ANO XXXV R:o, ² N.° 1304memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01804.pdf · 2012. 8. 21. ·...
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ANO XXXV.
D.—,. . t, . , ,__. i—i aR:o, I. de Maio de 1940 M. ,an.N.° 1304
ESTADOS — $èOO
O NUMERO DE HOJEde __
CONTOSPOESIASCRÔNICASREPORTAGENSMODASARTESTEATRORADIOMUSICA
O Malho 99
A REVISTA
QUE NO MOMENTO
ESTÁ DESPERTANDO
A MAIOR
ATENÇÃO.
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z7Ctl'^° >_K\_<_F>>_ 5 mt& _ %_h_. Qf \ \ \
y*mMm\ íw^ 23-Kn °Jr \\\^ff^>^^<iVpSé. °f%\ %^ 1\\|
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_____^^^^**___^^^^^**********-l. ^p****-^^
ESTA'À VENDAEM TODOS OS JORNALEIROS
Director-Gerente: A. de Souza e SUva
iP^_J^vlk yg©B8 BBWWMaíus netinhos
A data de hoje é consagrada ao Trabalho.Essa consagração é uma fôrma simbólica por meio da qual se presta home-
nagem justa aos trabalhadores de iodo o Mundo, esses abnegados servidores da
Humanidade, que empregam nas mais variadas fôrmas de atividade os seus es-
forços produtivos, colaborando para o progresso de seus paises e para o bem
estar geral.O UDIA DO TRABALHO" é feste jado em todas as nações civilísadas. Nes-
te dia se evocam os esforços, os sacrifícios, a abnegação de milhões e milhões
de operários de todas as partes da Terra, que tanto contribuem, com a execuçãoda sua tarefa de cada dia, para que a humanidade possa gozar o conforto quegoza.
Porque, meus meninos, sem o esforço humilde e silencioso de tantos homens,
mulheres e mesmo crianças que formam a legião dos trabalhadores de toda a
Terra., seria impossível as industrias se desenvolverem, o comercio entre os
povos alcançar as proporções que tem alcançado, e todos nós nos beneficiar-
mos, como nos beneficiamos, do progresso e do bem estar que tanto nos agrada.
Tudo aquilo que cada um de vocês gósa,, sentindo satisfação e felicidade, a
bôa roupa, o bonito brinquedo, a gulodice, o livro, a revista, o automóvel para
patseio, o remédio que cura as doenças, — tudo, tudo rec-resenta uma grandesoma de esforços, de trabalho, de energia gasta por pessoas que vocês não po-derão avaliar quem sejam. São os obreiros humildes, os trabalhadores devota-
dos, patriotas como todos vocês e que, com a execução das suas pequeninas e
anônimas tarefas, quotidianamente obedecem a lei divina que determinou que o
homem ganhe o pão com o suor do seu rosto até voltar ao pó de onde saiu.
Glorifiquemos, meus netinhos, no dia que passa, o homem trabalhador.
Glorifiquemos pe*quenos e grandes, os que executam fiel e honestamente, de
sol a sol, cada dia, no campo ou na oficina, no "atelier" ou na fabrica,, as suas
parcelas de trabalho construtivo e útil á coletividade.
VOVÔ
O TICO-TICO 1 — Maio — 1940
-___¦ BS
Fk VERD/.DCIR/.
Não lhe disseque isto era
fácil ?
Sim, mts ainda nãonos podemos sentir se-
guros.
Que acon-teceu 7
Outro assalto! Doisseguidos, com revolvers e ca ra bi nas.Chame os G - Men
ék^$&^WMs£-%it!W^S:' IEEE'**''
1**aS*' Entrementes, a sorte fugia ao.
/
1 — Maio — 1940 — 5 — O TICO-TICO
mm _e 4 *
H I S T O R I ft DE
... . TKffl(frmV?ft \, I Fizemos o trabalho, Johnny! Ttva-Alto, agentes Pre- \SlSilrCÍ(y Vocês po- */ ... .,'HTQBtiSr _„ _¦ H________( mos um acidente e roubamos umcisamos do seu carro. _B__T_y dem ut'" 9\ _ j ac Y<___T_KÍ»( Usar lü oarro Ra esfrada-A .«i estamos.
/Of]f 1 jJÉnHF* \^H«^ í____i_________a__i
DEPOIS DO
ASSALTO
DO BANCO
KATONAH,
APPLEGATE
ENVIOU
SUHAY PA-RA CON-SULTAR
JOHNNY
MAU RER.
e
Vocês não podemmais aqui. Os G-MCompreendem, e satemorisado.
ficar „ , .. Você ficará sendo "y-^ai -»' *^^Podemos i u- - . - .. _ -„,,-„,_„ \ t_cT f en.. ri .. o nosso correspci- =ÊÍ=S_„ E__Sdi-los. Mas.de dente aqu;_ M.,_,__ YWajSfcJ&rqualquer ma- „,,_ . nos !nformado| ^Sç^^S® 7
__ neira nao va- j,. _ ._ ffjfc i_—i_^_-"V. -^ .. dos acontecimentos. vlh^l r"5 liT^*——^_ -_^" mos ticar aqui. n- d__- -JU /. .' ÍL<fí_> \ i estamos de ,-, J^t-"!"*^, ___í"t?»XTriZc- \\ mos Para ° Oeste. ÜBi '/WifiM
AAAW.jfT***. v"Ym pàra Y_ -_v-füV I j
Eoa vida, companhei-ro ! E os agentes crómque estou na Inglater.ra, deportado.
Elos nunca suspeita-rão de mim, pois voucciruir.icar-me, comodo costume, com o De-partamento dos Libe-racíos Ccndicionaes co-mo um bom rapaz!
J^ajv^w Um quarto para dois foi o melhor que j WKT^if^SfA encontrei. Não creio que nos sirva J f
R_ifi_lT3h-íi!_4II WW& //^»\IjL»_^f^r/^^Yl ^V^t / /H *lf|'""/Y>7 '/* ®%£r
8 NO Dli. SEGUlMTf JMBDS CHEGAVAM A UM HOTEL DE BaLTÍMOREÍ --'"^T "" ""'"j
H
Maio — 1940OTICO-TICO —6- 1
As aventuras do Camondongo Mickey(Desenho de Walter Disney e M. B.,lwerb, exclusividade para O TICO-TICO em lodo o Brasil)
TENDO COMIDO SABÃO, JUVENCIOFICOU VALENTE COMO TRINTA. E LÁVAI PANCADA.
MMT3Q_2i2
An - an - an • •. Afasta, monstro!
¦
è_s- s_____r_-íi
Aí! Juvencio Aí, nêguinho ! Rrrrrrrrrrrrrrr... Uai.
C__s_T <_L_._-aB^MHrrc*g^ i y*^ .iM;.i,».i,u„_t.....P_vi„_a..a...,,___„ i __-^_T-___--<.__g^=^5^_g_- "^
Êta, moto-continúo Ssssssssst! ! ? _ / r . ;
14! 15!16! Toma. bicKo australiano !(Continua)
1 — Maio — lü-40 — 7 OTICO-TICO
CONCURSO PERMANENTE DE DESENHOS
Uulíos Históricos RETRATADOS PELOSNOSSOS LEITORES
'áW^h\4§m.mí'->^Wfm\.
axmM»mHif^/MMmm\
Paulo d? Frontin — Des. de Adolfo Ri.beiro Pinto Filho — 9 anos '— Rio
Almirante Barroso ~- D;s. de Edir Ma-,tir.s Viana r- 13 anos — Pa- j
tVarisfo cia Veiga — Per Júlio c'.-
ção Barros — 15 anes — Rio
Todos os retratos devem tra-zer em baixo ou nas costasdo papel o nome, idade e en-dereço do autor.
3 Não são aceitos pseudônimos.
© Os desenhes devem ser feitosa tinta nanquim e não podemser decalcados.
® Os trabalhos publicados du-rante cada mês, serão ju.ga-cies no mês seguinte.
Cs concorrentes não podemter mais de 15 anos.
Criança do Brasil, teu lu-
gar está a tua espera nasfileiras da orçanisação"JUVENTUDE
BRASILEIRA"!
Cíirlos Gomes -— Des de Rc^trio I— 15 anos — São Paulo
ESTES SAO QS PRIMEIROS RETRATOSCORRESPONDENTES A M A IO
A NO PKOXIMO \l'.nKKI) O llftSL-L- AW TADO D» Jl;L<aHE\T» OE ABK2L •
sasss SCSSSwwS
ws£y ~JÊf^
\\^ -¦-¦'' A
mfÈj^^F^^ mmtm\ mmmf
Castro Alves — Por Germano Barreto deGuimarães Souza — 13 anos — Baía
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X H •- /(
Santos Dumcmt ¦— Des de Antcrcc Pc-reira da S.lva — 15 anos — Rio
> , -t , Vh -;-Vy.-lT-^./- y';-$v
Fagundes Varela — Por Joel Campos Ri.— 15 iram — Minas Geraia
O TICO-TICO Maio — 1940
mr\WOBEZOUROACl-MA ERA USADOPELOS NOSSOSSELVAGENSCOMO REME-DIO PARA ASDORES DE BAR-RIGA DAS CRI-
ANCINHAS-
• • »-_¦
O BOTO OU GOLFINHO. MAMI-FERO POR .MUITOS CONFUNDI-DO COM PEIXE. CONDUZ OSCADÁVERES QUE ENCONTRAEM ALTO MAR PARA A COSTAMAIS PRÓXIMA - A5 CABEÇA-
DAS .. .
.- ••.•-».
..'¦ '<MM
'
PF.f.O SEU PORTE GRACIOSO ERICO COLORIDO DE PLUMAGEMO IRERÊ DO BRASIL NADA FICA
DEVENDO AOS MARRECOS DEPEKIN'
• ;..vf**
O P1CA-PAU DE PLUMAGEM CA-
RIJO E UM CURIOSO PÁSSARO DO
BRASIL QUE COSTUMA FAZER COM-
PANHIA ÃS CORUJAS EM SUA ES-.
TRANHA VIDA NOTURNA K
1 — Maio — 1940 9 - O TICO-TICO
MIL0CÂ9H£U Cfí^/DA-LUE UMA-TE F4Z AtiõS //OJ£ ] FRUTAS... NÃOO QUE VOU MR-uèkE'DO QUE EÍEPe PRESENTE? yK GOSTA ?
^° *l
CAZUZA TOMA 5Q&£„ VAI COMPRAR UMACESTA DE FRUTAS. PS
MELHOREStr~
S$/M, PAPAI! Voü ¦%£>ZER UMA 5 FROTAS
[Cotio o senhor Nuttca viu'
n
Q\
MS FRUTAS £S-TAO TAO r1ÁDU~FA$, Qt/g ESTÃO$£ AMASSANDO*.
C'
-Ar L
^AQUi 'ESTÃO C^EFE\^r^K7Tr^>TRUTAS OO MELHOR. J^UC 5£L^ZA- QÜtPOMAR PA CRlNA1 Jf MARAV,L^' VAilOS
DEIXA-/AS A JANELApara Tomarem um pou-CO PE ARE Sói.nn
<í
vVOU AUMENTAR-LHE •
O ORDENADO EM CEM \r%n<\MrV^
MEUS GOSTO*.' yvêR O PALÁ^KCtfEFsk
S $£rAtíl AR! QUE vejo/as frutaFERRETE RAM 1 ERAM DE CERA.NÍÂ/'JB NÂ MA,SW.JôÃo! Vourl/W/X-ME O ORDENADO EMZENTOS MIL REISÍ
(Fo-Dl-
Dü-
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(í
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O DEVER DE TODO O ESTUDANTE E' ESTUDAR AS MATÉRIAS DO SRJ CURSO. MAS O DEVER DE TODO O PATRIOTA E' ESTUDAR BEM E COM BASTAN-TE INTERESSE O IDIOMA DO SEU PAÍS.
O TICO-TICO - 10 — 1 — Maio — 1940
_¦ ~_t--i*---..-*¦$•¦ ilf^iíiiw:*--:jf*:
•'•'í_É_^_^'
jf ... ' ¦ '"'ii**%ti ————————£
WMM''rrVinita-ii
fRAUMO velho tio André, ao chegar no
terreiro da sua casinha naquela
tarde já encontrou ali a criançada
da vila que se reunia para ihe
ouvir interessantes historias. Es-
tavam todos calados, o que eia
para admirar entre crianças.
Que têm vocês hoje, queestão, assim, tão silenciosos ? —
perguntou o bom velhote,
Estamos com pena da Le-
ticia que esíá triste, respondeu o
Pedrinho.
A Leticia está triste ? E por
quê ?...Porque o pai dela foi para 3
cidade...
.— Mas isso não é motivo de
tristeza. Quando muito poderá fa-
zer saudades. Naturalmente êle não
foi para ficar. Mais cedo ou mais
tarde voltará.
Só volta daqui a um mês...
—• disse a Leticia com voz chorosa.
Um mês se passa rápida-
mente, minha filha. E' justo que
você tenha saudades e é fácil
amenisar essas saudades conver-
sando todo dia com seu pai.. *
Conversando ? ! Como ?
Por meio da escrita. Todo dia
você escreve a seu pai uma carti-
nha pequenina, contando como pas-
\,, ]__LNam m v _)SfK
>> / Vsou o dia e indagando da saúde
dele e dos negócios que êle foi tra-
tar na cidade.
i No fim da semana põe as car-
tinhas numa sobrecarta e lava ao
Correio.
Seu pai ficará muito contente
e responderá. Assim você conver-
sara com êle de longe e o tempo
passará depressa para ambos. Não
fique triste. Seja alegre, tenha sem-
pre no rosto a significação do seu
nome.
—* E que significa meu nome ?— Seu nome quer dizer: alegria.
Leticia,. conforme eu li na Enciclo*
pedia, é um nome latino que si-
gnifica alegria.
;— E, por falar nisso, o senhor,
uma vez, nos prometeu dizer quaisforam as sete alegrias de Nossa
Senhora... lembrou o Pedrinho,
sempre esperto.
.— Fez bem me recordar o pro-
metido, pois, diz o provérbio que"o
prometido é devido". Vou, as-
sim, pagar minha divida para com
vocês, contando que a Igreja Ca-
tólica celebra a festa de Nossa Se-
nhora dos Prazeres em uma se-
gunda-feira, ao contrario das outras
festas que são, geralmente, nos do-
mmgos. A dos Prazeres, que se
realisa com grande pompa e ro-
maria na Igreja de Nossa Senhora
das Vitórias nos Montes Guarara-
pes, em Pernambuco, se faz na
primeira segunda-feira seguinte ao
domingo da Pascoéla.
As 7 alegrias de N. Senhora re-
lembradas nesse dia são estas: a
l.a quando o Anjo Gabriel lhe
anunciou o nascimento de Jesus,dizendo: —• "Ave, Maria, cheia de
graça, o Senhor é convosco"... a
2.a quando recebeu a visita de sua
prima Santa Isabel e entoou o
cântico da Magnificat, dizendo: "A
minhalma engrandece o Senhor" —
a 3.a por ocasião do Natal de
Jesus, seu Filho; a 4." quando O
viu adorado pelos Reis Magos do
Oriente; a 5.a quando O encontrou
entre os Doutores da Lei, no Tem-
pio de Jerusalém; a 6.a ao ve-lO
resüscitado e, finalmente, a 7*
quando Ela própria foi levada ao
céu pelos Anjos, dos quais é a
rainha.I Como vêem, Leticia não pode,
nem deve estar triste. Todos nós
devemos ser alegres, devemos con-.
servar nosso sorriso. - •**
E IJ S T O Tt O I O W AINrDERLEY
1 — Maio — 1940 — 11 —
LEGIONARIOf DA fORTEO TICO-TICO
í_ «? .
i^
Bff3___r^ vr^ '"ty^s^&í ¦_K^____i.______f!_____l Ti ^w.-_-_--fc.---_^---------.' .____.
VIVE • m ulf .M ARDA A ___â.ff Hfii IHm, „ • J M íi^? posita' 3. li¦r*\_ yf-Z'*i • ^rYl 9^ y ________¦!___¦________ fôi-?-*¦¦3꣫&Lz&
;
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j-^jj L"'-*.'y,'4^ ¦____!.________
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COLECIONE AS F» A G I N A S I> O*—^ ALFABETO ILUSTRADO -
¦-" ' " ' -—¦-— ^"^"M"^.~z_rr__: |_^_*_^?*^-T.^*^^",,M!?ír.'^!^w",***----«---«"*»'' i i —---¦¦—^ ¦_¦_————— in—._»-
O TICO-TICO — 12 1 — Maio 1940
A BEL^=_
QUANDO
o celebre Harum-Al-Raschid tornou-se califade Bagdad, resolveu fazer seu
sobrinho Zenebi rei de Bassora,Zenebi, que era solteiro, pensouentão em casar-se desde que en-contrasse uma mulher que fosse di-gna de se tornar sua esposa erainha de seus subditos. Chamandoseu primeiro ministro, Zenebi deu-lhe ordem de partir á procura deuma jovem tanto perfeita em edu-cação e encantos como em belieza,e além disso que fosse dotada deespirito e de intelligencia.
Muitos e muitos dias andou o'primeiro ministro por valles e ai-
deias e cidades c villas, tentandodescobrir a jovem sonhada porseu soberano. Um dia, pela ma-nhã, um mercador trouxe á sua
presença uma jovem escrava per-sa, de beleza peregrina e dotadade qualidades de inteligência e deespirito maravilhosas.
O primeiro ministro, muito sa-tisfeito por ver que ia agradar aoseu amado soberano, deu á es-crava um rico aposento em seu
próprio palácio e decidiu-se le-va-la á presença de Sua Majesta-de. Mas no correr da tarde da-quele mesmo dia, o filho do pri-meiro ministro, Noureddin, umjovem belo e de coração magna-nirno, viu a jovem escrava e, des-de logo, dedicou-lhe ardente afei-ção.
A jovem persa, por sua vez,respondeu á amizade de Noured-ídin e de tarde, quando o primeiroministro chegou para conduzir aJbela persa ao palácio do rei, en-
controu-a sentada ao lado de Nou-reddin, na mais amigável palestra.
— Malsinado filho! — excla-mou êle. E's capaz de arruinarminha vida ! Que o íei nunca sai-ba que adoras a mulher que êlepretende desposar 1
Os dois jovens nada disseram,mas o velho ministro viu que aque-les dois seres já se amavam e queseria cruel separa los. Assim, oseria cruel separa-los. Assim, oentre a afeição que tinha pelo fi-lho e a fidelidade que devia ao rei,concedeu a Noureddin licença paracasar com a linda persa. Resolveudepois dar uma desculpa ao rei,explicando-lhe quanto era difícilencontrar uma jovem que possuísseesse rarissimo par de virtudes queé constituído da beleza e da sabe-doria.
Não tardou muito, porém, e orei soube da existência da beia
persa, dando então ordens a seusservos para procurarem Noureddine a jovem persa e os trazerem ásua real presença. Felizmente ura
amigo do jovem ouviu a ordem queo rei dera aos seus servos e, ime-
diatamente, comunicou-a a Noured-
din, que, tem perder tempo, fugiu
de Bassora, com a bela persa, paraBagdad. ;
Chegados a esta cidade, não sa-biam onde ir e, após andarem pelasruas cheias de povo, sentindo-sefatigados, tomaram uma aléa quelevava a formoso e esplendido jar-dim e, aí chegando, sentaram-se ábeira de uma fonte e adormeceram
profundamente. Quasi noite um ve-
lho chegou ao jardim e desper-tou-os.
— Desculpae-nos, senhor — dis-se Noureddin, de estarmos dormin-do aqui. Somos estrangeiros, nãoconhecemos Bagdad e andámos portodas as ruas e praças; por fim afadiga venceu-nos justamente quan-do chegámos a este jardim, o maislindo que tenho visto em toda aminha vida! Quem será o felizpossuidor de tal maravilha, o se-nhor ?
O jardim era uma das muitase das mais suntuosas propriedadesdo grande califa de Bagdad, e ovelho que despertara os dois jo-vens era o guarda do palácio. Otomado como o dono do jardimque convidou Noureddin e a belapersa para visitarem a casa decampo senhorial, que se erguia aocentro do jardim, justamente de-fronte do palácio do califa. Le.vando os jovens pela suntuosa es-cadaria de mármore, o velho in-troduziu-os num grande salão dou-rado ornado dos mais ricos tesou-ros do país. A* vista de tanto es-plendor, Noureddin, doido de sa-tisfação, deu ao velho, como re-compensa, um punhado de moedasde ouro, dizendo:
-7 Permita, senhor, que dê umafesta aqui. Leve este dinheiro aum de seus escravos e peça quecompre as iguarias mais finas, osvinhos mais raros e os frutos maiscaros !
O velho correu á cidade paracomprar o rico farnel e voltou comas provisões á casa de campo ondeNoureddin e a bela persa, após •
1 — Maio — 1940
terem feito acender as lâmpadas
que pendiam das oitenta janelas,sentaram-se á mesa, para a festa.
Do seu palácio, o califa via acasa de campo e ficou verdadeira-mente surpreendido por ver acesastodas as lâmpadas do salão dacasa. Qualquer outro soberano te-ria enviado um de seus cortezãos
para inquerir do fato, mas Harum-Al-Raschid gostava de tudo vercom seus próprios olhos. Disfar-
çado cm mendigo, o califa entrouno jardim e foi até á casa de cam-
po, onde chegou justamente naocasião em que a bela persa, aosom de um policordio, cantavamaviosa canção.
Que voz melodiosa »— disseêle. E' bem possivei que encontreum meio de ver esta maravilhosacantora sem que me reconheçam,
E poz-se a pensar quando viu pas-sar pelo jardim um vendedor de
peixes. Chamando-o, o califa in-dagou se queria vender os peixesque levava.
Quero, custam dois mil réis 1
O califa comprou-os, pagou-os, entrando na casa senhorial, di-
çiu-se a Noureddin:'—* Vejo que dais uma festa c
— 13 —
um eos-To Ioí-'í;ei_ta;lENCANTA-: : : D O f_ : : :
trago-vos estes dois peixes parafigurar no cardápio !
— Muito bem, respondeu Nou-reddin, ide vós mesmo á cosinha
prepara-los!
O califa obedeceu, voltando
pouco depois com os dois peixesfritos, que foram servidos aos ale-
gres convivas.
Quando Noureddin provou o
pedaço de peixe que lhe foi ser-vido, deu a Harum-Al-Raschid um
punhado de moedas de ouro, di-.zendo:
Aceitai este modesto presente.Nunca saboreei tão gostoso prato I
O califa aceitou as moedas deouro e agradeceu a Noureddinnestes termos:
E eu posso pedir-lhe um fa-
vor ? Tenho vontade de ouvir esta*
jovem cantar uma das suas belascanções!
O TICO-TICOA bela persa acedeu imediata-
mente e, afinando o policordio,tangeou-o com arte e cantou variascanções, lindas, harmoniosas, ar-rebatadoras. que o caliía, encan-tado, ouviu sem se cansar.
Nos intervalos das canções.Noureddin contou ao califa a his-toria do seu casamento e da suafuga para Eagdad.
Harum-Al-Raschid revelou entoaa Noureddin que êle era o caliía.mandando depois uma carta u.rei Zenebi na qual havia a ordemde renuncia a favor de Noured-din e da bela persa, que se tor-naram, assim, reis de Bassora.
Para tomarem posse do scetro
que o califa lhes dera, os dois jo-vens embarcaram num dos naviosda esquadra de Bagdad, o maisbelo de todos, cujas velas eram deseda e de purpura e os remos deprata e de ouro puro.
Quando chegaram a Bassora, o
povo, em imponentes festas, osrecebeu e durante longas semanashouve por todo o reino solenesfestejos para celebrar a feliz co-roação de Noureddin e de sua es-posa a bela persa, que tão bonitase harmoniosas canções sabia can-tar!
•"g^-ottr^»-, ¦.—*¦—•*""""
'¦'
Quem é precipitado, perde o bom bocado...
AS AVENTXJFtA© DE
JOÃO DE MALEMPEOR:^^js?B!g-y^~?--^rv_r^~~~^^ 55 Cí f _>*r ¦ —J»
— Vamos depressa, senão perde- imos a hora j/ "\
¦ ¦¦¦-——mm < •-
—,— Estive estando o cartaz. Um fitão, sa- jSl (
~~ Po'sbr ? Daqueles de se pedir bis! •AáPlill
V_ Vam°S
RUSSEL— Alô. Catarina! Vamos ao cinc- V—__^. -J
ma? A íita é do outro mundo 11 y~^=s=\ ^^_síB! ====== '
— Bem: mas eu rão tenho dinheiro para os dois. ^^\ 1
j |Você tem que me passar, antes, os 2$200 da sua en- jáiíj ~*~\trada. Fica aborrecida por isto? O Jucá não paga. _/_*sb^É»__.
l^^^^^mÊl^W^í^r^iK^-i >9*w\ \
o¦ _mi
o
B.o.
2
¦ii^c-.Ry_^-m«afc-.'ga_s_gs_^^^ iR_írj5st_^s_s(_Sí!Eas_s_t_5íarr^^ -CC55SSSC
— Tome: aqui estSô os 2Ç200 da minha entrada. Sou lou.a ceioClark Gablell
-. _^-_. y~ * W. .—__ vfy—' '__»'-v.>" _^^____.-__gi
C«pr. 1940, King Features Syndicate, Inc., World rights reserved.
— Eu gosto de ir a cinema acomp.nhadò por De.soas inteligentes e in-ter essaiites c ô m ôvocê, Catarina 1
— Passe para cá oi meus 2$2D0 1
¦, ¦'^"i^s^^_Ím_^jjJ^j^^_P C.D.QUSSELL ¦ tmummmimmmmmmp——-w—p—m—-———>____w_wpwii_wwwi_a_--_>w_»_w_M--M>ww^^
O TICO-TICO Makf 1940 O TICO-TICO
SEWE EDUCAÇÃO ESCOLAR • GEOGRAFIA HUMAK&A? RAÇAS ASIÁTICAS * BOB STEWAED
'/Wí^^ès MULHER MONGOLICA ft^-J^M O^ /
P?ome:m_do cam boje V >^ 1__ _/ —^HRH-H-^HI |
O TICO-TICO 13 Maio — 1940
___ooi©fgi___ R@cr@afiva • F 14
MASTIM — O mastim i um dos
mais belos e robustos exemplares da raça
canina. E' cão de índole bôa, perfeito
guarda da propriedade do seu dono, e só
ataca quando a defende ou é agredido.
Tem a faculdade especial de proteger ani-
mais fracos ou pequenos contra os gran-des e, mesmo quando molestado, suporta
com paciência o ataque, limitando-se amostrar sua força. E' raça parecida com
a do buldog. Não ha cão mais fiel. A
mesma raça é representada pelo cão de
pastor, que é um perfeito inspíetor de di-
ciplina na guia dos rebanhos, procurandoincansavelmente impedir que o gado se des-
vie.
eTERRIER — Raça morto extensa
e vulgar, notável pelo colorido nariadissimo
do seu pêlo e muito vulgar nas ruas, onde
chegou a merecer o titulo desprezível de
viralata. E' ótimo caçador de ratos e ini-
migo figadal dos gatos. Faz policia por
conta própria, não admitindo a invasão da
rua por cães vindo de outras. O fnx-ter-
CONTINUAÇÃO
para comprar seu biscoito. O padeiro, um
dia, miiz enganá-lo dando-lhe um biscoito
queimack). No dia seguinte, Prince foi ao
''¦'-o^Wx
«o vc msree.
rier é raça mais privilegiada, por ser de
estimação assim como o bull-terrier. E' o
que mais se presta para ser ensinado em
jogos de circo, pela sua inteligência.
O dono pode lhe ensinar muitas artes.
Ha uma historia de um terricr, com o nome
de Prince, o qual ia diariamente ao padei-
ro trazendo entre ©s dentes uma moeda
TE2&EIZ
M
ADVERTÊNCIAApesar de toda a estimação que te-
mos pelos cães, devemos advertir nos-
sos arniguinhos de que os cães estão
sujeitos a uma moléstia terrivel, que
se chama hidrofobia e que é transmis-
sivel ao homem. Quando perceberem
que o cão tem habas na boca, está tris-
te e recusa água, é preciso tomar suas
precauções, porqoe são esses os princi-
pais sintomas da hidrofobia, ou raiva.
O cão, quando se sente atacado foge
quasi sempre do seu dono, mas pode
morder outras pessoas. Por isso, quemfôr mordido por um cão nunca deve es-
conder o fato e contar tudo sem demo-
ra a seus pais, para que seja examina-
do pelo Instituto Pasteur e, sendo pos-sivel, levar tambem o cão que o mor-
deu, para que vejam se estava hidro-
fobo ou não. E' preciso sempre ter
cuidado em não molestar os cães e re-
parar se eles trazem os sintomas da
terrivel moléstia, para providenciar em
tempo.
fíWf w/m
\_W -r%h^-
padeiro, trazendo sua costumeira moedi-
nha entre os dentes. Ao receber o biscoi-
to, fugiu com ele sem entregar a moeda e
desta vez deu o troco ao padeiro pela ta-
f>caçãc. k
Ha muitas outras espécies de cães, poiscomo já dissemos, a raça canina é muito
extensa, devido aos contínuos cruzamentos.
Devemos, entretanto, distinguir algumas
que se destacam pelo sen feitio especial,
como o Pekinez, tipo minúsculo com faci-
nho de mico, muito mimado pelas damas
elegantes, o Lulú da Pomerania, peludo ao
ponto de se lhe ver apenas os olhos, o di-
namarquês, grande e imponente, tão des-
temido que mete medo até ás feras, o bul-
dog, feio, carrancudo, atarracado, mas de
bom coração, o Bolonhez, baixo, compri-
do, oreliiudo, focinho alongado e pernas
curtíssimas, que quasi o fazem arrastar-se
com a barriga ao chão, o rafeiro, com fa-
ro portentoso, o èassst, parecido com o
bolonhez, o policial belga, forte e elegan-
te, cora corpo de lobq, o cão da Patago-
nia, com corpo de carneiro, o cão do Thi-
bet, excelente guarda do gado, e outros,
que nunca mais acabaríamos se os ena-
merassemos tudos.
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AVENTURASDE
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_,nt5o tico cora IV^rr^ T>. \ Vamos ter que I -pES £Não... NSc temos o cachorro a t é ^—^ \ ? esperar! j__ J Hnenhum... vocês me paga. ^_T (/ Vi —»_•—. í——r " **»—
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O TÍCO-TÍCO — 20 — Maio — 1940
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A PALAVRA "COCK-TAILM
A ninguém ocorreria a idéa de que nha Virgem - . saciavam sua sede nas formação, era chamada «rabo de galo"a palavra "cock-tail", tão popular hoje tabernas que povoavam as acanhadas que traduzido para o inglês é "cock-tail"!em todo o mundo, tivesse sua origemnuma terra de lingua espanhola, tra-duzida literalmente de "rabo de galo".-
Numa pitoresca baía que o golfo doMéxico fôrma na península de Yuca-tan, está situado o histórico porto de
ruelas da cidadezinha. 0g marinheiros inglêges> que ^^Naquele tempo, tomavam-se, sem acostumados a tomar «dracs", ao vêr
misturar, vinhos, "pluscafés" e licores „ * vi> «««se licores 0 taberneiro misturar as bebidas comfortes ; mas, em certas ocasiões os fre- essa raiz> coisa que> sem ^ deveguezes pediam umas bebidas chamadas tê.los admirado> perguntaram.lhe 0 quft"dracs", que se compunham de conha- era e, logicamente, a resposta foi esta :
Campéche, que foi berço, há algumas que, rhum e alguns outros ingredientes .-rabo de g^ traduzido para os ma_centenas de anos, dos mais ousados ma- alcoólicos. Eram bebidas misturadas, rinheiros em "cock's-tail". E essa f rasarinheiros e dos mais hábeis carpintei- que se preparavam em vasos toscos com a qual, convertida em uma só pa-ros navais da América. Intrépidos ve- eram batidas e mexidas com uma co- lavra> designaram as bebidas que, ba-leiros ingleses ancoravam nesse porto, lher. Essas colheres nem sempre eram tidas com essa raiz, ingeriam naquelanaquela época, em busca de "caoba" e de metal, pois, geralmente, davam um porto, tornou-se comum e corrente en-outras madeiras preciosas., sabor um tanto desagradável ás bebi- *„„ „„ • ,_ .UCU1 tre os marinheiros que desembarcavam
Os pilotos e marinheiros ingleses que das, sendo por isso preferidas as colhe- „^ r-, „ a ._, „em Campéche, e desde então ninguémsaltavam á terra, percorriam o porto, res de madeira. A palavra "drac" era mnií, _.,,=,., <Mw,„0„mais pediu dracs', mas, sim, "cock-contemplavam as ruinas das fortifica- provavelmente corrupção de Drake, tails"ções que, em tempos passados, protege- nome do célebre aventureiro inglês. r»»™...™ • ,_ ,........ Depressa os marinheiros ingleses tor-ram a população das incursões dos pi- Numa dessas tavernas do pitoresco naram popular m palavm e geu signifí_ratas, alguns dos quais conseguiram, porto mexicano, um taberneiro usava, cado nas ^^^^ ^ nh3iS Britânicas,mais tarde, a alta posição de almiran- em vez de colher, a delgada e lisa raiz donde se estendeu, depois, sua populari-tes na armada de Sua Magestade a Ral- de uma planta que, devido á sua con- dade pelo mundo inteiro.
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OS BONSLIVRO S PARA A IN FÃlTcTA
'"¦iflfli f*
Leonidas Bastos começou a es-
crever, ainda menino, nas páginasá'0 TICO-TICO.
r Desde então já revelara perso-
O PREMIO agradam a moços e velhos, porqueo que é bem escrito agrada a to-
marcou o seu lugar, aliás com bri- dos. Leonidas Bastos, que é dono ilho, entre os moços que, no nosso de um estilo singelo, como con-
nalidade, graça espontânea e outros Da:s se dedicam /<- rn;_,a<: a„ „<.b * ¦ , 1,dlbj &c «ecilcam as coisas do es- vem a quem escreve para os pe-dotes que, aperfeiçoados, fizeram «:..;?„ ~ mr,namm.aiy, *t*~^~v pmto e conseguem vencer. quenmos, reuniu nesse seu livro de
;déle um escritor de verdade. , A edição de *& PREMIO„ foi estréa ^ mmQs de ^. ^Leonidas Bastos publicou, agora, íeita pcla Companhia Brasil Edi. fâ iateressanteS) que sSq j^
,"0 PREMIO", livro de contos in- „>¦ . A „„;. , . . , .tora e o aspeto material do volume recomendável aos escolares e que,fantis bonitos e cheios de sadio pa- - ,,„„„.„ k^„i*x ,. ...i e atiaente e bonito. divertindo, instruem o espirito eíriqtismp, e_com esse trabalho Os contos, leves, interessantes, elevam os sentimentos.
O HABITO DE FUMAR PREJUDICA A SAOdV
1 — Maio — 1940 — 21 —
PARA l>F.Cl...l--tAII KO TEATRIXHO DA ESCOLA
O TÍCO-TICO
C wae líiteliz
(Entra trazendo uma boneca quebrada sem naris e fala quasi chorando)
AI ! QUE DESGRAÇA ! QUE HORROR )QUANTO É TRISTE MINHA SORTE !MEU DEUS. NÃO VÊS MINHA DÔR ?POR QUE NAO ME DÁS A MORTE ?
SOU UMA POBRE INFELIZ,MEU FILHO, TÃO BELO MOÇO,ESCANGALHOU SEU NARIS,A PERNA, UM BRAÇO O PESCOÇO !..,
VOU LHES CONTAR COMO FOIQUE ARNALDO, O FILHO ADORADOPOR SER VITIMA DE UM BOILÁ FICOU DESPEDAÇADO.
ÊLLE ERA TODO ... DE LOUÇACOM A CABELEIRA LOURINHA,E JÁ NOIVO DE UMA MOÇA ...UMA LINDA BONEQUINHA.
HOJE, LOGO DE MANHÃ,LEVEI-O PARA O QUINTALE FUI PEDIR Á MAMAQUE LHE FIZESSE O ENXOVAL.
MAS O BOI, BRUTO ANIMAL,LÁ DA CASA DO VISINHO,TALVÊS SEM PENSAR NO MAL,DESPEDAÇOU MEU FILHINHO..
(Chorando)
DOMINGO ERA O CASAMENTO:MAS A SORTE, ASSIM, NÃO QUIS . . ..DE TUDO O QUE MAIS LAMENTOÉ LHE FALTAR ... O NARIS !
A PERNA FAZ-SE DE PÁUE, QUANTO AO BRAÇO E AO PESCOÇO,FAÇO BEM FORTE MINGÁUE LHE GRUDO UNS NOVOS DE OSSO.
A VÓS QUE ESTAIS BEM CONTENTES*SUPLICA A MÃE INFELIZ:QUEM É, DAI DOS PRESENTES,QUE ME EMPRESTA SEU NARIS ? . . . ,
(PAUSA)
NINGUÉM RESPONDE ? CRUELDADE !QUE MAIS EU POSSO ESPERAR ? . . .(Grita) UM NARIS. POR PIEDADE ! . . .NINGUÉM ME BÁ ?. . . VOU CHORAR !
(Sai chorando)
N. WANDERLEY •
CALENDÁRIOD'0 TICO-TICO
/M __\.
MAI0| Q.| _ Festa do Trab.j Q.| Ase. do SenhorI S. I S. Juvenal| S. I Sta. Mônica| D.| S. Pio| S. | S. Evódio . ".'
I T. | S. Estanislau : •j Q.\ Sta. Ita| Q.\ S. Hermes
10 JS. | S. Antonino'11 | S. | N. S. Aparecida12 | D.| Espirito Santo13 |S. JS. Flavio14 |T. | S. Bonifácio15 j Q.\ S. Enfrásio16 | Ç>.| S. J. NepomucenoI7|S.| S.Bruno18 | S. ] S. Venancio19 | D.] SS. Trindade
20 í S. | Sta. Plautila21 |T. |S. Ubaldo22 | Q.{ Sta. R. de Cássia23 I |Q.| Corpo de Deus24 | S. j N. S. Auxiliadora25 j S. | S. Urbano26 | D.j S.Felipe Neri27 ! 5. | S. Ranulfo28 | T. | Sto. Emilio29 I Q.\ Sta. M. Madalena30 | \Q.\ S. Gabino31 I S. j Sag. Cor. de Jesus-- »iih ii in in mmrmmmmm
OTICO-TICO — 22 —
^ m*. iü¥^ j^ •© a*» <_£ c*> k e^1 — Maio — 1940
¦i .... ——______—_. .,„..,,— ... .. — '
Faustina queria lançar uma nova moda Depois de várias experiências, Macaco foi vastamente perfumado. De-de perfume Seria a base de caju e ou- chegou a um resultado notável. pois os dois foram a um cinema. Na sada,tros" ingredientes inventados por ela. O perfume era de "matar"! Zè os espectadores ficaram perturbados com
o perfume Faustina esta- Mas, daí a pouco, a sala ficou . . . Todo o mundo deu o fora ! Ninguém maisva radiante .' vazia . . ponde suportar . . .
O ESPIRITO E O HEROÍSMO INFANTIL
¥***/ URANTE as famosas "cinco jorna-""^ das de Milão", em que o povo sedefendia corn bravura dos austríacos,um garoto, filho de um sapateiro eque aprendera a tocar cometa, nãosaía de perto de um pelotão de cidadãosentrieheirados. Como êle estivesse notelhado de uma casa, viu aproximarem-se os austríacos. Escreveu ás pressasuma ordem de ataque, como se êle fossegeneral, e atando-a a uma pedra, jo-gou-a entre os defensores.
A ordem era a 3eguinte : Quando eumandar dar um toque de cometa, avan-cem pelos lados e cerquem o inimigo.— General Boletto.
G5 jiiiíiiw
Os cidadãos pensaram se tratassemesmo de um general e esperaram o to-
que que não demorou. E, avançaram,chegando a cercar um batalhão de aus-triacos, destroçando-o. O garoto vieracumprimentá-los, levando a cometa namão.
Onde está o General Boletto ? —
perguntou o comandante do pelotão.Boletto sou eu — respondeu o ga-
roto, impertigande-se.Pois, continue, meu general — res-
pondeu o comandante, mandando fazercontinência.
Fizeste um bonito e bem mereces ser
general.
rvUMA caravana de excursionistas naSuiça, fazia parte um garoto de 12
anos. A certa altura, a caravana foi
surpreendida por violenta tempestadede neve, que encobria todos os caminhos,isolando os excursionistas. Avançar ou
retroceder seria perigoso, devido a fen-das e abismos que poderiam estar ocul-tos por leve camada de neve. Mas ogaroto, Robert Jacques, propôs-se adescer, sondando o caminho, e não foipossivel demovê-lo do propósito. Cor-tou grande quantidade de estacas deciprestes e à medida que averiguava asolidez do caminho que percorria, iaplantando uma estaca. Marcou assimo caminho até uma aldeia próxima e deacordo com essa marcação, os outro3excursionistas desceram, sem perigo,Mas o garoto chegara quasi morto decansaço pelo percurso à zigue-zague,que fizera sobre a neve.
Coligidas por MAX YANTOK
VIj r^ -^szr^- lFg^S^**~~^—A ' 6
Maio — 1940 — 23 — O TICO-TICO
ISTR Ç AOComo acontece a muitos homens de genio, o professor Einstein
demonstra ser muito distraído. Durante uma estada em Paris, um do^seus amigos o encontrou sentado á mesa de um café, demonstrando es-tar muito preocupado.
Ajude-me ! — disse o eminente matemático ao recém-chegado.Saí do hotel para dar um passeio de dez minutos, a pé. Minha
mulher e eu temos de ir tomar parte num banquete, convidados po/um celebre político francês. Já é tarde e, apesar de ter dado voltas portodos os lados, não posso dar com o hotel onde estamos hospedados.
Qual é o nome do hotel ? — perguntou o amigo.Esqueci-me.
Como se chama o político que os convidou a jantar ?Não me recordo tambem.
O ainigo era homem de recursos. Chamou um agente de policia,que se achava próximo e pediu-lhe que se informasse, por telefone, doregisto dos estrangeiros, em que hotel se achava hospedado o profes-sor Einstein. Enquanto esperavam a resposta, ambos puseram-se aobservar uma mulher que, muito nervosa, caminhava sem cessar, deum lado para outro, no passeio em frente.
Olhe você para aquela senhora — disse Einstein. — Por qucnão aceita ela as coisas com serenidade ? Apraz-me muito que minhamulher tenha um caráter mais calmo.
Neste momento o agente de policia voltou dizendo que o professorEinstein estava hospedado no Hotel dò Louvre. Era o edifício que odistraído homem tinha exatamente em face de si. E, quando em com-panhia do seu providencial salvador, êle atravessou a rua, a senhoranervosa, a quem Einstein havia criticado a impaciência, precipitou-seao seu encontro. Era sua esposa.
1 a. ikiscaA mosca, o terrivel e nojento
inseto que todos vocês conhecem,é o flagello talvez maior da hu-manidade. Pousando nos montu-ros, nos logares imundos, carre-gani nas patas e no corpo micro-bios das mais perigosas doenças.
Por isso, a humanidade entre-têm guerra sem trégua a esse mi-migo, pequeno no tamanho, masgigantesco no mal que pôde cau-sar aos homens.
Examinemos algumas parti-cularidades desse inimigo terrivel.
Os pés da mosca possuem duaspropriedades: em vista de uma in-finidade de filamentos como gan-chos, podem apoiar-se em minus-cuias fendas do teto tal qual co-mo o bombeiro quando colociuma escada para subir á platiban-da de um edifício, trepando de sa-cada a sacada de uma janela.
Outro elemento importante nospés da mosca é que são dotados detufos dc pelo muito fino como sefossem de pena e ahi elas car-regam os germens de várias en-fermidades.
AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS — (Por Théo)-— --¦ ¦ ¦- ¦"¦ —— ,
-• —
Tinoco e mister Brown conversavam,à beira do mar, quando a vista do oceanosugeriu, ao caçador famoso,...
...uma das suas mais espantosas menti,ras. Uma vez, disse Tinoco, viajava numtransatlântico, quando. ..
...o radio de bordo foi prevenido que ha.via um submarino, de tocaia, no roteiro,imediatamente lancei-me ao...
... mar, tomei a frente do navio, distan.ciei.me e aproximando.me do submarino
que, por felicidade, emergia...
...no momento, tratei de fechar por foraa câmara do comando, única saida do trai.
çoeiro barco. Mantive assim prisioneira...
...a tripulação do submarino até que otransatlântico estivesse fora de seu akan.ce e depois alcancei o navio a nado. Mis.ter Brown embatucou.
) TICO-TICO — 24 — Maio — 1910
PERD IHU A APOSTA
— Precisas tomar um remédio. Bolonha. Andas muito distraído. Este mês já perdes*-te dois guarda-chuvas, três bengalas, cinco chapéus, sem contar os bondes que Derdes to-das as manhãs.
71 iWM &%- @0q t
— Qua! remédio, qual nada. Vou. é prestar mais atenção.,— Faço uma aposta, diz Bolinha. Aqui tens um presente. Si o perderes pagarás cem
mil réis. E foi para a rua tratar dos seus negócios. — O Bolonha está enganado com a...
. minha força de vontade. . . A hora do jantar. Bolonha entrou com a fisionomia radian-te: Então! Não te disse que ganharia a aposta?
— _Perdêste. Bolonha. Saiste com uma bengala e voltas cora um guarda- chuva...
1 ._ Maio — 1910 25 O TICO-TICO
^—rrrnT^*^*:..^.mm |l| B B||||| ||| ||||| || || || i |y IIIMIM li IBIIII íll III llll IJaM* "' IIIWWIIII1 IIIWHH
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MbaTm rMJ" ^Ê f rjm WA^m^maW €n&teJ^íd^J^S SL,--^ fflilL^Sc^tL_*i jBBBL_l__ J
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I Q U ADRO-NEGROQUILOMBOQUITAN DA
QUEIXUMEQUARENTAQUI MIC AQUIETO
QUEIXOQUILHAQUITO
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QUATROQUADROQUINTAQUEDA
QUADRA DOQUIABOQUEIJO
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QUEIXADA
O TICO-TICO — 26 — - Maio — 1940
Alfabeto Ilustrado d' 0 Tico-TicoQUILOMBOS
"Não tendo os portuguesespodido levar avante a escra-vidão dos indios, voltaram assuas vistas para os negrosafricanos que procuraram tra-zer para o Brasil, indo busco-los à sua pátria.
Atirondo-se a essa indignaempresa, os portugueses, qu*econtavam com o infame be-neplécito da coroa de sua pá-tria, amontoavam os pobresnegros nos infectos porões dosnavios e os marcavam com fer-ro em brasa antes de embar-car. Aqui chegavam as viK-mas dessa hediondez para tra-balhar nas diversas lavourassobre elas se fundando pois anossa riqueza , uma vez quetais escravos eram os únicosempregados nos trabalhos agri-colas.
Sobre esse vergonhoso trá-fico de negros africanes dis oilustre professor João Ribeiroem sua História do Brasil:
"As infelizes vitimas do arbi-trio e da cobiça negra trocam-se pelas missangas de vidro,
pelo pano da Costa riscado,
principalmenle pela cachaça «9
pelos facões de aço, e tudo eraextrume que dal a pouco haviade multiplicar a colheita pró*!-ma. Os órgãos desse tráficosão os Fumidores; as vezes lhesdão o lugubre apelido deTunheiros porque freqüente-mente mais carregam cadave-res por seres vivos.
São os Tunheiros que de
presidio a presidio levam olaudo de escravos, que por sor-didês vão nús, e marcados aferro em brasa como carimbo,
fiara o caso do fuga; agru-
pam-os pelo pescoço com a
pesada cadeia, o Cibambo, emcaso de rebeldia. Muitos dosmiseráveis, faméiicos e cansa-dos, sucubem 6 dolorosa mar-lha principalmente porque aelegação da moléstia para oTumbeiro é sempre sinal cemarcha cu mentira.
Afinal, são embarcados. Acoroa portuguesa cobra porcada cabeça a siz ade 16 cru-
zados e meio. No navio ai-non-
toam-se -400, 500 no porão.
QDe dia sobem á coberta parao banho e para dansar, de ca-da vez uma porção de negros,e logo depois descem ao po-rão escuro, onde são guarda-dos e vigiados.
Esses hábitos são ordenadosem vista da higiene e inferes-se privado. No porão a mor-talidade é grande; na coberta,o risco de perder os que saatiravam ao mar, é maior. Poristo instituem essas dansas lu-
gubres para arejar a carniça e
distender-lhe os membros queo torpor e a melancolia oara-lizam. . A esse duro trato os-
capam as mulheres e as crian-
ças que, por não inspiraremsuspeita, viajam na coberta e
por isso é dessas menor a mor-tandade.
Quando porém, foi o Brasil
sacudido pelas invasões holan-
dezes, aproveitando a confusãonaturataente estabelecida, mui-tos escravos fugiram de ssus
senhores indo se oqrupar nas
faldas da serra da Barriga, no
Estado de Alagoas.
O numero de fugitivos den-tro em pouco era cirande, ha-vendo cerca de 20.000 quaformaram então uma espéciede republica conhecida pejonome de QUILOMBOS ou
Palmares em razão de grandeabundância de palmenas exis-tentes no local. Dentre esses
negros, um, o Zumbbi, era o
chefe da agremiação.
Constituindo esse agrupa-mento serio grupo para os co«
lonos, pois os negros constan»temente comet:am grandes de-
predações em suas fazende*. re-
sotveu o Governador Geral
Francisco Barreto de Mc-.ezeí
mandar uma expedição parabatê-los. Os negros nerem,
derrotaram essa expediçSobem como as que se seguiramsuecessivamente em numero de
24.Os chamados Capitães do
Mato nomeados por aquele
governador que foi o 23." e
petos aue se seguiram paraperseguir o* negros por todos
os meios que lhes estivessem aoalcance, nada conseguiram até1687, ano em que deixava o
governo do Brasil o 29." go-vernador, Antônio Luiz de Sou-za Telo de Menezes, marquêsdas Minas, então substituido
por Matias da Cunha que. na
qualidade de 30." governador,adnvnistrou o Brasil até 1690.
No ano em que esse gover-nador tomou posse, (1617), umcorajoso sertanejo paulista, Do-mingos Jorge Velho, mestre decampo dum regimento estacio-nado no sertão da Baía, ofe-receu os seus serviços ao go-verno dizendo-se pronto a aba-ter os palmares, exigindo, po-rém, que lhe dessem as terrasconquistadas, bem como direi-to a ficar com os escravos queaprisionasse.
Aceitando o governo a pro-posta, foi assinado o contratoem 3 de Março de 1687, diri-
gindo-se então Domingos Jor-
ge Velho á frente de 7000 ho-mens para a serra da Barriga,afim de dar combate aos ne-
gros.Reagiram estes valentemen-
te, travando-se uma luta semtréguas que durou 10 anos,desde de 1687 até 1697, ano
em que o sertanejo paulislaconseguiu derrotar completa-mente os palmares, emboranão tivesse o prazer de apri-
sionar os escravos, pois os quohaviam escapado á luta pre*e-riram atirar-se de um despe-nhadeiro do que cair nas mãosde seus antiqos algozes. (VeiqaCabral) — Compêndio de His-toria d"o Brasil.
QUERO-QUEROCuriosa ave da fauna bras>-
leira cujo grito onomatopaicoreproduz o seu nome.
QUEIXADAPorco do mato (Brasil) de
carne apreciada como alimen-
to.
QUIABOFruta usada como legume'*
na alimentação brasileira. E' deorigem africana.
MING FOO¥*NOVELA DE
randon WalsliContinuação n. 148
E...
vejamo
queaconte-
ceu...
— Desrlr rju» Ming, o inútil, alcançou seus aiitepassnrl-is,lèvtm-RO eom as honras íunebrcs para o seu eterno descansocom a alma cnlulada...
„ ^*_i -i. , nma | _ tm-w
-~rj——J êMà
AM w^ l{C\
ííaK'71?*"^^ — Os " Irmãos de Ferro hão de se lembrar deste dia, po-™ ij dem acreditar 1
Copr. 1938, Kinp Pttture4 Syndictte Inc., WorlJ rightt teserved,y—.,*,—,¦„, , si,
'. .,
— Pequeno, este lençoleva bastante caldo de ce-bola para você chorar.Aspirando-o chorará comvontade.
^
,A^e-S
\
— Quem ha-de ne-gar? "Morto o tigre,o caçador se descuida ".
— Ahi Ahi Morreu afinal esse miserável chinês. Vamos captu-rar o marinheiro e o garoto. Conheçouma dúzia de torturas que os obriga-rão a revelar o segredo das minas deouro 'r - ~7"J~" ' NA
QUARTAFEIRAQUEVEMVOCÊVERA'OQUEACON-TECEU
5'
O TICO-TICO 28 — 1 _ Maio — 1910
f-INCO
LIEBA<> V-J |N&°ÓEAFUJA.DEIXE ISSO | -o 5P [1 íi 1 /,r»,ie-rft.n ,-,,-.. í
UÃOACONSl&C y<W^VCOí'OU/i^SL),^UBaA »Vjí-í/KlNoO UBQA3 .Fico r-iUSPEUDEO, G*X&- 'VjOO EU ACHAiy^íVV oQnQ A\CLKvUCRANDO auâ,'ao
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/ w^ '^ê&^J^A
\— / V\wM filoo1tQuepi^7/V
"P1JXA'.ER& MESMO T)UEA ELí,TA ORA .PILULAS 1 ERA ISTO AS crMco „ I I OU<E AQUI, PAPACHOQUC, UMA. Ç>Et\tH-L,~-J
C~ ,„/,,£ PIPOCAS .QUASI A^eBENTE, Q3 BOFES ENGAMPEI fP^S^7' 7V líó^í^¦ S /%fT w*d. »oo* e a r^Z-7—- -^ üH -mu, pijgT fe fe^U
"/í1 tf/\ - bengala, pocum/- rK /aAv^S /^r<_^"s - Cè^/^1 tostão sue nâo /;& /SJwi ,/ ll^^WV V -\Pli\
jçfSl rág^lr lJSlrA]»»LOCUÇÕES LATINAS E ESTRANGEIRAS
TRADUÇÃO E Af>(UICACAOCAVE NE CADAS (Cautela em
não caires). — Advertência que, ao;riumphador romano, para que senão deixasse possuir de Lirgulho.iava um escravo colocado atrã3dele.
CEDANT ARMA TOGAE (Que asirmãs cedam á toga). — Primeiro-lemistichio de um verso compostojor Cicero em memória e louvordo seu próprio consulado. Aplica-sehoje para exprimir que o poder ei-vil deve ter supremacia sobre oooder militar na administração doEstado.
CEST UN DROIT QU'A LAPORTE ON ACHÊTE EN ENTRANT(É um direito que se compra á voe-ta ao entrar). — Verso de Boileau(Arte poética, III, 150), que consa-Kra o direito que tem o espectadorde manifestar o seu desagrado r«oteatro.
CHASSEZ LE NATUREL, IL RE-VIENT AU GALOP (Expulsai a na-
,tureza e ela voltará a galope). —¦Verso de Destouches na comédia oGlorioso (acto III, sc. V). Exprimea idéia de que debalde se procuraviolentar a própria Índole; esta nãotarda em se impor novamente.
CHI VA PIANO, VA SANO (Quemvai devagar, vai com segurança).— Provérbio italiano, que se cem-pleta com : CHI VA SANO, VALONTANO, quem vai com seguran-ça, vai lonpe.
CLAUDITE JAM RI VOS PUERI;SAT PRATA BIBERUNT (Fechai csregatos, rapazes; os prados já be-beram bastante). — último versoda terceira écloga de Virgiiio, ei-tado ironicamente para exprimir :Basta ! é tempo de concluir.
COEIL ENARRANT GLORIAMDEI (Os ceus contam a glória dcDeus). — Passagem dos psalmos(XVIII, 21. Os mundos celestesatestam a omnirjotência do Criador.
COELO TONANTEM CREDIDI-MUS JOVEM REGNARE (Acredita-mos que Júpiter reina nos teus,quando o ouvimos trovejar). — Fra-se de Horacio (Odes, III, 5, 1). Re-conhecemos a força pelos golpes queela vibra.
COGITO, ERGO SUM (Penso,logo existo). — Silogismo de Des-cartps (Discurso dn Método).
COMPELLE INTRARE (Obrigai-os a entrar). — Palavras do Evan-gelho na parábola do festim e dosconvidados, que se recusam a en^
trar (S. Lucas, XIV, 23). Etr.prc-gam-se quando se trata dc coagiraíguem a fazer uma coisa que Uiepode ser útil.
COMPÔS SUI (Senhor de si;. —Em todas as circunstancias o ho-mem superior deve manter-se COM-POS SUI.
CONSENSUS OMNIUM (Assentl-mento universal). — Provar umacoisa pelo CONSENSUS OMNIUM.
CONSUMMATUM EST (Tudo es-tá consumado). — Ultimas paia-vras de Jesus Cristo na Cruz, sc-gundo a tradução latina do Evan-gelho na Vulgata IS. João XIX, 30*.Citam-se a propósito de uma gran-de catéstrophe, ou de uma vida quoacaba de extinguir-se.
CONTRARIA CONTRARÜSCURANTUR (Os contrários curam-se com os contrários). — Máximada medicina clássica, em oposiçãoá da homeopatia : Similia similibuscurantur, os semelhantes curam-áecom os semelhantes.
CORAM POPULO (Em publico).— Expressão de Horacio (Arte poc-tica, 185), a propósito de certos es-petáculos, que um autor dramáticonão deve oferecer ás vistas do pú-Mico.
n1 — Maio — 1940 — 29 -
Às proezas de vj(Desenho de F.í .uliiv.n — Exclusividade d'0 TICO-TICO para e Bra_l)
O TICO-TICO
aio Felix'i' "p«"" ,|'( yy«mm\
..____ ' : I
Não ha duvida. O professor vai ficar contente quando me q -,
^-vir de vclta.
me deu as boas vindas. Temos coisa* 1
¦r W ^^^mW\ "' -Jmm^mmm^BÍSmfi mmwUfftÊB^ \
Acabei afinal o meu aparelho de telepatia portátil para Está sempre ocupado com as invenções. Vou passar meufacilitar a leitura mental. Vai ser um sucesso. .empo investigando na cosinha.
__.kfL
Trabalha maravilhosamente. Posso conhecer o penca-mento do; gatos. Aí ha um que está "pensando" na cc-.s.nha. Que estará matutando ?.
'-••¦¦'j^; '_J_ZT'S. "" 7T tf—¦""," "-^'-¦¦"•'¦¦¦ ¦¦ " ' . ¦_¦¦
!! ?!
Que estaria fazendo ? Pôde êle lêr no meu pensamento Ora, muito ber.. Temos jornais ilustrados, que vão-me dar._, ... uma ótima iueo.Aqu.oca_e.seno.. V" {CMa)
O TICO-TICO — 30 — 1 — Maio — 1940
No/j-o-f {_j_fi BBlJConcur/o/
OOHQURSO INI * ^ ^
TEMOS
hoje um torneio diferente. Trata-sj de construir, ut:lisando as letras e objetos desenhados acima,
um provérbio conhecidissimo. Recortem as letras e as figuras, armem a fráie e, uma vei isto conseguido,
co!em-nas na ordem achada, em uma folha de bloco. Assinem, colem o VALE N.° 72 e indiquem claramente
idade e endereço completo.
DAREMOS
5 prêmios por sorte'o aos concorrentes que enviarem a frase formada, acompanhada da sua
solução. Esta deverá estar em nosso poder no dial." de Junho e c resultado do sorteio será publicado no
dia 12 do mesmo mês.
Resultado do Concurso n. 66Enviaram soluções certas 468 solucionistas. \Foram premiados com um lindo livro de historias infantis os seguintes
concorrentes:PAULO MARTINS
Residente à rua EucÜdes da Cunha, 66 — S. Cristóvão, nesta capitai.
JOEL DUTRA MACEDO
Residente à rua D. Fernando. 77 — Cachoeiro do Hapemirim, Estado do
Esprito Sento.HENRIQUE ALVES
Residente à rua Napolis. I — Parada Inglesa, S. Paulo, capital.
MARIA DO CARMO CASTRO ABRANCHES
Residente à rua Dr. Joaquim Dutra, 86 — Barbacena, Minas Gerais,
OLAVO SOUZA
Residente à ru3 Bar3o da Gamboa. 150-Casa VI — Cidade Nova,
s capital.
CONCURSO GRANDES
VULTOS DO BRASIL
OS concorrentes cujos cupões
terminaram com o algarismo9, premiados com um livro de his-tória, devem enviar-nos cs seuscupões e respectivos endereços,
para que lhes enviemos os prêmios.
JULW\1 VALEN= 72
SEJA UM ENTUSIASTADA "JUVENTUDE BRA-
SI LEIRA".
*"i r I m *¦
SOLUÇÃO EXATA DO CONCURSON." 66
1 — Maio — 1940 O TICO-TICO
COUCÁO SETHEMSIIIO PRIMÁRIO POR MEIODO DESENHO - INTERESSA ÁCR1AHÇA E FACIU1A O MESTREVEJA HAS LÍVKABIAS DO BBASILAS OBKAS DISTA COLSÇAO OU PC-ça ppospecros ao "ATEUER seth"R_ PAMA-HO OBTIPP 9-2. -RIO
OêPO.ITO EM S ,MMJ.COUTO-R.RIACMUELO 28-A.
*x>cx>o<><>o<><><>c><><><.^^-VOVÔ -O TICO-TICO' -
O mei» belo livro do li.ôes do oouio»
Pio.o SJ000
1 QUER UM
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para as horas de lazer ?
Um guia do lar e de mo-
das ? ANNUARIO DAS
SENHORAS, em primoro-sa edição para 1940, á
venda em toda a parte.Uma edição de "MODA E
BORDADO".
O Almanaque d'0 TICO-TICO
para 1940 é a maravilha das mm-
ravilhas.
^ique eulhe disse: N| ^l^^^-Uso 8 nao mudo A A,// R§
__—-____i » D| è t.i I ,*nhoiJ o prcsenl» qu«, ei!, mata d---i_.l UjJé •t>ijn«tur. d«
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Aventuras de Chiquinho
Chiquinho apesar dos seus ...planejou mais uma. Mandou ..."Peru dansante". Foram con-atos generosos nâo esquecia as o Benjamim fazer uns convites. vidados, a tia Joaquina, a Lili,travessuras. Desta vez... para um... e os próprios genitores.-
A mesa estava bonita. "O Peru" lá estava solene e pronto para ser devorado. Todos 'de
garfona mão esperavam anciosos o momento, quando um caso estranho se produziu ! O "Peru" comegou «
dansar. no prato.
De fato se confirmara o mo-tivo do convite que rezava :"Peru dansante"! Foi uro . . .
.cerre corre danado. Todos seassustaram e fugiram! Mas otraque era simples. Uma pilha...
.comunicava-se com deis fio_ao interior do "Peru"
que coma eletricidade se movia !