É eles tbm já foram crianças Consegue decifrar quem são?
Transcript of É eles tbm já foram crianças Consegue decifrar quem são?
É...
eles
tbm
já fo
ram
cria
nças
...
Con
segu
e dec
ifrar
que
m sã
o?
1. Sarah Jessica Parker - 2. Kurt Cobain - 3. Madonna - 4.Ricky Martin - 5. Marilyn Manson - 6. Paris Hilton - 7. Jennifer Lopez - 8. Beyoncé - 9. Katie Holmes - 10. Eminem - 11. Angelina Jolie - 12. Darcy Dias
Se o
pin
to d
o pa
i a m
e at
orm
enta
r per
segu
e,pa
u de
hom
em a
lgum
me
alca
nçar
con
segu
e.
PS
2 H
á um
a in
tere
ssan
te p
assa
gem
na
vida
de
Gua
cyra
: Ve
ndo,
a
mãe
, qu
e a
filh
a, j
á co
m 2
3 an
os e
em
bora
bon
ita
não-
atav
a-ne
m-d
esat
ava,
ou
se
ja,
não
arru
mav
a na
mor
ado,
di
sse,
em
co
nsul
ta,
para
um
méd
ico
gine
colo
gist
a, n
a fr
ente
da
próp
ria,
en
verg
onha
da: -
Cus
tava
, dou
tor,
est
a m
enin
a se
r um
pou
quin
ho
bisc
ate?
Cus
tava
, hei
n?
PS
3 U
m a
braç
o da
quel
es…
ape
rtad
o!
[Est
e ve
m a
ser
o t
rech
o fin
al d
a ca
rta
por
mim
rec
ebid
a, d
e S
ophi
a G
alan
te q
ue,
entã
o, r
esid
ia e
m F
irenz
e (I
tália
). E
ra o
ano
200
0! A
ca
rta
poss
ui,
em v
erda
de,
12 p
ágin
as e
tra
ta d
e vá
rios
assu
ntos
: do
s af
oris
mos
mon
aque
icos
, en
tre
outr
os!
Fugi
t irr
epar
abile
tem
pus!
A
té h
oje
não
cons
egui
loc
aliz
ar G
uacy
ra,
mas
acr
edito
que
est
eja
no O
rient
e M
édio
, es
tuda
ndo
seus
anc
estr
ais
árab
es e
jud
eus,
ela
qu
e se
con
side
rava
a v
erda
deira
pau
lista
na d
o sé
culo
XX
, já
que
tr
azia
con
sigo
san
gue
indí
gena
, lus
o, á
rabe
e ju
deu,
ape
nas
falta
ndo
uma
porç
ão d
e Itá
lia e
de
Áfr
ica
para
com
plet
ar o
am
álga
ma.
Os
tais
30
poem
as f
oram
-me
envi
ados
por
SG
, po
rém
, pa
ssad
os m
ais
de 1
0 an
os d
a re
mes
sa,
cont
inua
m i
nédi
tos.
Em
penh
arei
esf
orço
s pa
ra q
ue o
con
junt
o po
ssa
ser
publ
icad
o, c
onta
ndo,
par
a is
to,
com
a
cola
bora
ção
de M
arle
ne B
ueno
Riv
adav
ia, e
com
a c
onco
rdân
cia
por
part
e da
fam
ília
da m
oça.
São
Pau
lo, A
no d
a G
raça
de
2013
.OK
]
Cap
ítul
o 1
O A
NÁ
TE
MA
: UM
PA
RO
XIS
MO
ESC
AT
OL
ÓG
ICO
hom
o no
rmal
is.
Os p
arad
oxos
da
prol
ixid
ade
– Si
lves
tre
Sepú
lved
a
a pr
iori
Os p
arad
oxos
da
prol
ixid
ade
– Si
lves
tre
Sepú
lved
a
Fire
nze,
06
de
m
aio
(ani
vers
ário
de
la
nçam
ento
de
ZE
RO
À
E
SQ
UE
RD
A,
na
disc
otec
a P
aulic
éia
Des
vaira
da,
lem
bra-
se?
E
tam
bém
de
nasc
imen
to d
o su
íço-
alve
nse
Zélu
iz V
aler
o) d
e 20
00!
Car
o O
. K.
[…]
Env
iar-
lhe-
ei p
oem
as d
e G
uacy
ra A
hmed
Silb
erst
ein
e S
ilva,
ex-
alun
a qu
e ch
egou
a p
rete
nder
ser
poe
ta: u
ma
nova
Saf
o, d
izia
-me
dela
o n
osso
Dr.
Âng
elo
[Mon
aque
u].
Tenh
o cá
com
igo
cerc
a de
tr
inta
de
suas
peç
as, o
que
dar
ia u
m p
eque
no v
olum
e. O
corr
e qu
e a
moç
a co
rreu
o m
undo
e d
ela
nada
mai
s se
i, há
pel
o m
enos
três
an
os. P
ense
com
car
inho
no
que
lhe
fale
i.B
eijo
s. S
eja
feliz
. Mui
to f
eliz
. Fel
icís
sim
o!
[…]
Sua
sem
pre
SO
PH
IA G
ALA
NTE
PS
1 S
egue
um
a pe
ça,
um d
ísti
co d
e G
uacy
ra A
. S
. e
S.
para
qu
e vo
cê, m
eu c
aro,
mor
ra d
e cu
rios
idad
e. O
s re
stan
tes
poem
as
envi
a-lo
s-ei
a s
i, op
ortu
nam
ente
:
*DÍS
TIC
O (D
O P
INTO
) DO
PA
I DA
TR
ÍBA
DE
(o tí
tulo
é m
eu e
pod
e,
ou d
eve,
ser
mud
ado:
ou
expu
rgad
o):
anton lobo
nãobusto duchamp
Um
mês
da
min
ha v
ida
Junh
o/Ju
lho
2012
por A
nton
io E
dmils
on d
e Oliv
eira F
ilho
— Pegaram ele de jeito. Puseram umas camisas
nele, umas calças, umas coisas estranhas.
— E ele?
— Ele foi deixando. Quando viu, ele já não
era ele mais. Era só um rasto do que ele
tinha sido antes.
— E então?
— Ele continuou sendo e agora ele é ele.
— Como assim?
— Ele é como ele é.
— Mas você acha normal?
— Normal não pode ser, não é? Do jeito que
ele olha, com aquelas roupas e tudo...
— Você acha que ele é feliz?
— Às vezes, mas às vezes também ele deve se
lembrar e sentir saudades.
— Do quê?
— Dele mesmo, né? Do que ele era antes de
mudar tanto
— Mas todo mundo muda...
— Não assim, não tanto, não desse jeito, não
com aquelas roupas que puseram nele!
— Acho que ele vai tentar apagar da memória o
que ele foi antes.
— Como se tivesse nascido assim...
— É, como se tivesse morrido.
Mimo Steim: o artista contemporaneo vive do dogma da arte?
Interlocutor: dogma?
Mimo:
qualquer coisa
que
um artista
designa
como arte eh
arte?
Interlocutor:
pode ser
para ele
mas
se eu nao
gostar nao
sera arte para mim
Mimo: todos sao ou podem vir a ser artistas?
Interlocutor: acho que nao tem gente que prefere ser sapateiro
***
Mimo: quem eh melhor: Ferreira Gullar ou Haroldo de Campos?
Interlocutor: ferreira gullar
Mimo: gullar mesmo, pq?
Interlocutor: porque o nome e mais boniyo
Mimo: porque o nome e mais boniyo hahahahahahaha
Interlocutor: kkkkkk porque eu acho que e
Interlocutor: nao so de vez em quando
Mimo: valores para vc eh so aquilo q tem sifras envolvidas?
Interlocutor: nao
***
Mimo: vc ja fez alguma coisa q jamais revelaria a alguem?
Interlocutor: ja sim
Mimo: nao quer me dizer?
Mimo: e dai q fez?
Interlocutor: e uma coisa mal vista pela sociedade
Mimo: eu admiro pequenas rebeldias
Interlocutor: tambem gosto mas mantenho segredo
Mimo: quem eh vc hein?
Interlocutor: um artista
***
Interlocutor: adoro seu trabalho
Mimo: tediante
Interlocutor: vai tomar no cu
Mimo:
beba coca cola babe cola beba cola caco caco cola
cloaca cloaca CLOACA
Interlocutor: cloaca hahahah
Mimo: gostou da minha citacao ao Decio Pignatari?
Interlocutor: sim adoro neoconcretismo
***
Mimo: posso comecar falando que eu nao sou Mimo Steim hahahaha
Interlocutor: entao quem ta digitando?
Mimo: vc percebe q isso aqui eh uma performance?
Interlocutor:
sim
mas
as vezes
parece real e
as vezes
so
uma maquina
Mimo: esse nosso tempo e espaco compartilhados sao construcoes
poeticas sabia?
Interlocutor: vai botar as conversas em um livro?
vânia da silva
VIS
TA
A L
UV
A D
E C
ARN
E3
***
Mimo: ei pq os artistas sao artistas?
Interlocutor:
o acaso
de nossos encontros
seria
deteminado
artistas uma forma de viver neste mundo louco
Mimo:
eh
muito
estereotipo
achar
q todo
artista
eh
problematico?
Interlocutor: sim bach era um cidadao exemplar
Mimo: vc veio ate aqui o que espera de mim?
Interlocutor:
gosto
de suas provocacoes
e questionamentos
preciso ir embora daqui
Mimo:
e nao
se esqueca
de esquecer tudo o
que
conversamos
hahahaha
Interlocutor:
hahahhahahahahhahahhahaha
vc viu
a animacao
que msotra as relacoes humanas representadas por baloes
Mimo: a animacao engana o olho nao eh?
Interlocutor: sim
Mimo: ei o q vc sabe sobre arte?
Interlocutor:
vou
deixar este balao
ir embora e
esquecer
deste fenomeno sera que consigo
Mimo: vc votaria em Joseph Beuys para monarca supremo deste
mundo?
Interlocutor: sim
Mimo: e q tal Marina Abramovic para primeira ministra?
Interlocutor: perfeito hahahahahahhahaha
Mimo: ih!
Interlocutor: valeu
Mimo: uma imagem vale mesmo por mil palavras?
Interlocutor: sim
Mimo: mas uma palavra tb nao pode ser uma imagem?
Interlocutor:
vc pra
mim
eh meu
professor
lucio
agra da
faculdade vc nao eh apenas palavras que serao esquecidas ja
tenho uma imagem a seu respeito
Mimo: eu falo palavras q nao sao minhas
Interlocutor:
eu tbm
as palavras nao
nos
pertence acredito
que o que nos pertence eh apenas huuummm
Mimo:
nunca
se sentiu programavel
seguindo tim
tim
por
tim
comportamentos pre estabelecidos?
Interlocutor: tchau sim muitas vezes abracao vou te adicionar
no face misterioso
Mimo: vc adiciona quem vc nem conhece direito?
***
Mimo: arte nao depende de envolvimento e de regras que todos
os envolvidos seguem?
Interlocutor:
sim
quem faz
as regras de onde surgem tambem
Mimo: e aih: Picasso ou Duchamp?
Interlocutor: duchamp sem pinico
Mimo: pq Duchamp, mesmo?
Interlocutor: picasso e~h uma copia bem maquiada
Mimo: hahaha mas pq nao espirrar?
Interlocutor: vixiiiiiiiiiiiiiiii qualquer nota
Mimo:
na verdade
eu nao
sou
Mimo Steim
sou
Rrose
Selavy
hahaha
Interlocutor: hahahhahahahahahha kkkkkkkkkkkkkk
Mimo:
mas
talvez eu seja apenas um delirio
conceitual mal
resolvido
Interlocutor: tbm me sinto ciborgue vc prefere o delirio eu
vejo
Mimo: vc e eu somos cyborgs nao somos?
wALTER Weloz
bREVE
— Acabo de chegar ao País. Tenho aprendido muito
sobre a cultura brasileira em livros e vídeos
aos quais tenho acesso no Japão. Inclusive,
acabo de ler um livro e ver um filme fabulosos
feitos no Brasil. “O povo brasileiro”, do
(Darcy) Ribeiro, me parece ser esse o nome
correto, e “Deus e o diabo na terra do sol”, do
já conhecido Glauber Rocha.
***
— O que continua valendo hoje na arte, como há
três mil anos atrás, é a intensidade que passa
pela obra, e não a obra como representação de
alguma coisa.
— Precisamos estar o tempo todo brigando com
nossa própria produção para não deixar que
os clichês tomem conta de tudo. E é esse o
problema, o público, em geral, adora clichês.
— Tudo está integrado a um exercício do
simulacro, cujo objetivo é retirar os hábitos de
seu estado de evidência.
Diário do Nordeste, 10 de janeiro de 2006.
johnny warhol