094 - Setembro · Mas voltando ao assunto relacionamento, é preciso entender que amor só não...

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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Ano VIII - Edição 94 - Setembro 2015 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Artigos Recomendados O POLÍTICO HONESTO Paulo Manuel Sendim Aires Pereira .Página 2 ********************************* Relacionamento requer investimento Mariene Hildebrando Página 3 ******************** ACENDEM-SE AS LUZES... E O “SOMBRA”APARECE Loryel Rocha Página 4 ******************* FORTALEÇA-SE NO INIMIGO Genha Auga Página 7 ********************** COMO FUNCIONAM OS GASTOS COM A EDUCAÇÃO? e COMO GASTAR COM A EDUCAÇÃO SEM SER COM A EDUCAÇÃO? Ivan Claudio Guedes Omar de Camargo Página 9 ********************** LIBERDADE Genha Auga Página 6 ******************* O sete de Setembro de 1822 e o povo brasileiro nos dias atuais João Paulo Cunha Página 5 - A boa música Brasileira - Cultura - Cidadania - Sustentabilidade Social Agora também no seu .www.culturaonlinebr.org www.culturaonlinebrasil.net /// CULTURAonline BRASIL /// www.culturaonlinebr.org P ARA COLORIR A MAIOR FRAUDE DA HISTÓRIA O Fed começou a operar com cerca de 300 pessoas e outros bancos... Continuação - Parte IV Página 15 ***************************** A lusofonia é uma Bolha A lusofonia depende da “narração de uma certa história da colonização ... Parte III Página 16 ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO Amélia Hamze Página 8 **************************** CURSOS PROFISSIONALIZANTES Aproveite e dê uma Conferida na página Página 11 **************************** A ÁRVORE e o Lenhador Instituto Árvores Vivas Página 12 Amazônia É a floresta equatorial que ocu- pa a maior extensão do território amazônico. É uma das três grandes florestas tropicais do mundo. Página 13 E tem mais... Confira!

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Ano VIII - Edição 94 - Setembro 2015 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Artigos Recomendados

O POLÍTICO HONESTO Paulo Manuel Sendim Aires Pereira

.Página 2 *********************************

Relacionamento requer investimento

Mariene Hildebrando

Página 3

******************** ACENDEM-SE AS LUZES... E O

“SOMBRA”APARECE Loryel Rocha

Página 4

******************* FORTALEÇA-SE NO INIMIGO

Genha Auga

Página 7 **********************

COMO FUNCIONAM OS GASTOS COM A EDUCAÇÃO?

e COMO GASTAR COM A EDUCAÇÃO SEM

SER COM A EDUCAÇÃO? Ivan Claudio Guedes

Omar de Camargo

Página 9 **********************

LIBERDADE Genha Auga

Página 6 *******************

O sete de Setembro de 1822 e o povo brasileiro nos dias atuais

João Paulo Cunha

Página 5

- A boa música Brasileira - Cultura - Cidadania - Sustentabilidade Social

Agora também no seu

.www.culturaonlinebr.org

www.culturaonlinebrasil.net /// CULTURAonline BRASIL /// www.culturaonlinebr.org

PARA COLORIR

A MAIOR FRAUDE DA HISTÓRIA

O Fed começou a operar com cerca de 300 pessoas e outros bancos...

Continuação - Parte IV Página 15

*****************************

A lusofonia é uma Bolha

A lusofonia depende da “narração de uma certa história

da colonização ... Parte III Página 16

ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO

Amélia Hamze Página 8

**************************** CURSOS

PROFISSIONALIZANTES Aproveite e dê uma Conferida na página

Página 11 ****************************

A ÁRVORE e o Lenhador

Instituto Árvores Vivas

Página 12

Amazônia É a floresta equatorial que ocu-pa a maior extensão do território amazônico. É uma das três grandes florestas tropicais do mundo.

Página 13

E tem mais... Confira!

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 2

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

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Gazeta Valeparaibana e

CULTURAonline BRASIL

Juntas, a serviço da Educação e da divulgação da

CULTURA Nacional

Marilyn Monroe: “Eu não estou interessada em dinheiro.

Só quero ser maravilhosa”.

* * *

De novo, Marilyn Monroe: “Uma atriz não é uma máqui-

na, mas lhe tratam como se fosse uma. Uma máquina de

dinheiro”.

* * *

Padre Antônio Vieira: “Muitos são parentes da fortuna,

não da pessoa”.

* * *

Voltaire: “Quando se trata de dinheiro, todos têm a mes-

ma religião”.

* * *

Lampião: “Dinheiro eu tenho que só bosta de cabra em

chiqueiro velho”.

* * *

Oswaldo Aranha: “O capital, exercendo atuação margi-

nal, é nocivo ao bem estar coletivo e irradia germes infla-

cionários”.

* * *

Machado de Assis: “Se achares três mil-réis, leva-os à

polícia; se achares três contos, leva-os a um banco”.

* * *

Guerra Junqueiro: “No cofre do banqueiro dormem po-

brezas metalizadas”.

* * *

Adão Myszak: “O dinheiro é o veículo da vaidade e autor

de todas as servidões e desigualdades”.

* * *

William Jennings Bryan: “Ninguém consegue ganhar um

milhão de dólares honestamente”.

* * *

Sophia Loren: “Minha vida foi um conto de fadas maravi-

lhoso, uma história de guerra, fome e pobreza”.

* * *

Edwared Estling Cummings: “Eu vivo tão além do meu

salário que podemos dizer que vivemos separados”.

* * *

Honoré de Balzac: “Atrás de toda grande fortuna existe

algum crime”.

* * *

Carlos Drummond de Andrade: “O cofre do banco con-

tém apenas dinheiro. Frustrar-se-á quem pensar que nele

encontrará riqueza”.

* * *

Abraham Lincoln: “Nosso Senhor ama os pobres, por

isso fez tantos”.

* * *

Joãosinho Trinta: “O povo gosta de luxo. Quem gosta de

miséria é intelectual”.

* * *

Fausto Silva: “Hemorróidas e dinheiro, quem tem não

diz”.

* * *

Editorial

Rádio web CULTURAonline Brasil

NOVOS HORÁRIOS e NOVOS PROGRAMAS

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós !

A Rádio web CULTURAonline Brasil, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania nas temáticas: Educação, Escola, Professor , Família e Socie-dade.

Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, onde a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre. Mas com responsabilidade!

Acessível no link: www.culturaonlinebrasil.net

O POLÍTICO HONESTO

Era uma vez um homem, honesto, simplesmente honesto... Tirou o curso e se empregou. Cedo começou a ver tantas desonestidades e injustiças que se sentia cúmplice, anuente ou pelo menos materialmente colaborador com o mal. Então pensou "vou trabalhar por contra própria ou fazer uma empresa". Cedo ele reparou que sua empresa não podia concorrer com as outras. O caixa 2 das outras permitia fazer preços muitos mais baixos... Então pensou "vou ter alguma ideia criativa que me permita fazer uma empresa sem praticamente concorrência. Ninguém queria dar ouvidos a uma pessoa arruinada e que tinha desistido dos seus projetos anteriores... Pensou mais uma vez "vou voltar à minha primeira empresa e compensar trabalhando dia e noite e contentando-me com o pe-queno lucro". Nessa altura começaram as dificuldades com a família e amigos. Todos interpretavam a sua honestidade como orgulho ou pelo menos estultice. Meditou longamente na vida e conclui "Já sei o que vou fazer vou participar de um projeto religioso ou social. Com isto vou ajudar a mudar a sociedade por dentro, ao mesmo tempo que não entro dentro da lógica da desonestidade pelo afã ao lucro." Experi-mentou associações, colégios, etc. Grande desilusão todas faziam o mesmo que as empresas. E as que faziam menos ou o assunto não se aplicava, sobreviviam à custa de sócios ou bem-feitores que até para terem tempo ou dinheiro para contribuir, caiam nas desonestidades anteriores. Sua mente começou a ficar turva, pensou em mil coisas erradas, mas se acalmou. Pensou respirando fundo "não vou fazer justi-ça com as minhas próprias mãos nem justificar os meus atos desonestos pela experiência que tive. Vou falar a toda a gente que posso deste problema, quem sabe alguém me dá uma ideia, uma solução". Todos que o ouviam o ridicularizavam com argumentos sofistas mas poderosos. Os poucos que lhe davam ouvidos tinham uma vida nada exemplar ou ideias nada ortodoxas. Não caiu na tentação de enveredar por esses caminhos... Resistiu... Em todo o lugar que ia, aproveitava qualquer ponta de desonestidade que via ou ouvia, para fazer a sua "pregação". Um dia um homem passa um cartão para ele. Era um jornalista político. Paradoxo: tinha sido um pertencente à classe dos grandes corruptos e desonestos que lhe tinha dado ouvidos por interesse e não por respeito ou paciência. Apesar de todo o preconceito que tinha contra os políticos decidiu telefonar para ele. Conversaram longamente. Decidiu entrar para a política... Claro, depressa se apercebeu que tal como as empresas se o grupo não fizesse as suas maracutaias não con-seguiria vencer a concorrência. Desta vez ele pensou “Isto será uma coisa temporária até eu dentro da política conseguir acabar com a corrupção. Não vejo outra saída.” Ao saberem da sua intenção sincera de justiça e de acabar com a corrupção, logo os outros se encarregaram de denunciá-lo, para que tudo continuasse na mesma. Ele recorreu então, quanto mais não fosse para conforto moral, a todos os que no passado lhe diziam que ele deveria fazer o que toda a gente fazia compensando também a falta de retorno do estado. No entanto, agora, quase todos estes se faziam de desen-tendidos, insinuando de que os assuntos era muito distintos. E os poucos que com o mínimo de frontalidade respondiam às suas interrogações, se indignavam da sua “hipocrisia”, pois tinha acabado por fazer o que sempre tinha combatido e ainda por cima sendo apanhando.

Sentiu-se desorientado, via tanta mentira e falsidade por todo o lado. .. Não tinha nada e se sentia só: só uma coisa lhe restava amar a verdade e defendê-la. Que coisa estranha, como coisa tão nobre lhe parecia a ele não mais do que fuga psicológica de um fracassado! No entanto no meio da confusão conseguia ter um discernimento simples e racional que o mantinha no reto cami-nho, independentemente de toda a confusão de sentimentos e vontades...

Foi quando a sorte começou a sorrir, e ele entendeu a riqueza da pobreza por que a sua vida arruinada e desprestigiada come-çou a percorrer. Nada substitui a liberdade de não se ter comprometido com o mal e de se deixar totalmente nas mãos de Deus. Ah que grande diferença entre isto, e as lutas gladiais das justificativas racionais do interesse próprio onde mais do que ter princí-pios parece que se gere princípios.

Assim o político honesto entendeu que não há beco sem saída a quem se entrega às últimas consequências nas mãos de Deus. Descobriu também que pensar que o martírio, físico ou moral, é a única alternativa a uma vida desonesta resulta de desconhecer a felicidade de outros caminhos na vida, de se importar mais com que os outros dizem do que com o desfrute real da vida.

Coisa tão lógica e imediata mas que só a idade lhe ensinou: o mundo nos dita, desde cedo, a protegermo-nos muita mais da car-ne e do diabo do que do próprio mundo. Afinal ninguém é bom juiz em causa própria.

POR: Paulo Manuel Sendim Aires Pereira

IMPORTANTE

Todas as matérias, reportagens, fotos e demais conteúdos são de

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 3

Relacionamentos Relacionamento requer

investimento Acho que um relacionamento a gente cons-trói aos poucos...aquela coisa de tesão, ex-plosão de sensações, é isso mesmo: Te-são ! Química somente, que pode se trans-formar em algo mais...ou não, ou ser ape-nas isso.

O Amor acontece ou não, na medida em que damos espaço pra ele se mostrar. A conversa, a admiração, o carinho, o respei-to, a vontade de estar na companhia, sentir-se a vontade com o outro, querer um novo encontro, ficar com gostinho de quero mais, esse é o caminho para algo maior, para quem sabe o amor. Isso requer investimento pessoal, investimento do nosso tempo, das nossas emoções, do nosso ser inteiro.

Muitos poucos são aqueles que no primeiro encontro já podem dizer que estão apaixo-nados, e que aquele é o amor que sempre esperaram que sempre ansiaram. Uma coi-sa é certa, não há espaço para alguém novo entrar na vida de ninguém se esse coração não estiver livre, e se não houver disponibili-dade para amar. Tem que querer. Tem que haver entrega, sem medos, sem o “se”, e sem o “mas”.

A loucura do dia-a-dia nos faz ter uma ur-gência em querer encontrar alguém, que a-cabamos passando por cima de coisas que deveriam ser vistas de forma mais cuidado-sa, com um olhar mais atento e generoso. Tratamos tudo como coisa descartável, in-clusive o amor. Falta um pouco mais de de-dicação, de entrega, de apostar num relacio-namento. Fazer a coisa certa não é fácil.

Nem sabemos se a coisa certa existe!!!! Não precisamos ficar pulando de relacionamento em relacionamento, podemos ser felizes es-tando solteiros também. Acredito que pra sair dessa condição de solteira(o) tem que ser por alguém que nos faça acreditar que estar com ela(e) é muito melhor que estar sozinha. Tarefa nada fácil.

Veja bem: encontrar alguém que a gente goste e que goste da gente também. Às ve-zes gostamos de alguém que gosta de outra e as vezes alguém gosta da gente e não correspondemos..e por aí vai. Difícil ...mas não impossível. Hoje em dia existem muitas maneiras de se conhecer pessoas, isso inclui os sites de re-lacionamento. Conheço muita gente que namora e até ca-sou por ali. È interessante, dá pra conhecer pessoas legais, outras nem tanto, muita gente está ali com a intenção de encontrar sua cara metade.

Mas voltando ao assunto relacionamento, é preciso entender que amor só não basta, não é suficiente para que uma relação dê certo. Acho mesmo que relacionamento ide-al não existe, mas existe aquilo que é possí-vel. Todos temos a nossa cota de chatice, de coisas incríveis, não estamos sempre com o mesmo humor, todos teremos dias de

relacionamentos que serão mágicos e ou-tros nem tanto. Todos teremos momentos inesquecíveis e outros que vamos preferir não lembrar nunca. Não somos perfeitos, e em um relacionamento queremos agregar, crescer, caminhar lado a lado.

Temos que conviver com as manias do ou-tro e vice-versa, mas acho que o principal é saber que queremos continuar com aquela pessoa, porque na maior parte do tempo ela nos deixa feliz, provoca bem estar, desperta o melhor de nós. Temos que dar e receber, e esse dar e receber não precisa ser na mesma proporção, afinal não somos iguais e percebemos as coisas de maneira diferen-te. Às vezes um se doa mais que o outro, mas os dois tem que estar em sintonia para que se percebam como dois seres distintos que querem andar juntos e construir uma relação de afeto, de cumplicidade, de parce-ria e amor.

A vida a dois é cheia de altos e baixos, viver junto é uma tarefa nada fácil. Envolve abrir mão de algumas coisas em nome do amor, saber calar, saber a hora de falar, saber o momento de bater em retirada e deixar os ânimos esfriarem, sem que isso soe desa-gradável ou forçado.

Compreender o quanto o outro é importante para mim, o quanto eu estou disposta a a-postar nessa relação. Não se aprende tudo isso de uma hora para outra. Estarmos conscientes que amar não significa que pre-ciso do outro para minha existência ficar completa. Somente eu posso ser responsá-vel pela minha vida. Minha felicidade deve depender apenas de mim. O outro vem para enriquecer a minha existência, para somar.

Amar significa doação, tolerância, compre-ensão do outro. Acredito mesmo que para que um relacionamento dê certo, a primeira coisa é amar a si mesmo. Não concebo a ideia de isso ser diferente. Se não me amo e me aceito, como vou amar o outro? Evoluí-mos através dos relacionamentos, da ma-neira com que nos relacionamos com os ou-tros, com o mundo que nos cerca. Através da nossa evolução, vamos percebendo o quanto nossa felicidade depende de nossas atitudes e escolhas. Não vamos deixar o medo tomar conta de nós. Vamos apostar mais em relacionamentos amorosos, sem o “se”...e se eu sofrer... e seu eu me der mal, e se ninguém me quiser, o “se” são os nos-sos fantasmas e ninguém vai entrar na nos-sa vida se permitirmos que ele continue nos assombrando. “Ama sempre, mas não te permitas relacio-namentos conflituosos sob a justificativa de que tens a missão de salvar o outro, porque ninguém é capaz de tornar feliz aquele que a si mesmo se recusa a alegria de ser ple-no.” ( Joanna de Angelis ) Mariene Hildebrando Professora de Direito e Especialista em Direitos Humanos Email: [email protected]

Calendário do mês

Principais feriados Datas Comemorativas

Setembro 2015

1 - Dia do Profissional de Educação Física 3 - Dia do Biólogo 5 - Dia da Amazônia 7 - Independência do Brasil 9 - Dia Mundial da Alfabetização 14 - Dia do Frevo 16 - Dia Internacional Camada de Ozônio 17 - Dia da Compreensão Mundial 18 - Dia dos Símbolos Nacionais 19 - Dia Nacional do Teatro 20 - Dia do Gaúcho 21 - Dia da Árvore 22 - Dia da Juventude do Brasil 22 - Dia Mundial Sem Carro 23 - Início da Primavera 26 - Dia Interamericano das Relações Públicas 29 - Dia Mundial do Petróleo

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DEMOCRACIA

A verdadeira Democracia (onde o povo participe de alguma forma das decisões

que interferem nas relações sociais) su-põe uma prática pedagógica: educar pa-ra a cidadania. Educar é um ato que visa não apenas desenvolver nossas habili-dade físico-motoras e psíquico-afetivas, mas igualmente à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência

política.

A educação para a cidadania significa fa-zer de cada pessoa um agente de trans-formação social, por meio de uma práxis

pedagógica e filosófica: uma reflexão/ação dos homens sobre o mundo para

transformá-lo.

Este é um dos objetivo do Jornal

Gazeta Valeparaibana

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 4

O sombra ACENDEM-SE AS LUZES... E O “SOMBRA”APARECE

Por: Loryel Rocha

“É, ainda o esquema da missão de Jesus, primeira fase, que se com-pletará um dia no Pretório com a outra: O meu reino não é deste mun-

do”.

“Vender uma pérola que você tem a alguém que a deseja não é fazer negócio; mas vender uma pérola que você não tem a alguém que não a

quer, isto sim, é o que se chama fazer negócio”.

(Divisa dos irmãos ABRAHAM e SIMON OPPENHEIM, banqueiros europeus)

O título e o conteúdo deste artigo foram extraídos integralmente do livro ABREU, Armindo. O poder secreto. Rio de Janeiro, Kranion Editorial, 2005, p. 235-237. Na página 231 do mesmo livro o autor apresentas as estreitas e íntimas ligações do atual Ministro da Fazenda Joaquim Levy com o chamado “Grupo de Bildeberg”, bem como, esquadrinha as incestuosas relações entre o PT e o PSDB com o referido grupo. À primeira vista, pode parecer que as ligações com os “Bildeberg” inicia-se recentemente com esses partidos. No entanto, no que diz respeito à história do Brasil, ela acompanha toda a implantação da República e está diretamente envolvi-da com a queda da Monarquia e na propaganda sistemática de ridicularização antes e depois da queda. Teoria da conspiração? Para quem nada sabe de história pro-funda, sim. A “crise” atual que o Brasil atravessa tem horizontes alargados e deita raízes na ideia da criação dos Bancos Centrais no mundo, obra titânica dos “Bildeberg encenada nos EUA, à revelia dos americanos, causa matriz do assassi-nato de Abraham Lincoln, que se recusou a implantar o FED. O artigo toca nessa questão. “Para liderar uma tarefa tão ambiciosa, complexa e secreta quanto a de cri-ar, também, um banco central privadoe independente nos Estados Unidos e uma infra-estrutura adequada ao sistema de poder que planejava implantar na América, a elite global precisava da capacidade e da discrição de um ali-ado americano, leal e competente, uma cunha solidamente plantada no co-ração do governo. O Sombra, portador de inusitada obra de engenharia política, formação e antecedentes familiares impecáveis, tornava-se natural aspirante para a for-midável tarefa de eleger e tutelar um presidente da república dos Estados Unidos! Afinal, desde aquela época, já se afirmava que “...Nenhum outro norte-americano do seu tempo foi tão bem e proximamente relacionado com tan-tos homens de prestígio internacional...”, especialmente banqueiros, a quem fora introduzido pelo pai durante o seu período de educação na Grã-Bretanha. Aprovado unanimemente para a missão, sua primeira tarefa seria selecionar o nome ideal à candidatura presidencial. A escolha recai sobre a apagada figura política de Woodrow Wilson, a quem é apresentado em 1911, um dis-creto professor cuja carreira aparentara haver chegado ao ápice com a no-meação para presidente da universidade presbiteriana de Princeton. Wilson, entretanto, seria elevado a novas alturas pelo coronel e seu grupo de poderosos de altas finanças, denominado, à época, de Money Trust ( o grupo do dinheiro), escolhido que foi para governador do estado de Nova Jersey, aparentemente pelo prestígio, ainda intocado, como professor. Desde esse encontro, o Sombra passou a concentrar esforços no sentido de obter a indicação de Wilson à presidência da República pelo partido Demo-crático, cuja decadência eleitoral era notável àquela época. Uma acirrada disputa entre as candidaturas republicanas do então presiden-te William Howard Taft e do ex-presidente Theodor Roosevelt, ao que pare-ce artificialmente provocada, facilitaria a vitória do tertius W. Wilson. O Money Trust, segundo testemunhas da época, garantiu a divisão do parti-

do Republicano financiando Theodor Roosevelt contra Taft, pelas mãos de representantes do Banco J.P.Morgan, mais tarde reconhecido como agente financeiro dos irmãos Rothschild, os maiores potentados financeiros euro-peus da época, enquanto punha todas as fichas no azarão Wilson. A espetacular manobra do Sombra entra para a história da estratégia e do marketing político sendo até hoje copiada, imitada e reproduzida em todo o mundo. Recebendo apoio integral e desses grupos familiares americanos de imenso prestígio político e financeiro, todos os associados aos banqueiros Roths-child, não teve grandes dificuldades em conseguí-lo: os Rockfeller, a família de maior prestígio e poder político, econômico e religioso ( entre os cristãos batistas) dos Estados Unidos à época, originalmente Rockenfelder; Jacob Schiff, titular da influente e opulenta casa bancária Kuhn, Loeb&Co., agente dos interesses financeiros europeus das casas Rothschild e Warburg, pro-prietários do banco central alemão; Bernard Baruch, poderoso investidor de Wall Street, que veio a se tornar num dos maiores financiadores da campa-nha presidencial. Depois de eleito, Wilson nomeou-o presidente do “Conselho Industrial para a Guerra”, com plenos poderes para coordenar o esforço americano de mo-bilização industrial durante o primeiro conflito planetário da História. Como czar industrial, Baruch reordenou toda a produção, reformulando pa-drões gerenciais implantados por executivos privados, recrutados com o sa-lário simbólico de apenas um dólar anual, fazendo-os conhecidos pela deno-minação de dólar-a-year-men ( os homens de um dólar por ano), expressão cunhada pelo próprio Baruch, reputado ao seu tempo como a figura civil mais respeitada do país. Participaram, também, desse enorme esforço eleitoral, apoiando-o incondi-cionalmente, Thomas Fortune Ryan, financista e Adolf Ochs, proprietário e editor do jornalThe New York Times. Wilson era conhecido, até então, como um homem digno, sem máculas, um cristão presbiteriano honrado porém com débeis convicções políticas, um tanto românticas e ingênuas, totalmente alheio às complexidades das finan-ças internacionais e da máquina governativa federal. Mais tarde, ao serem sussurradas, de ouvido em ouvido, suas relações se-cretas com a ordem rosa-cruz, com a franco maçonaria e sua suposta pre-sença em rituais satânicos, o antigo prestígio de que desfrutara junto ao po-vo americano, majoritariamente religioso e cristão, desfez-se como um cas-telo de cartas. Refém da imensa força que o apoiava, tão logo eleito, em 1912, delega ao coronel plenos poderes nessa área. Segundo os historiadores, a administração presidencial americana passou às mãos do Sombra com um único e exclusivo propósito: servir aos interes-ses da elite global. Wilson chegou ao extremo de declarar ao correr do seu mandato, com ar vencido, humilhado e submisso, que: “... O coronel é a minha segunda per-sonalidade;... meu alter-ego;... seus pensamentos e os meus são uma coisa só”. “A elite instruía o Sombra e o Sombra instruía Wilson, que fazia o que lhe era mandado... E isso, incrivelmente, ocorria sob o pretexto e o primado de uma suposta “democracia liberal””. O Sombra torna-se, então, a eminência parda do poder e responsável direto pelas providências que facilitariam a influência da banca internacional sobre a liberdade e a integridade patrimonial e política da América!

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 5

Cidadania?

O sete de Setembro de 1822 e o povo brasileiro nos dias atuais

Neste mês, no próximo dia sete, é mais um aniversário da independência do Brasil, quan-do Dom Pedro I deu o grito do Ipiranga. Mas o povo brasileiro é realmente um povo sobera-no? O cidadão comum brasileiro é realmente soberano sobre o seu país?

Primeiro, o que significa a palavra “povo soberano”?

Soberano é quem tem soberania. Soberania significa autoridade, po-der sobre algo.

Então, simplificando a pergunta, o cidadão comum do Brasil tem au-toridade e poder sobre o seu país?

Quem é que realmente manda no país?

Segundo a Constituição Federal atual, promulgada em 1988, Título I,Artigo 1.º, Parágrafo único, “Todo poder emana do povo, que exer-ce por meios de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Na teoria, quem manda no país é o povo, o conjunto de pessoas que forma a população que habita o território que compõe o Brasil. Mas na prática, como é que funciona?

Quem é que realmente manda?

Quem é que realmente regula?

Quem é que realmente determina como as coisas devem ser?

Quem é que realmente determina como as coisas devem funcionar?

Muita gente ainda hoje atribui ao colonialismo no passado a causa do Brasil ser assim hoje, ter os graves problemas sociais que tem. Só que já faz quase dois séculos que os portugueses deixaram de comandar o Brasil. Os portugueses já saíram do comando do Brasil a muito tempo atrás. E muita gente no Brasil parece não se atentar a esse detalhe.

Será que o colonialismo no passado realmente trava o desenvolvi-mento do Brasil nos dias de hoje?

Será que o verdadeiro problema não está aqui dentro do Brasil e, ainda hoje?

Quem, nos dias de hoje, realmente comanda o Brasil?

E quem é que devia estar comandando?

Onde estão as raízes dos problemas que afligem a maior parte da sociedade brasileira?

Você, leitor que mora no Brasil, quando vê tudo à sua volta, quando vê o que está acontecendo com o país, como tudo está funcionando, você sente que tem soberania sobre o seu país?

Você reconhece os outros brasileiros como cidadãos soberanos?

A sua opinião é levada em consideração no meio político?

Observando como o Brasil funciona hoje, você sente que tem soberania? Você sente que tem cidadania de verdade?

Concluindo, quem é que realmente tem soberania sobre o Brasil é quem realmente deve ter?

Está tudo certo, como deveria estar?

Ou há algo de errado no país?

Eu sugiro que você reflita sobre isso!

João Paulo Cunha

Na rua, a pressão da opinião pública na rua é capaz de fazer o que a lei não conse-

Porque precisamos fazer a Reforma Política no Brasil?

Seus impostos merecem boa administração. Bons políti-cos não vem do nada. Para que existam bons políticos

para administrar o país, toda a sociedade precisa colaborar para que eles possam nascer e terem sucesso. É preciso um sistema eleitoral moderno para melhorar a qualidade da política. Os políticos "tradicionais" tem horror à reforma política, porque ela pode mudar a situa-ção atual onde eles usam e manipulam o eleitor e são pouco cobrados !

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O Dia 7 de setembro de 1822 foi muito im-portante na História do Brasil, pois foi nesta data que o príncipe re-gente Dom Pedro pro-clamou a Independên-cia do Brasil. Desta for-ma, ficou oficializado o rompimento do vínculo de dependência que o Brasil tinha com relação a Portugal. Contexto Histórico Dom Pedro vinha so-frendo forte pressão das cortes portuguesas para retornar para Por-tugal. A metrópole per-cebia que estava per-dendo, aos poucos, o controle político do Bra-sil. As cortes portugue-

sas demonstravam forte interesse em recolonizar o Brasil, eliminando focos de

resistência. A presença de Dom Pedro no Brasil atrapalhava estes interesses portugueses, porém o príncipe regente também sofria pressões da elite brasi-leira que estava ávida pela independência do país. Como foi o 7 de setembro Na tarde do dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro estava em São Paulo, nas proximidades do riacho do Ipiranga, após retornar de uma viagem a Santos. Neste local, o príncipe regente recebeu uma carta de um mensageiro. Nesta carta, as corte portuguesas exigiam obediência às ordens portuguesas e seu retornou imediato a Portugal. Foi neste momento que Dom Pedro proclamou a independência do Brasil, com o famoso grito: “Independência ou Morte!”. O fato histórico ficou conhecido na-cionalmente como “O Grito do Ipiranga”. Você sabia? - A viagem que Dom Pedro estava fazendo, no começo de setembro de 1822, a São Paulo tinha como objetivo resolver disputas políticas na província. - Dom Pedro I foi aclamado imperador do Brasil, no Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1822. - Somente em agosto de 1825, com intermediação da Grã-Bretanha, Portugal reconheceu a independência do Brasil.

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 6

Relações Públicas

LIBERDADE

Cão e gato brigam no quintal e ninguém se incomo-da e nem os separam, mas, se quebrarem um vaso, uma planta, jogarem terra por todos os lados e des-pedaçarem as flores, aí sim, os vizinhos entrarão em confronto, cada um culpando o animal do outro. Enquanto os bichinhos estavam na briga própria dos seus instintos, seus donos apenas viam nisso um ato “animalesco” dando a eles total liberdade. No entan-to, se algum deles ou qualquer outra pessoa sentir-se prejudicada haverá uma disputa tal qual o cão e o gato só que não instintivamente e sim com senti-mentos de ira e ataques ofensivos que irão denegrir suas próprias imagens. O que fazer então? Cercear a liberdade dos animais? Mesmo assim haverá quem se levantará em defesa deles e aqueles que defenderão que, conceder liber-dade aos bichos viola o direito de quem prefere cul-tivar flores ao invés de cuidar de caninos, felinos e

demais espécies. Se o mundo fosse dos animais, poderiam brincar ou entrar em brigas quando bem quisessem ou adentrar qualquer lugar. Porém, como vivem no mundo dos homens, há sempre acessos e lugares proibidos às suas atividades. É dessa mesma forma que algumas pessoas defen-dem o direito de serem livres e dignos, mas, esque-cendo que, seres racionais e cidadãos, precisam de-monstrar qualidades para isso, pois só reivindicar não basta, é preciso dedicar-se aos atos sociais para serem recompensados com a liberdade. Dentro da sociedade, os homens se atacam da pior maneira: invadem espaços alheios, destroem o que não lhes pertencem, levantam bandeiras sacudindo-as por causas que nem conhecem direito e de baixo de um chão manchado de sangue por atos de igno-rância. Confrontam-se diariamente em guerras civis em nome dos seus direitos, reclamando da “bagunça” que não toleram mais e que incomoda tanto como a do cão e gato a quem dão liberdade. Pretensiosamente, isentam-se da responsabilidade pelo quadro atual culpando-se uns aos outros como se apenas os governantes fossem responsáveis e es-quecem que ajudaram a esconder essa sujeira em-baixo do tapete que agora querem sacudir a todo custo com cobranças e preocupação que ao longo de suas vidas nunca tiveram, pois assim como veem normal a briga do cão e o gato, sempre tiveram o mesmo olhar para os danos que os políticos corrup-tos causaram ao país e graças aos votos que os ele-geram e reelegeram. Com poder, nossos governantes, aproveitaram-se da falta de consciência e ausência de atitudes dos elei-tores que adormecidos há tanto tempo, permitiram que afundassem o barco e agora resta o “Salve-se quem Puder” para eles e o “Salve-me se Puder” para nós. Bem como o mundo é dos homens e não dos ani-mais, a Nação é do povo e não de quem a dirige e, não haverá outra maneira de se salvar e recomeçar a não ser, dedicando-se verdadeiramente à Pátria, se quisermos ser recompensados por ela.

Genha Auga Jornalista – MTB:15.320

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DITADOS POPULARES

Amor é uma flor roxa, que nasce em coração de trouxa. * * *

Homens honestos casam cedo, e os prudentes nunca. * * *

O amor faz passar o tempo, e o tempo faz pas-sar o amor.

* * * Homem apaixonado não admite conselho.

* * * Amor é vento: vai um, vem cento.

* * * Amor e bexiga só dá na gente uma vez.

* * * Amor de parente é mais quente.

* * * Quem casa com mulher feia não tem medo de

outro homem. * * *

Amor de asno entra coice e dentadas. * * *

Se o amor fosse cardeal, há muito tempo o de-mônio seria papa.

* * * Amor de pica é que fica.

* * * Quem casa, quer casa longe da casa em que ca-

sa. * * *

Amigado com fé, casado é. * * *

Casamento feito, noivo arrependido. * * *

Casarás e amansarás. * * *

Quem ama o feio, bonito lhe parece. * * *

Casar, casar… soa bem e sabe mal. * * *

Casar é bom, não casar é melhor. * * *

Casar não é casaca que se pendura na estaca * * *

O amor é uma cangalha Que se bota em quem quer bem.

Quem não quer levar rabicho Não tem amor a ninguém.

* * * E o que alguns pensadores disseram sobre o

amor e o casamento?

CALMA... Na próxima edição eu publico.

A palavra liberdade tem uma origem latina (libertas) e significa independência. Etimologicamente, a pala-vra responsabilidade também vem do latim (respondere) e significa ser capaz de comprometer-se.

No senso comum, liberdade é uma palavra que pode ser definida em variados sentidos (liberdade física, liberdade civil, liberdade de expressão…). Filosoficamente, a liberdade, e mais concretamente a liberdade moral, diz respeito a uma capacidade humana para escolher ou decidir racionalmente quais os atos a praticar e praticá-los sem coações extremas. É de caráter racional, pois os homens devem pensar nas causas e consequências dos seus atos e na sua forma e conteúdo. Esta liberdade não é absoluta, é condicionada e situada. Condicionada porque intervêm no seu exercício múltiplas condicionantes (físicas, psicológicas…). Situada porque se realiza dentro da circunstância, mun-do, sociedade em que vivemos. Todas as nossas ações são fruto das circunstâncias e das nossas próprias característi-cas. É também uma liberdade solidária, porque cada um de nós só é livre com os outros, visto que não vivemos so-zinhos no mundo.

A liberdade humana (pode chamar-se assim porque é de caráter racional e, logo, exclusiva dos homens) reside em se poder dizer sim ou não, quero ou não quero. Nada nos obriga a ter apenas uma alternativa. O exercício da liber-dade exige reflexão e, logo, tempo. Por isso, a reação é diferente da ação, visto que a primeira é imediata face a um estímulo.

A responsabilidade moral é, por sua vez, uma capacidade, e ao mesmo tempo uma obrigação moral, de assumirmos os nossos atos. É reconhecermo-nos nos nossos atos, compreender que são eles que nos constroem e moldam como pessoas. A responsabilidade implica que sejamos responsáveis antes do ato (ao escolhermos e decidirmos racional-mente, conhecendo os motivos da nossa ação e ao tentar prever as consequências desta), durante o ato (na forma como atuamos) e depois do ato (no assumir das consequências que advêm dos atos praticados).

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 7

Literatura UM MUNDO MELHOR

A falta de Temor a Deus, não te faz o Ser mais corajoso, o faz louco. Sem valores, a inconsequência é caminho. Na ausência da fé, a maldade invade o coração. Lidar com experiências sofridas faz parte. Libertar o amor que está dentro de ti é o exercício da vida. Não seja amargo e crítico, Para que não se torne vítima... De quê? Da loucura, da maldade, da irresponsabilidade, do inevitável que é colher do seu próprio plantio. Não canse de lutar nessa trilha em que nascemos sem pedir, Não amontoe tesouros,pois morrerás, mesmo que não queiras. Deixe sua marca, não passe por aqui como sombra, Apenas rezar não te faz bom, faça o certo. Não fique preso ao passado, mostre sua verdade sem medo e chegará a lugares aonde a maioria não chegou. Não se permita somente julgar. Com a mesma severidade com que julgas, também serás julgado. Livre-se de ressentimentos, é veneno que toma a alma e o tornará cruel. Para que não se torne vítima... De quê? Do grande, ao qual estará ajoelhado quando for julgado. Da fraqueza porque não cuidou do seu lado forte. Do orgulho ferido por não ter se cuidado. Da própria vida, por ter ido contra ela, ao invés de ficar ao lado dela. Aceite então esse desafio de viver. Tema a Deus e não perca a fé. Tenha valores certos e bons. Segure o lacaio que vende aplausos. A fama que te leva à lama. Não decida a morte do próximo. Dê de comer a quem tiver fome. Seja constante e firme nesse desafio da vida. E faça um mundo melhor. Genha Auga Jornalista – MTB: 15.320

Numa sociedade movida à dinheiro e hipocrisia, encontramos pessoas propensas aos mais diversos rumos incluindo-se a devassidão. Cuidado com quem andas, pois tua companhia sumariza quem és. Não tenha medo de lutar pelo que acredita, apenas seja você mesmo nos mais divergentes momentos que possam surgir. Fazendo isto, certamente afetará os que estão à tua volta que não gostam do que veem. Saberão fazer a triagem do joio e do trigo. Só tome cuidado com o lado com que ficará, pois uma escolha errada pode te afetar drasticamente. Pense no seu futuro. Sua escolha hoje, será o seu futuro amanhã. Seja feliz, haja com honestidade sempre. Mas acima de tudo, cuidado com o que te tornarás!

Filipe de Sousa Programa: Noites de Domingo - Todos os Domingos ás 20 horas

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Fazer ouvidos de mercador

Orlando Neves, autor do Dicionário das Origens das Frases Feitas, diz que a palavra mercador é uma corruptela de marcador, nome que se dava ao carrasco que marcava os ladrões com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor. No caso, fazer ouvidos de mercador é uma alusão a atitude desse algoz, sempre surdo às súplicas de suas vítimas.

Amor mentiroso

Meu coração está sofrendo por amor.

Por que me faz sofrer, me diz?

Só quero te amar e ser feliz,

apenas uma discussão fez “gelar” seu coração?

Seu desprezo me enlouquece,

está acabando com minha vida,

isso me entristece!

Por favor, não me deixe! Ou seu amor era só

mentira e ilusão?

Adeus então, não vou mais voltar...

Adeus então, não vou mais chorar...

O que restar em mim de forças,

guardarei para quem ocupará seu lugar.

Essa dor acabará

E esse amor...

Outro coração o terá.

Genha Auga

Jornalista – MTB: 15.320

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 8

Dia 9 - Dia Mundial da Alfabetização ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO

Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser tra-duzida como a condição de ser letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que res-ponde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práti-cas sociais da leitura e da escrita, assim o e-ducando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cul-tural e social. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, embora a palavra literacy já constasse do dicionário desde o final do século XIX, foi nos anos 80 , que o fato tornou-se foco de atenção e de es-tudos nas áreas da educação e da linguagem. No Brasil os conceitos de alfabetização e le-tramento se mesclam e se confundem. A dis-cussão do letramento surge sempre envolvida no conceito de alfabetização, o que tem leva-do, a uma inadequada e imprópria síntese dos dois procedimentos, com prevalência do con-ceito de letramento sobre o de alfabetização. Não podemos separar os dois processos, pois a princípio o estudo do aluno no universo da escrita se dá concomitantemente por meio

desses dois processos: a alfabetização, e pe-lo desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita , o letramento. O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento , que é o uso social da leitu-ra e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e interacionistas, é preciso conhecer a impor-tância da informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a cri-ança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa inclusão começa muito antes da alfabetiza-ção, quando a criança começa a interagir so-cialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira infor-mal absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do letramento, deixamos de exer-citar o aprendizado automático e repetitivo, baseado na descontextualização. Na escola a criança deve interagir firmemente com o caráter social da escrita e ler e escre-ver textos significativos. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo ou grupos de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. “Em termos sociais mais amplos, o letramento é apontado como sendo produto do desenvolvi-mento do comércio, da diversificação dos mei-

os de produção e da complexidade crescente da agricultura. Ao mesmo tempo, dentro de uma visão dialética, torna-se uma causa de transformações históricas profundas, como o aparecimento da máquina a vapor, da impren-sa, do telescópio, e da sociedade industrial como um todo”. TFOUNI, Leda Verdiani. A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como início da apren-dizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escri-ta, e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfa-betização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interes-se, divertindo-se com as histórias em quadri-nhos, seguir receita de bolo, a lista de com-pras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocio-nar-se com as histórias lidas, e fazer, dos per-sonagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escri-ta, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser. Autora: Amelia Hamze Profª FEB/CETEC e FISO

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50% dos universitários são analfabe-tos funcionais

Pesquisa feita com 800 estudantes revela que a metade não entende o que lê, principalmente os que vieram de escola pública e estudam em instituições privadas

De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade Católica de Brasília, a partir da análise de 800 alunos, em 6 cursos de 4 faculdades, 50% dos estudantes do ensino superior são analfabetos funcionais, ou seja, não entendem o que leem. O levantamento mostra também que a maior parte destes veio de escolas públicas e es-tuda em instituições particulares.

A pesquisa avaliou o modo de estudo, tempo de dedica-ção, características sociais, culturais e a formação de origem. A conclusão é de que a maior parte dos estu-dantes não tem o hábito de estudar, aprende de forma superficial e geralmente decora o conceito, ao invés de compreender.

Ter taxas tão altas de analfabetismo funcional no ensino superior revela a farsa do sistema educacional brasilei-ro. A farsa é ainda maior no ensino básico público, volta-do para os filhos da classe operária, que são voltados para tirar qualquer interesse da juventude pobre em a-prender e se desenvolver. E no ensino superior privado que é voltado para o lucro e devido aos programas do Governo Federal, também reúne uma maioria de pobres

que não conseguem passar pelo filtro do vestibular das universidades públicas.

Esta pesquisa não foi a primeira a indicar o problema. O último INAF (Indicador de Analfabetismo Funcional), feito em 2012, apontou que 38% dos estudantes univer-sitários seriam analfabetos funcionais, através de pes-quisa com 2 mil pessoas.

Para reverter este quadro, é necessário exigir a imediata estatização do ensino no país e colocá-las sob o contro-le direto da população. Somente assim, é possível ga-rantir que o investimento seja usado em prol da educa-ção e não para o atual esquema meramente formal.

Da redação

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 9

Educação COMO FUNCIONAM OS GASTOS COM A

EDUCAÇÃO? e

COMO GASTAR COM A EDUCAÇÃO SEM SER COM A EDUCAÇÃO?

Frequentemente divulgamos nos nossos progra-mas gastos com a educação que nem sempre são condizentes com a educação. Estados, municípios e a própria federação apresentam suas prestações de contas e são aprovadas. Recomendamos a leitura na íntegra dos artigos 68 a 77 da Lei 9.394/1996, que trata sobre o emprego dos recursos públicos, para a nossa discussão, vamos levantar alguns pontos: Estados, municípios e o Distrito Federal devem empregar, no mínimo, 25% da sua arrecadação com a educação. A federação deve aplicar 18%. Além da receita de impostos, também são recur-sos públicos destinados à educação a transferên-cia constitucionais e outras transferências; o salá-rio-educação; incentivos ficais e “outros recursos previstos em lei”.

São consideradas despesas com a educação: - Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal do-cente e demais profissionais da educação; - Aquisição, manutenção de bens e serviços vincu-lados ao ensino; - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qua-lidade e à expansão do ensino; - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino; concessão de bolsas de estudo a alunos de esco-las públicas e privadas; - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo; - aquisição de material didático-escolar e manuten-ção de programas de transporte escolar.

Não são consideradas despesas de manuten-ção e desenvolvimento do ensino o seguinte: - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao apri-moramento de sua qualidade ou à sua expansão; - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural; formação de quadros especiais para a administra-ção pública, sejam militares ou civis, inclusive di-plomáticos; - programas suplementares de alimentação, assis-tência médico-odontológica, farmacêutica e psico-lógica, e outras formas de assistência social; - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas pa-ra beneficiar direta ou indiretamente a rede esco-lar.

Em teoria, temos então bem definido o que pode ou que não pode ser gasto com educação. Entre-

tanto, quase sempre vemos em diário oficial, seja de municípios ou de Estados, gastos que não de-veriam ir para a conta da educação. Também ob-servamos a falta de clareza em informações pres-tadas pelas prefeituras. Vamos expor alguns e-xemplos do município de Guarulhos-SP por ser o município em que atuamos. Recomendamos ao leitor fazer o mesmo exercício em sua cidade. O processo é simples. Acesse o site http://www.jusbrasil.com.br/ e faça seu cadastro gratuitamente. Em seguida, escolha seus tópicos de interesse (nós seguimos a parte de educação), você receberá um email. Abra-o e confirme seu cadastro. Por fim, na barra de busca coloque algo do tipo “gastos prefeitura de xxxxxx educação” e comece a navegar pelo diário oficial escolhido. Em Guarulhos-SP, por exemplo, localizamos al-guns exemplos: - CONTRATO/PEDIDO: 413404/2011. EMPE-NHOS: 7692/2014, 7701/2014, 253/2015 e 254/ 2015. OBJETO: Recebimento, manuseio e arma-zenamento dos bens pertences à Secretaria da Educação. VALOR: R$ 204.516,42 (duzentos e quatro mil quinhentos e dezesseis reais e quarenta e dois centavos), referente recursos vinculados – Secretaria de Educação, NF. 149. EXIGIBILIDA-DE: 10/04/2015. JUSTIFICATIVA: Em função da contratação de espaço apropriado para recebimen-to manuseio e armazenamento dos bens perten-centes à Secretaria da Educação. - CONTRATO/PEDIDO: 15911/2014 e 7101/2015. EMPENHOS: 459/2015, 461/2015, 898/2015 e 3237/2015. OBJETO: Fornecimento de pão fran-cês com margarina. VALOR: R$ 67.544,25 (sessenta e sete mil quinhentos e quarenta e qua-tro reais e vinte cinco centavos), sendo R$ 3.604,50 (três mil, seiscentos e quatro reais e cin-quenta centavos), referente recursos vinculados - Secretaria de Educação e R$ 63.939,75 (sessenta e três mil novecentos e trinta e nove reais e seten-ta e cinco centavos), referente recursos próprios. NFs. 49174, 49417, 49555 e 49558. EXIGIBILIDA-DE: 10/03, 25/03 e 10/04/2015. JUSTIFICATIVA: O gênero alimentício será fornecido no café da manhã para os funcionários da Secretaria de Es-porte, Recreação e Lazer e a Secretaria de Servi-ços Públicos, e destina-se também ao café da ma-nhã dos funcionários operacionais da Secretaria de Educação. - EMPENHOS: 22320/2014, 22321/2014, 22-322/2014 e 22324/2014.OBJETO: Aquisição de kit de material escolar.VALOR: R$ 2.106.807,68 (dois milhões cento e seis mil oitocentos e sete reais e sessenta e oito centavos), sendo R$ 1.612.131,68 (um milhão seiscentos e doze mil cento e trinta e um reais e sessenta e oito centavos) referente re-cursos vinculados – Secretaria de Educação e R$ 494.676,00 (quatrocentos e noventa e quatro mil seiscentos e setenta e seis reais) referente recur-sos vinculados – FNDE, NFs. 3164, 3165, 3171, 3172, 3175, 3213 e 3216.EXIGIBILIDADE: 25/03 e 10/04/2015.JUSTIFICATIVA: Em virtude da distri-buição de material escolar aos alunos da rede mu-nicipal, compromisso firmado pela administração pública com a população.

Esses são só alguns exemplos do que podemos encontrar no Diário Oficial (infelizmente, um jornal que ninguém, ou quase ninguém lê). É preciso dei-xar bem claro que em hipótese alguma estamos acusando a prefeitura de Guarulhos de corrupção ou superfaturamento. Seria extremamente leviano

da nossa parte afirmar isso. O que estamos colo-cando para o nosso leitor é que hoje, com a tecno-logia disponível, temos a possibilidade de acompa-nhar mais de perto os gastos públicos e cobrar do poder público as explicações sobre o que julgar-mos pertinente. O fato é que muitas vezes encontramos itens não muito claros e exemplos que não entendemos co-mo cai na conta da educação, observe claramente os exemplos acima. Exemplos que foram retirados do mesmo Diário Oficial de 10 de Abril de 2015. O exemplo 2, que trata do pão com margarina. Esta-mos falando em mais de R$ 60.000,00 para café da manhã para funcionários operacionais da Se-cretaria da Educação? Juramos não entender. As justificativas são absolutamente nebulosas, quando deveriam ser claras.,já que se fala tanto em transparência. Não se sabe quantos serão be-neficiados por tal medida . Além do que, compra de pão com margarina não é nenhuma medida que vise a melhoria de qualidade do ensino ou outra medida que se enquadre na lei acima. Sincera-mente não conseguimos alcançar tal visão no uso do dinheiro público e principalmente das verbas destinadas à educação. O segundo item, de valor bem mais expressivo, refere-se à compra de kit escolar. Pois bem, quan-tos alunos serão beneficiados? O kit é composto de que? Qual o valor de cada item? A falta e trans-parência é total e partir daí podemos imaginar o que bem entendermos, pois não temos subsídios que nos propiciem uma melhor visão, ou seja, fal-tam informações. Isso, dessa forma, nos leva a supor inúmeras condições obscuras de ne-gociação do poder público com fornecedores. De qualquer forma, não nos cabe ficar acusan-do sem provas e como dissemos seria uma leviandade de nossa parte, mas no terreno das suposições, podemos imaginar o que bem entendermos. Cabe aos políticos, nem sempre tão interessa-dos assim, em propor mecanismo que propici-em transparência ao processo todo de manei-ra que possamos ter confiança naqueles que se dizem preocupados com a educação. En-quanto isso não acontece continuamos a ima-ginar e supor coisas fantásticas nesse mundo educacional. Omar de Camargo Professor em Química. [email protected]

Ivan Claudio Guedes Geógrafo e Pedagogo. [email protected]

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Setembro 2015 Gazeta Valeparaibana Página 10

Dia 19 - Dia Nacional do Teatro

A origem do teatro no Brasil O teatro brasileiro teve sua origem no século XVI, em 1564*, quando o Brasil passou a ser colônia de Portugal. Os padres da chamada companhia de Jesus, os Jesuítas, vieram para catequizar os índios, e com isso trouxeram suas influências culturais como a literatura e o teatro. Este então foi usado como instrumento pedagógico, em princí-pio para a educação religiosa, já que os índios tinham uma tendência natural para a música e a dança, e sendo assim os Jesuítas se utiliza-ram de elementos da cultura indígena e perceberam no teatro o méto-do mais eficaz como instrumento de "civilização"

Pelo fascínio da imagem representativa, o teatro era muito mais eficaz do que um sermão,por exemplo. Nota-se, portanto, que a origem do teatro no Brasil é religiosa, assim como boa parte das manifestações culturais. Nessa época o Padre Anchieta era o responsável pela auto-ria das peças,ele escreveu alguns Autos como "Na festa de São Lou-renço", também conhecido como "Mistério de Jesus", e o "Auto da Pregação Universal", escrito entre 1567 e 1570, e representado em várias regiões do Brasil, por vários anos.

No entanto, o principal objetivo era a catequese, por isso com esses elementos também estavam os dogmas da Igreja Católica . Sendo assim, as comédias e tragédias eram pouco representadas. A opção ficava com os autos sacramentais, que tinham caráter dramático, e, portanto, estavam impregnadas de características religiosas.

Até 1584 as peças eram escritas em tupi, português ou espanhol, quando então surgiu o latim. Os autos tinham sempre um fundo religi-oso, moral e didático, representados por personagens de demônios, santos, imperadores e algumas vezes apenas simbolismos, como o amor ou o temor a Deus. Os atores eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas pra-ças e nos colégios.

O teatro brasileiro criou forças com o início do Romantismo, no século XIX, por volta de 1838, impulsionado por alguns grandes escritores como Martins Pena, que foi um dos pioneiros com suas comédias de

costumes, Artur de Azevedo, Gonçalves Magalhães, o ator e empre-sário João Caetano, o escritor Machado de Assis e José de Alencar.

O desenvolvimento do teatro aconteceu quando escravos brasileiros libertados na Nigéria, em 1880, fundaram a primeira companhia dra-mática brasileira, a Brazilian Dramatic Company. Mas foi somente em 1900 que o teatro se consagrou. Embora tenha enfrentado fortes cri-ses políticas do país, conseguiu com muita luta a sua independência. O teatro passou por momentos difíceis na época da ditadura. Entre 1937 e 1945, não fosse a ideologia populista que se manteve ativa por meio do teatro de revista, ele teria sido extinguido. Surgem as pri-meiras companhias estáveis do país, com nomes como Procópio Fer-reira, Jaime Costa, Odilon de Azevedo entre outros.

Outro período importante foi quando Paschoal Carlos Magno funda o Teatro do Estudante do Brasil, no ano de 1938. A partir daí começam a surgir as companhias experimentais de teatro, que estendem-se ao longo dos anos, marcando a introdução do modelo estrangeiro de tea-tro no país, firmando então o princípio da encenação moderna no Bra-sil.

Em 1948 é fundado pelo italiano Franco Zampari o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), uma companhia que produzia teatro da burguesia para a burguesia, importando técnicas e repertório, com tendências para o culturalismo estético.

Já em 1957 surge o Teatro de Arena de São Paulo, a porta de entra-da de muitos amadores para o teatro profissional, e que nos anos se-guintes tornaram-se verdadeiras personalidades do mundo artístico.

Com o Golpe Militar em 1964, as dificuldades aumentam para os dire-tores e atores de teatro. A censura faz com que muitos artistas te-nham de abandonar os palcos e exilar-se em outros países. Restava às gerações futuras manterem vivas as raízes já firmadas, e dar um novo rumo ao novo estilo de teatro que estaria para surgir.

* 1564 - Ano do nascimento do inglês William Shakespeare, um gênio do teatro cujas obras e temas dramáticos são copiados e representa-dos até hoje.

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O Teatro na educação é um espaço a ser conquistado.

No Brasil, existe um número reduzido de instituições de ensino que inseriram a atividade teatral em suas escolas, algumas apresentam o Teatro no currículo outras, em forma de Oficinas. Embora existam e-ducadores que acreditam na força que o Teatro tem para promover a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno ainda há um grande nú-mero de escolas que não aceitam, não acreditam e não dão o devido valor ao exercício teatral no processo educativo do aluno.

O educador precisa lutar por uma educação que apresente um pro-grama de estudos e vivências com a atenção voltada muito mais para as integrações de significados do que para a mera acumulação de co-nhecimento, fomentando no educando a produção de sentidos e signi-ficados.

Utilizar o Teatro aliado à educação, oportuniza-se aos educandos um conhecimento diversificado e lúdico, existindo um clima de liberdade onde o aluno libera as suas potencialidades, expressando seus senti-mentos, emoções, aflições e sensações, pois é um meio de expres-são para o aluno. Quando o educando interpreta um personagem ou dramatiza uma situação, revela uma parte de si mesmo, mostrando como sente, pensa e vê o mundo. É uma atividade artística que per-mite ao aluno expressar-se, explorando todas as formas de comunica-ção humana. O Teatro amplia o horizonte dos alunos, melhora sua auto-imagem e colabora para torná-los mais críticos e abertos ao mundo em que vivem.

O Teatro a serviço da educação dá ao educando o ensejo de valorizar-se, de integrar-se harmoniosamente a um grupo, aumentando o sen-so de responsabilidade e o sucesso do trabalho se dá devido à soma dos esforços de todo o conjunto. É o momento em que ocorre o de-senvolvimento de cada um e do grupo,fundamentado na complemen-taridade das diferenças. A atividade teatral ensina aos educandos a aprenderem com a diversidade,pois somente assim é que pode ocor-rer a construção do conhecimento do sujeito.

Nos dias atuais, vive-se uma época de comunicação ostensiva, exten-siva e impulsiva e o Teatro desenvolve nos alunos a expressividade. De acordo com Reverbel * (1997, p. 168) “é preciso lutar para que o Teatro tenha seu lugar na Educação, porque se ele existe na socieda-de, deve existir na escola”. O Teatro é o caminho para as escolas a-tingirem uma integração entre os sujeitos deforma criativa, produtiva e participativa, é um recurso pedagógico eficaz no desenvolvimento do educando, preparando-o a discernir os problemas em que ele irá en-frentar na sua trajetória de vida.

* Referências REVERBEL, Olga Garcia. Um Caminho do Teatro na Escola. São Paulo: Editora Scipione

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Pais, Filhos e a Escola

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As causas do analfabetismo funcional

O analfabetismo funcional, ou seja, saber ler, mas não captar integralmente o teor do que lê, deve ser encara-do como um câncer a ser combatido. O resultado des-sa negligência vemos todos os dias na internet, em que a maioria dos assuntos mais comentados são impulsio-nados pela falta de leitura acerca do que é discutido ou pela má interpretação de textos, de dados, de gráficos etc. Por : Luiz Guilherme Melo A internet expõe o melhor e o pior do ser humano. Co-nhecemos pessoas e iniciativas fantásticas, mas ao mesmo tempo ficamos cara a cara com a latrina da humanidade (os constantes casos de racismo na web estão aí para comprovar). Nas redes sociais, por exem-plo, vivemos em um tempo em que os debates foram substituídos por embates e combates – sem vencedo-res.

O que temos presenciado nas últimas semanas é a prova disso, como no debate sobre a maioridade penal, que é do tipo de tema que desperta tantas paixões, principalmente porque só vem à tona sob os gritos das figuras sensacionalistas da mídia que aproveitam epi-sódios trágicos para propagar as suas ideias. E funcio-na, haja vista os jargões (“bandido bom é bandido mor-to”, “tá com pena do menor infrator? Leva pra casa” e similares) repetidos de forma automática (à exaustão) nas redes.

Pra completar, os debates no Congresso de pautas que exigem razão ao extremo, há tempos se tornaram uma extensão dos fóruns mais malcheirosos da inter-net. Triste.

A insegurança pública não será reduzida magicamente, da noite para o dia, com leis penais paliativas – não é nem nunca foi em nenhum lugar do mundo. A violência não diminuirá sem redução da desigualdade social, da ampliação da cidadania, da garantia de direitos e opor-tunidades de uma vida digna a todos. As soluções exis-tem, mas demandam tempo, dinheiro e políticas de curto, médio e longo prazo.

A respeito da maioridade penal em si, é preciso levar em consideração o ciclo de violência de uma sociedade desigual, não apenas em termos de riqueza e pobreza, mas principalmente nas condições desiguais em que crescem e são educados os filhos dos ricos e dos po-bres. E no tratamento desigual (em termos de oportuni-dades e possibilidades) que esta mesma sociedade oferece aos criminosos ricos e pobres.

É razoável que a questão da maioridade penal seja avaliada no contexto abrangente que envolve a crimi-nalidade e a violência no Brasil. E também que se leve em consideração a maior amplitude possível de ações e políticas públicas que possibilitem não apenas o tra-tamento do crime cometido ontem (que envolve trata-mento ao criminoso e oferta de justiça à(s) vítima(s) ), que foi notícia e que causa revolta em todos nós, como também e principalmente a justiça social necessária para amanhã, no país que os nossos descendentes herdarão.

Em resumo: qual é o conjunto de ações necessário à redução da criminalidade e da violência em nossa soci-edade? E de que forma a sociedade brasileira pode oferecer às suas crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social (ou seja, aqueles que tem convivência próxima e imediata com o crime) opor-

tunidades e possibilidades de um projeto de vida no qual o crime seja desconsiderado como alternativa para o acesso aos bens sociais disponíveis às classes mais favorecidas?

Poucos nas redes sociais parecem se importar em le-var em consideração essas nuances preventivas em seus “textões”.

Muito pelo contrário, debates como esse, que exigem um olhar acurado, sempre caem na vala comum dos discursos com gosto de sangue na boca em que os “argumentos” se resumem aos jargões já mencionados e aos “memes” simplistas e descontextualizados.

…Pensando bem, observando a gritaria que toma con-ta das redes sociais sempre que temas que despertam dicotomias vem à tona, me tornei a favor de uma só redução: a do analfabetismo funcional. Explico.

O analfabetismo funcional, ou seja, saber ler, mas não captar integralmente o teor do que lê, deve ser encara-do como um câncer a ser combatido porque causa, em parte, o empobrecimento do debate público, assim co-mo a ascensão de figuras públicas deploráveis (que não vou nomear aqui porque eles já têm publicidade o suficiente). E é um desafio a ser encarado tanto quanto a erradicação do analfabetismo.

Campanha pela leitura Alguns dados estatísticos ajudam a nos explicar por que o nosso país padece desse mal. Um deles foi ex-posto na abertura do Seminário Internacional sobre Política Públicas do Livro e Regulação de Preço (realizado em Brasília) pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, quando ele disse que o Brasil não dá a impor-tância necessária à leitura e que é uma vergonha o nosso índice de livros per capita ser de apenas 1,7 por ano.

O ministro defende que seja feita uma campanha de estímulo à leitura semelhante à contra a paralisia infan-til. É por aí. Afinal, o índice de leitura brasileiro ser me-nor que o de países vizinhos mais pobres que o nosso é um “alerta vermelho” que soa há muito tempo, mas que nossas autoridades vêm ignorando.

O resultado dessa negligência vemos todos os dias na internet, em que a maioria dos assuntos mais comenta-dos são impulsionados justamente pela falta de leitura acerca do que é discutido ou pela má interpretação de textos, de dados, de gráficos etc.

Enfim, o fato é que o Brasil nunca será uma “pátria e-ducadora” se a leitura continuar sendo tratada como “disciplina de segunda classe”nos currículos escolares. Outro fato: todos nós precisamos de uma educação de qualidade. Nós e eles, os “dimenor”. Todos. Sem exce-ção.

Esse “papo” de educação e estímulo à leitura desde a infância não vai resolver todos os nosso males, claro, mas a mudança passa por eles. Meu desejo é que os nossos distintos representantes despertem e comecem desde já a construir um país educador e uma socieda-de justa com raízes fincadas na razão às próximas ge-rações.

Otimismo demais? Sim, necessitamos de um pouco de otimismo nesses tempos em que os debates públicos andam tão tresloucados.

Luiz Guilherme Melo é jornalista e formado em Letras (Língua e Literatura Portuguesa) pela Universidade Federal do Amazonas

CURSOS PROFISSIONALIZANTES

- GESTÃO DE CONFLITOS Tem como objetivo refletir sobre a necessida-de da melhoria nos processos de trabalho en-volvendo o relacionamento interpessoal, intra-pessoal e intergrupal, respeitando as diferenças individuais e o de-sempenho efetivo das atividades pertinentes as atribuições de cada função, quando o con-flito for sanado. Quando forem resolvidos e removidos os con-flitos nota-se a melhoraria na autoestima, sur-gem pensamentos positivos, aumento da pro-dutividade, melhoria no relacionamento inter-pessoal e grupal, e consequentemente rea-cende a motivação. Curso de 3 dias de 8 horas cada.

Palestrante: Joaquim Fernando Baptista.

- CURSO DEPARTAMENTO PESSOAL COM FOLHA DE PAGAMENTO O objetivo do curso de DP - Departamento Pessoal na prática - c/ Folha de Pagamento é executar as principais tarefas envolvidas na rotina de um departamento pessoal (DP). METODOLOGIA: No curso departamento pessoal, as aulas são práticas, onde cada conceito, é executado, através de exemplos dirigidos e exercícios práticos, otimizando e reforçando o aprendiza-do. Curso Presencial com Apostila. Curso de 3 módulos com total de 64 horas.

Palestrante: Sandra Torres – Administradora de Empresas, com mais de 20 anos de experi-ência em depto pessoal e folha de pagamen-to.

CURSOS PEDAGÓGICOS - Curso sobre Síndrome de Down Curso realizado em 3 módulos de dois dias cada módulo, totalizando 48 horas. - Mini Curso sobre Síndrome de Down Curso realizado em um dia de 8 horas - Curso TDAH Curso realizado em um dia de 8 horas - Curso sobre Autismo Curso realizado em 1 modulo de dois dias, totalizando 16 horas

Palestrante: Neusa Venditte –Psicopedagoga

CURSO SOBRE INCLUSÃO - Curso sobre Inclusão Social Curso realizado em 4 módulos de 12 horas semanais.

Palestrante: Prof. Doutor Guga Dorea

WORKSHOP - O poder público e a deficiência intelectual: limites e desafios do estado - Construção compartilhada de práticas inclu-sivas no cotidiano da família e da escola

Palestrante: Prof. Doutor Guga Dorea Para maiores informações entre AM conta-to pelo email: [email protected]

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Dia 21 - Dia da árvore

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo de divul-gação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, orga-nização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de au-las, tais como: educação, cultura, tradições, his-tória, meio ambiente e sustentabilidade, respon-sabilidade social e ambiental, além da transmis-são de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conheci-mento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas res-ponsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudi-quem seus nomes. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato. [email protected]

Rádio web CULTURAonline Brasil Prestigie, divulgue, acesse,

junte-se a nós. A Rádio web

CULTURAonline BRASIL, prioriza a Educação, a boa

Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social,

cidadania nas temáticas: Educação, Escola, Saúde,

Cidadania, Professor e Famí-lia. Uma rádio onde o profes-

sor é valorizado e tem voz e, a Educação e o Brasil se discute

num debate aberto, crítico e livre, com conhecimento e

responsabilidade!

Acessível no link: www.culturaonlinebr.org

“Um lenhador foi até a floresta pedir às árvo-res que lhe dessem um cabo para seu macha-do. As árvores acharam que não custava na-da atender ao pedido do lenhador e na mes-ma hora resolveram fazer o que ele queria. Ficou decidido que o freixo, que era uma ár-vore comum e modesta, daria o que era ne-cessário. Mas, assim que recebeu o que tinha pedido, o lenhador começou a atacar com seu machado tudo o que encontrava pela frente na floresta, derrubando as mais belas árvores. O carvalho, que só se deu conta da tragédia quando já era tarde demais para fazer alguma coisa, cochichou para o cedro: - Foi um erro atender ao primeiro pedido que ele fez. Por que fomos sacrificar nosso humil-de vizinho? Se não tivéssemos feito isso, quem sabe viveríamos muitos e muitos anos! Moral: Quem trai os amigos pode estar cavan-do a própria cova.”

A Importância das árvores

O nome ÁRVORES VIVAS, está relacionado com o olhar das pessoas em relação a estes seres vegetais. Muitas vezes, por elas apa-rentemente não se mexerem, não como os

animais, as pessoas esquecem que elas es-tão vivas! O nome do empreendimento nasce da inten-ção de que as pessoas reconheçam nas árvo-res o tempo da própria vida. As ÁRVORES criam sua base nas raízes e em sua estrutura, galhos e tronco, para poder crescer na copa, engrossando e se fortalecen-do.

Seres auto-sustentáveis que respeitam um ciclo de retirada e fornecimento de energia para o planeta.

Produzem seu próprio alimento e o conduzem por todo seu corpo, como nosso sistema san-guíneo.

Quando estão prontas para reproduzir a espé-cie, produzem flores, dão frutos e sementes, tudo num tempo de maturação único de cada espécie.

A noite, quando o sol se vai, suas folhas se fecham para adormecer. Crescem e se desenvolvem a partir das refe-rências sensíveis ao ambiente em que vivem, Desde sementes sabem a sua missão, a es-sência do que serão na vida. Cada árvore é única na sua textura, cor, chei-ro, folhas, flores e frutos, não tem frente e nem costas, crescem para todos os lados e continuamente, querendo abraçar e acolher todos que chegam à sua volta. Ela nos forne-ce alimento, ar, sombra e muitos materiais, com os quais podemos desenvolver incontá-veis produtos aplicando nossa sabedoria e criatividade. Está sempre presente – como um símbolo maior, marcante e sábio. Acompanham nos-sas histórias, gerações após gerações, nunca se fazendo indiferente à presença do ser hu-mano, ao contrário, sempre nos dando muito do que necessitamos. Porém, com o tempo, nós passamos simples-mente a tirar o que precisamos, sem medir as conseqüências do que deixaríamos para o fu-turo.

A humanidade aprendeu e cresceu muito pes-quisando suas propriedades. As mais varia-das religiões e culturas sempre valorizaram sua presença como ser vegetal de presença análoga à do homem. Desde pequenos senti-mos e experimentamos as árvores em nossas vidas, mesmo que de uma forma inconscien-te… Mas com a vida moderna das grandes cidades, nos transformamos em pessoas indi-vidualistas e fragmentadas criando uma cisão no nosso contato com a natureza. A essência da beleza humana está protegida dentro da nossa alma, assim como uma se-mente que a árvore gera para se multiplicar. Todo nosso potencial e valores estão dentro dessa semente que temos que cuidar alegre-mente, dando condições para esses valores tão belos brotarem, crescerem e inspirarem… E podemos acessá-los através do cuidado, respeito e amor com outros seres da nature-za!”

Texto de Juliana Gatti

Reflexões:

“O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele pas-

sa indiferente.”

Mário Quintana “Uma árvore é o nosso mais íntimo contato com a

natureza.”

George Nakashima, madeireiro “Se você está pensando um ano a frente, semeie uma semente. Se você está pensando dez anos a

frente, plante uma árvore.”

Poeta Chinês, 500 AC “Para mim, a natureza é sagrada, árvores são o

meu templo e florestas são as minhas catedrais.”

Mikhail Gorbachev “A árvore se entristece ao perceber que o cabo do

machado é de madeira”

Provérbio Árabe

“As árvores e plantas buscam adaptar-se ao ambiente em que vivem, estruturando e planejando muito bem, cada energia apli-cada em seu crescimento”

Fonte: Instituto Árvores Vivas

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Dia 5 - Dia da Amazônia A Floresta Amazônica

É a floresta equatorial que ocupa a maior ex-tensão do território amazônico. É uma das três grandes florestas tropicais do mundo.

A Floresta Amazônica é uma floresta tropical situada na região norte da América do Sul. Ocupa territórios do Brasil, Bolívia, Peru, E-quador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suri-name e Guiana Francesa. É a floresta equato-rial que ocupa a maior extensão do território amazônico. É uma das três grandes florestas tropicais do mundo. É a maior floresta tropical do mundo, enquanto perde em tamanho para a Taiga Siberiana que é uma floresta de coní-feras, árvores em forma de cones, os pinhei-ros.

A floresta Amazônica possui a aparência, vis-ta de cima, de uma camada contínua de co-pas largas, situadas a aproximadamente 30 metros acima do solo.

A maior parte de seus cinco milhões de km²,ou 42% do território brasileiro, é compos-ta por uma floresta que nunca se alaga, em uma planície de 130 a 200 metros de altitude, formada por sedimentos do lago Belterra, que ocupou a bacia Amazônica entre 1,8 milhões e 25 mil anos atrás.

Ao tempo em que os Andes se erguiam, os rios cavaram seu leito, o que originou os três tipos de floresta da Amazônia.

As duas últimas formam a Amazônia brasilei-ra:

Ecossistemas do bioma Hileia Amazônica

- Florestas montanhosas andinas

- Florestas de terra firme

- Florestas fluviais alagadas

A floresta de terra firme, que não difere mui-to da floresta andina, exceto pela menor den-sidade, está localizada em planaltos pouco elevados (30-200m) e apresenta um solo ex-tremamente pobre em nutrientes. Isto forçou uma adaptação das raízes das plantas que, através de uma associação simbiótica com alguns tipos de fungos, passaram a decompor rapidamente a matéria orgânica depositada no solo, a fim de absorver os nutrientes antes deles serem lixiviados.

A floresta fluvial alagada também apresenta algumas adaptações às condições do ambien-te, como raízes respiratórias, que possuem poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico. As áreas localizadas em terrenos baixos e sujeitos a inundações periódicas por águas brancas ou turvas, provenientes de rios de regiões ricas em matéria orgânica, são chamadas de florestas de várzea. E as áreas alagadas por águas escuras, que percorrem terras arenosas e pobres em minerais e que assumem uma coloração escura devido à ma-téria orgânica presente, são chamadas de flo-restas de igapó. A oscilação do nível das á-guas pode chegar a até dez metros de altura. No Pleistoceno o clima da Amazônia alternou-se entre frio-seco, quente-úmido e quente-seco.

Na última fase frio-seca, há cerca de 18 ou 12 mil anos, o clima amazônico era semi-árido, e o máximo de umidade ocorreu há sete mil a-nos. Na fase semi-árida predominaram as for-mações vegetais abertas, como cerrado e ca-atinga, com "refúgios" onde sobrevivia a flo-resta.

Atualmente o cerrado subsiste em abrigos no interior da mata.

O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Con-tudo, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo e-cossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo o mínimo de perdas.

Um claro exemplo está na distribuição acentu-ada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem da floresta com as chuvas. Também, forma-se no solo uma camada de

decomposição de folhas, galhos e animais mortos, rapidamente convertidos em nutrien-tes e aproveitados antes da lixiviação. Tal conversão dá-se pelo fato de os fungos ali en-contrados (e que realizam a simbiose) serem saprofíticos.

Abaixo de uma camada inferior, a um metro, o solo torna-se arenoso e dotado de poucos nu-trientes. Por isso – e por conta da disponibili-dade quase ilimitada de água, as raízes das árvores são curtas, e o processo de sustenta-ção é feito com base no escoramento mútuo das árvores.

Os obstáculos impostos à entrada da luz pela abundância de copas fazem com que a vege-tação rasteira seja muito escassa, bem como os animais que habitam o solo e necessitam dessa vegetação.

A maior parte da fauna amazônica é compos-ta por animais que habitam as copas das ár-vores, entre 30 e 50 metros. Não ocorrem ani-mais de grande porte, como nas savanas.

Nas copas, entre as aves encontram-se papa-gaios, tucanos e pica-paus e, entre os mamí-feros, morcegos, roedores, macacos e marsu-piais.

A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (15 volu-mes), de Carl von Martius, naturalista austría-co que dedicou boa parte de sua vida à pes-quisa da Amazônia, no século XIX. Todavia, a diversidade de espécies e a dificuldade de a-cesso às copas elevadas tornam ainda desco-nhecida grande parte das riquezas faunísti-cas.

O clima na floresta Amazônica é equatorial, quente e úmido, devido à proximidade à Linha do Equador (contínua à Mata Atlântica), com a temperatura variando pouco durante o ano. As chuvas são abundantes, com as médias de precipitação anuais variando de 1 500 mm a 1 700 mm, podendo ultrapassar 3 000 mm na foz do rio Amazonas e no litoral do Amapá.

O período chuvoso dura seis meses. Ultima-mente, a Amazônia vem sendo devastada pa-ra o plantio da soja e em razão da expansão da atividade pecuária nas fronteiras e em ter-ritórios de municípios interioranos

Da redação Ambiente Brasil

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A floresta amazônica pode curar você

Há uma ligação entre os remédios guardados nos armários de sua casa e a vida silvestre da Amazônia: plantas e animais servem como base para a fabricação de medicamentos.

Durante milênios, os seres humanos utilizaram insetos, plantas e ou-tros organismos da região para várias finalidades, entre elas a agricul-tura, vestimentas e, claro, a cura para doenças.

Povos indígenas e outros grupos que vivem na floresta amazônica aperfeiçoaram o uso de compostos químicos encontrados em plantas e animais. O conhecimento sobre o uso dessas plantas geralmente fica nas mãos de um curandeiro, que por sua vez repassa a tradição para um aprendiz. Esse processo se mantém ao longo de séculos e compõe uma parte integral da identidade desses povos.

No entanto, com o rápido desaparecimento das florestas úmidas tropi-cais, a continuidade desse conhecimento para o benefício das futuras gerações encontra-se ameaçada.

O potencial inexplorado das plantas amazônicas

Os cientistas acreditam que menos de 0,5% das espécies da flora fo-ram detalhadamente estudadas quanto ao seu potencial medicinal. Ao mesmo tempo em que o bioma Amazônia está encolhendo lentamen-te em tamanho, a riqueza da vida silvestre de suas florestas também se reduz, bem como uso potencial das plantas e animais que ainda não foram descobertos.

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Dia 29 - Dia Mundial do Petróleo O mundo movido a petróleo

Os combustíveis fósseis respondem por 81% da matriz de energia global, mas o mundo já sabe que, no futuro, vai depender de fontes alternati-vas.

Sem energia não há sociedade humana. Essa afirmação categórica é tão verdadeira quanto o fato de que sem energia não haveria sequer seres humanos. Todas as formas de energia provêm do Sol e são armazenadas na nature-za. Nosso corpo vive por processar carboidra-tos, gorduras e proteínas, capazes de liberar energia para manter nossa temperatura mé-dia, de 37 graus centígrados, e nossa sobrevi-vência, nos movimentar, trabalhar, respirar e pensar. A sociedade vive da energia retirada principalmente dos derivados de petróleo. Ela é necessária para a existência e o funciona-mento da sociedade, pois é apenas uma am-pliação em larga escala dessa exigência no próprio corpo humano.

Por isso, todas as nações buscam permanen-temente fontes de energia para garantir essas

mesmas atividades essenciais: sobreviver (cozinhar e tomar banho), movimentar-se (transportes), trabalhar (indústria, comércio e agricultura), manter a temperatura ambiente (calefação e ar condicionado) e pensar (lazer, informática etc.).

Neste momento do século XXI, a humanidade vive o mesmo dilema de uma pessoa comilo-na e obesa que se vê, de repente, com muita gordura no corpo e correndo o risco de ficar sem comida. As fontes tradicionais de energia estão se esgotando num futuro não muito dis-tante, e, simultaneamente, o planeta está ar-mazenando energia demais no lugar errado, o que provoca o aquecimento global da atmos-fera.

Ao queimar materiais como lenha, petróleo, xisto, carvão, gás natural e outros, o homem utiliza apenas parte da energia do sol armaze-nada neles; a outra parte é liberada na atmos-fera, sob a forma de gases, que também re-têm calor. Em todos os casos, estamos quei-mando ou liberando carbono.

Em razão disso, a atmosfera está se tornando obesa de carbono, principalmente na forma de dióxido de carbono (CO2). Da mesma ma-neira que uma pessoa obesa tem de mudar a dieta alimentar, o ser humano precisará diver-sificar sua cesta energética e utilizar menos o petróleo, que era seu combustível mais calóri-co, econômico e fácil. Os problemas atuais de energia e meio ambiente são duas faces da

mesma moeda MATRIZ DE ENERGIA

Todos os países calculam periodicamente quantos recursos possuem de energia, quanto gastam e em quais usos. Esse conjunto é a matriz de energia, e no Brasil ele é acompa-nhado e consolidado num relatório anual do Ministério de Minas e Energia chamado Ba-lanço Energético Nacional. Para ser eficiente, o balanço é um estudo detalhado que registra os recursos de energia primários (petróleo, xisto, carvão mineral, lenha, cana-de-açúcar, mamona, urânio e água), os secundários (óleos cru e diesel, gasolina, bagaço de cana, álcool, biodiesel, carvão vegetal e eletricida-de), as formas de uso (mecânica, nuclear etc.) e os setores de consumo, como transporte, indústria, comércio e residências.

Manter a oferta de energia em crescimento na matriz e mudá-la quando preciso é um desafio permanente de cada nação. Além de ser ne-cessário dispor de cada recurso, é preciso disponibilizá-lo de acordo com sua forma pre-ferencial de uso e fazê-lo chegar aos locais de consumo a um preço viável. O gás natural, por exemplo, é mais eficiente do que a eletri-cidade para gerar calor e aquecer a água do banho em países de inverno rigoroso, mas é necessário canalizá-lo até os imóveis.

Fonte: Planeta Sustentável

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Poluição pelo petróleo A poluição do petróleo pode ser causada por qualquer derramamento de petróleo bruto ou de seus produtos refinados. Os maiores e mais danosos eventos poluido-res usualmente envolvem derramamentos de petróleo ou pesados combustíveis de tanques sem capacidade ou plataformas furadas no mar, de navios ou embarca-ções ou explosões de poços ou de oleodutos danifica-dos na terra.

Um derramamento em terra pode ocorrer de muitas for-mas, mas os maiores eventos envolvem geralmente ruptura de um oleoduto ou explosão de poços. As cau-sas de ruptura de oleodutos são diversas, elas incluem equipamento de bombeamento danificado, terremotos, sabotagens, derramamento de petróleo deliberado como ocorrido na Guerra do Golfo, entre outras. A quantidade de petróleo total de óleo derramado de oleodutos não é ainda quantificada em muitas partes do mundo. Por cau-sa do grande disseminado uso de sensores e mecanis-mos de interrupção de seções de oleodutos , eventos individuais são muito menores que os que ocorrem indi-vidualmente, derramados pelos super tanques oceâni-cos ou por explosões de plataformas fora da costa. Por-que a dispersão do óleo derramado na terra é mais res-trita na terra do que na água , derramamentos terrres-tres usualmente afetam áreas localizadas ( ao menos que o óleo derramado alcance um curso de água).

Em comparação às inserções antropogênicas de petró-leo nos oceanos, a produçaõ natural de hidrocarbonetos não petrolífero por plâncton marinho têm sido estimado em 26 milhões de toneladas por ano ou quase de quatro a oito vezes mais do que às inserções de hidrocarbone-tos do petróleo. Estes hidrocarbonetos biogênicos são um importante componente de retorno de concentração

de hidrocarbonetos no ambiente marinho, mas são bem dispersos e não devem ser considerados como um im-portante fonte de poluição marinha. As inserções restan-tes são antropogênicas , exceto para uma não conheci-da fração de depósitos de hidrocarbonetos atmosféricos que devem ser originados de emissões de vegetação terrestre e de outras fontes naturais. As contaminações antropogênicas advem de refinarias e de outros efluen-tes costais importantes em causas locais , causando poluição crônica nas cidades costeiras em volta do mun-do. As descargas de reservatórios , navios, da explora-ção fora da costa e das plataformas de produção são essencialmente episódicos e ocorrem como derrama-mentos e descargas de vários tamanhos.

É impossível prever a localização e magnitude de qual-quer derramamento acidental de petróleo. Como espe-rado derramamentos de tanques são mais frequentes em áreas costeiras do que em áreas do mar mais viaja-das. Alguns exemplos de derramamentos desastrosos: Torrey Canion em 1967 no sul da Inglaterra com quase 117 mil toneladas derramadas , Arrow em 1970 em No-va Scotia 11 mil toneladas derramadas , Metula no Es-treito de Magalhães em 1973 cinquenta e três mil tone-ladas, Argo Merchant em 1976 em Massachusets 26 mil toneladas, Amoco Cadiz em 1978 no Canal inglês 230 mil toneladas, Exxon Valdez no Sul do Alaska 35 mil toneladas e o derramamento Braer em 1993 nas ilhas Schettland na Escócia 84 mil toneladas e finalmente o acidente ocorrido em 2000 no Brasil especificamente no estado do Rio de janeiro, onde foram derramados 1,2 milhão de litros de óleo de um dos 14 dutos que ligam a refinaria Duque de Caxias, na baixada Fluminense ,ao terminal da Ilha Dágua , na Ilha do Governador.

Acidentes massivos tem também ocorrido de platafor-mas distantes da costa. A explosão de Santa Bárbara em 1969 no Sul da Califórnia é um desses acontecimen-tos.

O petróleo tem também sido derramado devido a estra-tégias de Guerra por deliberadas ações de ataques de tanques de guerra. Como ocorrido na segunda Guerra Mundial e na guerra Irã Iraque de 1981-1987, em 1983 o Iraque atacou 5 reservatórios e três poços de produção causando um derramamento massivo no Golfo Pérsico . O maior acidente marinho ocorreu durante a Guerra do golfo de 1991, quando o Iraque forçou o derramamento de 0,8 milhões de toneladas de petróleo bruto de muitos tanques.

É importante enfatizar que o tamanho do derramamento não necessariamente nos mostra sobre o seu potencial de causar danos. Um pequeno acidente pode causar sérios danos a um ambiente de grande sensibilidade. Além disso o tipo de produto do petróleo pode afetar a gravidade do dano ecológico. As mais importantes con-siderações devem ser feitas ao grau de toxicidade e a persistência ambiental dos materiais derramados.

Descargas operacionais de lavagens de tanques de óleo também são uma fonte frequente de derramamentos marinhos, embora a importância desta fonte tenha de-crescido. Esta fonte de poluição esta associada com a prática de enchimento de tanques com água do mar após a entrega da carga de petróleo ou de um produto refinado e a descarga do óleo no mar quando o navio viaja para pegar sua próxima carga.

Fonte: Petroblog

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Os donos do mundo (artigo continuado)

A MAIOR FRAUDE DA HISTÓRIA Continuação—Parte IV

Logo após seu retorno em 1910, Aldrich reu-niu-se com alguns dos mais ricos e poderosos homens americanos em seu vagão ferroviário privativo e todos partiram secretamente para uma ilha na costa do estado da Geór-gia, Jekyll Island. Junto com eles viajou um certo Paul Warburg, que recebia um salário de US$ 500,000.00 anuais pago pela empre-sa Kuhn, Loeb & Co. para conseguir a aprova-ção da lei de criação do banco central ameri-cano e era sócio de ninguém menos do que o alemão Jacob Schiff, neto do homem que se associou à família Rothschild em Frankfurt. Na época, Schiff estava envolvido na derruba-da do czarrusso, empreitada que custou uns US$ 20 milhões e iniciou a revolu-ção bolcheviqueque desaguaria na União So-viética.

Essas três famílias financeiras européias, os Rothschilds, os Schiffs e os Warburgs esta-vam todas ligadas pelo matrimônio ao longo dos anos, assim como os Rockefellers, Mor-gans e Aldrichs nos EUA. O segredo desta reunião insular na Geórgia foi tão grande que os participantes foram instruídos a usar so-mente seus primeiros nomes para evitar que serviçais e criados descobrissem suas verda-deiras identidades.

Anos depois, um dos participantes dessa se-cretíssima reunião, Frank Vanderlip, presiden-te do National City Bank of New York e repre-sentante e protegéda família Rockefeller, con-firmou a realização do evento. Citado numa reportagem do jornal Saturday Evening Post de 09.02.1935 ele disse: "Eu me portei secretamente e furtivamente como qualquer conspirador. Nós sabíamos que se vazasse qualquer informação de que estávamos im-pondo ao congresso americano uma nova le-gislação bancária, não teríamos a menor chance de sua aprovação."

A idéia principal da reunião em Jekyll Is-land era desdobrar a intenção principal de re-introduzir um banco central privado para con-trolar o dinheiro dos Estados Unidos. Não pa-ra o povo americano, mas para os moneychangers da Europa e de Nova Ior-que. A atração do fractional reserve len-ding (empréstimo sem lastro) era simplesmen-te irresistível para os gananciosos argentá-rios. Essa conspiração dos banqueiros priva-dos americanos para seqüestrar a economia americana se tornava cada vez mais impor-tante diante da competição dos pequenos bancos estatais do país. Como o próprio se-nador Aldrich diria anos depois: "Antes da pro-mulgação do Federal Reserve Act (em 1913) os banqueiros novaiorquinos dominavam ape-nas as reservas monetárias de Nova Iorque. Agora controlamos as reservas do país intei-ro." John Rockefeller disse a respeito: "A com-petição é um pecado, temos que demovê-lo." O crescimento da economia americana pros-perou e as grandes corporações do país co-

meçaram a se expandir a partir de seus fabu-losos lucros. Como os moneychangers não possuíam voz ativa sobre essa expansão, que se processava em nível corporativo longe de seus tentáculos pois a indústria estava se tor-nando independente deles, algo tinha que ser feito para mudar a situação. O nome do banco central americano consagrado naquela reuni-ão secreta de Jekyll Island, na Geór-gia, Federal Reserve Bank, foi escolhido para dar a impressão de que a instituição era públi-ca, sem fins lucrativos e para administrar a economia americana em nome dos cidadãos contribuintes. Ledo engano. O nome foi ape-nas uma cortina de fumaça para esconder a intenção monopolista e opositora à concorrên-cia da nova instituição, que tinha a exclusivi-dade de imprimir as cédulas do dinheiro ame-ricano, criando dinheiro do nada, sem quais-quer lastro ou reservas e emprestando-o às pessoas sob juros.

Mas como é mesmo que o Fed cria dinheiro do nada? Comecemos com os bonds, ou le-tras do tesouro. São promessas de pagamen-to (ou IOUs, no acrônimo em inglês, originado de Iowe you, "eu devo a você"). As pessoas compram esses títulos para garantir uma taxa de juros segura no resgate futuro. Ao final do prazo do papel, o governo repaga o valor prin-cipal mais juros e o título é destruído. Atual-mente existem cerca de US$ 5 trilhões desses papéis em poder do público. Agora, eis os quatro passos adotados pelo banco central americano para criar dinheiro do nada:

- O Federal Open Market Committee (Comitê Federal do Mercado Aberto) aprova a compra de letras do Tesouro Americano no mercado aberto. Esses títulos são comprados pelo ban-co central americano, o Federal Reserve Bank. OFed paga pelos títulos com créditos eletrônicos emitidos em favor do banco ven-dedor. Esses créditos não têm origem, não possuem qualquer lastro. O Fed simplesmen-te os cria e os bancos utilizam esses depósi-tos como reservas. Como segundo a prática do fractional reserve banking ou FRB, os ban-cos podem emprestar dez vezes mais do que o valor efetivo de suas reservas e sempre a juros, rapidamente eles conseguem produzir dinheiro do nada quando os tomadores come-çam a pagar os seus empréstimos. Que por sua vez surgiram do nada.

- O sistema FRB permite aos bancos não ter lastro em caixa equivalente aos depósitos dos clientes, vale dizer, se todos os correntistas resolvessem sacar o seu dinheiro o banco não teria como pagá-los, como aconteceu no crash da bolsa de Wall Street em 1929, do qual os moneychangers foram os únicos be-neficiários e retomaram todas as propriedades e os bens do povo americano para revendê-los nos anos seguintes com grande lucro.

Desta forma, se o Fed adquirir, digamos, US$ 1 milhão em títulos, este valor se transformará automaticamente em US$ 10 milhões, do na-da, sem qualquer lastro ou cobertura. O Fed simplesmente aciona sua gráfica e

"imprime" os outros US$ 9 milhões e começa a emprestar o dinheiro a juros no mercado, através da rede bancária comercial. Assim, o banco central americano cria 10% do total dessedinheiro novo e os demais bancos criam os 90% restantes. Isto expande a quantidade de dinheiro em circulação e amplia o crédito e o consumo, levando as pessoas a comprarem mais e gastarem mais, inflando as estatísticas de crescimento nacional. Mas a verdadeira intenção desta operação é mais sinistra. Pre-tende o controle absoluto sobre a economia. Para reduzir a quantidade de moeda circulan-te e provocar uma recessão, o processo é simplesmente revertido. OFed vende os títu-los ao público e o dinheiro sai dos bancos dos adquirentes. Os empréstimos têm que ser re-duzidos em dez vezes o valor da venda por-que, como vimos, o Fed criou US$ 9 milhões do nada.

Mas a duvida persiste: como estas operações deliberadas de inflação e deflação beneficia-ram os grandes banqueiros privados que se reuniram secretamente em Jekyll Island para planejar a monopolização do sistema monetá-rio americano e dominar a emissão de moe-da? Simples. Modificou radicalmente a refor-ma bancária realmente necessária para criar um sistema de financiamento público livre de dívidas, como os greenbacks7 do pres. Abra-ham Lincoln, representados por papel-moeda impresso e emitido pelo governo americano durante a Guerra Civil americana (1861-1865), um conflito entre os estados do norte contra os do sul. Lincoln, tal como seus ante-cessores Jackson8 e Madison9, era radical-mente contra o estabelecimento de um banco central, pois já conhecia a estratégia dos moneychangers.

Ele favorecia a emissão da moeda nacional diretamente pelo Tesouro, um departamento cuja função era exatamente essa, a de atuar como administrador da corrência do país.

Quando o Tesouro emite moeda, cada dólar impresso vale exatamente isso: um dólar, pois nasce consagrado pela confiança da popula-ção e pela certeza de que o dinheiro está sen-do emitido sem especulação, sem incidência de juros. O dinheiro emitido pelo Federal Re-serve, por outro lado, é exatamente o oposto. Traz embutidos juros e tem a intenção firme de lucrar ao ser "emprestado" ao governo, pois é isso o que o banco central faz: empres-ta dinheiro ao governo americano a juros. Em outras palavras, a tão propalada missão de "guardião da moeda", e "banco do povo", con-ceitos consagrados lá atrás através da criação do Banco da Inglaterra, nada mais é do que lucrar a qualquer custo e ainda controlar a e-missão de moeda de um país.

A estrutura do banco central favorece a cen-tralização da oferta de moeda nas mãos de algumas poucas pessoas, com pouquíssimo controle político exercido pelo governo esta-belecido.

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Page 16: 094 - Setembro · Mas voltando ao assunto relacionamento, é preciso entender que amor só não basta, não é suficiente para que uma relação dê certo. Acho mesmo que relacionamento

Setembro - 2015

Edição nº. 94 Ano VIII

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável - Cidadania

CONTINUANDO nesta edição a sequencia de textos de autoria de Marta Lança sobre Lusofonia. Adaptando-se ao português escrito

e falado no Brasil.

Marta Lança: Doutoranda em Estudos Artísti-cos na FCSH - Universidade Nova de Lisboa, onde se formou em Línguas e Literaturas Mo-dernas, variante Estudos Portugueses, com pós-graduação em Literatura Comparada e

Edição de Texto.

A lusofonia é uma bolha Parte IV

Todo o discur-so da lusofonia assenta numa ideia de exce-ção do colonia-lismo portu-guês.

O ato de misci-genar, que a-contecia uma vez que não havia capaci-dade demográ-fica para povo-ar, foi, no con-texto dos ou-tros colonialis-

mos, uma característica de exceção dos por-tugueses.

Mas ao fazermos uma viagem ao tempo colo-nial percebemos que não eram assim tão a-mistosas estas relações multirraciais, nem tão harmonioso o produto da miscigenação e lon-ge do sentido libertário e transgressivo que Homi Bhabha confere à hibridez.

Desde a violência sexual, os filhos bastardos de colonos tornados capatazes nas fazendas, aos privilégios dos assimilados - se abdicas-sem dos seus costumes africanos, em nome de acreditar num só Deus, na monogamia e nas práticas discriminatórias - tudo foi pratica-do na base da imposição, mascarando a ex-ploração. Portanto, a miscigenação, que aliás abranda no século XX não havendo a assina-lar muitos casamentos mistos, é um desses mitos persistentes, tendo ganho (a mestiça-gem) valor de classe, preservada até hoje com a conotação de um processo em vias de

‘melhorar a raça’.

No fundo, assinava-se a violência colonialista na fantasia de se cumprir uma missão ‘civilizacional’. E quando se defende este lado da ‘exceção’ do colonialismo português (que a lusofonia pratica ao enfatizar o saudável en-contro de culturas com o mesmo vínculo colo-nial) dá-se continuidade à deslocação do pro-blema.

Neste sentido, encontramos uma relação com a politização do luso-tropicalismo cujo objetivo era deixar o eixo da cultura europeia nos terri-tórios (o Brasil, expoente máximo da mulata-gem). O discurso atual das políticas integra-doras, tal como antigamente, educa nos valo-res da tolerância racial e dos direitos huma-nos, mas não dispensa as restrições - se te tornares bem comportado enquadrado nos códigos europeus, se te aportuguesares (nos estudos, nos modelos de família, no sotaque afinado, exceção feita para as coisas diverti-das, como dança e música onde convém manter os hábitos ‘tradicionais’, também eles discutíveis).

Ontem como hoje, tenta-se educar, já não os colonizados, mas os habitantes das cidades lusófonas. Interessa persistir nesse mito das boas relações, mas sem efetividade, porque nos autocarros, nas escolas, nos prédios, nas noites, no poder, deparamo-nos com inúme-ras situações de desigualdade, exclusão soci-al e racial, deslizes de linguagem cheios de preconceitos (e pudor, como a fórmula dispa-ratada de se chamar africanos aos negros, mesmo que se trate de um negro português), na comunicação social e no senso-comum e, muitas vezes, nos meios mais esclarecidos.

O discurso da lusofonia dá continuidade a es-tes duplos critérios, simula a auto-imagem dos portugueses como “povo tolerante, fraterno, plástico e de vocação ecunémica”, universa-lista e imune ao racismo, com a sintonia cultu-ral e afetiva de um nacionalismo integrador que, como lembra Cláudia Castelo (2007), “na prática, pode servir para caucionar a debilida-de de políticas públicas contra o racismo e a descriminação e promotoras da integração dos imigrantes e das minorias étnicas, na es-cola, no emprego e no espaço público.”

5. o que demos ao mundo

Outro logro é “a ênfase (ser) colocada naquilo que os portugueses deram aos outros – uma dádiva do seu sangue e cultura – e não tanto

no que receberam.” (MVA) Sem atender ao que se ganhou nessas incursões, a nível eco-nómico e cultural, tendo apenas em conta o que acontece hoje, podemos avançar precisa-mente o contrário.

Se em Portugal a língua, a cultura, o trabalho, as atitudes, a própria população nos seus bai-xos índices de natalidade, foram renovados, é em grande parte devido ao que esses tais “outros”, imigrantes ou não, têm vindo a ofere-cer, numa africanização que ganha contornos subconscientemente. Porém, haverá mesmo permeabilidade da parte dos portugueses pa-ra assimilar coisas que vêm “de fora”, ainda que estejam cá dentro? Que laços estão cria-dos?

A lusofonia, no mundo pós-colonial, funciona como uma descarga de consciência, em que Portugal, numa estreita relação entre nação e império, se sente responsabilizado pelos paí-ses dos quais foi colonizador, e atua como centro, defasado e anacrónico pois já nem o Velho Continente é centro na nova ordem glo-bal.

Não é demais lembrar que o discurso multicul-tural da lusofonia se baseia na lógica do ‘nós e os outros’, os hospedeiros e os hóspedes, os que partem e os que acolhem. Tal como se trata a migração como um fluxo e estatística, esquecendo os avanços e recuos, as estraté-gias e histórias que implicam este movimento forçado ou desejado, também se veicula a vi-são vertical conservadora que simplifica as culturas desses países ou de pessoas prove-nientes desses países, traduzindo-as e anu-lando as suas rugosidades.

Portugal é o principal beneficiador deste espa-ço imaginário e, no entanto, ao contrário do discurso de harmonização económica e cultu-ral, não se verifica um real interesse em inte-grar africanos. São exemplos dessa esquizo-frenia as políticas europeias, que o país não hesitou em adotar, que combatem os fluxos de emigrantes africanos; a dificuldade bilateral de circulação de pessoas entre países que têm tantos habitantes de ambas as nacionali-dades nos seus territórios e tantos negócios e parcerias em curso, como Angola e Portugal, com uma máquina burocrática (cheia de con-tradições) de desmoralizar qualquer um;

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