones = autopolinização
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

- A eliminação de plantas espontâneas é prática convencional nos maciços de Eucalyptus;- Folhagem e cascas são removidas ainda no campo e deixadas para incorporação ao solo;- Novas mudas clonais são plantadas entre “tocos” em menos de um ano;- As toras são transformadas em serragem e “cozidas” a 150 oC em presença de álcali.
G.Pasquali – CBiot/UFRGS


Linacre & Ades (2007) – Ecological Modelling 179: 247-257
Zona de amortecimento (buffer) área livre

- Sistema diplóide, dois alelos, um locus;
- Idêntica adaptabilidade entre VGM (GG) e VñGM (gg);
- Modelo de 10 x 10 árvores, cada uma com copa de 10 m de diâmetro
(100 m2) – Diferentes distâncias de amortecimento entre GM e ñ-GM;
- Períodos 30-100 anos – permitindo geração e floração de progênies;
- Taxas de autopolinização e polinização cruzada foram consideradas em
função das distâncias entre indivíduos;
- Mortalidade e distúrbios – remoção e substituição aleatória de indivíduos;
- Dispersão de pólen: todas as árvores são igualmente férteis – 2 cenários
de dispersão de pólen: 4% e 25% de autopolinização;
- Dispersão normal de sementes: 2X altura das árvores (~2 x 25 m = 50 m)Cremer (1966) Australian Forestry 30: 33-37Cremer (1977) Australian Forestry Research 7: 228-228
- Competição entre plântulas – não há seleção e determinação do genótipo
será meramente definido pelo número de sementes na unidade de espaço.
Linacre & Ades (2007) – Ecological Modelling 179: 247-257

Linacre & Ades (2007) – Ecological Modelling 179: 247-257

CONCLUSÕES
Pólen de Eucalyptus
- Dispersão por insetos (> 95% Apis mellifera).
- Distâncias de polinização mediada por abelhas variam muito conforme raças de abelhas e espécies vegetais, bem como em virtude da geografia e clima.
- Diferentes artigos documentam distâncias máximas de migração em relação à colméia variando de 1 a 10 km.
- Não há relatos de distâncias de polinização de Eucalyptus por abelhas nos ambientes brasileiros.
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Sementes de Sementes de EucalyptusEucalyptus
- Em condições naturais, a germinação de sementes e a
sobrevivência de plântulas é muito baixa. A prática
silvícula auxilia a eliminação de excepcionais mudas
espontâneas.
- A dispersão de sementes é restrita às proximidades das
árvores genitoras.
Eucalyptus delegatensis Eucalyptus coccifera
1 mm
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Recomendações: Liberações Planejadas no Meio Ambiente de Eucalyptus GM
- Áreas experimentais cercadas por plantios comerciais de Eucalyptus
não necessitarão de bordaduras, desde que uma zona mínima de
amortecimento (100 m) seja garantida, com ou sem árvores nesta zona.
- O proponente deverá garantir a eliminação das árvores comerciais do
entorno conforme procedimentos silvícolas e industriais, não coletando ou
armazenando sementes destas;
- O proponente deverá estabelecer um raio de monitoramento mínimo de
100 m para a (avaliação e) eliminação de plantas espontâneas;
- Para que o monitoramento possa ser garantido, toda a área
experimental deverá estar circunscrita à propriedade do proponente.
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Recomendações: Liberações Planejadas no Meio Ambiente de Eucalyptus GM (continuação)
- O proponente deverá garantir a distância mínima de 1 km em relação a
pomares abertos de sementes.
- O proponente deverá garantir a distância mínima de 1 km em relação a
áreas (colméias) de apicultura comercial ou doméstica.
- Áreas experimentais localizadas fora de plantios comerciais deverão ser
circundadas por bordaduras de 15 m (pelo menos 5 linhas) de Eucalyptus
em idade superior às plantas sob avaliação. Todas as demais
recomendações deverão ser seguidas.
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Recomendações: Liberações Planejadas no Meio Ambiente de Eucalyptus GM (continuação)
- A autorização para Liberação Planejada no Meio Ambiente de
Eucalyptus GM para a resistência a insetos poderá ser realizada após
comprovação, pelo proponente, da inocuidade da atividade inseticida
sobre insetos polinizadores como Apis mellifera.
- Experimentos com Eucalyptus GM contendo gene(s) capaz(es) de
aumentar vantagens adaptativas deverão ter áreas de isolamento e
monitoramento, bem como bordaduras, ampliados. Estas áreas deverão
ser definidas ou aprovadas pela CTNBio conforme o(s) gene(s),
ambiente(s) e as práticas experimentais propostas.
G.Pasquali – CBiot/UFRGS

Zona de Monitoramento
OGM
100 m
100 m
100 m
100 m
Área de Plantio Comercial de Eucalyptus
100 m .........900 m.........900 m
.........900 m
Pomares Sementes
Área de Apicultura
Pomares Sementes
Área de Apicultura
G.P
as
qu
ali
– C
Bio
t/U
FR
GS

Zona de Monitoramento
OGM
100 m
100 m
100 m
100 m
Área Experimental fora de Plantios Comerciais de Eucalyptus
100 m .........900 m.........900 m
.........900 m
Pomares Sementes
Área de Apicultura
Pomares Sementes
Área de Apicultura
Bordadura (15 m)
G.P
as
qu
ali
– C
Bio
t/U
FR
GS