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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC ADAMIS KAIKE DA SILVA FIRMINO ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ALVENARIA CONVENCIONAL, ALVENARIA ESTRUTURAL E LIGHT STEEL FRAME MACEIÓ AL 2019/2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

ADAMIS KAIKE DA SILVA FIRMINO

ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ALVENARIA CONVENCIONAL,

ALVENARIA ESTRUTURAL E LIGHT STEEL FRAME

MACEIÓ – AL 2019/2

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ADAMIS KAIKE SILVA FIRMINO

ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ALVENARIA CONVENCIONAL,

ALVENARIA ESTRUTURAL E LIGHT STEEL FRAME

Trabalho de conclusão apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil, Centro Universitário CESMAC, sob a orientação do Professor MSc. Rafael Leandro Costa Silva.

MACEIÓ – AL 2019/2

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REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC SETOR DE

TRATAMENTO TÉCNICO

Bibliotecária: Ana Paula de Lima Fragoso Farias – CRB/4 - 2195

F525a Firmino, Adamis Kaike da Silva

Análise comparativa orçamentária dos sistemas

construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

Light Steel Frame / Adamis Kaike da Silva Firmino – Maceió:

2019.

90 f.: il.

TCC (Graduação em Engenharia Civil) – Centro Universitário CESMAC, Maceió – AL, 2019.

Orientador: Rafael Leandro Costa Silva.

Co-orientador: Anderson Luiz de Lima Santos.

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AGRADECIMENTO

Agradeço à minha Mãe Rosilene Vicente e minha Tia/Mãe Jacilene Vicente e

meu querido pai Adailton Firmino que batalhou muito para me oferecer uma educação

de qualidade e sempre esteve do meu lado. A minha querida vó Marinete Vicente que

sempre acreditou no meu potencial e nunca negou uma palavra de incentivo.

Aos amigos queridos que estiveram comigo ao decorrer desses cincos anos de

graduação, que me fizeram rir em tempos de puro estresse e sempre estiveram

comigo. A minha noiva Roberta Correia e toda sua família, que foram compreensivos

com os momentos em que permaneci distante mais sempre acreditaram em min.

Aos mestres dessa instituição que durante anos compartilharam seus

conhecimentos comigo, meu muito obrigado. Não posso deixar de agradecer em

especial ao meu amigo Anderson Lima que me ajudou bastante no desenvolvimento

desse trabalho e ao meu orientador, Rafael Costa que nunca negou uma ajuda ao

decorrer do desenvolvimento desse trabalho.

Sou grato a todos que de forma direta ou indiretamente contribuíram para

minha formação acadêmica. Por fim, manifesto aqui a minha gratidão à Deus, que me

deu força e energia para realizar mais um sonho.

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ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ALVENARIA CONVENCIONAL, ALVENARIA ESTRUTURAL E LIGHT STEEL

FRAME

BUDGET COMPARATIVE CONSTRUCTION SYSTEMS CONVENTIONAL MASONRY, STRUCTURAL MASONRY AND LIGHT STEEL FRAME

Adamis Kaike da Silva Firmino Graduado do Curso de Engenharia Civil

[email protected]

Rafael Leandro Costa Silva

Mestre em Estruturas [email protected]

RESUMO

Nos últimos anos o setor da construção civil no brasil vem buscando novas técnicas e tecnologias capazes de reduzir os grandes prazos de construção, a grande quantidade de resíduos gerados e a baixa dos custos elevados. Com isso esta pesquisa apresenta um comparativo orçamentário para construção de uma residência unifamiliar, baseando-se em sistemas construtivos conhecidos, como o caso da alvenaria convencional, utilizado na maior parte das obras de médio e grande porte e a alvenaria estrutural, bastante utilizada pelas empresas para construção de residências e conjuntos habitacionais por todo o país, e também o sistema Light Steel Frame, ainda pouco utilizado, mas que apresenta grande crescimento. Através de pesquisas foi possível identificar os custos unitários de cada item e realizar uma análise dos resultados obtidos destacando as principais diferenças. Com conclusão dessa pesquisa é esperado que o conteúdo demonstrado possa contribuir com o crescimento do Light Steel Frame no Brasil, e que desperte interesse da população por novos sistemas construtivos.

PALAVRAS-CHAVE: Alvenaria Convencional. Alvenaria Estrutural. Light Steel Frame. Comparativo.

ABSTRACT

In recent years the construction sector in Brazil has been seeking new techniques and technologies capable of reducing the long construction times, the large amount of waste generated and the low costs. With this research presents a budgetary comparison for the construction of a single-family residence, based on known construction systems, such as conventional masonry, used in most medium and large works and the structural masonry, widely used by companies to build homes and housing estates throughout the country, and also the Light Steel Frame system, still little used, but that presents great growth. Through research it was possible to identify the unit costs of each item and perform an analysis of the results obtained highlighting the main differences. With the conclusion of this research, it is expected that the content demonstrated can contribute to the growth of Light Steel Frame in Brazil, and that it will arouse interest of the population of new construction systems.

KEYWORDS: Conventional Masonry Construction System. Structural Masonry Construction System. Light Steel Frame. Comparative Analysis.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8 1.1 Considerações iniciais ............................................................................... 8 1.2 Objetivos ..................................................................................................... 9 1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................ 9 1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................. 9 2 METODOLOGIA ............................................................................................ 10 3 REFERENCIALTEÓRICO .............................................................................. 11 3.1 Alvenaria Convencional ............................................................................ 11 3.2 Componentes da Alvenaria Convencional .............................................. 12 3.2.1 Concreto ................................................................................................... 12 3.2.2 Armaduras ................................................................................................ 12 3.2.3 Fôrmas ..................................................................................................... 13 3.2.4 Blocos Cerâmicos .................................................................................... 13 3.3 Alvenaria Estrutural .................................................................................. 14 3.4 Aspectos Técnicos .................................................................................... 15 3.4.1 Projeto ...................................................................................................... 15 3.4.2 Modulação ................................................................................................ 16 3.5 Materiais Constituintes ............................................................................. 17 3.5.1 Blocos ........................................................................................................ 17 3.5.2 Argamassa ............................................................................................... 17 3.5.3 Graute ...................................................................................................... 18 3.5.4 Armadura ................................................................................................... 19 3.6 Light Steel Frame ...................................................................................... 19 3.6.1 Tipos de Perfis Utilizados ......................................................................... 20 3.6.2 Fundações ................................................................................................ 21 3.6.3 Painéis ...................................................................................................... 21 3.6.4 Isolamento Termo Acústico ...................................................................... 23 3.7 Orçamento ................................................................................................. 24 4 RESULTADOS E DISCUSÕES ...................................................................... 26 4.1 Apresentação do Projeto .......................................................................... 26 4.1.1 Projeto em Alvenaria Convencional ......................................................... 26 4.1.2 Projeto em Alvenaria Estrutural ................................................................ 27 4.1.3 Projeto em Light Steel Frame ................................................................... 29 4.2 Quantitativos e Composições ................................................................... 30 4.2.1 Quantitativo em Alvenaria Convencional ................................................... 30 4.2.2 Quantitativo em Alvenaria Estrutural ......................................................... 31 4.2.3 Quantitativo em Light Steel Frame ............................................................ 32 4.3 Custo Direto ................................................................................................ 33 4.3.1 Custo Direto em Alvenaria Convencional .................................................. 33 4.3.2 Custo Direto em Alvenaria Estrutural ........................................................ 34 4.3.3 Custo Direto em Light Steel Frame ........................................................... 35 4.4 Análise dos Custos Diretos ....................................................................... 36 5 CONCLUÇÃO ................................................................................................ 42 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 33 ANEXOS ........................................................................................................... 46 ANEXO A .......................................................................................................... 46 ANEXO B .......................................................................................................... 50

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ANEXO C .......................................................................................................... 56 APÊNDICES ..................................................................................................... 73 APÊNDICE A .................................................................................................... 73 APÊNDICE B ..................................................................................................... 77 APÊNDICE C .................................................................................................... 80

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

Ao longo dos anos, a indústria da construção civil vem melhorando cada vez

mais seus métodos construtivos, tanto os racionalizados quanto os industrializados

em busca da elevação da qualidade de seus produtos e serviços através de ações

focadas na redução de prazos e custos (BERR; FORMOSO, 2012).

Desta forma, através das vastas opções de sistemas construtivos, a alvenaria

estrutural tem se destacado bastante no merco de habitações populares no Brasil.

Segundo Roman (1999), este sistema oferece grandes vantagens como a facilidade

no detalhamento dos projetos, projeto executivo de fácil compreensão pela mão de

obra e apresentando diversas formas arquitetônicas. Além disso, em comparação com

prédios executados em alvenaria convencional, há economia em fôrmas, concreto e

aço, usados em maior quantidade nessas estruturas.

Já o sistema Light Steel Frame pode ser considerado como uma técnica

construtiva recente no Brasil, contudo seu surgimento vem dos Estados Unidos com

a revolução industrial e após o fim da Segunda Guerra Mundial quando +o processo

de construção dos perfis metálicos passaram a ser usados em divisórias de edifícios

de habitação, acreditando-se que dessa maneira poderia substituir a construção em

madeira, que era o método já utilizado no país, conhecido como Wood Frame.

Também se tornou comum o uso de estrutura em aço no Japão nesta mesma época,

uma vez que, o país necessitava reconstruir quatro milhões de moradias de forma

rápida após a guerra (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).

Diante das diversas possibilidades de sistemas construtivos a serem

empregados, será realizado um comparativo orçamentário para uma residência

unifamiliar construída em alvenaria convenciona, alvenaria estrutural e Light Steel

Frame.

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1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Realizar um estudo comparativo orçamentário entre os sistemas construtivos

de Alvenaria Convencional, Alvenaria Estrutural e Light Steel Frame.

1.2.2 Objetivos específicos

Apresentar as características dos sistemas construtivos em estudo.

Levantamento de quantitativos e elaboração dos custos diretos dos três

sistemas construtivos;

Comparar os sistemas construtivos Alvenaria Convencional, Alvenaria

Estrutural e Light Steel Frame ressaltando as vantagens e desvantagens

de cada sistema, em uma residência unifamiliar.

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2 METODOLOGIA

A pesquisa busca o interesse para o conhecimento em relação aos sistemas

construtivos Alvenaria Convencional, Alvenaria Estrutural e Light Steel Frame,

despertando assim, o interesse por novos sistemas construtivos.

Para iniciar esta pesquisa fez-se uma revisão bibliográfica referente ao tema,

sendo utilizado como base a leitura de artigos referentes ao tema, tais como: sites,

monográficas, dissertações, teses e revistas, o que foi possível diferenciar cada

sistema construtivo e suas principais características.

Após toda a revisão teórica, foi feito a escolha dos projetos. A fim de facilitar o

trabalho e fazer uma comparação mais real possível, optou-se por manter a

arquitetura rigorosamente igual, fazendo com que os custos das materiais bases

permanecessem iguais para todos os casos.

Para a diferença de custo da residência estudada, foram feita planilhas de

orçamentos nas quais foram elaboradas a partir do levantamento de dados obtidos

através dos projetos desenvolvidos, para o custo unitário foi utilizado tabelas, tais

como, a Tabela de Composição e Preços para orçamento (TCPO), Tabela do Sistema

Nacional de Pesquisa de Custo e Índice da Construção Civil (SINAPI) e Tabela de

Obras de Sergipe (ORSE).

Figura 1 - Metodologia. Fonte: Autor, 2019.

Por fim, de posse das comparações realizadas anteriormente foram

estabelecidas as considerações finais.

Revisão Bibliografica

Definiçao dos projetos

Levantamento de custo

Analise dos Resultados

Conclução

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3 REFERENCIALTEÓRICO

3.1 Alvenaria Convencional

O sistema convencional construtivo é formado por pilares, vigas e lajes de

concreto armado, sendo que os vãos são preenchidos com tijolos cerâmicos para

vedação, e o peso da construção, neste caso, é distribuído nos pilares, vigas, lajes e

fundações. Dessa forma pode-se dizer então que, o concreto armado é constituído

pela associação de concreto e aço, no qual ambos os materiais apresentam

características de boa aderência e coeficiente de dilatação térmica praticamente igual.

Essa união advém do fato que o concreto possui baixa resistência a tração, sendo

função do aço, absorver os esforços de tração e cisalhamento que atuam nos

elementos de concreto (ARAÚJO; RODRIGUES E FREITAS, 2000, p. 90).

Figura 2 - Sistema Construtivo convencional. Fonte: BLOG BOWIE BODDIES, 2015.

Sendo assim, a estrutura de concreto armado é então constituída por estruturas

isoladas, em que as mesmas têm a função de distribuir e encaminhar os esforços

advindos dos elementos da edificação. No qual, esses elementos em conjunto com

alvenaria de vedação formam o sistema construtivo convencional.

Entretanto, este sistema convencional é bastante caraterizado pela baixa

produtividade e principalmente pelo grande desperdício de materiais. Segundo Hasse

Martins (2011), isso acontece devido a todas as etapas da construção em si serem

executadas in loco tornando a execução do projeto consideravelmente mais demorada

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e grande parte da mão de obra é despreparada, o que ocasiona excesso de

desperdício de materiais e retrabalho.

3.2 Componentes da Alvenaria Convencional

3.2.1 Concreto

Segundo Basto (2006), o concreto é composto por uma mistura homogênea na

qual é constituído de cimento, água, agregado miúdo, agregado graúdo e ar, onde

pode também conter adições e aditivos químicos com a finalidade de modificar suas

propriedades básicas.

Para Barros e Melhado (1998), o concreto com finalidade estrutural pode ser

produzido, tanto em usinas, quanto em obras. Na execução de obras de médio e

grande porte, utilizam-se geralmente concretos usinados, devido a diversos fatores

como, por exemplo: maior capacidade de produção, maior precisão na dosagem,

diminuição dos locais de estocagem de materiais no canteiro.

3.2.2 Armaduras

Segundo Barros e Melhado (1998), a principal função das armaduras são

absorver as tensões de tração e cisalhamento e aumentar a capacidade resistente

das peças comprimidas. A Figura 3 a seguir está representada o conjunto de

operações necessárias ao processamento da armadura.

Figura 3 - Fluxograma de produção de armaduras. Fonte: Barros e Melhado (1998, p. 27)

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3.2.3 Fôrmas

Segundo Barros e Melhado (1998), são atribuídas três funções básicas ao

sistema de fôrmas:

Moldar o concreto;

Conter o concreto e sustenta-lo até que tenha resistência suficiente para se

sustentar por si só;

Proporcionar à superfície do concreto a textura requerida.

O sistema de fôrmas é extremamente significativo do ponto de vista econômico,

uma vez que a participação das fôrmas na composição do custo das estruturas de

concreto pode variar entre 30 e 60% (ARAÚJO E FREIRE, 2004).

3.2.4 Blocos Cerâmicos

Bloco é um componente da alvenaria que possui furos prismáticos e/ou

cilíndricos perpendiculares às faces que os contêm (NBR 8042/1992).

Os blocos cerâmicos podem ser encontrados em diversos tamanhos, para tal

escolhemos os blocos de 8 furos com dimensões 9x19x24 cm, onde pode ser

observado na Figura 4.

Figura 4 - Bloco cerâmico de dimensões 9x19x24 cm Fonte: Cerâmica felisbino, 2013.

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3.3 Alvenaria Estrutural

Alvenaria estrutural é o sistema construtivo em que paredes possuem função

de resistir às cargas, substituindo os pilares e vigas como corre em construções

convencionais (ROMAN et al., 1999). Ainda segundo Roman (1999), uma das

principais vantagens da alvenaria estrutural é que as edificações construídas neste

sistema tendem a apresentar menor custo do que em prédios em estrutura

convencional, isso ocorre devido à execução de alvenaria tanto com a função de

vedação e compartimentação quanto a de estrutura portante em uma etapa única, o

que consiste na redução do uso de fôrmas, concreto e armaduras. Segundo Coêlho

(1998), este tem sido um dos métodos mais utilizados na construção de edificações

de diferentes portes, por representar economia e maior velocidade à obra.

Até o século XX, as construções em alvenaria estrutural baseavam-se na

aplicação de métodos empíricos no projeto e construção, e apenas recentemente, o

sistema construtivo passou a ser adotado a partir de critérios científicos mais rígidos.

Segundo Ramalho e Corrêa (2003), no Brasil o sistema construtivo vem sendo

utilizado desde a chegada dos portugueses, no século XVI.

Segundo Roman (1999) no Brasil, a técnica de cálculo e execução com

alvenaria estrutural é relativamente recente, tendo seu início nos anos 60. Ainda

segundo os autores, o surgimento de novas fábricas de materiais e a evolução das

pesquisas sobre o tema contribuíram para o interesse dos construtores pelo sistema.

Para Ramalho e Corrêa (2003), estima-se que o início da aplicação de alvenaria

estrutural surgiu no ano de 1966, em São Paulo, em edificação com quatro

pavimentos. Já no ano de 1972, também em São Paulo, foram construídos quatro

blocos, com 12 pavimentos cada e com alvenaria estrutural armada de bloco de

concreto, dando início ao desenvolvimento do sistema no Brasil.

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Figura 5 - Sistema Construtivo Alvenaria Estrutural. Fonte: Ricci engenharia.

3.4 Aspectos Técnicos

O aspecto mais importante a ser ressaltada na alvenaria estrutural é a

capacidade de transformar a alvenaria, que antes era somente elemento de vedação,

na própria estrutura da edificação. Segundo Silva (2011), para garantir a função de

estrutura, sua resistência deve ser perfeitamente controlada, afim de garantir a

segurança do sistema.

Segundo Ramalho e Corrêa (2003), por questões de viabilidade econômica, ao

projetar uma estrutura em alvenaria estrutural, deve-se evitar a existência de elevadas

tensões de tração. Ainda segundos os autores o principal conceito ligado à utilização

da alvenaria estrutural é a transmissão de ações através de tensões de compressão.

3.4.1 Projeto

O desenvolvimento do projeto é uma etapa muito importante na alvenaria

estrutural, pois nessa etapa são definidos todos os detalhes do processo construtivo.

Além disso, deve haver compatibilização entre os projetos arquitetônico, elétrico,

estrutural e hidrossanitário. O projeto deve estar adequado de forma que o

posicionamento das paredes seja mantido a cada pavimento para que as cargas

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sejam transmitidas da parede superior para a inferior. Outro aspecto que necessita de

atenção diz respeito às medidas internas das peças, sendo que devem, sempre que

possível, ter a dimensão múltipla dos blocos para haver coordenação modular

(PRUDÊNCIO JR et al., 2002).

3.4.2 Modulação

Com o intuito de otimizar a utilização de produtos padronizados e reduzir

custos, o projeto deve apresentar modulação (COÊLHO, 1998). A definição de

modulação segundo Ramalho e Corrêa (2003) é:

[...] modular um arranjo arquitetônico, ou pelo menos modular as

paredes portantes deste arranjo, significa acertar suas dimensões em

planta e também o pé-direito da edificação, em função das dimensões

das unidades, e modo a não se necessitar, ou pelo menos se reduzir

drasticamente, cortes ou ajustes necessários à execução das paredes.

Roman (1999), afirma que a coordenação modular pode trazer ganhos de

produtividade com cerca de 10%. A modulação deve ocorrer na horizontal e também

na vertical. Tal modulações é representada através da paginação do projeto, ou seja,

do detalhamento de cada parede, de modo que são representados os vãos de janelas

e portas, como também os eletrodutos e caixas de passagem.

A figura 6 apresenta um exemplo de paginação de uma parede em alvenaria

estrutural.

Figura 6 - Paginação da parede. Fonte: Portal Comunidade da Construção.

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3.5 Materiais Constituintes

Para que a alvenaria estrutural se torne um sistema econômico, a

racionalização dos materiais é fator muito importante. Logo, conhecendo os materiais,

eles serão melhor aproveitados a ponto de tornarem o sistema racionalizado, fator

indispensável para ser um sistema construtivo econômico (COÊLHO, 1998). A seguir,

serão apresentados os materiais constituintes da alvenaria estrutural e suas

características.

3.5.1 Blocos

Segundo Roman et al. (1999), “A resistência à compressão do bloco é o mais

importante fator na resistência à compressão da alvenaria”. Ainda para os autores tal

resistência à compressão se dá em função da forma, do tamanho, da matéria-prima e

da forma de fabricação dos blocos. Embora o aumento da resistência à compressão

do bloco resulte no aumento da resistência da alvenaria, a resistência da parede é

sempre menor que a do bloco.

Os tipos de blocos mais utilizados em alvenaria estrutural são: de concreto,

cerâmicos e sílico-calcários. Os blocos cerâmicos e de concreto são normatizados,

respectivamente, NBR 15270-2 (ABNT, 2005) – Blocos Cerâmicos para Alvenaria

Estrutural – e NBR 6136 (ABNT, 2016) – Blocos Vazados de Concreto Simples para

Alvenaria Estrutural. A qualidade dos blocos vem aumentando, o sistema tem

apresentado significativa economia em relação ao revestimento das paredes, que

passam a apresentar menores espessuras (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

3.5.2 Argamassa

A argamassa é o elemento responsável pela ligação entre os blocos da

alvenaria, normalmente sendo uma massa homogênea na qual é constituída de areia,

cimento e cal. Deve ter qualidade para transmitir as solicitações entre as unidades de

alvenaria de modo uniforme. Embora os elementos constituintes da argamassa sejam

semelhantes aos utilizados no concreto, não é correto utilizar os mesmos

procedimentos de produção do concreto para a argamassa, pois seu emprego é

bastante distinto (ROMAN et al., 1999).

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Ramalho e Corrêa (2003) reforçam que a argamassa de assentamento possui

a função básica de transmitir e uniformizar as tensões entre os blocos da alvenaria,

absorvendo pequenas deformações e prevenindo a entrada de água e de vento nas

edificações. Uma boa argamassa deve deslizar facilmente sobre os blocos no

lançamento, apresentar boa aderência e boa resistência à compressão.

Recena (2008) recomenda o uso de argamassas industrializadas, devido à

homogeneidade apresentada pelas mesmas. É importante ressaltar que tanto aquelas

argamassas produzidas em obras quanto as argamassas industrializadas devem ser

submetidas a um controle de qualidade rigoroso, conforme a NBR 13281/2005 –

Argamassa para Assentamento e Revestimento de Paredes e Tetos – Requisitos.

Nela estão os requisitos de argamassa de assentamento e revestimento de paredes

e tetos, garantindo, assim, as propriedades plásticas e a resistência desejada.

.

3.5.3 Graute

Para Ramalho e Corrêa (2003), graute é definido como:

[...] concreto com agregados de pequena dimensão e relativamente

fluido, eventualmente necessário para o preenchimento do vazio dos

blocos. Sua função é propiciar o aumento da área da seção transversal

das unidades ou promover a solidarização dos blocos com eventuais

armaduras posicionadas nos seus vazios.

O preenchimento do vazio dos blocos aumenta a resistência à compressão da

alvenaria sem que seja necessário aumentar a resistência do bloco. Roman (1999),

complementa que o abatimento recomendado é de 20 a 28 cm, com relação

água/cimento entre 0,8 e 1,1. Dessa forma, o graute apresenta boa trabalhabilidade e

preenche completamente todos os vazios.

Os materiais constituintes do graute são os mesmos do concreto, apenas com

a diferença de que os agregados apresentam granulometria inferior, a dimensão dos

agregados não deve ultrapassar 1/3 da menor dimensão dos furos a preencher

(ROMAN et al., 1999).

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3.5.4 Armadura

Roman et al. (1999), os aços utilizados em alvenaria estrutural são, em geral,

os mesmos utilizados em concreto armado, devendo-se seguir as recomendações do

projetista e da NBR 7480/2007– Barras e Fios de Aço para Armaduras para Concreto.

As armaduras serão sempre envolvidas por graute, assim garantindo o trabalho

conjunto com o restante dos componentes da alvenaria.

3.6 Light Steel Frame

De acordo com Santiago, Freitas e Crasto (2012), o Light Steel Frame é um

sistema construtivo de concepção racional, que tem como principal característica uma

estrutura constituída por perfis formados a frio de aço galvanizado. Estas estruturas

de aço galvanizado que são pré-fabricadas para a construção civil possuem tempo

reduzido de execução, leveza, facilidade de fabricação, manuseio e transporte, assim

reduzindo custos e tempo.

Ainda para os autores, uma estrutura em Light Steel Frame é compreendida

como um esqueleto estrutural em aço formado por diversos elementos individuais que

são ligados entre si, passando estes a funcionar em conjunto para resistir às cargas

que solicitam a edificação e dando forma a mesma. Os perfis de aço galvanizados são

utilizados para compor os painéis estruturais ou não-estruturais, vigas de piso, vigas

segundarias, tesouras de telhado e demais componentes.

conforme Bertolini (2013), apesar de considerada uma tecnologia nova, a

origem do sistema em LSF remonta nos Estados Unidos na década de 40, apoiado

sobre o grande desenvolvimento da indústria do aço no contexto do pós-guerra. É

originado do sistema “Wood Frame” sendo que a principal mudança do novo método

em relação ao seu antecessor diz respeito à substituição dos perfis estruturais de

madeira por perfis de aço laminados a frio, o que oferece ao Steel Frame algumas

vantagens em relação ao Wood Frame.

Segundo Domarascki e Fagiani (2009), as primeiras obras a utilizar perfis de

aço com o sistema construtivo Light Steel Frame no Brasil começaram a ser

construídas por volta de 1998, principalmente na região sul, sendo inicialmente

aplicado em edificações de padrões de renda média e alta, porém, devido ao baixo

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custo final da obra, o mesmo, atualmente, também é empregado na construção de

habitações populares.

De acordo com Santiago, Rodrigues e Oliveira (2010), a utilização do sistema

construtivo LSF no Brasil ainda é considerada inovadora e está em fase de aceitação

do público, pois começou a ser utilizado no país há poucos anos, entretanto, em outros

países como a Inglaterra, Canadá e Estados Unidos o mesmo já é utilizado desde a

revolução Industrial, onde a indústria se desenvolveu e começou a conhecer o aço

formado a frio, identificando a sua resistência e constatando o baixo peso.

Pode-se observar na Figura 7 uma residência sendo construída em Light Steel

Frame.

Figura 7 - Sistema Construtivo Light Steel Frame. Fonte: SITE PLANTAS DE CASAS, 2014.

3.6.1 Tipos de Perfis Utilizados

Segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012), as estruturas de aço são

compostas por dois grupos diferentes de elementos estruturais, os perfis laminados e

soldados, e os perfis formados a frio (PFF). Estes perfis são utilizados para a

construção de painéis que vão constituir as paredes exteriores e interiores do edifício,

como também as lajes de piso e cobertura.

Ainda para os autores, os perfis PFF utilizados no LSF devem ser formados

através de bobinas de aço Zincado de Alta Resistência (ZAR) com resistência ao

escoamento mínima de 230 MPa e espessura mínima de 0,8 mm até 3 mm de acordo

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21

com a norma (NBR 15253/2014). Segundo Rodrigues e Caldas (2016), O

revestimento de zinco ou liga alumínio-zinco é realizado através de um processo

contínuo de imersão a quente ou por eletrodeposição, conhecido como processo de

galvanização, visando criar uma proteção contra a corrosão dos perfis

Os perfis mais utilizados no sistema LSF são os que possuem seção

transversal seção do tipo: “C” ou “U” enrijecido (Ue) com alma variável de 90 a 300

mm, e “U” simples com dimensões um pouco maiores para permitir o encaixe dos

perfis Ue, este é comercializado com as dimensões 90, 140 e 200 mm (SANTIAGO;

FREITAS; CRASTO, 2012).

3.6.2 Fundações

Segundo Prudêncio (2013), o LSF por ser um sistema construtivo constituído

por perfis leves de aço galvanizado permite assim a construção de uma estrutura de

baixo peso se comparado as técnicas construtivas mais usuais, com isso as

fundações podem ser mais simples. Como a estrutura distribui as cargas linearmente

ao longo dos painéis estruturais que formam as paredes, as fundações contínuas são

as mais apropriadas para receberem estes carregamentos (SANTIAGO; FREITAS;

CRASTO, 2012).

Para Santiago, Freitas e Crasto (2012), entre as soluções para fundações pode-

se destacar: o radier e a sapata corrida, sendo as melhores opções de fundação para

este sistema construtivo. Para se ter o tipo adequado é necessário ter o estudo do

solo através de sondagens, da topografia do terreno e do nível do lençol freático no

terreno.

3.6.3 Painéis

Conforme Santiago, Freitas e Crasto (2012), os painéis do sistema Light Steel

Frame podem ter função estrutural, além de formarem paredes e elementos de

vedação também funcionam como estrutura da edificação transferindo carga para a

fundação, em outros casos funcionam apenas como divisórias, tendo como função

unicamente de elemento de vedação ou fechamento de áreas.

Para os autores, os painéis estruturais ou autoportantes estão sujeitos a cargas

horizontais provenientes da força do vento ou sismos e cargas verticais oriundas de

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22

pisos, telhados e outros painéis, sendo responsáveis por absorver esses esforços e

transmiti-los à fundação. Os painéis são constituídos por perfis de seção “Ue" que

recebem o nome de montantes, dispostos na vertical e são geralmente espaçados de

400mm ou 600mm, sendo função desses que as cargas verticais sejam transmitida

por contato direto entre a alma dos perfis, estando suas seções em coincidência de

um patamar a outro de forma a assentir somente a transferência de esforços axiais

(Figura

8).

Figura 8 - Esquema da Transmissão de Cargas à Fundação. Fonte: Manual Steel Frame: Arquitetura (2012, p.32).

Os painéis estruturais (Figura 9) utilizados são constituídos pelos montantes e

pelas guias. Os montantes perfis Ue são dispostos na vertical, as guias perfis U são

dispostos horizontalmente na base e no topo dos montantes (inferior e superior)

conformando a estrutura básica do sistema Light Steel frame. A distância e a

modulação entre os montantes, geralmente varia de 400 ou 600 mm, mas

dependendo da solicitação, pode ser de até 200 mm (SANTIAGO; FREITAS;

CRASTO, 2012).

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23

3.6.4 Isolamento Termo Acústico

Segundo Facco (2014) o sistema LSF precisa de isolamento termo acústico

que são realizados através da instalação de lã minerais, lã de vidro ou de rocha

alocados como preenchimento entre as placas de vedação internas e externas.

O uso de mantas termo acústicas de lãs minerais (Figura 10) entre os

fechamentos externo e interno das paredes proporcionam elevado conforto ambiental.

As lãs minerais podem ser aplicadas no forro, na cobertura e no miolo de divisórias, e

são utilizadas para obter conforto termo acústico. As lãs de rocha e de vidro devem

sua capacidade de absorver ruídos à própria porosidade: quando a fibra entra em

contato com uma onda sonora, ocorre uma fricção que converte parte da energia

sonora em calor, reduzindo a intensidade do som.

Figura 10 - Aplicação de lã de vidro em um forro e em um telhado. Fonte: Placo Center ,2014.

Figura 9 - Painel Típico do Sistema Light Steel Framing. Fonte: Manual Steel Frame: Arquitetura (2012, p.33).

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24

3.7 Orçamento

“Independentemente de localização, recursos, prazos, cliente e tipo de projeto,

uma obra é eminentemente uma atividade econômica e, como tal, o aspecto custo

reveste-se de especial importância” (MATTOS, 2006). Em uma construção, a previsão

de custo é obtida por meio do orçamento.

Segundo Avila, Librelotto e Lopes (2003), “orçar é quantificar insumos, mão de

obra, ou equipamentos necessários à realização de uma obra ou serviço bem como

os respectivos custos e o tempo de duração dos mesmos”. Com isso percebe-se que

o orçamento permite assim uma análise quantitativa do custo de insumos e serviços,

dessa forma apresenta-se como uma ferramenta fundamental em estudos

comparativos no setor de construção.

A determinação de um orçamento é obtida pela soma dos custos diretos e dos

indiretos, adicionando-se os impostos e lucro esperado (MATTOS, 2006). Neste

processo se faz necessário o conhecimento de alguns conceitos abordados como

custo, preço e composição.

Para Tisaka (2004), custo é o somatório de todos os gastos provenientes da

execução da obra contemplando os insumos, serviços e infraestrutura utilizados. O

preço é o custo acrescido do BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) composto pelas

despesas indiretas, os tributos e o lucro de uma obra.

Para Avila, Librelotto e Lopes (2003) os custos podem ser classificados

diretos e indiretos, sendo:

Diretos: os custos diretamente apropriados ao produto e que permitem

uma perfeita quantificação e caracterização. Podem ser os insumos, a

mão de obra ou ainda os equipamentos.

Indiretos: os custos que dependem de algum fator de rateio para sua

apropriação nos serviços. Estão relacionados à custos da administração

do canteiro de obras e despesas de administração da empresa.

Ainda segundo Avila, Librelotto e Lopes (2003), “para realização do orçamento

atuam três variáveis: o quantitativo dos serviços, a composição unitária e o preço dos

insumos, e uma variável fiscal, os encargos sociais”.

Segundo Mattos (2006) “o início da orçamentação de uma obra requer o

conhecimento dos diversos serviços que a compõe. Não basta saber quais os

serviços, é preciso saber também quanto de cada um deve ser feito”.

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25

Conforme López (2017), o orçamento apresenta três atributos principais que

devem ser levados em conta quanto sua utilização, são eles:

Aproximação: por basear-se em previsões e utilizar valores

aproximados.

Especificidade: uma vez que o orçamento de cada obra é diferente, não

existindo um orçamento padronizado.

Temporalidade: por envolver valores sujeitos à variação do mercado e

também devido ao desenvolvimento dos métodos construtivos, o

orçamento apresenta um “prazo de validade”.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Apresentação dos Projetos

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26

O estudo teve como escolhido uma residência unifamiliar com padrões

populares, tendo fácil adaptação para os três sistemas construtivos estudados:

Alvenaria Convencional, Alvenaria Estrutural e Light Steel Frame.

4.1.1 Projeto em Alvenaria Convencional

A residência possui área construída de 35,12m² na qual possui uma sala, um

quarto, uma cozinha, um banheiro e uma arena de circulação. O projeto foi encontrado

na internet, onde foi necessário apenas uma compatibilização para o sistema

construtivo Light Steel Frame. A planta baixa junto com o corte AA é apresentada

abaixo nas Figuras 5 e 6.

Figura 5 – Planta baixa. Fonte: Fornecedor, 2019.

Page 28: ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS … comparativa... · anÁlise comparativa orÇamentÁria dos sistemas construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

27

CORTE TRANSVERSAL AA

Figura 6 – Corte AA. Fonte: Fornecedor, 2019.

A planta baixa do projeto assim como os cortes e fachadas estão detalhados

no Anexo A.

4.1.2 Projeto em Alvenaria Estrutural

Com os projetos da alvenaria convencional em mãos, foram elaborados a

modulação da colocação dos blocos em alvenaria estrutural. A planta de uma

estrutura em alvenaria estrutural deve apresentar a paginação dos blocos nas fiadas

de forma que possa demonstrar como vão ser realizada a amarração entre eles, nos

cantos e encontros das paredes. A fundação escolhida foi do tipo radier, pois

apresenta um baixo custo e adequasse a capacidade de carga. Além disso as paredes

foram revestidas com chapisco e reboco.

A planta baixa da primeira fiada e a parede número um pode ser observada

logo abaixo nas Figura 7 e 8.

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28

Figura 7 – Primeira fiada em alvenaria estrutural. Fonte: Fornecedor, 2019.

Figura 8 – Parede 1 em alvenaria estrutural. Fonte: Fornecedor, 2019.

A planta da fiadas assim como o detalhamento das paredes encontrasse no

Anexo B.

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29

4.1.3 Projeto em Light Steel Frame

Novamente utilizando-se da planta baixa da alvenaria convencional, alterou-se

a espessura das paredes para 12 cm, adaptando ao sistema Light Steel Frame. Em

seguida, foi realizada a modulação dos painéis do sistema, dividindo a estrutura em

painéis e os detalhando juntamente com o detalhamento da cobertura.

Na superestrutura utilizou-se para o fechamento externo, placas cimentícias

mais OSB com dimensões 1200x2400mm e para o fechamento interno gesso

acartonado com dimensões de 1200x2400mm. Para as paredes do sistema LSF foram

adotados perfis metálicos tipo montante “Ue” enrijecido 90mm x40mm x12mm com

espessura de 0,95 mm e para a cobertura da residência foram utilizadas telhas

romanas. Na figura 9 é possível observar a planta estrutural do projeto em Light Steel

Frame.

Figura 9 - Planta baixa Light Steel Frame Fonte: Fornecedor, 2019.

Page 31: ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS … comparativa... · anÁlise comparativa orÇamentÁria dos sistemas construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

30

A elevações dos painéis e o detalhe da estrutura da cobertura estão

apresentadas no Anexo C deste trabalho.

4.2 Quantitativos e Composições

Nesta etapa apresentamos os quantitativos adquiridos após analisar os

projetos em Alvenaria Convencional, Alvenaria Estrutural e em Light Steel Frame.

4.2.1 Quantitativo em Alvenaria Convencional

A partir dos projetos foram levantados os quantitativos para toda residência em

Alvenaria Convencional, assim como todos os serviços díspares aos sistemas

estudados. As composições para Alvenaria Convencional foram obtidas da tabela do

SINAPI, ORSE e quando preciso preços do mercado.

Na Tabela 1 é apresentado uma parte dos quantitativos levantados.

Tabela 1 – Quantitativos em Alvenaria Convencional

Fonte: Autor, 2019.

O quantitativo completo pode ser encontrado no Apêndice A deste trabalho.

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31

4.2.2 Quantitativo em Alvenaria Estrutural

A partir dos projetos foram levantados os quantitativos para toda residência em

alvenaria estrutural. Na Tabela 2 apresentamos uma parte dos quantitativos

levantados, são mostrados a superestrutura e o sistema de vedação/revestimos da

residência em estudo.

Tabela 2 – Quantitativos em Alvenaria Estrutural

Fonte: Autor, 2019.

O quantitativo completo pode ser encontrado junto ao orçamento de custos

diretos no Apêndice B deste trabalho.

Page 33: ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS … comparativa... · anÁlise comparativa orÇamentÁria dos sistemas construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

32

4.2.3 Quantitativo em Light Steel Frame

Conforme projetos em LSF, podemos levantar seus quantitativos. Na tabela 3

é possível ver o quantitativo da superestrutura em LSF com a descrição de todos os

perfis.

Tabela 3 - Quantitativos em Light Steel Frame

Fonte: Autor, 2019.

O quantitativo completo para esse sistema é apresentado no Apêndice C

Page 34: ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS … comparativa... · anÁlise comparativa orÇamentÁria dos sistemas construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

33

4.3 Custo Direto

É apresentado nesse item os custos diretos para os três sistemas construtivos

estudados.

4.3.1 Custo Direto em Alvenaria Convencional

Na tabela 4 logo abaixo é apresentado os custos diretos da superestrutura e

revestimento elaborado para alvenaria convencional. O levantamento completo

contendo todos os serviços pode ser encontrado no Apêndice A.

Tabela 4 – Custos Diretos em Alvenaria Convencional

Fonte: Autor, 2019.

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34

Os custos diretos para a alvenaria convencional tiveram uma totalidade final de

R$ 32.543,48. Considerando a área total da residência igual a 35,12 m² o valor por m²

de área construída é de R$ 926,64.

4.3.2 Custo Direto em Alvenaria Estrutural

Com os quantitativos da alvenaria estrutural junto com os preços da base de

dados do SINAPI, ORSE e mercado podemos apresentar os custos diretos da

superestrutura e sistema de vedação/revestimento, conforme a Tabela 5 abaixo. O

levantamento completo da residência em alvenaria estrutural detalhado pode ser

encontrado no Apêndice B.

Tabela 5 – Custos Diretos em Alvenaria Estrutural

Fonte: Autor, 2019

Page 36: ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS … comparativa... · anÁlise comparativa orÇamentÁria dos sistemas construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

35

Os custos diretos totais da residência elaborada em Alvenaria Estrutural

ficaram em R$ 33.043,21. Da mesma maneira que a Alvenaria Convencional, será

considerado um valor por m² de R$ 940,87.

4.3.3 Custo Direto em Light Steel Frame

Com as composições já apresentadas para Light Steel Frame, além dos

serviços cujos preços são encontrados na SINAPI podemos finalizar os custos diretos

da residência em LSF.

Na tabela 6 segue parte dos custos diretos, mostrando valores para

superestrutura. O levantamento completo se encontra no Apêndice C.

Tabela 6 – Custos Diretos em Light Steel Frame

Fonte: Autor, 2019.

Com o levantamento pode-se notar que o valor total da residência em Light

Steel Frame ficou em R$ 30.816,42. Iremos considerar o valor final por m² igual a R$

877,46.

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36

4.4 Análise dos Custos Diretos

Com os três levantamentos prontos, podemos assim comparar os preços totais

de cada serviço. Temos no Gráfico 1 a comparação de preços entre as

superestruturas dos três sistemas em estudos.

Gráfico 1 – Comparativo de preço da Superestrutura

Fonte: Autor, 2019.

Analisando o gráfico podemos notar uma diferença de R$ 3.290,23 entre

Alvenaria Convencional e Light Steel Frame, sendo que o LSF se saiu mais custoso

que os outros dois métodos quando se trata de superestrutura.

Este valor mais alto para o Light Steel Frame se deve ao preço do aço

galvanizado ser elevado, onde destaca-se também o elevado custo dos perfis

metálicos e dos materiais de fechamento como a Placa de gesso acartonado e

principalmente da placa cimentícia.

Já a Alvenaria Estrutural é R$ 500,32 mais onerosa que a Alvenaria

Convencional. Apesar do custo elevado com fôrmas e a necessidade maior de aço, a

alvenaria convencional nessa etapa é mais barata devido ao custo elevado dos blocos

de concreto, que encarece a superestrutura da alvenaria estrutural.

4.888,665.388,98

8.178,89

0,00

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

8.000,00

9.000,00

Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame

Cu

sto

To

tal (R

$)

Sistemas Construtivos

Superestrutura

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37

Com isso podemos concluir, que se tratando da superestrutura, o sistema que

se saiu mais em conta quando analisado é o da alvenaria convencional.

A seguir no gráfico 2, foi feito o comparativo dos preços para o serviço de

revestimento.

Gráfico 2 – Comparativo de preço do Revestimento

Fonte: Autor, 2019.

Podemos perceber uma grande vantagem de preço para o Light Steel Frame,

ele é R$ 4.933,67 mais barato que a Alvenaria Convencional e R$ 5.646,22 que a

Alvenaria Estrutural se tratando de revestimento.

Podemos explicar essa grande diferença de preço no revestimento devido ao

fato de não executarmos os serviços de chapisco, reboco e emboço no Light Steel

Frame. Suas placas de fechamento, cimentícias e de gesso, já apresentam um melhor

acabamento e após o tratamento das juntas já estão prontas para receber a pintura.

Seguindo, no gráfico 3, podemos fazer o comparativo dos preços para o serviço

de pintura.

8.960,92

9.673,47

4.027,25

0,00

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

8.000,00

9.000,00

10.000,00

11.000,00

Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame

Cu

sto

To

tal (R

$)

Sistemas Construtivos

Revestimento

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38

Gráfico 3 – Comparativo de preço da Pintura

Fonte: Autor, 2019.

Mais um serviço que apresentou mais vantagem para Light Steel Frame diante

dos dois outros métodos construtivos que tem valores idênticos,

A diferença encontrada pode ser explicada no projeto em Alvenaria

Convencional e Estrutural onde foi considerado o serviço de emassamento das

paredes antes da aplicação da tinta, já para o Steel Frame a tinta é aplicada

diretamente sobre as placas de fechamento após o tratamento das juntas. Assim, a

pintura no LSF é R$ 413,14 menos custosa que nos sistemas de alvenaria

convencional e estrutural.

O serviço de cobertura também possui diferença de valores entre os três

sistemas, apresentados no gráfico 4.

1.779,64 1.779,64

1.366,50

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1.000,00

1.200,00

1.400,00

1.600,00

1.800,00

2.000,00

Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame

Cu

sto

To

tal (R

$)

Sistemas Construtivos

Pintura

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39

Gráfico 4 – Comparativo de preço da Cobertura

Fonte: Autor, 2019.

Como podemos observar a coberta em LSF se mostrou mais oneroso que a

alvenaria convencional e alvenaria estrutural, sendo que estas duas possuindo os

mesmos valores. Pode-se notar então que o LSF é R$ 992,25 mais caro.

A diferença encontrada pode ser explicada pelo fato de o LSF utilizar o seu

próprio sistema para elaboração da estrutura de cobertura, sendo que a alvenaria

convencional e estrutural utiliza estrutura de madeira.

Para finalizar, podemos analisar os valores totais dos orçamentos para os três

sistemas construtivos no gráfico 5.

4.893,25 4.893,25

5.885,90

0,00

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame

Cu

sto

To

tal (R

$)

Sistemas Construtivos

Cobertura

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40

Gráfico 5 – Orçamentos totais para os três sistemas.

Fonte: Autor, 2019.

Como apresentado nos itens anteriores, o custo para as etapas estudadas é

diferente para cada sistema. Ao analisar o conjunto, percebemos o valor de orçamento

menor para o sistema Light Steel Frame, este sendo R$ 1.727,06 mais barato que

Alvenaria Convencional e R$ 2.226,79 que Alvenaria Estrutural.

O custo elevado para montagem da superestrutura e da cobertura do Light

Steel Frame é compensado pelo baixo custo para execução dos revestimentos,

tornando o sistema menos custoso que os demais.

A Alvenaria Convencional por sua vez é R$ 499,73 menos onerosa que a

mesma construção em Alvenaria Estrutural.

Através dos resultados obtidos também foi possível fazer um comparativo dos

custos diretos por m² de área construída, mostrado no gráfico 6.

32.543,48 33.043,21

30.816,42

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame

Cu

sto

To

tal (R

$)

Sistemas Construtivos

Orçamentos Totais

Page 42: ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS … comparativa... · anÁlise comparativa orÇamentÁria dos sistemas construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

41

Gráfico 6 – Custos diretos por m²

Fonte: Autor, 2019.

Nota-se pelo gráfico que o custo por m² da Alvenaria Convencional ficou R$

49,18 mais onerosa quando comparada ao Light Steel Frame. Já a Alvenaria

Estrutural é R$ 14,23 mais onerosa que a Alvenaria Convencional e R$ 63,41 que o

Light Steel Frame.

926,64 940,87877,46

0,00

150,00

300,00

450,00

600,00

750,00

900,00

1.050,00

1.200,00

Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame

Cu

sto

To

tal (R

$)

Sistemas Construtivos

Custo por m²

Page 43: ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS … comparativa... · anÁlise comparativa orÇamentÁria dos sistemas construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

42

5 CONCLUSÃO

Os sistemas construtivos estudados apresentam características diferentes,

seja ela no método de construção ou devido aos materiais empregados. Através da

revisão bibliográfica foi possível demonstrar as principais diferenças e destacar as

vantagens da aplicação de cada sistema, enquanto que através da pesquisa

desenvolvida na metodologia foi possível analisar a diferença de custo para cada

modelo de construção.

O Light Steel Frame destaca-se em relação a Alvenaria Estrutural por ser uma

construção com alto nível de industrialização, pelo processo de execução mais rápido,

melhor desempenho e principalmente pelos benefícios relacionados ao meio ambiente

como a baixa geração de resíduos e a não utilização de água na etapa construtiva

(com exceção da fundação).

Se compararmos a alvenaria convencional ao Light Steel Frame, não haverá

diferenças significativas entre os dois sistemas, tanto que custo direto ficou em torno

de 7% mais caro para construção em alvenaria convencional, porcentagem essa que

praticamente dobra, quando comparamos o custo final da alvenaria estrutural com o

Light Steel Frame.

Com este trabalho, é esperado que o conteúdo demonstrado possa contribuir

com o crescimento do Light Steel Frame no cenário da construção civil nacional

através da transmissão de informações quanto ao processo construtivo e dos custos

desse sistema, despertando o interesse e incentivando a população a adotar as novas

alternativas construtivas que surgem no mercado.

Page 44: ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS … comparativa... · anÁlise comparativa orÇamentÁria dos sistemas construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e

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REFERÊNCIAS

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ANEXO A: PROJETO ARQUITETÔNICO.

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ANEXO B: PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL

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ANEXO C: PROJETO EM LIGHT STEEL FRAME.

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APÊNDICE A: COMPOSIÇÃO DE CUSTO PARA ALVENARIA CONVENCIONAL.

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APÊNDICE B: COMPOSIÇÃO DE CUSTO PARA ALVENARIA ESTRUTURAL.

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APÊNDICE C: COMPOSIÇÃO DE CUSTO PARA LIGHT STEEL FRAME.

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